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Avaliação Dos Níveis de Serviço de Abastecimento de Água No Município de Boane (2014)
Avaliação Dos Níveis de Serviço de Abastecimento de Água No Município de Boane (2014)
Autor:
Supervisor:
UEM – ESUDER
Declaro por minha honra que este relatório nunca foi apresentado, para a obtenção de
qualquer grau. O mesmo é fruto da minha investigação estando indicadas ao longo do
trabalho e na bibliografia as fontes de informação utilizadas.
i
DEDICÁTORIA
ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Universo que facultou me a vida e Matéria para suprir me nesta jornada cheia de
charadas obscuras.
Ao meu Pai Que me deu a oportunidade deste mundo conhecer e trilhar sobre seus caminhos,
o meu muito obrigado.
Ao dr. Lário Herculano, MSc por ter aceitado o desafio de me supervisionar e pela atenção
dispensada durante a elaboração do relatório,
A minha Esposa Arcênia Saúl Nhanala pelo apoio moral e motivação nos momentos mais
conturbadores da minha formação o meu muito obrigado.
Aos Meus irmãos de alma Norberto Vasco Macucua, Ernesto Carlos Macamo vai o meu
humilde agradecimento pelo apoio e confiança que em mim depositaram neste percurso
académico.
Sem me esquecer dos colegas e companheiros da vida académica Victorino Levi Uqueio,
Jeremias Carlos Sinalos, Carlos José, aos colegas do quarto 9 e todos que viveram comigo
no internato.
i
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Abreviaturas
Assor. Assoriado
Avar. Avariado
dr. Doutor
L Litro
min Minuto
n0 número
Operac. Operacional
Siglas
AC Abastecimento Convencional
BF Fontanário uganda,
BH Poço
CA Comité de Água
FD Fontes Dispersas
ii
HC Ligação Domiciliaria
HP Bomba Manual
MT Metical
PS Tomada de Água
SP Fontenário
SS Pequeno Sistemas
WH Poço Protegido,
iii
LISTA DE FIGURAS E TABELAS
Figuras
Figura 4: Limitado/básico…......................................................................................................5
iv
Tabelas
v
LISTA DE APÊNDICE E ANEXOS
Apêndice
Anexos
vi
Glossário
Serviço de água: Serviço de água é a quantidade de água, de uma dada qualidade, acessível
para as pessoas.
vii
RESUMO
vi
ii
Índice
Conteúdo Pág.
CAPITULO I...............................................................................................................................1
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................1
1.1 Problema de pesquisa............................................................................................................2
1.2. Justificativa..........................................................................................................................2
1.3. Objectivos............................................................................................................................3
1.3.1 Geral:..................................................................................................................................3
1.3.2 Específicos:........................................................................................................................3
CAPITULO II.............................................................................................................................4
2. REVISÃO DE LITERATURA...............................................................................................4
2.1 Níveis de Serviço de Água.....................................................................................................4
2.2 Avaliação dos Níveis de serviço........................................................................................... 6
2.2.1 Escada de Nível de Serviço................................................................................................7
2.3 Indicadores para Avaliação de Níveis de Serviços..............................................................10
2.4 Abastecimento de Água......................................................................................................11
2.4.1 Sistema de Abastecimento de Água................................................................................. 12
2.4.1.1 Fontes Dispersas...........................................................................................................13
2.4.1.2 Sistema de abastecimento convencional....................................................................... 13
2.5 Controlo de Qualidade da Água Abastecida....................................................................... 14
CAPITULO III..........................................................................................................................15
3. METODOLOGIA.................................................................................................................15
3.1 Descrição da área de estudo................................................................................................ 15
3.1.1 Localização, Superfície e População................................................................................15
3.1.2 Clima e Hidrografia.........................................................................................................17
3.1.4 Serviços de Abastecimento de Água................................................................................18
3.2 DEFINIÇÃO DA AMOSTRA............................................................................................19
3.3 TÉCNICAS DE COLECTAS DE DADOS.........................................................................22
3.4 LIMITAÇÕES.....................................................................................................................22
3.5 MÉTODOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS....................................... 22
3.5.1 Cobertura..........................................................................................................................23
