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Recomendações Técnicas para o Cultivo de Soja em Regiões de Baixas Latitudes
Recomendações Técnicas para o Cultivo de Soja em Regiões de Baixas Latitudes
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vmcuíaoa ao M;n;stério da Agr;cullu<a
Centro Nacional de Pesquisa de Soja - CNPSo
Londrina, PR
Recomendações
Técnicas para o
Cultivo de Soja em Regiões
de Baixas Latitudes
« I2°,S)
Natal, 22 a 23 de agosto de 1989
Londrina, PR
1990
ISSN 0101-5494
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS
Presidente: Carlos Magno Campos da Rocha
Diretores: Ali Aldersi Saab
PARA O CULTIVO DE SOJA EM REGiÕES DE
Décio Luiz Gazzoni - BAIXAS LATITUDES ( < 12° S)
Túlio Barbosa
Tiragem: 600 exemplares a participação de técnicos de Órgãos de Pesquisa, Ensino, Assistência Técnica e Ex-
tensão Rural e de produtores de soja.
Anualmente, esta reunião é realizada com o objetivo de apresentar, à comu-
COMITÊ DE PUBLICAÇÕES: SETOR DE COMUNICAÇÃO nidade envolvida direta ou indiretamente com a cultura da soja, os resultados de pes-
quisa e experimentação realizados durante o último período, referendar as alterações
Léo Pires Ferreira (Presidente) Responsável: Sandra Zambudio
introduzidas nas recomendações técnicas para a cultura da soja na região de abran-
Antonio R. Panizzi Digitação: Divina M.F. Boaventura
Carlos Caio Machado gência e analisar, de forma detalhada, o desempenho dos projetos de pesquisa perti-
Composição: Sandra Regina da Silva
Francisco C. Krzyzanowski Revisão: Sara Piccinini Dotto nentes ao Programa Nacional de Pesquisa de Soja e a viabilidade de execução de no-
José B. França Neto Capa: Danilo Estevão vos projetos.
Ivan C. Corso Arte Final e Fotolitos: Os estados inclufdos nesta região são: Acre, Amazonas, Pará, Maranhão,
Helvio Borini Zemuner Piauf, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Parafba, Pernambuco e Sergipe. Incluem-
Ivania A.L. Donadio (Secretária) Impressão: Décio de Assis se, também, os Territórios do Arnapá e de Roraima.
Acabamento: Amauri Farias Em anos anteriores, o CNPSo publicou as Recomendações Técnicas pa-
ra o Cultivo de soja em Regiões de Baixas Latitudes « 120 S) no mês de outubro.
Este ano, estamos publicando no mês de maio de 1990, as Recomendações Técnicas
Reunião do Programa Nacional de Pesquisa de Soja Regiões Norte-Nordeste,
para o ano safra 90/91. A edição, nesta época, permite aos sojicultores mais tempo
11, Natal, RN, 1989.
Recomendações técnicas para o cultivo de soja em regiões de baixas latitu- para planejamento de suas atividades, utilizando as mais recentes tecrologias disponfveis.
des « 120 Si. Londrina, EMBRAPA-CNPSo, 1990.
~EMBRAPA, 1990
Conforme Lei 5.988 de 14/12/73
SUMÁRIO
página
APRESENTAÇÃO•••••••••••••••••••••••• , ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• •••• 03
1. CALAGEM E ADUBAÇÃO... ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• •••• 07
1.1. Calagem ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••.•• 07
1.2. Adubação......................... •• • • • • • • • •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 08
1.3. Inoculação........................................................ 10
2. CULTIVARES RECOMENDADAS.. •••••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• •.• ••• ••• •••• 10
5. TECNOLOGIA DE SEMENTES.... ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••. ••• •••••• •.• •••. 15
5.1. Estabelecimento de campo de semente.. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . . . • • • • 15
5.2. Colheita.................. . • • • • • • • • . • • • • . • • • • • • . • • . • • • . • • •. • • . • . . . 16
5.3. Avaliação da qualidadedas sementes............................... 23
6. FITOPATOLOGIA •..•.••••••••••. '" .•. ••• ••• ••••.• ••. ••• ••• ••. ••. ..•• 24
6.1. Recomendações gerais. • • • • • • • • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . • • • • • . • • • 24
6.2. Tratamento de sementes...... .•• ••• •••••• ••. •••••• .••••• •••••• •.• . 25
6.3. Cancro da haste • • • • •• • • • • • • • • • • • • • • • • . • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . • • • • • . • 28
8. MANEJO DE PRAGAS... • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . • • 46
1. CALAGEM E ADUBAÇÃO
1.1. Calagem
1.2. Adubação TABELA 2. Recomendação de adubação corretiva de potássio para soja, nos se-
los do Cerrado nas regiões de baixa latitude. EMBRAPA-CNPSo/E-
A adubação de solos do Cerrado pode ser corretiva ou de manutenção. MAPA. Londrina, PR. 1986.
Adubação corretiva
A adubação cotretiva poderá ser efetuada de duas maneiras: total ou imedia- Teores de K K20
ppm
(meq/100 g) (kg/ha)
ta ou gradual para fósforo (Tabela 1) e total para potássio (Tabela 2).
Esta operação é feita em uma única aplicação a lanço, com posterior incorpo-
ração do adubo ao solo, antes da semeadura. < 0,15 60 60
0,16 - 0,30 61 - 120 30
> 0,30 12Ú O
TABELA 1. Recomendação de adubação corretiva de fósforo para soja, nos so- Adubação corretiva total ou imediata.
los do Cerrado das regiões de baixa latitude. EMBRAPA-CNPSo. Lon- Fonte: SFREDO, G.J.; PALUDZYSZYN FILHO, E. & GOMES, E.R. 1987.
drina, PR. 1986.
1.3. Inoculação meadura. A distribuição das plantas no campo é feita pela variação do espaçamento
e da densidade na linha.
Recomenda-se a inoculação das sementes com a bactéria Bradyrhizobium
japonicum, contida nos inoculantes especfficos para soja. TABELA 3. Descrição das cultivares de soja recomendadas para as regiões de
Para melhor eficácia da inoculação, devem ser observados os seguintes pontos: baixas latitudes « 120 S), estados das Regiões Norte e Nordeste,
a. usar inoculantes com as estirpes 29W e 587; exceto os estados da Bahla e de Rondônia. EMBRAPA-CNPSo.
b. dissolver 250 g de açúcar cristal (treze colheres de sopa) em um litro d'água; Londrina, PR. 1989.
c. misturar essa solução com 1 kg de inoculante (cinco doses);
d. para a soja cultivada em solos de primeiro ano, recomenda-se o uso de 1 kg de ino-
culante/40 a 50 kg de semente; ~Cultivares
e. misturar bem com a semente e deixar secar à sombra. Características
Tropical BR-10 (Teresina)
Obs.: Resultados de pesquisas demonstraram que quando se inocula a semente do
arroz no ano anterior, a soja cultivada nessa área produz excelente nodulação.
Neste caso, usa-se 1 kg de inoculante por hectare para o arroz. No ano seguin- Genealogia Hampton x E 70-51 UFV-1 x IAC 73-2736-10
te, usa-se 400 g de inoculante por saco de 50 kg de sementes de soja. Nome da linhagem Lo 75-2280 BR 79-172
Ano de lançamento 1980 1983
Semente básica SPSB-EMBRAPA SPSB-EMBRAPA
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Q) Q)
a:a:cn pois, além de afetar o rendimento, afeta também, e de modo acentuado, a arquitetura
e o comportamento da planta. Semeadura em época inadequada pode causar perda
total ou redução drástica no rendimento, bem como dificultar a colheita mecânica, de
tal modo que as perdas nesta operação podem chegar a níveis muito elevados. Isto é
devido às alterações na altura da planta, na altura da inserção das primeiras vagens,
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E
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TABELA 4. Época de semeadura, espaçamento, densidade e população de plan-
tas de soja por hectare para algumas regiões do Norte/Nordeste.
o
EMBRAPA-CNPSo. Londrina, PR. 1989.
