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1.

Por que podemos incluir a teoria de Lev Vygotsky no leque de teorias


cognitivo-desenvolvimentais? Qual a grande diferença, em relação à
formação de pensamentos complexos, se comparada à teoria de Piaget?
Qual o nome do processo utilizado por um mentor para ensinar
habilidades à criança menos experiente?

Busca a origem dos conhecimentos das crianças. Enquanto para Piaget,


pensamentos complexos seriam beneficiados pela exploração ativa do meio pela criança,
Vygotsky enfatiza o papel das interações sociais e da linguagem: a aprendizagem de
novas habilidades é conduzida por um adulto ou uma criança mais velha, que modela
e estrutura a experiência de aquisição de habilidades. A aprendizagem é alcançada
através do processo de andaimagem, a linguagem é essencial ao descrever e estruturar
a tarefa (planejamento de ações/organização da realidade); visa-se reduzir a distância
entre o desenvolvimento real e potencial (Zona de Desenvolvimento Proximal).

2. De acordo com a Teoria de Processamento de Informação, quais os


subprocessos da memória? Quais suas estruturas? Trata-se de um
fenômeno universal em qualidade?

Os subprocessos da memória são codificação (“emparelhar” informações),


armazenamento e recuperação; as estruturas são: memória sensorial (reconhecer
experiência prévias através dos sentidos), memória de trabalho (curto prazo, onde a
informação é processada; em média 7 palavras) e memória de longo prazo (infinita,
associativa). As características da memória mudam de acordo com idade, além de traços
individuais.

3. As teorias da aprendizagem diferem muito das psicanalíticas e cognitivo


desenvolvimentais quanto à interação sujeito e meio. Explique.
Para os teóricos da aprendizagem (Pavlov, Watson, Skinner e Bandura) o
meio (e sua configuração arbitrária) seriam suficientes para moldar o comportamento
humano; não relativizam a genética ou tendências inatas, mas consideram o
comportamento humano extremamente plástico.
4. Como explicam o desenvolvimento os teóricos da aprendizagem?
Seria um processo de aprendizagem pontuais, em um desenvolvimento
considerado contínuo (estável), que por sua vez levam a formação de um repertório. As
aprendizagens favorecidas pelo meio levariam à aquisição (reforço contínuo),
manutenção (reforço intermitente) e modificação de comportamentos (extinções, novos
pareamentos) que serão acumulados ao longo do tempo.

5. Ivan Pavlov estudou as respostas reflexas, teorizando o que conhecemos


por condicionamento clássico ou pavloviano. Através deste processo
aprendemos, não apenas novos comportamentos (respostas) como
também emoções através de reflexos incondicionados (resposta do
sistema nervoso autônomo, parassimpático). Neste sentido, explique o
processo de condicionamento proposto por Pavlov.

O condicionamento clássico ocorre quando uma mesma resposta reflexa


pode ser eliciada através de um novo estímulo (novos sinais), através de um processo de
aprendizagem conhecido como pareamento. Em suma, se pareia um estímulo neutro (não
é a causa do reflexo) com um estímulo incondicionado (não aprendido, causa do
reflexo) por repetidas vezes, até que ocorra a aprendizagem. A partir deste momento, o
estímulo neutro passará a ser um estímulo condicionado para uma resposta reflexa
condicionada. O bebê pode eliciar o reflexo de “virar e sugar” (adaptativo,
incondicionado) através de outras pistas (estímulos) que não o peito da mãe: seus passos,
ser pego no colo, além do toque no rosto.

6. Por que um estímulo semelhante ao condicionado passa a trazer respostas


reflexas condicionadas, como por exemplo quando Watson (1920,
“Pequeno Albert”), ao condicionar o menino a ter medo de ratos de
borracha, passou também, a sentir medo de coelhos e objetos
semelhantes?

Existe um processo chamado generalização de estímulo condicionado, onde


a similaridade do primeiro estímulo condicionado com demais estímulos apresentados,
respeitarão tal hierarquia à nível de intensidade de resposta. Em suma, quanto mais
parecido for um novo estímulo, daquele inicialmente condicionado, mais semelhante será
a topografia de sua resposta.

7. As respostas condicionadas são poderosas e formadas logo no nascimento


e por todo decorrer da vida; um dos seus aspectos mais importantes está
na capacidade em eliciar respostas emocionais. Neste sentido, como
podemos fazer com que uma criança traumatizada por um ataque de cão
(Cão como estímulo condicionado ao medo) perca este medo?

Podemos realizar a dessensibilização sistemática (apresentar estímulos cada


vez mais parecidos ao condicionado real) ou o contra condicionamento (associar o cão
a algo bom). O problema destes métodos é a exposição deliberada do sujeito a algo
desagradável: não devemos menosprezar o sentimento condicionado.