3.5.2 População servida............................................................................................................24
3.5.3 Determinação da Quantidade de Água.............................................................................24
3.5.4 Qualidade da Água...........................................................................................................24
3.5.5 Acessibilidade..................................................................................................................24
3.5.6 Fiabilidade........................................................................................................................25
CAPITULO IV..........................................................................................................................26
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................................26
4.1 Provedores de Serviços de abastecimento de Água no Município de Boane......................26
4.2 Cobertura dos Serviços de Abastecimento Água................................................................ 27
4.3 Níveis de Serviço de Abastecimento de Água.................................................................... 29
4.3.1 Níveis de serviços por fontes dispersas.............................................................................29
4.3.2 Nível de serviços para PSAA........................................................................................... 31
4.3.3 Nível de serviço para AC................................................................................................. 34
4.3.4 Escada de Níveis Serviço de Abastecimento de Água no Município de Boane..............36
CAPITULO V...........................................................................................................................38
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.............................................................................38
5.1 Conclusão............................................................................................................................38
5.2 Recomendações...................................................................................................................39
CAPITULO VI..........................................................................................................................40
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................40
Avaliação dos Níveis de Serviço de Abastecimento de Água no Município de Boane (2014)
CAPITULO I
1. INTRODUÇÃO
Dados das nações unidas indicam que cerca de 884 milhões de pessoas no mundo não
tem acesso a um serviço de abastecimento de água potável seguro. Em Moçambique segundo
dados da JOINT MONITORING PROGRAMME (JMP, 2014) a cobertura de abastecimento de
água no país situa se em 49%, sendo 35% para água rural e 80% para o abastecimento de água
urbana.
1.2. Justificativa
condições de saúde pública. Realização deste trabalho é ainda motivada pelo desafio que o
município da Vila de Boane enfrenta para prestação de serviços de abastecimento de água. O
trabalho fornecera dados percentuais em relação aos níveis de serviços prestados no
município tendo em vista a melhoria e a expansão dos mesmos.
1.3. Objectivos
1.3.1 Geral:
1.3.2 Específicos:
CAPITULO II
2. REVISÃO DE LITERATURA
alguma água, a segurança é definido como tendo acesso a pelo menos dois sistemas separados
(MORIARTY, 2011).
Níveis de serviço podem ser fixados por uma combinação de vários factores (o que é
fácil / possível) e factores sociais e políticos (isso que é politicamente aceitável, o custo, o
desejo e capacidade de uma comunidade para adquirir um serviço, histórico e normas). Por
exemplo, uma comunidade rural pode viver com um nível de serviço, onde em termos de
distância e qualidade de água, seria considerada inaceitável em uma cidade, vide as figuras
(1;2;3 e 4) que representam diferentes níveis de serviços de água, em um mundo ideal, seria
fixado o nível de serviço talvez por acordos feitos entre os provedores e os usuários
(MORIARTY, 2011). Tecnologias mais sofisticadas não significam necessariamente que
resultam em níveis de serviços de água mais elevados (IRC, 2014).
Elevado
Serviço elevado: Famílias com acesso no mínimo 60lppd de água de
Serviço Intermédio: Família com acesso no mínimo de 40lppd de água com uma qualidade aceitável numa
Intermédio
Serviço Limitado: famílias com acesso a um serviço melhor do que não ter algum serviço, mas que esta abaixo dos padrões
Limitado
Sem serviço
Sem Serviço: Famílias com acesso á agua em fontes inseguras ou em fontes que estão demasiadamente distantes, levando muito tempo para b
Esta escada de serviço foi testada em Gana, Burkina Faso, Moçambique e Índia
(SNEHALATHA M., et al, 2011). A escada foi adaptada em cada país para as normas e
padrões nacionais. Nesta abordagem são identificados (entre outros) os altos níveis de não-
funcionalidade e má prestação de serviços (SMITS S., et al., 2009); a ampla gama de custos
na realização (ou não atingirem) altos níveis de serviço. A persistência no uso da escada de
serviço de água IRC é a sua flexibilidade para se adaptar às normas e padrões nacionais
(GEORGIA L. et al., 2013).
O nível de serviço proposto pela WASHCost Moçambique é mostrado em forma de
escada de mão de sem serviço, passando pela provisão de serviços básicos e seguindo com a
linha de acréscimo de quantidade de água ate ao alcance do nível de serviço esperado em
grandes cidades. A escada de serviço de água é um instrumento de tomada de decisões e de
planificação que reflecte a realidade do próprio serviço que é fornecido e acedido pelos
utilizadores (IRC, 2011)
Sem serviço:
Menos de cinco litros de água por pessoa por dia, por dia (lppd), ou água de uma fonte
não melhorada que fornece água de qualidade inaceitável, ou que leva mais do que uma hora
por dia para a busca da água.
