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Morfossintaxe Do Periodo Simples E1685715872
Morfossintaxe Do Periodo Simples E1685715872
Livro Eletrônico
GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Morfossintaxe do Período Simples.. .......................................................................................................................6
1. Engenharia Reversa – Morfossintaxe. .............................................................................................................6
2. Bloco I – Morfologia.. .................................................................................................................................................7
2.1. A Divisão da Morfologia.......................................................................................................................................7
2.2. O Grupo das Emoções............................................................................................................................................8
2.3. O Grupo dos Nomes................................................................................................................................................8
2.4. Grupo do Verbo.. ......................................................................................................................................................12
2.5. O Grupo dos Conectores.. ...................................................................................................................................13
2.6. As Locuções – um Subgrupo Especial.......................................................................................................15
3. Bloco II – A Sintaxe (Parte I)...............................................................................................................................16
3.1. Sintaxe – Sujeito.....................................................................................................................................................17
3.2. Tipos de Sujeito.. .....................................................................................................................................................19
3.3. Concordâncias Verbais Especiais.. .............................................................................................................. 28
4. Bloco III – Sintaxe (Parte II). . ..............................................................................................................................29
4.1. Os Complementos Verbais...............................................................................................................................30
4.2. O Predicativo e o Verbo de Ligação. ...........................................................................................................33
4.3. O Verbo Intransitivo............................................................................................................................................35
4.4. Os Adjuntos Adverbiais....................................................................................................................................37
5. Configurações Oracionais. . ..................................................................................................................................38
5.1. Configuração 1 – Predicados Verbais........................................................................................................39
5.2. Configuração 2 – Predicados Nominais..................................................................................................39
5.3. Configuração 3 – Predicados Verbo-Nominais...................................................................................40
6. Bloco IV – Sintaxe (Parte III)..............................................................................................................................40
6.1. Termos Ligados a Nomes..................................................................................................................................42
7. Adjunto Adnominal X Complemento Nominal. .........................................................................................46
7.1. Substantivo Concreto X Substantivo Abstrato. ..................................................................................47
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Morfossintaxe do Período Simples
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Resumo................................................................................................................................................................................50
Questões de Concurso................................................................................................................................................52
Gabarito...............................................................................................................................................................................99
Gabarito Comentado................................................................................................................................................. 100
Anexo...................................................................................................................................................................................159
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Apresentação
Olá, meu(minha) querido(a) amigo(a)!
Eu sei bem o que você está fazendo aqui. Seu objetivo é gabaritar língua portuguesa no
seu concurso, certo? Eu tenho a solução para isso – pelo menos na parte de gramática.
Para lograr êxito, preciso que você tenha EMPENHO, RESPONSABILIDADE e CONFIANÇA. O
primeiro é a chave para se alcançar qualquer objetivo. O segundo corresponde à sua habilidade
em responder à missão – que é entender como é cobrada é língua portuguesa em provas. O
terceiro é um pedido: segure a minha mão e me acompanhe pelo percurso de aprendizado que
vou te propor. Tenho certeza de que, juntos, alcançaremos resultados surpreendentes.
Conforme expus anteriormente, acredito em um melhor ordenamento para tratar das ques-
tões linguísticas. Por esse motivo, respeite a disposição das aulas que estabeleci. Meu curso
é baseado em construção de pré-requisitos que são exigidos não por mim, mas por SEU CÉ-
REBRO! Respeitar sua capacidade neuronal é, com certeza, o melhor caminho para chegarmos
ao resultado esperado.
Metodologia
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2. Bloco I – Morfologia
Amigo(a), morfologia, segundo o Houaiss, é
o estudo da forma, da configuração”. Em análise livre, significa identificar o objeto que se quer estu-
dar e analisá-lo, parte a parte. Nosso objeto de estudo é a língua portuguesa. Precisamos, portanto,
identificar suas unidades de composição. Por isso, a tradição gramatical afirma que a morfologia é
o estudo das “classes de palavras, seus paradigmas de flexões.
SUBSTANTIVO
ARTIGO
NUMERAL
PRONOME
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VERBO
GRUPO DOS VERBOS
ADVÉRBIO
PREPOSIÇÃO
GRUPO DOS CONECTORES
CONJUNÇÃO
EXEMPLOS
Olá! Há quanto tempo não te vejo!
Nossa! Essa notícia foi chocante!
Hum! Que bolo delicioso!
Viu como a interjeição não nos oferece grandes emoções gramaticais? Já a adiantei, por
razões didáticas. De agora em diante, concentração máxima!
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Veja que a troca do substantivo promoveu mudanças nos vocábulos subordinados. Isso é
a concordância nominal. Nos exemplos que vimos, artigo, pronome e adjetivo, pela relação de
subordinação, concordam com o substantivo.
Agora, vamos entender cada uma das classes gramaticais que compõem o grupo
dos nomes:
• SUBSTANTIVO = palavra que dá nome aos seres em geral (nomes a pessoas, lugares,
instituições, espécies, noções, ações, estados, qualidades);
• ARTIGO = palavra que determina o substantivo;
• ADJETIVO = palavra que caracteriza o substantivo;
• NUMERAL = palavra que quantifica ou ordena o substantivo;
• PRONOME = palavra que acompanha ou substitui o substantivo.
Viu como, das cinco classes listadas, quatro delas dependem do substantivo? Isso signifi-
ca dizer que, você, a partir de hoje, ao identificar artigos, adjetivos, numerais e pronomes, deve
se fazer uma pergunta: cadê o substantivo?
Compare comigo duas questões da banca Cespe:
Para dizer que “jovem”, no texto, é um adjetivo, é necessário primeiramente que ele seja uma
característica de algum substantivo. Portanto, “jovem” é o próprio substantivo, que está empre-
gado com o sentido de pessoas jovens, indivíduos jovens.
Errado.
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002. (CESPE) Em “isso não implica ensinar jovens estudantes a mexer com planilhas de cálcu-
lo”, o vocábulo “jovem” é empregado, no texto, como substantivo.
Perceba que, no texto, não se quer ensinar estudantes quaisquer, mas estudantes jovens. Logo,
“jovens” agora é atributo de uma palavra central, que é “estudantes”. Em outras palavras, o ad-
jetivo “jovens” está subordinado ao substantivo “estudantes”.