8. Qual a grande diferença entre os processos de condicionamento de


Skinner (Operante) e Watson/Pavlov (Clássico)?

Para Skinner, não seríamos apenas passivos no processo de aprendizagem,


uma vez que enquanto organismos além de sofrermos a ação sobre o meio, também
agimos sobre este; neste sentido, o comportamento seria aprendido (adesão, manutenção
e modificação) através de suas consequências: a consequência do comportamento
retroage sobre ele. Quando o comportamento se mantém ou aumenta, dizemos que foi
reforçado, quando reduz dizemos que foi punido.

9. Apenas o estímulo por si só, pode ser considerado reforçador de


comportamento, como por exemplo um doce ou uma bebida muito
saborosa?

Não. No máximo podemos dizer que o doce e a bebida são itens de


preferência (universalmente “preferidos”). Mas para dizer se o estímulo é ou não
reforçador de comportamento, devemos analisar sua consequência sobre o próprio
comportamento: um doce pode ser aversivo a quem acabou de passar mal, ou está muito
satisfeito. Logo, se o estímulo foi recusado, não pode ser considerado reforçador: não
chegou a “agir” sobre a pessoa. O estímulo é apenas uma sugestão ao agir, que pode ou
não receber uma resposta por parte do indivíduo.

10. O reforço negativo consiste na continuidade ou aumento de determinado


comportamento a partir da retirada de um estímulo do meio: dor, bronca,
choro etc.; neste sentido, explique o processo de fuga e esquiva.

A fuga ocorre quando se retira do meio um estímulo já presente: pegamos a


criança que chora no colo, a fim de retirar do meio o choro. A esquiva ocorre quando
evitamos o estímulo aversivo: quando não vamos à casa de um amigo, pois o filho sempre
faz birra.

11. Em termos de reforço negativo, por que não é útil para acabar com o
comportamento de birra da criança que peguemos ela no colo?

Quando pegamos a criança no colo e ela para de chorar, não estamos


reforçando apenas o nosso comportamento de “pegar no colo” através da retirada de um
estímulo aversivo (choro); também reforçamos de maneira positiva o comportamento de
choro da criança, pois ao chorar ela é gratificada com nossa atenção. Duas
contingências ocorrem em paralelo, o que pode dificultar a vida dos pais que querem
sossego. O ideal seria não atender (nunca) a criança mediante choro, assim seu
comportamento não provocará consequência do meio; além disso, toda vez que a criança
se comportar devemos elogiá-la, sendo o elogio compreendido como uma consequência
do comportamento de se comportar (reforço positivo). Ser consistente no dia-a-dia é
difícil, mas o esquema de reforço contínuo é capaz de ensinar; quando o reforço é
intermitente ele torna o comportamento difícil de ser extinto, realizando sua
manutenção.

12. Explique a punição positiva e negativa, e porque ela não é indicada para
“corrigir comportamentos”. Por fim, qual o processo que tenta impedir a
punição?

A punição ocorre quando o comportamento é reduzido em frequência;


podemos punir um comportamento adicionando (bronca, multa) ou retirando (brinquedo,
liberdade) um estímulo ao meio. O problema é que a punição carece em indicações
adequadas, servindo mais como uma maneira de aliviar a tensão de quem pune, além de
resguardar sua autoridade e necessidade de poder sobre o outro. Por fim, pode ocorrer o
contra controle, quando a criança, por exemplo, se comporta apenas na frente dos pais,
evitando a punição positiva (bronca), mas não é comportada na escola ou casa dos avós.

13. Qual a diferença entre modelagem e modelação?

Modelagem é um reforço de comportamento sucessivos, cada vez mais


próximos ao comportamento desejado; trata-se de um processo contínuo de reforçamento
e extinção: podemos reforçar o comportamento de um rato se aproximar de uma barra
dando a ele comida; fazer isso várias vezes fará com que o rato sempre se aproxime da
barra quando estiver faminto. Cessando o reforço, seu comportamento não apresentará a
mesma consequência e começara a entrar em extinção: processo que visa a lenta redução
da frequência de um comportamento não mais gratificado com reforço. Entretanto, o
processo de extinção tem algumas propriedades: antes do comportamento vir a cessar, ele
aumenta em frequência e apresenta variações em topografia. Quando estas “variações
topográficas” se aproximam daquilo que desejamos, o reforçamos novamente; assim,
estaremos “modelando” o comportamento do ratinho para que, eventualmente, pressione
a barra para ganhar alimento. Modelação é a aprendizagem através da observação, onde
se introjetam as regras de determinado comportamento observado: seria uma espécie de
“imitação”, entretanto não apenas mecânica, e sim feita através da compreensão de seus
objetivos.

