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GRANDES TEMAS DE CONTEUDO EXCLUSIVO DO AUTOR

1. Fator Acidentário Previdenciário – FAP (Tese de Doutorado)

2. Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário - NTEP (Tese de Doutorado)

3. Aposentadoria por Condições Especiais do Trabalho – ACET

Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira


Pos-doutorando pela ENSP
4. Financiamento da Aposentadoria por Condições Especiais do Trabalho – FACET Doutor em Ciências da Saúde – UnB
Mestre em Riesgos Laborales – Espanha
Engenheiro de Segurança do Trabalho - EST – UnB
Engenheiro Mecânico – UFBA
Professor-Coordenador da Pós-Graduação Eng. Seg do Trabalho EST – UNIP/DF
paulorog1966@gmail.com
paulo.oliveira3@docente.unip.br
http://lattes.cnpq.br/0797997338651068
61 9 91491050
GRANDES TEMAS DE CONTEUDO EXCLUSIVO DO AUTOR

1. Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário - NTEP (Tese de Doutorado)


1.1 Novíssima Matriz NTEP - Atualização com dados de 2000 a 2016

▪Apresentação em Primeira Mão da 4ª Versão Matriz CID x CNAE

✓Matriz CID x CNAE

✓Qual repercussão dessa nova Matriz para empresas?

▪Visão Tributária

▪Visão Previdenciária

2.2 Poder Judiciário tem usado Matriz NTEP como base para Julgamento

✓Apresentação de casos judiciais com Matriz CID x CNAE

✓Jurisprudência
GRANDES TEMAS DE CONTEUDO EXCLUSIVO DO AUTOR

2. Fator Acidentário Previdenciário – FAP (Tese de Doutorado)

2.1 Origem, conceito e metodologia – pela visão do criador do FAP

2.2 Aplicação e operacionalização do FAP segundo atual Resolução do CNPS

2.3 Publicação FAP 2019 para vigência 2020

2.4 Novíssima mudança sobre Autoridade Competente para Julgar Recursos

• Lei Nº 13.846, 18/jun/2019. Art. 126. Compete ao Conselho de Recursos da


Previdência Social - CRPS julgar: (...) II - contestações e recursos relativos à atribuição, pelo
Ministério da Economia, do Fator Acidentário de Prevenção aos estabelecimentos das
empresas;
GRANDES TEMAS DE CONTEUDO EXCLUSIVO DO AUTOR
3. Aposentadoria por Condições Especiais do Trabalho – ACET

3.1 Origem, conceito e histórico

3.2 Aplicação e operacionalização

• LTCAT , PPP e Visão INSS

3.3 Solução de Conflito Interpretativo – Tese Sistematizadora

•Artigo Vencedor sobre Sistematização (Concurso CRPS)

•Visão CRPS e da Visão Justiça Federal – Tese Vencedora

•Físico: Ruído, Calor, Frio, Vibração e Pressão, Radiação

•Químicos, Biológicos e Associações


GRANDES TEMAS DE CONTEUDO EXCLUSIVO DO AUTOR

4. Financiamento da Aposentadoria por Condições Especiais do Trabalho – FACET

4.1 Origem, conceito e histórico

4.2 Gangorra Jurídica e Ambivalência Ambiental

4.3 Aplicação e operacionalização

• LTCAT , PPP e Visão RFB

4.4 Solução de Conflito Interpretativo – Tese Sistematizadora

•Artigo Vencedor sobre Sistematização (Concurso CRPS)

•Visão CARF e da Visão Justiça Federal – Tese Vencedora


GRANDES TEMAS DE CONTEUDO EXCLUSIVO DO AUTOR

5. GESTÃO DE ABSENTEÍSMO - NOVOS MÉTODOS A PARTIR DO FAP E NTEP.

A Gestão do Absenteísmo analisa o absenteísmo das empresas, através de diversas


ações como monitoramento, gestão e análise do FAP, gerenciamento
epidemiológico e dos nexos previdenciários, além de indicar medidas com relação
às doenças ocupacionais, rotatividade e legislação. A implantação do programa
auxilia na avaliação e acompanhamento do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e
do Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP), impactando consequentemente nos
custos da empresa com relação aos impactos econômicos causados pelo
desconhecimento ou má gestão do FAP, assim como as legislações aplicáveis,
técnicas e os subsídios → Métricas e Indicadores e Gestão Absenteísmo.
Módulo I – NTEP

✓ O que é, como nasceu, referenciais e paradigmas do Nexo Técnico Epidemiológico e


Previdenciário - NTEP.
✓ Apresentação dos grandes números: antes e depois do NTEP.
✓ Discutir e compreender a instrumentação epidemiológica a partir da variável analítica
biológica (CID-Agrup) e a CNAE-Classe como variável ontológica de múltiplas
representações que sintetiza os fatores de risco do meio ambiente do trabalho.
✓ Compreender indicadores epidemiológicos. Estimativa de risco previdenciário: Risco
Relativo-RR; Prevalência Geral -PG, Prevalência por CNAE-Classe – PC, Razão de
Prevalência – RP, Frações Etiológicas dos Expostos – FE-Exp e Populacional – FE-Pop.
Jurisprudência dos tribunais quanto NTEP.
✓ Discutir e compreender a instrumentação epidemiológica a partir da variável analítica
biológica (CID-Agrup) e a CNAE-Classe como variável ontológica de múltiplas
representações que sintetiza os fatores de risco do meio ambiente do trabalho.
Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira
Pos-doutorando pela ENSP
Doutor em Ciências da Saúde – UnB
Mestre em Riesgos Laborales – Espanha
Engenheiro de Segurança do Trabalho - EST – UnB
Engenheiro Mecânico – UFBA
Professor-Coordenador da Pós-Graduação Eng. Seg do Trabalho EST – UNIP/DF
paulorog1966@gmail.com
paulo.oliveira3@docente.unip.br
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Módulo I – NTEP

✓ Entender a repercussão tributária do NTEP. NTEP x FAP: há correspondência?


✓ Perceber as articulações do NTEP ante aos direitos ambientais, sanitários,
previdenciários, trabalhistas e cíveis. Cabe ação regressiva a partir do NTEP.
✓ Inversão do ônus da prova. Formas e conteúdo de contestação. Matriz original, ainda
em vigor (Lista C, Anexo II, do RPS – Decreto 3048/99) e cotejamento com as
atualizações subsequentes. Tribunais usam as novas matrizes mesmo sem atualização
por decreto: o que fazer?
✓ Entender a repercussão tributária do NTEP. NTEP x FAP: há correspondência?
✓ Perceber as articulações do NTEP ante aos direitos ambientais, sanitários,
previdenciários, trabalhistas e cíveis. Cabe ação regressiva a partir do NTEP.
✓ Compreender para contestar o estudo tipo coorte, dinâmica e censitária. Benefícios
incapacitantes superiores a 15 dias, temporários ou permanente.
✓ Contestação: como proceder?
✓ Receber em primeira mão tudo sobre a nova matriz do NTEP. 4ª publicação com base de Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira

dados de 2000 a 2017.Quais CID entram, saem e os respectivos CNAE. Pos-doutorando pela ENSP
Doutor em Ciências da Saúde – UnB

✓ Qual a leitura correta da Matriz e suas aplicações na gestão e consequência jurídicas.


Mestre em Riesgos Laborales – Espanha
Engenheiro de Segurança do Trabalho - EST – UnB
Engenheiro Mecânico – UFBA
Professor-Coordenador da Pós-Graduação Eng. Seg do Trabalho EST – UNIP/DF
paulorog1966@gmail.com
paulo.oliveira3@docente.unip.br
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61 9 91491050
Módulo II – NTEP

✓ Novíssima Matriz NTEP - Atualização com dados de 2000 a 2016


✓ Apresentação em Primeira Mão da 4ª Versão Matriz CID x CNAE
✓ Matriz CID x CNAE
✓ Qual repercussão dessa nova Matriz para empresas?
• Visão Tributária
• Visão Previdenciária
✓ Poder Judiciário tem usado Matriz NTEP como base para Julgamento
✓ Apresentação de casos judiciais com Matriz CID x CNAE
✓ Jurisprudência

Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira


Pos-doutorando pela ENSP
Doutor em Ciências da Saúde – UnB
Mestre em Riesgos Laborales – Espanha
Engenheiro de Segurança do Trabalho - EST – UnB
Engenheiro Mecânico – UFBA
Professor-Coordenador da Pós-Graduação Eng. Seg do Trabalho EST – UNIP/DF
paulorog1966@gmail.com
paulo.oliveira3@docente.unip.br
http://lattes.cnpq.br/0797997338651068
61 9 91491050
Primeiros Passos - NTEP
Deliberado pela IIIª Vontade dos Empresários
Tese Doutorado Conferencia de Saúde do
Trabalhador e Resolução Projeto de Lei de Relatoria
UnB
1.236 do CNPS do Presidente da CNI
Deputado Armando
Monteiro

Força Força Força


Científica Política Econômica

NTEP nasce como instrumento de Justiça Fiscal,


transformando-se como ferramenta de Justiça Social
Deliberado pela IIIª Vontade dos Empresários
Tese Doutorado Conferencia de Saúde do
Trabalhador e Resolução Projeto de Lei de Relatoria
UnB
1.236 do CNPS do Presidente da CNI

Força Força Força


Científica Política Econômica

NTEP nasce como instrumento de Justiça Fiscal,


transformando-se como ferramenta de Justiça Social
Aplicação Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário-
NTEP pelo Poder Judiciário – Jurisprudência firmada pelo
Tribunal Federal em sede de Agravo

⚫ Doença não incluída no Anexo II do RPS (relação


prevista nos incisos I e II do art 20 da lei 8.213/91) que
resulte das condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente →
excepcional --- § 2º do art. 20 da lei 8213/91
NTEP

LEI Nº 8.213 - DE 24 DE JULHO DE 1991

Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará


caracterizada a natureza acidentária da
incapacidade quando constatar ocorrência de
nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o
agravo, decorrente da relação entre a atividade
da empresa e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade elencada na Classificação
Internacional de Doenças - CID, em
conformidade com o que dispuser o regulamento.
§ 1° A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo
quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo.

§ 2° A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico


epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da
empresa ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social
Nexo

Técnico
- 30 d • Reabilitação
Diagnostico + 30 d • Alta Médica
Agravo

Incapacidade ?
• Temporária
Duração • Permanente

Modalidade

• Síndrome
• Disfunção Natureza
• Doença
• Transtorno
• Distúrbio Nexo – Tipo
• Moléstia I, II, III, IV,
• Lesão V, VI, VII e VIII
CID
Referencial Coletivo...
Trabalhador
Nexo Causal Nexo Técnico
• Patogênese
CNAE
• Fisiopatologia Empresa
• Anatomoclínica
• Propedêutica
• Semiologia

Diagnóstico
Singular
Incapacidades
Coletivas - Epidemiologia
Prognóstico

DISEASE ILLNESS SICKNESS

Horizonte Holístico Altas:


Medicina Psicologia Sociologia Clinica -Psíquica e
Biológico Emocional Relacional Social
R e f e r e n c i a l Te ó r i c o

?
Qual epistemologia suporta as conclusões e
desfechos relacionados à saúde do trabalhador ?

Anatômico
Clínico
Fisiológico
Patológico
Ou nada disso
Incapacidade

?
Sob qual ponto de vista?

Biológico
Psicológico
Sociológico
Diálogo Jurídico

?
Sob qual égide do direito?

Sanitário
Ambiental
Previdenciário
Algum outro?
B31 → FN
Falso Negativo (FN) ou Falso Positivo (FP) ?
B91 → FP
FN: Homologação Expressa da Salubridade do Meio Ambiente do Trabalho – MAT
FN: O MAT nunca será um fator determinante-interveniente.
FN: Assunção ideológica do fator de proteção.
FN: Elimina possibilidade de discussão etiogênica.
FN: Elimina possibilidade de geração de hipóteses científicas.
FN: Reducionismo epistemológico ao campo da semiologia médica.
FN: Retira direitos do trabalhador
FP: Atribuição precária sobre a insalubridade do MAT, dado o contraditório
FP: O MAT poderá ser desqualificado como fator determinante-interveniente.
FP: Assunção ideológica do fator de risco (princípio da precaução).
FP: Estimula o desenvolvimento de pesquisa e discussão etiogênica.
FP: Intensifica a geração de hipóteses científicas.
FP: Ampliação epistemológica, para além da semiologia médica.
Velho Olhar...
(i) viés médico-clínico (individualista) → abordagem anatomoclínica do
paciente → busca da causalidade biológica da lesão tissular → culpa do
trabalhador → EPI → CAT → caso (é do trabalho e não de saúde pública)

(ii) viés antieconômico → prevenção não agrega valor econômico


→ independe do desempenho do meio ambiente do trabalho (despesa).

(iii) viés trabalhista-estatal → ao Estado as consequências (sociais e fiscais)


das decisões empresarias → baixa coercitividade → modelo jurídico
anterior a CF 1988 → tripartismo → trata-se como matéria trabalhista
→ saúde privada → item de contrato de emprego, intramuros, celetista
Novo Olhar...
(i) Abordagem Sócio-Ambiental (epidemiológica) → abordagem de toda
casuística → busca de fatores condicionantes e determinantes (causalidade
ampliada) → variáveis síntese (CNAE) e analítica (CID) → não porque adoecem,
mas porque populações adoecem de forma diferenciada (caso de saúde pública;
não de cláusula contratual)
(ii) Externalidade positiva → prevenção agrega valor econômico → aferição de
desempenho do meio ambiente do trabalho independente do poder-decisão da
empresa.
(iii) Égide do Direito Público → sanitário, ambiental e tributário → Estado com
coercitividade → reafirma Previdência Social pública → marco regulatório proativo
e estimulador do saneamento e assepsia do meio ambiente do trabalho → supera
referencial retrógrado, anacrônico, impróprio e inconstitucional da saúde
ocupacional sob mandamento do direito privado
Tipo I - Nexo Técnico por Lesão Aguda

Tipo II - Nexo Técnico por Doença Profissional

Tipo III - Nexo Técnico Por Doença do Trabalho

Tipo IV - Nexo Técnico Excepcional

Tipo V - Nexo Técnico Ficto-Administrativo

Tipo VI - Nexo Técnico Concausal

Tipo VII - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP

Tipo VIII - Nexo Técnico Acidentário Negativo


Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador
doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o trabalho.

§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do
trabalhador.

§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do
trabalho.

§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a
manipular.

§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe


acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada
atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:

a) a doença degenerativa;

b) a inerente a grupo etário;

c) a que não produza incapacidade laborativa;

d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é
resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo
resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social
deve considerá-la acidente do trabalho.

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:

I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do
segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a
sua recuperação;

II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;


III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;

IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor
capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do
segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção,
inclusive veículo de propriedade do segurado. (Revogado pela Medida Provisória nº 905, de 2019)

§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no
local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra
origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior.
Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará caracterizada a natureza acidentária
da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da
relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade
elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o regulamento.
(Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006) (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

§ 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada a inexistência do nexo de
que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)

§ 2o A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja
decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da empresa, do empregador doméstico ou do segurado ao Conselho de
Recursos da Previdência Social. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa
variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências,
aplicada e cobrada pela Previdência Social. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o
sindicato a que corresponda a sua categoria.

§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a
entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o
prazo previsto neste artigo.

§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do cumprimento do
disposto neste artigo.

§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela Previdência Social, das
multas previstas neste artigo.