Errado.
003. (IBFC) Assinale a alternativa que indica corretamente a classe gramatical da palavra des-
tacada no trecho:
Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transfor-
mavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer.
a) Substantivo.
b) Advérbio.
c) Adjetivo.
d) Verbo.
Perceba que, no texto, “os grãos... se transformam em flores brancas e macias...”. Mas não são
grãos quaisquer. São grãos duros e quebra-dentes. Há duas palavras que possuem a incum-
bência de caracterizar os grãos. Em outras palavras, o substantivo “grãos” possui dois adjeti-
vos. O que faz da letra c a alternativa certa.
Letra c.
Pronome
Substantivo
Em (7), há duas ocorrências do “a”. A primeira pode ser considerada um artigo, pois está
(a) acompanhando o substantivo “crianças” e (b) concordando em gênero e número com o
substantivo “crianças”. Um artigo deve estar sempre anteposto ao substantivo. Pode ser que
haja algo entre artigo e substantivo, mas esse algo também são termos subordinados ao
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substantivo. Já o segundo “a” não pode ser artigo, pois não acompanha qualquer substantivo.
Todavia, em uma leitura atenta, percebe-se que o segundo “a” refere-se/retoma/substitui o
substantivo “criança” (a criança é sincera, mas existe (a criança) que não é). Já entendemos
que o segundo “a” não pode ser artigo, mas podemos observar que ele está ligado a um subs-
tantivo. Podemos concluir então que o segundo “a” pertence ao grupo dos nomes. Nesse gru-
po, há uma palavra que tem a função de referir/retomar/substituir substantivos: o pronome.
Logo, esta é a classificação do segundo “a”.
Pronomes podem ser de dois tipos: pronomes adjetivos ou pronomes substantivos. O pri-
meiro é o que acompanha o substantivo; o segundo, substitui. Veja mais uma questão do Cespe:
004. (CESPE) No segmento “isto me obrigaria a escrever outra mensagem para explicar a
mudança”, os pronomes isto e outra compartilham da mesma propriedade de substituir o
nome a que se referem, razão pela qual são classificados gramaticalmente como pronomes
substantivos.
(TEXTO) Acredito que, no momento em que você estiver lendo esta mensagem, meus senti-
mentos a respeito dela e, muitas vezes, em relação a você podem ter mudado e isto me obri-
garia a escrever outra mensagem para explicar a mudança e assim sucessivamente, em uma
troca de correspondência absurda.
É possível perceber pelo texto apresentado que o pronome “isto” refere-se aos sentimentos
que mudaram, sem a necessidade de repetir essa informação. Por isso, ele é um pronome
substantivo, que é usado para substituir. Entretanto, o pronome “outra” acompanha o substan-
tivo “mensagens”, modificando o sentido deste. Logo, classifica-se como pronome adjetivo,
razão pela qual o item é errado.
Errado.
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Um brasileiro, ao ver a palavra “falou”, consegue fazer a seguinte associação: falar, falo,
falas, fala etc. Com isso, ele define que “falou” é um verbo. Situação diferente ocorre com
a palavra “papagaio”. Por não conseguir conjugar esta palavra, a possibilidade de ser verbo
está descartada. É assim que qualquer um de nós pensa, quase intuitivamente, ao se deparar
com verbos!
Para a maior parte das provas de concursos públicos, a importância do verbo não está na
palavra em si, mas no que dele decorre. É por meio do verbo que um candidato será capaz de
produzir as análises sintáticas mais cobradas em provas. O verbo também permite a organi-
zação da oração para se pensar no sistema de pontuação do texto escrito. O verbo define os
limites entre orações, que são o instrumento de estudo do período composto. Do verbo decor-
rem as vozes verbais e parte do estudo do emprego do sinal indicativo de crase. Do verbo se
inicia o estudo de colocação pronominal. Ou seja, reconhecer o verbo é a chave para enfrentar
diversas outras situações exigidas em provas, que serão descritas nos arquivos seguintes des-
te material de estudos.
Do verbo, passamos ao advérbio, que é um modificador do verbo, oferecendo a ele as mais
diversas circunstâncias, como tempo, modo, lugar, finalidade, intensidade, causa etc. É uma
palavra invariável, ou seja, não se flexiona em gênero e número como o adjetivo, por exemplo.
Voltemos ao exemplo (10). Nele, percebemos que o ato de falar foi praticado pelo papagaio
em meio a duas circunstâncias: intensidade (“muito”) e tempo (“durante a noite”). Por isso, pode-
mos afirmar que esses dois termos possuem natureza adverbial no trecho em que se inserem.
A palavra advérbio significa “junto ao verbo”, e, por esse motivo, está no grupo dos verbos.
Mas o que muitas pessoas se esquecem é de que o advérbio também é capaz de modificar
adjetivos ou outros advérbios. Veja os seguintes exemplos:
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Em (13), há dois substantivos: “empresas” e “São Paulo”. O segundo oferece uma informa-
ção acerca do primeiro (a origem da empresa). Para que haja uma relação linguisticamente
harmoniosa entre os dois, emprega-se a preposição “de”. Semelhante ocorre em (14), pois há
duas partes: o verbo “confia” e a expressão “seu candidato”. O segundo oferece uma informa-
ção acerca do primeiro (em quem se confia). Para que ocorra essa interação de modo grama-
ticalmente aceitável, emprega-se a preposição “em”.
Como a preposição sempre faz com que a palavra posposta a ela ofereça uma informação
acerca da palavra anteposta, guarde a seguinte informação: toda expressão preposicionada é
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subordinada! Basta você, no texto, identificar a quem ela se subordina. Para melhor entender-
mos isso, Veja uma questão da banca Universa.
Vamos, primeiramente, assumir a seguinte afirmação: “de carnaúba” é uma expressão prepo-
sicionada. Como já sabemos, expressões preposicionadas são sempre subordinadas. Mas,
nesse caso, é subordinada a “chapéu”? “De carnaúba” é uma característica do “chapéu”? Não,
querido(a) amigo(a)! “De carnaúba” é uma característica da “palha”. A palha tem sua origem na
carnaúba. Por isso, o item está errado. “Mas, professor, palha também compõe uma expressão
preposicionada!” Concordo, mas veja comigo o funcionamento correto do texto: “de palha de
carnaúba” é uma expressão subordinada, que oferece uma informação acerca de “chapéu”. “De
carnaúba”, por seu turno, é uma expressão preposicionada “dentro” de uma expressão preposi-
cionada. “De carnaúba” é subordinada e oferece informação acerca da palha. Entendeu?