14. Para Bandura, a aprendizagem não requer sempre o reforço direto,


podendo ocorrer por ____________ (modelação). Além disso, quando a
criança se sente orgulhosa ao descobrir como desenhar uma estrela, ocorre
o reforço ________________. Sua teoria é conhecida como
____________________, tendo estreitado as teorias da _________ e
_______________________.
Observação; intrínseco; Aprendizagem Social; Aprendizagem e Cognitivo
Desenvolvimental.
15. O processo de Modelação seria, para Bandura, como aprendemos tanto
questões concretas quanto abstratas. Enquanto a “imitação” de um
comportamento permearia questões mais concretas, o que ocorreria na
modelação abstrata?

Na modelação abstrata o observador deduz as regras que podem ser a base


de um determinado comportamento: a criança que vê os pais participarem de atividades
beneficentes com frequência, pode compreender as regras morais que permeiam o
ajudar o próximo, assim a criança adquire valores, atitudes e padrões auto avaliativos
para resolver futuros problemas.

16. Crianças pequenas e aquelas mais velhas têm a mesma preferência em


termos de reforçadores sociais (elogios) e intrínsecos (orgulho mediante
conquistas)?

Não; crianças mais novas têm preferência por reforçadores sociais


(elogios); enquanto crescem e se desenvolvem, os reforçadores intrínsecos se tornam
mais importantes, trazendo sentimentos de plena satisfação e orgulho.

17. As teorias do desenvolvimento trazem suposições que as diferem


(ativa/passiva; natureza/criação; estabilidade/mudança); além disso,
não há teoria “mais certa”, podendo apenas serem comparadas quanto
sua utilidade. Exemplifique.

Capacidade em gerar previsões testadas no âmbito científico (Piaget,


Vygotsky, Processamento de Informações e Aprendizagem), Utilidade prática
(Aprendizagem e Processamento de Informações), Caráter heurístico (Piaget e
Psicanálise) e Capacidade em explicar os fatos básicos do desenvolvimento (Piaget e
Psicanálise)
Psicossexual de Freud – Passiva / Natureza / Estágios
Cognitivo de Piaget – Ativa / Natureza e Criação/ Estágios
Aprendizagem – Passiva / Criação / Contínua
18. Explique o que é o Ecletismo.

Uso de múltiplas perspectivas (teorias) para explicar e estudar o


desenvolvimento humano. É a visão contemporânea mais difundida.

19. Quais as metas da Ciência do Desenvolvimento?

Descrever, explicar, Prever e Intervir. São utilizados enquanto métodos para


desvendar um fenômeno trazido enquanto PERGUNTA (PROBLEMA).
[(Pergunta – Hipótese) x Objetivo] x Método = Resultado
O ideal é correlacionar hipóteses (biológicas e experenciais) para dar maior
embasamento à pesquisa (correlação empírica).

20. Qual o nome da célula que se forma na concepção? Onde ocorre?

Zigoto (união entre os gametas nas tubas uterinas/trompa de falopio); após


quatro dias o zigoto se torna um blastócito (esfera com duas camadas de células ao redor
de um centro oco). A camada externa se desenvolverá em estruturas que suportarão o
organismo (placenta e cordão umbilical), enquanto a camada interna formará o embrião.
Ao tocar o endométrio, o blastócito se decompõe no ponto de contato (implantação – 10
a 14 dias).

21. Quantos cromossomos existem em cada gameta (células sexuais)? E no


núcleo de cada célula do novo indivíduo?

Cada gameta (espermatozoide e óvulo, células sexuais) possuem 23


cromossomos; na concepção unem-se 23 cromossomos do pai, com 23 da mãe, logo, cada
célula deste indivíduo terá 46 cromossomos.

22. Explique a composição básica do cromossomo e sua função em termos


hereditários.

O cromossomo é composto de longas cadeias de DNA (ácido


desoxirribonucleico), subdivididas em segmentos chamados genes. Sua função é de
controlar e influenciar aspectos do desenvolvimento. Os genes que controlam alguma
característica da espécie aparecem sempre na mesma posição (genes alelos).

23. Existem 23 pares de cromossomos; 22 destes são chamados


_____________ (genes alelos); o 23º par é conhecido como
______________ _____________ (X e Y). A mulher saudável tem os
cromossomos _ _ no 23º par, enquanto o homem possui um par _ _.

Autossomos; Cromossomos Sexuais; XX; XY

24. A região determinante do sexo se encontra no cromossomo Y, sendo uma


pequena região conhecida como segmento SRY. Logo, o cromossomo
determinante do sexo do bebê virá sempre do homem; neste sentido,
explique o processo de determinação de sexo, e quando ocorre.

Após a concepção, entre 4 e 8 semanas o segmento SRY sinaliza ao embrião


que este produza e secrete andrógenos, que por sua vez vão desenvolver a genitália
masculina. Na ausência de andrógenos a genitália feminina se desenvolve. Não é o
cromossomo Y como um todo que determina o sexo, mas sim uma pequena parte.