§ 5o A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A. (Incluído pela Lei nº 11.430,
de 2006)
Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da
incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for
realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.
Tipo I - Nexo Técnico por Lesão Aguda
Tipo II - Nexo Técnico por Doença Profissional

Tipo III - Nexo Técnico Por Doença do Trabalho


Tipo II - Nexo Técnico por Doença Profissional

Tipo III - Nexo Técnico Por Doença do Trabalho


LISTA A
DOENÇAS CAUSALMENTE RELACIONADAS COM OS RESPECTIVOS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO
AGENTES OU FATORES DE RISCO (DENOMINADAS E CODIFICADAS
DE NATUREZA OCUPACIONAL
SEGUNDO A CID-10)

1. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-)


2. Cor Pulmonale (I27.9)
3. Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (Inclui "Asma Obstrutiva",
XVIII - Sílica Livre "Bronquite Crônica", "Bronquite Obstrutiva Crônica") (J44.-)
4. Silicose (J62.8)
5. Pneumoconiose associada com Tuberculose ("Sílico-Tuberculose") (J63.8)
6. Síndrome de Caplan (J99.1; M05.3)
PRIMEIRA LISTA
AGENTES PATOGÊNICOS TRABALHOS QUE CONTÊM O RISCO
QUÍMICOS
1. metalurgia de minérios arsenicais e indústria eletrônica;
2. extração do arsênio e preparação de seus compostos;
3. fabricação, preparação e emprego de tintas, lacas (gás arsina), inseticidas,
parasiticidas e raticidas;
I - ARSÊNIO E SEUS COMPOSTOS ARSENICAIS 4. processos industriais em que haja desprendimento de hidrogênio arseniado;
5. preparação e conservação de peles e plumas (empalhamento de animais) e
conservação da madeira;
6. agentes na produção de vidro, ligas de chumbo, medicamentos e semi-
condutores.
LISTA B
DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO RELACIONADAS COM O TRABALHO
(Grupo X da CID-10)
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA
DOENÇAS
OCUPACIONAL
XIV - Pneumoconiose devida à poeira de Sílica
Exposição ocupacional a poeiras de sílica-livre (Z57.2) (Quadro XVIII)
(Silicose) (J62.8)
DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO RELACIONADAS COM O TRABALHO
(Grupo IX da CID-10)
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA
DOENÇAS
OCUPACIONAL

IV - Cor Pulmonale SOE ou Doença Cardio-Pulmonar Complicação evolutiva das pneumoconioses graves, principalmente Silicose
Crônica (I27.9) (Z57.2) (Quadro XVIII)

TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO RELACIONADOS COM O TRABALHO


(Grupo V da CID-10)
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA
DOENÇAS
OCUPACIONAL
1. Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego: Condições
VI - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao difíceis de trabalho (Z56.5)
uso do álcool: Alcoolismo Crônico (Relacionado com o
Trabalho) (F10.2) 2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96)
DOENÇAS AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL

1. Manganês X49.-; Z57.5) (Quadro XV)


I - Demência em outras doenças específicas classificadas em outros locais
2. Substâncias asfixiantes: CO, H2S, etc. (seqüela) (X47.-; Z57.5) (Quadro XVII)
(F02.8)

3. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)

1. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)


II - Delirium, não sobreposto a demência, como descrita (F05.0)
2. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)

1. Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego: Condições difíceis de trabalho (Z56.5)
VI - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso do álcool:
Alcoolismo Crônico (Relacionado com o Trabalho) (F10.2)
2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96)

1. Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro III)


2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros solventes orgânicos halogenados neurotóxicos (X46.-;
Z57.5) (Quadro XIII)

3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)

VII - Episódios Depressivos (F32.-) 4. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro XV)

5. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XVI)

6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)(Quadro XIX)

7. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; Z57.5)


1. Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho : reação após acidente do trabalho grave ou
VIII -  Reações ao “Stress” Grave e Transtornos de Adaptação (F43.-):  catastrófico, ou após assalto no trabalho (Z56.6)
Estado de “Stress” Pós-Traumático (F43.1)
2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96)

Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego (Z56.-): Desemprego (Z56.0); Mudança de emprego
X - Outros transtornos neuróticos especificados (Inclui “Neurose  (Z56.1); Ameaça de perda de emprego (Z56.2); Ritmo de trabalho penoso (Z56.3); Desacordo com patrão e colegas de
Profissional”) (F48.8)  trabalho (Condições difíceis de trabalho) (Z56.5); Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho
(Z56.6)
1. Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego: Má adaptação à organização do horário de
XI - Transtorno do Ciclo Vigília-Sono Devido a Fatores Não-Orgânicos trabalho (Trabalho em Turnos ou Trabalho Noturno) (Z56.6)
(F51.2)
2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96)

1. Ritmo de trabalho penoso (Z56.3)


XII - Sensação de Estar Acabado (“Síndrome de Burn-Out”, “Síndrome do 
Esgotamento Profissional”) (Z73.0)
2. Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho (Z56.6)
Tipo IV - Nexo Técnico Excepcional
Local e Horário de Trabalho!

Tipo V - Nexo Técnico Ficto-Administrativo (Aetiogênico)


Local e Horário de Trabalho!

Tipo V - Nexo Técnico Ficto-Administrativo (Aetiogênico)


Local e Horário de Trabalho!

Tipo V - Nexo Técnico Ficto-Administrativo (Aetiogênico)


Local e Horário de Trabalho!

Tipo V - Nexo Técnico Ficto-Administrativo (Aetiogênico)


Local e Horário de Trabalho!

Tipo V - Nexo Técnico Ficto-Administrativo (Aetiogênico)


Mesmo Fora do Local e Horário de Trabalho!

Tipo V - Nexo Técnico Ficto-Administrativo (Aetiogênico)


Mesmo Fora do Local e Horário de Trabalho!

Tipo V - Nexo Técnico Ficto-Administrativo (Aetiogênico)


Mesmo Fora do Local e Horário de Trabalho!

Tipo V - Nexo Técnico Ficto-Administrativo (Aetiogênico)


Mesmo Fora do Local e Horário de Trabalho!

Tipo V - Nexo Técnico Ficto-Administrativo (Aetiogênico)


Mesmo Fora do Local e Horário de Trabalho!

Tipo V - Nexo Técnico Ficto-Administrativo (Aetiogênico)


Tipo VI - Nexo Técnico Concausal
Tipo VII - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário – NTEP
• 2110 - Fabricação de produtos farmoquímicos
• 2121 - Fabricação de medicamentos para uso humano
• 2122 - Fabricação de medicamentos para uso veterinário
• 2123 - Fabricação de preparações farmacêuticas
• 2110 - Fabricação de produtos farmoquímicos
• 2121 - Fabricação de medicamentos para uso humano
• 2122 - Fabricação de medicamentos para uso veterinário
• 2123 - Fabricação de preparações farmacêuticas
• 2110 - Fabricação de produtos farmoquímicos
• 2121 - Fabricação de medicamentos para uso humano
• 2122 - Fabricação de medicamentos para uso veterinário
• 2123 - Fabricação de preparações farmacêuticas
• 2110 - Fabricação de produtos farmoquímicos
• 2121 - Fabricação de medicamentos para uso humano
• 2122 - Fabricação de medicamentos para uso veterinário
• 2123 - Fabricação de preparações farmacêuticas
Nexo Tipo VIII – Nexo Negativo
?

Não Há Incapacidade, mas CAT é Obrigatória!


Nexo Tipo VIII – Nexo Negativo
?
✓ Só se admite a negativa da relação entre MAT e Desfecho clínico,
quando se afastar PEREMPTORIAMENTE os nexos anteriores
✓ Diz-se Nexo Negativo!
Positivação Jurídica do NTEP
Lei 8213/91 - Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos
desta Lei:

Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)


considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando
constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo,
decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico
e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação
Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser o
regulamento.

§ 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo


quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)

§ 2o A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não


aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com
efeito suspensivo, da empresa, do empregador doméstico ou do segurado ao
Conselho de Recursos da Previdência Social.
Lista C – Anexo do Decreto n° 3048/99, que regulamenta a Previdência Social
Descrição: “São indicados intervalos de CID-10 em que se reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma
do § 3o do art. 337, entre a entidade mórbida e as classes de CNAE indicadas, nelas incluídas todas as
subclasses cujos quatro dígitos iniciais sejam comuns.”

INTERVALO CID-10 CNAE


0710 0990 1011 1012 1013 1220 1532 1622 1732 1733 2211 2330 2342 2451 2511
F10-F19
2512 2531 2539 2542 2543 2593 2814 2822 2840 2861 2866 2869 2920 2930 3101
Transtornos mentais e
3102 3329 3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4221
comportamentais devidos
4292 4299 4313 4319 4321 4329 4399 4520 4912 4921 5030 5212 5221 5222 5223
ao uso de substância
5229 5231 5232 5239 5250 5310 6423 7810 7820 7830 8121 8122 8129 8411 8423
psicoativa
8424 9420
F20-F29 0710 0990 1011 1012 1013 1031 1071 1321 1411 1412 2330 2342 2511 2543 2592
Esquizofrenia, transtornos 2861 2866 2869 2942 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213
esquizotípicos e 4222 4223 4291 4292 4299 4312 4391 4399 4921 4922 4923 4924 4929 5212 5310
transtornos delirantes 6423 7732 7810 7820 7830 8011 8012 8020 8030 8121 8122 8129 8423 9420
0710 0892 0990 1011 1012 1013 1031 1220 1311 1313 1314 1321 1330 1340 1351
1359 1411 1412 1413 1422 1531 1532 1540 2091 2123 2511 2710 2751 2861 2930
F30-F39
2945 3299 3600 4636 4711 4753 4756 4759 4762 4911 4912 4921 4922 4923 4924
Transtornos do humor
4929 5111 5120 5221 5222 5223 5229 5310 5620 6110 6120 6130 6141 6142 6143
[afetivos]
6190 6311 6422 6423 6431 6550 8121 8122 8129 8411 8413 8423 8424 8610 8711
8720 8730 8800
F40-F48
0710 0990 1311 1321 1351 1411 1412 1421 1532 2945 3600 4711 4753 4756 4759
Transtornos neuróticos,
4762 4911 4912 4921 4922 4923 4924 4929 5111 5120 5221 5222 5223 5229 5310
transtornos relacionados
6110 6120 6130 6141 6142 6143 6190 6311 6422 6423 8011 8012
com o “stress” e
8020 8030 8121 8122 8129 8411 8423 8424 8610
transtornos somatoformes
PRIMEIRA LISTA
AGENTES PATOGÊNICOS TRABALHOS QUE CONTÊM O RISCO
QUÍMICOS
1. metalurgia de minérios arsenicais e indústria eletrônica;
2. extração do arsênio e preparação de seus compostos;
3. fabricação, preparação e emprego de tintas, lacas (gás arsina), inseticidas,
parasiticidas e raticidas;
I - ARSÊNIO E SEUS COMPOSTOS ARSENICAIS 4. processos industriais em que haja desprendimento de hidrogênio arseniado;
5. preparação e conservação de peles e plumas (empalhamento de animais) e
conservação da madeira;
6. agentes na produção de vidro, ligas de chumbo, medicamentos e semi-
condutores.
LISTA A
DOENÇAS CAUSALMENTE RELACIONADAS COM OS RESPECTIVOS
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO
AGENTES OU FATORES DE RISCO (DENOMINADAS E CODIFICADAS
DE NATUREZA OCUPACIONAL
SEGUNDO A CID-10)

1. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-)


2. Cor Pulmonale (I27.9)
3. Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (Inclui "Asma Obstrutiva",
XVIII - Sílica Livre "Bronquite Crônica", "Bronquite Obstrutiva Crônica") (J44.-)
4. Silicose (J62.8)
5. Pneumoconiose associada com Tuberculose ("Sílico-Tuberculose") (J63.8)
6. Síndrome de Caplan (J99.1; M05.3)
LISTA B
DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO RELACIONADAS COM O TRABALHO
(Grupo X da CID-10)
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA
DOENÇAS
OCUPACIONAL
XIV - Pneumoconiose devida à poeira de Sílica
Exposição ocupacional a poeiras de sílica-livre (Z57.2) (Quadro XVIII)
(Silicose) (J62.8)
DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO RELACIONADAS COM O TRABALHO
(Grupo IX da CID-10)
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA
DOENÇAS
OCUPACIONAL

IV - Cor Pulmonale SOE ou Doença Cardio-Pulmonar Complicação evolutiva das pneumoconioses graves, principalmente Silicose
Crônica (I27.9) (Z57.2) (Quadro XVIII)

TRANSTORNOS MENTAIS E DO COMPORTAMENTO RELACIONADOS COM O TRABALHO


(Grupo V da CID-10)
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA
DOENÇAS
OCUPACIONAL
1. Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego: Condições
VI - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao difíceis de trabalho (Z56.5)
uso do álcool: Alcoolismo Crônico (Relacionado com o
Trabalho) (F10.2) 2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96)
DOENÇAS AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL

1. Manganês X49.-; Z57.5) (Quadro XV)


I - Demência em outras doenças específicas classificadas em outros locais
2. Substâncias asfixiantes: CO, H2S, etc. (seqüela) (X47.-; Z57.5) (Quadro XVII)
(F02.8)

3. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)

1. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)


II - Delirium, não sobreposto a demência, como descrita (F05.0)
2. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5) (Quadro XIX)

1. Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego: Condições difíceis de trabalho (Z56.5)
VI - Transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso do álcool:
Alcoolismo Crônico (Relacionado com o Trabalho) (F10.2)
2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96)

1. Tolueno e outros solventes aromáticos neurotóxicos (X46.-; Z57.5) (Quadro III)


2. Tricloroetileno, Tetracloroetileno, Tricloroetano e outros solventes orgânicos halogenados neurotóxicos (X46.-;
Z57.5) (Quadro XIII)

3. Brometo de Metila (X46.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XIII)

VII - Episódios Depressivos (F32.-) 4. Manganês e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.5) (Quadro XV)

5. Mercúrio e seus compostos tóxicos (X49.-; Z57.4 e Z57.5) (Quadro XVI)

6. Sulfeto de Carbono (X49.-; Z57.5)(Quadro XIX)

7. Outros solventes orgânicos neurotóxicos (X46.-; X49.-; Z57.5)


1. Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho : reação após acidente do trabalho grave ou
VIII -  Reações ao “Stress” Grave e Transtornos de Adaptação (F43.-):  catastrófico, ou após assalto no trabalho (Z56.6)
Estado de “Stress” Pós-Traumático (F43.1)
2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96)

Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego (Z56.-): Desemprego (Z56.0); Mudança de emprego
X - Outros transtornos neuróticos especificados (Inclui “Neurose  (Z56.1); Ameaça de perda de emprego (Z56.2); Ritmo de trabalho penoso (Z56.3); Desacordo com patrão e colegas de
Profissional”) (F48.8)  trabalho (Condições difíceis de trabalho) (Z56.5); Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho
(Z56.6)
1. Problemas relacionados com o emprego e com o desemprego: Má adaptação à organização do horário de
XI - Transtorno do Ciclo Vigília-Sono Devido a Fatores Não-Orgânicos trabalho (Trabalho em Turnos ou Trabalho Noturno) (Z56.6)
(F51.2)
2. Circunstância relativa às condições de trabalho (Y96)

1. Ritmo de trabalho penoso (Z56.3)


XII - Sensação de Estar Acabado (“Síndrome de Burn-Out”, “Síndrome do 
Esgotamento Profissional”) (Z73.0)
2. Outras dificuldades físicas e mentais relacionadas com o trabalho (Z56.6)
LISTA C
São indicados intervalos de CID-10 em que se reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma do § 3 do art. 337, entre a entidade mórbida e as classes de
CNAE indicadas, nelas incluídas todas as subclasses cujos quatro dígitos iniciais sejam comuns.

