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] Regina Zilberman Doutors em Lets pt Univerade de Heidlerg Ligia Cademartori Magathaes. Meare em Lara pla Pontificia Universidade Casscn — RS LITERATURA INFANTIL: AUTORITARISMO E EMANCIPACAO Sho Paulo, Eaitore Atica, 1982 CAPA, Uayout): axy Almeida Normauhe PREPARACAO BOS ORIGINAIS: Ilse Ovi Pinto DIAGRAMAGAO: Elaine Resin de Olea SUPERVISAO GRAFICA” Acer ©. Semelder CiP-Brasl,Cuttopacto-n Pungo vo. PTE mommy smut agit eer 5, ae ae 2 Certain Todos os dieon reservados pla Ediora Alice A 2, Bardo de Iquape, 110 ~~ Tels PBX 278-0959 (80. Rama) (C.Pontal S686 End. Telegnticn “Boma” —— 8. Paulo CONSELHO EDITORIAL, ALE4EDO Bost, da Universidade de Sio, Paulo sono Veo Siti de Unwre deSioPue Fuivio Vasrssuno 1 Glows, di’ Pontfca Univerade Catia Higa Otuxane, da Universe de Campinas "Ropotro Ian, a Unversade de Campa, Ruy Gawvie BE ANDnAD Cottna da Univeridade de Sio Palo, | NATUREZA E FUNDAMENTOS IDEOLOGICOS DA LITERATURA INFANTIE Pino Lucas Regina Zilberman e Ligia Cademartori Mogathdes retinem-se reste ensaio para considerar metodicamente a leratura inant Sob este aspect, 0 plano do lvro é rigoroso: avalia 0 ingresso da Iniancia na socledade burguesa, a conguista do espaco da crianca ine cena faniliar, a wilzapao de mecanismas educacionas como Veiculo do idesrio.burgués, @ leupedo da Wteratura divigida. a frianca ea relapio amblgua estabelcida entre 0 adult, como Jonte da mensagem extétien e educacional, ea crianca, como tlestinaria do apelolterdro. Parts, portanto, da histoniidade do fendmeno para a expecificidade do. género, muna tenativa ‘auolégic, ‘As dias mestrasenftisam 0 aspecto Mistérico da onganizagio do que hoje se designa por literatura infantil fim de mostrar a tssimeria doquele corpus Hterdrio, cult rizes estdo merpulhadas ‘assim nat fnalidade pedagésica, ov sei, na modelagem de cons- Ciencias burguesas, como na finalldade recreativa do livro, fonte ‘simuladora da imaginacdo ¢ do entwiasmo discursive. ‘Educar ¢ diver, eit a rato teleotdgica da teraua info nor seus primardios, ji que a leratwa asia vinculada 00 livro liditico. ‘Desde Thuminismo, no século 18, vem-se desenvolvendo determinada morel uiltdria, que recomenda se ensine divertind, ‘través da manipulagio das ters. 0 ogo assimétrico se extrema quando a questo & tansposta 4 fnalidade comunicadoro, #4 que 0 Htuar da mensagem & sempre tun adulto, que tende @ exprimir os propras valores, enquanto 0 receptor € a erlanca, que normalmente fica a mere® do aparelho Ccomunicalor que Ihe & imposto. ‘Dal, agudamente Regina Zilberman ¢ Ligia Cademartori Mo- sathies recomendarem, 1 cera altura de seus estudos, aqueles fextos permeados de lacunae, ou seo, de espagos livres em que & ‘aginagdo infantil posea expandirse 2 puisa de exercicio de sua Drépria iniiativa, dando lugor a cratvidade, Consegientemente, Indo recomendam as narratives lechadas, conclusivas, a oferecer um ‘mundo previamente interpretado e factmente consumive, dante das quais somente rete a crianca a attude passive, meramente Feeebedora, mesmo se reconhecenda que, na lieratra. infant! ‘moderna, muitas vezes a fantasia €wilizada de modo reparatério, enquanto maniestacao de deseo insatisfeito, ou de modo etce- Pita ficando a erlanca encerrada na sa impoténca, ‘A lieratura. infantil engotfada no. pragmatism pedagéico acaba por assemetharse a grande producto massiicede do indi. tia cultural, que oferece objetaswriviais em serie para um pli ‘neutro, tornado pouco exiente e amplamente receptivo & mesmice ‘itera, a devorar mercadora repressiva ideologicamente dige= Nivel sob 0 aspectoextlico, Com efetto, a Tteratura tornarse-, na era da comunicagio de massa, mais wn insirumento de fermagio da eranga, capti- randova afetivamente para a propensio a consumir. Nos termes fm que se propoe hodiemamente, literatura infantil vem endo ‘adultocénrca, quase sempre de indole educative, Dadas 0 seu nascimento evolucdo histérea, presiase a realcar @ organizacdo familar, sob euleégide sobrevive, realimen- tando a deloga familia, cleo serezado ao long da formagdo ‘Com feito, @ literatura infantil surge quando se atirma a Sanita burguesa, ow sea, quando se delinla a nocao de infncia A fama moderna € Tha do séeulo das luces, ocaido. em ‘que se consoida cera mudanga de valores: asiste-se decadénca 4a tinhagem, reminiscénca feudal em que o casamenta tne por Juncao especiica a transmissdo do patindnio, de tl mado due rele 0 lapo afetivo era inestencal. 0. poder Yair, enti, se oncentrava no pei, eliminando-se a vontade individual, com a “deliberada quebra da voniade infant Enquanto iso, expandiwse @ privacidade na vida familar, valorizowse o afeto nas ligagdes entre pase filhos, a mae recvlo- ‘owse no centro do lar burgués ‘Emerge, entao, a instrugdo obriatéria no selo da nova ideo- logia, a era peagégica. Satie da instruc obrieaéria, varaa assistir oo desenvolvimento da literatura infant, pois se tata de Dreparar a crianca burguesa para astumir sua funcdo dirigente e 1 eviana pobre para converter-se emt miode-obra.. Nat paras de Regina Zilberman: “para lderaro ser Momano demando unidade imerior € side metal egrant ao poet, pars conor sua ims, sao etsidas cone ns clase dominant es fc Novenaie "0 nant de itt nan, profesor satiche’ chama steno pare 0 surgnento da exc, itso Se teccncla thea qe prone unnear 0 conecment “fence origi papel clio, pols proctra taner sa orate social, “Sen fonctonament coasters por iver er Simarieamente a atviede maemo, na medida em que he She tentancr' erlanca ns raed estoma" No cpundo esto Lina Cademoror’ Maples sca 0 Jogo Sinise Werte nas som cnena 0 tudo vai “N&o eat de ogo ne exchiva wept de sdateoranzade “Sgundo feran execunio deference combinaies send 0 "Cilicia, nas de og com um nado una eondido Teer ermine abs eplrt do mn ser obi ‘edad apenas pets neces te alaparse © cuban ‘en ide ze cumpre igor protutvamentretandose "go, aproundandrse tom ee no conkecment ra Ton ‘an oe edmesonada mle “Ot lngio'de owe na eco sr porno ards de 4 ‘thea ng, cond ria poder de dere ew de” ‘Renin Ziberman, ily no princi eno, vablece seta ene ura 0 foo mas os sigue como ebeivos Testa da cranes, & por imteet do etre, hio Sito ne soli, que sbftidate ta ean & vidi Mtmente “Ente resto pode er iguanenteobido reves do ining (euro ‘rete co aperecinento se dew mo sao 1 {retrence‘ombinda sensto dint) ot pet ogo ma com ‘ine iference ea dts 0 aves onde da ventdade propio paripnten oe mance se pave com © roe Prtebte onto # cabo Tinie Calemertor Magther prose suas relxdes no cooinds“iistia hfe ¢ pelo, quando pe «cca © ‘copa caren, a restidate,rvindands@ conadergdo de abl inonstiene, sien abandonae plo rconeliane ‘tacoma Obsera gue“ wien do ncoscente¢ reo pele alapona, Como consegiencia, Lin Coderarir! Magalies semtas A neem do suet incomes tom das pect coer sre presetgio de uma inagm expan 3 cana ate nto possi s conga de mean porque ca ao eo tect no modelo ofc; — a negazdo do pollen ¢ do econémica no qual 0 suleto std iremediavelmente inser, ignorando ot processot matriais