8 - Fundações Por Estacas, Tipos e Blocos de Coroamento

FUNDAÇÕES
PROFESSOR: PAULO CASTANHEIRA

ENGENHARIA CIVIL – 2023.1
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APRESENTAÇÃO
• PLANO DE ENSINO
• AULA 1 – INTRODUÇÃO / INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

• AULA 2 – ENSAIOS / PARÂMETROS DE PROJETO
• AULA 3 – ANÁLISE DE CAPACIDADE DE CARGA DAS FUNDAÇÕES DIRETAS
• AULA 4 – TENSÃO ADMISSÍVEL DO SOLO PARA FUNDAÇÕES DIRETAS
• AULA 5 – CAPACIDADE DE CARGA PARA FUNDAÇÕES INDIRETAS
• AULA 6 – CARGA ADMISSÍVEL PARA FUNDAÇÕES INDIRETAS
• AULA 7 – FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS – BLOCOS, SAPATAS E RADIERS
• AULA 8 – FUNDAÇÕES POR ESTACAS – TIPOS E BLOCOS DE COROAMENTO
• AULA 9 – RECALQUE DE FUNDAÇÕES DIRETAS
• AULA 10 – INTERAÇÃO SOLO – ESTRUTURA, RECALQUES - FUND. INDIRETAS
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FUNDAÇÕES POR ESTACAS – TIPOS
E BLOCOS DE COROAMENTO
CONCEITO DE FUNDAÇÃO PROFUNDA
A norma NBR 6122 define a fundação profunda como aquela que transmite a carga
ao terreno pela base (resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste)
ou por uma combinação das duas, e está assentada em profundidade superior ao dobro de
sua menor dimensão em planta e, no mínimo, a 3 m.
A norma reconhece no país os seguintes tipos de estacas: de madeira, de concreto

pré-moldado e de aço cravadas (por percussão, prensagem ou vibração); estaca tipo
Strauss, tipo Franki, estaca escavada (sem revestimento, com revestimento de aço –
provisório ou perdido - e com escavação estabilizada por fluido), estaca raiz, microestaca
injetada e estaca hélice.
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CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O MATERIAL
• de madeira, de concreto, de aço ou mistas.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O EFEITO (DESLOCAMENTO) NO SOLO

• “de deslocamento”: estacas cravadas, uma vez que o solo no espaço que a estaca vai
ocupar é deslocado (horizontalmente);
• “de substituição”: estacas escavadas, uma vez que o solo no espaço que a estaca vai
ocupar é removido, causando algum nível de redução nas tensões horizontais geostáticas.
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CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O EFEITO (DESLOCAMENTO) NO SOLO
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• CLASSIFICAÇÃO CLÁSSICA – TERZAGHI E PECK (1967)
As estacas podem ser agrupadas em três tipos:
• Estacas de atrito em solos granulares muito permeáveis: transferem a maior parte da carga
por atrito lateral. O processo de cravação dessas estacas, próximas entre si, em grupos,
reduz especialmente a porosidade e a compressibilidade do solo dentro e em torno do
grupo. Consequentemente, são, algumas vezes, chamadas estacas de compactação.
• Estacas de atrito em solos finos de baixa permeabilidade: também transferem ao solo as
cargas que lhes são aplicadas pelo atrito lateral, porém não produzem compactação
apreciável do solo. São comumente conhecidas como estacas flutuantes.
• Estacas de ponta: transferem as cargas a uma camada de solo resistente situada a uma
profundidade considerável abaixo da base da estrutura.
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PRINCIPAIS PROCESSOS DE EXECUÇÃO
ESTACAS CRAVADAS
• em solos granulares, pouco a medianamente compactos, causam densificação ou
aumento na compacidade desses solos pois o volume (da estaca) introduzido no terreno
acarreta na redução do Índice de Vazios. É um efeito benéfico do ponto de vista do
comportamento da estaca (aumenta a capacidade de carga e diminui os recalques em
relação ao solo no estado original). Em solos muito compactos, a introdução da estaca não
aumenta a compacidade, porém desloca o solo e pode danificar estruturas já executadas.
• em solos finos, algum excesso de poropressão ocorrerá durante o processo de cravação e