Errado.
Conjunção
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EXEMPLOS
Locução Adjetiva
(17) As histórias de terror não me impressionam mais.
Locução Adverbial
(18) Ele saiu às pressas ontem.
Locução Prepositiva
(19) Pedro mora em frente à farmácia.
Locução Conjuntiva
(20) Estou empregado, no entanto ainda estudo.
Locução Verbal
(21) Ele havia preparado o jantar.
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Obs.: O predicativo não é exatamente um termo integrante. Ele foi colocado como integrante
neste material por razões didáticas. Assim como o vocativo, que não é considerado
essencial, integrante ou acessório. Todavia, essa divisão é simplesmente conceitual.
Não interfere nos seus estudos para concursos públicos.
Cabe citar que cada estrutura anteriormente citada possui um vocábulo considerado
núcleo. Todavia, em provas, o núcleo mais explorado é o do sujeito.
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Além disso, cabe destacar que os estudos linguísticos definem a chamada ordem direta,
também conhecida como ordem canônica ou ordem preferencial. Ela estipula como os termos
preferem se ordenar sintaticamente. Em língua portuguesa, a ordem direta é:
EXEMPLOS
(1) A nova colunista do jornal anunciou a tragédia.
(quem anunciou a tragédia?)
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(2) O aumento dos preços dos combustíveis nos postos assustou o brasileiro.
(quem/o que assustou o brasileiro?)
Como se vê em (5), o sujeito nem sempre vem exatamente no início da oração. A ordem
direta, em língua portuguesa, não significa um ordenamento obrigatório dos termos. É preciso
ter atenção a isso em provas.
Ao identificar o sujeito, é necessário não se fazer economia. Por exemplo, em (1), o sujeito não
é apenas “a nova colunista”. “Do jornal” também o integra, pois é um atributo da colunista.
006. (CESPE) A forma verbal “são” está no plural porque concorda com “esses indivíduos”.
(TEXTO) “Esses indivíduos, desde a mais tenra infância, são pressionados e oprimidos pela
sociedade”.
Se perguntarmos ao verbo quem são pressionados e oprimidos, o resultado que teremos é a expres-
são “esses indivíduos” que é classificada como sujeito. Como, por tradição, o sujeito concorda com
o verbo, o item é considerado CERTO.
Todavia, no cerne da discussão gramatical, essa concordância vai além. Também é possível afirmar
que o verbo concorda com o núcleo do sujeito. E como identificá-lo?
Em linhas gerais, identificar o núcleo do sujeito significa encontrar os substantivos sem prepo-
sição. Isso ocorre porque o sujeito é uma expressão da língua portuguesa que não pode ser pre-
posicionada. Portanto, ao menos um substantivo no sujeito deve se apresentar sem preposição.
Isso nos garante a identificação do núcleo.
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Obs.: esse princípio não é válido para sujeitos oracionais (assunto que será abordado em
período composto).
Assim, voltando aos exemplos, sabemos que, em (1), o núcleo do sujeito é “colunista”; em (2),
“aumento”; em (3), “país”; em (4), “alimentos”; em (5), “criação”.
Reitero: é válido afirmar que o verbo concorda com o sujeito ou com o núcleo do sujeito. O seu
cuidado maior deve estar no momento em que você for analisar o texto da questão.
Certo.
007. (CESPE) A forma verbal “traz” está no singular porque concorda com o núcleo de seu
sujeito: “a oferta”.
(TEXTO) A oferta de medicação domiciliar pelas operadoras de planos de saúde traz efeito
positivo aos beneficiários.
Ao perguntar ao verbo quem traz efeito positivo aos beneficiários, obtém-se como resposta “a
oferta de medicação domiciliar pelas operadoras de planos de saúde”. Nesse sujeito, há os se-
guintes substantivos: “oferta”, “medicação”, “operadoras”, “planos” e “saúde”. Todavia, apenas
um deles está sem preposição – “oferta”. A questão afirma que o núcleo é “a oferta”, que não
é verdade. O artigo não integra o núcleo. Por esse motivo, o item é errado.
É preciso estar atento(a)! A banca sabe em que o(a) candidato(a) errará!
Errado.
INEXISTENTE
Oração sem sujeito Verbos impessoais
ØVC
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Nos exemplos de 1 a 5, todos os sujeitos são classificados como simples, visto que pos-
suem apenas um núcleo. Vamos a outros exemplos.
EXEMPLOS
(6) Brasil e Argentina disputarão a final do campeonato.
(7) Tanto a ordem quanto o progresso são princípios nacionais.
(8) Desejamos a todos muita paz e saúde.
(9) Mentes tão bem.
(10) O menino estava cansado. Correu até o fim da rua.
(11) Revelaram a verdade sobre Cabral.
(12) Precisa-se de funcionário com experiência.
(13) É importante dirigir tranquilamente.
(6) e (7) são exemplos de sujeitos compostos (Quem disputarão? Brasil e Argentina. Quem
são princípios nacionais? Tanto a ordem quanto o progresso). Vale observar que, apesar de os
núcleos do sujeito serem singulares, os verbos ficam no plural, pois são coordenados aditiva-
mente. Mais a diante, falaremos mais sobre casos de concordância verbal.
008. (CESPE) O emprego da forma verbal “são” na terceira pessoa do plural justifica-se pela
concordância com os núcleos do sujeito da oração: “originalidade” e “capacidade”.
(TEXTO) A originalidade e a capacidade de enxergar o mundo sob diferentes perspectivas são,
sem dúvida, características dos maiores pensadores.
(8), (9) e (10) são exemplos de sujeito elíptico. (11), (12) e (13), sujeitos indeterminados.
Para melhor entender o funcionamento dessas formas de sujeito, precisamos fazer um retorno
ao nosso ensino fundamental para relembrarmos o conceito de pessoas do discurso.
