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Responsabilidade Social Unidade 2 Aula 2.3
Responsabilidade Social Unidade 2 Aula 2.3
estatal e corporativo
E conclui que:
“A incolumidade do meio ambiente não pode ser comprometida por interesses empresariais nem ficar
dependente de motivações de índole meramente econômica [...]” (BRASIL, 2005, [s. p.]).
Portanto, é necessário sempre buscar a compatibilização entre atividades econômicas e proteção ao meio
ambiente; na impossibilidade, é preciso atentar para as questões ambientais. E isso porque a preocupação
somente na dimensão econômica tem ocasionado os danos e desastres ambientais que são constantemente
relatados nos meios de comunicação, em que pessoas, populações ou cidades são afetadas. Afinal, ao se
privilegiar somente os argumentos econômicos, continuamos somente como crescimento econômico, e a
sustentabilidade torna-se meramente retórica, sem qualquer efetividade.
Em meados da década de 1990, o britânico John Elkington propõe o termo Triple Bottom Line (TBL), no
âmbito corporativo norte-americano, o qual fica conhecido no Brasil como o tripé da sustentabilidade,
conjugando as dimensões econômica, social e ambiental. Esse conceito possui como elementos
constitutivos os três Ps da sustentabilidade (people, planet, profit; ou em português, pessoas, planeta e
lucro). Em suma, as empresas devem buscar o lucro corporativo, mas com responsabilidade social em
suas operações, que devem estar alinhadas no compromisso ambiental com o planeta (MELO, 2017).
O TBL é utilizado atualmente como um dos indicadores de mensuração da sustentabilidade para
governos, setor empresarial e organizações sem fins lucrativos.
Uma outra leitura de sustentabilidade procura dividi-la em duas abordagens: sustentabilidade fraca e
sustentabilidade forte (BURSZTYN; BURSZTYN, 2012). A sustentabilidade fraca é aquela que se baseia
na economia clássica, em que o capital natural pode ser substituído pelo capital produzido e que, por
consequência, não há limites para o crescimento econômico. Nesse pensamento, é possível adotar
soluções tecnológicas para solucionar os problemas ambientais. Já a sustentabilidade forte assenta-se na
economia ecológica, isto é, a ausência do capital natural impõe limites para o crescimento econômico.
Essa compreensão tem como fundamento a preservação dos componentes ecológicos, de forma que será
preciso conter os fatores de pressão, ou seja, limites para uma economia de crescimento contínuo. Em
qualquer dessas perspectivas, é importante compreender a importância que a sustentabilidade assume na
contemporaneidade, como elemento essencial para as nossas sociedades.