a dissipação ocorre após a execução da estaca, completando o processo de densificação.
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ESTACAS CRAVADAS
• em solos argilosos saturados, devido a baixa permeabilidade, causam - num primeiro momento -
um deslocamento do solo praticamente igual ao volume da estaca, ocorrendo um aumento nas
poropressões (especialmente nas argilas normalmente adensadas ou pouco sobreadensadas) e um
amolgamento do solo. Após a execução da estaca, os excessos de poropressão dissipam-se num
processo de adensamento radial (fluxo de água da estaca para o solo ou, eventualmente, do solo
para a estaca se esta for de madeira ou concreto poroso) e há uma recuperação parcial da estrutura
do solo chamada recuperação tixotrópica (argila recuperando sua resistência).
- Solos pouco sensíveis: sem perda considerável de resistência pelo amolgamento, podem ter o
amolgamento compensado pelo adensamento e ao final do processo resultar em solo melhorado.
- Solos muito sensíveis, com perda de resistência pelo amolgamento, podem ter, ao final desse
processo de dissipação dos efeitos de instalação, um solo enfraquecido (No Brasil não ocorrem
argilas de elevada sensibilidade).
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ESTACAS CRAVADAS
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ESTACAS ESCAVADAS
Podem causar uma descompressão do terreno, que será maior ou menor, conforme o tipo
de suporte. Num extremo estariam as estacas escavadas sem suporte, o que só é possível em solos
com alguma porcentagem de finos e acima do nível d'agua, em que a descompressão é
pronunciada.
No outro extremo estariam as estacas escavadas com auxílio de camisas metálicas que
avançam praticamente no mesmo nível que a ferramenta de escavação, em que o alívio é muito
reduzido.
Entre estes extremos estariam as estacas escavadas com auxílio de fluido ou lama
estabilizante.
Verifica-se a seguir, os efeitos da execução da estaca escavada sobre o terreno, com uma
região amolgada ou plastificada de pequena espessura e uma região maior, com tensões reduzidas.
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ESTACAS ESCAVADAS: O alívio não se processa instantaneamente, pois todos os processos
que envolvem os solos incluem migração de água e comportamento viscoso (creep); assim,
quanto mais rapidamente ocorrer a concretagem após a escavação, menor a
descompressão e, consequentemente, menor a deterioração das características do solo.
• Na fase de escavação, as tensões horizontais são
reduzidas ao empuxo da lama bentonítica e, após
a concretagem, são devidas ao empuxo do
concreto fresco;
• O gráfico da umidade indica que, quanto menos
tempo a escavacão permanecer aberta, antes da
concretagem, menor será o aumento de umidade
do solo.
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PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS
ESTACAS DE MADEIRA
• Constituídas por troncos de árvore, preparados nas extremidades, topo e ponta, para cravação;
• No Brasil, mais empregadas em obras provisórias, nos EUA
e Europa, em obras definitivas;
• Duração ilimitada quando mantidas permanentemente
embaixo da água, portanto devem ser arrasadas abaixo
do nível mínimo de variação do lençol d´água (evitar alteração
entre períodos de secura e umidade);
• Rebaixamento d´água de obras vizinhas pode comprometer
a segurança de estacas em madeira;
• A durabilidade da estaca em madeira está diretamente
relacionada à resistência do cerne;
• No aparelhamento, a seção externa ao Alburno é retirada; 12
ESTACAS DE MADEIRA
• Creosoto / Creosote é um excelente produto para proteção da madeira, com função biocida
contra agentes de deterioração da madeira;
• Sais de Zinco, cobre e mercúrio não têm a mesma eficiência, pois são dissolvidos pela água;
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ESTACAS METÁLICAS
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ESTACAS METÁLICAS – VANTAGENS:
• Várias seções transversais disponíveis, adaptação ajustada a cada necessidade de obra;
• Peso relativamente pequeno e a elevada resistência na compressão, na tração e na flexão;
• Fáceis de transportar e de manipular;
• A elevada resistência do aço facilita a cravação em relação às estacas de madeira ou de concreto
pré-moldado, atravessando camadas compactas ou permitindo o embutimento nas mesmas;
• Facilidade de corte com maçarico e emendas por solda, facilitam os ajustes de comprimento;
• Pedaços cortados podem ser otimizados no prolongamento de outras estacas, reduzindo perdas.
• Pode-se utilizar, em casos especiais, aços resistentes a corrosão, tipo SAC.
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ESTACAS METÁLICAS – DESVANTAGENS:
• Custo elevado. Apesar de nos últimos anos os preços terem se tornado mais competitivos com
relação ao concreto. Nesta análise é importante verificar o custo total da fundação: material,
processo de cravação, equipamentos, blocos de coroamento, perdas, limpeza (arrasamentos);
• Corrosão: Cada vez mais os efeitos negativos da corrosão vêm sendo limitados, porém ainda é um
limitador com relação a outros materiais.
Em resumo, a corrosão causada pelo solo em estacas de aço é, em geral, muito pequena e
pode ser desprezada quando o aço está em contato com o solo natural (não perturbado), podendo-
se até dispensar pinturas e proteções;
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ESTACAS METÁLICAS – DESVANTAGENS:
• Estacas metálicas total e permanentemente enterradas, salvo em casos excepcionais, dispensam
qualquer proteção contra a corrosão. Em cálculos de capacidade de carga estrutural, admite-se que
a corrosão inutilize apenas uma espessura de sacrifício, de acordo com a norma.
• Estacas metálicas com trecho desenterrado, no ar ou na água, exigem uma proteção que, é feita
desde cota de erosão até o bloco de coroamento.
Nos casos usuais, quando a estaca é constituída por
perfis I, H, ou trilhos, faz-se um encamisamento com
concreto, de preferência, armado; quando a estaca é
tubular, arma-se o trecho acima da cota de erosão
para os esforços previstos, desprezando-se totalmente
o tubo de aço (que funcionará apenas como forma).
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EXEMPLO DA AGRESSIVIDADE NA FAIXA DE VARIAÇÃO DE MARÉS:
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ESTACAS PRÉ MOLDADAS
• O concreto é o material que melhor se presta para a confecção de estacas, graças a sua resistência
aos agentes agressivos, além de suportar muito bem alternâncias de secagem e umedecimento.
• Com o concreto podem-se executar tanto estacas de pequena a grande capacidade de carga;
• Estacas pré-moldadas são moldadas em canteiro ou usina e podem ser executadas em concreto
armado e concreto protendido.
• Algumas seções típicas. Na seção longitudinal, as duas
extremidades da estaca, ponta e cabeça, apresentam
reforço da armação transversal necessário por conta das
tensões que ali surgem durante a cravação ("tensões
dinâmicas").
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VANTAGENS:
• Melhor controle de qualidade para o concreto;
• Agentes agressivos presentes no solo, não terão nenhuma ação na pega e cura do concreto
• Segurança na passagem através de camadas muito moles, onde a concretagem in loco pode
apresentar problemas.
DESVANTAGENS:
• Dificuldade de adaptação às variações do terreno. Se a camada resistente apresentar grandes
variações na sua profundidade, e se a previsão de comprimento não for feita cuidadosamente,
haverá o problema do corte ou emenda de estacas, com prejuízos econômicos.
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Estacas de concreto protendido: Para grandes cargas e comprimentos, com as vantagens:
• elevada resistência na compressão, flexão composta, tração decorrente da cravação, flexão
transitória (daí, projeto mais econômico para uma dada carga axial e um dado momento fletor);
• maior capacidade na manipulação e cravação, e menor fissuração (daí, maior durabilidade);
• capacidade de suportar forças de tração elevadas (como ancoragens, para suportar supressão, ou
em dolfins portuários, proteção de pilares de pontes etc.);
• facilidade de moldagem com qualquer configuração de seção transversal, maciça ou oca;

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ESTACAS PRÉ MOLDADAS Estacas de concreto protendido:
• Possibilidade de serem executadas com secções transversais de grandes dimensões e grandes
comprimentos. (Estacas de concreto protendido com até 4 m de diâmetro, ponte de Oesterchelde
(Holanda) e com até 70 m de comprimento em plataformas de petróleo na Venezuela;
• emprego vantajoso de protensão excêntrica para aumentar a resistência a flexão, quando usadas
como estacas-prancha em ensecadeiras, estruturas de arrimo, muros de cais etc.
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ESTACAS PRÉ MOLDADAS Estacas de concreto protendido: Fabricação / Transporte
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ESTACAS PRÉ MOLDADAS - Manipulação e estocagem:
• Devem ser dimensionadas para resistir aos esforços que sofrerão por ação da estrutura
(compressão, tração, forças horizontais e momentos aplicados);
• E também para resistir aos esforços de manipulação e cravação;
• A manipulação aborda os esforços para carga, descarga e estocagem e de içamento para cravação;
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ESTACAS PRÉ MOLDADAS – Dimensões e Cargas admissíveis:
• Primeiro Grupo: Estacas pré-moldadas de concreto armado executadas nos próprios canteiros de
obras. Em gerai, tem seção transversal quadrada, desde 20 cm x 20 cm ate 40 cm x 40 cm e
comprimento de 4 a 8 m.
• Segundo Grupo: Estacas produzidas em fábricas de pré-moldados, processo praticamente
industrial, para cargas de trabalho maiores e com comprimentos maiores.
Tensões de trabalho das estacas pré-moldadas (a serem aplicadas a seção transversal de concreto)
dependem não só da armadura e da qualidade do concreto, como também dos controles de
fabricação e cravação, e ainda do uso de protensão. Assim, as tensões variam desde 6 MPa, aplicada
as estacas de concreto armado com controles usuais de fabricação e sem controle de cravação por
ensaios estáticos ou dinâmicos, até 14 MPa, aplicada as estacas de concreto protendido com
controles rigorosos de fabricação e com controle de cravação por ensaios estáticos ou dinâmicos.
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• PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - ESTACAS PRÉ MOLDADAS – Dimensões e
Cargas admissíveis:
•
Pontas especiais facilitam a cravação

