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Álvaro Cunhal
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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18,9 / 100,0
Álvaro Barreirinhas Cunhal (Coimbra, 10 de
Novembro de 1913 – Lisboa, 13 de Junho de 2005)
Álvaro Cunhal
foi um político e escritor português, conhecido por
ser um opositor ao Estado Novo, e ter dedicado a
vida ao ideal comunista e ao Partido Comunista
Português (PCP). É descrito como uma das maiores
personalidades políticas e intelectuais de Portugal
do século XX, assim como do movimento comunista
internacional.[1]

Biografia

Infância e juventude

Álvaro Cunhal nasceu em Coimbra a 10 de


novembro de 1913, na freguesia da Sé Nova, filho de
Avelino da Costa Cunhal (Seia, 28 de outubro de Álvaro Cunhal
1887 – Coimbra, Sé Nova, 19 de dezembro de 1966) Secretário-Geral do Partido Comunista
e Mercedes Simões Ferreira Barreirinhas (Coimbra, Português
Sé Nova, 5 de maio de 1888 – Lisboa, 12 de Período 31 de março de 1961
setembro de 1971).[1] Era o terceiro de quatro a 5 de dezembro de 1992
irmãos: António José (Coimbra, 1909–1933), Maria
Antecessor(a) Bento António Gonçalves
Mansueta (1912–1921) e Maria Eugénia
(1927–2015).[2] A família mudou-se para Seia Sucessor(a) Carlos Carvalhas
quando Cunhal tinha três anos.[3] Aí, não frequenta Ministro de  Portugal
a escola primária, dada a violência dos professores, Período I, II, III e IV Governos
e passa a estudar no próprio lar com o pai, que era Provisórios
advogado e escritor, e desde 1918 exercia o cargo de
administrador do concelho.[4] ▪ Ministro sem pasta
Deputado na Assembleia da República

"Em Seia fui o primeiro dia à escola e Período 1976, 1980, 1983, 1985
aquilo era um espetáculo de selvajaria, a Dados pessoais
darem violentas palmatoadas e reguadas Alcunha(s) Duarte, Manuel Tiago, António
aos miúdos. Naquela escola era assim a
Nascimento 10 de novembro de 1913
educação. E eu saí da escola e fui para Coimbra, Portugal
casa, contei ao meu pai o que vira e
assim não fui mais à escola." Morte 13 de junho de 2005 (91 anos)
Lisboa, Portugal

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Cunhal foi batizado a 5 de maio de 1919 na igreja Cônjuge Isaura Moreira (c. 1960–65)


matriz de Seia; o padrinho de baptismo foi o seu
irmão António José, de 10 anos, e a madrinha foi Fernanda Barroso (c. 1980;
Nossa Senhora da Conceição.[5] v. 2005)

Enquanto criança, acompanhava a mãe todos os Filhos 1


domingos à igreja, que tinha um pensamento e
modo de vida religioso. O pai, que tinha um Partido Partido Comunista Português
pensamento liberal, esteve na origem da sua Profissão Escritor, pintor, político
"personalidade irreverente e criativa". O pai
denunciava depreciativamente os títulos feudais, algo que se refletiu nos seus contos, e, noutra
obra, denunciou a amizade entre um padre e um velho fidalgo a respeito do vício dos jogos de azar
e da bebida.[6] Eugénia Cunhal, não obstante a omnipresente rejeição deste mundo na vida política
de Cunhal, falou da "abertura de espírito do pai" quando este "mostrava aos filhos o Antigo
Testamento e apelava a que cada um formasse a sua própria consciência".[7] O republicanismo do
pai fomentou na personalidade de Cunhal um sentimento de "solidariedade social" e de
"insubmissão política".[8] Tanto Álvaro como Maria Eugénia Cunhal irão mais tarde rejeitar a
religião.[6][9]

A sua irmã Maria Mansueta morre a 13 de janeiro de 1921, aos nove anos, de tuberculose, e um ano
depois Avelino Cunhal torna-se governador civil do distrito da Guarda.[10] Em 1924, a família
muda-se para Lisboa,[11] inicialmente para a Rua Pinheiro Chagas, onde nasce Maria Eugénia em
1927.[12] Mais tarde mudam para uma casa maior em Benfica, na Avenida Grão Vasco, quando
António já está muito enfermo.[13] A necessidade de mais espaço devida à contagiosidade da
tuberculose terá sido um catalizador na mudança de casa.[14] António José morreria ao 24 anos,
em 1932, de tuberculose e gangrena pulmonar.[15] Após a morte do irmão, a família muda-se de
novo para o centro de Lisboa, primeiro para a Avenida 5 de Outubro, e depois para a Avenida
Miguel Bombarda, local onde Avelino e Eugénia seriam anos mais tarde presos pela PIDE.[14]

