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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

PROVINCIA DE NAMPULA
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CONSELHOEXECUTIVO PROVINCIAL
DIRECÇÃO PROVINCIAL DE SAÚDE DE NAMPUIA
Departamento de Saúde

PROGRAMA DE MEDICINA TRADICIONAL E ALTERNATIVA

Termos de Referência das Actividades do Programa de Medicina Tradicional e Alternativa

1. Contextualização.

O Plano Estratégico do Sector de Saúde (PESS 2014-2019) e o Plano Estratégico de Medicina Tradicional
e Alternativa (2019-2029), preconizam o envolvimento e o activismo comunitário como elementos
catalisadores para o alcance das metas do objectivo estratégico 1 "aumentar o acesso e utilização dos
serviços de saúde do nível primário ou de Primeiro Contacto", pela população Moçambicana.

Neste contexto, para responder as metas do objectivo acima citado, o Sector Provincial da Medicina
Tradicional e Alternativa tem planificado actividades comunitárias em coordenação com os distritos
(SDSMAS), com envolvimento de PMTs, PTs e outros actores comunitários influentes nas comunidades,
com vista a mitigar as barreiras socioculturais para o acesso e utilização dos serviços de saúde bem como o
reforço da promoção de saúde e prevenção de doenças nas comunidades, incluindo a referência de doentes
às Unidades Sanitárias para o diagnóstico e tratamento.

Este ano, foi planificada a supervisão e monitoria das actividades comunitárias e dada a situação da
pandemia da COVID-19, os Praticantes estão a realizar actividades de disseminação de mensagens chave
sobre a prevenção e combate à doença, rastreio de suspeitos e referência às unidades sanitárias em
coordenação com os Pontos Focal.

Assim, para o alcance dos objectivos e metas estimadas, há necessidade de realizar esta actividade de
monitoria e apoio técnico aos distritos para analisar as lacunas e seus factores contribuintes e melhorar as
práticas ligadas ao fornecimento dos serviços de cuidados primários de saúde.
2. Objectivos da supervisão.
 Avaliar o estágio de implementação das actividades do programa de medicina tradicional e
alternativa, incluindo actividades comunitárias sobre COVID-19 nos distritos;
 Capacitar os responsáveis e pontos focais na coordenação das actividades e gestão de dados para
melhoria do desempenho;
 Incentivar a intensificação das referências de casos suspeitos da comunidade para as Unidades
Sanitárias pelos Praticantes de Medicina Tradicional;
 Reforçar a ligação Unidade Sanitária-Comunidade, nas acções de fornecimento dos cuidados
primários saúde de qualidade.

3. Locais seleccionados.

A base de selecção das US em cada distrito não foi uniforme. O critério de US com novos pontos focais,
US com pontos focais sem capacitação, US com baixo desempenho e cumprimento de metas, US com mais
casos de COVID-19, foi o determinante para a selecção das mesmas. Assim, a supervisão será realizada
nos 23 distritos, Unidades Sanitárias e na comunidade:

3.1. Metodologia.

 Conversas formais;
 Recolha de dados;
 Análise do grau de qualidade dos serviços fornecidos;
 Capacitações.

4. Acções Previstas.

4.1 Directores e Médicos-Chefe Distritais de Saúde.


 Apresentar Termos de Referência das actividades de Medicina Tradicional;
 Apresentar os indicadores de Medicina Tradicional propostos para o SISMA;
 Discutir sobre o ponto de situação das actividades de Medicina Tradicional ao nível local (colaboração
dos PMTs-Técnicos de Saúde, registo de dados nos livros, motivação pelo activismo, etc) na
perspectiva FOFA e indicação de Pontos Focais nos dois níveis (SDSMAS e US);
 Tecer recomendações segundo constatações do trabalho realizado.

4.2 Pontos-Focal de Medicina Tradicional e Alternativa.


 Verificar os Planos anuais, trimestrais e mensais;
 Recolher dados das actividades realizadas por distrito;

 Avaliar o cumprimento de metas das actividades planificadas;

 Apresentar os indicadores de Medicina Tradicional propostos para o SISMA e indicadores para


resposta a COVID-19 com envolvimento da comunidade (PMTs e outros);

 Capacitar no uso dos novos instrumentos de gestão de dados;

 Identificar boas práticas e lições na resposta da COVID-19 com envolvimento comunitário.

4.3 Unidade Sanitária.


 Verificar o registo da referência de casos suspeitos e nos livros de registo;
 Colher dados de referência e seguimento dos doentes;
 Auscultar os técnicos de saúde sobre a colaboração dos PMTs na referência de casos para US,
seguimento de doentes nas comunidade e retorno ao tratamento, palestras em torno das barreiras
socioculturais para saúde;
 Orientar os técnicos saúde sobre o fluxo de dados de Medicina Tradicional na US;
 Orientar a colaboração entre os sectores com programa de medicina tradicional e alternativa;
 Advogar a necessidade de registo de referência do PMT nos livros da US.

4.4 PMTs.
 Auscultar a colaboração entre os actores comunitários com a saúde;
 Orientar a planificação de actividades comunitárias em colaboração com técnicos de saúde;
 Capacitar no preenchimento de guias de referência e resumos;
 Capacitar sobre rastreio e seguimento de casos na comunidade;
 Advogar a necessidade de intensificação de Palestras na comunidade para mudança de
comportamentos, atitudes e práticas nocivas a saúde;
 Advogar a necessidade de intensificação de referência de adolescentes para planeamento familiar,
mulheres grávidas para o parto institucional, vacinação;
 Tecer recomendações.

4.5 Pacientes/doentes e pessoas que beneficiam da colaboração do PMT.


 Auscultar a satisfação dos beneficiários do activismo comunitário dos PMTs e perspectivas da
intervenção da Medicina Tradicional na saúde comunitária.

4.6 Responsáveis de Programas de Saúde da Comunidade nos SDSMAS.


 Apresentar os indicadores de Medicina Tradicional propostos para o SISMA;

 Orientar a colaboração entre o sector com outros programas de saúde principalmente SMI, HIV, TB,
Malária;

 Apelar a necessidade de preenchimento das referências de PMTs nos livros da US;

 Apelar a integração do PMTs nos comités de saúde, Humanização e outros;

5. Resultados Esperados.
 Redução de mortes maternas na comunidade;
 Eliminação de mitos e tabus sobre a mulher gravida na comunidade;
 Desmistificação de mitos e tabus a volta da alimentação da criança e mulher gravida;
 Pessoas atendidas na Medicina Tradicional têm acesso aos serviços de saúde;

 Todas referências do PMT são feitas através de guias;

 Todas referências do PMT são devidamente registadas nos livros;

 Pontos focais usam com domínio instrumentos de dados e reportam informações fiáveis;

 Pontos focais planificam e coordenam actividades com PMTs e outros programas de saúde;

 Fluxo de dados da comunidade e US é uniforme;

 Mulheres grávidas e crianças são atendidas atempadamente na US;

 Há cumprimento das metas estabelecidas;

 Relatórios das actividades e retro informação fluem dentro dos prazos.

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