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• a: • Número de
Época mais Espaçamento Populações
Região plantas por
indicada (em) (plantaslha)
metrolinear
no número de ramificações, no diâmetro da haste e no acamamento. Estas caracterfs- Para estimar a quantidade de sementes que será gasta por ha, pode-se usar
ticas estão também relacionadas com produção e cultivares. a seguinte fómula:
As indicações das melhores épocas de semeadura, do espaçamento,de den-
sidade e de população de plantas estão na Tabela 4.
1.000 x P x D
Q
GxE
4. INSTALAÇÃO DA LAVOURA
onde:
b) Evitar a utilizacão contrnua de uma mesma área para produção de sementes, reali- maior. Uma perda de 10% do total produzido pode representar 40% ou mais do lucro
zando um manejo adequado da área de cultivo, como espaçamento, rotação de pretendido. Para reduzir perdas, é necessário conhecer as causas das mesmas, se-
culturas e cultivares, enterro profundo (aração) de restos de culturas hospedeiras, jam elas trsicas ou fisiológicas. A seguir, serão abordadas algumas causas de perdas
em decorrência da potencialização de problemas fitos sanitários, no que concerne decorrentes do processo de colheita, de seu atraso ou má execução.
a pat6genos como Rhizoctonia solani, Sclerotinia sclerotiorum, Phomopsis
sojae, Colletotrichum dematium varo truncata, Cercospora sojina e Diaporthe
phaseolorum f. sp. meridionalis (forma imperfeita: Phomopsis phaseoli f. sp. 5.2.1.1. Preparo do solo
c) Utilizar áreas com fertilidade elevada, pois níveis adequados de Ca e Mg exercem veis no terreno que provocam oscilações na barra de corte da automotriz, fazendo com
influência sobre o tecido de reserva da semente, além de interferirem na disponibili- que haja um corte desuniforme e muitas vagens deixem de ser levadas para dentro
dade de outros nutrientes, no desenvolvimento de raízes e na nodulação. A defi- da plataforma, ficando perdidas no campo. A presença de corpos estranhos pode tam-
ciência de K influência a retenção de vagens, além de aumentar a suscetibilidade bém prejudicar a operação. Paus, pedras e raízes remanescentes podem danificar a
a de Phomopsis spp. barra de corte, atrasando a colheita. A quebra de facas da barra de corte prejudica o
funcionamento desta, deixando muitas plantas sem serem cortadas.
d) A época de semeadura das cultivares precoces, considerando qualidade de semen-
te, poderá ser retardada até limites que não prejudiquem seriamente as característi-
cas agronômicas como altura de planta, inserção de vagens e produção.
5.2.1.2. Época de semeadura, espaçamento e densidade
5.2. COLHEITA A aplicação inadequada destas práticas pode redundar em uma lavoura pou-
co adaptada à colheita mecânica. A semeadura em época pouco indicada pode acarre-
Constitui-se em uma importante etapa no processo produtivo da soja, não s6 tar baixa altura das plantas e baixa inserção das primeiras vagens. O espaçamen-
por representar o acabamento da cultura no campo e, em última instância, a recompen- to e/ou a densidade de semeadura inadequados podem reduzir o porte ou aumentar o
sa do agricúltor, mas, principalmente, pelos riscos a que está sujeito o produto nesta acamamento, o que, conseqüentemente, fará com que haja mais perdas na colheita.
fase, seja em lavoura destinada ao consumo ou à produção de semente.
Tão logo se constate o ponto de colheita (estádio R8) e que a lavoura se en-
5.2.1.3. Cultivares
contre com teor de umidade aceitável para tal operação, deve-se proceder a colheita
o mais rápido possível, a fim de evitar perdas na qualidade do material produzido. Pa-
Muitas vezes, o uso de cultivares mal adaptadas a determinadas regiões po-
ra tanto, o agricultor deve ter preparado, com antecedência, as máquinas, os arma-
de afetar o bom desenvolvimento do processo de colheita. Características como altu-
zéns, etc., pois, uma vez atingida a maturação de colheita, a tendência é a deteriora-
ra de inserção, índice de acamamento, ocorrência de haste verde ou retenção foliar
ção dos grãos e a debulha em intensidade proporcional ao tempo que a soja permane-
podem prejudicar a colheita, acarretando perdas.
cer no campo.
A presença de plantas daninhas faz com que a umidade permaneça alta por
Durante o processo de colheita, é normal que ocorram algumas perdas, porém
mais tempo e prejudique o bom funcionamento da máquina, exigindo desta mais veloci-
é necessário que estas sejam sempre reduzidas a um mínimo para que o lucro seja
18 19
dade no cilindro batedor, o que resulta em maior dano mecânico no caso de semente. associação do molinete, de barra de corte, das velocidades de avanço, do cilindro e
Acarreta, também, maior incidência de fungos nas sementes. das peneiras é responsável por um bom trabalho de colheita. Estes elementos, portan-
to, devem estar em perfeita harmonia.
O molinete tem a função de recolher as plantas sobre a plataforma à medida
5.2.1.5. Retardamento na colheita
que são cortadas pela barra de corte. Deve ser ajustado em posição e velocidade de
rotação adequadas. A posição deve atender ao melhor recolhimento do material corta-
Muitas vezes, a espera de baixos teores de umidade para efetuar a colheita
do, não deixando que plantas cortadas caiam fora da plataforma e também não dei-
pode ser surpreendida por chuvas inesperadas ou orvalho, que elevam a incidência
xando de recolher plantas acamadas. A velocidade deve ser aproximadamente 25%
de patógenos ou provocam a deterioração fisiológica, no caso de lavouras para semen-
maior que a velocidade de avanço da máquina.
te. Quando a lavoura é para grãos, não é menos grave o problema, pois a deis-
A barra de corte deve trabalhar o mais próximo possfvel do solo, visando dei-
cência de vagens pode ser aumentada e há casos de reduções acentuadas na qualida-
xar o rnlnimo possível de vagens presas na resteva da lavoura. A velocidade de avan-
de do produto.
ço deve ser sincronizada com a velocidade das lâminas e do molinete. O deslocamen-
to deve ser de 4 a 5 km/ha, porém cada caso deve ser considerado individualmente.
5.2.1.6. Umidade de colheita Em lavoura com qualquer tipo de problema (desnível do solo, presença de plantas da-
ninhas, maturação desuniforme, acamamento, baixa inserção de vagens), o cuidado
É um ponto muito importante, pois determina o momento em que se deve ini- deve ser redobrado.
ciar a colheita. Umidade alta pode acarretar danos mecânicos latentes e umidade muito No cilindro batedor, as perdas geralmente não são muito grandes, porém, quan-
baixa, danos mecânicos imediatos, sendo os teores entre 13,5% a 15% a faixa de umi- do a lavoura é para semente, a velocidade é fator preponderante para reduzir perdas
dade limite entre dois casos, quando se trata de lavoura para semente. Umidade aci- por dano mecânico na semente. Neste caso, é necessário regular a velocidade do cilin-
ma de 14% exige do agricultor investimento para proceder a secagem, uma vez que dro duas vezes durante o dia, uma vez que a umidade da semente é reduzida nas ho-
o armazenamento não pode ser feito com este nível de umidade. Umidade abaixo de ras mais quentes e pode sofrer maiores danos. Velocidade. muito alta do cilindro p0-
12%, em lavouras para grãos, pode acarretar aumentos drásticos na perda trsica do de provocar a fragmentação da semente até níveís de 15% a 30%, o que se consti-
produto. A colheita pode iniciar mesmo com 20% de umidade, porém, neste nr- tui em perda grave.
vel, o dano mecânico é muito acentuado. Ressalta-se que, se a colheita for efetuada Associada à velocidade do cilindro, está a abertura do côncavo, que pode re-
com 18% de umidade, o produtor de semente disporá apenas de um período de dois duzir a quebra dos grãos.
dias para proceder a secagem; após este período, a qualidade fisiológica das semen- Perdas nas colheita têm se verificado, freqüentemente, em torno de 9% a 10%,
tes estará seriamente comprometida. A umidade em torno de 13% tem sido a mais viá- porém o nfvel aceitável é de 3%. Acima disto, é recomendável procurar a causa para
vel para a colheita mecânica de soja, tanto no aspecto de perdas físicas como danos obter sua redução.
no caso de sementes. Para constatar a umidade da semente em um campo, retirar
Enfim, pode-se considerar como perdas na colheita não só as sementes que
uma amostra e determinar o teor de umidade das sementes com o auxílio de um deter-
não são recolhidas ao armazém após o processo de colheita, mas também o material
minador de umidade.
que é recolhido com sérios danos, com alta taxa de sementes quebradas e trincadas,
e as reduções de germinação e vigor, no caso de semente. Portanto, o pensamento
no momento da colheita deve ser de reduzir ao máximo a perda ffsica, mantendo a qua-
5.2.1.7. Regulagem e condução da máquina
lidade do material colhido.