ideoligicos da produpao « reprodudo da socedade” (© quarto capitulo, "A Uertura infantile 0 letor’, de Regina Zilberman, concentrase no destinatério. da Weratura infant, a crianca. Amba a5 autora uilizam a perspectiva de Hane Robert ‘aus, extrindo da extéiea da recepetio ot pontor positives, ou Sela, a visto constrativa do futuro e, também, do pass, enquant Teilmensionado aos horzontes do. consumidor de matéra escrita ‘Regina Zilberman tece considerades sobre 0 evtado.atual dle teoria a literatura, comentando os formalistas, especialmente ‘Sklovst), 0 dalogiomo de Bakhtin, 0 socologsme, 0 horizonte de fexpectariva de Jauss,Ingorden, Isr, ete. Cora 0. dento etd om andes certetras de um conjunio de narratives, como © fico de Oz, Peter Pan, As aventoras do avilo vermelto, Atta Perdide e Corda bamba. seu ver, 9 literatura infantil “possi lum tipo de teltor que earece de wna perspectiva Mtdrca € tom Doral que the permita pdr em questao 0 wniverso representada” EB reivindica obras que interoguem a creunstncia sol de onde brovém 0 destinatito e seu lugar dentro dela Por fim, Ligia Cademariori Magethies apresenta 0 extudo “Literatura inant brasileira em formagdo", em que sto desacadat ‘algumas emostrat de. producao nacional, com snfase evdente, ¢ Justa, em Monicito Lobato: “Os einones pedagdgieos dx hteratara Infant, no ‘Brasil, foram rompidos com a obra de’ Monteiro Lobaio,inciada em 1921, [a com earactrisicas capecer de crlar nnovas expectalvas de leita na criana Braslelra” Mate adiante, Ind assinalar: "A renovagdo des modes tradicionais € feta, por Lobato em dois planos: 0 da retirica, entendendo-se por sso as solugdes.comunicatvas no. plano lingistico: o da ideoloea, feniendida na ampia acepedo de Conunto de lias que dao confor: Imago ao texto" Especial destaque & dado a obra de Lypia Rojunga Nunes, pelo jato de esta explorar a interovdade das personages, jépronta fen Lobaio, por exemplo, mas em: processo nas obras da eora de A bolsa amare 2 to feliz a proparta de Ligia Cademartori Magathies que seria de deseiar wna pesquisa mais extensiva na Tterauwa infant brasira, talves até wna periodizaio dos fos Muttos aspecios merecem realce na obra de Regina Zilberman « Ligia Cademartor! Magalies. Ambat nfo descidam da impor: ténca do pentamento de Mars e Freud, no sentido de aclarr quer q ce tl er cs an Ca a ae novels Tana de omen prt ae se i te i te cei cane a a Sala ca ae Pa acre ae ran rot i le et bie L itantil: vrei om inns es Bey gains canine cee, i le ra a ca ees i ne te Pee i a ae reat otra eds a ce ia dei te an Mora tacomamenre moss cm A literatura infantil escola ie rey mac SUMARIO PREFACIOL APRESENTAGAQ © ESTATUTO DA LITERATURA INFANTIL 11 Literatura infantil ¢ traigho pedagbgica 12. Da progigio 4 letara 13 A’ Wteratara infantil eo Teltor barguls JOGO E INICIACAO LITERARIA. 10 ugar do jogo 22. O lugar da poesia 23 A preccupacto com 0 detavolvimento 3. HISTORIA INFANTIL PEDAGOGIA 34 A formagio ea nogio de sueto 32. informacso e a atitwde cxtica 4 A LITERATURA INFANTIL E © LEITOR 44 O texto © a reepeio 42. A representagio da ex ‘i 43 Transmissio de normas e rupura =. 44 Literatare infancl fantasia e exemplaridade 5 LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA EM FOR: MACAO ‘Una tomulaconagacs Novos contes de fadas A preoeupacio reaista |” ‘A Nalorizagio. do mundo infant Fantasia e realidade REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 2 2, 110 130 ass us 129 3 145 149 153 APRESENTACAO |A modalidade litera conbecida como literature infantil tem recebido, nos ikimes anes, wma atengSo particular no meio inte, lectual€ pedagégico brasil, O afastamento pelas eriangas dos Tiros, a chamada crise deleituray a concorréncta com a televisio as historias em quadriahos metivaram ua preocupagso com formagao da infincia e seu destino futuro. A hteratara infant foi convocada a incrementar sua atuagio, ocupando acu criada e, com isso, explicar seus rumos © tendencies, “Decorte este wspecto outta tipo de debate: Sobre c que € melhor para © Teitor, qual a valdade da fantasia e do verso, que efeitos pode Producir a Tetra sobre 0 pequeno reeebedor, entre oultos, © proprio surto criador por que pasa a modema literatura nacional para Infancia propicia a expansio da dscusto tebrica, Por isto, esta tem duas orlentagbes” abe extminar a8 relegses entre 0 livro e seu beneficiio, que podem se ertender desde limposigio de certs normas, reproduzindo 0 modelo autora da sociedade, 20 estimulo A emancipagso do let, quando se converte num ser erfico perante a relidade cicundante, E, de ‘outro lado, verifier os textor enquanto fai, enfatizando. ot i culos que mantém com a arte lteraria e buscando evidencar seu ‘alor estén, Deis enfogues polaizam, pois, oF ensios aqui apresentados a reflexto sobre o lugar da Tteratira infantil na vide da crane investgando tanto suas raizeshistricas, como 08 Iago idealgiccs ‘que a prendem & estrutura familiar © escolat, Ea ands das | ‘obras, nacionais principalmente, que conformam a tradiglo brasi- Teira,'com que as crangas e os adalios, atualmente, sb deparam “Ligando com tais temas controversos, a intengio € precise mente a de estimular a polémiea, araindo para a mesma 6s pas, profesores © outros interessados no debate aqui proposto. Por” {anto, este envolve sobretudo os adultos, f que © processo da literatura infantil, se invoca'a crianga enquanto o_destinatéio | ‘eventual dos texios, disse sobretado entre of grandes: S30. os depeaeseeeeeeece eee eee EEE 2 sonesnnagion auultos que partcipam da producio e recepgio das obras, de modo que a discusio deve acoateer antes de mais nada entre sles. Além dito, tentar reprodazi a letra infant represetata ‘fo apenas uma deturpapio deste proceso, mas uma, impostrs or parte dos agentes Integrados 20 sistema’ de pradagio, que, se 1 © ESTATUTO DA LITERATURA. INFANTIL ‘meorpora a crianga, concede a esta to-somiente uma” atuacio colnerat cl © fato de se tratar aqui com ensaios isolados no prejudica Reoma ZILsERMAN 4 nidade do todo, pois a dé tanstam freqletemente te Um {rabalho a outro. Porém, cabs peservar a sulouomia doy lems Se ctor eansanes « cy © que Ihe garantiria tanto a identidade, como a contundéncic ee ee ee eee ee arene ee are a Por isso, lidos individvalmente ow em conjunto, esperase. que pe eae cee eee eee i ee avuie sempre. sua incinagso.polémic, volada' a petemear & er er ia ete Sistema de dominagto que tem sido imposto por eens ia Soon a de ae lla bene in cae aga pti rar acta no os Eowan W. Rose, Reoiva Zitnexa.as eas formas literias existentes, uma das mais recentes ‘Lots CApeMaerost Maoaties rotatie pees terest consituida pelos livros dirigides as eviangas. A literatura in- fant apareceu durante 9 século 18, épcca em que as mudangas sna estrtura da sociedade desencadearam repercasses no. ambito fnsico que persistem até os as atuais. Assim, entraram’ em Aecadéncia os generos elistcos, como a_tingédia ea epopéia, sscendendo em seu lugar-o. drama, o° melodrama 0 romance ‘oltados a manitesagio de eventos da vida burguesa © cotdiana {sixando de Tado os