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resenha crítica dos textos do

seminário 01
Gustavo Henrique Costa de Carvalho 19.2.1177

No livro ‘A forma da cidade de origem portuguesa’, de Manuel C. Teixeira, o autor nos


apresenta de forma bem direcionada, principalmente no primeiro capítulo as
especificidades do urbanismo que tem como base conceitos praticados em Portugal. O
autor define e descreve vários conceitos como o urbanismo vernáculo e o erudito e
vários outros fatores que eram determinantes para os portugueses na estruturação de
vilas e cidades na colônia, como geografia, topografia do terreno, natureza do solo e
clima.
Podemos entender também, através da leitura desse texto, as soluções urbanas
utilizadas pelos portugueses para não serem sempre reféns de características físicas e
ambientais do território para sua organização urbana, eles não se prendiam totalmente
à urbanizar de forma geométrica e se adaptavam de forma muito eficaz à terrenos não
planos, utilizando as diferenças nos traçado para hierarquizar as edificações do meio
urbano, sendo as de mais importância situadas em pontos dominantes, estratégicos e
de destaque em relação à paisagem ao seu redor. Eram assim definidas as relações de
poder e hierarquia com a estrutura urbana. Os edifícios tidos como principais de uma

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cidade, os religiosos, políticos e militares, geravam espaços urbanos e centralidades
que posteriormente se tornavam praças, devido à sua localização privilegiada e
importância para a sociedade, eram esses espaços que definiam as direções de
urbanização e serviam como pontos de referência para as cidades com urbanismo de
origem portuguesa.
Nos demais textos, temos um panorama de como a ocupação e urbanização de Minas
Gerais foi executada ao longos dos anos, sendo inicialmente explicados os critérios
que definiam as escolhas dos sítios das cidades pelos portugueses e em outro
momento tratando mais especificamente do caso da cidade de Ouro Preto. Em todos
esses casos podemos perceber a capacidade de se adaptar ao território que os
portugueses tinham no momento de urbanizar tais locais, mas também que eles não se
prendiam fielmente às regras de ocupação de um sítio, caso esse fosse
economicamente interessante, apesar de não ser o mesmo topograficamente falando.

Ao contrário do que se pensa, devido a um processo de comparação com as


ocupações espanholas na América, as implantações urbanas portuguesas não eram
desleixadas por não seguir o traçado em forma de tabuleiro de xadrez. Havia sim, em
certas regiões, verdadeiras políticas de urbanização que sempre buscavam atender às
necessidades e interesses da Coroa portuguesa. Essas políticas refletiam uma
preocupação real com a organização do espaço urbano, em muitos casos as
povoações mineiras já existentes cresciam e se desenvolviam nos arredores de rios,
terrenos férteis e a uma distância boa de caminhos de ouro. Havia também uma
preocupação no sentido de evitar a coexistência de habitações e minas de exploração
de ouro em um mesmo terreno, pois entendia-se desde esse momento que essa
configuração era prejudicial para o dia a dia tanto da constituição do espaço urbano,
quanto para a atividade mineradora.
Olhando um pouco mais de perto para o caso específico da nossa cidade, Ouro Preto,
antigamente chamada de Vila Rica, teve-se que abrir mão de algumas exigências para
que a cidade pudesse ser desenvolvida em seu sítio não muito favorável, o
desenvolvimento do comércio associado à atividade mineradora influenciou
diretamente para que isso acontecesse, Vila Rica é fundada como a comunhão entre
dois arraias já existentes: Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto e Nossa Senhora da
Conceição de Antônio Dias.

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