Tendo em vista as várias causas de perdas que podem ocorrer numa lavou- Problema
Causas Soluções
ra de soja, os tipos ou fontes de perdas podem ser definidas da seguinte maneira: apresentado
a. perdas antes da colheita, causadas por deiscência ou pelas vagens caídas ao so-
lo antes da colheita; Plantas cortadas amontoan- Molinete muito alto. Baixar o molinete e deslocá-Io
do-se na barra de corte oca- para trás se necessário.
b. perdas causadas pela plataforma de corte, que incluem as por debulha, as devido
sionando perdas. Plataforma de corte muito alta. Baixar a plataforma para cortar o
à altura de inserção e as por acamamento: talo mais comprido.
c. perdas por trilha, separação e limpeza, constituloas pelos grãos que tenham passa-
do através da colheitadeira.
Plantas se enrolam no moi i- o molinete está muito alto. Baixar o molinete.
nete quando esão emaranha-
das com ervas daninhas A velocidade do molinete é ex- Reduzir a velocidade do molinete.
Embora as origens das perdas sejam diversas e ocorram tanto antes quanto cessiva.
durante a colheita, estudos desenvolvidos em vários locais mostraram que 58% das
Corte irregular das plantas Navalha ou dedos da barra de Trocar as peças danificadas
perdas ocorrem pela ação dos mecanismos da plataforma de corte das colheitadeiras
ou arrancado corte danificados.
(molinete, barra-de-corte e caracol), 12% são ocasionadas pelos mecanismos internos
Barra de corte empenada. Desempenar a barra de corte e
(trilha, separação e limpeza) e 3% são causadas por deiscência natural. alinhar os dedos.
Para avaliar as perdas ocorridas, principalmente durante a colheita, recomen- Placas de desgaste das nava- Ajustar as placas para que as na-
lhaS muito apertadas. valhas deslizem com facilidade.
da-se a utilização do método volumétrico, utilizando o copo medidor de perdas. Esse
copo correlaciona volume com peso, permitindo a determinação direta de perdas em Vibração excessiva da barra Os dedos não estão alinhados. Alinhar os dedos da barra de corte.
kg/ha de soja, pela simples leitura dos nrveis impressos no próprio copo. de corte. Muita folga entre as peças da Eliminar a folga entre as peças.
O método consiste em coletar, de uma área conhecida, os grãos de soja que barra de corte.
permaneceram no solo. Essa área é delimitada por uma armação consíruída com
Sobrecarga do cilindro. A correia plana patina. Ajustar a tensão da correia plana.
dois pedaços de madeira (cabo de vassoura) de 0,5Om e de comprimento igual à largu-
Alimentação excessiva do cilin- Reduzir a velocidade da máquina.
ra da plataforma de corte das colheitadeiras. Esta armação, no seu comprimento, po-
dro.
de ser delimitada por barbante comum, unindo as extremidades dos dois cabos.
O copo medidor, bem corno as instruções de seu uso estão disponrveis, gratui- Sobrecarga do cilindro. Pouca folga entre o cilindro e Baixar o côncavo.
tamente, no CNPSo (Londrina). côncavo.
Velocidade do cilindro muito baí- Aumentar a velocidade do cilindro.
xa.
5.2.3. Como conigir problemas que acontecem na colheita. Vagens não trilhadas cain- Velocidade do cilindro muito bai- Aumentar a velocidade do cilindro
do do sacapalhas e peneiras. xa. e peneiras.
Muita folga entre o cilindro e o Levantar o côncavo.
côncavo.
Problema
Causas Soluções As plantas estão muito verdes Aguardar para que as plantas se-
apresentado
ou úmidas. quem.
Continua ...
22 23
Continuação casos, a falta de carga nas plantas poderá provocar uma segunda florada, normalmen-
te estéril e, conseqüentemente, causar a retenção foliar pela ausência de demandá pa-
ra os produtos da fotossrntese.
Problema
Causas Soluções
apresentado A situação pode se agravar, ainda mais, com a ocorrência de chuvas no perto-
do de maturação. O excesso de umidade durante este período propicia a manutenção
Grãos quebrados. As plantas estão muito úmidas. Aguardar para que as plantas se- do verde das hastes e vagens, além de facilitar o aparecimendo de retenção foliar,
quem. mesmo em lavouras com carga satisfat6ria e livres de danos de percevejos. A umida-
A velocidade do cilindro é exces- Reduzir a velocidade do cilindro. de excessiva durante a maturação também pode causar a germinação da semente
siva.
Pouca folga entre o cilindro e o Baixar o côncavo. na pr6pria vagem e/ou o apodrecimento de semente e vagem ainda verdes.
côncavo. Não existem soluções para o problema já estabelecido; no entanto, há uma
O côncavo está entupido. Umpar o côncavo. série de práticas recomendadas que podem evítá-lo. São práticas simples que, se to-
Peneiras muito fechadas. Abrir as peneiras.
dos os produtores adotassem, certamente os problemas de retenção foliar seriam mini-
Excesso de resfduos no tan- O fluxo de ar ventilado não é Ajustar a velocidade do ventilador mizados.
que graneleiro. suficiente ou o fluxo de ar. O primeiro cuidado é com o preparo e a correção do solo de acordo com
As peneiras estão muito abertas. Fechar um pouco as peneiras. as recomendações técnicas, para que as raízes possam ter desenvolvimento normal,
A extensão da peneira superior Baixar um pouco a extensão. alcançando profundidade razoável para a extração de água durante os períodos de seca
está muito alta.
Muita palha curta a sobrecarre- Ajustar a folga do côncavo e a ve- Outros cuidados são: melhorar as condições trsicas do solo para aumentar
gar as peneiras. locidade do cilindro. sua capacidade de armazenamento de água e facilitar o desenvolvimento das ralzes:
escalonar as épocas de semeadura e diversificar as cultivares para diminuir os riscos
Perda de grãos pelas penei- O fluxo de ar é muito forte. Diminuir a velocidade do ventila-
raso
de perdas da lavoura por fatores climáticos adversos; e fazer avaliação da população
dor ou o fluxo de ar.
A peneira superior está muito fe- Abrir mais a peneira superior e, de percevejos com maior cuidado e freqüência, seguindo as recomendações do Mane-
chada. se necessário, limpá-Ia. jo de Pragas. Por não usarem rotineiramente o método do pano-de-batida (prática efi-
O bandejão está sujo. Umpar o bandejão. ciente para determinar a população de percevejos), os produtores ora aplicam inse-
ticidas desnecessariamente, ora pulverizam a lavoura depois do dano concretizado.
É bom lembrar que, neste caso, os danos, uma vez ocorridos, são irreversrveis.
A aplicação de produtos dessecantes não é recomendada pela pesquisa, por
5.2.4. Retenção foliar ("haste verde")
haver evidências de que eles deixam resíduos t6xicos nos grãos, acima dos padrões
mrnimos aceitáveis pelo Ministério da Saúde.