(passagem por camadas mais
compactas e/ou embutimento em
materiais compactos
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ESTACAS PRÉ MOLDADAS – NBR 9062:
• Considera estacas pré-fabricadas como peças pré-moldadas estruturais;
• O dimensionamento estrutural deve observar critérios especificados a seguir.
• A adoção de uma carga de trabalho baseada nesses critérios é válida se for feita a verificação da
capacidade de carga na obra, por prova de carga estática (NBR 12.131) ou ensaio de carregamento
dinâmico (NBR 13.208).
• Caso não seja feita essa verificação, a tensão media atuante na seção de concreto deve-se limitar
a 7 MPa (para efeito da seção de concreto, consideram-se as seções vazadas como maciças,
limitando-se a seção vazada a 40% da total). 27
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - ESTACAS PRÉ MOLDADAS
CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
• As tensões de cravação devem ser sempre inferiores a tensão característica do concreto
(recomenda-se que sejam inferiores a 0,8fck).
• Tensões de compressão que surgem na cabeça da estaca durante o impacto são diretamente
proporcionais a altura de queda do martelo. Para evitar o esmagamento da cabeça da estaca deve-
se trabalhar com alturas de queda pequenas, em geral menores que 1 m, e adotar amortecedores.
(“Biscoitos/bolachas”, peças de madeirit empilhados, no formato da seção da estaca)
• Assim, quando se precisa cravar a estaca a grande profundidade ou penetrar camadas resistentes,
devem-se adotar martelos mais pesados (empregar martelos acima de de 40).
• A norma NBR 6122 recomenda que o martelo tenha, no mínimo, 70% do peso total da estaca, e
pelo menos 20 kN.
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EMENDAS DE ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
• Em uma obra com estacas pré-moldadas, tem-se de prever
a possibilidade de emenda de elementos. Essas emendas
devem ser feitas de modo que as seções emendadas possam
resistir a todas as solicitações que nelas ocorram durante a
cravação e a utilização da estaca. Na maioria das estacas
fabricadas no Brasil, a emenda é feita soldando-se luvas ou
anéis metálicos incorporadas ao concreto. Essas emendas
permitem transmitir compressão, tração e flexão.
Estacas com previsão apenas de compressão em serviço e

