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Tanques de Armazenamento de Petroleo
Tanques de Armazenamento de Petroleo
ESTOCAGEM DE PETRÓLEO
Campina Grande – PB
Fevereiro de 2014
1. INTRODUÇÃO
2. TANQUES DE ARMAZENAMENTO
Obs. A determinação do ponto de fulgor dos combustíveis líquidos deve ser feita de acordo
com os Métodos Brasileiros. No caso de ainda não haver Métodos Brasileiros, devem ser
utilizados métodos da I.S.O. e, inexistindo estes, os da A.N.S.I.
São tanques formados por caldeiras, e em sua maior parte, reservando petróleo e seus
derivados. Uma série de normas é obrigatória para a sua construção, sendo fiscalizada pela
American PetroleumInstitute (AIP), contudo, no Brasil também é usado a norma NBR 7821.
Proporciona melhor retenção de vapores do produto e reduz o potencial para os
fogos. Ele ainda expõe a superfície do líquido para o espaço de vapor do tanque, produzindo
perdas significativas na evaporação do produto. Isso aumenta a possibilidade de formação de
um combustível formado pela mistura de gás no espaço de vapor para determinados produtos
petrolíferos mais voláteis. Para esta razão reservatórios de teto fixo em refinarias são
geralmente utilizados para produtos com pressões de vapor menor que 1,5 psia.
São comuns em instalações de produção para armazenar hidrocarbonetos com
pressões de vapor superiores à pressão atmosférica e devem ser equipados com válvulas de
pressão de vácuo e purgado com gás natural para eliminar a entrada de ar para dentro do
espaço de vapor. A perda do produto por evaporação pode ser elevado, principalmente quando
o petróleo é adicionado ao tanque e vapores são expelidos através da válvula de descarga de
pressão. Nos terminais de petróleo bruto e de estações de bombagem, tetos flutuantes internos
podem ser adicionados para reduzir as perdas de vapor de produto, se foi estabilizado o
petróleo bruto para pressões de vapor menos de 11 psia.
O design mais comum de teto fixo contém um cone telhado raso utilizando uma
única coluna central mais enquadramento interno (ou externo) para apoiar as placas do
telhado. As colunas intermediárias são utilizadas para projetos dea diâmetros superiores a 120
pés e podem incluir um conjunto telhado frágil para maior proteção em caso de um aumento
súbito da pressão interna. Neste caso, a pressão de projeto está limitada à pressão equivalente
do peso morto das chapas do telhado incluindo vigas estruturais.Outros projetos com teto fixo,
como o telhado cúpula autossustentável ou telhado guarda-chuva podem ser usados se as
pressões de armazenamento exceder as capacidades do projeto cone telhado.Dependendo do
tamanho (diâmetro) do tanque, API Standard 650, Apêndice F indica projetos que podem
permitir pressões internas até 2,5 psig. Se as pressões operacionais excederem 2,5 psig, API
Standard 620, inclui projeto e construção de grandes tanques de armazenamento de baixa
pressão fornecendo os procedimentos de projeto para pressões internas de até 15 psig.
São facilmente encontrados em refinarias, oleodutos, terminais, polos e etc. Os
mesmos são subdivididos em: tanques de teto fixo, tanques de teto móvel, tanques de teto
flutuantes, tanques de teto fixo com diafragma flexível.
Tanques onde seu teto esta unido com a parte superior da região lateral. Podem ser uma
estrutura estável por si própria, ou com a necessidade de terem um suporte interno.
Teto Cônico: Possui uma estrutura de um cone reto.
Teto Curvo: Possui uma estrutura de uma calota esférica.
Teto em Gomos: é igual ao item dois, porém apresenta números de lados iguais ao
numero de chapas, no teto.
Seus tetos deslocam-se de acordo com a pressão exercida pelo vapor. Devido a esses
movimentos, se faz necessário a existência de dispositivos de segurança, com a finalidade de
evitar acidentes por causa de um possível excesso de pressão. Para evitar as perdas com a
evaporação, usa-se uma vedagem entre o teto e o costado.
2.6 TANQUE DE TOPO ABERTO (OTT)
Nesse tipo de tanque o teto flutua sobre o produto que está sendo armazenado, dessa
forma ele se movimenta de acordo com os períodos de esvaziamento ou enchimento desses. A
principal razão pelo qual são utilizados é por reduzirem as perdas do produto em
consequência da evaporação. É preciso um sistema de selagem visto que o teto do tanque
flutuante se move internamente em relação ao costado. Eles podem se apresentar em três
formas distintas, a saber, teto flutuante simples, teto flutuante com flutuador ou teto flutuante
duplo.
O teto flutuante simples é basicamente um lençol de chapas. Usa-se uma resistente
estrutura metálica na parte superior para fortalecê-lo dessa forma o teto adquire a firmeza e
solidez necessária. Seu valor comercial é o mais baixo dos tipos citados no parágrafo anterior,
porém apresenta problemas quanto à sua flutuabilidade. Além disso, como ele encosta
diretamente no líquido armazenado, permitem que a energia proveniente dos raios solares que
incidem sobre o teto atinja o produto, assim as perdas em decorrência da evaporação são
maiores que nos outros tipos de tanque.
