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2 - CHINA
RELAÇÃO CHINA-TAIWAN
Por causa da Guerra Fria, a história de Taiwan é marcada pelo conflito com Pequim e pela duplicidade da
política norte-americana em relação aos dois países. Após a revolução comunista, a cadeira reservada à China na
ONU foi oferecida a Taiwan, que a ocupou até o início da década de 1970. A República Popular da China, com
cerca de 1 bilhão de habitantes, simplesmente não era reconhecida.
Com o rompimento sino-soviético em 1965, os Estados Unidos passaram a ter grande interesse na
aproximação com a China comunista. Em 1972, o presidente Richard Nixon fez uma viagem ao país, dando início
ao reconhecimento do governo de Pequim. No ano anterior, o país havia sido reconhecido pela ONU e admitido
como membro permanente do Conselho de Segurança ao mesmo tempo que Taiwan foi expulsa da organização por
exigência chinesa. Em 1979, os Estados Unidos romperam relações com Taiwan e reconheceram oficialmente a
China.
Há setores da sociedade de Taiwan que defendem sua readmissão na ONU e o restabelecimento de relações
diplomáticas com os Estados Unidos, que apesar de não reconhecê-la oficialmente lhe vendem armas, criando
atritos com Pequim. A concretização dessas metas é difícil, pois contraria os interesses chineses. A China sempre
deixou claro que é contrária à independência da ilha e ameaça invadi-la caso isso venha a acontecer. Os governos
dos dois países recentemente vêm adotando uma posição moderada em relação a essa questão e firmando acordos
que visam a uma aproximação na área econômica, que pode levar no futuro a uma “reunificação pacífica”,
garantindo uma certa autonomia a Taiwan.
O que significa “integrar a verdade universal do marxismo com a realidade concreta de nosso país [...] e construir
um socialismo com peculiaridades chinesas”? Trata se, na prática, de conciliar o processo de abertura econômica e a
adoção de mecanismos característicos da economia de mercado (aceitação da propriedade privada e do trabalho
assalariado, estímulo à iniciativa privada e ao capital estrangeiro) com a manutenção, no plano político, de uma
ditadura de partido único. Tal discurso mostra com clareza a importância das reformas econômicas para o regime
chinês e também a busca de justificar ideologicamente a simbiose da economia de mercado com a economia
planificada sob o controle do Estado. É uma tentativa de perpetuar a hegemonia do PCCh, apoiando-se, porém, numa
economia em crescimento e em moldes capitalistas, que seriam impensáveis na China de algumas décadas atrás. A
evidência mais forte de que os dirigentes chineses não estavam (e não estão) planejando uma abertura também no
plano político foi a dura repressão aos manifestantes da Praça Tiananmen, nome que, por aparente ironia, significa
“Portão da Paz Celestial”. Ocorrido em 1989, o movimento, liderado pelos estudantes, reivindicava a abertura
política, além da econômica que já estava em curso.
No final dos anos 1970, num país de quase um bilhão de habitantes, dos quais 75% camponeses, era
compreensível que as reformas fossem iniciadas pela agricultura. Foram extintas as comunas populares, e, embora a
terra continuasse pertencendo ao Estado, cada família poderia cultivá-la como desejasse e comercializar livremente
uma parte de sua produção. A reforma na agricultura provocou a disseminação da iniciativa privada e do trabalho
assalariado no campo, levando a um aumento da produtividade e da renda dos agricultores. Houve também uma
expansão do mercado interno, com o consequente estimulo à economia como um todo. Mas a grande transformação
ainda estaria por acontecer, ao atingir a indústria.
A partir de 1982, após o XII Congresso Nacional do PCCh, iniciou-se o processo de abertura no setor industrial.
Empresas estatais tiveram de se enquadrar à realidade e foram incentivadas a adequar-se aos novos tempos,
melhorando a qualidade de seus produtos, baixando seus preços e ficando atentas às demandas do mercado. Além
disso, o governo permitiu o surgimento de pequenas empresas e autorizou a constituição de empresas mistas (joint
ventures), visando atrair o capital estrangeiro.