que não atravessam solos moles podem ser emendadas por
luva de encaixe . 29
EMENDAS DE ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
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PREPARAÇÃO DA CABEÇA DA ESTACA E LIGAÇÃO COM O BLOCO DE COROAMENTO
• O topo da estaca deve ser preparado para a ligação com o bloco de coroamento e envolve o corte
da estaca na "cota de arrasamento" por um processo que preserve o concreto e a armadura no
trecho necessário para a ligação.
• Deve-se usar um processo de corte manual do concreto, com ponteiros e talhadeiras que
trabalhem horizontalmente, ao invés de marteletes/rompedores pneumáticos que trabalhem
verticalmente.
• A penetração do concreto da estaca no bloco deve ser, no mínimo, de 5 cm (preferivelmente 10
cm), certificando-se de que o concreto da estaca esteja perfeitamente íntegro apos o corte. A
penetração da armadura no bloco depende do tipo de vínculo (rótula ou engaste, estaca
trabalhando a tração etc.) previsto no projeto e os detalhes da armadura a ser preservada devem
constar no projeto.
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PREPARAÇÃO DA CABEÇA DA ESTACA E LIGAÇÃO COM O BLOCO DE COROAMENTO
• Quando não há necessidade de penetração da armadura da estaca no bloco, não se cortam,
necessariamente, os ferros eventualmente remanescentes acima da cota de arrasamento;
• Estacas de concreto protendido por cabos de aço, no caso de alguns tipos de vínculos (engaste
e/ou estaca trabalhando a tração), precisam ter uma armadura convencional ("dura"), ou não
poderão ser utilizadas.
• Caso o topo da estaca, após a cravação ou após a remoção de concreto danificado, fique abaixo da
cota de arrasamento, é possível completar a estaca com concreto de alta qualidade ou “grout”,
argamassa especial, sempre considerando a questão da armadura a ser emendada.
• Os maiores esforços em uma estaca ocorrem justamente na sua ligação com o bloco e, portanto, a
qualidade de seu trecho final e ligação com o bloco é muito importante.
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METODOLOGIA CANT TRAVELLER
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PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - PREPARAÇÃO DA CABEÇA DA ESTACA E LIGAÇÃO COM
O BLOCO DE COROAMENTO – ESTACÃO (ESTACA ESCAVADA)
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CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO – NBR 6122:
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ESTACAS DE CONCRETO MOLDADAS NO SOLO
• Grande vantagem: Permitir executar a concretagem no comprimento estritamente necessário;
• Quanto à capacidade de carga, podem oferecer valores ainda mais elevados que as pré-moldadas;
• Podem ser executadas após escavação, com uso de ferramentas especiais, tipo trépanos, de
camadas muito duras e até mesmo rochas, que não seriam penetradas por estacas pré-moldadas.
Com referência às desvantagens em comparação com as estacas pré-moldadas em
referência a qualidade e ao fato do concreto ser posto em contato com o solo já curado, além de
outras de ordem executiva, como a execução através de camadas de argilas moles, não se pode, a
rigor, afirmar que as estacas moldadas no terreno apresentem as desvantagens correspondentes.
A qualidade das estacas moldadas no solo depende mais da habilidade e competência da equipe
executora do que a de uma estaca pré-moldada, cuja execução permite alguns controles próprios!
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PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS ESTACAS DE CONCRETO MOLDADAS NO SOLO
Estacas Escavadas sem Auxílio de Revestimento ou de Fluido Estabilizante(A TRADO)
• Geralmente executadas com trado manual entre 20 cm a 40 cm de diâmetro e por trado
mecânico ate diâmetros maiores.
• Um exemplo é a estaca tipo broca (escavada com trado manual), empregada quando a base fica
acima do lençol d'agua ou quando se possa, com certeza, secar o furo antes da concretagem.
• Uma vez atingida a profundidade prevista, faz-se a limpeza do fundo, com a remoção do material
desagregado remanescente da escavação. A concretagem é feita com o concreto lançado da
superfície do terreno com auxílio de funil.
• A norma NBR 6122 prescreve que o concreto deve apresentar fck de pelo menos 20 MPa, ter um
consumo mínimo de cimento de 300 kg/m3 e apresentar um abatimento (slump) mínimo de 8 cm
para estacas não armadas de 12 cm para estacas armadas.
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Estacas Escavadas sem Auxílio de Revestimento ou de Fluido Estabilizante(A TRADO)
• A armadura utilizada (geralmente conjunto de ferros longitudinais amarrados com estribos em
espiral) atende a ligação com o bloco de coroamento e, se necessário, pode ter o comprimento da
estaca e resistir a outros esforços da estrutura.
• Como resultado do dimensionamento estrutural pela norma NBR 6122 (Tab. 11.5) e,
principalmente, das condições de suporte oferecidas pelo terreno a esse tipo de estaca, as carga
de trabalho são relativamente baixas.
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Estacas A TRADO
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DIMENSÕES E CARGAS ADMISSÍVEIS
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ESTACAS STRAUSS
• Requer equipamento relativamente simples: um tripé com guincho,
um pequeno pilão, uma ferramenta de escavação, e tubos de
revestimento;
• Sua qualidade depende muito do trabalho da equipe encarregada;
• Começa-se por descer no terreno um tubo de revestimento, cujo
diâmetro determina o da estaca, por um processo semelhante ao das
sondagens a percussão ou por escavação do interior do tubo com uma
ferramenta chamada sonda ou "piteira“.
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ESTACAS STRAUSS
• Atingida a cota desejada, enche-se o tubo com cerca de 75 cm de concreto úmido, que se apiloa a
medida que se vai retirando o tubo. A manobra é repetida ate o concreto atingir a cota de
arrasamento (na verdade, e é um processo que se verifica em várias modalidades in loco, uma cota
um pouco acima da de arrasamento, para se garantir que, ate essa cota, o concreto tenha boa
qualidade);
• A estaca Strauss requer grande cuidado na execução quando se trabalha abaixo do lençol d'água, o
que é desaconselhável nesse caso. Aceita-se, caso ao final da perfuração exista água no fundo do
furo, que não possa ser retirada pela sonda e que seja lançado um volume de concreto seco para
obturar o furo. Neste caso, deve-se desprezar a contribuição da ponta da estaca na sua capacidade
de carga.
42
ESTACAS STRAUSS
• As estacas Strauss podem ser armadas com uma ferragem longitudinal (barras retas) e estribos
que permitam livre passagem do soquete de compactação e garantam um cobrimento da
armadura, não inferior a 3 cm.
• Quando não armadas, deve-se providenciar uma ligação com o bloco, por meio de uma ferragem
que é simplesmente cravada no concreto fresco.
• A norma NBR 6122 prescreve para o concreto da estaca Strauss o mesmo da estaca broca.
• Para a fixação da carga admissível do ponto de vista estrutural deve-se observar a tabela
específica.
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ESTACAS FRANKI
• A estaca Franki foi desenvolvida pelo engenheiro belga Edgard Frankignoul na década de 1910, e
foi muito bem sucedida como uma estaca de qualidade e a custo vantajoso, pelos comprimentos
menores de estaca por conta da base alargada e da concretagem apenas no comprimento
necessário (ultrapassando pouco a cota prevista de arrasamento).
• Por conta das vibrações produzidas no processo original, chamado tipo Standard, a estaca vinha
perdendo espaço nos centros urbanos. Variantes foram propostas, como aquela em que o tubo é
descido com ponta aberta e aquela em que o fuste é vibrado, apresentadas nos itens seguintes.
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ESTACAS FRANKI – Fases de Execução:
• Cravação do tubo: colocado verticalmente, ou segundo a inclinação prevista para a
estaca, derrama-se nele uma certa quantidade de brita e areia, que é socada de
encontro ao terreno, por um pilão de 1 a 4 toneladas (dependendo do diâmetro da
estaca), caindo de vários metros de altura. Sob os golpes do pilão, a mistura de brita
e areia forma na parte inferior do tubo uma "bucha" estanque, cuja base penetra
ligeiramente no terreno e cuja parte superior, energicamente comprimida contra as
paredes do tubo, arrasta-o por atrito no seu afundamento. Impelido pelos golpes do
pilão, o tubo penetra no terreno e o comprime fortemente. Graças a bucha, a água e
o solo não podem penetrar no tubo de maneira que, quando a cravação é terminada,
obtém-se no solo uma forma absolutamente estanque.
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• Execução da base alargada: terminada a cravação do tubo, inicia-se a fase da expulsão da
bucha e execução da base alargada da estaca. Para isso, o tubo é ligeiramente levantado e
mantido fixo aos cabos do bate-estacas, expulsando-se a bucha por meio de golpes de
grande altura do pilão. Imediatamente após a expulsão da bucha, introduz-se concreto seco
que, sob os golpes do pilão, é introduzido no terreno, formando a base alargada.
• Colocação da armadura: pronta a base alargada, coloca-se no tubo a armadura prevista,

caso a natureza do terreno aconselhe a execução de estacas armadas ou as solicitações a
que a estaca será submetida. Essa colocação é feita de maneira que a armadura fique entre
o tubo e o pilão, de forma que esse possa trabalhar livremente no interior da armadura.
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• Concretagem do fuste da estaca: uma vez colocada a armadura, passa-se a execução