Após mudar-se para Lisboa em 1924, fez o exame de admissão ao Liceu Pedro Nunes.[16] Em 1929,
transferiu-se para o Liceu Camões.[17] Jogava futebol como ponta-direita, xadrez, damas, cartas, e
praticava atletismo, além de tomar parte da publicação de livros infantis.[17] O que ganhou do
atletismo ser-lhe-ia útil ao passar à clandestinidade, pois tinha de percorrer milhares de
quilómetros de bicicleta para falar com pessoas do partido.[17]

Acabou o liceu com uma média de 13 valores, e entrou na Universidade de Lisboa, no curso de
Direito em 1931, pouco após dos dezoito anos. Aqui tem o primeiro contacto com o Marxismo, e
um contacto paulatino com o Partido Comunista Português (PCP) através de livros e jornais.[18] No
PCP, teve como principal referência política e mentor Bento Gonçalves.[19]

Carreira política
Cunhal declara-se comunista aos dezassete anos, e contacta o PCP através das organizações
periféricas por volta de 1931.[20] A sua entrada formal no Partido deu-se nos finais de 1932, através
da ala jovem do PCP recentemente criada — a Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas
(FJCP) — ao qual chegou a secretário-geral em 1935, com 21 anos, utilizando o pseudónimo Daniel.
[20][21] Envolveu-se também numa intensa atividade em outros organismos e organizações
periféricas do Partido, como o Socorro Vermelho Internacional, a Liga Portuguesa contra a Guerra
e o Fascismo, os Grupos de Defesa Académica, a Liga dos Amigos da União Soviética e por fim a

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Federação das Juventudes Comunistas, através da qual seria convidado a filiar-se no PCP em
outubro de 1934.[22][23]

"A minha opção já estava feita e quando entrei na Faculdade [de Direito] procurei os
comunistas para me filiar no Partido. As leituras começaram a trazer-me notícia da
Revolução Russa, da luta dos comunistas e do marxismo, comecei a ter uns livros à
mão a esse respeito, um pai muito respeitador, homem de espírito aberto e
democrático, e portanto foi fácil"[18]

Ao longo da década de 1930, colabora com vários jornais e revistas como a Seara Nova, o O Diabo,
Vértice e Sol Nascente, e nas publicações clandestinas do PCP, o Avante! e O Militante, com vários
artigos de intervenção.

Clandestinidade e prisão

Em 1934 é eleito pelo núcleo comunista presente, representante dos estudantes no Senado da
Universidade de Lisboa. Em 1935, com 22 anos, viaja clandestinamente para Moscovo, União
Soviética (URSS), no âmbito do Congresso Internacional das Juventudes Comunistas e, no ano
seguinte, participa dos primeiros cinco meses da Guerra Civil Espanhola ao lado dos comunistas
espanhóis.[24][25]

Álvaro Cunhal adquiriu uma influência crescente no PCP após a prisão de Bento Gonçalves, José
de Sousa e Júlio Fogaça, em 1935, e a ascenção à liderança temporária de Francisco de Paula
Oliveira, de pseudónimo Pável.[26] A sua vida na universidade passou a ter uma essência política,
passando a aluno voluntário na sequência da reprovação do primeiro ano universitário.[27] As
ações do PCP levaram Cunhal a sofrer um perigo constante e sempre presente, havendo o perigo de
ser denunciado à polícia política, de ter a sua casa assaltada, de ser preso e torturado, e também
para a sua família — os pais e a irmã.[27] O fortalecimento da ligação ao comunismo fez com que o
receio destes perigos aumentasse, mas nunca fez com que as suas atividades revolucionárias
parassem.[28] Assim, os contactos com a família tornam-se menos frequentes.[24] Em 1936, após a
visita à URSS, é indicado pelo PCUS para o Comité Central do PCP.

Devido aos seus ideais comunistas, à sua assumida e militante oposição ao Estado Novo e à acção
violenta perpetrada por movimentos afectos ao partido, esteve preso entre junho de 1937 e julho de
1938, entre maio e novembro de 1940 e entre março de 1949 e janeiro de 1960, num total de 15
anos, oito dos quais em completo isolamento.[29]

Foi preso pela PVDE pela primeira vez em junho de 1937, numa armadilha de um provocador
infiltrado, quando estava a difundir em Lisboa panfletos pró-URSS.[21][24] Passa dois meses na
Prisão de Aljube, incomunicável, e aí é sujeito a tortura. A mãe visitou-o enquanto estava na prisão,
e, como Cunhal tinha sido espancado, levou as suas roupas, todas ensaguentadas, para lavar.[24]
Transferido para Peniche, é libertado em 1938 e obrigado a cumprir o serviço militar na
Companhia Disciplinar de Penamacor.[25] Aí entra em greve de fome por duas semanas, e é em
seguida enviado para o Hospital de Coimbra.[21]

Em 1940, a cumprir pena de prisão pela segunda vez, Cunhal é escoltado pela polícia à Faculdade
de Direito de Lisboa, onde apresenta a sua tese da licenciatura em Direito, preparada e concluída