Limitado:
Um nível de serviço ‘melhor do que nada’, entre o nível básico e nenhum serviço. Este
nível provavelmente corresponde mais aos serviços que sofrem de problemas endémicos ou
onde devido a assuntos específicos do contexto (tais como a baixa densidade populacional),
não é possível satisfazer todos os parâmetros de fornecimento do serviço.
Básico:
Intermédio:
Elevado:
Este é essencialmente um serviço moderno envolvendo torneiras nas casas. Este serviço
fornece 60 litros/pessoa/dia como um mínimo absoluto, mas muitas vezes fornece muito mais.
A água é tratada a níveis mais elevados de qualidade e com disponibilidade segura de acordo
com a demanda.
Armindo Pascoal Timóteo Culeco Page 9
Avaliação dos Níveis de Serviço de Abastecimento de Água no Município de Boane (2014)
CRISTOPH & HERCULANO (04 de Março de 2014, cp.) disseram que as fontes
dispersas são definidas como sistemas isolados caracterizados por poços e/ou furos protegidos
e não protegidos, podendo ser colectivos ou individuais.
através de uma conduta adutora de cerca de 80 km, para centros distribuidores. A rede de
distribuição é de aproximadamente 1500 km de extensão (CRA, 2013).
CAPITULO III
3. METODOLOGIA
3.1. Descrição da área de estudo
Boane foi elevado a categoria de Distrito de 1a classe em Abril de 1987 pelo decreto n o
8/87 e a sua Sede, localizada a 30 km da cidade de Maputo foi elevada a Vila pela resolução n
o
9/87 de 25 de Abril do conselho de Ministros.
Em Maio de 2013 a Vila sede de Boane foi elevada a categoria de Município que este
subdivide-se em duas localidades a de Gueguegue e Eduardo Mondlane (CMVB, 2014). A
figura 6 representa a localização do distrito de Boane e a figura 7 os limites do município de
Boane.
O distrito conta com uma superfície de 815 km2 e uma população recenseada em 2007
de 104. 128 Habitantes e ao mês de Maio de 2013 em cerca de 140. 488 Habitantes, o distrito
de Boane tem uma densidade populacional de 166.6 hab/km2
A relação de dependência económica potencial é de aproximadamente 1:1.2, isto é, por cada
10 crianças ou anciões existem 12 pessoas em idade activa. A população é jovem (42%,
abaixo dos 15 anos de idade), maioritariamente feminina (taxa de masculinidade de 47%)
PERFIL DO DISTRITO DE BOANE (PDB, 2007).
A temperatura média anual é de 23.7oC verificando-se que os meses mais frios são de
Junho e Julho e os mais quentes Janeiro e Fevereiro. A amplitude térmica anual é de 8.8 o C
(PDB, 2007).
Destes o mais importante é o rio Umbeluzi, que nasce na Suazilândia e após 70km de
percurso desemboca no estuário do Espírito Santo, onde também têm a sua foz, os rios Matola
e Tembe (PDB, 2007).
O rio Umbeluzi é fonte de água potável das cidades de Maputo e Matola. Com o
crescente aumento populacional, a quantidade de água tornou-se cada vez mais escassa pelo
que foi necessária a construção da barragem de Pequenos Libombos, que se integra numa
estratégia de utilização dos recursos naturais e de aproveitamento das potencialidades da
região (PDB, 2007).
Fonte: SDPI-Boane
1 7 De 1905 96 520 52 0 0 0 0
Setembro
2 Mahanhane 3450 173 679 68 6 1 2 3
3 Manguisa 284 15 79 12 2 2 0 0
Total 5639 284 1278 132 8 3 2 3
Fonte: PROWater Consultores, 2014
Localidade de Gueguegue
Total 86 335 3 14
amostragem
Fonte: Águas de Mahubo (2014)
Os dados que dão alicerce a este trabalho foram obtidos através de um estágio
profissional no Conselho Municipal da Vila de Boane (CMVB) que credenciou a colaboração
com o SDPI de Boane, Instituto Nacional de Estatística (INE), Direcção Nacional de Água
(DNA), PROWater Consultores, Águas de Mahubo (AM) e Águas de região de Maputo
(ADRM). Usou se a entrevista estruturada elaboradas pelo IRC em parceria com a
WASHCost Moçambique para avaliação dos níveis de serviço e recolha de dados no campo.