do fuste, apiloando-se concreto (fator a/c 0,40 a 0,45) em camadas sucessivas de
espessura conveniente, ao mesmo tempo que se retira o tubo, com o cuidado de deixar
uma quantidade suficiente de concreto para que a água e o solo não penetrem nele.
47
ESTACAS FRANKI
• Além do controle da quantidade do concreto deixado dentro do tubo em cada puxada, é feito um
outro controle que visa acompanhar o comportamento da armadura durante a concretagem.
• Amarra-se a um dos ferros longitudinais um cabo fino que passa por uma roldana no topo da
torre do bate-estacas, na ponta do qual se pendura um peso que mantém o cabo perfeitamente
esticado. Faz-se urna marca de giz nesse cabo e outra em frente a ela na torre do bate-estacas,
para verificar como a armadura se comporta, pela mudança relativa das duas marcas.
• Geralmente, a medida que se apiloa o concreto, a armadura sofre pequenas deformações fazendo
com que a marca do cabo suba vagarosamente em relação a marca da torre. A isso se dá o norne
de "encurtamento da armadura". Uma subida brusca e de grande valor é sinal de acidente na
concretagem e deve-se interromper a execução.
48
ESTACAS FRANKI
• Quando as vibrações ou a compressão do solo não foram desejáveis, pelo perigo de levantamento
de estacas próximas, a descida do tubo é feita escavando o terreno previamente, por meio de trado
adequado e mantendo-se a parede do furo estável por meio de lama tixotrópica (lama bentonítica)
no caso de terrenos arenosos.
• Pode-se, ainda, cravar o tubo com ponta aberta, procedendo-se a limpeza interna por meio da
ferramenta chamada 'piteira". Esse tipo de execução só é válido quando o terreno apresenta uma
camada relativamente impermeável, na qual o tubo será fechado com uma bucha de concreto
estanque para, em seguida, ser seco. Então, a execução prossegue normalmente.
49
ESTACAS FRANKI
• A norma NBR 6122 estabelece, para cravação a percussão por queda livre, as
relações entre diâmetro da estaca, massa e diâmetro do pilão indicadas a seguir.
• Na confecção da base alargada, os últimos 0,15 m3 de concreto sejam aplicados
com uma energia mínima de 2,5 MNm para as estacas de diâmetro inferior ou
igual a 450 mm, de 5,0 MNm para estacas de diâmetro de 450 mm ate 600 mm e de 9,0 MNm para
o diâmetro de 700 mm (nesse caso para um volume de 0,25 m3). No caso do uso de volume
diferente, a energia deve ser proporcional ao volume. (A energia é obtida pelo produto do peso do
pilão pela altura de queda - constante entre 5 e 8 m - pelo número de golpes, controlando-se o
volume injetado pela marca do cabo do pilão em relação ao topo do tubo.)
50
ESTACAS FRANKI
• A norma estabelece para o concreto um consumo mínimo de cimento de 350kg/m3. Para a fixação
da carga admissível do ponto de vista estrutural deve-se observar a tabela específica relembrada no
slide seguinte.
• No catalogo de Estacas Franki Ltda., encontra-se a tabela a seguir, com as principais características
das estacas.
51
52
ESTACAS FRANKI – OUTRAS METODOLOGIAS
Estaca Franki Tubada

Estaca Franki Mista
Estaca Franki com Fuste Vibrado
Estaca Franki Cravada com Martelo Automático e com Fuste Vibrado
Estaca Franki Cravada com Ponta Aberta
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ESTACAS ESCAVADAS
• Executadas por uma perfuração ou escavação no terreno (com retirada de material) que, em
seguida, é enchida de concreto. Podem ter base alargada, executada com ferramenta especial
(não usual no Brasil);
• As escavações podem ter suas paredes suportadas ou não, e o suporte pode ser provido por um
revestimento (camisas metálicas), recuperável ou perdido, ou por fluido estabilizante;
• Só é admitida a perfuração não suportada em terrenos argilosos, acima do lençol d'agua, natural
ou rebaixado;
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ESTACAS ESCAVADAS
• Na Figura estão indicadas as principais ferramentas de escavação em solo (ou até alteração de
rocha ou saprófito);
• Para camadas em rocha, são utilizados outro tipo de equipamento (geralmente rotativos) e
ferramentas (trépanos, rock bits).
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ESTACAS ESCAVADAS
Fases de execução de uma

estaca escavada com fluido
estabilizante (geralmente
lama bentonítica).
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PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS ESTACAS ESCAVADAS
SEQUÊNCIA EM SOLO SEQUÊNCIA EM ROCHA ALTERADA SEQUÊNCIA EM ROCHA
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ESTACAS ESCAVADAS
• “Trepano" (peso em forma de estaca com ponta cortante)
• Exemplo de ferramenta utilizada na escavação de rochas sãs
Trepanação: Colocação de um "trepano" (peso em forma de

estaca com ponta cortante), que será utilizada para quebra de
uma camada de solo resistente ou matacão ou fragmentos de
rocha que impeçam a continuidade da escavação.
É acoplado ao guindaste pelos cabos de aço.
58
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - ESTACAS ESCAVADAS - Concretagens
a. perfuração não suportada isenta d'água, quando o concreto é lançado do topo da perfuração
através de "tromba" de comprimento adequado;
b. perfuração suportada com revestimento perdido, isenta de água, quando o concreto é lançado do
topo da perfuração sem necessidade de tromba;
c. perfuração suportada com revestimento perdido ou a ser recuperado, cheia de água, quando é
adotado um processo de concretagem submersa com tremonha;
d. perfuração suportada com revestimento a ser recuperado, isenta de água, quando a concretagem
pode ser feita de acordo com as modalidades a seguir:
• o concreto é lançado em pequenas quantidades que são compactadas sucessivamente, a medida
que se retira o tubo de revestimento; deve-se empregar um concreto com fator água-cimento baixo;
• o tubo é inteiramente enchido de concreto plástico e, em seguida, é retirado com procedimentos
que garantam a integridade do fuste da estaca.
59
d. perfuração suportada com revestimento a ser recuperado, isenta de água, quando a
concretagem pode ser feita de acordo com as modalidades a seguir:
• o concreto é lançado em pequenas quantidades que são compactadas sucessivamente, a medida
que se retira o tubo de revestimento; deve-se empregar um concreto com fator água-cimento
baixo;
• o tubo é inteiramente enchido de concreto plástico e, em seguida, é retirado com procedimentos
que garantam a integridade do fuste da estaca.
e. perfuração suportada por fluido estabilizante (em geral lama bentonitica), quando é adotado
um processo de concretagem submersa, com tremonha (o concreto deve ser despejado no topo da
mesma, não sendo recomendado bombeá-lo diretamente para o fundo da estaca).
EM CADA CASO, O CONCRETO DEVE TER PLASTICIDADE ADAPTADA A MODALIDADE DE

EXECUÇÃO, ALÉM DE ATENDER AOS REQUISITOS DE RESISTÊNCIA.
60
Em função da grande aplicação no Brasil, ênfase especial é dada às estacas escavadas em
que se utiliza uma lama tixotrópica (lama bentonítica) para suportar as paredes da perfuração,
permitindo a execução de estacas em diversas condições de terreno e comprimentos que
ultrapassam os 50m e seção circular de até 2,50 m de diâmetro ou retangular (estacas-diafragma
ou barrettes). Apresentam como vantagens:
• possibilidade de execução em zonas urbanas, pois não produzem perturbações na vizinhança em
decorrência de levantamento do solo ou vibrações durante a instalação;
• cargas admissíveis elevadas (acima de 10.000 kN);
• adaptação fácil às variações de terreno;
• conhecimento do terreno atravessado etc.
61
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - ESTACAS ESCAVADAS
Como desvantagens mencionam-se:
• vulto dos equipamentos necessários (perfuratriz, guindaste auxiliar, central de lama etc.);
• mobilização de grandes volumes de
concreto para utilização em curto
intervalo de tempo;
• canteiro de obras mais difícil de manter.
62
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - ESTACAS ESCAVADAS – lama x camisa
Possibilidade: Uso de camisa guia no início do furo para guia, 3 a