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na cadeia, sobre a temática do aborto e a sua despenalização, tema pouco vulgar para a época em
questão. A sua tese, apesar do contexto político pouco favorável, foi classificada com 16 valores. Do
júri faziam parte Paulo Cunha, Manuel Cavaleiro de Ferreira e Marcello Caetano.[5][30][31] Depois
de solto, em 1941, trabalha como regente de estudos no Colégio Moderno, a convite de João Lopes
Soares; em dezembro desse ano entra de novo na clandestinidade, sob o pseudónimo Duarte e
assume informalmente a liderança do partido em 1942, com José Gregório.[21][25][26]

O I Congresso Ilegal do PCP, em 1943, tem como informe fulcral a apresentação de Unidade da
Nação Portuguesa na Luta pelo Pão, pela Liberdade e pela Independência, no qual Cunhal dá
grande importância ao contexto político internacional de vitória ou derrota dos fascismos como
sendo essencial para destituir Salazar. Apresenta ainda um segundo relatório, A Actividade do
Grupelho Provocatório.[26]

Avelino Cunhal é preso pela PVDE, em 1945, e, com o objetivo de montar uma armadilha a Álvaro
Cunhal, a sua casa foi ocupada por agentes dessa polícia secreta.[14]

Em Julho de 1946 dá-se o II Congresso Ilegal do PCP na Lousã, o quarto da sua história e primeiro
fora de Lisboa. Aí, Cunhal regista o rápido crescimento do partido, e recomenda a descentralização
e delegação de funções para aumentar a eficácia e o alcance do partido.[26] Promove ainda a ideia
de derrubar o fascismo através de levantamento nacional, reconhece o Movimento de Unidade
Democrática (MUD) como via legal de oposição a Salazar, e dissolve a FJCP em favor do MUD
Juvenil.[26] Aqui faz também declarações de defesa da igualdade de género, e acerca da criação de
células mistas para combater o machismo patente na sociedade do Estado Novo, o que vai catalizar
a criação do jornal clandestino 3 Páginas, sob a direcção e iniciativa de Cândida Ventura.[26] Neste
ano, Cunhal publica o panfleto "Se fores preso, Camarada...", que serve de guia ao comportamento
que os militantes do PCP devem ter se capturados, e que terá contribuído para uma maior
dificuldade em obter confissões, por apelar ao sentido de camaradagem, responsabilidade e
dever.[26]

Cunhal viaja clandestinamente por barco em direcção à Jugoslávia, e depois à URSS,


Checoslováquia e França em finais de 1947, para reatar a ligação do PCP ao Movimento Comunista
Internacional, de quem o partido se tinha afastado. Desloca-se posteriormente a Moscovo, onde é
recebido por Mikhail Suslov.[25][26]

A 25 de março de 1949, Cunhal é apreendido na casa clandestina no Luso, com Sofia Ferreira e
Militão Ribeiro.[32] É levado para a sede da PIDE no Porto, na Rua do Heroísmo.[33] Julgado no
ano seguinte, condenado a dois anos de prisão maior celular e 8 anos de degredo.[29] É mantido
incomunicável durante catorze mesees, e passa oito anos em total isolamento, na Penitenciária de
Lisboa; será transferido para a Prisão de Peniche em 1958.[21][25]

Em 1953, desenvolvera-se um movimento internacional de solidariedade apelando à sua libertação,


que conta com Jorge Amado e Pablo Neruda; este último dedica-lhe o poema "Lámpara
Marina".[25]

Em 1956, Cunhal pede exílio legal num requerimento feito ao Ministro da Justiça, ao abrigo de um
diploma de 1926 que estabelecia essa possibilidade. O pedido é recusado pelo Estado Novo.[29]

Na prisão, como forma de passar o tempo, dedicou-se à pintura e à escrita. Uma das suas
produções mais notáveis aquando da sua prisão, foi a tradução e ilustração da obra Rei Lear, de
William Shakespeare,[34] contando-se também os romances Cinco dias, cinco noites e Até amanhã,

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camaradas, que editaria sob o pseudónimo de Manuel Tiago.

Fuga de Peniche

A 3 de Janeiro de 1960, Cunhal, juntamente com dez outros camaradas, incluindo Carlos Campos
da Costa, Francisco Miguel Duarte, Francisco Martins Rodrigues, Guilherme Costa Carvalho,
Jaime Serra, Joaquim Gomes, José Carlos, Pedro dos Santos Soares e Rogério Carvalho, todos
quadros destacados do PCP, leva a cabo a célebre Fuga de Peniche, possível graças à cumplicidade
de um guarda do regime, a um planeamento rigoroso e a uma grande coordenação entre o exterior
e o interior da prisão.[35]