INTERVALO CID-10 CNAE

0810 1091 1411 1412 1533 1540 2330 3011 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211
A15-A19 4213 4222 4223 4291 4299 4312 4321 4391 4399 4687 4711 4713 4721 4741 4742 4743 4744 4789
4921 4923 4924 4929 5611 7810 7820 7830 8121 8122 8129 8610 9420 9601
1091 3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4222 4223 4291 4292 4299
E10-E14 4313 4319 4329 4399 4721 4921 4922 4923 4924 4929 4930 5030 5231 5239 8011 8012 8020 8030
8121 8122 8129 8411 9420
0710 0990 1011 1012 1013 1031 1071 1321 1411 1412 2330 2342 2511 2543 2592 2861 2866 2869
2942 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4222 4223 4291 4292 4299 4312
F20-F29
4391 4399 4921 4922 4923 4924 4929 5212 5310 6423 7732 7810 7820 7830 8011 8012 8020 8030
8121 8122 8129 8423 9420
0710 0892 0990 1011 1012 1013 1031 1220 1311 1313 1314 1321 1330 1340 1351 1359 1411 1412
1413 1422 1531 1532 1540 2091 2123 2511 2710 2751 2861 2930 2945 3299 3600 4636 4711 4753
F30-F39 4756 4759 4762 4911 4912 4921 4922 4923 4924 4929 5111 5120 5221 5222 5223 5229 5310 5620
6110 6120 6130 6141 6142 6143 6190 6311 6422 6423 6431 6550 8121 8122 8129 8411 8413 8423
8424 8610 8711 8720 8730 8800
0113 0210 0220 0810 1011 1012 1013 1321 1411 1412 1610 1621 1732 1733 1931 2330 2342 2511
G40-G47 2539 2861 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4222 4223 4291 4292 4299
4313 4319 4399 4921 4922 4923 4924 4929 4930 5212 8011 8012 8020 8030 8121 8122 8129
0113 0131 0133 0210 0220 0230 0500 0710 0810 0892 0910 0990 1011 1012 1013 1020 1031 1033
1041 1051 1052 1061 1062 1064 1071 1072 1092 1122 1311 1312 1321 1323 1340 1351 1354 1411
1412 1413 1421 1422 1510 1532 1610 1621 1622 1623 1629 1710 1721 1722 1732 1733 1931 2012
2019 2029 2040 2091 2093 2123 2211 2212 2219 2221 2222 2312 2320 2330 2341 2342 2349 2391
2431 2439 2441 2443 2449 2451 2511 2513 2521 2522 2539 2542 2543 2550 2592 2593 2710 2722
M40-M54 2733 2813 2815 2822 2832 2833 2852 2853 2854 2861 2862 2864 2866 2869 2920 2930 2942 2943
2944 2945 2950 3011 3101 3102 3240 3321 3329 3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900
4120 4211 4212 4213 4222 4223 4291 4292 4299 4311 4312 4313 4319 4321 4329 4391 4399 4621
4622 4623 4632 4636 4661 4681 4682 4685 4686 4687 4689 4921 4922 4923 4924 4929 4930 5012
5021 5211 5212 5221 5222 5223 5229 5310 5612 5620 6431 7719 7732 8121 8122 8129 8424 8430
8610 9420
0210 0220 1011 1012 1013 1033 1122 1610 1621 1622 2330 2391 2511 2512 2539 3101 3329 3701
3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4221 4222 4223 4291 4299 4312 4321 4391
S70-S79
4399 4520 4530 4541 4542 4618 4687 4731 4732 4741 4742 4743 4744 4784 4789 4921 4930 5212
5221 5222 5223 5229 5232 5250 5320 7810 7820 7830 8011 8012 8020 8030 8121 8122 8129 9420
Engenharia Medicina Contabilidade Direito

Epidemiologia

Escrituração Fiscal

Linguagem R

Arquitetura de BD

Linkage

Métricas

Indicadores

KPI

Gestão por Desempenho


Alavancagem Operacional GFIP
Segurança Jurídica
Fluidez e Racionalização de Processos Redução de Acidentes e do FAP
Redução de desperdício e Retrabalho Aumento Produtividade

Governança Corporativa Meio Ambiente do Trabalho Equilibrado


Compliance
Quintessência na 3ª Geração
Prof Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira
Figura 2. Universo de benefícios com a casuística alvo, as perdas e a casuística objeto do estudo
restrita aos segurados empregados para as espécies B31, B32, B91 e B92. Brasil, 2000 a 2016.
Tabela 1: Matriz de Definição dos Grupos (Exposto e Referente) com indicadores epidemiológicos para
CNAE-Classe: 6422 e CID-Agrup:F30-F39. Brasil, 2000 a 2016.
Tabela 2. Indicadores epidemiológicos de CID-Agrup de acordo com a CNAE-Classe para
segurados empregados do Regime Geral da Previdência Social, com base no vínculos-
médios e vínculos-dias. Brasil, 2000 a 2016.
Robustez Científica do NTEP
NTEP – Delineamento observacional do tipo COORTE previdenciária, censitária,
dinâmica e não-concorrente (01/01/2000 a 31/12/2016)

Tempo
Direção do estudo

Doentes
Expostos
Não Doentes

População Pessoas
Sem Doença

Doentes
Não
Expostos Não Doentes
CNIS
NTEP SUB

NIT →CNPJ NIT → SEGURADO


2.572

CNAE 1.182 CID 12.423


subclasse subcategorias
CNAE 1.182 605 59 17
CID 12.423 174 1.205 21
Divisão (59) Total de 142.676
Categoria 1.205
Seção (17) 14.683.986 105.270 71.095 357 Família 21
Combinações

CLASSE AGRUPAMENTO
(673) (212)

1,8% dos CNAE – Fator de Risco 98,2% dos CNAE – Fator de Proteção
Deliberado pela IIIª Vontade dos Empresários
Tese Doutorado Conferencia de Saúde do
Trabalhador e Resolução Projeto de Lei de Relatoria
UnB
1.236 do CNPS do Presidente da CNI

Força Força Força


Científica Política Econômica

NTEP nasce como instrumento de Justiça Fiscal,


transformando-se como ferramenta de Justiça Social
Delineamentos...

• Epidemiologia descritiva → estudo seccional para obtenção de prevalências


por período - geral e por CNAE - entre 2000 e 2016, a partir da casuística
(Agrupamentos CID) e da população consideradas pela ocorrência média de
casos e vínculos.

• Epidemiologia analítica → estudo longitudinal para obtenção de incidências


acumuladas, entre 2000 e 2016 → estimar riscos, avaliar medidas de
impactos e frações etiológicas a partir da casuística (casos novos de
Agrupamentos CID) oriunda da população dinâmica (vínculo-ano).
• Os dados populacionais oriundos do CNIS

• População Economicamente Ativa – PEA (n° 2) – população alvo ou base


populacional.

• População Real (n° 3 ) - universo amostral - Os trabalhadores com vínculos formais


de emprego → objeto da pesquisa

• População de Estudo (n° 4) - Trabalhador de um CNAE especifico

• População Externa (n° 1) - indivíduos não guardam conexão com este estudo, mas
é possível fazer alguma extrapolação
Figura 1: Macro fluxo para geração de NTEP
Variáveis Populacionais – Estudo de Prevalência

• A unidade de referência para mensuração populacional para fins de obtenção da


Prevalência Geral e Prevalência por CNAE é o vínculo empregatício identificado pelo
NIT e não a pessoa do segurado, pois se contabilizam dois expostos quando o
trabalhador tenha trabalhado em dois empregos ao longo de um determinado período.

• O vínculo médio obtido pela a média aritmética dos vínculos declarados nos meses
entre 2000 e 2016
Variáveis Populacionais – Estudo de Incidências

Vínculo-ano → referência populacional para fins de obtenção da Incidência Acumulada

Entre Expostos (IAEE) e Incidência Acumulada Entre Não Expostos (IAENE).


Benefícios por Incapacidade registrados no SUB nas espécies B31, B32, B91 e B92, concedidos entre 2000 e 2016.
Total 37.354.818

Subtrai-se da Concessão SUB-Especialidade a Concessão SUB-Expurgo.

Perda na casuística devida aos diagnósticos CID 10ª: não classificado, não preenchido, inválido ou em CID 9ª.
Exclusão dos registros relativos aos segurados autônomos, equiparados, empresários, facultativos e domésticos.
Total 23.637.355

Concessão SUB – Perdas


Benefícios com registros inválidos, “não classificado” ou CNAE Irrastreável.
Total 805.197

Concessão SUB – Investigação


Subtrai-se da Concessão SUB-Morbidade a Concessão SUB-Perdas
Total 12.912.266

Casuística Média-Ano
Casuística SUB-Investigação: Empregados, divididos por dezessete (17)
Total 759.545

População - Real Vínculo Médio, obtido pela soma dos vínculos empregatícios no CNIS, divididos
Total 30.815.310 por dezessete (17)
Figura 1. Universo de benefícios com a casuística alvo, as perdas e a casuística objeto do
estudo restrito aos segurados empregados para as espécies B31, B32, B91 e B92. Brasil, 2000 a
2016.
Concessão SUB – Geral
Total 73.198.369

Concessão SUB – Especialidade Benefícios por Incapacidade – espécies B31, B32, B91 e B92 – concedidos entre
Total 37.354.818 2000 e 2016, registrados no SUB.

Benefícios relativos aos Capítulos CID 15, 16, 17, 18, 20, 21 e 22; CID “não
Concessão SUB – Expurgo
classificado”, “não preenchido” ou “inválido” ou CID09; bem como os registros
Total 23.637.355
dos segurados autônomos, equiparados, empresários, facultativos e domésticos

Concessão SUB – Morbidade


Subtrai-se da Concessão SUB-Especialidade a Concessão SUB-Expurgo.
Total 13.717.463

Concessão SUB – Perdas


Benefícios com registros inválidos, “não classificado” ou CNAE Irrastreável.
Total 805.197

Concessão SUB – Investigação


Subtrai-se da Concessão SUB-Morbidade a Concessão SUB-Perdas
Total 12.912.266

Casuística Média-Ano
Casuística SUB-Investigação: Empregados, divididos por dezessete (17)
Total 759.545

População - Real Vínculo Médio, obtido pela soma dos vínculos empregatícios no CNIS, divididos
Total 30.815.310 por dezessete (17)
RR
P doença ȁ exposto ÷ {P doença ȁ exposto + [ 1 − P(doença ȁ exposto) ]}
=
P(doença ȁ não−exposto) ÷ {P(doença ȁ não−exposto) + [ 1 − P(doença ȁ não−exposto)]}

IEE > IENE → RR > 1, logo sugere Fator de Risco

P(doença exposto)

caso Outra 1 - P(doença exposto)


Incapacidade
ou Não Há a
Benefício IEE =
a+b
Exposto CNAE
a b IENAE =
c
𝑐+d
Outro CNAE
c d RR = IEE ÷ IENE

P(doença não - exposto) 1 - P(doença não - exposto)


98/300
NTEP - METODOLOGIA

CID10-OMS
CNAE
Classe M40-M54 Outro TOTAL

5212 336 11.098 11.434

Outro 390.444 43.022.184 43.412.628

TOTAL 390.780 43.033.282 43.424.062

Estimador de Risco : Risco Relativo

5212 – Carga e Descarga M40-M54 – Dorsopatias

𝟑𝟑𝟔÷𝟏𝟏.𝟒𝟑𝟒 𝟐𝟗𝟑𝟖 (𝒙𝟏𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎)


Risco Relativo → RR = = = 3,29 (229%)
𝟑𝟗𝟎.𝟒𝟒𝟒÷𝟒𝟑.𝟒𝟏𝟐.𝟔𝟐𝟖 𝟖𝟗𝟗(𝒙𝟏𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎)
Agrupamento - CID
CNAE
F40-F48 TOTAL

6421 9.960 890.500

OUTRO 419.980 216.229.810

TOTAL 429.640 217.120.310

Estimador de Risco : Risco Relativo


6421 – Bancos Comerciais F40-F48 –Trans. Neuróticos/Stress

𝟗.𝟗𝟔𝟎÷𝟖𝟗𝟎.𝟓𝟎𝟎 𝟏.𝟎𝟖𝟓 ( 𝑿 𝟏𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎)


100/59 Risco Relativo → RR = = = 5,68 (468%)
𝟒𝟏𝟗.𝟗𝟖𝟎÷𝟐𝟏𝟔.𝟐𝟐𝟗.𝟖𝟏𝟎 𝟏𝟗𝟒 (𝑿 𝟏𝟎𝟎.𝟎𝟎𝟎)
No Brasil, historicamente, por diferentes razões, agravos à saúde do trabalhador
ao serem analisados para fins previdenciários frequentemente têm menor
probabilidade de serem vinculados ao trabalho. Há evidências robustas na
literatura científica demonstrando extensa subnotificação dos acidentes do
trabalho.

Em 1990, 12% dos benefícios eram acidentários e em 2005, caem para apenas
8%1. O sistema de informações acidentário, modelado pelo legislativo brasileiro
para a Previdência Social, tem na Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT a
sua fonte primária, com fortes indícios de sonegação2.
A sonegação da CAT está enraizada e demarcada por aspectos econômicos, jurídicos
e sociais:
i) acidente-doença do trabalho é uma categoria considerada pejorativa, por isso as
empresas evitam que o dado apareça nas estatísticas oficiais;
ii) início do reconhecimento da estabilidade no emprego – que é de um ano de
duração a partir do retorno -, bem como a liberdade de poder despedir o trabalhador
a qualquer tempo;
iii) depósito da contribuição devida de 8% do salário, em conta do FGTS,
correspondente ao período de afastamento;
iv) reconhecimento dos fatores de riscos laborais e com isso não recolher a
contribuição específica correspondente ao custeio da aposentadoria especial para os
trabalhadores expostos;
v) a CAT emitida pela empresa é tida como palavra final sobre a causalidade
acidentária, quando constitui apenas um ato administrativo previdenciário e de
sentinela epidemiológica;
vi) a CAT, sob o prisma do empregador, funciona como confissão de culpa com
consequências penais, cíveis, previdenciárias e trabalhistas;
vii) o Instituto Nacional de Seguro Social - INSS tende a condicionar a concessão do
benefício acidentário à apresentação da CAT por parte do segurado, bem como a
prestação de reabilitação profissional, condições que atribuem à CAT um valor
extraordinário, que de um lado estimula a subnotificação por parte do empresário; e
de outro, ultraja direito dos empregados;
viii) as doenças do trabalho têm múltiplos fatores etiogênicos que oneram o
diagnóstico diferencial, abrindo o enorme espaço ao falso negativo (subnotificação);
ix) o afastamento é relacionado ao trabalho ou não? Os serviços médicos contratados
pelas empresas tendem a negar a relação ao excluir a contribuinte laboral do
espectro dos fatores determinantes, concausais, facilitadores ou desencadeadores,
obstaculizando a emissão da CAT, quando o trabalho pode ser causa suficiente,
notadamente quando há motivos econômicos-jurídicos ou a incerteza diagnóstica,
ainda que a presunção acidentária esteja prevista na legislação;
x) impossibilidade teórica de se flexibilizar a tributação do Seguro Acidente do
Trabalho – SAT, ao se considerar a CAT como fonte primária de informação, dado que
as empresas emitentes seriam estimuladas a aumentar a subnotificação.