A retenção foliar e/ou "haste verde" da soja é conseqüência de distúrbio fisio-
lógico produzido por qualquer fator que interfira na formação ou no enchimento do
grão, entre eles, dano por percevejo, seca na floração e no período de desenvolvi-
5.3. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS SEMENTES
mento de vagem e excesso de umidade no perlooo de maturação. A retenção foliar
causa sérios prejuízos à lavoura, uma vez que, apesar de as vagens e os grãos já es-
a) Utilizar os testes de tetraz61io e patologia de sementes como método de avaliação
tarem maduros, as folhas e/ou hastes permanecem verdes, dificultando a colheita.
da qualidade da semente, sempre que ocorrer baixa germinação, detectada pelas
A planta de soja em condições de estresse provocado pela seca tende a per- análises de rotina efetuadas nos laborat6rios credenciados.
der flores e vagens em quantidades proporcionais ao estresse. Em casos extremos q) Adotar os seguintes critérios para tomada de decisão através do teste de tetraz6lio:
de seca, durante a fase final de floração e na formação da vagem, pode ocorrer o Vigor - muito alto: superior a 80%
abortamento de quase todas as flores restantes e vagens recém formadas. Nesses alto: entre 79% a 70%
24 25
médio: entre 69% e 50% TABELA 5. Reação à mancha "olho-de-rã" (Cercospora sojina), ao crestamen-
baixo: entre 49% e 30% to bacteriano (Pseudomonas syringae pv. glycinea, isolado B19, ra-
muito baixo: inferior a 29% ça R3, e vrrus do mosaico comum da soja (mancha-café) de cultiva-
res de soja recomendadas para uso comercial. EMBRAPA-CNPSo.
Os porcentuais de dano mecânico, dano por percevejos e deterioração por Londrina, PR. 1990.
umidade nos níveis 6 a 8 do teste de tetraz61io, são considerados:
BR-10 (Teresina) S1 S S S
BR-27 (Cariri) R S S MS
2
6. FITOPATOLOGIA1 BR-28 (Serid6) R S S
Timbira S S S S
Tropical S S S AS
6.1. RECOMENDAÇÕES GERAIS
situações:
6.3. CANCRO DA HASTE elevadas. Portanto, a ação integrada de várias medidas (tratamento qufmico da semen-
te, cultivares resistentes, sementes sadias, rotação de culturas, manejo adequado do
Este assunto não foi discutido na X Reunião do Programa Nacional de Pesqui- solo e da planta), será a única forma de conviver com o cancro da haste da soja nas
sa de Soja Regiões Norte-Nordeste, mas dada a importância que esta doença assumiu próximas safras.
no Brasil, são traz idas aqui algumas recomendações pertinentes.
Esta nova doença é Diaporthe phaseolorum
causada pelo fungo f. sp.
meridionalis (forma imperfeita: Phomopsis phaseoli f. sp. meridionalis). De ocor- 7. PLANTAS DANINHAS1
rência nacional, tem tido maior incidência nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina
e Rio Grande do sul), na região de Barreiras, BA, em Rondonópolis, Tangará da Ser-
ra e Jaciara, em Mato Grosso. o controle de plantas daninhas é quase tão antigo quanto a própria agricultu-
A doença é caracterizada pela formação de manchas necróticas na haste, ra. É uma prática de elevada Importância, até os dias de hoje, na obtenção de altos ren-
variando de pequenas lesões a extensos cancros, resultando em morte da planta. As dimentos em qualquer tipo de exploração agrfcola.
lesões variam de coloração que vai de negra a castanho-avermelhada, na fase inicial, Na cultura da soja, destaca-se a presença de invasoras e a necessidade de
e castanho-escura a castanho-clara no final. As plantas infectadas, com lesões bem se efetuar o seu controle, já que podem causar perdas significativas conforme a espé-
desenvolvidas, apresentam o escurecimento da medula (castanho-escura a castanho- cie, a densidade e a sua distribuição na lavoura. A competição das invasoras ocorre
arroxeada) e o amarelecimento das folhas com seca entre as nervuras (folha "carijó"). principalmente por água, luz e nutrientes, podendo ainda dificultar, sobremaneira, a ope-
A doença é capaz de matar 100% das plantas de uma lavoura de cultivar sus- ração de colheita e prejudicar a qualidade do produto final.
cetrvel, com freqüentes reduções de rendimentos da ordem de 50% a 80%. A prática do controle de plantas daninhas da soja é onerosa, porém os seus
As medidas de controle recomendadas são as seguintes: resultados são positivos. Por isso, é necessário que haja um balanceamento entre o
- cultivares resistentes: no momento, todas as cultivares recomendadas para a re- custo da operação e o possfvel ganho na produção.
gião Norte-Nordeste (Tabela 6) são suscetrveis ao cancro da haste. Apenas a culti- Os métodos normalmente utilizados são: mecânico, qufmico e cultural, haven-
var BR-27 (Cariri) apresenta um certo grau de tolerância do ainda o controle biológico. Pode ser utilizada, ainda, uma combinação de dois ou
- tratamento qufmico da semente: visando evitar a introdução do patógeno em áre- mais métodos de controle, conforme as necessidades e as condições existentes.
as ainda não contaminadas ou em áreas em que se pratica a rotação de cultura, O controle cultural consiste na utilização de práticas que propiciem à cultura
os produtos a serem usados são os mesmos citados na Tabela 6; maior capacidade de competição com as plantas daninhas.
- rotação de cultura com milho; O controle mecânico consiste na utilização de instrumentos ou implementos
- aração profunda (20 a 25cm) logo após a colheita da soja, de preferência com aive- tracionados por máquina, animal ou mesmo pelo homem, com o objetivo de reduzir a
ca, visando incorporar o máximo possfvel os restos de cultura e deixar o mfnimo de população de inços no solo ou na lavoura já instalada. A capina manual é o método
matéria orgânica com o fungo na superffcie do solo; mais simples e eficaz, porém demanda grande quantidade de mão-de-obra; pode ser
- semeadura antecipada: na medida do possfvel e sem expor a fase inicial da cultu- utilizada como complemento a outros métodos.
ra a condições de deficiência hfdrica, a semeadura antecipada irá permitir que o de- A capina mecânica é muito utilizada, empregando implementos como arado,
senvolvimento inicial da soja (emergência à floração) ocorra sob condições menos grade, enxada e cultivador. Este tipo de controle pode ser feito na instalação da cultu-
favoráveis ao desenvolvimento e à dispersão do fungo. Com isso, haverá maior chan- ra, através de aração e/ou gradeação, ou após a instalação da cultura, com o auxílio
ce da cultura escapar a um ataque severo da doença; e de cultivador. A capina, seja com enxada (manual) ou com cultivador (mecânica), de-
- manejo da cultura: com a adubação adequada, dando ênfase para o potássio.
A semeadura de cultivares com certo grau de resistência, sem a adoção con- Recomendações aprovadas na XII Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central
junta de medidas que permitam a redução do inóculo na lavoura, não irá evitar perdas do Brasil, Cuiabá, MT.
30 31
ve ser realizada em dias quentes e secos para melhor eficiência. Cuidado especial ção e a semeadura. As alternativas de utilização de herbicidas não-seletivos são apre-
deve ser tomado para evitar danos às rafzes da soja. O cultivo deve ser superficial, sentadas na Tabela 11.
aprofundando as enxadas apenas o suficiente para eliminar a infestação. A utilização de espécies de inverno que permitem a formação de cobertura
A capina deve ser feita antes da floração, pois quando já houver flores estas morta, bem como a antecipação da época de semeadura nas lavouras do Norte e do
Oeste do Paraná, são alternativas que têm possibilitado a redução no uso de herbici-
poderão cair, devido ao contato com o cultivador ou mesmo com as pessoas que ma-
das em semeadura direta.
nejam enxadas. O número de capinas depende, exclusivamente, da presença de ervas
Qualquer que seja o sistema de semeadura e a região em que se está culti-
na lavoura. Mas, em regra geral, duas a três capinas antes da floração são suficien-
vando a soja, cuidados especiais devem ser tomados quanto à disseminação das plan-
tes para manter a lavoura em boas condições. Após a floração, normalmente não ha-
tas daninhas. No Estado do Paraná, tem sido observado um aumento da infestação
verá mais problemas de invasoras, desde que até este estádio a lavoura tenha sido
de Sorghum halepense (capim massarnbará), Cassia tora (fedegoso) e Desmodiwn
mantida limpa.