A grande virada, porém, veio com a abertura das chamadas zonas econômicas especiais, das cidades abertas,
dos portos abertos, entre outras modalidades de abertura ao exterior (observe o mapa). O objetivo fundamental
dessas diversas áreas abertas, espécies de enclaves capitalistas dentro do território chinês, foi atrair empresas
estrangeiras, que proporcionaram não apenas capitais, mas tecnologia e experiência de gestão empresarial, que
faltavam aos chineses. Num esforço para ampliar as exportações, a China concedeu aos capitais estrangeiros ampla
liberdade de atuação nessas novas regiões industriais, especialmente nas zonas econômicas especiais (a maioria se
concentra na província de Guandong). Consequentemente, desde os anos 1990 o país tem se mantido quase sempre
como o segundo maior receptor de investimentos produtivos do mundo, só atrás dos Estados Unidos. Quase todas as
multinacionais com atuação global têm filiais na China, mas para se instalar em seu território precisam criar joint
ventures com empresas nacionais, o que implica transferência tecnológica.
É importante destacar que as empresas estrangeiras são atraídas por um conjunto de fatores que tornam o
território chinês altamente favorável a uma produção voltada ao mercado externo e ao abastecimento do crescente
mercado interno, que veremos com mais detalhes ainda neste capitulo:
baixos salários e mão de obra relativamente bem qualificada: a população é numerosa e os sindicatos são
proibidos;
política tributária que favorece as exportações: redução ou isenção de impostos sobre produtos
industrializados;
controle da taxa de câmbio: a cotação do iuane é mantida artificialmente baixa pelo governo, o que deixa os
produtos exportados baratos no mercado internacional;
disponibilidade de modema infra-estrutura nas zonas especiais: o governo tem investido maciçamente em
portos, ferrovias, rodovias, telecomunicações etc.;
disponibilidade de recursos naturais usados como matéria-prima e fontes de energia: apesar de seus imensos
recursos naturais a China é grande importadora;
permissão para poluir e não investir em preservação ou recuperação ambiental: como veremos num texto a
seguir, essa política está mudando;
nos últimos anos, grande crescimento e fortalecimento do mercado interno: está havendo uma elevação da
renda da população.
Além da liberalização econômica, dos impostos baixos e do iuane desvalorizado, outro fator fundamental que
vem atraindo vultosos capitais para a China e contribuindo para seu rápido crescimento é o baixíssimo custo de uma
mão de obra muito disciplinada e relativamente qualificada. Esse ainda é o principal fator de competitividade da
indústria chinesa. Na China paga-se menos de um dólar por hora trabalhada.
O governo também tem procurado atrair de volta ao país parte dos chineses que vivem no exterior, sobretudo nos
Estados Unidos. Quer de volta empresários, engenheiros e cientistas com experiência em empresas ocidentais. Vale
lembrar também que as populações de Taiwan, Hong Kong e Cingapura são compostas basicamente de chineses, o
que favorece o fluxo de capitais, informações e pessoas, além da presença de uma “cultura capitalista" na região.
Outro fator muito importante para o desenvolvimento chinês foram as enormes reservas de minérios e de
combustíveis fósseis em seu subsolo. O país é o 1º produtor mundial de minério de ferro, magnésio, chumbo, zinco e
o 2º de estanho; é também, segundo o The world factbook 2009, o lº produtor mundial de carvão (2,8 bilhões de
toneladas) e o 5º de petróleo (3,8 milhões de barris diários). Entretanto, o rápido crescimento econômico e a constante
elevação do consumo interno têm levado a China a investir na indústria extrativa de diversos países em
desenvolvimento, especialmente da África, para assegurar seu abastecimento futuro: por exemplo, em 2008 importou
4,4 milhões de barris de petróleo por dia (4º do mundo). O país também tem investido na construção de enormes
usinas hidrelétricas, como a de Três Gargantas, a maior do mundo, e em energias alternativas, como a eólica.