6m, conforme condições do solo, escavação lenta com Claim Shell.
63
Após, escavação rápida com perfuratiz rotativa.
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - ESTACAS ESCAVADAS – lama x camisa
64
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - ESTACAS ESCAVADAS – A Bentonita
• Bentonita é uma argila composta por minerais do grupo da montmorilonita. A maioria dos
depósitos é considerada como tendo sido formada pela alteração das partículas vítreas da cinza
vulcânica ácida;
• As bentonitas são caracterizadas por um brilho semelhante ao de ceras ou pérolas e por um tato
untuoso. Algumas bentonitas incham naturalmente pela absorção de água, outras não incham e
outras apresentam graus intermediários de inchamento (metabentonitas);
• O termo "bentonita" tem sido usado no Brasil de modo um pouco vago, pois misturas de argilas
cauliníticas, montmoriloníticas e ilíticas não são, necessariamente, bentonitas: as argilas verdes e
vermelhas do vale do Paraíba tem sido denominadas argilas bentoníticas, porém não são
bentonitas.
Para detalhes físico-químicos da bentonita ou das argilas em geral (inclusive utilizadas como fluidos de
perfuração de poços de petróleo) recomendam-se Deriberé (1951), Grim (1962) e Santos (1975).
65
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - ESTACAS ESCAVADAS – CONCRETAGEM COM
FLUÍDO ESTABILIZANTE
• Sempre submersa, através da "tremonha“, tubo constituído por elementos emendados por rosca,
com um funil na extremidade superior, que é mergulhado no fluido, tocando o fundo da escavação;
• Uma bola plástica, funcionando como êmbolo, é colocada na extremidade da tremonha,
expulsando o fluido pela ação do peso do concreto. Para que a bola possa sair pela extremidade
inferior do tubo, logo no início da concretagem o tubo é levantado o suficiente para a passagem da
bola – espessura d na imagem a seguir;
• O concreto é lançado continuamente, e não se deve permitir uma interrupção maior do que a
estritamente necessária para as manobras do caminhão-betoneira (quando não for usado concreto
bombeado), o encurtamento da tremonha e outras que não durem mais de 20 a 30 minutos, para
evitar as “juntas-frias” no concreto, prejudicando a continuidade do fuste da estaca;
• O embutimento da tremonha no concreto durante toda a concretagem MAIOR QUE 1,50 m;
66
• É indispensável o registro detalhado de toda a operação de concretagem, no qual constarão os
tempos e quantidades lançadas de concreto, a subida teórica e a medida do topo da coluna de
concreto (após o lançamento do concreto de um caminhão-betoneira determina-se, com o auxilio
de uma sonda, a subida do concreto no interior da estaca). RASTREABILIDADE.
• A concretagem deve ser levada até cerca de uma vez o diâmetro da estaca acima da cota prevista
de arrasamento ou, no mínimo, 50 cm, uma vez que o concreto na parte superior, proveniente do
primeiro lançamento, em contato direto com a bentonita, apresenta baixa resistência e deve ser
completamente removido quando do preparo da cabeça da estaca. Além disso, deverá ser
incorporada a armadura da estaca ao bloco de coroamento.
• Segundo a NBR 6122, o concreto deve ter fck mínimo de 20 MPa, consumo mínimo de cimento de
400 kg/m3 e fator a/c<0,6. Bombeável com slump 22± 3 cm, composto de cimento, areia, pedra 1 e
pedrisco, facultativa a utilização de aditivos e teor de argamassa minima de 55% (em massa).
67
• Concluída a concretagem, o trecho escavado e não concretado (do nível do terreno ao topo do
concreto) deve ser reaterrado para evitar desmoronamentos, quedas de equipamentos ou pessoas.
Após o reaterro, a camisa-guia é retirada e a estaca está concluída.
• Traço de concreto proposto por Monteiro (1980):
68
FIXAÇÃO DA CARGA ADMISSÍVEL DO PONTO
DE VISTA ESTRUTURAL
69
ESTACAS RAIZ
• Segundo a NBR 6122, a execução ocorre por perfuração rotativa ou roto percussiva e por uso de
revestimento integral (conjunto de tubos metálicos recuperáveis), aplicação de armação em todo o
comprimento e preenchimento com argamassa cimento-areia. A argamassa é adensada com o
auxilio de pressão, em geral dada por ar comprimido. Possuem características que permitem sua
utilização em casos em que os demais tipos de estacas não podem ser empregados:
• Não produzem choques nem vibrações;
• Ferramentas possibilitam atravessar obstáculos como blocos de rocha ou peças de concreto;
• Equipamentos, em geral, de pequeno porte, possibilitam o trabalho em ambientes restritos,
podendo ser executadas na vertical ou em qualquer inclinação;
• Em conjunto com as micro estacas injetadas, praticamente eliminaram do mercado as estacas
prensadas (tipo Mega), para reforço de fundações. 70
ESTACAS RAIZ – PROCEDIMENTO EXECUTIVO
• Perfuração: utiliza-se normalmente o processo rotativo, com circulação de água ou lama
bentonítica, o que permite a colocação de um tubo de revestimento provisório ate a ponta da
estaca. Caso seja encontrado material resistente, a perfuração pode prosseguir com uma coroa
diamantada ou, o que é mais comum, por processo percussivo (uso de “martelo de fundo").
• Armação: terminada a perfuração, introduz-se a armadura de aço, constituída por uma única
barra, ou um conjunto delas, devidamente estribadas ("gaiola").
• Concretagem: Argamassa de areia e cimento é bombeada por um tubo até a ponta da estaca. A
medida que a argamassa sobe pelo tubo de revestimento, este é concomitantemente retirado (com
o auxílio de macacos hidráulicos), e são dados golpes de ar comprimido (com ate 5kgflcm2 ), que
adensam a argamassa e promovem o contato com o solo (favorecendo o atrito lateral).
71
ESTACAS RAIZ – PROCEDIMENTO EXECUTIVO
72
73
MICROESTACAS – ESTACAS ESCAVADAS E INJETADAS
As primeiras micro estacas eram tirantes injetados que poderiam trabalhar à compressão.
Foram introduzidas no Brasil pelo Prof. A. J. da Costa Nunes, o pioneiro na execução de tirantes
injetados em solo.
74
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS MICROESTACAS – ESTACAS ESCAVADAS E INJETADAS
PROCEDIMENTO EXECUTIVO
a. Perfuração - Processo rotativo, com circulação de água ou lama bentonítica. Quando necessário -
caso de areias fofas e argilas moles - coloca-se um tubo de revestimento provisório;
b. Armadura - Constituída por uma gaiola de vergalhões ou por um tubo de aço munido de válvulas
expansíveis de borracha ("manchetes"), através das quais será injetada calda de cimento sob
pressão. Caso seja usada uma gaiola, um tubo com válvulas manchetes é colocado no interior dela
75
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS MICROESTACAS – ESTACAS ESCAVADAS E INJETADAS
PROCEDIMENTO EXECUTIVO
c. Injeção - numa primeira etapa, preenche-se o espaço anelar entre as paredes do furo e o tubo de
injeção com calda de cimento. Forma-se assim uma bainha, que impedirá o fluxo à superfície da
calda de cimento que será injetada sob pressão.
A segunda etapa consiste na injeção de calda de cimento sob pressão (com até 20kgf/cm2)
através das válvulas manchetes, uma a uma, a fim de se ter o controle da quantidade de calda
consumida e da pressão de injeção.
A injeção pode se processar em uma ou quantas fases forem necessárias para que se
atinjam as pressões desejadas.
Após a série de injeções, procede-se ao enchimento do tubo de injeção com argamassa ou
calda de cimento. Dessa forma, obtém-se um fuste irregular - e expandido em relação a perfuração
- semelhante a um bulbo de tirante.
76
ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
A norma NBR-6122 descreve esse tipo de estaca como de concreto moldada in loco,
executada mediante a introdução no terreno, por rotação, de um trado helicoidal continuo e de
injeção de concreto pela própria haste central do trado, simultaneamente à sua retirada. A armação
sempre é colocada após a concretagem da estaca.
Há um debate sobre a classificação da estaca hélice contínua como estacas “de
substituição”, com descompressão do solo; ou como estacas “com deslocamento”, quando ocorre o
deslocamento lateral do solo.
As duas possibilidades serão avaliadas nessa disciplina, pois dependem do método