25. Os padrões genéticos da concepção nem sempre combinam: o pai pode


trazer o gene de tipo sanguíneo A, enquanto a mãe do tipo B. Aqui temos
um caso de padrão genético ______________. Do contrário, por vezes,
há um padrão que combina, quando pai e mãe têm genes recessivos para
o fenótipo de cabelo liso, um caso de padrão genético _____________.

Heterozigótico; Homozigótico.
26. São características de padrão genético Dominantes, Recessivos e
Poligênicos...

DOMINANTE Sarda, cabelo grosso, crespo,


sangue rh+ e tipos sanguíneos A
eB
RECESSIVO Cabelo fino, ruivo, loiro, range
rh- e tipo sanguíneo O
POLIGÊNICO (multifatoriais) Altura, tipo físico, cor dos olhos
e pele

Em média de 1000 características físicas são determinadas por um único gene


(tipo de cabelo). Tipos sanguíneos A e B seriam codominantes, logo se a pessoa herdar
o gene para tipo de sangue A da mãe e B do pai, seu sangue será AB. A altura é um traço
poligênico, sendo uma herança multifatorial (afetada por genes e ambiente).

27. Qual a diferença entre genótipo e fenótipo?

Genótipo é um conjunto de instruções dos genes; Fenótipo é o conjunto de


características observáveis, determinadas por: genótipo, influências ambientais desde
a concepção e a interação entre ambas as partes.
Exemplo: Síndrome do Bebê Sacudido (genótipo saudável, que por conta
do chacoalhar dos pais torna o bebê deficiente intelectualmente ou cego).

28. Caracteriza o blastócito.

Trata-se de uma esfera com duas camadas de células, com centro oco. A
camada externa (córion, com duas membranas) formará Placenta e Cordão Umbilical;
a camada interna o embrião. A membrana interna da camada externa se torna o âmnion
(bolsa com líquido amniótico, onde o embrião flutua).

29. Qual a função da Placenta?

É ligado ao sistema circulatório da mãe através do cordão umbilical; serve


com um filtro entre o sistema circulatório da mãe e embrião: é análoga ao fígado e rins.
Proteínas, vitaminas e açúcares passam do sangue materno ao do embrião. Por fim,
fornece oxigênio, enquanto remove CO2 do sangue.

30. O estágio embrionário se inicia quando o zigoto é implantado na parede


do útero (nidação), e se encerra, dando lugar ao estágio fetal após o
processo de organogênese. Explique este processo.

Divisão da massa de células que formará o embrião, formam-se: rudimentos


de pele, receptores sensoriais, células nervosas, músculos, órgãos e sistemas do
organismo, com destaque ao sistema nervoso, que por sua vez, continua a se
desenvolver até os 24 anos. Ao final do processo temos um feto (8 semanas após a
concepção): o estágio fetal gratifica o refinamento dos sistemas orgânicos essenciais
para a vida fora do útero.

31. Cite os principais períodos e processos da gravidez:

Zigoto em Blastócito (4 dias)


Implantação/nidação (10 a 14 dias); logo, Estágio Germinal dura até 2
semanas
Estágio Embrionário (2 até 8 semanas) 2 meses
Formação da Placenta (1 mês); massa de célula posicionada contra o
útero
Primeiro batimento cardíaco (1 mês após a concepção)
Determinação sexual (4 e 8 semanas – SRY Androgenos)
Estágio Fetal (8 semanas até 38); logo, gestação dura 38 semanas (265
dias)
Migração Neuronal (13 a 21 semanas); neurônios formados migram à
regiões especializadas do cérebro, onde ficarão por toda vida. Quando completam a
migração, o neurônio desenvolve sinapses (10 a 15 semanas o bebê começa a bocejar).
Na migração as células gliais se desenvolvem, mantendo os neurônios juntos, dando
forma às estruturas cerebrais (gratificam a aparência madura do cérebro).
Axônios (extensões caudadas) e Dendritos (ramificações, tentáculos) se
desenvolvem aos 7 meses (se especializando ao longo da vida).
Idade viável para sobreviver ao parto pré-termo: 23 a 24 semanas. Com
24 semanas (6 meses) o pulmão se torna mais eficiente, e a maioria das estruturas
cerebrais estão desenvolvidas.
24 semanas até nascimento: capacidade de aprender. Neste sentido o
ambiente pré-natal é extremamente importante ao posterior desenvolvimento; fetos muito
ativos tendem a tornarem-se crianças mais ativas. Além disso, ouvir música clássica neste
período gratificaria habilidades motoras e cognitivas após o nascimento.
25 semanas: feto responde a sons (frequência cardíaca, giros de cabeço e
movimentos corporaos)
32 semanas: diferencia estímulos familiares

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