assuntos mitldgicos e as personagens aso tridcas. Além dito, 0 progreso das téenicas de indusrializagio tingly a arte literal, gerando prodigies em série de fact dist Duigso ¢ consumo, 0 que fol poseriormente designado como de massa. Astnalada pela banalidade dos temas, af tsterestipos humanos es veiculacio. de_ comport plates, 2 iteratura trivial revela como eniteno.de_ labo Fetomada dos mesmos artficios composicionais-a€-aua exaustio, 'E neste-contexto que surge a literatura infantil; seu spare: cimento, porém, tem earactersicas prOprias, pois decore. da sscensio da familia barguesa, do novo status concedido 2 itfncia ra sociedade © da reorganizagio da escola, Conseglen! vincla-se a aspectos partculares da estutura social flasse média,ndo necestariamente indutilizada. Por sua vez, sa femergincia deveu-se antes de tudo a sia asociagio com» pede 0git, jf que as histrias eram elaboradas pare se_converter em Insicumento dela, Por tal razSo, cece de imediato de unt EEE EEE EE SEE EEE eee Cum tee 4 0 esraruro a LITERATUR BVPANTE estat artistic, endothe negado a partir de entio um reco- ‘hecimento em termos de valor esiético, isto &, a oportunkdade de fazer parte do reduto seleto da literatura. esta degradagao de origem que motivon sua idenificaclo apressada com cultura de mastas (ov a asimilagho 8 histéia em {quadrinos, por exemplo), com a qual compartiba 0 exo do {inbito artsleo. ‘Todava, um redimensionamento do problema se faz necessrio, endo como meta Yeriieaqio das parculardades dda genero, 0 ave spors, por tim lado, 0 exame de suas Flashes com a pedagosia, a quem deve seu nascimento; , por outro, a ‘efinigan de son capacigade eaten, 0 que 0 aproxima da Iter ture ¢ de arte. LL Literatwra Infant ¢ tadigho pedagégiea A conceituagdo da literatura infantil supe ums consideraio de ordem histériea, uma vez que néo apenas o enero tem uma fongem determindvel cronologicamente, como também sev apare~ tmeato decoreu de exigéncias propris de seu tempo, Outrossin, ‘hg um vinculo esto entre seu strgimento e um processo social que marca indelevelmente a ciilizagio europsia moderna e, pot xtensio, ocdental. Tratase da emergéncia da familia burguts, 8 gue se sssociam, em decoréncia, a formulaeso do conceto tua 4c infincia, modificando 0 satus da cilanga ne socledade © 90 fmbito domésti, «0 eslabelecimenco de aperelhos ideaigicos ae visrio a preserve a unidade do la e, especialmente, o Tuga? Uo'jover no meio social. As ascensGes respectivas de tna ine twigho como a escola, de prticas politias, como a obrigatoriedade do ensino c filanopia, © de novos campos. epistemégicos, fomo a pedagogia e a psiclogin, nfo apenas estio iner-tlacio~ ‘nada, como sto uma conseqlencia do novo posto que a fant, fe tespectivamente a crianga, adgure na sociedade. “Eno interior esta’ moldura que celode a literatura infant LALA Histria da fama ‘A entidede designada como familia moderna € um aconteci- mento do Séeulo dat Luzes. Os diferentes historiadores™eoine TCE = vepeio a Rina da arin meer seu atotete ot tepine store: tn, Pape tre sod anes 6a ania BE epee Zaha, 197: Denztton,Incguer Tee pin of fomtier, ‘ew York, Putheon Books, 97 Postin, Mar. Teor wits de om, Ro de Tana amy, 1999. Rican, Dicer Ti Euewpeel "et oremruma Danni a rRaDAgio FEDAO‘aICA dem'na afiemagio de que foi a0 redor de 1750 que se asta & ‘omplementagto de umn provesto que principiou ao final da dade Mééia, com a decadéncia das linhagens ea desvlorizaeio. dos Tagos ‘de parentesco, culminou com a conformacto de. uma ‘modatidade familiar wniceulr, amante da privacidade ¢ votada i preservacdo das ligagdes afevas ene pai filhos ela predominou na Europa durante 8 Tdade Média, ‘strut feudal. Centralizado fa presevacio de amplas relagbes de parentsco, vigor sempre que’ se tem como meta a manutengso da propridade ea tans ‘Bisaio da heranga, Supe, poi, a sapremacia. de uma classe ‘roprietiria de terres, que amplia sux dominagso aves da expansio dos vinculos familiares. O casamento um de seus prinipas instruments, de modo que dele se excluem os lagos afetivs, devendo atender, antes de tudo, as pretrogaivas do grupo! Por iss, inexiste a nogdo de privacdade ou vontase inaividual, jf que o chefe da familia centaliza o todo ¢ defende seus interesses, assim como ests ausente uma slidriedade especial entre os obajuges ov as gerages Stone deserve a stuaglo des criangas nesta poca: no rece bjam qualquer ateneio particular, nem gozavam de um statue Siferencado, veicande-se ainda sitas taxas de mortalidade infan- Ul, quando do parto ou em tenra idade. Partipavam de modo iualtaio da vida adulta,conforme assinala Dieter Richer 1a sociedad antiga, no hava @“inféncie"snenhum epaco sepa ‘ao do mundo aduto™ As otras ababvam © i unto ‘om oF adalios,Ystemunhav os procesos naturals da sustbcta Inaiomant, doenea. morte partipevam fun. dees da vida pubien {police nar fear” guerran audiénten,eserurSe, tes fondo atin set lar ssesirade nes tradi be cata comnts ina narragt de Matas, nos conten, nor oor ras estavam excluidas do_processo dtiséro, tanto quanto os ‘demais membros do cls. A'respeito da existénca cotidiana em tal periodo, complementa Stone: ‘Rohe Heid and dle Eriche Kindomedon, Ashe and Kommunt ‘ln woe, Mk Verte 7) ae 17 Suny wae The making fhe maters tomy. Ghisgow, Posty Calg 1979 Saxe, Latent. Se fom, tex ond args tr Enland 1300180. Lenton Pleha Boos EGE sre, Lawrese. Op. tp. 8.76. Sloman Bieter "Op. ch. p38, pio sho do Autos, 4: invas cram treatments needs, tae, bat Spel heads! 9 feo ea balso« dil de ser enconrado (0d falta de uma ines figura materna or piel d ant ‘ied aperda contonte de prentrprésimos, rm, ply ahs © amigos devido.a martes prematuras © aprisionament®. fico do Infante rldas apertdas nos prineros meses «' dliberada Auebra da vontade infant sudo onibul para wn “entorpece iment paguica", que evi ‘maton ale, cul respon os Sutras erm. no melhor dos can de indore eleuladn , no pion wna mitra de Tuspetia © hotlidade, tana © submis, ‘ego violencia B no sheulo 17 que pata a acontecer mudangas senses ‘A cetrlizagio Jo poet em tomo a um gover sbolusta i acompanhada do efraqiccmento dos gripes e parents, ne fulados Sv grndsspropredades © 4 artcaca funds, OES {ado moderno, no proceso desboigo do pode feudal, encontaré ta fain nuclear se ssentcto ioe, Cabendore oto retor care favorce sta ayo e ettura* sin como sba uve Stas” Fre ofa paced, st dato mal do fase média urbane, vee gue a-midangs apons paras ‘alanga atte o poder polis centalaador ¢-s camds target ¢ ean tana, que se langard 2 expansio de sua ieologia. fami, fends no indvdulismo, na pvaciade © na promogio do fete (caus of epoies,esimulandove Tnstugdo do Cases, © etre pa non pr star nes ns harmon So niko faa. Sione Meniea nese proceso dois momentos diferencias: yo secu 17, a onanzagho forename paired Teeebe iBnde infers © eatimuls dor protestanes, que 08 psaret am clana como um indidue gue xomenie pola br domado Pela edueagto relgosarigia, cabendo aor pa ele papel de "no sul. T8, os pegsenor theres goetm de ior iberdad, de odo qu tania exe 2 imagem