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Termodinâmica

(Teoria Cinética dos gases parte 1)

Curso de Física

segundo semestre de 2022

Prof. Dr. Luis Vicente de Andrade Scalvi

Departamento de Física – Faculdade de Ciências – UNESP -


Bauru SP
Expansibilidade e Compressibilidade

Inclinação da corda:
P=P1 (isobárica)
V V2 − V1 ∆V
= =
T2 − T1 ∆T

Notação
∆VP ∂V termodinâmica:
lim = ( )P
∆T →0 ∆T ∂T derivada parcial do
V2 P
volume em relação a
V1 temperatura, a pressão
constante

T1 T2 T Para o nRT
gás ideal: ∂( )
∂V P ) = nR
Podemos definir coeficiente de ( )P = ( P
dilatação volumétrica ou ∂T ∂T P
expansibilidade 1 ∂V
β = ( )P 1 ∂V 1 nR 1
β= ( )P = =
V ∂T V ∂T V P T
Inclinação da corda:
V
Isoterma T=T1 V2 − V1 ∆V
V1 = =
P2 − P1 ∆P

∆VT ∂V
lim = ( )T
∆P → 0 ∆P ∂P
T
V2 nRT
∂( )
Para o ∂V P )
( )T = (
gás ideal: ∂P ∂P
T
P
P1 P2 ∂V 0 − nRTx1 nRT
( )T = 2
=− 2
∂P P P
1 nRT
Podemos definir coeficiente de 1 ∂V Κ = − (− 2 )
Κ = − ( )T V P
compressão isotérmica ou V ∂P
compressibilidade
1 nRT P 1
Sinal negativo, pois derivada sempre Κ= 2
= 2
=
negativa e K é grandeza positiva V P P P
P
De modo geral, se x é uma função de 2 variáveis (y e z), então:

∂x ∂x
dx = ( ) z dy + ( ) x dz
∂y ∂z Gás ideal : PV= n R T

Se essas variáveis forem respectivamente, nR nRT


V, T e P: dV = dT − 2 dP
P P
∂V ∂V
dV = ( ) P dT + ( )T dP nR nRT 1
∂T ∂P dV = dT − ( )( )dP
P P P
Em termos de β e κ: V
nR V 1
dV = dT − dP = (nRdT − VdP)
dV = βVdT − KVdP P P P
dV PdV = nRdT − VdP
= βdT − KdP
V PdV + VdP = nRdT
Equação do gás ideal
forma diferencial
Alternativamente

Gás ideal : PV= n R T

Derivando –se em relação a T

d
( PV = nRT )
dT
dP dV
.V + P = nR
dT dT
1 1
.(VdP) + ( PdV ) = nR
dT dT
VdP + PdV = nRdT Equação do gás ideal forma diferencial
Exemplo 1 Mostre que o coeficiente de dilatação volumétrica do gás de van der Waals
pode ser expresso como: R ( v − b )v 2
β=
RTv 3 − 2a(v − b) 2
1 ∂V 1 ∂v a
β = ( )P = ( )P ( P + 2 )(v − b) = RT
V ∂T v ∂T v
Isolar v=f(T), para derivar? a RT
P+ 2 − =0
v (v − b )
Regra f[g(x)]’=f’[g(x)].g’(x) ∂ a RT
da [ (P + 2 − = 0)]P
cadeia ∂f ∂f ∂v ∂T v (v − b )
( ) P = ( ) P.( ) P
∂T ∂v ∂T
∂f ∂v ∂v ∂v
f =v 2 ( ) P = 2v( ) P − 2av( ) P R(v − b) − RT ( ) P
Se ∂T ∂T ∂T − ∂T = 0
4 2
v (v − b)
f = (v − b )
∂f ∂v
( ) P = 1.( ) P
∂T ∂T
Exemplo 1 Mostre que o coeficiente de dilatação volumétrica do gás de van der Waals
pode ser expresso como: R ( v − b )v 2
β=
RTv 3 − 2a(v − b) 2
∂v ∂v
− 2a ( ) P R(v − b) − RT ( ) P
∂T − ∂T = 0 − 2a ∂v R RT ∂v
( ) P− + ( )P = 0
v3 (v − b) 2 3
v ∂T 2
(v − b) (v − b) ∂T

R R
∂v RT 2a R ∂v (v − b ) (v − b)
( ) P[ − ] = ( )P = =
∂T (v − b) 2 v 3 (v − b ) ∂T RT 2a RTv 3 − 2a(v − b) 2
2
− 3
(v − b ) v (v − b) 2 v 3
∂v R ( v − b )v 3 1 ∂v 1 R (v − b ) v 3
( )P = β = ( )P β=
∂T RTv 3 − 2a(v − b) 2 v RTv 3 − 2a(v − b) 2
v ∂T
R (v − b)v 2
β=
RTv 3 − 2a (v − b) 2
Teoria Cinética dos Gases

Nível atômico átomos tem comportamento próprio e particular

Para se determinar variáveis


macroscópicas usa-se estatística
de propriedades atômicas Ex: temperatura (macroscópica)
está relacionada à energia cinética
média das partículas (atômica) em
um gás