O rápido crescimento econômico concentrado especialmente nas cidades costeiras provocou o aumento das
migrações internas, apesar das restrições do governo central. Por exemplo, a população da cidade de Shenzen,
localizada na província de Guandong, próxima a Hong Kong, saltou de 300 mil habitantes, em 1975, para 7,6
milhões, em 2007. De acordo com o Urban Agglomerations 2007 (ONU), a cidade saltou da 401ª posição entre as
maiores do mundo para a 31ª colocação. Foi a cidade que mais cresceu no mundo nas últimas três décadas. A maioria
quer ir em busca de melhores salários nas zonas econômicas especiais e nas cidades livres, mas é sobretudo essa
migração que impede uma elevação maior dos salários. O governo tem procurando interiorizar a economia,
estimulando o desenvolvimento de novos centros industriais, mas é na fachada litorânea que ainda estão as maiores
oportunidades de trabalho.
Outro aspecto perverso desse crescimento acelerado foram os graves impactos ambientais provocados pelo
rápido e insustentável crescimento econômico, um verdadeiro “pesadelo” (leia o texto a seguir). Até os anos 1990 não
havia nenhuma preocupação com a questão ecológica por parte do regime chinês, a ordem era crescer a qualquer
custo e gerar urgentemente empregos, lucros, saldos comerciais e impostos. Como consequência as agressões
ambientais cresceram vertiginosamente: as cidades chinesas estão entre as mais poluídas do mundo, assim como seus
cursos de água, o que tem causado diversas doenças à população, e muitos de seus recursos naturais estão à beira do
esgotamento. Entretanto, agora no século XXI cada vez mais se dissemina no país a consciência de que o crescimento
precisa ser sustentável, não apenas do ponto de vista econômico e social, mas também ecológico, e o próprio governo
está preocupado com a questão.
Os baixos custos de produção proporcionados pela China têm levado os produtos do país a ganhar cada vez mais
mercados no mundo. De acordo com dados da OMC, em 1980, no início das reformas econômicas, as exportações
chinesas somavam 18 bilhões de dólares (25º lugar na lista dos maiores exportadores). Vinte e oito anos depois, o
país exportou mercadorias no valor de 1,4 trilhão de dólares, tornando-se o segundo maior exportador do mundo
(observe a tabela a seguir e compare os números da China com os dos outros países). Para se ter uma ideia do
explosivo crescimento das exportações chinesas, basta compará-lo com outro Bric, o Brasil. Em 1980, nosso país
exportou mercadorias no valor de 20 bilhões de dólares (19º lugar na lista) e, em 2008, 198 bilhões de dólares (22º
lugar). Enquanto as exportações brasileiras cresceram 890% no período, as chinesas cresceram 7833%!
Em muitos setores industriais, especialmente nos estratégicos, as empresas chinesas são controladas
predominantemente pelo Estado. De acordo com a OCDE, em 2003 o Estado controlava 93,8% da produção de
petróleo, 83,4% da eletricidade, 81,4% do carvão, 63,6% da siderurgia e 63,1% do material de transportes.
Entretanto, o setor privado está em crescimento constante e, se considerarmos a economia como um todo, já superou
o setor estatal. Ainda segundo a OCDE, o setor privado (nacional e multinacional) era responsável por 59% do PIB.
A maioria das grandes empresas multinacionais do mundo e mesmo algumas de menor porte têm instalado filiais
na China para aproveitar o gigantesco mercado interno, que não para de crescer, e as vantagens competitivas que o
país oferece para exportação (quase todas as 500 da lista da revista Fortune possuem filiais lá). Há inclusive algumas
multinacionais brasileiras instaladas no país: Embraer (fabrica aviões civis em sociedade com a Avic), WEG
(motores elétricos), Embraco (compressores), entre outras.
