You are on page 1of 3

A defesa da humanidade contra o sublime misantropo de pascal

Para começar a tratar deste subtítulo devo explicar o que é o termo misantropia,
misantropia é o ódio, a antipatia, a desconfiança ou o desprezo geral pela espécie humana,
pelo comportamento humano ou pela natureza humana. Voltaire lança uma serie de 24
cartas chamadas cartas filosofias ou cartas inglesas, essas cartas são uma coleção de ensaios
escritos por Voltaire baseado em suas experiências vividos na Inglaterra entre 1722 e 1734,
e foram publicadas na franca e na Inglaterra em 1734. As cartas primeiras cartas de Voltaire
cartas 1 a 7 tratam da religião, nas cartas 8 e 9 Voltaire aborda sobre a política, na carta 10
fala sobre comércio, na carta 11 sobre a ciência, as cartas 12 a 17 Voltaire aborda sobre a
filosofia, nas cartas 18 a 24 é sobre a literatura. Essas cartas filosóficas levaram a franca de
modo sistemático o pensamento politico e filosófico inglês, a carta que gerou polemica
naquela época é a carta 25 intitulada Remarques sur Pascal “sobre o pensamento de
pascal”. Na carta 25, que não foi incluída na primeira edição de vinte quatro cartas, Voltaire
critica certas ideias de Blaise Pascal tirando citação de seus Pensamentos e dando-lhe a sua
própria opinião sobre a matéria. Segundo Voltaire todas as religiões positivas, assim como
o cristianismo são uma superstição. Mais o cristianismo havia encontrado na França o seu
defensor Blaise pascal, isso significa que atacar pascal ao mesmo tempo estará atacar a
religião cristã francesa, e Voltaire atacou pascal apesar de admirar o seu génio Voltaire tem
“a impressão de que pascal escreveu pensamentos com a intenção de mostrar o homem uma
luz odiosa” por isso que Voltaire decide defender a humanidade contra o sublime
misantropo e ousa afirmar que não somos tao maus e nem tao infelizes como ele diz. A
mais importante diferença entre estes dois filósofos se coloca em seus conceitos de homem.
Na opinião de Voltaire pascal tem uma conceção errada do homem e que também é errado
o suposto estado de miséria do homem, para pascal o cristianismo explica com contradições
a miséria e a grandeza humana e Voltaire diz que o cristianismo ensina a simplicidade a
humildade e a caridade. E por fim para pascal a busca pela diversão e ocupação pelas coisas
externas é um sinal evidente da miséria humana, mas para Voltaire é diferente isso seria o
primeiro principio para o fundamento de uma sociedade que é umas um dom de Deus isto é
instrumento necessário para a nossa felicidade e não para nossa miséria como diz pascal.
Voltaire desenvolve outros pensamentos estes nas são os únicos contra pascal e ele conclui
admirando se asi mesmo por ter percebido dos descuidos desse grande génio mesmo os
maiores homens se enganam assim como os homens comuns.

Contra Leibniz e o seu melhor dos mundos possíveis

Se Voltaire estava convencido de que ate o “grande génio” Pascal estava equivocado, agora
ele tem a certeza da falsidade e da ilusão otimista de Leibniz o mais profundo metafisico da
Alemanha para quem o mundo só pode ser o melhor dos mundos possíveis. Para Leibniz se
Deus criou um mundo esse poderia ser perfeito já que Deus é perfeito ele não faria algo
imperfeito, o mundo também é perfeito. E enquanto para Pascal o mundo é mau, Voltaire
não pensa que tudo é mau. A nossa existência não é tao infeliz como gostariam de nos fazer
crer.

Por mais que ele reprove o pessimismo de pascal ele sabe e tem essa noção de que o mundo
é mau, o mal existe, os desastres naturais, a maldade de um ser, essas são as provas contra o
otimismo ou seja contra a ideia do melhor dos mundos possíveis. No seu poema sobre o
desastre de lisboa, Voltaire se perguntava porque de haver caos de desventuras, desordem
eterna, sofrimento inocente, o que nos falta para ver esse melhor dos mundos. Voltaire diz
que se é verdade que tudo ficara bem, o que sustenta a nossa esperança é uma ilusão de que
tudo esta bem hoje em dia.

Cândido ou o otimismo é uma obra literária de Voltaire que procura desfazer esse otimismo
que trata de justificar tudo impedindo assim de compreender alguma coisa. Essa obra de
Voltaire expirou vários escritores, porque o seu estilo é brilhante rápido simples e claro.

Cândido é um relato Tragicómico. E essa tragedia esta nas guerras, opressões, intolerância,
superstição cega, doenças, em suma nas coisas más etc.

Cândido e seu mestre Pangloss se defrontam. Pangloss ensinava metafisica teológico


cosmológico idiotologia. Ele demostrava que não há efeitos sem causas e que, nos melhores
dos mundos possíveis, o castelo de senhor Barão era o mais belo castelo e que a sua
senhora era a melhor baronesa, ele dizia que tudo é feito por um fim, tudo existe
necessariamente para o melhor fim dando exemplos como, as pernas são conformadas para
vestir calças, com efeito temos calças, os porcos foram criados para serem comidos, alguns
comem porco o ano inteiro. Cândido foi expulso do castelo do Barão por ser sido
surpreendido em atitude amorosa com a senhorita Cunegunda, Cândido foi alistado no
exército dos búlgaros onde sofreu maltratos, enquanto era chicoteado ele pensava o que seu
mestre dizia, não há efeito sem causa, tudo estava ligado e ordenado para o melhor. Era
necessário que fosse expulso da presença de Cunegunda, que apanhasse chicote. Depois da
guerra Cândido encontra Pangloss todo desfigurado conta lhe o que aconteceu com as
pessoas que viviam no castelo e o próprio palácio que estava em ruina, e ele desmaia e se
pergunta onde estará o melhor dos mundos, cândido pergunta a Pangloss porque ele esta
desfigurado ele responde que a causa é amor e diz que todo o mal é ingrediente necessário
para o melhor dos mundos, contudo descobre-se que na verdade Cunegunda não estava
morta mas estava muito feia, Cândido, Pangloss e Martinho encontram um sábio
muçulmano que diz, o trabalho afasta de nos três grandes males: o tédio, o vicio e a
necessidade, essa sabedoria do velho turco contagia os três filósofos diz Pangloss “as
grandezas são muito perigosas”, Cândido “sei também que é preciso cultivar a nossa horta”
e Martinho “trabalhamos sem discutir: esse é o único modo de tornar a vida suportável”.

Cultivar a nossa horta, não se trata de uma fuga de compromissos da vida mas o modo de
mudar a realidade naquilo que nos é possível, nem tudo é mal nem tudo é bem, o mundo
esta cheio de problemas cabe a um de nos fazer algo para rever, o nosso mundo não é o
melhor dos mundos possíveis e não é o pior é necessário cultivarmos a nossa horta para
melhorar gradualmente ou pelo menos não se tornar pior.

You might also like