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Pessoas do discurso
Segundo pressupostos linguísticos, em toda situação comunicativa, existem três pessoas do
discurso: quem fala (primeira pessoa), com quem se fala (segunda pessoa) e de quem/
do que se fala (terceira pessoa). A tabela abaixo descreve o funcionamento dessas pessoas:
Em toda situação comunicativa, é necessária a existência de alguém para emitir e alguém para
receber a mensagem. Por isso, 1ª e 2ª pessoas são sempre identificáveis. A terceira do singu-
lar sempre possui um referente textual. Já a terceira do plural possui situação variável, pois o
texto pode ou não a identificar.
Assim, podemos voltar aos exemplos anteriormente apresentados. Em (8), quem deseja?
“Nós”, que não está explícito (se estivesse explícito, seria sujeito simples). Como é primeira
pessoa, considera-se identificável, portanto sujeito elíptico. Em (9), quem mente? “Tu”. Como
é segunda pessoa, considera-se identificável, portanto sujeito elíptico. Em (10), quem correu?
“Ele”, que está implícito, mas é identificável pelo texto, uma vez que se refere a “menino”, que
está no período anterior (atenção: “O menino” é sujeito simples do verbo “estava”, mas NÃO é
sujeito do verbo “correu”, uma vez que esta forma verbal está em um período distinto). Nova-
mente, o sujeito do verbo “correu” é elíptico.
009. (IADES) No período “Foi o primeiro grande palco da cidade.”, para retomar o termo “Con-
cha Acústica do DF”, sem repeti-lo, é correto afirmar que o autor fez uso do(a)
a) sujeito indeterminado.
b) oração sem sujeito.
c) sujeito representado por um pronome pessoal.
d) sujeito composto.
e) sujeito oculto ou desinencial.
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(TEXTO) Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao
lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada por Oscar
Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada pela Terracap à Fundação Cultural de
Brasília (hoje Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. Foi o primeiro grande
palco da cidade.
Pelo texto, é possível perceber que quem foi o primeiro grande palco da cidade foi a “Concha
Acústica”. Mas note que o sujeito não está expresso no último período do texto, todavia é iden-
tificável, uma vez que o verbo “foi”, na terceira pessoa do singular, permite esse entendimento.
A alternativa certa é a letra e.
Letra e.
Em (11), quem revelou? Pela concordância verbal, o resultado é “eles”, que não está expres-
so (se estivesse expresso, o sujeito seria simples). Todavia, a terceira pessoa só é identificável
por referência textual. Como essa referência não existe, dizemos que o sujeito é indeterminado.
010. (CESPE) No trecho “exigiram que ela alisasse o cabelo, afinasse o nariz e mudasse os
traços”, o sujeito da forma verbal “exigiram” é indeterminado.
(TEXTO) A universitária Amanda, de 20 anos de idade, é a primeira negra eleita miss DF. A mo-
delo, que representou o Núcleo Bandeirante, quase desistiu do mundo da moda, pois exigiram
que ela alisasse o cabelo, afinasse o nariz e mudasse os traços. Amanda recusou-se e foi con-
sagrada naquela que seria a última tentativa de ser modelo.
O verbo “exigiram” está na terceira pessoa do plural (eles/elas exigiram) e não é possível iden-
tificar, pela redação, quem praticou o ato de exigir. Configura-se, portanto, um caso de sujeito
indeterminado, o que faz do item certo.
Certo.
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Em (13), nosso último caso de sujeito indeterminado. Antes de mais nada, veja que a ora-
ção possui dois verbos (trata-se de um período composto). Para descobrir o sujeito do primei-
ro, perguntamos o que é importante? A resposta: “dirigir com tranquilidade”, que é um sujeito
oracional (um sujeito em formato de oração. Nesse caso, o núcleo é o verbo). Agora, pergunto:
quem dirige com tranquilidade? Qualquer um! Esse tipo de construção quer dizer que o ato de
dirigir com tranquilidade é importante para qualquer pessoa. O verbo “dirigir” possui sujeito
indeterminado. Esse tipo de verbo também é conhecido como infinitivo impessoal.
Nem todo verbo no infinitivo representa um sujeito indeterminado. Os exemplos a seguir mos-
tram isso. São casos de infinitivos pessoais.
EXEMPLO
Ele comprou um carro para eu dirigir com tranquilidade.
EXEMPLO
Essa é a hora de a criança dormir.
Na língua portuguesa, existem alguns verbos que, conforme a norma padrão, não admitem
que a posição sintática de sujeito seja ocupada. Esses verbos são conhecidos como impes-
soais. Como eles não admitem sujeito, só podem ficar no singular, uma vez que não há com o
que concordar. Esse tipo de construção é conhecido como oração sem sujeito ou sujeito
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inexistente. Veja no quadro a seguir que verbos são esses (os que são frequentemente cobra-
dos em provas).
EXEMPLOS
(14) Choveu muito durante a madrugada.
(15) Havia árvores espalhadas pela estrada.
(16) Há dez anos, comecei meus estudos.
(17) Faz dois meses que não como carne.
Em (14), o verbo “chover” não admite qualquer sujeito. É o exemplo mais clássico de ora-
ção sem sujeito.
EXEMPLO
Choveram críticas ao professor.
Nesse caso, o verbo NÃO é impessoal. Veja até que está no plural, concordando com “críticas”,
que é o núcleo do sujeito.
EXEMPLO
Choveu granizo durante a noite.
Conforme está apresentado, um verbo que indica fenômeno da natureza só é considerado im-
pessoal quando, SOZINHO, revela o fenômeno. Na oração, o sujeito é “granizo” (o que choveu).
O fenômeno natural está descrito pelo verbo e pelo substantivo, e não apenas pelo verbo!
Isso não é muito importante para provas, mas costuma ser dúvida de muitos alunos.
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011. (CESPE) A forma verbal “existem” poderia ser corretamente substituída por hão, já que
haver é sinônimo de existir.
(TEXTO) Não existem dúvidas de que lhe diziam que determinado amante tramava contra ele
ou que outro desviava o dinheiro público, mas ele sempre fazia o que a mulher lhe pedia e logo
se livrava daqueles homens.