O acelerado crescimento econômico da China e sua transformação em "fábrica do mundo” transformou
radicalmente as paisagens do país, especialmente as urbanas. As cidades cresceram exponencialmente, fábricas foram
erguidas por todos os lados e a poluição cresceu na mesma proporção, mas ao mesmo tempo esse processo tirou
milhões de pessoas da pobreza e constituiu uma classe média. Em 1981, segundo o Banco Mundial, 97,8% da
população chinesa vivia na pobreza (com menos de 2 dólares/ dia) e 84,0% na extrema pobreza (com menos de 1,25
dólar/dia); em 2005, a população que vive na pobreza caiu para 36,3% e a que vive na extrema pobreza, para 15,9%.
A expansão da classe média, com crescente poder de compra, ampliou significativamente o mercado consumidor
interno, como se pode constatar pelos dados da tabela.
Entretanto, ao mesmo tempo, esse crescimento acelerado vem concentrando renda nos estratos mais ricos da
sociedade e contribuindo para ampliar as desigualdades sociais (observe a tabela abaixo). De acordo com o Hurun
Report, em 2009 havia na China 130 pessoas com uma fortuna superior a 1 bilhão de dólares (só perdia para os
Estados Unidos, com 359 bilionários). O vínculo com o Partido Comunista ajuda a fazer negócios e a enriquecer;
segundo o mesmo relatório, um terço das mil pessoas mais ricas da China pertence ao PCCh.
Essas são algumas das contradições da “economia socialista de mercado”.
LEITURA EXTRA
Cinco mitos sobre a economia chinesa
Autor(es): Agência O Globo/ARTHUR KROEBER O Globo – 18/04/2010
A impressionante ascensão econômica da China é uma das grandes histórias desta geração. Em apenas três
décadas, desde que abraçou a economia de mercado, a China deixou para trás sua pobreza desesperadora para se
tornar a maior nação exportadora do mundo. A transformação ocorreu tão rapidamente que proliferam mitos e mal-
entendidos.
1. A China irá rapidamente ultrapassar os EUA como a economia mais poderosa do mundo.
De acordo com uma pesquisa feita em novembro pela Pew Research Center, 44% dos americanos acreditam que
a China já é a maior potência econômica, enquanto 27% põem os EUA nessa posição. Essa percepção está
completamente em desacordo com os fatos.
Este ano, a economia da China deverá produzir cerca de US$ 5 trilhões em bens e serviços. Isto irá colocá-la à
frente do Japão, como a segunda maior economia, mas ela ainda seria pouco mais de um terço da americana (US$ 14
trilhões), e bem atrás da União Europeia, se tomada como um todo.
Uma razão pela qual a economia chinesa é tão grande é que o país tem 1,3 bilhão de habitantes. Mas o PIB per
capita chinês é apenas um sétimo do americano. Em termos de padrão de vida das famílias, a China está ainda mais
atrasada. A cada ano, uma família chinesa consome, em média, 1/14 do valor em bens e serviços adquiridos por uma
família americana. E, apesar de sua perda crônica de empregos no setor manufatureiro, os EUA ainda são o líder
nessa área Em termos de valor dos bens, os EUA respondem por mais de 20% da produção global, cerca de duas
vezes mais que a China.
2. O vasto estoque de títulos do Tesouro americano em poder da China significa que Pequim pode tornar
Washington refém em negociações econômicas.
A China detém mais títulos do Tesouro americano do que qualquer outro país — cerca de US$ 1 trilhão. Muitos
pensam que, com isto, a China é o banqueiro dos EUA e que pode fechar sua linha de crédito a qualquer momento
que Washington faça algo que desgoste os líderes chineses.
Mas a posse dos títulos do Tesouro pela China não é o mesmo que um empréstimo regular que um banco
concede a uma companhia. Parecem mais com depósitos: seguros, com elevada liquidez e taxas de juro muito baixas.
Como um depositante, a China tem pouca capacidade para dizer a seu banco como ele deve gerir seus negócios.
Ela pode apenas transferir seus depósitos para outro lugar — mas eles são tão grandes que não há outro “banco”.