Para escapar desse nó epistemológico previdenciário adstrito à CAT como paradigma


central de um modelo observacional individualístico, assume-se como objeto da
investigação a centralidade científica do meio ambiente do trabalho.
A população e a casuística, estratificadas, respectivamente, pelas variáveis
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE- Classe)5 que definem a
população de segurados empregados vinculados ao Regime Geral de
Previdência Social – RGPS administrados pelo INSS; e, os agrupamentos da
CID10ª (CID-Agrup) incapacitantes, com afastamentos superiores a 15 dias.

Duas questões se colocam:

1) como aferir a morbidade incapacitante produzida pelas empresas


empregadoras brasileiras ao se apurar os afastamentos relacionados ao trabalho
– temporários e permanentes -, cobertos pelo INSS, de modo mais isento
possível para fins de tributação flexível e presunção acidentária?

2) como determinar se o pertencimento subalterno a uma determinada CNAE-


Classe constitui fator de risco previdenciário para um CID-Agrup incapacitante?
A instrumentação epidemiológica neste estudo apresentada responde a essas
questões, pois consegue construir estimativas de risco previdenciário tendo como
variável analítica biológica (CID-Agrup) segundo a abordagem individual; e a CNAE-
Classe como variável síntese do meio ambiente do trabalho sob perspectiva
coletiva. Permite superar as lacunas produzidas pela sonegação da CAT e aferir a
acidentalidade e suas consequências tributárias visando à justiça fiscal e social.

O objetivo deste estudo é estabelecer uma estimação de risco previdenciário, e


suas frações etiológicas, entre a exposição (trabalhar em empresa de determinado
CNAE-Classe) e o desfecho clínico laboral incapacitante (CID-Agrup) por mais de
15 dias.

A matriz possível é 142.676 células resultantes das relações entre 673 CNAE-Classe
e 212 CID-Agrup.
A instrumentação epidemiológica neste estudo apresentada responde a essas
questões, pois consegue construir estimativas de risco previdenciário tendo
como variável analítica biológica (CID-Agrup) segundo a abordagem individual; e
a CNAE-Classe como variável síntese do meio ambiente do trabalho sob
perspectiva coletiva. Permite superar as lacunas produzidas pela sonegação da
CAT e aferir a acidentalidade e suas consequências tributárias visando à justiça
fiscal e social.

O objetivo deste estudo é estabelecer uma estimação de risco previdenciário, e


suas frações etiológicas, entre a exposição (trabalhar em empresa de
determinado CNAE-Classe) e o desfecho clínico laboral incapacitante (CID-
Agrup) por mais de 15 dias. A matriz possível é 142.676 células resultantes das
relações entre 673 CNAE-Classe e 212 CID-Agrup.
Neste estudo, faz-se um recorte da matriz possível para alcançar a matriz alvo
(7x7) sete CNAE-Classe e sete CID-Agrup cuja significação é bastante expressiva
Faz-se um recorte da matriz possível para alcançar a matriz alvo (7x7) sete CNAE-
Classe e sete CID-Agrup cuja significação é bastante expressiva e espalhada do ponto
de vista ambiental [1012 - Abate de Suínos, Aves e Outros Pequenos Animais; 2910 -
Fabricação de Automóveis, Camionetas e Utilitários; 3811 - Limpeza Urbana e Esgoto;
4711 - Comercio Varejista Mercadorias em Geral; 4921 - Transporte Rodoviário de
Passageiros, Regular, Urbano; 6422 - Bancos Múltiplos, com Carteira Comercial; e,
7810 - Seleção, Agenciamento e Locação de Mão-de-obra para Serviços Temporários],
contra uma casuística de desfechos clínicos bem distintos [F30-F39 - Transtornos do
humor [afetivos]; F40-F48 - Transtornos neuróticos, transtornos relacionados com o
stress; M00-M25 – Artropatias; M40-54 - Dorsopatias; M60-M79 - Transtornos dos
tecidos moles; S60-S69 - Traumatismos do punho e da mão; e, S80-S89 -
Traumatismos do joelho e da perna].

Há NTEP quando nessa matriz há estimador Risco Relativo - RR superior a unidade,


para 99% de confiança estatística.
Tem-se neste estudo um delineamento tipo coorte, censitária e dinâmica,
iniciada em 01/01/2000 e seguida até 31/12/2016. Esta coorte está baseada em
duas fontes de dados institucionais: o Sistema Único de Benefício – SUB (INSS) e o
Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS (Secretaria de Previdência Social),
ambos administrados pela Empresa de Processamento de Dados da Previdência
Social - Dataprev.

O CNIS contém registros cadastrais das empresas empregadoras, controlados


pelo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ vinculados à atividade econômica
(CNAE-Classe), bem como os dados cadastrais de seus empregados, controlados
pelo Número de Identificação do Trabalhador - NIT, que permite marcar a entrada
e saída da coorte.
A variável de exposição é apurada por vínculo-dia a partir do período
compreendido entre datas de admissão e dispensa do trabalhador. Cada vínculo
empregatício é considerado por NIT se ao menos uma vez ao longo da coorte
houve remuneração mensal para esse NIT, excluído período de afastamento por
benefício previdenciário. Assim, conta-se um vínculo-dia àquele segurado
remunerado que não teve suspensão do contrato de trabalho por motivo de
doença/acidente incapacitante.

O SUB é um sistema de informação de grande porte que unifica todos os


registros de concessão e manutenção de benefícios operados pelo INSS. O SUB é a
origem dos dados da casuística individualizada pelo NIT. Cada benefício é
cadastrado no SUB mediante chave- primária, denominada Número de Benefício –
NB, com 10 caracteres numéricos [1234567890].
Entram na casuística os benefícios cuja Data do Despacho do Benefício – DDB
esteja compreendida entre 01/01/2000 e 31/12/2016. Pelo NB se encontra as
espécies de benefício usadas neste estudo: (Auxílio-doença - B31; Auxílio-doença
Acidentário – B91; Invalidez – B32 e Invalidez Acidentária – B92) e diagnóstico (CID)
incapacitante. O chaveamento (variável de correspondência) entre CNIS e SUB se
dá pelo NIT. Este estudo é censitário pelo fato de alcançar toda população
formalmente empregada vinculada à Previdência Social brasileira por intermédio
do CNIS.
Variável de desfecho
A variável de desfecho biológica é o diagnóstico CID-10ª dos benefícios por
incapacidade, temporária e permanente, compreendido nos agrupamentos (CID-
Agrup). As 12.423 subcategorias CID (quatro posições) são truncadas ao nível do
terceiro dígito, que resulta em 1.205 categorias CID (três posições). Em seguida,
conforme definição dada pela CID10ª - OMS, há uma homogeneização por grupo
CID que totaliza 212 agrupamentos (CID-Agrup).

No nível mais agregado da CID10ª, há 21 capítulos. Assim, no CID-Agrup M60-


M79 (Tenossinovite e Mialgia) há 13 categorias CID e 112 subcategorias de CID.
Variável de exposição

Adota-se a variável de exposição a CNAE-Classe como representante da atividade


econômica compreendida por um conjunto de empresas (CNPJ), que são
povoadas por empregados (NIT) a elas vinculados, de forma que, no âmbito do
CNIS, dado um NIT, acha-se o CNPJ e deste a CNAE-Classe de vínculo. A CNAE
está estruturada em 21 seções (uma letra), 87 divisões (dois dígitos), 286 grupos
(três dígitos), 673 classes (quatro dígitos) e 1302 subclasses (sete dígitos).

Analogamente à motivação metodológica adotada para escolha variável


biológica, opta-se, para variável de exposição, pelo marcador intermediário,
CNAE-Classe, acomodando assim os extremos de sensibilidade e especificidade
entre seção e subclasse da CNAE.
CNAE
Todo estudo epidemiológico necessita de uma base populacional de referência. Nesta pesquisa adota-se o
universo das atividades econômicas, compreendido por um conjunto de empresas, que são povoadas por
populações de empregados a elas vinculados. Discutem-se aqui os motivos e características que suportam a
escolha do universo baseado na CNAE como variável crítica e sintética para fins populacionais.
Explicita-se também a natureza formal e existencial da empresa, que emprega e participa de um ramo
econômico de modo a entender que à empresa (individualmente percebida – inscrita no Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica – CNPJ) cabe a decisão de melhorar o meio ambiente do trabalho, ou não; e, ela o fará, se
perceber atratividade econômica.
CNAE: Figura Ontológica Isomórfica.

A empresa tem duas facetas (dupla personalidade) existenciais: uma individual, dada pela personalidade
jurídica que representa a si mesmo, sob visão interna corporis, segundo seu registro de nascimento (CNPJ); e
uma outra, dita coletiva, pela roupagem econômica que representa a todos, dada pelo CNAE ao qual
pertence o CNPJ, em perspectiva externa corporis, em que a parte representa o todo e o todo prenuncia a
parte.
Falar em uma empresa é dizer em qual vocação socioeconômica ela se encaixa e afirmar o CNAE é presumir a
forma segundo a qual a empresa atende sua razão de ser. Ou seja, há que se considerar essa dupla
personalidade sob os primas individuais da fisiologia da empresa, de um lado, e da sociologia entre empresas
dentro do segmento econômico (CNAE), de outro.
A CNAE assim, sob esse prisma, assume a figura de um ser social cujos indivíduos, cada uma das empresas
(CNPJ) integrantes comungam, convivem, concorrem, compram, vendem, apreçam, contratam, escrituram,
licitam, alienam, participam do mercado bursátil, terceirizam, empregam, protegem e adoecem de maneira
verossimilhante, entre outros, e, portanto reproduzem práticas multidimensionais de plurais representações.
Eis o porquê ontológico.
Segundo a teoria burocrática organizacional de Weber essa homogeneidade das empresas, aqui
representada pelo CNAE, decorre da reprodutibilidade de formas e práticas verossímeis comuns, que nos
dizeres de Dimaggio e Powell , estão submetidas à Gaiola de Ferro do Isomorfismo Institucional, segundo a
racionalidade organizacional weberiana.

Práticas verossímeis comuns e reprodutibilidade fazem com que as organizações dentro de mesmo CNAE
estejam mais orientadas à homogeneidade que à competição ou à diversidade, ainda que haja o diferencial
competitivo

Isomorfismo, segundo Dimaggio e Powell, entendido como processo de restrição que força uma unidade
organizacional em uma população a se assemelhar as outras unidades que enfrentam o mesmo conjunto de
condições ambientais, sendo de natureza tripla: coercitivo, mimético e normativo , a saber:
✓ O isomorfismo coercitivo deriva das influências políticas e do problema da legitimidade, decorrentes de
pressões formais e informais que sofrem de outras organizações do mesmo CNAE e das quais dependem,
bem como das expectativas culturais da sociedade na qual as organizações atua

✓ O isomorfismo mimético como respostas padronizadas às incertezas, pois nem todo isomorfismo deriva
da autoridade coercitiva, uma vez que a incerteza constitui poderosa força que encoraja a imitação a
outras organizações ditas modelos para imitar, benchmarketing, notadamente em cenários em que as
tecnologias de gestão são pouco compreendidas, de soluções pouco nítidas, ou quando se vêem defronte
a problemas de causas ambíguas;

✓ O Isomorfismo normativo associado à profissionalização, assim entendida a luta coletiva de membros de


uma profissão para definir as condições e os métodos de seu trabalho, para controlar a produção e os
produtores, bem como para estabelecer uma base cognitiva e legitimação para autonomia da profissão.
Destarte, segundo essa cognição, um grupo de organizações (CNAE) emerge como um campo e suscita um
paradoxo: atores racionais tornam suas organizações cada vez mais similares à medida que tentam
transformá-las.

Em outro flanco, para compreender as vicissitudes que permeiam a saúde do trabalhador segundo a lógica
liberal (CNPJ) e sócio-isomórfica (CNAE) se faz necessário raciocinar de modo a compreender a Regra do
Mercado numa esfera ampliada que extrapola o CNPJ e encontra a CNAE como caixa de ressonância.

Porquanto, se é verdade que existe uma regra de mercado liberal que estimula a concorrência entre CNPJ; é
verdade também que essa mesma regra, igualmente, é social quando reproduz práticas e doutrinas entre
eles, que inclusive os protegem, às vezes os blindam e quase sempre os alimentam.

Nesse contexto, a CNAE não é mero somatório de CNPJ,- um mero item taxonômico no qual se apropria um
PIB na contas nacionais do IBGE de forma passiva – mas sim, a expressão viva de vontades políticas colimadas
aos interesses privados (lucro) e classista (sobrevivência) que participam do pólo ativo das relações
socioeconômicas ao se utilizar de mecanismos hegemônicos para individualmente acumular riquezas e
coletivamente opor salvaguardas a quem quer que seja.
A percepção dessa dupla personalidade da empresa no modo de produção capitalista - juntamente ao olhar
individual (fisiológico) do CNPJ competitivo combinado endogenamente ao coletivo (sociológico) do CNAE
solidário - constitui o núcleo resolutivo do problema posto na introdução desta tese. Sem esse discernimento,
nenhuma política pública logrará êxito, conquanto haja vontade e um ar de mudança na sociedade.
Reafirma-se o SAT no rol das políticas públicas estatais a partir do balanceamento dinâmico dos três vértices
fundamentais, discutidos no capítulo dois, utilizando-se de mecanismos liberais e classistas, dialeticamente
compensados. Parte-se da premissa capitalista, para dentro de sua lógica, atingir a mitigação das
conseqüências nefastas à saúde do trabalhador, intrínsecas ao seu modo de produção, qual seja: transformar
saúde do trabalhador em valor econômico agregado, em ativos financeiros, em lucro.

Há que se estabelecer às empresas, no tocante à saúde do trabalhador, um mecanismo dosador tributário


(FAP), como vantagem competitiva ativada pelo fisiologismo do CNPJ, corroborado pela gradação continua de
risco, aproveitando as forças restritivas e de homogeneização dadas pela tríplice isomorfia do CNAE, que
inclua o vetor mercadológico atrelado à imagem, alinhado às forças da livre-iniciativa.

Tal mecanismo de bônus (FAP) se conecta um outro atribuidor de ônus (NTEP), dispositivo de peso-e-
contrapeso, como contrapartida à gestão do valor agregado (saúde do trabalhador) para se efetivar o direito
social (meio ambiente do trabalho equilibrado), pelo viés social.
As visões epistemológica de Edgar Morin36 e isomórfica de Dimaggio e Powell27 reiteram as duas vertentes –
econômica e social – que circunscrevem a variável atividade econômica (CNAE) como figura ontológica
homogênea quanto aos indivíduos (CNPJ) nela inscritos. Porém não pára por aí o potencial gnosiológico e
heurético da variável CNAE como preditora de significados ao se considerar sua característica isomórfica e
ontológica.

Complementarmente, discute-se a seguir que a atividade econômica (CNAE) enseja um construto teórico que
sintetiza múltiplas determinações, a partir das quais é razoável atribuir à variável CNAE o atributo de variável
síntese.
Estruturação das Hipóteses
Estruturação das Hipóteses

Parte-se da hipótese nula (H0): o vínculo empregatício em uma empresa


pertencente a uma determinada CNAE-Classe não constitui fator de risco
previdenciário para o trabalhador apresentar desfecho incapacitante por mais de 15
dias em um determinado CID compreendido em CID-Agrup.