O exílio

Torna-se em março de 1961 secretário-geral do Partido Comunista Português, sendo o sucessor


oficial de Bento Gonçalves, que morrera em 1942, e substitui de facto Júlio Fogaça, preso neste ano
e mais tarde expluso do partido (Cunhal terá este cargo até 1992, quando é substituído por Carlos
Carvalhas).[5][26] Parte em Setembro para o exílio na União Soviética, devido ao risco de uma
quarta captura poder levar a prisão perpétua, e aí participa no XXII Congresso do Partido
Comunista da União Soviética.[29][36] Estabelece ligações com os principais líderes do movimento
comunista internacional, e cria pontes políticas com a oposição anti-salazarista (socialistas,
liberais, católicos, republicanos e monárquicos).[21]

Ainda em 1962 é enviado pelo Partido Comunista da União Soviética (PCUS), primeiro para
Moscovo, depois para Paris. Reúne-se em 1963 em Argel e Praga com Humberto Delgado, e com
movimentos independentistas das colónias portuguesas, no âmbito de sessões da Frente Patriótica
de Libertação Nacional (FPLN), criada em Roma em 1962, na Conferência das Forças Antifascistas
Portuguesas, que conta com Cunhal, António Lopes Cardoso, Fernando Piteira Santos, Francisco
Ramos da Costa, Manuel Sertório, Manuel Tito de Morais, e Mário Ruivo.[36] A organizaçao tem
sede em Argel desde 1963.[37][38][39]

Em setembro de 1965 organiza-se o primeiro Congresso do PCP fora de Portugal, em Kiev, no qual
Cunhal reitera a intenção de retomar a linha do derrubamento da ditadura através da luta popular
armada, com o informe "Rumo à Vitória - As tarefas do Partido na Revolução Democrática e
Nacional".[26][29]

Em 1968 Álvaro Cunhal preside à Conferência dos Partidos Comunistas da Europa Ocidental, o que
é revelador da confiança que já nessa altura detinha no PCUS. Para tal não terá sido indiferente o
ter-se mostrado um dos mais veementes apoiantes da invasão da então Checoslováquia pelos
tanques do Pacto de Varsóvia, ocorrida nesse mesmo ano, e que provocaria uma cisão entre os
comunistas portugueses que, exilados em Praga, se insurgiam contra Moscovo.[29] Entretanto, foi
condecorado com a Ordem da Revolução de Outubro pelo PCUS.

A partir de 1966, a apesar de Cunhal inicialmente rejeitar a ideia da necessidade de violência de


esquerda, dá-se início à criação do braço armado do PCP, Acção Revolucionária Armada (ARA).
Efectivo desde 1970, com militantes treinados em Cuba, tem uma existência curta, suspendendo
actividades em 1973, depois da captura dos seus principais operacionais e o retorno à fomentação
estratégica do movimento de massas pelo PCP.[26] Em 1972, reune-se com Mário Soares, por forma
a discutir opções para o combate ao regime fascista.[40]

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Após o 25 de abril

Cunhal está em Paris no dia 25 de abril de 1974; regressa a


Portugal cinco dias depois. Do aeroporto da Portela, vai
directamente reunir-se com António de Spínola, Presidente
da Junta de Salvação Nacional. Nesse mesmo dia, passeou
de braço dado com Mário Soares, por Lisboa.[21]

Foi ministro sem pasta no I, II, III e IV governos


provisórios e também deputado à Assembleia da República
entre 1975 e 1992. Álvaro Cunhal, comício do PCP/APU no
Porto em Setembro de 1980
Em 1982, tornou-se membro do Conselho de Estado,
abandonando estas funções dez anos depois, quando saiu
da liderança do PCP.

Em 1989 Álvaro Cunhal foi à URSS para ser operado a um


aneurisma da aorta,[5] sendo recebido em Moscovo por
Mikhail Gorbatchov o qual o agraciou com a Ordem de
Lenine.[42] Nos últimos anos da sua vida sofreu de
glaucoma, acabando por cegar.

Em 1992, no XIV Congresso do PCP, é sucedido enquanto


secretário-geral do partido por Carlos Carvalhas, e torna-se
presidente do Conselho Nacional.[21] Álvaro Cunhal na República Democrática
Alemã a 22 de Outubro de 1982.

Vida pessoal
Álvaro Cunhal manteve sempre grande privacidade relativa
à sua vida pessoal. Rejeitava o culto de personalidade,
recusando escrever autobiografias, e raramente concedia
entrevistas. O uso de heternónimos ajudou a manter o
mistério relativo aos seus anos na clandestinidade.[21] Em
razão das qualidades do coletivo face às individualidades,
rejeitou que a sua imagem fosse utilizada nas campanhas
eleitorais do PCP:[1] Entrevistado pelo jornal Pravda, em
1962:

Álvaro Cunhal e outros dirigentes


"Interrogam-me muitas vezes sobre a minha
comunistas no Porto, a 5 de maio de
vida. Gostaria de dizer o seguinte: a minha vida
1982, presentes no desfile e funeral de
é inseparável da vida de todos os comunistas de
dois manifestantes mortos pela polícia
Portugal"
de choque na véspera do 1.º de Maio.[41]

Família

Conhece em 1960 Isaura Moreira numa casa clandestina no Penedo, em Sintra. Da relação nasce a
25 de dezembro de 1960 uma filha, Ana Maria. Quando Cunhal parte para a União Soviética, a