Os mercados de títulos europeu e japonês não são grandes o bastante para absorver tanto dinheiro da China, nem
a China pode comprar campos de petróleo, minas ou imóveis suficientes para aplicar todo seu dinheiro. E o país não
pode simplesmente investir todo o dinheiro em sua própria economia, sob pena de ver a inflação disparar. Desta
forma, goste-se ou não, Washington e Pequim estão grudados um no outro — e nenhum dos dois tem o poder de
tornar o outro refém.
3. Deixar sua moeda apreciar é a coisa mais importante que a China pode fazer para reduzir seu superávit comercial.
Algumas companhias americanas, sindicatos e políticos se queixam que, ao manter uma taxa fixa entre o yuan e
o dólar, a China está injustamente tornando seus produtos mais baratos no mercado mundial, ampliando seu superávit
às expensas de seus parceiros comerciais.
Certamente, o câmbio é importante, mas é um erro achar que deixar o valor do yuan aumentar magicamente faria
o superávit comercial chinês desaparecer. No final dos anos 80, o Japão deixou o iene dobrar de valor, mas seu
superávit comercial não cedeu.
De maneira inversa, em 2009 a China manteve o valor do yuan fixo contra o dólar, mas seu superávit comercial caiu
em um terço.
De longe, a coisa mais importante que a China poderia fazer para reduzir seu superávit comercial é estimular a
demanda interna (inclusive por produtos importados), algo que ela começou a fazer via um maciço programa de
investimentos em infraestrutura.
4. A fome da China por recursos está deixando o mundo seco e dando grande contribuição para o aquecimento global.
É verdade que a China é hoje a maior produtora de dióxido de carbono e outros gases-estufa que contribuem para
o aquecimento global. E é verdade que a China usa mais energia para produzir cada dólar de seu PIB que a maioria
dos outros países, inclusive os EUA. Mas, numa base per capita, o uso de recursos (...) pela China ainda é modesto se
comparado aos países ricos. Por exemplo, a despeito do rápido crescimento do uso de automóveis, a China consome
cerca de 8 milhões de barris de petróleo por dia. Os EUA consomem cerca de 20 milhões de barris/dia. Os EUA, com
apenas 5% da população mundial, respondem por quase um quarto do consumo global de petróleo. De quem é o
apetite que causa maior problema? Além disso, ao contrário dos EUA, a China reconheceu que não pode deixar seu
apetite por combustível fóssil crescer para sempre e está trabalhando duro para aumentar a eficiência.
5. A economia chinesa cresceu principalmente via cruel exploração de mão de obra barata.
Toda vez que uma economia em desenvolvimento começa a crescer rapidamente, países ricos a acusam de
trapacear ao manter os salários e a taxa de câmbio artificialmente desvalorizados.
Mas isto não é trapacear; é um estágio de desenvolvimento natural que caminha para o fim em todo país, como
acontecerá na China. Esta cresceu de forma muito similar às outras economias que hoje consideramos maduras e
histórias de sucesso responsáveis — incluindo Japão, Coréia do Sul e Taiwan. Estes países investiram pesadamente
em infraestrutura e educação, e rapidamente levaram seus trabalhadores de empregos de baixa produtividade em
áreas rurais para outros mais produtivos nas cidades.
A China está atingindo esse estágio agora: o número de jovens com idade de entrada na força de trabalho (15 a
24 anos) deverá cair em um terço nos próximos 12 anos. Com trabalhadores jovens mais escassos, os salários não
poderão senão subir. Isto já está acontecendo.
No mês passado, a província de Guangdong (maior centro exportador da China) aumentou o valor do salário
mínimo em 20%.
A China ainda tem grande quantidade de trabalhadores se dirigindo do campo para as cidades, mas a era do
trabalhador chinês ultrabarato em breve ficará para trás.
ARTHUR KROEBER é diretor-gerente da GaveKal-Dragonomics, empresa de pesquisas em Pequim.
© The Washington Post.