Ao se rejeitar a hipótese nula (H0), assume-se a hipótese alternativa (Ha), qual


seja: a CNAE-Classe constitui fator de risco.
Casos Novos e Medidas de Frequência
Casos novos são considerados todas as concessões de benefícios pelo INSS, nas
espécies B31, B32, B91 e B92, após 15 dias de afastamento, que tenham sido
relacionadas a segurados empregados e que cumpriram carência, nos termos da
lei previdenciária. A Prevalência Geral - PG foi obtida pela quantidade-média, por
ano, dos CID-Agrup dividida pelo vínculo-médio, por ano, de todos os
empregados. Da mesma forma, a Prevalência por CNAE – PC foi obtida, para o
recorte populacional e casuística por CNAE-Classe. A Incidência Acumulada Entre
os Expostos (IAEE) foi obtida pelo quociente dos casos novos da CNAE-Classe
pelos seus vínculos-dias, enquanto a Incidência Acumulada Entre os Não Expostos
(IAENE) foi obtida pelo quociente dos casos novos das demais CNAE-Classe pelos
seus respectivos vínculos-dias.
Definição dos Grupos (Exposto e Referente), Medidas de Associação e
Impactos
Adotado o RR como estimador de risco na matriz de contingência (2 x 2) entre
CNAE- Classe e CID-Agrup. O grupo exposto (sob teste) é formado por todos os
Tabela 1: Matriz de Definição dos Grupos (Exposto e Referente) com indicadores epidemiológicos para
CNAE-Classe: 6422 e CID-Agrup:F30-F39. Brasil, 2000 a 2016.
Tabela 1. Indicadores epidemiológicos de CID-Agrup de acordo com

a CNAE-Classe para segurados empregados do Regime Geral da

Previdência Social, com base no vínculos-médios e vínculos-dias.

Brasil, 2000 a 2016.


Considerando o agregado dos três CNAE para Sindufarma
2110 - Fabricação de produtos farmoquímicos
2121 - Fabricação de medicamentos para uso humano
2122 - Fabricação de medicamentos para uso veterinário
2123 - Fabricação de preparações farmacêuticas

Prevalência Prevalência
Casos CNAE- Proporção Razão de
Agrupamento CID Casos Brasil RR LI ic RR LS ic RR FE-Exp % FE-Pop % CNAE Geral
Classe Casos (%) Prevalência
(x100.000) (x100.000)

M60-M79 - Transtornos dos tecidos moles 1.437.903 261 0,02 2,04 1,88 2,21 51,07 0,58 555,34 274,48 2,02
F30-F39 - Transtornos do humor [afetivos] 1.106.740 133 0,01 1,35 1,12 1,58 26,09 0,10 282,99 211,27 1,34

Z40-Z54 - Pessoas em contato com os serviços de saúde para procedimentos e cuidados específicos 569.404 1.386 0,24 1,07 1,00 1,14 6,62 0,01 117,14 108,69 1,08
O20-O29 - Outros transtornos maternos relacionados predominantemente com a gravidez 378.221 1.080 0,29 1,26 1,18 1,34 20,43 0,02 91,28 72,20 1,26
G50-G59 - Transtornos dos nervos, das raízes e dos plexos nervosos 248.505 772 0,31 1,37 1,27 1,46 26,88 0,02 65,25 47,44 1,38
O60-O75 - Complicações do trabalho de parto e do parto 100.207 364 0,36 1,60 1,46 1,74 37,50 0,02 30,76 19,13 1,61
O30-O48 - Assistência prestada à mãe por motivos ligados ao feto e à cavidade amniótica e por possíveis problemas relativos ao parto 70.570 242 0,34 1,51 1,34 1,68 33,78 0,01 20,45 13,47 1,52
O10-O16 - Edema, proteinúria e transtornos hipertensivos na gravidez, no parto e no puerpério 64.462 182 0,28 1,24 1,05 1,43 19,52 0,00 15,38 12,31 1,25
E65-E68 - Obesidade e outras formas de hiperalimentação 59.645 191 0,32 1,41 1,22 1,60 29,07 0,01 16,14 11,39 1,42
2121 - Fabricação de medicamentos para uso humano

CNAE-Classe: 2121 - Fabricação de medicamentos para uso humano [69.599,53 vínculos-médio ao ano] e [1.166.208,64 vínculos-dias (n=0,23%)]
Casos Prevalência Prevalência
Casos Proporção LI ic LS ic FE-Exp FE-Pop Razão de
Agrupamento CID CNAE- RR CNAE Geral
Brasil Casos (%) RR RR % % Prevalência
Classe (x100.000) (x100.000)

E65-E68 - Obesidade e outras formas de hiperalimentação 59.645 191 0,32 1,41 1,22 1,60 29,07 0,01 16,14 11,39 1,42

G50-G59 - Transtornos dos nervos, das raízes e dos plexos nervosos248.505 772 0,31 1,37 1,27 1,46 26,88 0,02 65,25 47,44 1,38

M60-M79 - Transtornos dos tecidos moles 1.437.903 4.281 0,30 1,31 1,27 1,35 23,69 0,11 361,82 274,48 1,32

O10-O16 - Edema, proteinúria e transtornos hipertensivos na gravidez,


64.462
no parto
182e no puerpério
0,28 1,24 1,05 1,43 19,52 0,00 15,38 12,31 1,25

O20-O29 - Outros transtornos maternos relacionados predominantemente


378.221
com1.080
a gravidez
0,29 1,26 1,18 1,34 20,43 0,02 91,28 72,20 1,26

O30-O48 - Assistência prestada à mãe por motivos ligados ao feto e à70.570


cavidade
242
amniótica
0,34e por possíveis
1,51 1,34problemas
1,68 33,78
relativos
0,01ao parto
20,45 13,47 1,52

O60-O75 - Complicações do trabalho de parto e do parto 100.207 364 0,36 1,60 1,46 1,74 37,50 0,02 30,76 19,13 1,61

Z40-Z54 - Pessoas em contato com os serviços de saúde para procedimentos


569.404 1.386
e cuidados
0,24
específicos
1,07 1,00 1,14 6,62 0,01 117,14 108,69 1,08
CNAE-Classe: 2121 - Fabricação de medicamentos para uso humano [69.599,53 vínculos-médio ao ano] e [1.166.208,64 vínculos-dias (n=0,23%)]

Agrupamento CID
Casos
Casos
CNAE-
Proporção
RR
LI ic LS ic FE-Exp FE-Pop
Prevalência Prevalência
CNAE Geral
Razão de
2121 - Fabricação de medicamentos para uso humano
Brasil Casos (%) RR RR % % Prevalência
Classe (x100.000) (x100.000)

E65-E68 - Obesidade e outras formas de hiperalimentação 59.645 191 0,32 1,41 1,22 1,60 29,07 0,01 16,14 11,39 1,42

G50-G59 - Transtornos dos nervos, das raízes e dos plexos nervosos248.505 772 0,31 1,37 1,27 1,46 26,88 0,02 65,25 47,44 1,38

M60-M79 - Transtornos dos tecidos moles 1.437.903 4.281 0,30 1,31 1,27 1,35 23,69 0,11 361,82 274,48 1,32

O10-O16 - Edema, proteinúria e transtornos hipertensivos na gravidez,


64.462
no parto
182e no puerpério
0,28 1,24 1,05 1,43 19,52 0,00 15,38 12,31 1,25

O20-O29 - Outros transtornos maternos relacionados predominantemente


378.221
com1.080
a gravidez
0,29 1,26 1,18 1,34 20,43 0,02 91,28 72,20 1,26

O30-O48 - Assistência prestada à mãe por motivos ligados ao feto e à70.570


cavidade
242
amniótica
0,34e por possíveis
1,51 1,34problemas
1,68 33,78
relativos
0,01ao parto
20,45 13,47 1,52

O60-O75 - Complicações do trabalho de parto e do parto 100.207 364 0,36 1,60 1,46 1,74 37,50 0,02 30,76 19,13 1,61

Z40-Z54 - Pessoas em contato com os serviços de saúde para procedimentos


569.404 1.386
e cuidados
0,24
específicos
1,07 1,00 1,14 6,62 0,01 117,14 108,69 1,08
Indicadores Epidemiológicos

Por se tratar de estudo censitário as inferências para obtenção de intervalo de confiança são
dispensáveis, todavia, além de calculados, tais limites, para 99% de confiança estatística, são,
de forma conservadora, adotados como requisitos.

Neste estudo o parâmetro de risco adotado foi o estimador de risco RR em seu limite inferior
maior que a unidade (LIIC-99% >1).

Das 49 (100%) relações resultantes da matriz entre as sete CNAE-Classe e os sete CID-Agrup,
foram observadas 27 associações com NTEP (55.1%), pois refutaram a hipótese nula com LIIC-
99% > 1, contra 22 (44.9%).

O agrupamento M40-M54 (Dorsopatias) apesar de ser o mais prevalente [420,10 (x 100.000)],


só apresentou NTEP para as CNAE-Classe: 1012, 2910, 3811 e 4921. Enquanto que o F40-F48
(Transtornos Neuróticos) sendo o menos prevalente [92,29 (x 100.000)], ainda assim
compareceu com NTEP para as CNAE-Classe: 1012, 4711, 4921 e 6422.

Especial atenção ao F40-F48 na CNAE-Classe 2910, pois o RR ficou em 1,04, saindo da matriz do
NTEP apenas pelo rigor metodológico, que obteve LIIC-99% de 0,97. Nesta relação a RP
também ficara acima da unidade (RP = 1,03).
Indicadores Epidemiológicos

Observando a CNAE-Classe 4711 (Comércio Varejista) que é a mais populosa [13.824.828,00


vínculos-dias (n=2,70%)] só apresentou NTEP para os CID-Agrup: F30-F39, F40-F48, M60-M79 e
S60-S69. Enquanto CNAE-Classe 2910 (Fabricação de Automóveis) sendo o menos populoso
[1.323.151,34 vínculos-dias (n=0,26%)], ainda assim compareceu com NTEP para os CID-Agrup:
M00-M25, M40-M54, M60-M79 e S80-S89.

Há extremos que merecem destaque. A CNAE-Classe 1012 (Abate de Aves) teve NTEP para as
sete relações, enquanto na CNAE-Classe 7810 (Agenciamento de Mão-de-Obra) não houve
NTEP para nenhum. A primeira por conta da concentração de fatores de riscos químicos,
físicos, biológicos, mecânicos, psíquicos e ergonômicos nessa indústria; a segunda, pela
dispersão dos fatores de riscos, quando se considera o giro do trabalhador alocado em diversas
CNAE-Classe .

É relevante notar quanto ao CID-Agrup F40-F48 (Transtorno Neurótico) que a CNAE-Classe


4921 (transporte Rodoviário) foi a que apresentou a maior proporção de casos (6,93%); maior
RR (5,30); maior FE-Exp (81,14%) e maior Razão de Prevalência – RP (4,82).
Indicadores Epidemiológicos

O segundo maior RR (4,61) dessa coorte ficou para M60-M79 (Transtorno Tecido Moles) na
CNAE-Classe 2910 (fabricação de Automóveis), pois apresentaram elevados impactos,
expressos pela FE-Exp (78,30%), bem como pela FE-pop (4,29%), esta última a maior deste
estudo. Conquanto a medida prevalência não tenha o condão de estimar risco, a RP
compareceu neste estudo como preditor de risco, convergindo com NTEP, de forma a
evidenciar consistente paralelismo, acima ou abaixo da unidade, entre ambos (LIIC-99% e RP).

Em sentido oposto, também é relevante notar quanto ao CID-Agrup S60-S69 (Trauma punho e
mãos) que a CNAE-Classe 6422 (Banco Múltiplo) foi a que apresentou a menor proporção de
casos (0,36%); menor RR (0,31) e menor Razão de Prevalência – RP (0,31).

Os resultados apresentados reforçam a acurácia da metodologia do NTEP, pois confirmam em


ambos os sentidos, afirmando ou negando NTEP, as relações etiogênicas consolidadas pela
literatura científica, ainda que delas prescindam, dada a natureza de estimador de risco
previdenciário para fins de planejamento e política pública.
NTEP – Delineamento observacional do tipo coorte previdenciária, censitária, dinâmica e
não-concorrente (01/01/2000 a 31/12/2016).

Medidas de Frequência

Prevalência Potencial Heurético


Incidência Acumulada
Potencial Gnosiológico
Medidas de Associação
Risco Relativo - RR

Medidas de Impacto
Fração Etiológica dos Expostos
Fração Etiológica Populacional
Contexto Histórico
À abordagem clínico-individual, cujos fundamentos foram
ensinados por Hipócrates (460-375 a.C.), Ramazzini agregou a
prática da história ou anamnese ocupacional. Assim, ensinou ele:

"um médico que atende um doente deve informar-se de muita


coisa a seu respeito pelo próprio e por seus acompanhantes
(...). A estas interrogações devia acrescentar-se outra: ‘e que
arte exerce?’. Tal pergunta considero oportuno e mesmo
necessário lembrar ao médico que trata um homem do povo,
que dela se vale chegar às causas ocasionais do mal, a qual
quase nunca é posta em prática, ainda que o médico a
conheça. Entretanto, se a houvesse observado, poderia obter
uma cura mais feliz."

René Mendes. A ATUALIDADE DE RAMAZZINI, 300 ANOS DEPOIS. Professor Titular UFMG.
http://www.saudeetrabalho.com.br/textos-miscelania-6.htm
• Produção Artesanal
• Utensílios e Tecnologias Rudimentares
• Força Muscular
• Trabalho por conta própria
• Sistema de Trocas – Economia Subsistência
1700 • Tempo passa devagar

Diga-me em que laboras, que dir-te-ei do que adoecerás


De Morbis Artificum Diatriba (Doenças do Trabalho) que relacionava os riscos em 52 ocupações

Inquisição
• Deus ajuda a quem trabalha
• Deus ajuda a quem trabalha
• Deus que quis, pois tudo pode e de tudo é cônscio.
• Absurdo associar trabalho a doença
• Heresia = Fogueira

144/300
Velho Olhar...
(i) viés médico-clínico (individualista) → abordagem anatomoclínica do
paciente → busca da causalidade biológica da lesão tissular → culpa do
trabalhador → EPI → CAT → caso (é do trabalho e não de saúde pública)

(ii) viés antieconômico → prevenção não agrega valor econômico


→ independe do desempenho do meio ambiente do trabalho (despesa).