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família junta-se a ele em Moscovo, até se separarem em 1965, ano em que Isaura e Ana viajam para
Bucareste.[21]

Nos últimos 25 anos de vida viveu em relação com Fernanda Barroso.[43]

Além das suas funções na direcção partidária, foi romancista e pintor, escrevendo sob o
pseudónimo de Manuel Tiago, o que só revelou em 1994.[21]

Morte
Faleceu em 13 de junho de 2005, em Lisboa. Na data do seu funeral, 15 de junho, recebe honras de
Estado e é decretado luto nacional. Mais de 250 000 pessoas participam no cortejo fúnebre, que
inclui homenagens do Presidente da República, Jorge Sampaio e Fidel Castro[44][45] Por sua
vontade, o corpo foi cremado no Cemitério do Alto de São João, ao som da Internacional Socialista
e do Hino Nacional.[21]

Centenário do seu nascimento


No ano de 2013 comemorou-se os centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, através de
iniciativas que percorreram a sua vida política, cultural e artística, bem como exposições em sua
homenagem, relembrando a sua importância para a liberdade e a democracia conquistadas em
Abril de 1974.[46]

Resultados eleitorais

Eleições legislativas

Circulo
Data Partido Posição Cl. Votos % +/- Status Notas
eleitoral
1º (em 240 Assembleia
1975 2.º Eleito
55) 095 Constituinte
PCP
1º (em 260
1976 2.º Eleito
58) 554 2,9
1º (em 341
1979 2.º Eleito
56) 658 4,2
1º (em 304
1980 Lisboa 3.º Eleito
56) 693 2,9 Secretário-Geral
APU
1º (em 320 do PCP
1983 2.º Eleito
56) 066 2,1
1º (em 258
1985 3.º Eleito
56) 808 5,2
1º (em 203
1987 CDU 3.º Eleito
56) 263 3,6

Obras publicadas

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1974.
Colectâneas ▪ 4.ª ed., Lisboa: Edições Avante!, 1979.

▪ Obras escolhidas. Lisboa, Editorial ▪ «A questão do Estado questão central de


«Avante!»: cada revolução (http://www.hist-socialismo.c
om/docs/ACAQuestaodoEstado.pdf)» in O
▪ Volume I (1935-1947), 2007. ISBN Militante n.º 152, novembro de 1967.
978-972-550-321-8. ▪ A Questão Agrária em Portugal. Rio de
▪ Volume II (1947-1964), 2008. Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1968.
▪ Volume III (1964-1966), 2010. ▪ Reeditado após 1974 como Contribuição
▪ Volume IV (1967-1974), 2013. Para o Estudo da Questão Agrária.
Lisboa: Edições Avante!, 2 vols.,
▪ Volume V (1974-1975), 2014. 1976.[1] (https://www.marxists.org/portu
▪ Volume VI (1976), 2015. gues/cunhal/ano/agraria/index.htm)
▪ O Radicalismo Pequeno-Burguês de
▪ Coordenação, prefácio e notas de
Fachada Socialista. Lisboa: Edições Avante!
Francisco Melo.
▪ Texto do prefácio (http://www.dorl.pc ▪ As duas primeiras edições, em 1970 e
p.pt/index.php/combatentes-hericos- 1971, foram clandestinas.
menumarxismoleninismo-108/alvaro- ▪ A 3.ª edição foi publicada em 1974.
cunhal/855-prefcio-s-obras-escolhida
s-de-lvaro-cunhal) do primeiro ▪ A superioridade moral dos comunistas.
volume da obra. Lisboa: Edições Avante!, 1974.
▪ A Revolução Portuguesa: O Passado e o
Intervenção política e ensaio Futuro. Lisboa: Edições Avante!, 1976.

▪ «Numa encruzilhada dos homens (A- ▪ A 2.ª edição, de 1994, inclui o artigo A
propósito das "Cartas Intemporais" de José revolução portuguesa 20 anos depois.
Régio publicadas na «Seara Nova» nºs. 608 ▪ As Lutas de Classes em Portugal nos Fins
e 609) (http://ric.slhi.pt/Seara_Nova/visualiz da Idade Média. Lisboa: Editorial Estampa,
ador/?id=09913.028.015&pag=5)» in Seara 2.ª edição, revista e aumentada, 1980.
Nova n.º 615, 27 de maio de 1939.[47] ▪ O Partido com Paredes de Vidro (http://ww
▪ «Ainda na encruzilhada (http://ric.slhi.pt/Sea w.pcp.pt/sites/default/files/documentos/parti
ra_Nova/visualizador/?id=09913.029.008&p do_com_paredes_vidro.pdf). Lisboa:
ag=11)» in Seara Nova n.º 626, 12 de Edições Avante!, 1985.
agosto de 1939.[47] ▪ Discursos Políticos
▪ O Aborto: Causas e Soluções (tese
apresentada em 1940 para exame no 5.º ▪ 22 volumes editados entre 1974 e 1987
ano jurídico da Faculdade de Direito da ▪ «A Revolução de Abril 20 anos depois (http
Universidade de Lisboa). Porto: Campo das s://www.dorl.pcp.pt/images/classicos/cunhal/
Letras, 1997. ac199402_abril.pdf)» in Vértice, n.º 59,
▪ «Cinco Notas sobre Forma e Conteúdo (http março-abril 1994.[47]
s://www.marxists.org/portugues/cunhal/1954 ▪ Acção Revolucionária, Capitulações e
/09/notas.htm)», in Vértice n.º 131-132, Aventura. Lisboa: Edições Avante!, 1994.
agosto-setembro de 1954.[47]
▪ A Arte, o Artista e a Sociedade, Lisboa:
▪ Rumo à Vitória: As Tarefas do Partido na Editorial Caminho, 1996. ISBN
Revolução Democrática e Nacional. Edições 972-21-1068-3.
Avante!, 1964.
▪ As duas primeiras edições da obra são
clandestinas.
▪ 3.ª ed., Porto: Edições "A Opinião",