3.4. LIMITAÇÕES
3.5.1. Cobertura
Segundo a International Water Association (IWA, 2000) o cálculo da cobertura sustenta se
nas fórmulas a seguir:
FD
(1)
PSAA, e AC
(2)
Cobertura Total
(3)
(6)
3.5.5. Acessibilidade
Para a acessibilidade, o tempo levado para buscar a água incluindo o tempo de espera
na bicha foi obtido através de entrevistas e confrontadas por verificação no local com auxílio
de um aparelho GPS, cronometrou-se o tempo de espera e a distância de casa a fonte de água.
3.5.6. Fiabilidade
Para dados relativos a fiabilidade baseou se em entrevistas estruturadas da IRC aos
comités de gestão das fontes e visitas efectuadas durante o período de avaliação e aos
provedores de serviços para caso de PSAA e AC.
CAPITULO IV
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
significativo dos níveis de cobertura. Entretanto, apesar desta tendência positiva, persistem
em larga medida falhas na identificação de soluções duráveis e que respondam as
necessidades domésticas da população rural pobre em termos de água segura e duradoira. As
populações rurais enfrentam continuamente e de forma inaceitável problemas com os sistemas
devido a paralisação prematura, levando ao desperdício de recursos e falsas expectativas.
Embora o figurino varie, estudos a partir de diferentes países indicam que nalgumas partes
entre 30 a 40% dos sistemas não funcionam na sua totalidade ou ainda funcionam muito
abaixo das expectativas desenhadas. A construção dos sistemas constitui um requisito óbvio,
mas ela é apenas uma parte de um quadro de acções mais complexas necessárias para prover
serviços verdadeiramente sustentáveis. O aumento da cobertura não corresponde ao aumento
do acesso a serviço de água. Em relação ao abastecimento de água rural, o acesso é também
considerado baixo (DNA, 2009).
As famílias que tem acesso a uma fonte operacional, próxima e sem muitas avarias,
chegando a ter um consumo por pessoa por dia igual ou superior a 20 litros com indicadores
que remeteriam os a acederem um serviço de padrão básico assim bem como intermédio tem
o seu nível de serviço reduzido a um nível Limitado devido ao inexistente controlo de
qualidade da água das fontes, essas fontes não gozam de um controlo regular nem ocasional
das suas fontes, as famílias que tem um nível limitado representam 44% das famílias servidas
por FD.
Esses níveis estão distribuídos nas localidades da seguinte forma; para a localidade de
Gueguegue temos uma percentagem de 54% das famílias sem Serviço e 46% com serviço
limitado (figura 12), nesta localidade destaca-se o bairro Filipe Samuel Magaia em que as
fontes existentes estão totalmente avariadas, e nos bairros Machume e Tinhalene temos uma
Armindo Pascoal Timóteo Culeco Page 31
Avaliação dos Níveis de Serviço de Abastecimento de Água no Município de Boane (2014)
maior percentagem de famílias com um serviço limitado seguindo a percentagem das famílias
sem serviço. Na localidade Eduardo Mondlane, temos uma percentagem de 60% para Sem
Serviço e 40% para serviço limitado (figura 13), onde o bairro 7 de Setembro contribui com
um total de 100% sem serviço e, o Mahanhane com serviço limitado á sem serviço, o bairro
Manguisa tem a particularidade de ter simplesmente o serviço limitado.
Nestes termos importa salientar que para as fontes dispersas há uma prevalência dos
níveis de serviço limitados e sem serviço, não chegando a se obter níveis, básicos, intermédios
e elevado devido a um indicador composto mais baixo relativamente aos outros que é a
qualidade, estas fontes não gozam de uma testagem regular ou ocasional da qualidade da água
das suas fontes, mas sim alguns teste realizados a quando da sua construção, e dados esses de
difícil acesso para investigadores, por motivos alheios e desconhecidos.
nível básico ou Intermédio acedem a um serviço de nível limitado devido a falta de controlo
de qualidade da água abastecida, essa famílias correspondem uma percentagem de 91 %.