purpurewn (carrapicho beiço-de-boi). No Cerrado, além das leguminosas citadas, ou-
O método qufmico de controle de plantas daninhas na soja consiste na utiliza-
tras espécies como Hyptis suaveolens (cheirosa), Pennisetwn setoswn (capim cus-
ção de produtos qelmicos (herbicidas), que se apresentam no mercado sob vários ti-
tódio), entre outras, também estão se disseminando rapidamente. Nas áreas novas, a
pos. A grande vantagem atribufda ao sistema é a economia de mão-de-obra e a rapi-
prevenção pode retardar ou evitar a necessidade de controle generalizado na proprieda-
dez na aplicação. Como todo método refinado, exige técnica também refinada, para
de, eliminando todos os inconvenientes causados pelas invasoras e pelos meios de
que seu uso seja eficiente e econômico, pois do contrário corre-se o risco de onerar
controle, quaisquer que sejam.
a cultura sem obter o devido retorno. O reconhecimento prévio das plantas predomi-
As práticas sugeridas (Gazziero & Guimarães 1984)2 para evitar a dissemina-
nantes na área, a serem controladas, é condição básica para a escolha do produto
ção das ervas são as seguintes:
adequado e para a obtenção de resultado positivo com este método. (Tabelas 7 e 9).
A eficiência dos herbicidas aumenta quando a aplicação é feita em condi- a) utilizar semente de soja de boa qualidade proveniente de campos controlados e li-
ções que lhe sejam favoráveis. Assim, é fundamental que se conheçam as especifica- vres de semente de plantas daninhas;
ções do produto antes de sua utilização. A regulagem correta do equipamento de ,
b) promover a limpeza rigorosa de todos os equipamentos (máquinas e implementos)
pulverização é outro fator que deve ser considerado quando se pretende utilizar antes de serem levados de um local infestado para áreas onde não existam plan-
este meio de controle. tas daninhas ou para áreas onde estas ocorram em baixas populações, bem co-
Os herbicidas são classificados, quanto à época de aplicação, em produtos mo não permitir que os animais se tornem veículo de disseminação; e
de pré-plantio, pré-emergência e pós-emergência. Nas Tabelas 8 e 10 encontram-se c) controlar o desenvolvimento das invasoras, impedindo ao máximo a produção de
os produtos recomendados pela Pesquisa. sementes elou estruturas de reprodução nas margens de cercas, estradas, terra-
Atualmente, uma prática que vem sendo bastante difundida, aceita pelos agri- ços, pátios, canais de irrigação, ou em qualquer lugar da propriedade.
cultores e que tem mostrado ser eficiente no controle da erosão e na conservação do
solo, é a semeadura direta. Porém, para o sucesso desta prática, é necessário que
haja bom funcionamento dos métodos usados para controle das plantas daninhas. Nes-
se sistema, o método qulmico é o mais usual e requer cuidados técnicos especiais,
que vão desde a escolha do produto até o modo e a época de aplicação. São utiliza-
dos produtos de ação não seletiva (dessecantes) e produtos de ação residual ou sele-
tiva aplicados em pré e pós-emergência. Um herbicida à base de 2,4-0, geralmente,
é utilizado em mistura com um dessecante, para aumentar a eficiência elou reduzir a 2GAZZIERO, D.L.P. & GUIMARÃES, S. Disseminação das plantas daninhas na cultu-
dose, quando houver infestação mista de plantas de folha estreita e folha larga Contu- ra da soja cultivada em áreas do Cerrado. Londrina, EMBRAPA-CNPSo, 1984.
do, esse produto deve ser utilizado com um intervalo mfnimo de 10 dias entre a aplica- 4p. (EMBRAPA CNPSo. Comunicado Técnico, 26).
TABELA 7. Eficiência de alguns herblcidas de pré e pós-emergência para o controle de plantas daninhas da cultura da soja em
solos do Cerrado. Comissão de Plantas Daninhas da Região Central do Brasil. EMBRAPA-CNPSo. Londrina, PR. 1989 .
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Continua ...
TABELA 7. Continuação
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Linuron 5 - 5 M - - - R R - R - M - R -
Metolachlor3 R - -M5R-5-55 - 5 5 - R - - - R - 5 - ~
Metolachlor/Metribuzin - 5 5 555 - - 5 - 5 5 - 5
Metribuzin M - 55-5-R-RR - R R M - 5 - - - 5 R - - 55-
Pendimethalin3 R R R55R-5R5R - 5 5 R R - - R M 5 5 M - R R -
Sethoxydin R R R R R R - 5 R 5 R - 5 5 R R R - R R R 5 R R R R R
Trifluralin R R R - 5 R 5 5 R 5 R - 5 5 R R R - R R - 5 M - - R R -
TrifturalinlMetribuzin - 5 - 5 - 5 - 555 -
3 A eficiência diminui em áreas de alta infestação de capim marmelada. Aplicar em solo úmido e bem preparado; Alachlor e Metolachlor de-
vem ser aplicados no máximo de três dias após a última gradagem.
4 Até que se disponha de mais informações, não se recomenda sua utilização em áreas que serão semeadas com trigo no invemo.
Acifluorfen Blazer ou Tackle 170 g/l PÓS 0,17 - 0,25 1,0 - 1,5
Alachlor Laço 480 g/l PRÉ 2,4 - 3,36 5,0 - 7,0
Alachlor + Trifluralin Lance 0,3 + 0,4 kg/I PRÉ (1,8 + 2,4) a (2,10 2,80) 6,0 - 7,0
Bentazon Basagran 480 g/I PÓS 0,72 1,5
Bentazon + Acifluorfen Doble 0,3 + 0,08 kg/l PÓS 0,6 + 0,16 2,0
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Chlorimuron-ethyl Classic 250 g/kg PÓS 0,015 - 0,020 0,06 - 0,08
Chlorimuron-ethyl + Diuron Front 40 + 760 g/I PRÉ (0,05 + 0,95) a (0,07 + 1,37) 1,25 - 1,8
Cyanazine Bladex 500 g/I PRÉ 1,25 - 1,5 2,5 - 3,0
Diclofop-methyl lIoxan 284 g/l PÓS 0,85 - 1,0 3,0 - 3,5
Fenoxan Gamit 500 g/I PRÉ 0,8 - 1,0 1,6 - 2,0
Fenoxan + Trifluralin Commence 270 + 360 g/I PPI (0,5 + 0,67) a (0,6 + 0,8) 1,8 - 2,2
Fenoxaprop-p-ethyl Podium 110 g/I PÓS 0,082 0,75
Fluazifop-p-butyl Fusilade 125 125 g/I PÓS 0,188 1,5
Fomesafen Flex 250 g/I PÓS 0,25 1,0
Haloxyfop-methyl Verdict 240 g/l PÓS 0,1 - 0,12 0,4 - 0,5
Imazaquin Scepter 150 g/I PPI/PRÉ 0,15 1,0
Lactofen Cobra 240 g/l PÓS 0,15 - 0,18 0,625 - 0,75
Linuron Afalon 450 g/I PRÉ 0,75 - 1,5 1,6 - 3,3
Continua •••
TABELA 8. Continuação.
1 A escolha da dose depende da espécie e do tamanho das ervas para os herbicidas de pós-emergência e da textura do solo para os de
pré-emergência É fundamental conhecer as especificações do produto a ser utilizado. Em solos arenosos e com baixo teor de matéria or-
gânica, não é recomendada a utilização de certos herbicidas residuais. Aos herbicidas pós-emergentes poderá ser necessária a adição
de surfactante, conforme indicação do fabricante.