ce uns pareria interna, dominade Peo Ueralsmo ¢ Calor aetivo, ¢ alo elo poder patina 2 obedinca bier Ee no stenlo 17 use venfica um lnterese especial pela ernga, Provocandod eigao dos primeiostatndos de pedagopia, esos frlosprotexantesingeses¢ fancies, ¢ 0 sculo 14 qo anise ‘Seon, Tawreice. Op tsp. 80 |X peeps. tambon Botton, 1acaes. Op. et. p50 HPoEE EA Uee HH eeeE ETE eeeeed TEEPE TE Larexaruns mean &-TmADIgho PEDAeseIC 7 unis auténtica ascensto da infncia 2 centro das consideracSes. Porto, descrevendo ov tagos que carecerizam a familia neste peri, comenta Stone: ‘Um quo sina 1a a deta das evans como am supe (ses peta ei as ee fist mipistome silane seu pps eto de infor sata torts as adn tenor eter, de do eesene o Cnhecinentosobre'0 reso a rte® Taoques Donzelot veriica na Fraga fendeno sini, vk tado' preseragio das ranges O movant ccm uma dpla ide Sam, vin hla datas Bus amo tl de utr, drigee Bs rang pobres,cnja conser than guiment considera importnte, 20 sic 8 gaania Ue'meod-obre feta, Por iso, 0 proceso toma caacterisics priprns has lerenes camadas soci. No ambit. de familia Etrgvem, tre de dimnuir a portinca concedida i amas- clei responses pela mnantengioalimenta © ed.agio dos Infos aos primis anos cea do prande ninco de mortes recces™ Beste modo, produzse um forgo do papel da esposs Teno do_ncle Tenian, aim Je fouta asumir ss fon tratema. Resa da a tcensio da mulber no ambiente domts- Teor a gue ihe permite asegurar 0 cone do universo caso eSaguttr um sove lugar socal, stenuando 0 patrtelsmo do Sezai anterior © svangando Wenogcamente, na mecida em Gve Endo ndo podera mas prescindr de sus coldboraego pa a Carbide © aneonamento da engeaapem soc ‘Nacafre dos pobre evougao é mai Tela, uma ver que se trative de incorporar 0 trbalhaor 8 emcepedo de fami. Habiuados a abandonar 4 elancas ss euldaden de insituges “a edge mantdas pelo poder pubic 08 Telipeo,o easameato Sto hes spreia imo tol necenade, menos ainda a eduagio Bis for ia de regia Teghimon, Ee adogSo des. cfangs Fire Tae se Poll op ap “rammes w (ie cee ne ee Seat be Si enact Rare ina east SRS ete Sa de Eee que aumenta o custo social da pobreza; al disto, as atas taxes ‘de mortalidade infant, por falta de atengdo e culdados na época onvenient, privava as indistrias naseentes de mlo-de-obra berala f isponivel Dai a modificacto: cabia estimular-o-matimdnio © manutengio. das criangas. E mais wma’ ver fol staves da lianga com as mulheres que esta mela fo atingda, a0 ser valo- ‘laada a eicunstiacia de que, numa familia ordera © ascendente, ainda que de procedéacia proletiria, a exposa alo. deveria trabe- Thar, podendo voltae as" suas TungSes, agora: promovides como natu2is, qua sejam, 05 encargos doméstioos € 0 cuidado, das ranges. Stone iguslmente satinta @ ascensdo deste modelo Famili covientado para os fios, 0 que acontece scbretudo na burgucsia, ‘casionando ma nova ‘ualificagge da figura materna enguanto Personagem dominante da estrutira doméstica [Na hd dlividas de gue, entre 1660 ¢ 1800, aconteceram mudon- 0 slnfcaivas nu price de ragso dav eiongat particule five alta burguetae or proisionts thera Os cuter pes inseam iar spa ali dea ops ame. tapao ‘maiena a dominardo da vontate pele Koga & perme ie, @ asic formal @empatia asin que @ he te tomo a ‘ewe dominante ma va dat rong Todevia, no resto ds claie pola, o proces nfo se om mesma unormidede Donel fi endo, ste os Siferemesesoens, ao Tong do aS 19, pa nto apenas com Soldra vida domestics operand, apart do mere cet, 2 uhe, como pa garantie edn dae canan, teens, ‘io apenas stn cominuarm a set abundonads presocemene, Guana, no ceo de sin conserva nn fafa Cam cba 2 ebaiar ced, tas com vile ou ent neigencde Nesta medi, enhors-o model family burt pose tet pe tendido alancar uma univeralidade através de seus tapos cree. teisicos — tas como" a valoriasto 01 unde interna © dos Taos de aft, elevandose 2 importiain do mulher da chine estilo 3 privcda, Siminind dum Tad,» geréncla ee PET aE SRE op ee at rn’ dts pals om tls" ver fan ra eqdestomeae ne, ‘hel ents vee, intents ou coe” arenarum nese. B TaADiGio reDNOGaIcK 9 dos criados aa vida familiar, de ous, 2 iflutncia dos paren- (ee ono impede a manutensio de ivi social ea pom ‘nde Ge_um totamento diferencado Jor chladios, de acordo Tom Incense do Exedo modero © ‘lo no. proceso de privateagio da famtie — maior nu camada burgutsa, menor enre 08 opersrios —gerou ua Tocunar referent a soclazagio da conga Se a configura da {amie burgess leva 1 valorzalo do thos © & erencngto {tlinda' enguano tains ere exrato socal, ha conconitane- mentee por causa dif, um folamento a cana, seprando-a To mundé allo ¢ ds resade exterior, Nest medida a esola Sdguiirs nova sgificgio, a0 formar o trago de unio ene simeninos eo mundo, rtaelesendo a apidadependida. Bo Gjue demonstra Philippe Ane, sstociendo a ese fendmeno ‘Soensto da pedagogic do ensino moderio,Uaseados nas clases Se nde, homogeneas eencadeade, visando sincere progressive fmente cs poyuenos. no mundo. Contd, tembim insu SSeuar present resposasparicuariadan as ferents cama Gi 0 que cortegpondey, no plano da edscaplo, & prin soil fo afl comuntano. Dest modo, eabe averghar as creanstin- ‘Ss peclires do rnelo ambiente © vena dos jovens Ue pro- Senigniarespectvamenteburgues © proletria me burgvea encontrese plenamente inegrada 20 €08- ‘una ver gue exe fl soliead para resguardél ‘Ovagene desis prbegio € + penonagem matema, o que dd fundamenio hsigrico socal 30 camplexo de Edigo, como Pre tenem Stone e Poster". Hi igvalmente uma ascendécia da mie Ther ne oranzagto doméstca, embora, como no ea da ran, fate acéscimo de importincia no elo eivado da fama cores. fonda a uma etlusto da esera pba, sel todos durante P°perodo de prdomiio da estrutura” de Hnhages.e clntl Sather ctianga, mee hos, erscem nas sss fungSes interns, Wh, w propsata, Ans, Philipe. Op. St, . 282 "Como a x fin ‘non Src sda 80 meso tempo Qe econ, uy 20 tO gE TEES Guage eduear'w cast a VG fore Nt Gp da, 0 sede de Bago oso fe roe, Unree, Op Sep it Aineyto ale a ‘tad pais ere sets psccncs cur spe comp iver depend [perme tre Paste Se ce edn 30 poo foonet |Yasrtlse de one seus poles 10 o erature os uirensrom meraeri, A medida que se isolam do Ambito exterior, também este retsi- mnento di novas dimenstes ao trauma edipiano mum meio Burgués ‘A siuagio do setor proteirio nfo idéntca. A preservacio {a ceianca visa. formagao.e" manatengao deumn contingents ‘bre dsponivel; ¢ € 4 famfla, dentro da qual a response dade maior cabe is mies, que se legn esta turefa, Pore, devido ecesiade premente de aumento da renda family, os menores| io jogedos pelos pais no mundo com muito maior rapilec © violéncin, Por sua vez, os adultos nfo cumprem seu papel inte: gralmente, © que jusifica a reagdo dos poderes pblico'© privado, Intensificando sua interteréncia no quadeo.daméstico operiio Assim, aparecem a organizagbesantrépicas que, dirigdas 8s ‘amadas populares, procuram sanar as dficaldades intemas da familia (menos as de ordem financeira, jntervindo a inimidode esta, E a freqigacin 4 escola