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▪ A Verdade e a Mentira na Revolução de ▪ Os Corrécios e Outros Contos. Lisboa:


Abril: A Contra-Revolução Confessa-se. Edições Avante!, 2002.
Lisboa: Edições Avante!, 1999. [2] (https://w ▪ Lutas e vidas: Um Conto. Lisboa: Edições
ww.marxists.org/portugues/cunhal/1999/ver Avante!, 2003.
dade/index.htm)
Artes Plásticas
Literatura Autor de vários romances e
novelas, publicados sob o pseudónimo de
▪ Capa e desenhos da 1.ª edição de Esteiros,
Manuel Tiago. de Soeiro Pereira Gomes.
▪ Até Amanhã, Camaradas. Lisboa: Edições ▪ Desenhos da Prisão - I e II. Lisboa: Edições
Avante!, 1974. Avante!

▪ Adaptado como série televisiva pela Traduções


SIC.
▪ Cinco Dias, Cinco Noites. Lisboa: Edições ▪ Shakespeare, William. O Rei Lear. Lisboa:
Avante!, 1975. Editorial Caminho, 2002 (1.ª edição desta
versão). ISBN 972-21-1485-9
▪ Em 1996 foi produzido um filme
baseado nesta obra pelo realizador José A primeira publicação desta tradução fez
Fonseca e Costa. parte do volume inicial da colecção Obras
de Shakespeare,[48] que também incluía
▪ A Estrela de Seis Pontas. Lisboa: Edições as peças Romeu e Julieta, traduzida por
Avante!, 1994. Luís Sousa Rebelo, e Sonho de uma
▪ A Casa de Eulália. Lisboa: Edições Avante!, Noite de Verão, traduzida por Maria da
1997. Saudade Cortesão.
A tradução foi realizada entre 1953 e
▪ Fronteiras. Lisboa: Edições Avante!, 1998.
1955, quando Álvaro Cunhal se
▪ Um Risco na Areia. Lisboa: Edições encontrava detido na cadeia de Lisboa[49]
Avante!, 2000. A publicação foi feita sob o pseudónimo
▪ Sala 3 e Outros Contos. Lisboa: Edições de Maria Manuela Serpa.[50]
Avante!, 2001.

Ver também
▪ Estado Novo
▪ Oposição à ditadura portuguesa
▪ Revolução dos Cravos

Referências
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2. Cunha 2020, p. 21.
3. Cunha 2020, p. 57.
4. Cunha 2020, pp. 34,40.
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6. Cunha 2020, p. 38.
7. Cunha 2020, pp. 38-39.
8. Cunha 2020, pp. 41.

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11. Cunha 2020, pp. 22-23, 38.
12. Cunha 2020, p. 24.
13. Cunha 2020, p. 34, 44.
14. Cunha 2020, p. 44.
15. Cunha 2020, pp. 21-22, 52.
16. Cunha 2020, pp. 34, 64.
17. Cunha 2020, p. 64.
18. Cunha 2020, p. 65.
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20. Cunha 2020, p. 67.
Álvaro Cunhal, por Henrique Matos.
21. «Visão | Álvaro Cunhal, o homem que recusou ser comum»
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unhal-o-homem-que-recusou-ser-comumf756581/). Visão. 8
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23. Madeira 2011, p. 74.
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30. Editada em 1997, pela Campo das Letras (Porto), com o
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34. Ver, infra, Traduções


