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Checklist para as Sessões de Tratamento

Abaixo você encontra um checklist para que você não esqueça do que fazer antes de cada uma das
suas sessões de tratamento, o que fazer durante as sessões e depois das sessões. Na última parte
você encontra o Checklist sem as orientações.

Antes e Depois da Sessão - Quando for estudar o caso:

Estudar se baseando no plano de tratamento atual


Quais as metas de tratamento do paciente? Quais estratégias que já colocou
em prática do plano de tratamento?
As metas estão sendo atingidas? Quais estratégias deram certo? Quais
estratégias não deram certo?
O que você precisa estudar ou pesquisar (em livros, artigos, mentorias, grupos
de estudo, supervisão, etc) para te ajudar?
Pesquise e Estude o que for preciso.

Desenvolver estratégias para as próximas sessões


Reflita sobre o caso e veja quais estratégias já realizadas precisam ser
adaptadas e quais novas estratégias poderiam ajudar o paciente na próxima
semana, com a explicação disso (para ajudar na psicoeducação do paciente).
E veja o que você precisa fazer de diferente também.
Será que você não poderia trabalhar mais na relação terapêutica? Será que
não precisa psicoeducar novamente o paciente sobre alguma coisa? Será que
você não precisa se propor a realizar coisas que não está fazendo?

Colocar em prática as estratégias e reflexões


Realize a sessão levando o que você concluiu do seu estudo de caso para te
ajudar a definir a agenda da sessão. O paciente pode trazer itens dele, mas
você pode sugerir itens a serem discutidos.

Adaptar o Plano de tratamento


Reflita sobre como foi a sessão e avalie quais estratégias realizadas precisam
ser adaptadas no plano de tratamento e atualize o estado atual do plano de
tratamento. Vocês avançaram? Vocês regrediram? Há itens novos a serem
trabalhados?
Durante a Sessão

Restabelecimento da conexão
Cumprimentar o paciente, quebrar o gelo e demonstrar interesse pelo
paciente e sobre como foi a sua semana. Às vezes o paciente assistiu um filme
que ele queria muito, saiu com os amigos, conseguiu algo que queria, etc.
Fale um pouco livremente sobre isso, para reforçar a sua relação terapêutica
com o paciente.

Avaliação do humor
Realizar a Avaliação do paciente vai ajudar você saber o andamento do
tratamento, saber se algo aconteceu que piorou o humor do paciente e saber
se ele fez alguma coisa que melhorou seu humor.
Essas coisas podem entrar na agenda da sessão para serem trabalhadas ou
para reforçar um comportamento positivo (que melhorou seu humor).
É importante que esta avaliação do humor seja buscando nível emocional
numérico para comparação com as outras sessões.
Ex: Qual foi o seu nível de ansiedade de 0 a 10 nesta semana que passou?
Lembrando que 0 é NADA e 10 é referente ao máximo de ansiedade que você
já sentiu na vida.

Realizar a ponte entre as sessões e verificar o plano de ação


Aqui queremos um pouco mais de detalhes da sua semana, se a sessão
anterior teve algum efeito e se há algo na próxima semana que é relevante.
Questione então se o paciente realizou o Plano de Ação e se ele teve alguma
dificuldade. Se ele realizou, questione o que ele achou e veja se há algo para
ser adaptado e discutido durante a sessão, ou se pode apenas orientar o
paciente a continuar realizando as atividades.
Se ele não realizou as tarefas, coloque isso como um item da agenda.
Veja também o que o paciente guardou da sessão anterior e se ficou alguma
pendência.
Outra pergunta muito importante é se vai acontecer alguma coisa na próxima
semana que ele acha importante. Pode haver itens para serem discutidos
muito significativos.
Definição da agenda da sessão
Liste para o paciente o que você preparou para a sessão, que você gostaria de
trabalhar e as informações que você coletou neste começo de sessão que você
acredita que seria legal de serem trabalhadas.
Questione então se o paciente quer discutir alguma outra coisa que você não
falou. Lembrando que ele sempre tem a decisão final.
Vocês dois então devem priorizar o que será discutido na sessão. Deixe claro
que o que não conseguirem discutir na sessão, vocês discutirão em sessões
futuras.

Selecionamos um Item da Agenda para começarmos a trabalhar

Mais informações sobre o item para montar um Modelo Cognitivo


Tendo um item para ser trabalhado com o paciente, vamos então verificar as
informações que temos e montar um Modelo Cognitivo do problema.
Caso faltem informações, vamos perguntar ao paciente até termos um
modelo que represente o que aconteceu, vai acontecer ou está acontecendo
com o paciente.