Subdividindo o abastecimento dos PSAA por abastecimento por fontanários e por torneiras no
quintal verifica - se que 93% recebem um nível de serviço limitado e 7% estão sem serviço
para o caso de famílias abastecidas por fontenários (figura 15) e percentagem de 21% sem
serviço e 79% com serviço limitado para famílias com torneiras no quintal (figura 16), estas
diferenças percentuais indicam que os fontenários provêm mais serviço que as torneiras no
quintal, prova de que tecnologias mais sofisticadas não significam necessariamente provisão
de melhores serviços. A semelhança das FD os PSSA debatem com a problemática dos testes
da qualidade da água com as unidades gestoras dos mesmo chegando a afirmar que nunca
foram feitos testes de qualidade de água.
No que concerne a qualidade da água, estes dados são escassos, por um lado devido há um
sistema ainda incipiente de controlo e registo da informação rural, por outro, à indefinição dos
padrões de controlo a utilizar. Consta que são utilizados, por determinados intervenientes no
sector, os padrões de contaminação da OMS, entretanto sabe-se que o Ministério da Saúde
tem já definido os parâmetros nacionais de qualidade da água. Para um melhor controlo sobre
a matéria, o recomendável é que se defina um padrão comum. A qualidade da água não é
testada com a devida consistência quer durante a fase de construção, assim como após a
construção. A limitação em termos de capacidade para a testagem é uma das razões
identificadas. Os laboratórios existentes não permitem fazer a devida cobertura devido a sua
localização, por outro lado, a insuficiência de meios e equipamentos de diagnóstico também
contribuem para esta situação (NARKEVIC 2010).
Para as famílias que tem a sorte de usufruir de um serviço, a maior parte delas tem um
serviço caracterizado por constantes avarias dos sistemas, falta de controlo de qualidade da
água, sobrecarga das fontes relativamente ao número de famílias que abastecem e a água é
abastecida em quantidades não satisfatórios não chegando a atingir o per capta de 20 L.
muito mais. A água é tratada a níveis mais elevados de qualidade e com disponibilidade
segura de acordo com a demanda.
CAPITULO V
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusão
Em relação aos indicadores usados para avaliação dos níveis de serviços, estes
demonstraram se compatíveis com a realidade no campo, tendo abertura para classificar
mesmo em situações de falta de certos dados, devido a flexibilidade da informação usada.
percentagem maioritária não tem serviço devendo-se as constantes avarias dos sistemas e
assoreamento das fontes, em particular para as FD, associando-se também a falta de
capacidade técnica e financeira para a manutenção das mesmas.
5.2. Recomendações
CAPITULO VI
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÁGUAS DE MAHUBO (2014) Relatório Trimestral. Maputo. Moçambique
BARTRAM J.( 2008) Climbing the Water Ladder—Multiple-Use Water Services for
Poverty Reduction. International Water and Sanitation Centre (IRC); The Hague, The
Netherlands.
CONSELHO REGULADOR DE AGUA (2013) relatório anual de sistemas públicos de
água. Maputo. Moçambique
DIRECCAO NACIONAL DE AGUA (2009) Relatório de Balanço PES.Maputo.
Moçambique.
DIRECÇÃO NACIONAL DE ÁGUAS (2010). Sustainable management of small
water supply systems in Africa. Practitioners’ Workshop Report.
GEORGIA L. et al ( 2013). Domestic water service delivery indicators and frameworks
for monitoring, evaluation, policy and planing. US
GILMAN R., et al (1993) Water cost and availability: Key determinants of family
hygiene in a peruvian shantytown. Am. J. Public Health.
HOWARD G., BARTRAM J. (2003) domestic Water Quantity, Service Level and
Health. World Health Organization; Geneva, Switzerland.
INERNATION WATER AND SANITATION CENTER (2011). Serviços Duradoiros
de Agua e Saneamento.
INERNATION WATER SANITATION CENTER (2014). Serviços Duradoiros de
Agua e Saneamento.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA(2012). Senso GERAL estatístico.
Maputo. Moçambique
INTERNATIONAL WATER ASSOCIATION (2000) Indicadores de Desempenho para
Serviços de Abastecimento de Água. Londres. Reino Unido
IRC (2010)Do operation and maintenance pay?Acra. Ghana
JOINT MONITORING PROGRAMME (2014)
KIRIGIA G.G., KIRIGIA J.M. (2007) Inequalities in selected health-related
millennium development goals indicators in all WHO member states. Afr. J. Health
Sci.