(iii) viés trabalhista-estatal → ao Estado as consequências (sociais e fiscais)


das decisões empresarias → baixa coercitividade → modelo jurídico
anterior a CF 1988 → tripartismo → trata-se como matéria trabalhista
→ saúde privada → item de contrato de emprego, intramuros, celetista

Consequências →
CAT
Referencial Individualístico...
Trabalho
Nexo Causal Nexo Técnico
• Patogênese
• Fisiopatologia
• Anatomoclínica
• Propedêutica
• Semiologia

Diagnóstico
Singular
Incapacidade

Prognóstico
DISEASE ILLNESS SICKNESS

Horizonte Holístico
Medicina Psicologia Sociologia Alta Médica
Biológico Emocional Relacional
Consequências →
Tabela: Distribuição de vínculos e benefícios B91, B92, B31 e B32 por ano Brasil - 2000 a 2013
Quantidade de Benefício
Auxílio Doença Aposentadoria Invalidez
Velocidades dos Velocidades dos
Ano Concessão Vínculos Total
Vínculos Benefícios
Previdenciário - B31 Acidentário - B91 Previdenciário - B32 Acidentário - B92

2000 23.127.919,25 766.888 142.588 148.414 8.801 1.066.691


2001 24.370.732,92 793.825 130.960 125.020 7.173 1.056.978
2002 25.023.983,25 1.288.270 180.335 174.554 9.687 1.652.846
2003 27.647.404,33 1.371.221 145.769 174.687 8.504 1.700.181
2004 29.511.148,75 1.725.781 165.219 214.530 9.069 2.114.599
2005 35.935.331,00 1.860.695 156.168 265.543 9.658 2.292.064
2006 37.414.658,00 2.188.671 140.998 171.853 5.854 2.507.376
126% 196%
2007 40.226.058,00 1.825.508 274.946 135.211 4.495 2.240.160
2008 43.729.471,00 1.806.727 356.336 195.451 7.839 2.366.353
2009 45.193.098,00 1.713.115 329.914 179.021 8.940 2.230.990
2010 48.649.216,00 1.900.728 327.894 183.678 10.261 2.422.561
2011 51.681.597,00 2.022.613 319.445 183.301 11.108 2.536.467
2012 53.811.575,00 2.158.346 305.208 187.263 11.948 2.662.765
2013 52.266.594,83 2.273.074 304.217 197.744 12.181 2.787.216
Total 538.588.787 23.695.462 3.279.997 2.536.270 125.518 29.637.247 1,56
Média 38.470.628 1.692.533 234.286 181.162 8.966 2.116.946
Proporção 88% 12% 95% 5%
79,95% 11,07% 8,56% 0,42%
7 vezes 20 vezes
Previdenciário 88,51%
Acidentário 11,49%
Fonte: CNIS; SUB
Produção: DPSO/CGMBI A Medicina doTrabalho deu certo?
Com base em que se sustenta o Falso Negativo?
B31 → FN
Falso Negativo (FN) ou Falso Positivo (FP) ?
B91 → FP
FN: Homologação Expressa da Salubridade do Meio Ambiente do Trabalho – MAT
FN: O MAT nunca será um fator determinante-interveniente.
FN: Assunção ideológica do fator de proteção.
FN: Elimina possibilidade de discussão etiogênica.
FN: Elimina possibilidade de geração de hipóteses científicas.
FN: Reducionismo epistemológico ao campo da semiologia médica.
FN: Retira direitos do trabalhador
FP: Atribuição precária sobre a insalubridade do MAT, dado o contraditório
FP: O MAT poderá ser desqualificado como fator determinante-interveniente.
FP: Assunção ideológica do fator de risco (princípio da precaução).
FP: Estimula o desenvolvimento de pesquisa e discussão etiogênica.
FP: Intensifica a geração de hipóteses científicas.
FP: Ampliação epistemológica, para além da semiologia médica.
Falso Negativo (FN) ou Falso Positivo (FP) ?

✓ Onde há mais erro: 12% no FP do B91 ou 88% do FN do B31? Antes era 5% para 95%.

✓ O objeto investigado nasce da observação epidemiológica, passando por quadros


sindrômicos e pela clínica até chegar na semiologia médica, a partir da descoberta da
etiologia, nessa ordem. Diagnóstico epidemiológico constitui suspeita etiogênica.

✓ As incertezas científicas que povoam a assunção do B91 estão presentes no B31? Ou seja os
argumentos para dizer que não são do trabalho também carecem de comprovação.

✓ Cadê artigos científicos provando que o trabalho não concorreu aos desfechos?

✓ Cadê PCMSO com coortes? Cadê o instrumental epidemiológico subclínico?

✓ NTEP é aparelho metodológico que serve de screening. Não elimina ou prescinde do médico,
mas ao contrário o instrui e ajuda no deslinde.
Falso Negativo (FN) ou Falso Positivo (FP) ?

✓ O objeto investigado nasce da observação epidemiológica, passando por quadros


sindrômicos e pela clínica até chegar na semiologia médica, a partir da descoberta da
etiologia, nessa ordem. Diagnóstico epidemiológico constitui suspeita etiogênica.
✓ Até que a ciência avance sobre essas suspeitas a fim de confirmá-las, dá-se proteção social
considerando o diagnóstico epidemiológico (fator de risco previdenciário).
✓ Controle de Vieses (Livro Amarelo explica os contornos de vieses).
❖ Gênero.
❖ Faixa Etária.

✓ Desafio : por que nesse tempo todo nenhum artigo, dissertação ou tese foram produzidos
para provar relação espúria entre CID e CNAE? Porque leigos e aproveitadores em geral e
inquisidores dogmáticos ficam reproduzindo que NTEP é espúrio?

✓ Ramazzini chora! A inquisição dogmática acende as fogueiras do fundamentalismo


semiótico etiogênico ainda desconhecido.

✓ Qual autoridade têm os que atacam o NTEP se não submetem artigos científicos?
Incompetência, preguiça , aproveitadores judiciais ou desonestidade intelectual ? NTEP é
fruto de árduo trabalho científico de doutorado na UnB submetido a todo tipo de refutação.
Incapacitados tendo
o trabalho como Trabalho não
fator predisponente, contribuinte ao
Matriz NTEP Resultados
facilitador, desfecho
desencadeante ou incapacitante
determinante

Correto Errado – Falso Positivo


Positivo Valor Preditivo (+)
Sensibilidade 99% [erro Beta (5%) ou tipo II]

Errado – Falso Negativo


Correto – Poder de teste
Negativo [erro Alfa (1%) ou tipo I] Valor Preditivo (-)
Especificidade de 95%

✓ Triplo Consultório
❖ Medicina Assistencial
❖ Medicina Empresarial → manda pagar 15 dias.
❖ Medicina Pericial do INSS
▪ Medicina Securatícia (seguradora) opcional
✓ Validação:
▪ Interna → Naquilo que a ciência avançou → causalidades confirmadas (Trauma-
Construção Civil. Tendinites em Frigoríficos...
▪ Externa → Gold Standard → Perícia do INSS (biópsia)
❖ Valor Preditivo (+) → 80%
• Produção Industrial
• Utensílios e Tecnologias Complexos
• Força Mental
Salto ...315 anos • Subordinação Jurídica
Corte Epistemológico • Reprodução do Capital pelo Trabalho
• Ubiquidade laboral – Tempo voa

2007
Diga-me em que atividade econômica
operas, que te direi de que adoecerás os teus
empregados

Art. 21-A da Lei nº 11.430 → natureza acidentária da incapacidade → nexo técnico epidemiológico
entre o trabalho e o agravo → relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora
da incapacidade → 2.752 relações anexo II – lista C acrescida ( Dec. 6.042/2007)
Ampliando a abordagem clínico-individual, Ramazzini introduziu, também, a análise
coletiva ou epidemiológica, categorizando-a segundo ocupação ou profissão - cerca de
52 - o que lhe permitiu construir e analisar "perfis epidemiológicos" de adoecimento,
incapacidade ou morte, como até então não feitos.

Com justiça, portanto, Ramazzini é também respeitado pela Epidemiologia, por haver
introduzido esta categoria de análise, no estudo da distribuição da doença.

René Mendes. A ATUALIDADE DE RAMAZZINI, 300 ANOS DEPOIS. Professor Titular UFMG.
http://www.saudeetrabalho.com.br/textos-miscelania-6.htm
Delineamento Epidemiológico
• Epidemiologia analítica → estudo longitudinal para obtenção de incidências
acumuladas, entre 2000 e 20016 → estimar riscos, avaliar medidas de impactos e
frações etiológicas a partir da casuística (casos novos de Agrupamentos CID) oriunda da
população dinâmica (vínculo-ano).

• População e Caso Previdenciário →População apta → incapacidade por mais de 15 dias

• Excesso de risco para concessão de benefícios previdenciário,

• NTEP não tem potência para estimar fator de Risco


– Sindrômico
– Clinico
– Etiologia
✓ Validação:

▪ Interna → Naquilo que a ciência avançou → causalidades confirmadas

✓ Trauma-Construção Civil.

✓ Tendinites em Frigoríficos.

✓ Diabetes Melitus II em transporte rodoviário urbano

✓ Transtornos mentais em operação de crédito.

▪ Externa → Gold Standard → Perícia do INSS (Equivalente a biópsia) -

88% de confirmação → Valor Preditivo (+) → 88%


Critério para NTEP

✓ RC maior que 1,00, no limite inferior.

✓ Significância estatística de 99% → α = 1%

✓ Poder estatístico de 95% → β = 5%

✓ ARRC menor que três

Referência:

OLIVEIRA, Paulo Rogério Albuquerque de. Nexo técnico epidemiológico


previdenciário – NTEP e o fator acidentário de prevenção – FAP: um novo olhar
sobre a saúde do trabalhador. 2008. 220 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde)-
Universidade de Brasília, Brasília, 2008.
Alguns Números
✓ Quantidades Benefícios Acidentários
✓ Despesas Previdenciárias Acidentárias
✓ Distribuição Bonus x Malus (FAP)
C - INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO
21 - FABRICAÇÃO DE PRODUTOS FARMOQUÍMICOS E FARMACÊUTICOS
211 - Fabricação de produtos farmoquímicos
• 2110 - Fabricação de produtos farmoquímicos
212 - Fabricação de produtos farmacêuticos
• 2121 - Fabricação de medicamentos para uso humano
• 2122 - Fabricação de medicamentos para uso veterinário
• 2123 - Fabricação de preparações farmacêuticas
2.750.000 Greve de 73 dias
Evolução Auxílio-Doença (13jul15 a 24set15)
INSS*
2.500.000

2.250.000

2.000.000

1.750.000

1.500.000 Entrada da Lei


11.430/06 com
eficácia a partir PRBI produz fortes
1.250.000
de 01Abri2007 Previdenciário - B31 cancelamentos

1.000.000
Acidentário - B91 Implantação
Gratificação aos
750.000
Total Médicos do INSS
por Cancelmento -
500.000 PRBI*

250.000

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: BEPS. http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/dados-abertos-previdencia-social/


* https://souservidor.blogspot.com/2016/02/acabou-greve-dos-peritos-do-inss-em.html
** Programa de Revisão dos Benefícios por Incapacidade (PRBI)
Com a publicação da Resolução INSS nº 544/16, DOU de 10/08/2016, foi instituído o Programa de Revisão dos Benefícios por Incapacidade
(PRBI), que consiste na realização de perícias médicas nos segurados em gozo de benefícios por incapacidade mantidos pelo INSS há mais
de dois anos, nos termos do art. 3º, inciso I, da Medida Provisória nº 739/16.As perícias do PRBI serão realizadas por Perito Médico
Previdenciário do quadro próprio do INSS, mediante assinatura do Termo de Adesão e Compromisso constante do Anexo I da Resolução
INSS nº 544/16, dirigido ao Serviço/Seção de Saúde do Trabalhador da respectiva Gerência-Executiva. Todos os Peritos Médicos
Previdenciários ativos e sem impedimentos de atendimento ao público poderão optar por participar desse Programa, inclusive os Peritos
Médicos Previdenciários em cargos de gestão lotados nas Gerências-Executivas. Salienta-se que o prazo para adesão será de 15 dias.
Ultrapassado o mencionado prazo, os pedidos de adesão serão analisados pelo Serviço/Seção de Saúde do Trabalhador, considerando a
demanda de benefícios a serem revistos em cada localidade. Será concedido Bônus Especial de Desempenho Institucional por Perícia
Médica em Benefícios por Incapacidade (BESP-PMBI), no valor correspondente a R$ 60,00, por perícia médica do PRBI realizada nas
Agências da Previdência Social. Atendidos os requisitos do art. 3º da Medida Provisória nº 739/16, o pagamento do BESP-PMBI dar-se-á
mediante preenchimento do requerimento constante do Anexo II da Resolução INSS nº 544/16.O BESP-PMBI será pago na folha de
pagamento de competência posterior à da entrega do requerimento à Unidade de Gestão de Pessoas de Vinculação do Servidor. Além do
exposto, o pagamento de adicional pela prestação de serviço extraordinário ou adicional noturno não será devido no caso de pagamento
do BESP-PMBI referente à mesma hora de trabalho, nos termos do art. 6º da Medida Provisória nº 739/16.Estabelece o art. 4º da Resolução
INSS nº 544/16 que o agendamento das perícias do PRBI deverá observar: – a assinatura do Termo de Adesão e Compromisso constante no
Anexo I da citada Resolução;– o agendamento no Sistema de Agendamento Eletrônico (SISAGE) de até quatro perícias por Perito Médico
Previdenciário por dia útil ou até 20 perícias em dias não úteis; e– que o agendamento deverá ser, necessariamente, na primeira hora de
trabalho do Perito Médico Previdenciário, podendo o atendimento ocorrer ao longo de sua jornada diária de trabalho. O Perito Médico
Previdenciário que tenha agenda regular de atendimento ao público no Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade (SABI), ao
participar do Programa, terá que cumprir o seu agendamento ordinário e diário no restante de sua jornada de trabalho, nos termos
normativos do INSS. Com o objetivo de evitar reagendamentos, a eventual necessidade de ajuste de agendas do Sistema SABI poderá ser
feita com a realocação de requerimentos já cadastrados para as agendas de outros Peritos Médicos Previdenciários, participantes ou não
do Programa, até o limite determinado pela Diretoria de Saúde do Trabalhador (DIRS-AT).Os Peritos Médicos Previdenciários que estejam
em outras atividades poderão ser convocados para atendimento ao público a fim de dar cumprimento ao disposto no parágrafo anterior,
nos termos do Manual de Gestão do Serviço/Seção de Saúde do Trabalhador, aprovado pela Resolução INSS/PRES nº 112/10.O
monitoramento e controle das atividades deverão ser realizados pelo Serviço/Seção de Saúde do Trabalhador, que consolidará e
encaminhará os dados mensalmente à DIRSAT.O desligamento do servidor do PRBI deverá ser formalizado por meio do Termo de
Desligamento constante do Anexo III da Resolução INSS nº 544/16, dirigido ao Serviço/Seção de Saúde do Trabalhador. Importante destacar
que os Anexos da Resolução INSS nº 544/16 serão publicados em Boletim de Serviço e no Portal do INSS, e suas atualizações e posteriores
alterações serão objeto de Despacho Decisório de competência do Diretor de Saúde do Trabalhador. A Resolução INSS nº 544/16 entrou em
vigor na data de sua publicação no DOU, ou seja, 10/08/2016.
100%
Evolução em % Auxílio-Doença
90%

80%

70%
20%

60%
15% % de B91 quanto ao Total de Auxilio-Doença

50%
10%
% B31
40%
% B91
5% % B91
Lei 11.430/06 Implantação PRBI
30%
0%

20%

10%

0%
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: BEPS. http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/dados-abertos-previdencia-social/


Evolução das Prevalências - Auxílio Doença (x 10.000)
900,00

800,00

700,00

600,00

500,00

400,00

B31 B91 Geral


300,00

200,00

100,00

-
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: BEPS. http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/dados-abertos-previdencia-social/


Evolução das Prevalências Aposentadoria Invalidez (x 10.000)

100,00

90,00

80,00

70,00

60,00

50,00

40,00

30,00

B32 B92 Geral


20,00

10,00

0,00
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: BEPS. http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/dados-abertos-previdencia-social/


COLOCAR CNAE 2110 2121 2122 2123 DA ATUAL LISTA C
Alguns Números
✓ Quantidades Benefícios Acidentários
✓ Despesas Previdenciárias Acidentárias
✓ Distribuição Bonus x Malus (FAP)
http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2015/08/AEPS-2015-FINAL.pdf
http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2009/08/AEPS-2009-FINAL.pdf
http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2013/08/AEPS-2013-FINAL.pdf
http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2011/08/AEPS-2011-FINAL.pdf
?