No teto flutuante com flutuador existe no centro um disco e no contorno exterior um
flutuador. Em relação ao tipo de tanque anterior, esse tem maior valor em dinheiro, porém
tem maior flutuabilidade e perde menos produto pela passagem do líquido ao estado de vapor
(evaporação). Determinado tipo teto com flutuador é denominado “Buoyroof” que para
amenizar o problema da baixa capacidade de flutuar dos tetos quando eles sofrem inundação
das águas das chuvas são colocadas caixas metálicas no teto flutuante. Também há
obstáculosa serem enfrentados com a utilização desse, pode-se citar a dificuldade de drenar o
teto e como consequência da grande pressão de vapor existente do líquido pode-se levar ao
colapso do teto.
O tanque flutuante duplo consiste em dois lençóis de chapas que são unidos com uma
estrutura de metal criando compartimentos de estanques. Tal tipo de tanque é resistente e com
ótima capacidade de flutuar sobre o líquido armazenado. Entre todos os tipos de tanques
flutuantes aqui descritos, este é o de maior valor comercial, em compensação a quantidade de
produto perdida pela evaporação é bem menor, pois os lençóis de chapas juntos constituem
um colchão de ar que por sua vez age como um isolante de calor entre o líquido e a superfície
do teto. Porém, esse grupo de tanque apresenta quatro principais problemas, a saber, maior
valor empregado na colocação e construção deles, fundações mais caras que nos outros casos,
como é necessário que o teto esteja sempre flutuando, fica certo volume imobilizado, e por
fim é possível que ocorra vários danos devido à constante movimentação.
Apesar de não serem normalmente utilizados em operações de produção, tanques
com teto flutuante são frequentemente utilizados em estações de bombeio ou em terminais de
estabilização de óleo bruto a pressões de vapor inferior a 11,1 psia.
Quando a pressão de vapor do produto é superior a 0,5 psia, mas menos do que 11,1
psia, a Agência de Protecção Ambiental dos EUA permite a utilização de tetos flutuantes
como um dispositivo primário de controle de vapor do tanque de armazenamento. Tanques de
teto flutuante são destinados a determinados produtos. Em geral, eles não são adequados para
aplicações em que os produtos não foram estabilizados (vapores removidos).
O objetivo de todos os tanques de telhado flutuante é fornecer segurança, eficiente
armazenamento de produtos voláteis, com perda mínima de vapor para o ambiente. Os
requisitos de projeto para tetos flutuantes exteriores são fornecidos no Apêndice C da Norma
API 650. A cobertura externa flutua sobre a superfície do produto líquido e sobe ou desce
quando produtos são adicionados ou removidos do tanque.
O tanque de teto flutuante interno (IFRT) foi desenvolvido em meados dos anos de
1950 para fornecer proteção ao tecto flutuante, a partir de elementos como os raios para o teto
flutuante, o espaço de vapor do tanque localizado em cima do teto flutuante e abaixo do
telhado fixo inclui aberturas de circulação para permitir uma ventilação natural no espaço de
vapor reduzindo a acumulação de vapores e a possível formação de uma mistura combustível.
O tanque de telhado flutuante fechado (CFRT) é semelhante a um IFRT. Ele usa um
teto flutuante interno, mas sem a ventilação natural do espaço de vapor do tanque. Em vez
disso, o CFRT está equipado com uma pressão de vácuo (PV) para ventilação e pode ate
mesmo incluir um sistema de inertização de gás, como o usado com reservatórios de teto fixo.
As emissões de uma CFRT são praticamente as mesmas que os de um IFRT, no entanto, pode
ser facilmente recolhido para tratamento posterior se necessário.
São tanques cilíndricos e podem ser horizontais ou verticais. No primeiro grupo estão
inseridos aplicações de pequeno consumo. Enquanto os verticais são usados no consumo em
larga escala e quando se deseja amplos estoques de operação. A capacidade desses tanques é
determinada através de um volume que permita o estoque de quatro até quinze dias.
Os horizontais ficam sobre tijolos ou uma estrutura feita de concreto armado que são
construídos em fundações apropriadas para o solo da região, e seu ângulo de inclinação
equivale a um por cento de seu comprimento no mesmo sentido que a válvula de drenagem.
Faz-se importante a colocação de reforçadas vigas de concreto, e é preciso entre o berço e o
tanque uma manta de borracha ou asfalto. Entre a parte inferior do tanque e o chão deve
existir uma distância de pelo menos seiscentos milímetros, esse afastamento possibilitará que
seja feita pintura ou drenagem. Além disso, é imprescindível que os tanques sejam aterrados.
Quando se trata de tanques cilíndricos verticais seu suporte pode ser uma base API,
com as chapas desta sobre uma mistura de areia e asfalto ou pode ser colocado sobre uma
base de concreto armado. No segundo caso, para que a água do fundo do tanque não penetre
no concreto é importante que a base do tanque seja selada com asfalto.