Não se pode esquecer que o verbo “haver” – com o sentido de “existir” – por ser impessoal,
jamais pode estar no plural. E a questão faz justamente essa sugestão. Por isso, o item é con-
siderado errado.
Errado.
O verbo “haver” é impessoal, mas o verbo “existir” é pessoal. Isso significa dizer que este,
ao contrário daquele, possui sujeito e concordância! Caso, no exemplo (15), houvesse a subs-
tituição dos verbos, o correto seria existiam árvores espalhadas pela estrada.
012. (CESPE) A forma verbal “há” poderia ser corretamente substituída por existem.
(TEXTO) Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de países –
incluindo Brasil, Argentina.
Sugere-se a substituição de “haver” por “existir”. O verbo “haver” é impessoal, mas “existir”
é pessoal. Isso significa dizer que, com essa substituição, a frase passará a ter um sujeito.
E pergunto: o que atualmente existe? “Duas Américas Latinas”. Por esse motivo, o correto é
existem, e o item é certo.
Certo.
Outra dúvida de muitos alunos: “professor, já que ‘duas Américas Latinas’ é sujeito com o
verbo ‘existir’, então o que a mesma expressão é para o verbo ‘haver’?” A tradição gramatical
defende que, com “haver”, “duas Américas Latinas” é o objeto direto. De coração, isso raramen-
te aparece em provas. Dê mais atenção às substituições de um verbo por outro.
Em (16) e (17), “haver” e “fazer” indicam um tempo que se passou. Também são conside-
rados impessoais e, por isso, devem ficar no singular.
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013. (IADES) Outra redação possível para a oração “há 86 anos” seria fazem 86 anos.
Pretende-se trocar “haver” por “fazer” em uma oração que pretende indicar que 86 anos se pas-
saram. Ambos os verbos, com o sentido de indicar tempo transcorrido, são impessoais, motivo
pelo qual só podem ser empregados no singular. Isso torna o item errado.
Errado.
Obs.: Não confunda TEMPO TRANSCORRIDO com PRETÉRITO. Em 16 e 17, ambos os verbos
estão no presente, mas conseguem indicar que algum tempo se passou (e há uma indi-
cação de tempo explícita após cada um dos verbos). Em 15, o verbo “havia” está no
pretérito imperfeito e indica, sozinho, um evento do passado.
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Nem sempre o verbo “haver” é impessoal. Quando esse é verbo auxiliar em uma locução ver-
bal, é classificado como verbo pessoal, com sujeito e concordância. Primeiramente, vamos
entender uma locução verbal, na ilustração a seguir:
EXEMPLO
O presidente havia decretado dias de luto.
É um caso em que o verbo “haver” é auxiliar em uma locução verbal. Nesse caso, existe um
sujeito (“o presidente”). Se este for colocado no plural, o resultado é
EXEMPLO
Os presidentes haviam decretado dias de luto.
EXEMPLOS
Deve haver novos tratados de paz no mundo.
Devem haver novos tratados de paz no mundo.
Antes de mais nada, vamos fazer algumas considerações: 1) “haver” está no sentido de “exis-
tir”; 2) “haver” não é mais auxiliar, e sim principal.
Nesse caso, considera-se que a locução é impessoal. Logo, não possui sujeito. Por isso, deve
ficar no singular. A opção correta é a primeira.
Agora, ao se trocar o verbo “haver” por “existir”, o correto é devem existir novos tratados de paz
no mundo, pois o verbo “existir” é pessoal.
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EXEMPLOS
A maioria dos jogadores chegou.
A maioria dos jogadores chegaram.
Obs.: se a oração fosse “A maioria do time chegou”, o verbo só poderia ficar no singular, pois
“maioria” e “time” são singulares.
EXEMPLOS
1/3 dos brasileiros sabe a verdade. (concordância sempre com o numerador.)
1/3 dos brasileiros sabem a verdade.
1,8% das empresárias fala chinês. (só é plural do 2 em diante.)
1,8% das empresárias falam chinês.
Obs.: se, antes do numeral, vier um determinante (um artigo ou pronome), o verbo só pode
concordar com o numeral.
EXEMPLO
Os 1,8% dos italianos come mal.
EXEMPLOS
Mais de um brasileiro foi encontrado.
Mais de cinco Brasileiros foram encontrados.
Cerca de doze pessoas seguiam o profeta.
EXEMPLOS
“Cada um de nós compõe a sua história.”
“Nenhum deles veio.”
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Sujeito composto unido por conjunção aditiva: se estiver anteposto, o verbo deverá ficar no
plural. Se estiver posposto, o verbo pode estar no plural (concordância genérica) ou concordar
com o termo mais próximo (concordância atrativa).
EXEMPLOS
O homem e a mulher batalham por melhorias. (Concordância com os dois núcleos)
Batalham por melhorias o homem e a mulher. (Concordância com os dois núcleos)
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EXEMPLOS
(1) O gerente contratou aqueles novos funcionários.
(2) As crianças gostam de atitudes amorosas.
Em (1), note: a noção de contratar parte de “o gerente” (sujeito). Alguém recebe essa no-
ção – “aqueles novos funcionários” (objeto direto). Já em (2), a noção de gostar parte de “as
crianças” (sujeito). Essa noção recai sobre aquilo de que gostam as crianças – “de atitudes
amorosas” (objeto indireto). Por outro ângulo, quem contrata, contrata algo ou alguém; quem
gosta, gosta de algo ou de alguém.
Mais um exemplo:
EXEMPLO
(3) O deputado doou todos os recursos arrecadados a instituições de caridade.
Em (3), a noção de doar parte de “o deputado” (sujeito). Essa noção recai sobre “todos os
recursos arrecadados” (objeto direto) e sobre “a instituições de caridade” (objeto indireto).
Nem os recursos nem as instituições geram a noção de doar. Aliás, os recursos são doados, e
as instituições recebem o que foi doado. Por outro ângulo, quem doa, doa algo a alguém.
Não viaje! O “a” antes de “instituições” é apenas preposição! O artigo não foi empregado na sen-
tença anteriormente apresentada! E lembre-se: preposições não concordam com substantivos.
A complementação verbal nos traz uma nova percepção: a transitividade verbal. O verbo rege
o complemento, e o complemento é regido pelo verbo. E essa relação define a transitividade.