receberd gov estimulo, 0° que fomaré esta insituigio acesivel e-abertasYodos os components do corpo social Se a escola tem esta procedéncia liberal, procurando univer: salizat 0 conhecimento, por outto lado, a éafase na {eqicncia o aluno as aulss tem um papel idvoldgeo bastante comprecnsivel, fest relacionado sua fungi’ de instramento saneador. dos onirates socials. Seu funcionamento eardcterizise por inverter Smetricamente a atvidade matemna, na medida em que he cabe reintodurir erianga na reaidade externa, Poréa, mesmo assim, fexeree uma taefa feminina, una ver que atue como mediadora entre o mundo interior do. pequeno © & sociedade, Por sua vez, fata tltima 56 sparece a0 estadante de modo indieto via lives Aidtios,laboratirios,conferéncins, mapas, dando-re ainda a con Vivéncia Social spenaseotre os garotos, © nio com os altos. pois, outra modalidade de clausura, que também relorga 0 estado pueril e sua auséncia do conjunto da sociedade Mais uma vez eabe dlstinguie 0 que diz respeito & cringe proletiria, Esta tem maior viveocia mundans, de. modo que 3 tscola nio pode pretender concorser como aprendizade que vem das russ. Ainda assim, a educagdo formal & impresindvel, una ver que possiblta a separacéo entre @ jovem eo adalto, tacia que a fail, e sobretado « mulher, reenche de modo impertelto, E 6 quando a escola quer dssover os lags que prendem os men nos vida sci, como no caso dos trabalhadores, que se mostram claramente seus objetvos isolaionistes. Pos foi por causa. das alunos oriundos da clase operdria que o ensino fotnoise-obrige- \6rio_ne Europe, = partido séeulo 19. Assim, fo retirado do, LETERATORA INFANT & TRADIGIO PEDAOGaICA LL meio pretium contingentesigifcavo de mfo-J-ora, com Bio Ge progr» nsnca © emtar 0 aitameno dos sion Stay. empo, ito powoc.imimuclo-dh rend. tamil, o gue repereut secemaramente no sumento da pro thndade do aio, Donzeot descreve © fenémeno, partido do {ato sbido de uc, po scslo 19, cram a cane que than tlhores ooriidaes de empreg, Sendo una talo-de-bra mals Stat gstvam im iucro mesa‘; prem, metos hab ‘estado era uma produvade menor. Alm do, empregendo ‘fino, of alos pssvan oda eh bats, paelpando de tmovimenjs pollicer ow provoando vollnla avi’ ugéncia Sh ovis exnnivamest, anim como em capacter qultet- ‘trenton operas do futuro. Fazendo obit casio, a8 ‘Mangas era serade do mercado, porém, era prec esimGlar Shipui s"eclacaren ov hor no elepio! Eis procedment Sholado pein Estado Somente a stucrio gratuita, portent, nao era a solucio. Deve. “Sle eto ecretar ui sara simples de educasto comps ‘an, tal propa chocave serimente con ldpeo bra Eno por ae naa inverter tea? Volemonnot da sergio de page men pora star fanilias que esavam tmbicedar em Blocos de ‘Tependenia © ds Obrigtoriedade contra equces que slam mar ‘Slmene ns eibio vention dos anton reder de sldaridade’® nesta medida que se desvelam o sentido enelausurador do cnsing eas condigSes em que se da 8 formatio da erianga 0 ‘meio familar aval, sea rico ow pobre 1.42 A fungio da eratura infantil a etal ee ptzagio ho camp dito prove Gr pal Beate eprcimento da Mera iat Asin, 4 eet Sits eateament fig um coneio sual mis vent pc enquat Taba eae ex caterer fue Todo, fornowse um dor insromentos srvgs qual 8 perma, Fees Op. et. 9. 767: 12 0 staTuro ou uireeatURe mNFaRTIL pedagogiaalmejou atingir seus objetivos ®. Por iss, A. C. Beam- furter denuncia a prioridede das motvagies educatvas sabre as Heri, quando da nee, dante o scsi 18, da produ de textos para jovens: eee © gue chamamos de Hern ven “espe” to & on teto ns erin para spe, Yon mea ge par ‘mee ndo om motor iri: pedagogies [Em decortéacia dsto,afirma ainda 0 Autor que “a itertura infan_€ prmeiramenteun_problema pelagic, no. ller ‘io”®, Por tal razio, se decor de-uma stvagao hiséries parti- ‘vineulada 8 orgem da familia burguesa ¢ da infincia como as fomar como base a vivéncia que esta ‘em do: mundo, em nivel proprismente existencal KW. Peukert, Seg Ean si ta, Die ing ie ae Ma i de Say, Alt edt. On a SRS Sens ahh Boe tay lls ah eS el 4ogia € uma invencio da Sociedade burguexs +H Rehnaa Comte” ho tame tr Ku Sea roel Gin Seta oh, lal Re acd ‘teeatar eV, 1978, p. 121, H eee EA tr tained tr dln «main Bn etree en het ay eae seed g's sno Trl) “ee Beane onio.”Literarura infanto-ivenl. "Sho Paulo, Ed.’ do Bras, 1961._p. "A veda, fuga "da Herataraacinminfuntorhveal] € des seca epee Ua ee Sina tas Ut ancy aA Se eae ld ce ple ee iets Dinar Seka ete Sats Simon Se ae oat ae Sg ge ead tit ha’ ae ee See ee ium mai i Os «De rrensvom, nasi & Taaoigko reDaasorea 13 cstsblecendo um fundamento atropolgeo pas oli infant Sansone dr srente ever ceedo mains era ceaet Piha iter desu como un expo wai" © explics “apap nao” nao € vai, porque at eines tind no Wve AE gue no pode’ creer a venga Asi 6 SEAR PGR nid 26 aun cheuntn soc, mas amb em acces prvedasnia de un reo itor Per ar perimenagio do mundo, cla nowesitrd dem soporte Hr Se algue cova de nous et luge qe a terra ittact pooch de miso" partcular, pore, 20 conrio da ine oa dos ensnamedn esclai, eais com dos de degre ado ipeimone segundo peta 4 conga sa omrsento do re Mem uma sti que apreens, de mantra sstemstcn, as ingen rena nu Feud, gue ange no pode pesesber or ota rope A eranga entende a histvin sem ester pressupostos (do au acta conto ta rene, etenla¢ vide nto — ad See eta em_procewot liaise de comuniengio, mas nat Triotbersocaspromaras ¢ nat propria atidads.” As hitras Tee iempcaha, pis, sna primeira forma fe comnicato areca tas relabes da edad, ue aparece ria mn eedate eovrente, Ox, por ores Ntriar infant a0 wn citi de conta speculation soda aridade Imedts socal Individual de cronge ™ _y__ — Som a tnguagem. que mundo, de modo que, propician nemo do dominio lingbstco, 2 leratura infant precnchers una Fungao de confecimento: “o ler relacionase. como desenvolvi= “nemo lingistico da crianca, com 8 formagio da compreensio do Rane tn a funda espectia da fantasia infantil, com a credo- Tidade na histria' © & aguisgdo de sabe Em vista destas pectliarsdadesestraturais, a Ieratura infantil ‘ofecece a contraparida a0 carter pedapogico antes referido, com- Orctmavel's perur do exame da perspectiva da criange e do sgn Fado que e"gnero pode ter para cla. Su stangio dae dentro Francs, Rt Were Zar Antropol des Kioderbacs, In: Has CERES Milo spender Zar Ppeonte nd Puton ener Arwen Gta Ste Rem, 1678 1A o esravero py LiTeRaTona wir de ua ica de conecimento, nfo porque transite informagies € cminamentes moras, mas. porque pode concede 20 Tokar a fotblidade de Jedobrameno de sug copacdndes elect 6'saber adqiido de. asin, raves do" domino de reat empl, sto € agua que Ihe € negate er saved esclet cu doméstea, desencatsando un Saargumento da dmeosto de Compreensio" e a qUigao de inguagem, produto dy reepsto Sa stra enguantotudgdo ou eure eda decoding ta Em vista dso, excite a duplicidadecongénta& natureza 4 tteratura infant: dum la, petebida sb a Se do ale ewvela-se sua parteipagio no proceso de-dominagio do joven, assmindo om Erte peg. por item norms © ema ‘erst com sa fomacio mora