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uh TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DO ACRE Cargo: ~~ Juiz Substituto ) [SPW ner Ao receber este caderno de prova, confira se os seus dados pessoas, transcritos cima, estio corretos e coincidem com o que esta registrado no seu Caderno de Texto Definitive da Segunda Prova Escrita — Sentenca Criminal. Confira também se ele contém proposta para a elaboragio de uma sentenga criminal, correspondente a Segunda Prova Escrita — Sentenca Criminal, acompanhada de paginas para rascunho, de uso opeional. Confira, ainda, 0 seu nome em cada pagina numerada do seu caderno de prova. Caso 0 caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente discordincia quanto aos seus dados pessoais, solicite ao fiscal de sala mais proximo que tome as providéncias cabiveis, pois no serio accitas reclamagdes posteriores nese sentido, Nao se comunique com outros candidatos nem se levante sem autorizagao de fiscal desala. Nao serio distribuidas folhas suplementares para rascunho nem para a transerigio dotexto definitive, Na duragao da prova, esta incluido 0 tempo destinado a identificagao — que ser feita no decorrer da prova —e transcrigo do texto para 0 CADERNO DE TEXTO, DEFINITIVO DA SEGUNDA PROVA ESCRITA— SENTENGA CRIMINAL Ao terminar a prova, chame o fiscal de sala mais préximo, devolva-Ihe 0 seu cademo de texto definitivo e deixe o local de prova. ‘Nenhuma folha deste cademo pode ser destacada. A desobediéncia a qualquer uma das determinagdes constantes no presente cademno ‘uno caderno de texto definitivo poder’ implicar a anulagao da sua prova. ) WG) c 1g Of nq) Q Gcesp PEUNB: emcee OBSERVACOES J+ Nio serio. conhecidos| recunes em desicordo| com 0 estabeecid em edit + nformagoes adiionais: telefone OOXX) 61 3448) 0100; Internet —| swweespesinb be +E permitida a reprodugto| deste material apenas para fins dditicos, desde ‘quecitadaa fonte pISC3NT17514 CESPE/UnB SEGUNDA PROVA ESCRITA SEGUNDA PARTE: SENTENCA CRIMINAL + Nesta prova, faga o que se pede, usando os espagos para rascunho indicados no presente caderno, Em seguida, transcreva o texto para o CADERNO DE TEXTO DEFINITIVO DA SEGUNDA PROVA ESCRITA~ SENTENCA CRIMINAL, nos locais, apropriados, pois nfo serdo avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos. + Qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensto maxima de linhas disponibilizadas sera desconsiderado. + No eaderno de texto definitivo, identifique-se apenas na capa, pois nio serd avaliado texto que tenha qualquer assinatura ou ‘marea identificadora fora do local apropriado. Caso queira assinar seu texto, utilize apenas a expresso Juiz Substitute. Ao texto ‘que contenha outra forma de identificagto seré atribuida nota zero, correspondente aidentificagao do candidato em local indevido. JAG Em 26/8/2010, Jean, Fabio e Tillio, maiores, capazes, juntamente com outras trés pessoas ndo identificadas, dirigiram-se, por volta da uma hora da madrugada, a um banco, sociedade de economia mista, na cidade de Japiim - AC, e arrombaram, com explosivos, diversos caixas eletrénicos, tendo arrecadado todo 0 dinheiro que havia nos equipamentos. Horas mais tarde, na mesma madrugada, dirigiram-se as cidades de Cruzeiro do Sul ~ AC ¢ Porto Valter - AC, onde executaram idéntica infragdo penal, nos mesmos moldes da anterior, em caixas eletrénicos de instituigdes bancérias de natureza privada, tendo arrecadado, ao todo, com a empreitada delituosa, a quantia de R$ 18 mil Na cidade de Cruzeiro do Sul ~ AC, a grande quantidade de explosivos utilizada para destruir o invéluero de aco dos caixas eletrénicos do banco causou o desmoronamento da parede lateral da casa banciria, cujos escombros atingiram a residéncia vizinha, o que acarretou significativos danos ao imével, avaliados em R$ 20 mil, e a morte da proprietéria, Luiza, de sessenta e oito anos de idade. Na cidade de Porto Valter - AC, os referidos agentes, que empreenderam fuga apés o recolhimento dos valores existentes nos caixas eletrdnicos, foram imediatamente perseguidos