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39. «Frente Patriótica de Libertação Nacional» (https://www.museudoaljube.pt/2021/01/12/frente-p
atriotica-de-libertacao-nacional/). Museu do Aljube. 12 de janeiro de 2021. Consultado em 27
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41. «Revista O Militante» (https://web.archive.org/web/20080917094104/http://omilitante.pcp.pt/ind
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42. «Vidas lusófonas - Álvaro Cunhal» (https://web.archive.org/web/20140409221736/http://www.vi
daslusofonas.pt/alvaro_cunhal.htm). Consultado em 20 de janeiro de 2014. Arquivado do
original (http://www.vidaslusofonas.pt/alvaro_cunhal.htm/) em 9 de abril de 2014
43. «Morreu Fernanda Barroso, a viúva de Álvaro Cunhal» (https://www.cmjornal.pt/politica/detalhe
/morreu-fernanda-barroso-a-viuva-de-alvaro-cunhal). www.cmjornal.pt. Consultado em 27 de
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janeiro de 2013
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48. Editada em Lisboa, pela Tipografia Scarpa.
49. Excerto de carta, de 13 de fevereiro de 2002, de Álvaro Cunhal a Manuel Gomes da Torre,
transcrito na Revista dos Antigos Alunos da Universidade do Porto (https://sigarra.up.pt/up/pt/w
eb_gessi_docs.download_file?p_name=F1270814796/UPorto_n18.pdf), n.º 18, pg. 34: «De
facto realizei uma tradução de Rei-Lear em 1953-55, quando me encontrava preso em regime
celular na Penitenciária de Lisboa. Possuía pessoalmente um volume com as obras dramáticas
de Shakespeare e consegui dispor para “leitura domiciliária”, obtidos pela minha irmã, então
sócia do Instituto Britânico, dicionários especializados e obras de comentadores categorizados.
Tenho actualmente em meu poder o original manuscrito dessa tradução, com numerosíssimas
notações justificativas, estas em caligrafia muito deteriorada.»
50. «A tradução (e um conjunto de notas anexo) foi passada à família e publicada em 1962 num
primeiro tomo das Obras Completas de Shakespeare, edição da Tipografia Scarpa, de Lisboa,
sob a direção de Luís de Sousa Rebelo, com o pseudónimo de Maria Manuela Serpa.» diz-nos
PEREIRA, José Pacheco. Álvaro Cunhal: Uma Biografia Política: O Prisioneiro (1949-1960),
Vol. 3, Lisboa: Temas e Debates, 2005. ISBN 972-759-443-3.

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Bibliografia
▪ Pereira, José (1999). Álvaro Cunhal Uma Biografia Política — Volume 1: Daniel, o Jovem
Revolucionário. Lisboa: Temas e Debates. 500 páginas. ISBN 9789727591503
▪ Pereira, José (2001). Álvaro Cunhal: Uma Biografia Política — Volume 2: Duarte, o Dirigente
Clandestino. Lisboa: Temas e Debates. 892 páginas. ISBN 9789727594191
▪ Pereira, José (2005). Álvaro Cunhal: Uma Biografia Política — Volume 3: O Prisioneiro.
Lisboa: Temas e Debates. 748 páginas. ISBN 9789727594436
▪ Pereira, José (2015). Álvaro Cunhal: Uma Biografia Política — Volume 4: O Secretário-Geral.
Lisboa: Temas e Debates. 600 páginas. ISBN 9789727598052
▪ Cunha, Adelino (2020). Álvaro Cunhal: Retrato Pessoal e Íntimo. Coimbra: Desassossego.
771 páginas. ISBN 9789898892706
▪ Madeira, João (2011). «O Partido Comunista Português e a Guerra Fria: "sectarismo", "desvio
de direita", "Rumo à vitória" (1949-1965)» (https://run.unl.pt/bitstream/10362/6711/1/O%20PC
P%20e%20a%20guerra%20fria.pdf) (PDF). Universidade Nova de Lisboa. Cópia arquivada
(PDF) em 28 de agosto de 2020 (https://web.archive.org/web/20200828213718/https://run.unl.p
t/bitstream/10362/6711/1/O%20PCP%20e%20a%20guerra%20fria.pdf)