DE ou, quando se eonpeomets com_o interesse da eriangatransforma-se ‘num meio de_acess0 ‘ma medida cm que the falta» onenario de expen ristencias, através do conbesnento de hstiriag 8 ears 3 ‘eu dominio lngisico. esta dupiciade qe salts {agi gorando © despreaio perane 0 pula’ altho, aa este admits 0 legado doufndrio qué Ie tanfere Vincalado deseredito 20 onpromiso Com ensno ¢ om « proceso de dominerio. da ifincay 2 lear nf, anda tem o que olereer beings, deade que examinads ot sts constusio.propriamente teria. ‘E quando terlicam os beefs que'© ha © o discs tral para 2 ‘tor Tal consugio pode ser entendda sada apart asus Bectliarkadeartiica do gener: €0 fat, annslado por Peshers te io conhecerfronere Com efi, 0 iveo inant scones tm tema esecin (como o romance poll, go ¢ determine a parte_de uma forma (veo ou pros, moves os comm ands, ecoreg livemeate da realidade pura o marathon Akt ‘listo inorpora ao text a race admte modallages peo, prince dean tri com ine aig, sétien conta &mtagto anes mene lonada decore a relagso paricilar que exabelee como eter Carecendo a rianga de-um Borizonte qualquer, que, no alte provém de Sua vive acunads no tpo, ela" permeate {uo daa malebildade das baliascferecis aos Texan ton infans, Tal fo formece a eles ultinos ume, gale marge de criaividade, que poderia ser eapaliznda em inovarfo, Tedant Bid, Roe ireearuma nerann & TeanegZo weDAabanea 15 oto & que acne, er de md el ds ps ep aio J as ey ds tle Speman ita yrs tn Net rc, pat Sear EP et namo cme ee oy a sobs eles, pcs comet de a inact Tyan at Stn Sama» Es mm cm i ee pt elo Ch eal ha Ea le ct et on ee ee ee ee Te roca ee yee pclae duane ce oad feos sn a de pe tami tm iho mai oso ¢ Bike ater aetna cmt i lp eee oS Sra o mama pom tr to, otas arts clades 20 cinoe do poblio joven etre, cinema deseo aurado, miss. $2 ekemans, Nobunnes a Racaren, Dicer. Marchen, Phontasie wd sociales 16 0 seraruro 04 Lienaruna mera i ol en — i, al aa 9 ats eel reas win date fea es src doris Sebati asin me i eae estan ae cit ey elit, aie comnti, ltin ‘Sees fo nates LOS 2 ane esate seem, pare ee Tipe scaanee ecomnan & e a mae Stet neta, So tea mbit aes ee et eee Septet ire iain a tate Rent RID + SE a cements fo nin, cco dee seem Bi: cm in, meme ogo fim seams cng Sale gga, ade etn Sue aaron ma hae ots ca Saeco eee ae i a Re Se en os on cre ampere dei tac dere 4c. Seen es ee soci we ao rate on om ‘Signa de veouinhans, unde a eet SSE a, iain me ceptor SV Roba, urea, Kore Were Op. cp 8: "Quam meses Simi, cosdiusmente ede moto titan ie tenes Se sash Sear” CO igvainene‘Berveumene Druno a "yewie des cake Fats, i de uncoo: Pare Test, 1TH - Ge Buowaton Aled Clemens" Op i, 9. 118 Bee LmreeaTona merantit & mRanicko euDKcéca 17 6, prtmto, etesponde, no plan aio, hilo qu § psp S.Roteang So pene eiseacal Nesta meddle, tna hr de fe_human 0 Ban, Sgro so vc, ean seem see ern Ct de psbiiade «nena ei cr conta de humane Ce Oe terssimibons nea xg pode st dtc, deo cee tts ab comer dos Drexel a nds ion sn eos tener ol ~Seerecer modelos perfitos de comportemeato, asim come a fal “ficar_certas_circunstincias ov obscurecer_outras. A deformagio Hea Srna ina do aaa, mas mo prove fa reper 3 semen de po marines 9 yo fv nae i nia ia convey vero 5. fanaa Nesta atten Sense dh raiae, = gue vm et po ie ge se tv an qe too foo te Pa inane orgs em abo repousa # mesma me Pan eam > fata 6 pote sr est 2 pro pose oc adoqados Di ral anes so hago ete vote Geioamenin dee paces teat por tthe or no's pestis ain de ao Fiza poping, Aumoreas foicy Poe Ala, lte, 96E iad SN Mama tt ie, HSE la Sine ean Ant Uns Cerne Bene hia rah Scho Bartsch Bonga ih, ima Cat Cone Pera i fe Jobe Rowe Tome “BA xt sualnene ome seesnee Bie conto. b aan vaio dere (eee arcana cme oa mente nlras oe 3 rete, US Sermon timete con iu Toda hd» ni ee co uum Aa uss ee Een Sythe ely ies a he See ew co earn een ae oe di eae ase" a games © Seed al an ea ob ert ind ote RS a Rowe Dletem mee So eit Sand Saas Phe ik One ee He Bane eee eee et 1B of eetaruvo ox LerenaTURA merasTat revultantes da natwreza ainda moldével do leitor, o que pode reper- ftir em experimentalsmo inovador ou expanedo. dy tGenfess Tterérias © das vias natrativas. Des modo, 0 confto.vivide pel iteratura infant 6, em outeas palavtas, ents ser ou a0 ser Eta aio Sica ‘ectuazamene uo. dl feu reeebedor saa 1.2 Da producto & leitora inate Se ate hal Sater a ate ee iste i cia inda nao” literatura, Sea soll i at fo ee en cea Sha tars Saree ‘Sooo es cr Scr a ee eae ie [3h Sia ee a SLMS cee tds atm he alent (4 parteulrdade rma ger fundamental dese proceso de oounicgao ¢ a desigualdade entre os comunicadoreh and 6 lim lado 0 autor edulo' de outro or ila Ela de resp a sitapGolingte, coniiva, 20 sats tcl pore mentor 5 presuposios mais importants da deiguoldade. © emsor dv, ‘dior concientomentea demolito da daca presen, aoe A propio da asinine. Lver, Mari, Asyetiche Kommanikaton sk oblom sadener Rader eKits Anon &Znureuanee Bahra Lier far vile Gta, Vases en eee, ‘ba rnovucio A uerum 19 | aangar ne diepdo do vecebedor. Todos or meiosempregades elo ar para extaetecer woes comanicarse som olor fan pacers Serene sob denominao de edapicio <— Entetanto, & prio recnhecer que permaness # wnilter- [idea do proceso, fmt quant saperioidade«presnga mits |do"sdalto "Assim, seo» fatores de menorigade insrondade ‘am que 0 genero& agiltado nfo io dasonados pelor sons Vidoes mii, tenava de reprouair'@ cong. dees por [pate do esertor, aim de superar 8 assimetie mencionsda, com ere 0 texto numa Hosa, que reperte no enfaquecinento |a-forma csc, justia a aeusagso de simulero ox paca. erature tepima 0 desert, ‘A desiguldade etre 0 emissor& 0 hitor iterer, pois, no procedimento de esr. que maiz a inferéaia que ila 9 Shea un campo iimitado de elagla. Mais uma ver tansparece o°doalimo perencete 3 erature ‘afent, evidencado agora t fartr do exame de sun produio: visto fendmeno sab o ingulo Ae sa recepto, novasEwactersicns podem ser acesidas ele, ‘ue # eras infant nao pode prestndi dem resbedor desermindo, fol comprovado anterocmente: nfo apenas 8 emer- ffncia da infinca enquanto_publco ierensado, caecendo de {inhfermaclo, modvou © apeecineno do. geeio numa dada Soca, como eae sempre pide The fomecst vn subsio exten cla ecopativ inalcancévl pla edscaglo domestica ou exo Estas dust quatiiagSes tim" por sun ver, carter contado, ffletiado sspirgGer diversas, ado eniatr adulto edo benel liso eange, eforgendo. sss menconads, gerando. ‘Mapagioe cofigurando, de novo, una duslidade- De odo que, {b's penpestva do destinaténo, 0 gue ddl, fim de nfo desmente ow faliicar see nateza ‘Nesta media, oseilando 0 texto entre a ajuda intelectual, produto de sua elaboragio lterdria (histéia e dicurso), ¢ formasio pedagigica © moral —o ge pode muito bem acontecer to inferior de uma mesma narrativa —-, ele exibe 0 leltor a imagem de wma realidade concomitantemente soldésa e Snimign, Siar NSS, Op es p16, Gite Rohe cnn» ad ‘so edo meio. Cl, Kisnerna, Gate” Kinder nd fgendlitratrforschane Eine Einfuhrg.