NS Familias Per.
NS Familias Per.
Sem servico 75 60% Semservico 17 36%
Limitado 51 40% Limitado 30 64%
Basico 0 0% Basico 0 0%
Intermedio 0 0% Intermedio 0 0%
Elevado 0 0% Elevado 0 0%
Total 126 100% Total 47 100%
NS Familias Per.
Semservico 8 11%
Limitado 68 89%
Basico 0 0%
Intermedio 0 0%
Elevado 0 0%
Total 76 100%
NS Familias Per.
Sem servico 88 100%
Limitado 0 0%
Basico 0 0%
Intermedio 0 0%
Elevado 0 0%
Total 88 100%
Tabela 5: Bairro Machume Tabela 6: Bairro Filipe Samuel Magaia
I
NS Familias Per.
Sem
servico 0 0%
Limitado 7 100%
Basico 0 0%
Intermedio 0 0%
Elevado 0 0%
Total 7 100%
NS Familias Per.
Sem
servico 52 100%
Limitado 0 0%
Basico 0 0%
Intermedio 0 0%
Elevado 0 0%
Total 52 100%
Tabela 7: Bairro Manguisa Tabela 8: Bairro 7 de Setembro
NS Familias Per.
Sem
servico 23 34%
Limitado 44 66%
Basico 0 0%
Intermedio 0 0%
Elevado 0 0%
Total 67 100%
Tabela 9: bairro Mahanhane
NS Familias Perc
Sem serviço 3 21%
Limitado 11 79%
Básico 0 0%
II
Elevado 0 0%
Total 14 100%
III
Apêndice C: Tabela de níveis de serviço para Abastecimento Convencional
Valor
Famili amostral
NS as Perc /fam. perc
SemServiço 2535 26% 127 26%
Limitado 804 8% 40 8%
Básico 3350 34% 168 34%
Intermédio 3218 32% 161 32%
Elevado 0 0% 0 0%
Total 9907 100% 495 100%
Tabela 1:níveis de serviço da AdeM
IV
Apêndice D: Fotografias de Campo
V
Figura 7: Criança bebendo Agua da fonte. Figura 8: reservatório elevado do PSAA de Mahubo
VI
ANEXOS
1. 1. Quantidade
Qual é o uso real por pessoa por dia ( uso domestico)?
Quantidade
1.2. qualidade
sera que sao feitos testes de qualidade?(UGS/CA)
Qualidade
De vez em
quando e Regularmente e
1vez depois qualidade qualidade respeita
Não da Construçã respeita normas normas
VII
1.3. Acessibilidade
a) Qual é a distância (em metros) ate a fonte?
Acessibilidade
1.4. Fiabilidade
Qual é a Fiabilidade do Serviço?(UGS/CA/utente)
Fiabilidade
VII
I
Anexo B: MAPA DA SITUAÇÃO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA LOCALIDADE DE GUEGUEGUE
N⁰ de N⁰ de
ITEM Aldeia/Bairro/Povoad pessoas Familias N⁰ de Fontes de água SAA GESTÃO/SUSTENTABILIDADE
Fundo de
OMR
A existente Valor N⁰/comités com
N⁰ de counidade Bombas Médio contrato
Total Com bomba Manual Total Operacional Avariado Fontes contribui? Manuais Mensal Mec./Associação
Com Sem
operacional Avariado Assoriado CA CA
1 25 de Setembro 2693 1500 2 2 0 0 0 0 0 1 1 Sim 1000.00 20 2
2 Matcume 1150 505 6 2 2 2 0 0 0 1 5 Sim 9375.00 12 4
Filipe Samuel
3 Magaia 1817 588 1 0 1 0 0 0 0 1 0 sim 200.00 12 1
4 Tinhalene 1582 310 6 2 4 0 0 0 0 6 sim 1000.00 10 4