2 PPI _ Pré-plantio incorporado; PRÉ - Pré-emergéncia; PÓS - Pós-emergência
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Plantas daninhas
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Acanthospermum australe
(Carrapicho-rasteiro) R-R-RMl R - - R - - 8 R M - R R R R
Acanthospermum hispidum
(Carrapicho carneiro) 8 - R - R 8 S - S 8 R - - R 8 - - S S R R - R R R R
Amaranthus hybridus (Caruru) 8 S S - R S - - S S R R - R S - 8 8 S 8 8 8 8 8 R 8
Amaranthus viridis (Caruru-de-mancha) S S S - R M - - 8 8 R R - R - S S S 8 8 S - S 8 R 8
Bidens pilosa (Picão preto) M S M - R S S - 8 S R S - R - S 8 8 M R 8 S R R R R
Brachiaria plantaginea (Capim marmelada) R R M - S R - S R 8 8 S 8 8 8 R - R R S R S 8 8 8 8
Cassia tora (Fedegoso) RRR-RR--R R R - - R - M - M R R R - R R R R
Cenchrus echinatus (Capim carrapicho) R R R 8 M R - - R M S 8 8 S - R - R R M R S S M 8 S
Commelina benghalensis (Trapoeraba) MSS-R8--R 8 R 8 - R - - S S M 8 R 8 R R R R
Cyperus rotundus (Tiririca) RRR-RR--R R R - - R - R - R R R R - R R R R
Digitaria horizontalis (Capim colchão) RRSSRR--R 8 R S 8 S S R - R R S R 8 S 8 8 S
Echinochloa crusgalli (Capim arroz) R R S - S R - - R S S - - S - R - R R 8 R - S 8 8 8
Eleusine indica (Capim pé-de-galinha) RR--8R--R M S - - 8 - R - R R M R - M 8 8 M
Euphorbia heterophylla(Amendoim-bravo) MMR-RR--R R R R - R - M ~ M R R R - R R R R
Galinsoga parviflora (Picão branco) 8 S S - R R - - 8 8 R - - R - 8 - 8 8 8 8 - M R R R
Continua. ••
TABELA 9. Continuação.
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OB8.: Esta Tabela foi preparada com base em experimentos da EMBRAPA e demais Instituições do Sistema de Pesquisa Agropecuária Bra-
sileira, bem como com informaç6es pessoais dos pesquisadores.
Fonte: GAZZIERO, D.L.P.; ALMEIDA, F.S. & RODRIGUES, B.N. Recomendações para o controle de plantas daninhas na cultura da
soja. Londrina, EMBRAPA-CNPSo, 1985. 9p. (EMBRAPA-CNP80. Comunicado Técnico, 32); atualizada na XII Reunião de
Pesquisa de Soja do Brasil Central. Cuiabá, 1989.
TABELA 10. Alternativas para o controle qufmico de plantas daninhas na cultura da soja'. Comissão de Plantas
Daninhas da Região Central do Brasil. EMBRAPA·CNPSo. Londrina, PR. 1989~
Dose2 Intervalo
Nome Comum Nome Comercial Concentração de Observações
l.a.4 Comercial Segurança
kglha kg ou Vha (Dias)
Oryzalin Surflan 480 g/l 0,96 a 1,53 2,0 a 3,2 NE Não utilizar em solos arenosos pobres em
matéria orgânica. Profundidade de semea-
dura superior a 4 cm.
Metolachlor Dual 720 g/l 1,8 a 2,88 2,5 a 4,0 NE Pouco eficaz em condições de alta infesta-
w
ção de capim marmelada. CXl
Pendimethalin Herbadox 500 g/I 0,75 a 1,5 1,5 a 3,0 NE Pouco eficaz em condições de capim mar-
melada. No -slstema convencional, deve
ser incorporado ou utilizado de f?rma apli-
que-plante. No plantio direto, só na forma
aplique-plante.
Fenoxan Gamit 500 gll 0,8 a 1,0 1,6 a 2,0 NE Observar intervalo mínimo de 150 dias entre
a aplicação do produto e a semeadura da
cultura de inverno. Cruzamento de barra
pode provocar fitotoxicidade. Para as espé-
cies Brachiaria e Sida, utilizar a dose mais
elevada.
Alachlor Laço 480 g/I 2,4 a 3,36 5,0 a 7,0 NE Pouco eficaz em condições de alta infesta-
ção de capim marmelada Aplicar em solo
úmido bem preparado. No sistema conven-
cional, se não chover, incorporar superficial-
mente.
Continua •..
Dose'! Intervalo
Nome Comum Nome Comercial Concentração de Observações
. 4
i.a, Comercial Segurança
kg/ha kg ou Vha (Dias)
Trifluralin Trifluralin 600CE 600 gll 1,8 a 2,4 3,0 a 4,0 NE No sistema convencional, se não chover 5
FECOTRIGO a 7 dias depois da aplicação, proceder à
incorporação superficial.
Alachlor + Lance 400 g/l + 2,4 a 2,8 6,0 a 7,0 NE Se aplicado em solo seco e não chover
Trifluralin 300 gll 1,8 a 2,1 no prazo de 3 dias, a eficiência é reduzida
Pré-emergentes - folhas largas'
Ir'nazaquin Scepter 150 g/l 0,15 1,0 NE Até que se disponha de mais informações, w
<D
o terreno tratado com Imazaquin não deve
ser plantado com outras culturas que não
o trigo no inverno e a soja no verão seguinte.
Metribuzin Lexone 700 g/kg 0,35 a 0,49 0,5 a 0,7 NE Não utilizar em solos arenosos elou com
ou ou ou teor de matéria orgânica inferior a 2%. As
Sencor 480 g/l O,75al,O cultivares Campos Gerais, Sant"Ana, São
Luiz e FT -1 apresentam sensibilidade a
este produto
Linuron Afalon 500 g/kg 0,75 a 1,5 1,5 a 3,0 NE Não utilizar em solos arenosos com menos
ou ou de 2% de matéria orgânica.
450 g/l 1,6 a 3,3
Pós-emergentes - graminicidas"
Diclofop-methyl lIoxan 284 g/I 0,85 a 1,0 3,0 a 3,5 60 Aplicar com as gramrneas no estádio de 2
a 4 folhas, conforme as espécies. Apresen-
1aantagonismo com outros pós-emergentes.
Continua ...
TABELA 10. Continuação.
Dose2 Intervalo
Nome Comum Nome Comercial Concentração de Observações
. 4
i.a. Comercial Segurança
kg/ha kg ou Ilha (Dias)
Sethoxydin3 Poast 184 g/I 0,23 1,25 60 Aplicar com as gram(neas no estádio de 2
a 4 pertilhos, conforme as espécies.
Fluazifop- p- butyl3 Fusilade 125 g/l 0,188 1,5 70 Aplicar com as gram(neas no estádio de 2
a 4 perfilhos, conforme as espécies. Digita-
ria e Echinochloa com até 2 perfilhos.
Alloxydirn-sódio'' Grasmat 750 g/kg 1,12 1,5 50 Aplicar com qramíneas no estádio de no
máximo 4 folhas. Apresenta antagonismo .j>.
com acifluorfen. o
Fenoxaprop-p-ethyl Podium 110 g/l 0,082 0,75 70 Aplicar com gram(neas no estádio de 2 a
4 perfilhos conforme a espécie.
Haloxyfop-methyl Verdict 240 g/I 0,096 a 0,12 0,4-0,5 NE Aplicar dos 15 aos 40 dias após o plantio
da soja.
Bentazon Basagran 480 g/l 0,72 1,5 90 Aplicar com ervas no estádio de 2-6 folhas
conforme a espécie. Para carrapicho rastei-
ro, utilizar 2,0 Ilha com óleo mineral emul-
sionável.
Acifluorten-sódio'' Blazer 170 g/l 0,224 a 0,336 1,0 a 1,5 50 Para pressão superior a 60 Ib/pol2utilizar
ou ou bico cônico. Não aplicar com baixa umida-
Tackle 224 g/13 de relativa do ar.
Bentazon + Doble 300 g/l 0,600 2,0 90 Aplicar com as ervas no estádio de 2 a 6
Acifluorfen 80 g/l 0,160 folhas conforme as espécies.
Continua •..
Dose2 Intervalo
Nome Comum Nome Comercial Concentração de Observações
. 4
I.a. Comercial Segurança
kg/ha kg ou Ilha (Dias)
Fomesaferr' Flex 250 g/I 0,250 1,0 95 Aplicar com as ervas no estádio de 2 a 6
folhas conforme as espécies.
