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ANHANGUERA EDUCACIONAL

FACULDADES ANHANGUERA DOURADOS

MEDICINA VETERINÁRIA

ADRIELE AVELAR
ELAINE DE FREITAS
MARIA JOSÉ
ODINEL ARRUDA
RHUAN SCHERWINSKI
VITÓRIA HOFFMAN
WEVERTON DINIZ

PODODERMATITE INFECCIOSA ( FOOT ROOT) EM OVINOS

DOURADOS
2019
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ADRIELE AVELAR- 349623814199


ELAINE DE FREITAS -286359414199
MARIA JOSÉ- 286914199
RHUAN SCHERWINSKI - 287036914199
ODINEL ARRUDA - 28697714199
VITÓRIA HOFFMAN - 350019114199
WEVERTON DINIZ DE MORAIS - 286359514199

PODODERMATITE INFECCIOSA ( FOOT ROOT) EM OVINOS

Pesquia acadêmica apresentada em


cumprimento as exigências da
disciplina de Prática Hospitalar em
Clínica Médica de Grandes Animais do
9º Semestre de Medicina Veterinária de
2019.

Orientador(a): Mariana MOtta

DOURADOS
2018
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SUMÁRIO
1 ETIOLOGIA …………..………………………………………4
2 SINAIS CÍNICOS……….………………………………….…6
3 DIAGNÓSTICO……………..………………………….…….7
4 TRATAMENTO……………..………………….……….……8
5 MÉTODOS DE PREVENÇÃO………………..……….……10
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .……………………….12
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1 ETIOLOGIA

A pododermatite em ovinos sendo caracterizada por vários graus de


separação do tecido queratinizado das partes sensíveis subjacentes do pé. A
inflamação nas patas é precedida pela dermatite interdigital causados pelo
Fusobacterium necrophorum que facilita a invasão pelo agente causal principal,
Dichelobacter nodosus.
A pododermatite é causada principalmente pelo Dichelobacter nodosus
uma bactéria anaeróbia estrita que possui 10 sorogrupos (A – I e M) e 18
sorotipos, os bacilos de D. nodosus são grossos, retos ou levemente curvos, com
até 6 mm de comprimento e saliências em ambas as extremidades.
O sinergismo entre F. necrophorum e D. nodosus é importante na
patogênese das lesões nos pés dos ruminantes, o F. necrophorum facilita a
invasão tecidual do D. nodosus, o qual por sua vez, elabora um fator de
crescimento que estimula o F. necrophorum (QUINN et al., 2005). Ambas as
bactérias são essenciais para invasão da matriz epidérmica do casco e nenhuma
bactéria sozinha pode causar a lesão no casco.
O D. nodosus é essencial para o aparecimento da doença, mas o número e
os diferentes sorogrupos e os diferentes graus de virulência dependem das
características da fimbria da bactéria e da produção de proteases, que causa uma
gama de apresentações clinicas que pode ser leve (benigna) ou muito intensa
(maligna).
O D. nodosus possui diversos fatores de virulência incluindo fimbria o
tipo IV e severa protease extracelular que está associada à quebra da queratina.
Esse microrganismo pode ser classificado por meio de exames de aglutinação,
com base em antígenos de suas fímbrias, no entanto, não existe ainda um
esquema de classificação universal.
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As infecções iniciais começam sempre na pele interdigital. Ela só e


suscetível a infecção bacteriana pela exposição prolongada à ambientes úmidos
que conduz à maceração e desvitalização do tecido (ABBOTT e LEWIS, 2005;
MOORE et al., 2005b).
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2 SINAIS CLÍNICOS

Claudicação de um ou mais membros e um sinal característico de lesão do


sistema locomotor, em alguns casos o animal não consegue se manter em pé. Há
também o aumento da temperatura local, edema, rubor, pondo evoluir para a
formação de material purulento e fétido.
Perfuração por corpo estranho na sola do casco pode causar material
purulento na hora de sua retirada.
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3 DIAGNÓSTICO
É feito pela coloração de gram da amostra do exsudato interdigital ou do
material coletado abaixo da lesão após a aparação do casco, podendo revelar a
presença de grandes bastonetes curvos, gram-negativo, não formadores de
esporos que são característicos de D. nodosus (CARTER, 1988; REILLY,
BAIRD, PUGH, 2005)
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4 TRATAMENTO