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A partir disso, podemos definir que o verbo de 1 é verbo transitivo direto (VTD); de 2, verbo
transitivo indireto (VTI); e de 3, verbo transitivo direto e indireto (VTDI).
Coloque uma informação na sua cabeça concurseira: quem define a transitividade verbal
é a presença do objeto! Um verbo não nasce transitivo. Na verdade, ele se torna transitivo, a
partir da presença do objeto. Venha comigo aos exemplos a seguir, derivados do 3:
EXEMPLOS
(4) O deputado doou todos os recursos arrecadados.
(5) O deputado doou a instituições de caridade.
A oração 4 apresenta apenas o que foi doado. Logo, o verbo é apenas transitivo direto. Já
em 5, está presente apenas a quem foi doado. Logo, o verbo é apenas transitivo indireto. Isso
ratifica o que disse anteriormente: o verbo se torna transitivo pela presença do complemento.
É loucura querer decorar todas as transitividades verbais, ainda mais agora que você percebeu
que um mesmo verbo pode ter transitividade variável, a depender do complemento. Quem es-
tuda para concursos deve ENTENDER a transitividade verbal e DECORAR apenas os verbos de
regência especial (que são comumente cobrados em prova). Mais a diante, você saberá que
verbos são esses!
014. (CESPE) Estive fazendo um levantamento de todas as mensagens que me enviaram pela
Internet e observei como elas mudaram a minha vida. Primeiro, deixei de ir a bares e boates
por medo de me envolver com alguém ligado a alguma quadrilha de ladrões de órgãos, com
terror de que me roubem as córneas, arranquem-me os dois rins, ou até mesmo esperma,
deixando-me estirado dentro de uma banheira cheia de gelo com uma mensagem: “Chame a
emergência ou morrerá”. Em seguida, deixei também de ir ao cinema, com medo de sentar-me
em uma poltrona com seringa infectada com o vírus da AIDS.
Depois, parei de atender o telefone para evitar que me pedissem para digitar *9 e minha
linha ser clonada e eu ter de pagar uma conta astronômica. Acabei dando o meu celular por-
que iriam me presentear com um modelo mais novo, de outra marca, o que nunca aconteceu.
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Então, tive de comprar outro, mas o abandonei em um canto com medo de que as micro-ondas
me dessem câncer no cérebro.
Deixei de ter relações sexuais por medo de comprar preservativos furados que me
contagiem com alguma doença venérea. Aproveitei e abandonei o hábito de tomar qualquer
coisa em lata para não morrer devido aos resíduos infectados pela urina de rato.
Deixei de ir aos shoppings com medo de que sequestrem a minha mulher e a obriguem
a gastar todos os limites do cartão de crédito ou coloquem alguém morto no porta-malas do
automóvel dela.
Fiquei praticamente arruinado financeiramente por comprar todos os antivírus existen-
tes para evitar que a maldita rã da Budweiser invadisse o meu micro ou que os Teletubbies se
apoderassem do meu protetor de tela.
Quis fazer o meu testamento e entregá-lo ao meu advogado para doar os meus bens
para a instituição beneficente que recebe um centavo de dólar por pessoa que anota seu nome
na corrente pela luta da independência das mulheres no Paquistão, mas não pude entregar
porque tive medo de passar a língua sobre a cola na borda do envelope e contaminar-me com
as baratas ali incubadas, segundo me haviam me informado por e-mail.
Exercem a função de complemento direto das formas verbais a elas relacionadas as seguintes
expressões: “um levantamento”, “alguém morto”, “todos os antivírus existentes” e “a língua”.
A primeira questão quer avaliar o seu conhecimento sobre complementos verbais (todos des-
tacados no texto). No primeiro caso, a noção de fazer recai sobre algo feito – “um levantamen-
to” (quem faz, faz algo). No segundo, há a noção de colocar e o que foi colocado – “alguém
morto” (quem coloca, coloca algo). No terceiro, há a noção de comprar e o que foi comprado
– “todos os antivírus existentes” (quem compra, compra algo). Por fim, há a noção de passar
e o que é passado – “a língua” (quem passa, passa algo). Constatamos, assim, que todas as
estruturas destacadas desempenham a função de complemento direto dos verbos a que se
ligam, motivo pelo qual a questão está certa.
Certo.
015. (CESPE) Nos trechos “Chame a emergência”, “pagar uma conta astronômica”, “dessem
câncer” e “comprar preservativos”, as formas verbais não são intransitivas.
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mentos diretos. Então o item está certo, pois o examinador afirma que as formas verbais não
são intransitivas.
Certo.
016. (IBFC) Considerando o verso “não via o trem”, avalie as afirmações que seguem.
I – O verbo é intransitivo.
II – Na oração, “o trem” exerce a função de objeto direto.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I
b) somente II
c) I e II
d) nenhuma
Primeiramente, vamos analisar a oração: há a noção de ver e o que é visto – “o trem”. Logo, o
verbo é VTD e “o trem” é OD. Se o verbo “transitou”, não podemos tomá-lo como intransitivo,
o que torna a primeira afirmativa errada. Pelo que já expus, a segunda afirmativa está certa.
Então, o gabarito é a letra b.
Letra d.
EXEMPLO
(6) O presidente estava desolado.
Primeiramente, quero que você dê atenção ao verbo “estava”. Você se lembra o que apren-
deu sobre verbos ainda no primário? Não?
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O que eles
Classificação Principais verbos podem ser
sintaticamente
A ideia é fazer com que você exclua possibilidades! No exemplo 6, ao ver um verbo de esta-
do, você já deve pensar “sintaticamente, ele não pode ser VTD, VTI, VTDI ou VI”, sacou?
Obs.: 1: nem todo verbo de estado é verbo de ligação. Falaremos mais sobre isso adiante.
2: tenha bom senso! Compare o par de orações abaixo:
EXEMPLOS
Ele anda preocupado.
Ele anda rapidamente.
Você, é claro, sabe que os dois verbos acima são diferentes! O primeiro, indica estado de
preocupação. O segundo diz respeito ao ato de caminhar. O mesmo vale para “virar”.
EXEMPLOS
Ele virou professor.