Geralmente é importante possuir dois ou mais tanques a fim de obter capacidade
suficiente para recepcionar uma determinada entrega. Dessa forma, será mais fácil que o ar
escape e permitirá que água e detritos fiquem no fundo visto que acontecerá o armazenamento
do óleo antes de ser usado. Para isso, é preciso que as linhas de recepção estejam separadas,
caso os tanques estejam muito perto um dos outros, pode-se usar uma única linha de recepção.
Desde que esses recebam os mesmos tipos de combustível.
Se na área de tancagem houver tipos diversos de combustível a serem armazenados,
serão necessárias linhas de preenchimento separadas para cada um desses. Cada uma dessas
linhas deverá ter uma marcação no bocal que indicará o tipo de combustível.
De acordo com a norma N-270, recomenda-se o tipo de tanque a ser usado de acordo
com o produto que vai ser armazenado.
Tanques de tetos flutuantes, teto cônico, para pequena pressão interna: Nafta e
produtos leves de gasolina, petróleo, álcool e diesel leve.
Tanques teto cônico com teto flutuante, baixa pressão de teto cônico:Gasolina de
aviação (GAV).
Tanque sem teto:Água bruta.
Tanques de teto cônico: Querosene, nafta pesada, querosene, querosene de aviação
(QAV), óleo diesel, resíduo de vácuo, óleo combustível, óleo lubrificante, asfalto e lastro de
navio.
Uma bacia de contenção do produto deve ser construída em volta dos tanques e deve
ser feita com tijolo ou concreto e revestimento impermeável ao óleo para que evitem
trasbordamentos que podem causar risco de incêndio, danos à propriedade ou contaminar o
meio ambiente. Sua capacidade volumétrica mínima deve ser igual à capacidade do maior
tanque mais 10% (dez por cento) da soma das capacidades dos demais.
Para evitar um transbordamento ou outra emergência as paredes da bacia de
contenção devem ser resistentes ao óleo combustível e devem ser capazes de suportar uma
pressão considerável do líquido. A válvula de drenagem, que deve ser incorporada ao lado
externo da bacia de contenção, deve está normalmente fechada para evita possíveis
contaminações ao meio ambiente. Dependendo da densidade do óleo armazenado qualquer
óleo presente na bacia de contenção pode permanecer sobre a água contida na bacia, por isso
deve ser prevista a inclusão de caixa separadora de óleo, bem como sua frequente limpeza,
para a correta drenagem da bacia.
4.5 RESPIROS
Deve ser colocado no ponto mais alto do tanque e, se possível, deve terminar em área
aberta para que qualquer vapor do combustível seja dispersado e não haja danos à
propriedade, riscos de incêndio, contaminação do solo ou cursos de água no caso de
trasbordamento.O diâmetro do respiro deve ser sempre superior ao tubo de enchimento e, em
hipótese alguma, deve ser menos que 50mm. Ele também deve ser curto e livre de curvas.
Para fins protetivos, é necessário o uso de uma tela de arame (salvo, o caso do combustível
transportado ser ultra viscoso) no final do respiro, que deve ser mantida limpa e nunca
pintada.
Deve ser instalada na parte inferior da calota, para tanques horizontais e na parte
inferior do costado no caso de tanques verticais. Além disso, o ponto mais baixo da conexão
de saída deverá contemplar um lastro de produto para contenção de acúmulo de água e
sedimentos e suas drenagens. Nos tanques com sistema de aquecimento, é necessário que esse
aquecimento esteja abaixo do nível da conexão de saída para permanecer sempre imerso no
lastro formado.
Reservatórios de teto fixo deve ter uma abertura rápida com escotilha calibrada no
teto, que permite o acesso do operador ao tanque de "calibre" do tanque, determinar se a água
está presente, medir a altura da interface óleo/água e tomar amostras do óleo cru. O indicador
da escotilha pode ser ponderado de tal maneira que para funcionar como uma pressão de
apoio ou pressão de vácuo o dispositivo de alívio para a válvula de pressão a vácuo
primário.Normas para aferição manual do petróleo e produtos petrolíferos são dadas na API
Manual de Normas de Medição de Petróleo. A aferição inclui a medição da
quantidade de líquido contido no tanque, bem como para determinar a temperatura do líquido
e obtenção de amostras representativas.
5.13 AGITADOR
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho teve por finalidade tornar mais conhecido diversos aspectos que se
apresenta de grande importância no que diz respeito à área de estocagem de petróleo, onde foi
abordado o conceito de tanque, suas formas, tipos de materiais, cuidados em relação ao meio
ambiente e regras a serem seguidas para evitar acidentes.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Limpeza de tanques de petróleo rápida e sem riscos. Artigo da Revista Lubes em Foco.
Fonte SEBRAE-MG
- NBR 7821. ABNT. Tanques soldados para armazenamento de petróleo. ABR 1983