executivo. 77
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTINUA COM ESCAVAÇÃO DO SOLO
Realizado através de trado em hélice de grande comprimento, composto de chapas em
espiral que se desenvolvem em torno do tubo central. A extremidade inferior do trado é dotada de
garras para facilitar o corte do terreno, e de uma tampa que impede a entrada de solo no tubo
central durante a escavação.
Os equiparemos mais comuns permitem
executar estacas com diâmetros de 30 cm a 100 cm
e comprimentos de 15 m ate 30 m.
Perfuração: Consiste na introdução da hélice no terreno, por
meio de movimento rotacional transmitido por motores
hidráulicos acoplados na extremidade superior da hélice, até
a cota de projeto sem que a hélice seja retirada da perfuração
em nenhum momento; 78
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTINUA COM ESCAVAÇÃO DO SOLO - EXECUÇÃO
• Concretagem: Alcançada a profundidade desejada, o concreto é bombeado continuamente (sem
interrupções) através do tubo central e, ao mesmo tempo, a hélice é retirada, sem girar, ou girando
lentamente no mesmo sentido da perfuração. A velocidade de extração da hélice do terreno deve
ser tal que a pressão no concreto introduzido no furo seja mantida positiva (e acima de um valor
mínimo desejado). A pressão do concreto deve garantir que ele preencha todos os vazios deixados
pela extração da hélice.
Há evidências de que uma maior pressão de bombeamento do concreto leve a uma
melhora do atrito lateral.
A resistência de ponta é pequena neste tipo de estaca e deve ser considerada com cautela.
A concretagem deve ser levada até um pouco acima da cota de arrasamento da estaca.
Quando a cota de arrasamento fica muito abaixo da superfície do terreno, é preciso cuidar
da estabilidade do furo no trecho não concretado.
79
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTINUA COM ESCAVAÇÃO DO SOLO – EXECUÇÃO
O concreto utilizado deve ter as mesmas características do concreto a ser utilizado nas
estacas escavadas com fluido estabilizante, exceto quanto ao agregado máximo, que é o pedrisco.
• Armadura: O processo executivo da estaca hélice contínua impõe que a colocação da armadura
seja feita após o término da concretagem. A "gaiola" de armadura é introduzida na estaca de forma
manual por operários ou com auxilio de um peso ou, ainda, com o auxílio de um vibrador. Estacas
submetidas apenas a esforços de compressão levam uma armadura no topo, em geral, com 4m de
comprimento (abaixo da cota de arrasamento).
No caso de estacas submetidas a esforços de tração ou transversais, é possível introduzir
uma armadura de maior comprimento (armaduras de 12 e ate 18 m já foram introduzidas em
estacas executadas com concretos especiais). Na extremidade inferior, a gaiola de armadura deve
ter as barras ligeiramente curvadas para formar um cone (para facilitar a introdução no concreto), e
deve ter espaçadores tipo rolete.
80
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTINUA COM ESCAVAÇÃO DO SOLO – CONTROLE DE EXECUÇÃO
• A execução dessas estacas pode ser monitorada eletronicamente, por meio de um computador
ligado a sensores instalados na máquina. Como resultados da monitoração, são obtidos os seguintes
elementos:
• comprimento da estaca, inclinação e torque;
• velocidades de rotação, de penetração e de extração do trado;
• pressão no concreto;
• volume de concreto (apresentado em geral como perfil da estaca) e sobre consumo de concreto
(relação percentual entre o volume consumido e o teórico calculado com base no diâmetro
informado).
• A análise e a interpretação desses dados permite uma avaliação da estaca executada, a seguir.
81
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTINUA COM ESCAVAÇÃO DO SOLO – FOLHA DE CONTROLE
82
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTINUA COM ESCAVAÇÃO DO SOLO – PARÂMETROS DE PROJETO
Para a fixação da carga admissível do ponto de vista estrutural,
deve-se observar a tabela ao lado.
Segundo Alonso (1997), quando submetidas a compressão
apenas, as estacas geralmente trabalham com uma tensão (na
seção total) entre 5 e 6 MPa. O autor recomenda observar
uma sequência executiva que garanta que apenas se inicie a
execução de uma estaca quando todas as outras situadas em
um círculo de raio 5 vezes o seu diâmetro já tenham sido
executadas há, pelo menos, 24 horas (a NBR 6122 permite
12 horas). O espaçamento mínimo entre estacas paralelas pode
ser igual a 2,5 vezes o diâmetro. A distância mínima do eixo de
uma estaca à divisa (quando existe uma parede) depende do
equipamento. Os equipamentos com torque de ate 35 kNm
permitem colocar o centro da estaca a 35 cm da divisa, e os de
maior torque requerem de 100 a 120cm. 83
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTINUA COM DESLOCAMENTO DO SOLO (desloc. Lateral e fundo)
Dois tipos de estacas hélice com deslocamento de solo devem ser mencionadas, porque
diferem da metodologia anterior pois a ferramenta helicoidal (ou trado) penetra o terreno e afasta
o solo lateralmente na hora em que a ferramenta é introduzida ou extraída.
• Estacas Ômega
Podem ser executadas com diâmetros de 30 cm até 60 cm, e comprimentos de ate 35 m. A
carga admissível pode chegar a 2000 KN. As fases de execução dessa estaca são:
• Penetração por movimento de rotação e, eventualmente, força de compressão do trado até a
profundidade prevista. O tubo central é fechado por uma ponta metálica que será perdida;
• Introdução da armadura no tubo (em todo o comprimento da estaca);
84
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTINUA COM DESLOCAMENTO DO SOLO – Estacas ômega
• Enchimento do tubo com concreto plástico;
• Retirada do tubo por movimento de rotação no mesmo sentido e esforço de tração.
Simultaneamente, o concreto é bombeado.
O trado é projetado de tal forma
que, mesmo quando se chega próximo a
superfície do terreno na retirada do tubo,
o solo é pressionado para baixo, sem qualquer
saída de solo.
85
ESTACAS TIPO HÉLICE CONTINUA COM DESLOCAMENTO DO SOLO
• Estacas Atlas
• Pode ser executada também nos diâmetros
36 a 60 cm e atingir comprimentos de até 25m.
A execução é semelhante a da estaca