— Koln Wun Graz Bohiar” Wincachatiche Sibi, ECHR EEE Ee ere er CE Ge eprom reer Perec ee 20. 0 ESTATUTO OA LITERATURA como €o prio mundo ado ss insiuigies (ela, asit- tEncle meds itn te). Ese aepeco, po hn Se, pode tet coaliguradr de hseguranga, na medds om. que’ a0 ‘eobeder cabert uma tomada de desist dante de un abo que nie ape. Sena conteros denidos, nem bjeivos exlicios’ ‘hen ito, texto tcnarses tanto as inuitante, que pode penetra Inpanemente na peiacidade © mando it db WGtor —setores que a escola, por exemplo, nfo" ang Se opor, af seogracamente, a0 ae, xpeciaente, 40 lige ‘imo' Gaetan, seu dormioio’ (mrp), epee) dete ‘Asim, € por itermio\da Tete, Habito Wins soo que 2 abjaiiae da rang €vituainente vada, Bate rele Pode sr iguanente bio araves do tringuedo (outro proute fo apartment sede no selo 18, desorendo anew de Sstesto da tnincs) ou pelo jogs, mar comma deren, ste los 0 Ges ondat Ge ivenade doy props Partpanes, o que munca se passa com 0 Hoo, que € roti Prout e asbata Dest mo, se chr itera pode see tm hevizonte de ciatvidade feta enquntofstn, sole zandose como mundo info, embor rforee sua dfeenga or ‘uo ado, ela eprodu, por seu funclonameat, os conesnoe nie a tanga et realidte adi. E pode farélo-de mance afcente, porque aunge 0 Ago do"univeso inant la Gando ume inniade nem scape obda peor mas velbos, ¢ tem a se converter num hibit o de ict, © que € uma dss tetas piri do emino t da ate hier qe pred est mle teritntemente te proprio consumo, afm, o reulado deradero desta operacto de interim catze 0 texto ¢ su destnatrio & a Iniepasio dee 8 cates Tcguesa, Ter nasidoconterporancamente tala mvc de clase mide icenvar espiicdae da ifine come Strin = coaigio humans; meni un crite, pegepc, at transmiie valores © normas da socedade qe @ geou tadee fses aspects, jk menconadoe,comproray ese ines. tudo, bf ls Un ator carceisicmenteburgues que merece eocto —€ ge aerate inf! vile me apres oerztace dem novo habio, delet, e eae pra papbio. Es letra, enqiano pees itndia em fferentes Csinds sis e fais eta, nto 6 enqtant um proedinents 4 cbtensto de iformages cvian e acesel ttodan ae ‘aro cero, é uma soquia de scedade burguese do Sule ‘bk enoovgio A uerrume 21 do mercado editorial, acento do jor como Tamplogto ds fede ecole, 0 erescinento Ti camadaslfabetades — todos ets so fendmence ue ae car darante@ Tlumniswo, sen ota twos ssematagio PeeSiminiote tei, que jniard a prix socal, vlads & Sieagio do process cviuairio. 0” te trarsformowsc em Crometo de srg Sal de cide ge dence Dicer Bracke: "s Wure representa origiavianent & ate Bur pie ‘tum elemento a caltra burguesa”™, descrevendo & Egat on snas careers dst ade: rams bee, er depen dese Meet ant fs 6 acto momen el cdi, exano to apse a bite, trong dap i spree emai Mun tte rt aed hago so james deren deci ence ro ean sia fo a a roca ere come moon Nobo ee i Ml anand “Cure, do mado ome Eas el Era nos cao sae rae Ge DPE even comer rec iedara S os tte crane dnd carl bags Por iso, cabia ser difunddo 0 hibito de ler, 0 que, se pode. ser_compreendida como industialzagio da_culure,-significon ‘Gaimente sovalizagio Jo conhecimento, Ao intevir dietamente ‘ENContexo infant, tornndo-se um habito,o lio participa dese Re vptmo, traendo seu benefciiio pare a realidade que o prod Tia a dos adultos, com seus valores de consumo. De modo 2 letra, efeto. da convvéncia com a literatura infant sob $PSnca do destnatiio, incorpora a doplcidade que caraceriza ace eénetos sendo. propiciadora de conhecimento, compreensio ‘ie reaidade empires © até mesmo meio de experimentacéo desta Gissa €igualmente wm recurso para a intgracso do leitor mii JVoniénca burguesa, marca pla diotomia ene © aso © 3 ascenagao, 0 setor'do tabalho c privaidade, 2 atividade Seeetela eo laren, refogando 0 individualismo e o ‘solamente, frovessos que a cringe passa a vivenciar desde cedo, amen Diner Op cit. 9. 4. 22 © estaruro ou tarenavuRs meron 1.3. A Meratura infant ¢ 6 etor barguts reflexdo que procure abarcar a natureza peculiar da fanil-néo pode evitar a vrificagio dos primas dif reales e contraditrios que o género apresenta, Este € um dos tragos de sua relevincia, nao apenas porque se tata de uma espe arstiea singular e, enquanto tal, merece reconhecimento teric, mas tambim porgue ivoca & necessidade de wma. ponderagao Sobre as relagbes que estabelece, de otdem social, com 0 meio devonde proven c, etéica, com a definigio de literstira "Ao Se paricularizar seu conceito, mosta-se imprescindivel 0 recurso sla historia, uma ver que as condigies que deeretaram fea nascimento se iimprimem nos. prprios textos, aparecendo através do didatismo, da presenga de informagdes moralizantes & 4e veiculagdo de normas de percepcto estes, Assim, acaba por legar um horizonte de expectativas — ético e/ou estico — a ‘quem aio o tioha. este 0 limite externo do livo para jovens, sue nfo se liberta de uma indole teleaogic, origins no earser Dragmdtico e finaista da idelogia burguesa que patrocinow seu mento. Assume entdo tragos edueacioais,fazendo-re oti STormagio da cringe, ¢ eapturando-a. 10 transfor mar o gosto pla letra suma disposigio para 0 consume (o que fexplica sua aprorimecdo, por parte de alguns t6rieos, 4 cali de massas eA histria em quadrinhos) e para a aguisiedo de "Porém, na mesma proporcéo em que se autorimpse um alo, 1 lteratura infantil invoca um recebedor determinedo, cabendo-he tender seus interesses. Estes $40, primordialmente, o& ionamento diante do real, que se df a ele de modo fragment © descontinuo, E decsivo para a sobrevivncia do genero_ que ‘esponde 2 estas salicitagées por intmédio de suas singularidades literdvias: soa linguagem narrativa que acaba por organizar a perespedo-infantil do mundo, 0 que & negado a erianga tanto pela ‘escola como pela familia. Por ist, o texto precisa ser coerene « ero, sem o que alo cin cm 3 eects do. ioe. Cabe-ihe, pis, serIteatura,e nfo main pedagogia, ‘Nesta medida, podese dizer que o sucesso do Livro dependers de 118 orientagéo para o recebedor, desde que em termos Hterdrios ¢ arsticos, jamais educativos, comprovando a corespondénca simé- trea nos dois movimentos que conduzem 2 justifietva da exis téncia do lvro para a inflncia; da produgée para a recepeéo, da A tavenaruns DvFan. © 0 Lemon wutouis 23, deggie paras Ieatre, Deste moo, definese uma metodo- Toga'ce taba somente oma centazarfo 10" desinatiro ‘Manca, qvanda da comprensSo da aatreza do sje ds recepefo "dete relagto com a eratuna ou quando do exame ds exon, feptima uma abordagem da Heraar infant "R questio da attonomia desta modaldade Kerra decome desta conclaso,jque aa epeiidade vince 0 relcions Stent peculiar mano com o itor, qe Mo pode ser produto ‘mom por otra aiviade, nem pels arte ds pale co utes Tima eras, Pore igisente exe flo restabelece sun unidade ‘oma lear, mae de onde detocam os Ueros infants Gra Yer que a dusiiade de orem Heri ndo somente € una Maceshdode intasecn, enguanto astoafrmagio do. gener, camo Cimbém a congo de enfraguciment a Inelinng pelagic. {Como aqelasomente provid de una reallagso miméicae vee Sm de aco om o posado de teria 6a Heratara,torneae