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“Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,14)

1. A virtude da pureza. Para descrever a vida dos cristãos, o apóstolo Paulo se serviu de uma
comparação expressiva: antes do Batismo, eles caminhavam nas trevas da noite e faziam
obras das quais se envergonhariam se feitas à luz o dia. Após o Batismo, eles abandonam
essas obras, entraram no reino de luz, jogaram fora a roupa velha e vestiram uma nova
veste: Cristo. A pessoa de Jesus deve envolver os cristãos como um manto.
2. Paulo aos Tessalonicenses: “A vontade de Deus é que sejais santos e que vos afasteis da
imoralidade sexual. (...) Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade.
Portanto, quem rejeita esta instrução, não rejeita um ser humano, mas o próprio Deus, que
vos dá também o seu Espírito Santo.” (1Ts 4,3-8).
3. Razões para se respeitar o corpo: 1º) de ordem cristológica: “Não sabeis que vossos corpos
são membros do Cristo?” (1Cor 6,15); 2º) de ordem pneumatológica: “Não sabeis que vosso
corpo é santuário daquele que habita em vós, o Espírito Santo, que recebestes de Deus e
que não pertenceis a vós mesmos? De ato, fostes comprados por alto preço!” (1Cor 6,19-
20); 3º) de ordem escatológica: “Deus, que ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará também a
nós, pelo seu poder” (1Cor 6,14). A pureza cristã não tem como fundamento o desprezo ao
corpo, mas sua dignidade, pois nosso corpo será chamado, um dia, à ressurreição.
4. Segundo o apóstolo Paulo, você é chamado a glorificar Deus já aqui na terra, usando para
isso o seu corpo: “Glorificai, portanto, a Deus no vosso corpo” (1Cor 6,20b).
5. O Celibato. Para a Igreja, trata-se de um dom e, como todo dom, para ser valorizado precisa
ser conhecido: “Se conhecesses o dom de Deus...” (Jesus Cristo à Samaritana – Jo 4,10). O
celibato lhe possibilita uma especial configuração com o estilo de vida do próprio Cristo. Por
ele, você é chamado a se entregar a Deus e às pessoas com um coração pleno e não
dividido.
6. O celibato é parte integrante da vida do presbítero da Igreja Latina, hoje. “O fato de o
próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido sua missão até o sacrifício da cruz no estado de
virgindade constitui o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da
Igreja Latina a esse respeito” (Bento XVI, Sacramentum Caritatis, 24). Se ele não for
assumido por você, se não for integrado em sua espiritualidade, ele se transformará em um
peso, num desagradável fardo. E um fardo incomoda.
7. A maneira como você viver o celibato, isto é, se de forma positiva ou negativa, influenciará
seu relacionamento com Deus. A oração, particularmente, é muito sensível às infidelidades
do amor no celibato. O padre que começa a ter problemas nesse campo, normalmente
deixa de rezar.
8. Ser fiel ao compromisso de amor a Jesus. Para o discípulo do Evangelho, o que é decisivo é
seguir Jesus Cristo. É preciso tomar o Reino de Deus a sério, como único Absoluto da vida.
Lectio divina: 1Cor 7

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