Assim devemos determinar o


comportamento atômico
estatístico das partículas que
compõem o gás
Teoria Cinética dos Gases
Definição atômica do gás ideal

A aplicação das leis da mecânica clássica aos átomos do gás conduz a uma definição do
ponto de vista atômico, fundamentada nas seguintes suposições:

1. Um gás é constituído de partículas idênticas, que podem ser átomos (gás monoatômico) ou
moléculas (gás poliatômico)
2. As partículas são dotadas de movimento desordenado e obedecem as leis de Newton. Isso
é determinante para a previsão das características de seus movimentos.
3. O número de partículas é grande (de modo que apesar do número de colisões, o
movimento continuará sendo desordenado e a velocidade terá distribuição constante)
4. O volume das partículas é desprezível se comparado com o volume do recipiente.
Investigações posteriores mostram a necessidade de modificar essa hipótese (vide equação
de Van der Waals)
5. A forças que atuam sobre as partículas são desprezíveis, exceto durante uma colisão.
Consequência: movimento será retilíneo e uniforme entre duas colisões ( pode-se dizer que
as partículas não têm peso ou carga)
6. As colisões são elásticas e de duração desprezível. Toda energia cinética antes da colisão
será transformada outra vez em cinética após a colisão. A energia cinética é transformada em
potencial durante uma colisão, porém o tempo de colisão é muito menor que o tempo entre
duas colisões sucessivas, de modo que pode-se ignorar essa transformação.
Teoria Cinética dos Gases
Assim, a imagem que fica é de um amontoado de partículas
com movimento aleatório, ainda que retilíneo entre duas
colisões, e com todas as características definidas pelo
modelo das 6 hipóteses

Cálculo Cinético da Pressão

Baseando-se na taxa de choque da partícula


com as paredes do recipiente (texto enviado)
Chega-se que:
< v2 >
raiz quadrada da média do quadrado
das velocidades – chamada de velocidade
quadrática média (vqm)
É dada por:
3p Grandeza Grandeza
< v > = vqm =
2
macroscópica (P) atômica (vqm)
ρ
Exemplo 2 Suponha que a velocidade do som em um gás seja igual à velocidade
quadrática média das suas moléculas. a) Mostre então que a velocidade do som no gás
ideal é uma função só da temperatura. b) Avalie essa velocidade no ar a 300K, se a
273K ela é igual a 332 m/s

a)
m V 1
3p pV = nRT pV = RT p = RT
vqm = M m M
ρ
p 1
= RT
ρ M
3RT M é uma propriedade (constante) do gás
vqm =
M vqm é uma função da temperatura

vqm 2 T2 T2 300
b) 3RT 2 = vqm 2 = vqm1 = 332
vqm 2 = T1 273
M vqm1 T1

3RT 1 vqm 2 = 348m / s


vqm1 =
M
Teoria Cinética dos Gases
Interpretação cinética da temperatura

3p 1 xV 1
2
< v >= vqm = p = ρ < v2 > pV = ρV < v 2 >
ρ 3 3
Para o gás ideal 1
pV=nRT
nRT = m < v 2 >
3
1
(n=m/M) nRT = nM < v 2 >
3
2 1 Que pode ser
1 2 3
RT = ( M < v 2 >) M < v >= RT
3 2 expressa como: 2 2

A energia cinética de translação por mol de


um gás é função só da temperatura
Teoria Cinética dos Gases
Interpretação cinética da temperatura

1 3 Dividindo por No - 1M 3 R
M < v 2 >= RT < v 2 >= T
2 2 número de Avogadro 2 No 2 No

M R 1 3
= mo k= mo < v 2 >= kT
No No 2 2
Massa de uma Constante de
partícula Boltzmann

8,314 J / molK J
k= k = 1,38 x10 − 23
6,023 x10 23 particulas / mol particula.K

R - constante universal dos gases (macroscópica)


k – constante dos gases ao nível atômico
Teoria Cinética dos Gases
Interpretação cinética da temperatura

Considerando duas partículas


À mesma temperatura
1 1
1 3 mo1 < v12 >= mo 2 < v 2 2 >
mo1 < v12 >= kT 2 2
2 2
< v12 > mo 2
1 3 2
=
mo 2 < v 2 2 >= kT < v 2 > mo1
2 2
vqm1 mo 2
=
vqm 2 mo1
A razão entre as velocidades de duas moléculas gasosas é inversamente
proporcional à raiz quadrada da razão de suas massas
Exemplo 3 Determine a massa de uma molécula de nitrogênio (M=28 g/mol) e a
velocidade quadrática média de suas moléculas a 0oC, usando a constante de
Boltzmann

M 28 − 23
= mo mo = 23
= 4, 65 x10 g mo = 4,65 x10 −26 kg
No 6,023x10

1 3 3
movqm 2 = kT vqm = kT
2 2 mo

3.(1,38 x10 −23 x 273)


vqm =
4,65 x10 − 26

vqm = 490m / s
Exercício 9 lista 1 Uma molécula de gás na superfície da Terra, tem a velocidade
quadrática média a 0oC. (a) se ela subir verticalmente, sem colidir com outras
partículas, que altura atingirá? (b) Estime essa altura para a molécula de N2.

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