SMlsnte que tai cig apenes podem ser considera bens, Se verde nam representa. — "A conuigo de verdade malt cma ver permite a rtomada do s mensagem verbal ceatra-se fm si propria um arranjo Iidico de sons. Por iso, a cianga i az, para a escola, uma experéncia Hingitica que, em sts funcionaidade, € podtica. A apresentagio da poesia infantil na fscole poderia dar continuidade & uma experiénca por ela iniciads logo, desprezada no proceso de aprendizagem'. A. apresen- faglo dos textos literrtos em sala de aula € fea com total ‘esconsideragdo pela sonordade; esquece-se de que @ oraidade & fr fonte da Itertura infantil © que as crianga, antes Ga alfabei> {agho,iniiaram un contato iterdrio mediado por um leitor que {ransmiia oralmeate © que li 1 idatsmo. que orienta 2 manipulagéo dos textos na escola 6 responsével pela isensiblidade ao poético manifestada na aitude ‘de desinterese do aluno, Depois de experignca escolar, as ctian- fs precsim ser reconduzidas ao prazer da espontancidade poste, Trlapagio de Oucomo, Moria Theres Casha de, Contr «coms ra ina” Pe einem EE, BI. Sm SEL IRonGow, Roman, Lingiios ¢ camualeapo. io Palo, Coltri, pronislio, Wem, Ruth. Ppng with langnoge. Te: Bauxen, J. Ss fouls? Rowena, eed Py "er sele on development and erltion {Sadon,eoptin, 978.610 "Peguetermente se encase Jom lin vrs mime cones) Em nae ‘Bericht gande numero Se jou com o som ch pli, €or a ai cdeidmente,'ecacntace, Retomando a fuged Hsueh BEtaktali® tems ous el came a fmraoodca de ngagem "0 a0 se tigen aon etn nemo posi si com 0 owen Tus ite anal pr okobom ao ¢ un pova, mat eles is i fmt de fnguagem en eae 0 tterenca € secant. Hs on es Piece eats om rc cat eats Retngatss, ee cum sukotlnnbs A fangSo pose 30° 400 » nucusio vereninn erfido ence a apendizagso dt. ramdtion da gus portouesh Fo exert fneretativa do tio o-qve-oautonqserdnet © testo Ierdrio€ uado como modelo de fabildade na manipulasso Ga lingua alcngada por determinados autores "A. talaglo. ¢ tstinade como istmento de sprendiznge da norma ge thea Se sprodisemos te cerca dos textos © aufores mai intensamente presets nos los escolar, conlamos logo que ks omg op aoa i Gur dat pe Sura separa o sso dos propridaes a inguagem, ignorando ue o deo €deteminadoe exutrado pla Ingeagem © que © omen nko exit ore dela. TEnbora resto 0 admero de tives de poesia infant na Ineratura bra, exstem textos co Tmo snore e semanco mmercoem consideregio por se suc nim pont expetco dx ‘pentcis ings erence e srvem de cap infrmedsin fatre o ogo sonoro ea expentncia era, ‘Una compos {qe apreteta as cratvsieas € "A ches do Chto lucha" 1 Na ehdeara de Chico Bolcha 3 nen se achat 4 Quondo chove mio, 5 0 Chico bince de barco 6 porque a chara vir ehaco 1 Quando nao chove ned Chico wabatha com a ensada 3 6 logo se machuce 10 © ea de mao inchade 11 Por iso, com & Chico Bolacha 13 mca ae acho 14 Disem que chicara do Chico 15-15 tem mesmo chuche 16 Cum cachorinho oxo 17 Que ve chama Cosa, tamss, Ceca. Ou io ov agi Ria de Sane, Ciizaso Bra © Lwonn DA oss 31 1 porque nao ache 30 Coitde do Chico Rolache! (© poeina explora exaustivamente a aliterapdo da frcaiva palatarsurda representada pelos grafemas /ch/ © /x/. A reteragao ‘esse fonema em um mesmo verso ocorre nes vesos I, 6, 8, Ul, 1a, 15, 16, 17 € 20; 9 mesmo ovorte uma vez mos versos 3, , 5 Fr'9, i0, 13 e 19. Portanto, devessete entze vines versos ape: ‘alam uma smilaridade sonora causada pela reiteragio repular de Unidades equivalentes” Outro foaems fricativo €repetido no texto: fo /s/,Estt presente nos Yerss 2, 3,9, 11,12, 13, 15, 17 ¢ 18, ‘A rede’ acistcn tecida pola composicéo Langa. mio ‘de vérios recutsos, como ria, Herads, que se repete dentzo do mesmo ‘ets, como no verto 5, Palavas tenminadas pela mesma slab, {siaba oa, ocorrem cinco vezes, nos versos 3, 5, 9, 10, 13; pale ‘ras terminadas pela slaba co ocorrem of Vezes, conforme os Yersos 1.5, 6 & 11, 14, 20, considerando-se a rima iterada do ‘ets 5, Aléa dio, a sflabas ca eco surgem 0 iniio e n0 meio dls palavea, totalizndo vinte e ma ocorténcas. O paraelsmo Sonoro envoivido na estratura do verso € claramentepereebido ‘© jogo entre som e significado se 4, de forma especial, nds versos 8 10 odm as hombnimas homéfones enxada e inchada {que formam a rima empsrehada da tercera estrofe. © parsle- tismo de sentido se 6 na primeira estrofeeatre procura, verso 2, acho, vero 3. Na segunda esirfe,entfe chove, barco © charo. ‘a tereia estrofe apresenta dois paraelismos: trabalho © enxadat ‘machuea e inchada. Entre s seginds © a terceiza estrofe hi um patalelsno pot antinomia nos versos 4 e 7: mito ¢ nada, {Quarta esttofe repete 0 pasteliomo de sentido da primeire. Na (Gintaestole as palavess chicora e chuchu fazem a aproximacio EeNentido e-a titima estrofe retoma, com modficagio do modo Yerba 0 paralelismo da primeira e da quara este ‘Deverse considerar que a equvaléaca de som na seqiicia implice ina eguvalenciasemntice, pois as palavras de som emelhante provocam uma ascociagio de sentido. A similridade Sonora £ colada com a semelhanga ou dessemelhanga de sentido, Tigando-se a uma. “conexio fenomenal entre diferentes, modos feosoiais, em particular entre 2 experiéacia visual e euditva” joxoason, Roman, Op. cit, p15 32 2000 & oewgio rrendnta Bem préxima ds sonorade dis camigns de rods e dos jogos de pales ifets ea a compen. sce En um Tudo cesprencopado com # enidde Go iformas senna do ver, aorta o mundo seiso coo pide seb ‘mundo pensao. A slo © composga da pls ni esto de acordo com or adie convenionas dt Roguagen, poaue importa mais o jogo de inguagem saves do quel a connee des cobre ese familrzn com sonra dingo enguano descobre sues posses combina Se a escola etcece ma roptra ene 0 liso infant € 4 iniciao no cago verbal ctto, «pos infant parece sterecer um rein de remear« rusia pasagea uma Sxpertnn a oat. ‘Componiger como *A chert do. Cio Bolsa” ss ret para igo de cinga 20 mando Te rio: sea‘ hn 00 oid, ofrec 4 oprtnidade de brner Com a lingua e deen ss posbindes Texts como este So poucy aproeador pelo Hos digo. ‘De manera geal, op lor de comuniasio © expresso do primer gra inci a gs com um test. A possi ve ast fea poise condos gramatiar« ox exes inerprttivs 4s eqiencia se poiam'na composkio de abertra, Sencar ‘cio de monagem enigs excl Ge im mimeo comer textos para ters o lvo itcn. Amar parte ds autres rocuta equa os fagmenoe nation com companies ers, © abi 4 sleio sprecents elder cape, Porge owes autores naconas calvarem 0 seer, Disrte deur fu, quom sib, para evar incisto, Ge apenas dls ute flores na anfologia do lio, a seleie day composcbes em ‘ers parece, algunas veze ter crea pens pels ett Tact tsi eimca de fats elcraday, vada de pst Hades espera ge as cise tram, Com tegen, © conjnto do stores slconads pa 8 inodcto do slna a ada de leturn ao dsorme, usta dksconcevtane: autores famiarzads com a manpage presto verbal © com stents do sentido 20 ado dienes Sivos scomuiadore psi, Ne verdade, poeta Sten brasileira vive 8 sombra-de om sande nome Cetin Mele,

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