pela policia militar. Jean, Fabio e Tullo foram presos e os demals integrantes do grupo lograram éxito na fuga em outro veiculo. Com os presos, foram encontrados dois quilos e meio de explosivos (dinamite), duas armas de uso restrito, pistolas de calibre .40, ¢ a quantia de R$ 9 mil. Em seguida, os trés foram apresentados & autoridade policial de Porto Valter ~ AC, que lavrou o auto de priso em flagrante, no mesmo dia, tendo encerrado o procedimento as dez horas da manh, apés o cumprimento de todas as formalidades legais. Em seguida, ordenou a apreensao das armas, do veiculo, do dinheiro encontrado em poder dos acusados e dos explosivos, ¢ a realizacio de pericia nos explosivos e no armamento apreendido, e encaminhou os presos & cadeia publica municipal. A autoridade policial comiunicou a prisdo a0 juizo de Porto Valter - AC, 0 érgo do Ministério Piblico (MP) com atuacao naquela comarca ¢ as familias dos presos, estas, por indicacdo destes. As investigacées prosseguiram com o propésito de identificar os demais agentes envolvides nos fatos delituosos. Apurou-se que o veiculo apreendido em poder dos acusados, pertencente a Jean, havia sido alienado fiduciariamente ao banco ARCA. Em 28/8/2010, o MP ofereceu dentincia e postulou a decretagao da priso preventiva dos acusados. Na peca acusatéria, narrados os fatos, 0 MP imputou a Jean, Fabio e Tiilio os crimes de furto qualificado, em razo da destruicao e rompimento de obstéculo & subtracdo da coisa, em concurso de pessoas e concurso material de infragées, com agravante por uso de explosive, cumulado com os crimes de porte de arma de fogo e explosivos, em concurso material; responsabilizou, ainda, todos os denunciados pelo delito de homicidio culposo, com a pena prevista aumentada de um terco, em razao de o crime ter sido praticado contra pessoa maior de sessenta anos de idade; por fim, igualmente para todos os réus, imputou-Ihes o crime de formacao de quadrilha, A peca acusatéria fol recebida no mesmo dia de seu oferecimento, tendo sido decretada a pris3o preventiva dos acusados, com fundamento concreto na garantia da ordem publica, por conveniéncia da instrugo criminal e para assegurar a aplicacdo da lei penal; na mesma oportunidade, foi ordenada a citagdo dos réus para a apresentagéo de resposta & acusagio. Nos mandados de citagdo e intimag3o devidamente cumpridos, juntados aos autos, constava a informac&o de que os réus ndo possuiam recursos suficientes para constituir advogado particular para o patrocinio da defesa. Como na comarca no existe niicleo da defensoria piblica, foi nomeado advogado dativo para assumir a defesa dos trés réus, que, em defesa preliminar, com base em varios documentos, arguiu a nulidade da prisBo preventiva, em razéo da auséncia de intimacgo da parte contréria e da correspondente cépia do Fequerimento e das pecas necessérias, antes da decretago da medida cautelar corporal, conforme determinagéo do Cédigo de Processo Penal (CPP). Ainda em sede preliminar, aduziu 2 defesa a incompeténcia absoluta do juizo, em razo de o fato mais grave imputado aos réus ter sido praticado na cidade de Cruzeiro do Sul ~ AC, o que atrairia a competéncia desse juizo para conhecer, processar & Julgar os fatos, de acordo com o que determina o CPP. Arguiu, também, a defesa a incompeténcia absoluta da justica estadual para julgar o feito, em face de a primeira instituicao bancéria ser sociedade de economia mista. Postulou, por fim, a absolvicao suméria dos réus, argumentando igualmente tudo mais que interessava @ sua defesa no momento, e mencionou a existéncia de outras provas que pretendia produzir, na eventualidade de instrucao processual. ‘argo: dae Subst TAC DISC3NTIT514 CESPE/UNB JAC Recebida a peca defensiva, 0 juiz, em face da apresentaco de documentos e do requerimento de absolvicao suméria, ordenou a abertura de vista ao MP, para que este se pronunciasse acerca dos documentos apresentados e dos pedidos formulados pela defesa. O érgao acusatério manifestou-se, por cota nos autos, pelo prosseguimento do feito. O magistrado