Avaliamos onde podemos intervir no Problema


Com o modelo cognitivo montado, vamos então nos questionar onde
podemos realizar intervenções.
Será que podemos trabalhar com a situação? Aqui a situação pode ser no
ambiente do paciente ou nos gatilhos dele. Em alguns casos podemos
trabalhar com os gatilhos que estimulam o paciente se distrair ou ter
pensamentos permissivos. (ex: coisas que facilitam ele fazer uso de
pornografia, ele se distrair ou comer algo fora de sua dieta).
Será que podemos trabalhar com seus pensamentos automáticos sobre a
situação? Será que esses pensamentos são disfuncionais (exagerados,
mentirosos ou inúteis)? Se sim, pode ser legal avaliar esses pensamentos e
desenvolver respostas alternativas.
Será que podemos trabalhar com suas emoções? Muitas vezes o paciente está
sentindo uma emoção negativa tão alta durante sua semana que ele precisa
de alguma estratégia de relaxamento e para se acalmar.
Será que podemos trabalhar com seus comportamentos? Em muitos casos os
comportamentos do paciente o mantém em seus problemas. Podemos então
avaliar esses comportamentos, demonstrar como eles prejudicam seu
problema e dificultam o alcance de suas metas. Vamos então desenvolver
junto ao paciente novos comportamentos e pensar em estratégias para
colocá-los em prática.

Implementamos alguma Estratégia


Vamos então implementar alguma estratégia ali mesmo na sessão. Vamos
fazer:
uma Psicoeducação sobre alguma coisa que o paciente precise saber;
uma Restruturação Cognitiva (ex: Questionamento Socrático) nas cognições
que precisamos alterar;
uma Resolução de Problemas (ex: Usar a Planilha de Resolução de Problemas)
para o que podemos resolver de maneira prática;
ou vamos trabalhar a Aceitação (ex: Psicoeducação + Reflexão / Mindfulness)
nas coisas que não conseguimos controlar.
Alguns itens serão discutidos, mas as principais estratégias serão feitas como
tarefa de casa (ex: ter uma festa na próxima semana e quer conversar com
mais pessoas). É importante que seja discutido o item e planejado todo o
passo a passo da tarefa.

Avaliamos o resultado do que foi feito


A estratégia que colocamos em prática ajudou? Nem que um pouco?
Para isso vamos perguntar diretamente para o paciente o que ele achou do
que realizamos e quais conclusões ele tirou.
As estratégias que não funcionaram talvez precisem de adaptações ou de
estratégias para serem realizadas entre as sessões.
Vamos então desenvolver um Cartão de Enfrentamento das estratégias bem
sucedidas para reforçar o aprendizado.

Montamos um Plano de Ação referente ao item trabalhado


De cara já vamos estimular o paciente a ler os cartões de enfrentamento que
ele preencheu durante as sessões. É importante que ele defina um horário
para fazer isso e que você veja se não há nenhuma objeção ou obstáculo de
fazer isso.
Depois, vamos questionar o que ele pode fazer durante a semana para
reforçar o que discutimos? ou o que ele pode fazer para buscar mais
evidências para o que discutimos?
Será que há alguma estratégia que precisa ser colocada em prática para
trazer mais informações para o caso? (ex: RPD, Rotina)

Passamos para o próximo Item da Agenda


Repetimos o processo anterior para outro item da agenda. Normalmente
conseguimos trabalhar com no máximo 2 itens por sessão. Os itens que
sobrarem devem ficar para próxima sessão.

Repete o processo até acabar os itens ou faltar de 10 a 5 minutos de sessão

Pedimos um Resumo da Sessão


O que foi realizado durante a sessão? Fale sobre tudo o que foi realizado e o
motivo por trás de tudo.
O que ele aprendeu? É importante que se reforce o que o paciente aprendeu
com as estratégias implementadas em cada item discutido.

Reforçamos o Plano de Ação de todos os itens


Fazemos então uma revisão do que o paciente vai fazer na próxima semana.
Vamos nos perguntar também se é muita coisa. Caso seja, podemos
considerar diminuir as atividades e focar nas mais importantes para o
momento atual da terapia.
Será que há algum obstáculo que possa impedir ou dificultar o paciente de
realizar as tarefas? Discuta sobre isso e tente trabalhar estes obstáculos.
É muito importante que você ajude o paciente definir os dias e horários para
ele realizar as tarefas. Isso aumenta as chances dele realizá-las.
Vamos sempre questionar o paciente também a probabilidade dele conseguir
fazer as tarefas. Se a probabilidade for baixa, investigue o motivo disso.

Pedimos um Feedback
Vamos então para uma das partes mais importantes, questionar para o
paciente como foi a sessão. Podemos então questionar:
● “Como foi a sessão hoje para você?”
● “Alguma coisa te incomodou?”
● “Alguma coisa que você gostaria que a gente fizesse diferente?”
Se o paciente falar alguma coisa negativa, agradeça e reforce que é muito
bom ele falar a verdade. Diga o que pretende fazer em relação a isso e anote
para se preparar para as sessões futuras.
Falamos “Tchau e até a próxima”
Checklist para as Sessões de Tratamento

Restabelecimento da conexão

Avaliação do humor

Realizar a ponte entre as sessões e verificar o plano de ação

Definição da agenda da sessão

Selecionamos um Item da Agenda para começarmos a trabalhar

Mais informações sobre o item para montar um Modelo Cognitivo

Avaliamos onde podemos intervir no Problema

Implementamos alguma Estratégia

Avaliamos o resultado do que foi feito

Montamos um Plano de Ação referente ao item trabalhado

Passamos para o próximo Item da Agenda

Repete o processo até acabar os itens ou faltar de 10 a 5 minutos de sessão

Pedimos um Resumo da Sessão


Reforçamos o Plano de Ação de todos os itens

Pedimos um Feedback

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