NTEP diminui concorrência desleal, principalmente contra a Indústria, que já praticava


? gestão. Relator Dep. Armando Monteiro: Presidente da CNI → Lei 11.430/06

http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2009/08/AEPS-2009-FINAL.pdf
NTEP • Sanitário
• Epidemiológico
Efeito trabalhador
FAP • Mercadológico
• Econômico

Efeito Empresa - Econômico - Mercadológico


eSocial • Informacional
• Gerencial

NOVOS REFERENCIAIS
Efeito Governança Corporativa - Compliance

Tempo médio de Valor Depositado


Rem
Sem CAT Registrada FGTS benefício Conta Vinculada
Média
(meses) CEF
Ano Total Efeito Financeiro do NTEP
2007 141.108 731,85 33.046.214,22
2008 204.957 785,38 51.509.902,55
2009 199.117 838,91 53.452.985,20
2010 179.681 892,44 51.313.252,07
2011 176.740 945,97 53.500.847,57
0,08 4,00
2012 167.762 999,50 53.656.819,13
2013 161.960 1.052,62 54.554.347,26
2014 148.019 1.107,37 52.451.776,01
2015 109.690 1.159,68 40.705.695,74
2016 165.448 1.213,62 64.253.030,39
Valores não Atualizados 508.444.870,15
Que deu certo? Que deu Errado?
Sumiço dos CNAE automotivo e siderúrgico

Não publicação da atualização da Coorte

Despertou a ira da medicina empresarial escudada pela CAT

Determinou ponto de inflexão ao cartório do ASO

Determinou critério de desempenho ambiental

Abriu hipóteses etiogênicas

Colocou saúde do trabalhador na pauta

Emancipou instituto jurídico da epidemiologia com inversão.

Abriu possibilidade para profissionais decentes ganharem


dinheiro por mérito técnico

Se não há plausibilidade biológica, logo não é do trabalho:


aguardando os artigos científicos comprovadores dessa
assertiva)
Jurisprudência – NTEP
Aplicação Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário-
NTEP pelo Poder Judiciário – Jurisprudência firmada pelo
Tribunal Federal em sede de Agravo

⚫ Doença não incluída no Anexo II do RPS (relação


prevista nos incisos I e II do art 20 da lei 8.213/91) que
resulte das condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente →
excepcional --- § 2º do art. 20 da lei 8213/91
NTEP

LEI Nº 8.213 - DE 24 DE JULHO DE 1991

Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará


caracterizada a natureza acidentária da
incapacidade quando constatar ocorrência de
nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o
agravo, decorrente da relação entre a atividade
da empresa e a entidade mórbida motivadora da
incapacidade elencada na Classificação
Internacional de Doenças - CID, em
conformidade com o que dispuser o regulamento.
§ 1° A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo
quando demonstrada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo.

§ 2° A empresa poderá requerer a não aplicação do nexo técnico


epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da
empresa ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social
ACÓRDÃO Nº
RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO Nº: 00384-2007-013-15-00-0
RECORRENTE: LUIZ CARLOS ALVES
RECORRIDO: GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDA.
ORIGEM: 1ª VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

FLAVIO NUNES CAMPOS


DESEMBARGADOR RELATOR
Tomando-se, então, como base as doenças e respectivos
agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza
ocupacional listados pelo Decreto nº 6.042, de 12 de
fevereiro de 2007, que alterou o Regulamento da
Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6
de maio de 1999, (...) e o CNAE da empresa reclamada, ou
seja, 29.10-7-01 - Fabricação de automóveis, camionetas e
utilitários, percebemos que, em princípio, não existiria
Nexo Técnico Epidemiológico entre aquela moléstia e o
labor do reclamante.
Sensível à inação de tal órgão do Poder Executivo Federal,
Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira, através de um
estudo sério e pormenorizado, atualizou as bases do NTEP,
o que acabou desaguando no livro, de sua autoria,
intitulado “Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário -
NTEP e Fator Acidentário de Prevenção - FAP. Um novo
olhar sobre a saúde do trabalhador”.

Na citada obra, à fl. 178, o autor traz as seguintes


parâmetros atualizadas, referentes ao CNAE da reclamada:
Assim, deve ser considerado existente o nexo técnico
epidemiológico entre as doenças listadas pelo Sr. Perito,
ou seja, espondilodiscoartrose (CID M47+M51.9/M51.3),
artrose acrômio-clavicular (CID M19.9) e tendinite
calcárea do supra-espinhal (CID M75.1/M75.3) e o labor
para a reclamada, elencada na Classificação Internacional
de Doenças (CID)
Mesmo que assim não o fosse, determina o
art. 20, § 2º, da Lei nº 8.213/91 que “em caso
excepcional, constatando-se que a doença
não incluída na relação prevista nos incisos I
e II deste artigo resultou das condições
especiais em que o trabalho é executado e
com ele se relaciona diretamente, a
Previdência Social deve considerá-la acidente
do trabalho”.
Portanto, havendo no caso proposto, em
tese, a verossimilhança das alegações do
reclamante, somado a sua condição de
hipossuficiência, é aplicável, por analogia, o
art. 6°, VIII, do Código de Defesa do
Consumidor, com a inversão do ônus da
prova.
Aplicação Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário-
NTEP pelo Poder Judiciário – Jurisprudência firmada pelo
Tribunal Federal em sede de Agravo

⚫ Doença não incluída no Anexo II do RPS (relação


prevista nos incisos I e II do art 20 da lei 8.213/91) que
resulte das condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente →
excepcional --- § 2º do art. 20 da lei 8213/91
ACÓRDÃO Nº
RECURSO ORDINÁRIO
PROCESSO Nº: 00384-2007-013-15-00-0
RECORRENTE: LUIZ CARLOS ALVES
RECORRIDO: GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDA.
ORIGEM: 1ª VARA DO TRABALHO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

FLAVIO NUNES CAMPOS


DESEMBARGADOR RELATOR
Tomando-se, então, como base as doenças e respectivos
agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza
ocupacional listados pelo Decreto nº 6.042, de 12 de
fevereiro de 2007, que alterou o Regulamento da
Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de
6 de maio de 1999, (...) e o CNAE da empresa
reclamada, ou seja, 29.10-7-01 - Fabricação de
automóveis, camionetas e utilitários, percebemos que,
em princípio, não existiria Nexo Técnico Epidemiológico
entre aquela moléstia e o labor do reclamante.
Sensível à inação de tal órgão do Poder Executivo Federal,
Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira, através de um
estudo sério e pormenorizado, atualizou as bases do NTEP,
o que acabou desaguando no livro, de sua autoria,
intitulado “Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário -
NTEP e Fator Acidentário de Prevenção - FAP. Um novo
olhar sobre a saúde do trabalhador”.

Na citada obra, à fl. 178, o autor traz as seguintes


parâmetros atualizadas, referentes ao CNAE da reclamada:
Assim, deve ser considerado existente o nexo técnico
epidemiológico entre as doenças listadas pelo Sr. Perito,
ou seja, espondilodiscoartrose (CID M47+M51.9/M51.3),
artrose acrômio-clavicular (CID M19.9) e tendinite
calcárea do supra-espinhal (CID M75.1/M75.3) e o labor
para a reclamada, elencada na Classificação Internacional
de Doenças (CID)
Mesmo que assim não o fosse, determina o
art. 20, § 2º, da Lei nº 8.213/91 que “em caso
excepcional, constatando-se que a doença
não incluída na relação prevista nos incisos I
e II deste artigo resultou das condições
especiais em que o trabalho é executado e
com ele se relaciona diretamente, a
Previdência Social deve considerá-la acidente
do trabalho”.
Portanto, havendo no caso proposto, em
tese, a verossimilhança das alegações do
reclamante, somado a sua condição de
hipossuficiência, é aplicável, por analogia, o
art. 6°, VIII, do Código de Defesa do
Consumidor, com a inversão do ônus da
prova.
PROCESSO: RO 1159008120075245 MS 115900-812007.5.24.5. PARTES: Banco Itaú S.A/ Janaína Dean.
JULGAMENTO: 24/3/2009 - DOENÇA OCUPACIONAL - NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO -
PRESUNÇÃO IURIS TANTUM - AUSÊNCIA DE PROVA JUDICIAL EM CONTRÁRIO. I - Demonstradas a lesão e a
incapacidade laboral e fixado o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário - NTEP, tem-se como comprovado
o nexo causal entre a lesão e o trabalho e, portanto, o acidente de trabalho, garantida ao empregador,
contudo, a possibilidade de apresentar provas para demonstrar que a doença não teve vínculo causal com a
execução do contrato de trabalho (presunção iuris tantum).
II - Constatada nos autos a doença do trabalho, por meio de prova pericial, corroborada pela presunção legal
extraída das normas previdenciárias (Decreto n.3.048/99, Anexo II, Lista B, Grupo XIII), reconhece-se como
doença ocupacional a moléstia que vitima a autora. Recurso ordinário não provido, por unanimidade.

PROCESSO: PR-99530-2005- 002-09-00-3-ACO-41768-2009 - 3ª. Turma. Relator: Cássio Colombo Filho.


Publicado no DJPR em 1º.12.2009. DOENÇA DO TRABALHO. INDENIZAÇÃO. NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO.
Pela atual redação do art. 21- A, da Lei 8.213/91, quando há relação entre a moléstia e a atividade do
trabalhador, o nexo é presumido - é o chamado nexo técnico epidemiológico - NTE. Assim, cabia ao
reclamado produzir prova robusta para demonstrar a ausência de influência da atividade ou do ambiente de
trabalho na moléstia da reclamante. Não se desincumbindo de seu ônus, impõe-se a manutenção da
sentença.
(TRT- 24-MG: 15359008120075245 MS115900-91.2009-5.24.6, Relator: MARCO DE LIMA BABOSA, data de
publicação: D/MG n. 456 de 20/01/2010 pag.).Doença Ocupacional- Nexo Técnico Epidemiológico
Previdenciário- Presunção Iuris Tantum- Ausência de Prova, Juridicial em Contrário.]

I-Demostradas a lesão e a incapacidade laboral e fixado o Nexo Técnico Epidemiólogico Previdênciario – NTEP,
tem –se como comprovado o nexo casual entre a lesão e o trabalho e, portanto, o acidente de trabalho,
garantida ao empregador, contudo, a possibilidade de apresentar provas para demostrar que a doença não
teve vínculo casual com a execução do contrato( presunção iuris tantum). II- Constatada nos autos a doença
do trabalho, por meio de prova pericial, corroborada pela presunção legal extraída das normas
previdenciárias( Decreto N.3.048/99, Anexo II, Lista-B- , Grupo XIII), reconhece-se como doença ocupacional a
moléstia que vitima a autora. Recurso ordinário não promovido, por unanimidade.
Inteiro Teor
(TST - AIRR: 20901020115110019, Data de Julgamento: 27/05/2015, Data de Publicação: DEJT 05/06/2015)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. DANO MORAL. DOENÇA OCUPACIONAL. LAUDO PERICIAL.
RESPONSABILIDADE CIVIL. NÃO PROVIDO. A Corte Regional entendeu demonstrados os elementos que
ensejam a responsabilidade civil patronal, ante a comprovação de que havia nexo de causalidade entre as
atividades desenvolvidas pelo trabalhador e as enfermidades que o acometeram, joelhos e ombro esquerdo.
Registrou que o empregado estava submetido a riscos ergonômicos, tais como esforço físico, exigência de
postura, carregamento de peso, tempo prolongado de pé, longas caminhadas e risco de acidentes. Consignou
que a atividade desenvolvida pelo empregado consistia, per si, em risco a sua integridade física. A decisão
proferida pelo Tribunal Regional encontra respaldo no conjunto fático-probatório, óbice intransponível ao
recurso de revista, ante a incidência da Súmula 126 do TST. QUANTUM INDENIZATÓRIO. DOENÇA
OCUPACIONAL. PARÂMETROS. NÃO PROVIDO. O arbitramento da indenização por danos morais, em R$
9.832,50, decorrente de doença ocupacional, encontra-se dentro do poder discricionário do magistrado, em
observância a critérios de proporcionalidade e adequação, extraídos da análise do conjunto fático-probatório.
Além disso, o entendimento que prevalece nesta Corte Superior é o de que o recurso de revista somente é
viabilizado, nesse tema, quando arbitrado em valor exorbitante ou irrisório. No caso, não se trata de
"quantum“ indenizatório excessivo, pois em observância a parâmetros que permitiram a fixação do montante.
Incidência da Súmula 333 do TST. Agravo de instrumento não provido.
(TST - RR: 1098008120075170013 109800-81.2007.5.17.0013, Relator: José Maria Quadros de Alencar, Data
de Julgamento: 06/11/2013, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 08/11/2013)

DOENÇA PROFISSIONAL. NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO. GARANTIA DE EMPREGO. REINTEGRAÇÃO.


1. Comparando-se as doenças citadas no acórdão recorrido e seu respectivo CID com a atividade econômica
da empresa e a Lista B do Anexo II do Decreto nº nº 3.048/99, verifica-se que a classe da Classificação
Nacional de Atividades Econômicas – CNAE indicada para os intervalos CID I 10 (hipertensão arterial) e
CID F 42 (transtorno obsessivo compulsivo), corresponde à descrição da atividade econômica da empresa
relativa ao transporte rodoviário de passageiros, regular, intermunicipal.
2. Dessarte, considerando que uma das atividades econômicas da empresa se enquadra perfeitamente na
descrição dos fatores de risco de natureza ocupacional, tem-se que ficou demonstrado o nexo entre o
trabalho e o agravo, nos moldes do § 3º do artigo 337 do Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, que
aprova o Regulamento da Previdência Social e dá outras providências, com a redação que lhe foi dada
pelo Decreto 6.042/2007.
3. Sendo assim, é ônus da reclamada provar que não se aplica ao caso o nexo técnico epidemiológico,
consoante o disposto no § 7º do mesmo dispositivo, conforme o qual a empresa poderá requerer ao INSS
a não aplicação do nexo técnico epidemiológico ao caso concreto mediante a demonstração de
inexistência de correspondente nexo entre o trabalho e o agravo . 4. Em tais circunstâncias a decisão que
determina a reintegração no emprego não afronta as regras de distribuição do ônus da prova. Incólumes,
portanto, os artigos 818 da Consolidação das Leis do Trabalho e 333, I, do Código de Processo Civil. 5.
Recurso de revista não conhecido.
TRT-4 - RO: 00206084320165040512, Data de Julgamento: 05/03/2018, 5ª Turma

DOENÇA OCUPACIONAL. NTEP. A existência de Nexo Técnico Epidemiológico entre a patologia apresentada pelo
trabalhador e a atividade econômica da empregadora gera presunção relativa de existência de nexo causal. Não
havendo prova capaz de afasta o nexo concausal aferido pela perícia, resta confirmada a responsabilidade da
empregadora pelos danos morais decorrentes da lesão. Recurso do reclamante provido em parte para condenar
a reclamada ao pagamento de indenização por danos morais.
(TST - RR: 83120125040030, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 10/06/2015, 2ª Turma,
Data de Publicação: DEJT 26/06/2015)

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. RECLAMANTE, AUXILIAR DE ENFERMAGEM, CONTRAIU HEPATITE C.


AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL. NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO. PRESUNÇÃO RELATIVA DE NEXO CAUSAL ENTRE
A DOENÇA E O TRABALHO DESENVOLVIDO NO HOSPITAL RECLAMADO. Na hipótese, o Tribunal a quo consignou,
com base no conjunto probatório, que "a partir do relato da testemunha ouvida no feito, a qual laborou com a
reclamante junto à instituição demandada, quanto a ter havido contato da autora com sangue quando laborou
na endoscopia, tendo ela recebido"respingos de sangue"no momento em que realizado exame em determinado
paciente, sugerindo o depoimento da testemunha tratar-se de evento não raro, ao referir que"ocorria de as
vezes o paciente vomitar e respingar sangue", acrescentando de outra parte, não saber se a autora teve algum
acidente punctório,"embora 'com a gente sempre ocorra um'."Assim, a Corte regional passou à análise da
existência ou não do nexo de causalidade, ressaltando que, de acordo com a NR-32 da Portaria 3.214/78, a
reclamada desenvolve atividade que expõe seus empregados a riscos biológicos. Por outro lado, ressaltou"
sendo evidente, pois, o risco da atividade relacionada à prestação de serviços na área da saúde, e não havendo
nos autos elementos que permitam afastar, com a devida certeza, o nexo causal entre a patologia que acomete
a trabalhadora e suas atividades profissionais precisamente na prestação destes serviços ", concluiu o Regional
pelo" Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP) entre a atividade laboral prestada pela autora e a doença que a
acomete ". No tocante ao dano, o Regional consignou que foi"notório o fato de que a patologia implicou
sofrimento à reclamante, que deve ser devidamente indenizado. O abalo moral também é evidenciado pelas
implicações da doença, cujo controle deve ser permanentemente realizado pela reclamante, ainda que não
identificada, no momento, a incapacidade laborativa".
Logo, não há falar em ofensa aos artigos 818 da CLT e 333, inciso I, e 436 do CPC. Além disso, para se decidir de
maneira diversa do Regional, seria necessário reexaminar as premissas fáticas nas quais se baseou para concluir pela
ausência de nexo causal, procedimento vedado nesta fase recursal de natureza extraordinária, nos termos da Súmula
nº 126 desta Corte. Ilesos, pois, os artigos 20 e 21 da Lei nº 8.213/91. Recurso de revista não conhecido. DOENÇA
OCUPACIONAL. DANOS MORAIS. QUANTUM INDENIZATÓRIO. R$ 10.000 (DEZ MIL REAIS) . Trata-se de pedido de
indenização por danos morais decorrentes de doença proveniente da contaminação acidental da reclamante (hepatite
C) no exercício de sua atividade como auxiliar de enfermagem . O Tribunal Regional , ao reformar a decisão de primeiro
grau, considerou que "os danos morais a serem indenizados existem in re ipsa, ou seja, encontram-se evidenciados
pela simples verificação da ofensa ao bem jurídico, no caso, à integridade física da autora. Além disso, notório o fato de
que a patologia implicou sofrimento à reclamante, que deve ser devidamente indenizado. O abalo moral também é
evidenciado pelas implicações da doença, cujo controle deve ser permanentemente realizado pela reclamante, ainda
que não identificada, no momento, a incapacidade laborativa". A discussão, no caso, diz respeito à possibilidade de
redução, por esta Corte, do quantum indenizatório arbitrado pelo Regional, correspondente a R$ 10 .000,00 , como
pretende a reclamante . A jurisprudência desta Corte é no sentido de que não se admite a majoração ou diminuição do
valor da indenização por danos morais nesta instância extraordinária, em virtude da necessidade de revolvimento
fático-probatório para tanto, admitindo-a, no entanto, apenas nos casos em que a indenização for fixada em valores
excessivamente módicos ou estratosféricos, o que não é o caso dos autos. A SBDI-1 desta Corte já decidiu, no
julgamento do E-RR-39900-08.2007.5.06.0016, de relatoria do Ministro Carlos Alberto Reis de Paula, publicado no DEJT
9/1/2012, que, quando o valor atribuído não for teratológico, deve a instância extraordinária abster-se de rever o
sopesamento fático no qual se baseou o Regional para arbitrar o valor da indenização proporcional ao dano moral
causado pelo empregador. Desse modo, revela-se razoável e proporcional o valor fixado pela instância ordinária, no
total de R$ 10.000,00, que, sem provocar o enriquecimento indevido do trabalhador, compensa adequadamente o
dano moral indicado pelo Regional. Recurso de revista não conhecido. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. REQUISITOS.
AUSÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SINDICAL. É incabível o deferimento de honorários advocatícios à parte não assistida por
seu sindicato, consoante o disposto no item I da Súmula nº 219 do TST, in verbis:"Na Justiça do Trabalho, a condenação
ao pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e
simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria profissional e comprovar a
percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita
demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família" . Recurso de revista conhecido e provido.
TEOR: PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO PROCESSO TRT - RO -
0000583-51.2012.5.18.0191

RELATOR : DESEMBARGADOR DANIEL VIANA JÚNIOR RECORRENTE(S) : BRF S/A ADVOGADO(S) : OSMAR MENDES
PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(S) RECORRENTE(S) : DELZAIR ANA GONZAGA (ADESIVO) ADVOGADO(S) : ALEXANDRE
MARQUES SYRIO E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : OS MESMOS ORIGEM : VT DE MINEIROS JUIZ : RUI BARBOSA DE
CARVALHO SANTOS

EMENTA: DOENÇA OCUPACIONAL. NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO. ÔNUS DA PROVA. O nexo causal é um dos
requisitos exigidos para a reparação civil prevista no artigo 186 do CC, cujo ônus é, a princípio, do autor da demanda.
Se, no entanto, há nexo técnico epidemiológico, a presunção (relativa) implica em inversão do ônus da prova,
cumprindo à empresa a prova de que o labor prestado em seu favor não foi causa da doença ocupacional.
Fonte: http://www2.trt18.jus.br/solr/pesquisa?q=id:2-548803
TEOR: PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO PROCESSO TRT - RO -
0000583-51.2012.5.18.0191

RELATOR : DESEMBARGADOR DANIEL VIANA JÚNIOR RECORRENTE(S) : BRF S/A ADVOGADO(S) : OSMAR MENDES
PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(S) RECORRENTE(S) : DELZAIR ANA GONZAGA (ADESIVO) ADVOGADO(S) : ALEXANDRE
MARQUES SYRIO E OUTRO(S) RECORRIDO(S) : OS MESMOS ORIGEM : VT DE MINEIROS JUIZ : RUI BARBOSA DE
CARVALHO SANTOS

EMENTA: DOENÇA OCUPACIONAL. NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO. ÔNUS DA PROVA. O nexo causal é um dos
requisitos exigidos para a reparação civil prevista no artigo 186 do CC, cujo ônus é, a princípio, do autor da demanda.
Se, no entanto, há nexo técnico epidemiológico, a presunção (relativa) implica em inversão do ônus da prova,
cumprindo à empresa a prova de que o labor prestado em seu favor não foi causa da doença ocupacional.
Fonte: http://www2.trt18.jus.br/solr/pesquisa?q=id:2-548803.
EMENTA - DOENÇA OCUPACIONAL - NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO - PRESUNÇÃO IURIS TANTUM -
AUSÊNCIA DE PROVA JUDICIAL EM CONTRÁRIO. I - Demonstradas a lesão e a incapacidade laboral e fixado o Nexo
Técnico Epidemiológico Previdenciário - NTEP, tem-se como comprovado o nexo causal entre a lesão e o trabalho e,
portanto, o acidente de trabalho, garantida ao empregador, contudo, a possibilidade de apresentar provas para
demonstrar que a doença não teve vínculo causal com a execução do contrato de trabalho (presunção iuris tantum). II -
Constatada nos autos a doença do trabalho, por meio de prova pericial, corroborada pela presunção legal extraída das
normas previdenciárias (Decreto n. 3.048/99, Anexo II, Lista B, Grupo XIII), reconhece-se como doença ocupacional a
moléstia que vitima a autora. Recurso ordinário não provido, por unanimidade.

(TRT-24 01159008120075240005, Relator: NICANOR DE ARAÚJO LIMA, 2ª TURMA, Data de Publicação: 10/03/2010)
fonte: site Jusbrasil acessado em 06/01/2019 < https://trt-
24.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/417472317/1159008120075240005?ref=juris-tabs>
EMENTA - DOENÇA OCUPACIONAL. NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO (NTEP). INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA. O nexo técnico epidemiológico (NTEP) permite a inversão do ônus da prova nos casos em que há vinculação
da patologia com a atividade exercida pelo empregador, conforme relação entre o CID (Classificação Internacional das
Doenças) e o CNAE (Código Nacional de Atividade Econômica) constante dos anexos do Decreto 6.042/2007. Atrai a
aplicação do NTEP o diagnóstico do trabalhador em empresa do ramo frigorífico de aves, conforme art. 21-A da Lei
8.213/91, alterado pela Lei 11.430/2006. Os movimentos exigidos nas atividades de corte e embalagem de frangos
enquadram-se como de alto risco ocupacional em razão das posições forçadas, gestos repetitivos e ritmo de trabalho
penoso, fatores preponderantes para o aparecimento ou o agravamento das doenças músculo-esqueléticas. Doença
ocupacional reconhecida.

TRT-12 - RO: 00027884720125120053 SC 0002788-47.2012.5.12.0053


Relator: JOSE ERNESTO MANZI, SECRETARIA DA 1A TURMA, Data de Publicação: 06/03/2017
TEOR: PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO Identificação
PROCESSO TRT - RO-0010150-02.2016.5.18.0051 RELATOR : DESEMBARGADOR DANIEL VIANA JÚNIOR RECORRENTE :
LEIDIMAR RODRIGUES SOARES ADVOGADA : LORENA CINTRA EL AOUAR ADVOGADO : RODRIGO CHAFIC CINTRA EL-
AOUAR ADVOGADO : THYAGO PARREIRA BRAGA RECORRIDA : HEINZ BRASIL S/A ADVOGADO : OSMAR MENDES PAIXÃO
CÔRTES ADVOGADA : POLLYANNA MARÇAL AMARAL CUSTOS LEGIS : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 18ª
REGIÃO ORIGEM : 1ª VARA DO TRABALHO DE ANÁPOLIS JUIZ : ANTONIO GONCALVES PEREIRA JUNIOR

EMENTA DOENÇA OCUPACIONAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO. NEXO CAUSAL.
PRESUNÇÃO. Conquanto o ônus de se demonstrar o nexo causal entre o labor e a entidade mórbida seja, em regra, do
empregado, a norma prevista no art. 21-A da Lei nº 8.213/91 estabelece a presunção relativa da natureza acidentária
da incapacidade quando a atividade desenvolvida pela empregadora estiver relacionada com a moléstia incapacitante,
elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), o que configura a ocorrência do que se denominou de "Nexo
Técnico Epidemiológico", cabendo à parte reclamada afastar o nexo causal presumido, ônus do qual se desincumbiu a
contento. Apelo da reclamante que se nega provimento.

Fonte: http://www2.trt18.jus.br/solr/pesquisa?q=id:3-6162819
DOENÇA OCUPACIONAL. NEXO CONCAUSAL. CONTRA LAUDO. NTEP. Para adotar a conclusão de inexistência de nexo
causal ou concausal, deve o Perito considerar todos os elementos de risco capazes de atestar que a atividade do
Reclamante não teria desencadeado ou agravado o quadro patológico indicado na inicial. No caso em análise, as
incoerências no laudo pericial, associadas à existência de NTEP, aos riscos ergonômicos reconhecidos e ao tempo de
exposição aos riscos da atividade laboral são elementos que levam a concluir que o trabalho contribuiu para o
agravamento das patologias, evidenciando o nexo concausal existente, ainda que o laudo pericial aponte em direção
oposta. Destarte, a despeito dos riscos ergonômicos da atividade, restou comprovado que a Ré descuidava da
prevenção de doenças, o que lhe é imposto por força das normas de saúde e segurança do trabalho. Comprovados,
portanto, o dano, o nexo concausal e a conduta culposa da Reclamada, impõe-se a reparação dos danos causados.
DANO MORAL. QUANTUM INDENIZATÓRIO. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. Reconhecida a existência de doença
ocupacional, o dano moral é presumido, pois independe de prova, dada a impossibilidade de concreção. O
arbitramento do quantum indenizatório deve pautar-se no equilíbrio e ponderação, sem constituir acréscimo
patrimonial, assim como sua fixação deve observar o princípio da razoabilidade, a situação econômica do lesionado, a
capacidade reparatória e o grau de culpa do causador do dano. In casu, o Autor sofre de moléstias na coluna lombar,
agravadas pelo trabalho, ocasionando lesão a direitos de sua personalidade e causando-lhe verdadeira angústia e
sofrimento. A Reclamada teve culpa no agravamento das moléstias, sendo que o cunho pedagógico da indenização
impõe que esta seja fixada em valor que iniba e desestimule a reincidência da conduta ilícita, evitando-se, todavia, o
enriquecimento ilícito de qualquer das partes. Assim, entende-se razoável o importe de R$ 10.000,00 para reparar o
dano moral experimentado pelo empregado. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. EXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE
LABORAL. QUANTUM. Tendo o laudo pericial atestado a existência de incapacidade laboral ou de redução da
capacidade laborativa, é devida indenização por danos materiais, nos termos do artigo 950 do Código Civil. No caso
dos autos, considerando a constatação de incapacidade parcial do obreiro e o nexo concausal reconhecido, em
observância ao princípio da razoabilidade, a situação econômica do lesionado, a capacidade reparatória e o grau de
culpa do causador do dano, fixa-se o quantum indenizatório em R$ 10.000,00. Recurso Ordinário do Reclamante
Conhecido e Parcialmente Provido.

(TRT-11 00004648920165110015, Relator: JOSE DANTAS DE GOES, Gabinete do Desembargador Jose Dantas de Goes)
https://trt-11.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/495926212/4648920165110015 - acessado em 31/03/2018 às 16h
DOENÇA DEGENERATIVA. AGRAVAMENTO. ATIVIDADE LABORAL. NTEP. CONCAUSA. INDENIZAÇÃO. CABIMENTO. A
despeito de o perito em diversas oportunidades, como já mencionamos, ter sido bastante claro quanto à existência de
nexo entre o agravo da enfermidade de que acometido o reclamante e atividade que este desenvolvia, o fato é que
hodiernamente as probabilidades podem determinar até mesmo a concessão do benefício previdenciário por
incapacidade porquanto, com a alteração trazida pelo Decreto 6.042/07 (Regulamento da Previdência Social - RPS), o
médico-perito do INSS poderá considerar para este fim a componente epidemiológica, denominado Nexo Técnico
Epidemiológico Previdenciário (NTEP), e então, a partir do cruzamento das informações do código da Classificação
Internacional de Doenças - CID-10 e de código da Classificação Nacional de Atividade Econômica - CNAE apontar a
existência de relação entre a lesão, ou seu agravamento, e a atividade desenvolvida pelo trabalhador. De forma que
todo diagnóstico médico e conclusão sobre causalidade passam a constituir uma conjectura probalística. O NTEP gera,
assim, uma presunção legal (juris tantum) de que a doença sofrida pelo trabalhador é ocupacional, invertendo-se o
onus probandi. Nesse contexto, entendo que o trabalho do perito não deixa dúvidas quanto ao nexo causal do
agravamento da enfermidade de que acometido o trabalhador e a execução do labor, caracterizando-se a CONCAUSA,
prevista no inciso I do art. 21 da Lei nº 8.213/91, a ensejar a obrigação do empregador de indenizar o empregado,
tanto material quanto moralmente, conforme vem reconhecendo a jurisprudência pátria. Recurso conhecido e não
provido.
(TRT-16 863200800216008 MA 00863-2008-002-16-00-8, Relator: JAMES MAGNO ARAÚJO FARIAS, Data de
Julgamento: 26/04/2011, Data de Publicação: 29/04/2011)

https://trt-16.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/19594217/863200800216008-ma-00863-2008-002-16-00-8 acessado
em 31/03/2018 às 15:05

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