5 Wacombo 4900 980 8 3 5 0 0 0 0 7 1 sim 13200.00 12 5
6 Picoco 3000 675 7 2 3 2 0 0 0 5 2 Sim 3500.00 10 5
7 Bairro 1 3789 804 0 0 0 0 0 0 0 Não 0.00 0 0
8 Bairro 2 2999 500 0 0 0 0 0 0 0 Não 0.00 0 0
9 Bairro 3 2167 530 0 0 0 0 0 0 0 Não 0.00 0 0
10 Bairro 4 2599 531 0 0 0 0 0 0 0 Não 0.00 0 0
11 Bairro 5 1614 600 0 0 0 0 0 0 0 Não 0.00 0 0
12 Bairro 6 6550 874 0 0 0 0 0 0 0 Não 0.00 0 0
13 Bairro 7 2907 675 0 0 0 0 0 0 0 Não 0.00 0 0
14 Belo Horizonte 2500 1500 0 0 2 0 0 0 0 Não 0.00 0 0
15 Radio Marconi 2865 600 8 5 1 1 0 0 0 6 2 Sim 12460.00 20 5
16 Muteve 2100 420 5 1 3 0 0 0 0 5 Sim 200.00 10 4
17 Chipapa 1625 325 1 0 1 0 0 0 0 1 Não 0.00 0 0
18 Campoane Poavação 3600 726 0 0 0 0 0 0 0 Não 0.00 0 0
19 Campoane Aldeia 6502 1200 0 0 0 0 0 0 0 Não 0.00 0 0
Total 19 56959 13843 44 17 20 7 0 0 0 33 11 40935.00 12 0
I
Anexo C : MAPA DA SITUAÇÃO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NA LOCALIDADE DE EDUARDO MONDLANE
N⁰ de N⁰ de
pessoa Familia
ITEM Aldeia/Bairro/Povoad s s N⁰ de Fontes de água SAA GESTÃO/SUSTENTABILIDADE
Fundo
de
A OMR
counidad existent Valor N⁰/comités com
e e Médio contrato
Tota Tota Operaciona Avariad N⁰ de contribui Bombas Mensa Mec./Associaçã
l Com bomba Manual l l o Fontes ? Manuais l o
operaciona Avariad Assoriad Com Sem
l o o CA CA sim-não
1 Eduardo Mondlane 3009 564 0 0 0 0 0 0 0 Não 0 0.00 0
2 Jossias Tongogara 3285 675 0 0 0 0 0 0 0 Não 0 0.00 0
3 Saldanha 1100 275 0 0 0 0 0 0 0 Não 0.00 0
Mahubo-Mariah
4 Nguambi 5031 1400 0 0 0 1 1 0 0 Sim 0 30.00
5 Ambrosio 2462 1250 0 0 0 0 0 0 Não 0 0.00 0
6 Massaca 1 4896 1566 5 0 2 3 1 1 0 2 3 Sim 0 25.00 0
7 Umpala 9845 1841 0 0 0 0 0 0 0 Não 0 0.00 0
8 7 de Setembro 1905 520 0 0 0 0 0 0 0 Não 0 0.00
9 Munguisa 284 79 2 2 0 0 0 0 0 2 Não 0 0.00 0
10 Djimo 1653 679 0 0 0 0 0 0 0 Não 0 0.00 0
11 Mahanhane 3450 679 6 1 2 3 0 0 0 4 2 Não 0 20.00 0
12 Samora Machel 352 162 1 0 1 0 0 0 1 Não 0 0.00 0
13 Massaca 2 2515 503 0 0 0 0 0 0 0 Não 0 0.00 0
Paulo Samuel
14 Kankomba 3096 622 0 0 0 1 1 0 0 Sim 0 25.00 0
Total 42883 10815 14 3 5 6 3 3 0 9 5 0 25.00 0
II
Anexo D: TARIFAS DE ÁGUA EM MOÇAMBIQUE
DOMÉSTICO (Ligações Domiciliárias e Torneira no GERAL (Ligações Comerciais, Públicas,
Quintal) Indústriais)
Taxa de Escalão 1 Escalão 2 Escalão 3 Escalão 1 Escalão 2
SISTEMAS FONTENÁRIOS disponibilidade ( Consumo ( 5 -10 m3 ) ( Consumo MUNICÍPIOS ( Comércio e ( Indústria - ( consumo
de serviço ( mínimo até superior a Público - consumo superior a
Taxa Fixa ) 5 m3/mês ) 10 m3 ) consumo mínimo até 50 m3/mês
mínimo até 25 50 m3/mês )
m3/mês ) )
III