Ele virou a página.
No primeiro caso, o verbo indica o que ele se tornou. No segundo, o ato de passar uma página.
Obs.: 3: Acima, estão listados os principais, e não todos. Além disso, quando escrevo “o
resto” para os de ação é porque esse grupo se divide em ação, existência, processo,
volição, necessidade etc. Por isso chamei de “resto”. A ideia é que você, a partir de
agora, pense assim: se não é fenômeno da natureza, se não é estado, então é ação”.
Pegou o espírito?
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Voltemos, então, ao exemplo (6). O sujeito do verbo “estava” é “o presidente”. Observe que
“desolado” é uma característica atribuída ao presidente. O verbo predicar possui, em sua origem
latina, o sentido de atribuir algo a alguém, elogiar, louvar. Assim sendo, podemos afirmar que
“desolado” é um atributo dado ao presidente. Em outras palavras, “desolado” predica o presiden-
te. Por isso, “desolado” é o predicativo do sujeito. O verbo “estava” possui a mera finalidade de
conectar o sujeito ao seu atributo. Por esse motivo, nós o chamamos de verbo de ligação.
Obs.:
em língua portuguesa, somente verbos de estado podem ser verbos de ligação!
O predicativo não é realmente um complemento verbal, uma vez que ele não se liga ao ver-
bo. Mas, por razões didáticas, costumamos o chamar de complemento, apenas pela sua posi-
ção posposta ao verbo na ordem direta da oração. Além disso, não existe predicativo do sujeito
apenas com verbos de ligação (veremos isso mais adiante, em “configurações oracionais”).
Agora, uma afirmação eu te garanto: só existe verbo de ligação com predicativo do sujeito.
EXEMPLOS
(7) Ele bebe leite.
(8) Ele bebe muito.
(9) Ele bebe aos domingos.
Nas três opções o verbo e o sujeito são os mesmos (verbo de ação). Em (7), a ação de
beber recai sobre algo bebido, ou melhor: quem bebe, bebe algo (“leite”). Assim, podemos
afirmar que o verbo é VTD e “leite” é OD. O mesmo não acontece em (8) e (9). A ação de beber
não recai sobre algo bebido. Logo, os verbos desses dois exemplos são intransitivos. Toda
transitividade verbal depende de complemento explícito.
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Ambos se referem ao verbo. O primeiro indica a intensidade com que se bebe; o segundo,
quando se bebe. Morfologicamente, “muito” é advérbio; “aos domingos”, uma locução adver-
bial. Ambos, sintaticamente, são adjuntos adverbiais.
Vamos ver outra comparação:
EXEMPLOS
(10) O deputado estava eufórico.
(11) O deputado estava em Campinas.
Nas duas orações, o verbo e o sujeito são os mesmos (verbo de estado). Em (10), “eufórico”
é uma característica do sujeito; portanto, predicativo do sujeito (e o verbo é de ligação). O mes-
mo não ocorre em (11). “Em Campinas” não é característica do sujeito, mas uma informação
acerca do verbo (onde estava). Morfologicamente, “em Campinas” é uma locução adverbial;
sintaticamente, um adjunto adverbial. O verbo “estava”, em (11), é intransitivo.
Alguns comentários são válidos:
• Verbo intransitivo não é, nunca foi e nunca será o verbo de sentido completo. Alguns po-
dem ter sentido independentemente de qualquer outra estrutura sintática (como ocorre
com os verbos que indicam fenômenos da natureza).
• Um adjunto adverbial não é, nunca foi e nunca será um complemento verbal.
• Nem sempre haverá um adjunto adverbial com verbos intransitivos. Veja os exemplos:
EXEMPLOS
(12) Jesus nasceu!
(13) Jesus nasceu em Belém!
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socialmente. modo
no bar. lugar
para esquecer os
finalidade
problemas.*
porque a mulher o
causa
deixou.*
Obs.: os dois últimos casos possuem verbos. São conhecidos como adjuntos adver-
biais oracionais, ou orações subordinadas adverbiais, conforme veremos em perío-
do composto.
Cabe ressaltar que o adjunto adverbial não aparece apenas em estruturas dotadas de ver-
bos intransitivos. Veja:
EXEMPLOS
(14) Ele bebe leite aos domingos.
(15) O deputado estava eufórico em Campinas.
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Alguns verbos da língua portuguesa causam tremenda confusão em análises sintáticas. São
verbos locativos (relacionados a lugares), como chegar, ir voltar, partir, morar, residir etc. Eles
parecem verbos transitivos diretos, mas, na verdade, são intransitivos. Vejamos abaixo:
EXEMPLOS
Ele mora em Brasília.
Ele vai ao Rio de Janeiro.
Ele voltou de Paris.
Para a NGB, os verbos acima são intransitivos. As expressões destacadas são adjuntos adver-
biais de lugar. Jamais se confunda com isso! Isso já foi cobrado em provas!
017. (FUNCAB) Na oração “E para mim, que moro em Manhattan, aquela ilha apertada [...] deve
ser como pousar NA LUA”, a função sintática do termo destacado é:
a) complemento nominal.
b) objeto indireto.
c) objeto direto.
d) aposto.
e) adjunto adverbial.
A alternativa considerada certa foi a letra e, uma vez que o verbo pousar é locativo! Cuidado!
Letra e.
5. Configurações Oracionais
Amigo(a), por fim, seria legal simularmos algumas possibilidades de configurações ora-
cionais. Isso os ajudará a entender, com maior clareza, o funcionamento da sintaxe da oração.
O predicado
Conforme já discutimos, o predicado é o que sobra do sujeito. O predicado, assim como o
sujeito, possui núcleo. O núcleo do predicado pode ser um verbo (VTD, VTI, VTDI ou VI) ou um
predicativo (do sujeito ou do objeto). Note que o VL não é considerado núcleo.
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PREDICADO NOMINAL
PREDICADO NOMINAL
Segundo nossos estudos, o verbo de estado pode ser de ligação ou intransitivo. Na oração
EXEMPLO
As atletas permaneceram em Londres.
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O verbo “permaneceram” não pode ser de ligação, uma vez que não há predicativo do sujeito.
O referido verbo é classificado como intransitivo. Por esse motivo, o predicado dessa ora-
ção é verbal.
