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Análise de Custos

Douglas Schmitz Dupski

Resumo capítulo 7:
O método de custeio baseado em atividades (ABC, do inglês "Activity-Based Costing") é um sistema
moderno que aloca custos indiretos aos produtos ou serviços por meio de direcionadores de custos. A
necessidade deste método surgiu com o aumento significativo de custos indiretos devido à revolução
tecnológica nas estruturas de custo das empresas. O ABC foi elogiado por sua eficácia, apesar de suas
ferramentas já existirem há décadas. No entanto, também é considerado burocrático e custoso de
implementar.

O método ABC é bem-sucedido quando aplicado corretamente, como na empresa O


Boticário, que usa ABC para operações administrativas e comerciais, enquanto usa o sistema UEPs
para produção. Este sistema gerencial, combinando duas técnicas de custeio, tem melhorado a
eficácia do planejamento estratégico, políticas de vendas, distribuição e desenvolvimento de
produtos na empresa.

O ABC foi criado nos Estados Unidos por Robert Kaplan e Robin Cooper, com o objetivo de
melhorar a alocação de custos indiretos fixos aos produtos. A ideia central do ABC é entender o
comportamento dos custos de diferentes atividades e estabelecer relações entre os produtos e essas
atividades. O método ABC também se concentra no direcionamento de todos os custos para os
produtos, visando custos de atividades que não agregam valor, e é fortemente baseado na gestão por
processos e no uso da contabilidade de custos como ferramenta de gestão estratégica.

No entanto, o método ABC tem suas limitações, principalmente sendo a implementação


onerosa e demorada. Além disso, ele pode não contemplar a complexidade real da necessidade
informacional das empresas modernas. Uma alternativa é o ABC-tempo, que simplifica o modelo ABC
por meio da estimação da demanda por recursos gerada por transação, produto ou cliente. Ele usa o
tempo como uma unidade de custo, tornando-se mais flexível e capaz de captar a complexidade das
operações organizacionais. Ainda assim, cada empresa deve analisar sua própria realidade ao
implementar qualquer sistema de custeio.

Resumo capítulo 8:
Este capítulo destaca a importância do modelo UEPs (Unidades de Esforço de Produção) na gestão e
custeio de empresas que buscam excelência. Este sistema de gestão de custos é essencial para o
planejamento de lucros e produtividade e pode ser integrado a outras teorias administrativas.
A obra busca uma visão holística sobre o tema, focando na rentabilidade dos produtos e na criação de
controles eficientes. Além disso, discute-se a influência do engenheiro George Perrin na técnica GP,
que foi base para o desenvolvimento do sistema UEPs. Porém, este sistema é recomendado para
empresas de médio e grande porte com estruturas operacionais diversificadas.

A implementação de um sistema de custos baseado em UEPs requer controle detalhado de


diversas variáveis e envolve todos os setores da empresa. O sistema UEPs visa mensurar custos
precisos e influenciar na definição de preços de venda, introdução de novos produtos e exclusão de
produtos obsoletos.

A valoração dos produtos sob este sistema se resume ao custo das matérias-primas e ao
custo de transformação, também conhecido como custo operacional. Conhecer a lucratividade de
cada produto e o custo de cada processo permite a empresa identificar pontos fracos e melhorá-los,
racionalizando custos. A ideia é evitar produtos deficitários que prejudicam a rentabilidade geral.
Também discute os indicadores de produção do sistema UEPs (Unidades de Esforço de Produção).
Esses indicadores, medidas físicas de desempenho, devem ser analisados e comparados com registros
históricos. Entre os indicadores estão a capacidade instalada, rendimento, produtividade horária,
econômica e funcional.
Eles são essenciais para responder a perguntas sobre a eficiência do processo produtivo e o
impacto desses fatores nos custos dos produtos. O sistema UEPs demanda informações de várias
unidades gerenciais da empresa, o que implica na necessidade de treinamento para os colaboradores.
O método UEP, derivado da engenharia, precisa de diversos controles organizacionais e tem críticas
similares ao método ABC, visto que ambos são derivados do princípio de custeio por absorção. A
principal inovação do método UEP é a padronização da produção, que é essencial para organizações
com alta complexidade e variedade de produtos, desde que não apresentem alta ociosidade. No
entanto, tais métodos não são avançados, mas sim aplicáveis de acordo com as necessidades
informacionais da empresa.

Resumo capítulo 9:
A formação de preços, segundo diversos autores, é determinada mais pela competitividade e
adequações de mercado do que pelos cálculos de custos. Há um equilíbrio entre preço e demanda, e
as organizações precisam de uma gestão integrada (estratégia, custos e marketing) para alcançar esse
equilíbrio e maximizar os resultados.

Um aumento no preço pode influenciar negativamente a demanda após certo ponto. Uma
gestão integrada bem calibrada é necessária para evitar preços muito baixos, que podem diminuir a
margem e prejudicar a marca, ou preços muito altos, que podem dar uma falsa percepção de alta
margem, desconsiderando a demanda e a possibilidade de cobrir custos fixos.

Um exemplo clássico seria o de um shampoo. Se for muito barato, os consumidores podem


temer que seja de baixa qualidade. À medida que o preço aumenta, a receita também aumenta até
um certo ponto, após o qual a receita começa a diminuir.

A formação de preços é uma questão de percepção de valor, definida pelo maior preço que
os clientes estão dispostos a pagar por um produto sem mudar de marca.

Todas as decisões de preço devem estar alinhadas com as demais decisões de marketing e
estratégias da empresa. A complexidade dos negócios, a abertura de unidades, o aumento do mix de
produtos, a departamentalização, e outros fatores diminuem o ciclo de vida dos produtos, afetando
as estruturas de custos e a análise de volume.

A Curva de Experiência e a técnica da formação de preços. A Curva de Experiência relaciona o


custo unitário de um produto ou serviço à sua produção acumulada, indicando que a repetição de
uma tarefa leva ao aumento da habilidade, aumento da produtividade e diminuição do custo unitário.

Na formação de preços, a técnica "mark-up" é usada, o que significa marcar para cima. Esse
índice é aplicado sobre o custo do produto ou serviço, sugerindo o preço de venda ideal. O preço de
venda é calculado multiplicando o custo de fabricação pelo índice mark-up.

No entanto, é importante notar que a precificação é uma questão estratégica que vai além
do simples cálculo do mark-up. Fatores como a imagem da organização, o valor agregado, e outros
aspectos estratégicos devem ser considerados. Além disso, baixar preços pode afetar negativamente
a imagem da organização e a marca.

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