Ômega, diferindo na forma de retirada do tubo,
que é feita por movimento de rotação em sentido
contrário ao da sua introdução
86
87
ESTACAS PRENSADAS
São constituídas por elementos pré-Moldados de concreto (armado, centrifugado ou
protendido), ou por elementos metálicos (perfis ou tubos de aço), cravados por prensagem (com
auxilio de macacos hidráulicos). São conhecidas no Brasil como "estacas tipo Mega" (denominação
da firma Estacas Franki) ou como “estacas de reação" (porque requerem um sistema de reação para
os macacos). Inicialmente idealizadas para reforço de fundações, também podem ser utilizadas
como fundações normais, onde há necessidade de evitar vibrações.
Para a cravação, utiliza-se uma plataforma com sobrecarga ou a própria estrutura como
reação. No último caso, é necessário, antes de mais nada, que o terreno possa suportar uma certa
carga uma vez que, inicialmente, a construção será assente sobre fundação superficial constituída
pelos blocos de coroamento, com os furos previstos para a passagem das estacas.
88
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - ESTACAS PRENSADAS
Apresenta uma vantagem sobre todas as outras estacas: em toda estaca
cravada realiza-se uma prova de carga, então adota-se como carga de trabalho, a de prensagem
dividida por 1,5, (um fator de segurança reduzido, uma vez que todas as estacas são ensaiadas).
Quando a estaca é cravada com reação na
estrutura, não haverá no cronograma da obra um
tempo destinado especialmente a cravação das
estacas, feita ao mesmo tempo que as outras
etapas da obra (alvenaria, revestimento etc.);
quando cravada com reação em plataforma,
existem dispositivos que permitem uma execução
em tempo comparável ao exigido para cravação
de estacas por percussão (Velloso e Cabral, 1982).
89
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS - ESTACAS PRENSADAS
90
TUBULÕES
Os tubulões tem, em alguma fase de sua execução, a descida de operário em seu interior. O
operário pode participar desde a escavação do fuste ou apenas da fase de alargamento de base (há
ainda o caso em que o alargamento de base é feito por equipamento e o operário participa apenas
do preparo e limpeza da base para concretagem).
Os tubulões tem sempre o fuste cilíndrico, e a base pode ser alargada ou não, resultando
numa base circular ou "elíptica”. Os alargamentos de base são feitos de maneira que a forma final
da base dispense armadura, adotando-se um angulo de 60° com a horizontal.
Outros fatores definem a forma da base e se referem a estabilidade da escavação: o excesso
lateral do fuste, também chamado de disparo da base, (Normalmente, não se permite um disparo
maior que 30 cm em solos arenosos) e a altura do alargamento que não deve ultrapassar 2 m.
Para a execução do tubulão pode ser necessário ou não o uso de revestimento:
• tubulões sem revestimento;
• tubulões com revestimento ("camisa") metálico ou de concreto. 91
PRINCIPAIS TIPOS DE ESTACAS – TUBULÕES
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BIBLIOGRAFIA
• Velloso, D. A.; Lopes, F. R. Fundações
• RODRIGUEZ ALONSO, Urbano. Exercícios de fundações.
• Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto armado v.2,
Carvalho, R.C., Pinheiro, L.M.,
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122:2010 – Projeto e
execução de fundações. Rio de Janeiro, 2010.
107

8 - Fundações Por Estacas, Tipos e Blocos de Coroamento

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8 - Fundações Por Estacas, Tipos e Blocos de Coroamento

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FUNDAÇÕES

PROFESSOR: PAULO CASTANHEIRA

• AULA 1 – INTRODUÇÃO / INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

A norma reconhece no país os seguintes tipos de estacas: de madeira, de concreto

CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O EFEITO (DESLOCAMENTO) NO SOLO

• em solos finos, algum excesso de poropressão ocorrerá durante o processo de cravação e

• maior capacidade na manipulação e cravação, e menor fissuração (daí, maior durabilidade);

• facilidade de moldagem com qualquer configuração de seção transversal, maciça ou oca;

Pontas especiais facilitam a cravação

Estacas com previsão apenas de compressão em serviço e

• Colocação da armadura: pronta a base alargada, coloca-se no tubo a armadura prevista,

• Concretagem do fuste da estaca: uma vez colocada a armadura, passa-se a execução

Estaca Franki Tubada

Fases de execução de uma

• Exemplo de ferramenta utilizada na escavação de rochas sãs

Trepanação: Colocação de um "trepano" (peso em forma de

EM CADA CASO, O CONCRETO DEVE TER PLASTICIDADE ADAPTADA A MODALIDADE DE

Possibilidade: Uso de camisa guia no início do furo para guia, 3 a

As duas possibilidades serão avaliadas nessa disciplina, pois dependem do método

A execução é semelhante a da estaca

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