A primeira medida a ser tomada ao diagnosticar animais com


pododermatite é o isolamento, por se tratar de uma doença infecciosa evitando
assim o contagio de outros animais. Os animais devem ficar em local coberto,
que esteja sempre limpo, arejado e que tenham sempre certa exposição a raios
solares no período da manha e de tarde e/ou de tarde, local livre de lama e
acumulo de fezes, próximo ao curral de manejo onde ficara o pedilúvio.
No caso de surtos na propriedade, todo o rebanho deve ser observado com
frequência, e caso tenha animais claudicando, os mesmos devem ser levados
para a enfermaria para receber o devido tratamento. Os animais confirmados
com pododermatite devem ser mantidos em local separado de animais que
estejam doentes por outras enfermidades, ovinos doentes devem passar pelo
pedilúvio depois dos animais saudáveis e permanecer certo período lá.
Os animais que forem separados por estarem claudicando devem ser
examinados de forma minuciosa, e casqueados retirando toda parte enegrecida
que está ali e tratados conforme o quadro clínico. Utilizando também
antibióticos à base de tetraciclina ou flornicol de longa ação com 48 horas de
intervalo, ou com uma aplicação de de enrofloxacina 10% ou, ainda o uso de
Penicilina G procaína, e utilizando também anti-inflamatórios se o caso do
animal for grave. É realizado banhos podais com substâncias
antissépticas, nos quais o animal permanece com os cascos emergidos num
período dentre 10 a 15 minutos, três vezes por semana, em dias alternados.
Também realizar a aplicação de iodo 2% no espaço interdigital, e em
seguida, uma mistura em partes iguais de sulfato de cobre bem moído com sulfa
no pó após ser feita a limpezas das lesões e esse processo deve ser repetido até
ocorrer a secagem da ferida. É recomendada três aplicações em dias alternados
de mistura de três partes de um produto que seja á base de iodo com antibiótico
a base de tilosina. A Embrapa comercializa um produto para uso no casco, nome
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comercial Curadermite, para realizar o tratamento curativo e preventivo em


casos de “foot rot”. Em casos de tratamento usando esse produto é indicado
tratamento curativo individual, com a imersão da pata afetada por 30 segundos
diariamente, ou a cada dois dias e em casos de prevenção por meio da passagem
de animais a pedilúvio com esse medicamento.
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5 MÉTODOS DE PREVENÇÃO

Deve-se evitar adquirir animais de propriedades que possuem a doença, e


de animais que apresentam deformidade nas unhas, que denotam já terem tido a
doença pois podem ser portadores crônicos. É recomendável um exame clínico
minucioso nos animais a serem adquiridos.Transportar os animais em veículos
higienizados e desinfetados.
Vacinar todo o rebanho, a partir de cordeiros com 2 meses de vida, com a
única vacina que existe no mercado é FOOT VAC®Lab. Hipra. Essa vacina é
feita com 7 sorogrupos de Dichelobacter nodosus, os de maior ocorrência no
país. Atualmente, a vacina é feita com um veículo oleoso de origem francesa, de
fácil absorção e reduzida sensibilidade pelo animal, e que mantém altos títulos
de anticorpos por até 6 meses após a vacinação.
Os fabricantes recomendam aplicar 2mL por via subcutânea, em regiões
ricas em tecido subcutâneo, como a virilha e axila. A vacinação deverá ser feita,
de forma estratégica e contínua, antes do período de maior concentração de
chuvas em cada região, a fim de que os animais estejam com o máximo de
proteção, no início do período chuvoso. O uso da vacina de forma sistemática e
nos períodos recomendados, aliado a pedilúvio e casqueamento rotineiros do
rebanho reduzem em até 100% o aparecimento da enfermidade.
Quando estabelecido um esquema de vacinação por mais de dois anos, os
índices de proteção se elevam consideravelmente. A vacina é ferramenta
indispensável quando se opta pela erradicação da doença em uma propriedade
ou região, e pode ser aplicada a animais gestantes, com o devido cuidado para
evitar o estresse durante a aplicação.
Fazer pedilúvio nas propriedades onde a doença está presente, recomenda-
se passar todo o rebanho periodicamente, sendo diariamente, a cada uma
semana, mensalmente, conforme a incidência da doença e a facilidade em
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movimentar o rebanho, concentrando as passagens principalmente na época das


chuvas.
Os produtos recomendados são sulfato de cobre 10%, ou sulfato de zinco
5-10%, ou formol 2 a 5%. Um litro de detergente pode ser adicionado ao
pedilúvio, pois ajuda a limpar os cascos dos animais. O pedilúvio com formol
deve ser feito após o casqueamento, porque esse produto torna o estrato córneo
do casco mais espesso e duro, o que dificulta o aparo com a tesoura de casco.
Um pedilúvio seco também poderá ser feito com a mistura de uma parte de
sulfato de zinco com nove partes de cal.
Casqueamento preventivo de todo o rebanho deve ser efetuado por pelo
menos uma vez ao ano, especialmente antes do período de chuva. O material
utilizado são substâncias bactericidas, tais como álcool-iodado.
Como o F. necrophorum e o D. nodosus permanecem profundamente no
tecido do casco, o casqueamento deve ser bastante profundo, procurando retirar
todo o tecido necrosado e podre do casco, a fim de que os banhos com líquidos
bactericidas possam chegar a essas áreas e matar todas as bactérias. Após o
casqueamento, é importante varrer o local, coletar as aparas dos cascos, e depois
queimar ou jogar no lixo, pois podem estar contaminadas com as bactérias, e
colaborar na disseminação da doença. Também é recomendável lavar e
desinfetar o local onde os animais foram casqueados com água clorada.
Descartar animais portadores de infecções crônicas, ou animais que
tenham sido tratados e não tenham se curado.
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6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LIMA, M.C. et al. Etiologia da pododermatite ovina. PUBVET, Londrina, V.


4, N. 34, Ed. 139, Art. 942, 2010. Disponível em. <
http://www.pubvet.com.br/artigo/2495/etiologia-da-pododermatite-ovinanbsp >.
Último acesso: 10/04/2019.

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