Leitura adicional
▪ Barata-Moura, José (2014). Três Ensaios em Torno do Pensamento Político e Estético de
Álvaro Cunhal. Lisboa: Editorial Avante!. 188 páginas. ISBN 978-972-550-419-2
▪ Pires, Catarina (2014). Cinco Conversas com Álvaro Cunhal. Lisboa: Página a Página.
258 páginas. ISBN 9789899784192
▪ Avillez, Maria (2004). Conversas com Álvaro Cunhal e outras lembranças. Lisboa: Círculo
Leitores. 242 páginas. ISBN 972-42-3292-1
▪ Rodrigues, Urbano (2007). É Tempo de Começar a Falar de Álvaro Cunhal. Lisboa: Edições
ASA. 208 páginas. ISBN 9789724147833
▪ Rodrigues, Urbano (2007). A Obra Literária de Álvaro Cunhal/Manuel Tiago: Vista por Urbano
Tavares Rodrigues. Alfragide: Editorial Caminho. 92 páginas. ISBN 9789722117371
▪ NARCISO, Raimundo. Álvaro Cunhal e a
▪ BARATA, André et. al.Álvaro Cunhal: Dissidência da Terceira Via. Porto: Ambar,
política, história e estética. Lisboa: Tinta da 2007. ISBN 978-972-43-1231-6
China, 2013, ISBN 978-989-671-179-5
▪ PAIVA, Maria Valentina (entrevistas);
▪ BRITO, Carlos. Sete Fôlegos do BRINQUETE, José Saraiva (textos). Álvaro
Combatente: Memórias. Lisboa: Nelson de Cunhal: Ao Canto do Espelho. Vila Nova de
Matos, 2010. ISBN 978-989-8236-24-1 Gaia: Calendário, 2006. ISBN desconhecido
▪ CARVALHO, Miguel. Álvaro Cunhal, Íntimo ▪ SILVA, João Ceú e. Uma Longa Viagem
e Pessoal: um Dicionário Afectivo. Porto: com Álvaro Cunhal. Porto: Asa, 2005. ISBN
Campo das Letras, 2006. ISBN 989-625-037-5 972-41-4412-7
▪ CASANOVA, José. FILIPE, Dinis. Evocação ▪ SILVA, João Céu e. Álvaro Cunhal e as
da Obra de Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, Mulheres que Tomaram Partido. Porto: Asa,
2006. ISBN 972-550-313-9 2006. ISBN 972-41-4909-9
▪ CUNHA, Adelino. Álvaro Cunhal: Retrato ▪ SILVA, Maria Augusta. Álvaro Cunhal: Obra
Pessoal e Íntimo: Biografia. Lisboa: A Literária e Pictórica (http://www.casaldasletr
Esfera dos Livros, 2010. ISBN as.com/Textos/ALVARO%20CUNHAL%20
978-989-626-256-3 -%20Obra%20literaria%20e%20pictorica.pd
▪ FERREIRA, Francisco. Álvaro Cunhal Herói f)
Soviético. Águeda: edição do autor, 1976.

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▪ SOUSA, Judite de. Álvaro, Eugénia e Ana: ▪ VIEIRA, Joaquim. Álvaro Cunhal: o homem
Álvaro Cunhal, o homem por trás do e o mito. Carnaxide: Editora Objetiva, 2.ª
político. Carnaxide: Objetiva, 2013. ISBN ed., 2013. ISBN 978-989-672-192-3
978-989-672-194-7

Ligações externas
Textos de Álvaro Cunhal

▪ Abril 74, Discurso à Chegada a Lisboa (http://www.dorl.pcp.pt/index.php/obras-alvaro-cunhal-m


enumarxismoleninismo-107/3341-lvaro-cunhal-1974-abril-discurso--chegada-a-lisboa) (1974)
▪ 7 Dezembro, Discurso Campo Pequeno (http://www.dorl.pcp.pt/index.php/obras-alvaro-cunhal-
menumarxismoleninismo-107/2817-discurso-no-comcio-de-7-de-dezembro-de-1975-no-campo
-pequeno) (1975)
▪ O Partido Comunista: da «reorganização» dos anos 40 ao 25 de Abril (http://www.pcp.pt/partid
o/anos/reorga.html) (1992)
▪ O comunismo hoje e amanhã (http://www.dorl.pcp.pt/index.php/obras-alvaro-cunhal-menumarx
ismoleninismo-107/1941-o-comunismo-hoje-e-amanh-1993) (1993)
▪ A Revolução de Abril 20 anos depois (http://www.dorl.pcp.pt/images/classicos/cunhal/ac19940
2_abril.pdf) (1994)
▪ O Valor actual do Manifesto (http://www.dorl.pcp.pt/index.php/obras-alvaro-cunhal-menumarxis
moleninismo-107/114-o-valor-actual-do-manifesto) (1998)
▪ As 6 características fundamentais de um partido comunista (http://www.dorl.pcp.pt/images/clas
sicos/ac_6caracteristicasdumpc.pdf) (2001)

Outros

▪ Texto do site oficial do Partido Comunista Português sobre as Comemorações do Centenário


de Álvaro Cunhal (http://www.pcp.pt/comemoracoes-do-centenario-de-alvaro-cunhal-vida-pens
amento-luta-exemplo-que-se-projecta-na)
▪ Entrevista de Álvaro Cunhal à agência de Notícias Reuter, em 1975 (página do site oficial do
Partido Comunista Português) (http://www.pcp.pt/entrevista-de-alvaro-cunhal-reuter)
▪ Sítio do C.I.T.I. - Centro de Investigação para Tecnologias Interactivas (http://www.citi.pt/cultura
/artes_plasticas/desenho/alvaro_cunhal/)
▪ Álvaro Cunhal na "Vidas Lusófonas" (https://web.archive.org/web/20091003211458/http://www.
vidaslusofonas.pt/alvaro_cunhal.htm)
▪ Centenário de Álvaro Cunhal (http://www.alvarocunhal.pcp.pt)

Precedido por
Secretário-Geral do
Vacante Sucedido por
Partido Comunista Português
Bento António Gonçalves faleceu em Carlos Carvalhas
1961 — 1992
1942

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