Lactofen Cobra 240 g/l 0,150 a 0,180 0,625 a 0,75 84 Não juntar adjuvante. Aplicar com as ervas
no estádio de 2 a 6 folhas conforme as es-
pécies.
Chlorimuron-ethyl Classic 250 g/kg 0,015 a 0,02 0,06 a 0,08 65 Aplicar com a soja no estádio de 32 trifólio
e as ervas com 2 a 4 folhas, conforme a .j>.
espécie.
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B - SISTEMA CONVENCIONAL (apenas)
Pré-plantio Incorporado
Imazaquin Scepter 150 g/l 0,15 1,0 NE Para controle de ervas de folha larga. Até
que se disponha de mais dados, o terre-
no tratado com imazaquin não deve ser
plantado com outras culturas que não o íri-
go no inverno e a soja no verão seguinte.
Trifluralin Vários 445 g/l 0,53 a 1,07 1,2 a 2,4 NE Para controle de qrarníneas incorporar 5 a
7 cm de profundidade até 8 horas de apti-
cação.
Pré-emergêncla
Chlorimuron-ethyl Front 40 g/I 0,05 a 0,07 1,25 a 1,8 65 ndlceção de conrole para capim marmelada.
+ Diuron 760 g/I 0,95 a 1,37
Continua •.•
TABELA 10. Continuação.
Dose2 Intervalo
Nome Comum Nome Cqmercial Concentração de Observações
i.a.4 Comercial Segurança
kg/ha kg ou Vha (Dias)
Cyanazine Bladex 500 gll 1,25 a 1,5 2,5 a 3,0 NE Para controle de ervas de folha larga. Não
utilizar em solos com menos de 40% de
argila elou com matéria orgânica inferior a
2%. Pode ser utilizado em pré·emergência
ou incorporado.
Cyanazine + Bladal 350 g/I 1,22 a 1,75 3,5 a 5,0 NE Para controle de gramlneas e ervas de folha
Metolachlor 500 gll 1,75 a 2,50 larga. Não utilizar em solos com menos de
40% de argila elou com matéria orgânica
inferior a 2%.
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Metolachlor + Corsum 840 g/I 2,10 a 3,36 2,5 a 4,0 NE Para controle de gramlneas e ervas de fo-
Metribuzin 120 g/I 0,30 a 0,48 lhas largas. Não utilizar em solos arenosos
com menos de 2% de matéria orgânica.
1 A escolha do produto e, quando for o caso, das combinações de produtos, deve ser feita de acordo com cada situação. É importante conhecer as especificações
dos produtos escolhidos. As misturas de tanque não são permitidas pelo Ministério da Saúde.
2 A escolha da dose depende da espécie e do tamanho das ervas para os herbicidas de pós- emergência e da textura do solo para os de pré·emergência. Para solos
arenosos e de baixo teor de matéria orgânica, utilizar doses menores. As doses maiores são utilizadas em solos pesados e com alto teor de matéria orgânica.
3 Juntar adjuvante recomendado pelo fabricante. No caso de Blazer e Tackle a 170 g/I, dispensa o uso de adjuvante, mantendo-se a dose por hectare.
• Aplicar herbicidas pré·emergentes logo após a última gradagem, com o solo em boas condições de umidade •
•• Não aplicar durante perfodo de seca, em que as plantas estejam em deficit hídrlco.
4 NE= Não especificado; i.a.: ingrediente ativo.
Adaptado de:
GAZZIERO, D.l.P.; ALMEIDA, F.S. & RODRIGUES, B.N. Recomendações para o controle de plantas daninhas na cultura da soja. Londrina,
EMBRAPA-CNPSo. 1985. 9p. (EMBRAPA CNPSo. Comunicado Técnico, 32) atualizado na XII Reunião de Pesquisa de Soja do Brasil
Central. Cuiabá, 1989.
-----
TABELA 11. Alternativas para o manejo de entre-safra das plantas daninhas, com uso de produtos químicos no
sistema de semeadura díreta'. Comissão de Plantas Daninhas da Região Central do Brasil.
1989. EMBRAPA-CNPSo. Londrina, PR. 1989.
DOSE
Nome Nome Concentração
Comum Comercial g/I l.a. Comercial
kg/ha kg ou Vha
Para infestantes pouco desenvolvidas. Gramlneas com menos de 2 a 3 pertilhdS. Controla mal o capim-colchão •
.•.. - - _ _------_ _---_ _ -----_ -_ _ _ .
~
2. 2,4-0 amina3 Diversos 0,8 a 1,1
ou
2,4-0 éster3 Diversos 0,6 a 0,8
Continua...
TABELA 11. Continuação.
DOSE
Nome Concentração
Nome Comercial
Comercial g/l i.a.
Comum kg ou Ilha
kglha
Para infestação mista de gramlneas anuais e folhas largas com desenvolvimento igualou superior ao item 4. Dependendo da espécie pode-
rá ser necessária dose superior a 2 Ilha .
........ - ---_ -_ ---_ - -_ -------_ .. -_ --_ -
0,48 a 0,96 1,0 a 2,0
480
6. Glyphosate Roundup 1,0 a 2,0
480 0,48 a 0,96
e Glifosato Nortox
O,8al,l
2,4-D amina3 Diversos
ou
2,4-D éster3 Diversos - 0,6 a 0,8
Para infestação mista idêntica ao item 5, mas com folhas largas resistentes ao Glyphosate. Dependendo da espécie poderá ser necessária
dose superior a 2 Ilha de Glyphosate .
............ --_ --------_ -_ ---_ .•. ---_ ------------------------------_ --_ .. --
Continua ...
DOSE
Nome Nome Concentração
Comum Comercial g/l i.a. Comercial
kg/ha kg ou Ilha
1 Para lavouras com perlodo longo de entre-safra(comum no Norte do Paraná), normalmente são necessárias duas aplicações. A melhor
combinação deve ser definida em função de cada situação. É importante conhecer as especificações do(s) produto(s) escolhido(s).
3 Não aplicar em condições de vento. Usar fomulação amina quando se encontrarem culturas suscetfveis na região circunvizinha: observar
perlodo de carência de 10 dias ou mais para a semeadura da soja. Quando posslvel pulverizar antes da aplicação de paraqual
Adaptado de:
GAZZIERO, D.L.P., ALMEIDA, F.S. & RODRIGUES, B.N. Recomendações para o controle de plantas daninhas na cultura da soja.
Londrina, EMBRAPA-CNPSo, 1985. 9p. (EMBRAPA-CNPSo. Comunicado Técnico, 32).
46 47
8. MANEJO DE PRAGAS1 o controle qulmico deve ser utilizado somente quando forem atingidos os nr-
veis crrticos (Tabela 12).
As lagartas desfolhadoras devem ser controladas quando forem encontradas,
A cultura da soja está, praticamente durante todo o seu ciclo, sujeita ao ata-
em média, 40 lagartas grandes por pano-de-batida ou se a desfolha atingir 30% antes
que de insetos. Logo após a emergência, insetos como a "lagarta rosca" e a "broca-
da floração e 15% tão logo apareçam as primeiras flores. Quanto aos percevejos, o
do-colo" podem atacar as plântulas. Posteriormente, a "Iagarta-da-soja", a "falsa-medi-
controle deve ser iniciado quando forem encontrados quatro percevejos adultos, ou nin-
deira" e a "broca-das-axilas" atacam as plantas durante a fase vegetativa e, em alguns
fas com mais de O,5cm, por pano-de-batida, e, para o caso de campos de produção
casos, até a floração. Com o inrcio da fase reprodutiva, surgem os percevejos, que
de sementes, este nlvel deve ser reduzido para dois percevejos/pano-de-batida.
causam danos desde a formação das vagens até o final do desenvolvimento das se-
Para a broca-das-axilas, o nrvel crítico está em torno de 25% a 30% de plan-
mentes. Além destas, a soja pode ser atacada por outras espécies de insetos, em ge-
tas com ponteiros atacados.
ral menos importantes do que as referidas anteriormente. Porém, quando atingem popu-
No caso da lagarta-das-vagens, recomenda-se a aplicação de inseticida so-
lações elevadas, capazes de causar perdas significativas no rendimento da cultura,
essas espécies necessitam ser controladas e, para tal, na Tabela 16, estão listados mente quando houver um ataque de, pelo menos, 10% das vagens das plantas, na
média dos diferentes pontos de amostragem.
os inseticidas recomendados.