rejeitou o pedido de absolvicéo suméria, em face da auséncia manifesta dos requisitos legais, designou, em seguida, audiéncia de instrugdo € Julgamento, com intimagao das partes e testemunhas, e ordenou a apresentaco dos réus em juizo, no dia e hora determinados, Em 15/9/2010, aberta a audiéncia de instrugo e julgamento, foram ouvidas quatro testemunhas arroladas pelo MP, que confirmaram os fatos narrados na deniincia, bem como os elementos & circunsténcias deduzidos. Além disso, as testemunhas reconheceram os réus presentes na audiéncia. Foram ouvidas, também, trés testemunhas indicadas pela defesa, que apenas atestaram como boas as condutas dos réus, alegando nada saber a respeito dos fatos delituosos. Em seguida, antes do interrogatério dos réus, a defesa postulou que os acusados pudessem permanecer na sala da audiéncia fe pudessem acompanhar os interrogatérios dos corréus, pedido indeferido pelo magistrado, que assegurou apenas a presenca do patrono dos réus no referido local. Apds a decisdo do julz, a defesa fez constar em ata reclamacao por cerceamento do direito de defesa pessoal No interrogatério, os réus negaram a participaggo nos fatos delituosos e declararam estar, na data e hordrio dos delitos, acompanhados de outras pessoas, a caminho de uma festa; afirmaram desconhecer os objetos, armas e valores apreendidos, que, segundo eles, pertenceriam as outras pessoas que fugiram no momento da abordagem policial; declararam, ainda, que os trés fugitivos eram menores de idade e a razao da fuga seria o fato de nao terem habilitagao para dirigir. O MP requereu a juntada da folha atualizada dos antecedentes criminais dos acusados, o que foi prontamente acolhido, ocasiéo ‘em que se pdde constatar a inexisténcia de registros de ma conduta dos réus. Constavam dos autos oficio noticiando que os acusados haviam fugido da cadela publica municipal, documentos relativos 3 instauragdo de outras investigacdes para apurar a participacdo dos réus em outros eventos delituosos, de natureza idéntica, e laudo conclusive acerca dos prejuizos sofridos pelas instituigées bancarias, no valor de R$ 200 mil, Por ocasido das alegacées finais, apresentadas na forma escrita, por intermédio de memoriais, ‘© MP, ante a complexidade da causa, reiterou, como faculta a lel processual, a imputacdo originalmente deduzida em juizo, apontando a existéncia de provas nos autos acerca da responsabilidade penal dos réus e renovando, assim, 0 pedido de condenacao nos termos da denincia. A defesa de todos 0s réus, por sua vez, reiterou as preliminares de incompeténcia absoluta do juizo, em face de o fato mais grave imputado aos réus ter sido praticado na cidade de Cruzeiro do Sul ~ AC, bem como o de ser a justica federal competente para conhecer, processar ¢ julgar todos os fatos, conforme disposicéio do CPP e da CF, em razo de ser a primeira instituigio bancéria sociedade de economia mista. Alegou a nulidade absoluta do feito, por ofensa ao devido processo legal, em decorréncia da manifestacao do MP apés o recebimento da peca defensiva preliminar, por auséncia de previsdo legal, restando o tema prequestionade para fins de eventual recurso excepcional; preliminar de nulidade absoluta em raz&o de excesso de linguagem do julgador ao rejeitar a absolvicdo suméria, antecipando 0 posicionamento acerca do mérito da demanda, o que teria prejudicado os réus € comprometido a imparcialidade do julgador. No mérito, alegou auséncia de lastro probatério para a condenacao dos réus, aduzindo a impossibilidade juridica do crime de furto qualificado por concurso de pessoas cumulado com o delito de quadritha, ao argumento de que as qualificadoras daquele constituem 0 elementos constitutivos deste, Arguiu também a impossibilidade de condenagdo dos réus pelo delito de formaco quadrilha, argumentando ter havido identificacao de apenas trés agentes, além da noticia da participagdo de menores nos fatos, o que obstaria a caracterizacdo do delito em questo. Alegou, ainda, a impossibilidade da presenca da agravante por uso de explosivo, cumulado com os crimes de porte de arma de fogo e explosives, bem como a de concurso material entre estes. Por fim, pediu 0 afastamento da causa de aumento de pena no homicidio culposo, sob a alegagéo de que os réus, desconheciam a poténcia dos explosives e o fato de a vitima ser pessoa idosa. Na mesma ocasléo, apresentou, juntamente com a sobredita peca processual, dois atestados de dbito referentes aos réus, Jean e Tilio, requerendo a aplicagSo dos efeitos processuais correspondentes. Os autos seguiram conclusos ao magistrado, que, diante da noticia do falecimento de dois dos réus, ordenou a remessa do feito ao MP, para que se manifestasse a respeito do requerimento da defesa © MP pronunciou-se pela aplicago dos efeitos processuais em relagio ao réu Jean e, por desconfiar da veracidade do teor do documento relative a Tullo, apresentou incidente de falsidade documental. O magistrado mandou autuar em apartado a impugnacdo, determinando, em seguida, que a defesa se manifestasse na forma e no prazo legal, Esta alegou que a pretensdo acusatéria era absurda, argumentando que os atestados de bito haviam sido fornecidos a defesa pelas préprias maes dos réus, e arguiu, com base em jurisprudéncia, a inadmissibilidade do incidente de falsidade nessa fase processual, bem como 0 seu nao conhecimento, em razéo de a alegagdo dizer respeito a suposta falsidade ideolégica, TIAC sCINTITSIA CESPE/UnB. JAC (© magistrado assinalou prazo de trés dias, sucessivamente, a cada uma das partes, para a prova de suas alegagées, ordenou a realizagio de diligéncias, requisitou informagées ao cartério de registro civil da comarca, akim de determinar a confeccao de pericia técnica no documento questionado, apresentando 08 respectivos quesitos, com a intimacao das partes para, no prazo de 48 horas, ofertarem, também, por ‘opcdo, quesitos ao expert, correndo o prazo in albis. Recebidas as informacdes e o laudo pericial, que atestou a falsidade do documento de dbito, as partes foram intimadas para ciéncia. O MP manifestou-se pelo desentranhamento, dos autos, do documento em questo e imputou ao réu Tilio o crime de uso de documento falso. A defesa, por sua vez, reiterou a boa-fé na apresentacdo do documento em julzo, & aplicacdo dos correspondentes efeitos juridicos, além da manutenc&o da documentacéo nos autos. Em seguida, por decisao irrecorrivel, 0 magistrado reconheceu a falsidade da certiddo de ébito, ordenou 0 seu desentranhamento do feito, remetendo 0 documento, juntamente com os autos do proceso incidente, ao MP. (Os autos principais restaram conclusos para sentenca, Com base no relato acima apresentado, profira, na qualidade de juiz de dieito substituto do Tribunal de Justiga do Estado do Acre, asentenga judicial adequada a0 caso, devidamente embasada na legislago, na doutrina e(ou) na jurisprudéncia, Analise toda amatéria, de dreito processual e material pertinente a julgamento, fundamentando suas explanagdes. Dispense orelatrio endo cri fatos novos. TUACI2_001_DISC3NTI7514 CESPE/UNB ~ TJAC RASCUNHO — SENTENGA CRIMINAL — 1/6 10 1" 12 13 14 15 16 7 18 19 20 ai 2 23 24 26 27 28 29 TUACI2_001_DISC3NTI7514 CESPE/UNB ~ TJAC RASCUNHO — SENTENGA CRIMINAL — 2/6 3t 32 33 34 36 37 38 38 4“ 42 43 44 46 47 48 49 51 82 53 54 56 87 58 59 TUACI2_001_DISC3NTI7514 CESPE/UNB ~ TJAC RASCUNHO — SENTENGA CRIMINAL — 3/6 61 62 63 64 66 67 68 69 mn R 3 74 75 76 7 78 79 at 82 33 a4 86 a7 88 89 TAC DISC3NTIT514 CESPE/UNB JAC RASCUNHO — SENTENGA CRIMINAL — 4/6 ot 2 93 94 96 97 98 99 100 101 102 103, 104 105 108 107 108 109 110 m1 12 113, 114 115 116 "7 118 119 120 TAC DISC3NTIT514 CESPE/UNB JAC RASCUNHO — SENTENGA CRIMINAL — 5/6 121 122 123, 124 125 128 127 128 129 130 131 132 133, 134 135 138 137 138 139 140 141 142 143, 144 145: 148: 147 148 149 150 TAC DISC3NTIT514 CESPE/UNB JAC RASCUNHO — SENTENGA CRIMINAL — 6/6 151 182 153, 154 155 156 157 158, 159 160 161 162 163, 164 165 168, 167 168 169 170 1m 172 173 174 175 176 7 178 179 180 G cespeuUne Centro de Selecao e de Promocao de Eventos

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