O dano causado pelos tripes às plantas, em decorrência do processo de sua
Apesar de os danos causados por insetos na cultura da soja serem, em al-
alimentação, não é problemático. Assim, o controle químico desses insetos não se
guns casos, alarmantes, não se recomenda a aplicação preventiva de produtos quêni-
justifica. Embora vários produtos como acefato (400 g i.a.lha), malatiom (800 g i.a.lha)
COS, pois, além do grave problema de poluição ambiental, a aplicação desnecessária
e metamidofós (450 g i.a.lha) sejam eficientes contra os tripes, em áreas onde a ocor-
pode elevar significativamente o custo da lavoura.
rência da virose "queima-do-broto" é comum, estes inseticidas não têm evitado a inci-
Para o controle das principais pragas da soja, recomenda-se a utilização do
dência e a disseminação da doença, mesmo quando aplicados várias vezes. Isto por-
"Manejo de Pragas". É uma tecnologia que consiste, basicamente, de inspeções regu-
que o inseticida mata os insetos nas lavouras mas não impede a migração dos tripes
lares à lavoura, para verificar o nível de ataque, com base na desfolha e no número e
virulrteros que vêm das plantas da vegetação espontânea.
no tamanho das pragas. Nos casos especfficos de lagartas desfolhadoras e percevejos,
Outro inseto que em condições de temperaturas mais baixas é o "tarnanduá-
as amostragens devem ser realizadas com um pano-de-batida, preferencialmente de
da-soja", ou "bicuco-da-soja", um besouro de coloração preta com listras amarelas
cor branca, preso em duas varas, com 1m de comprimento, o qual deve ser estendi-
nos élitros, medindo cerca de 1 cm de comprimento. Os adultos e as larvas atacam a
do entre duas fileiras de soja. As plantas da área compreendida pelo pano devem ser
haste da planta, formando pontos engrossados à semelhança de "calos". O sistema
sacudidas vigorosamente sobre o mesmo, havendo, assim, a queda das pragas que
de semeadura direta da soja facilita a biologia e a sobrevivência do inseto no solo, de
deverão ser contadas. Esse procedimento deve ser repetido em vários pontos da la-
uma safra para outra. Seu controle deve ser efetuado quando for encontrado um adul-
voura, considerando, como resultado, a média de todos os pontos amostrados. No ca-
to por dois metros de fileira de soja com plantas de duas a cinco folhas trifolioladas,
so de lavouras com espaçamento reduzido entre as linhas, usar o pano batendo ape-
e, além desse estádio, com um adulto por metro de fileira. Recomenda-se usar gran-
nas as plantas de uma fileira. Principalmente com relação a percevejos, estas amos-
de quantidade de água nas pulverizações (mais que 200 Ilha), bicos tipo leque, procu-
tragens devem ser realizadas nas primeiras horas da manhã (até às 10 horas), quan-
rando atingir a base das plantas, local preferido pelo inseto para abrigo. Alerta-se, po-
do os insetos se localizam na parte superior da planta, sendo mais facilmente visualiza-
rém, que o controle qufmico desse inseto não tem resolvido o problema satisfatoriamen-
dos. Recomenda-se, também, realizar as amostragens com maior intensidade nas bor-
te, devido à rápida reinvasão das áreas tratadas, por insetos adultos, vindos de áreas
daduras da lavoura, onde, em geral, os percevejos iniciam seu ataque.
vizinhas, ou por insetos emergentes do solo, à medida que vão completando o seu
ciclo biológico. Além disso, os inseticidas não têm efeito satisfatório sobre as larvas,
as quais são diHceis de ser atingidas.
Recomendações aprovadas na XII Reunião de Pesquisa de Soja da Região Cen-
Os produtos recomendados para o controle das principais pragas anteriormen-
tral do Brasil, Cuiabá, MT e referendadas nesta Reunião.
te referidas encontram-se nas Tabelas 13, 14, 15 e 16. Na escolha do produto, deve-
TABELA 12. Níveis de ação de controle das principais pragas da soja. EMBRAPA-CNPSo. Londrina, PR. 1989.
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a Período Vegetativo
+
Floração
t Form. Vagens t Ench. Vagens
+ Maturação
a
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LAVOURA PARA CONSUMO ~! 4 percevejoslpano-de-batida*
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: BROCA-DAS-AXILAS A PARTIR DE 25%-30% DE PLANTAS COM PONTEIROS ATACADOS :
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* Maiores de 1,5 em
** Maiores de 0,5 em
TABELA 13. Inseticidas recomendados para o controle de Anticarsia gemmatalis (Iagarta-da-soja), para o ano agríco-
la 1989/90. EMBRAPA-CNPSo. Londrina, PR. 1989.
1 Produto preferencial, originário da pesquisa (EMBRAPA-CNPSo), usado e obtido in natura pela maceração de lagartas mortas. Para maio-
res esclarecimentos sobre seu uso, consultar o Comunicado Técnico nº 23 do CNPSo.
2 Lagartas-equivalentes.
TABELA 14. Inseticidas para o controle de percevejos (Nezara viridula, Piezodorus guildinii e Euschistus herost, para
o ano agrícola de 1989/1990. EMBRAPA-CNPSo. Londrina, PR. 1989.
Continua ...
Triclorfom
. 800
Inseticida Agroceres
Dipterex 800 PS 800 1,000 004384 ~
750 Dipterex 500 SNAqC 500 1,500 005286-88
750 Triclorfon SOO SNAqC 500 1,500 004985
Defensa
ção tenha inrcio pela manhã, o preparo do material pode ser realizado durante a noite
anterior). Ajustar o ângulo da pá do "micronair" para 35 (45, no caso da utilização de fi
água como veículo), estabelecer a largura da faixa de deposição em 18 m e voar a
uma altura de 3-5 m, a 105 milhas/hora, com velocidade do vento não superior a 10 km/h.
No caso dos percevejos, em certas situações, o controle pode ser efetuado
apenas nos bordos da lavoura, sem necessidade de aplicação de inseticida na totalida-
de da área. Isto porque o ataque desses insetos se inicia pelas áreas marginais,
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onde ocorrem as maiores populações. Q)
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TABELA 15. Inseticidas recomendados para o controle de outras pragas da so- :!;l..J
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ja*, para o ano agrícola de 1989/90. EMBRAPA-CNPSo. Londrina, ...o N
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PR. 1989.
Inseto-praga Dose
Nome Técnico
(g i.a./ha) C') C')
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LOC\I .•...
Endossulfam 437 "It
Melamidofós 300
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Spodoptera latifascia, C lorpirifós2 480
Spodoptera eridania
(lagartas das vagens)
:z • Nome comercial: Lorsban 480 BR; formulação e concentração: CE - 480 g La.!l; nr registro SDSV:
022985; classe toxicológica 11 (DL50 oral= 437 e DL50 dermal= 1400 mglkg); carência: 21 dias.
1• Nome comercial: Baytroid CE; formulação e concentração: CE-50g La/l; nQ registro SDSV: 011588;
classe toxicológica I (DL50 oral= 1.410 e DLSO dermal= 5.000 mglkg); carência: 20 dias.
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• Os inseticidas anteriormente recomendados para o controle do percevejo catarina e do tamanduá- W
da-SOja foram retirados de recomendação por não possuírem extensão de uso para o controle des- m
sas pragas, junto ao Ministério da Agricultura O seu retorno à tabela ficará condicionado ao atendi- <
I-
mento dessa exigência.
TABELA 16. Continuação.
4) Piezodorus guildinii
Garbaril 800 1 590 2166 3 74 271 3
Endossulfam 437,5 2 173 368 1 40 84 30
Metamidofós 300 3 25 115 1 8 38 23
Triclorfom 800 1 580 2266 3 73 283 7
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