Obs.: 1: “revoltados” (24) e “tristes” (25) não podem ser advérbios, pois estão em concordân-
cia com “servidores” e “filhos”, respectivamente. Lembre-se: o advérbio é invariável.
2: Mais a diante, falaremos, com muito carinho, sobre o predicativo do objeto, para
que você não o confunda com um adjunto adnominal. Por enquanto, guarde a seguin-
te informação: o predicativo do objeto é uma característica que o sujeito atribui ao
objeto. No exemplo (26), “culpado” foi atribuído pelo “juiz” ao “réu”.
EXEMPLO
(1) A Garota estudiosa encontrou apostilas velhas.
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Em seguida, vamos à análise sintática que dominamos até este ponto da matéria:
Sabemos que tanto o sujeito quanto o objeto possuem núcleos (“garota” = núcleo do su-
jeito/”apostilas” = núcleo do objeto direto). Então, surge um questionamento: qual é a classifi-
cação sintática do artigo “a”, do adjetivo “estudiosa e do adjetivo “velhas? Todos esses termos
estão ligados ao nome, e são estruturas internas ao sujeito e ao objeto.
Veja outra construção:
EXEMPLO
(2) O desejo da mãe é a reforma da casa.
Do mesmo modo como ocorreu na oração (1), sabemos que sujeito e predicativo do sujeito
possuem núcleos (“desejo” e “reforma”, respectivamente). Ambos são substantivos. Novamen-
te, uma pergunta nos vem à mente: qual é a classificação sintática do artigo “o”, da locução “da
mãe”, do artigo “a” e da locução “da casa”?
Conforme você acabou de perceber, nosso questionamento agora está centrado em saber
qual é a classificação sintática dos termos que se ligam a nomes. Esses termos são internos
a diversas estruturas sintáticas (estão dentro de sujeitos, objetos, predicativos, adjuntos). E é
sobre esse assunto que falaremos a partir de AGORA!
Para iniciarmos, vamos verificar uma questão do Cespe.
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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
018. (CESPE/2013)
Quem pode escapar ileso
Do medo e do desatino
Quem viu o pavio aceso do destino?
Os termos “Do medo”, “do desatino” e “do destino” exercem a mesma função sintática.
Existe uma forma de, sem tanta nomenclatura gramatical, resolver a questão. Note que “do
medo” e “do desatino” são expressões que estão ligadas ao verbo “escapar”; em contrapartida,
“do destino” não se liga ao verbo “viu”, mas ao substantivo “pavio”. Ora, se as duas primeiras
expressões se ligam a verbo e a terceira a um substantivo, podemos deduzir que elas não
podem possuir a mesma função sintática, motivo pelo qual o item está errado. Você também
poderia adotar outro caminho: “do medo” e “do desatino” são objetos indiretos, ao passo que
“do destino” é um adjunto adnominal.
Vale fazer um comentário: são poucas as bancas que cobram os termos ligados a nomes em
provas de concursos públicos. Todavia, conhecê-los, além de ser um diferencial, é fundamen-
tal para a compreensão de outras questões mais complexas da língua. Conhecer um adjunto
adnominal colabora para o entendimento de uma oração subordinada adjetiva. Conhecer um
complemento nominal colabora para o entendimento de uma oração subordinada substanti-
va completiva nominal. Esses são só alguns exemplos da importância dos termos ligados a
substantivos.
Errado.
EXEMPLOS
(3) O professor sábio.
(4) A escritora talentosa.
(5) As médicas responsáveis.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
O que é um sintagma?
Sintagma nada mais é do que uma estrutura organizada de elementos linguísticos (fonemas,
letras, palavras etc.). Sempre que combinamos elementos linguísticos a fim de formar uma
estrutura inteligível, formamos um sintagma. Toda palavra é um sintagma (combinação orga-
nizada de letras). Toda frase é um sintagma (combinação organizada de palavras).
Essa classificação de adjunto adnominal também vale para outras classes morfológicas
que são subordinadas a substantivos (você se lembra do “grupo dos nomes”, lá no PDF de
morfologia?). Vejamos:
EXEMPLOS
(6) Essas duas meninas brincalhonas.
(7) Os meus doze anos inesquecíveis.
(8) Algumas mulheres negras.
Agora, inseri, em cada sintagma, pronomes adjetivos e numerais. Como essas classifica-
ções sintáticas são subordinadas a substantivos (e estão junto dele), sintaticamente também
são adjuntos adnominais. A classificação de cada uma das orações ficaria assim:
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
EXEMPLOS
(9) As mesas de vidro.
(10) O galpão de milho.
(11) Aquela porta do consultório.
Note que, agora, há três locuções adjetivas (“de vidro”, “de milho” e “do consultório”). Sinta-
ticamente, elas são classificadas também como adjuntos adnominais. Agora, a classificação
sintática não recaiu sobre cada uma das palavras da locução, mas sobre a locução inteira.
Obs.: reposições, conjunções e interjeições (que são classes morfológicas) não possuem
p
classificação sintática! Isso é o que justifica o que aconteceu na análise anterior!
EXEMPLO
(12) A mãe do garoto de Amsterdã.
Note que, na construção, há três substantivos – “mãe”, “garoto” e “Amsterdã”. Não estamos
falando de uma mãe qualquer, nem de um garoto qualquer. Há uma locução adjetiva que se
refere à mãe, e, interna a ela, há outra locução adjetiva que se refere ao garoto. A classificação
ficaria assim:
Essa prática de “encaixar” termos uns nos outros é característica de todas as línguas do
mundo. Tal fenômeno é chamado de recursividade. Teoricamente, a língua nos permite um
encadeamento infinito de estruturas subordinadas. Nós só não nos valemos disso porque a
compreensão textual ficaria comprometida. Por isso, em redações, recomenda-se a produção
de períodos mais curtos. Períodos longos possuem recursividade em excesso, o que prejudica
o entendimento de quem lê.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
Mas tenho certeza de que você, até esse momento, está pensando: “caramba, profes-
sor, mas que assunto fácil! Basta observar o que está junto ao nome e chamar de adjunto
adnominal”!
Eu até que gostaria de dizer a você que é só isso, apenas para te deixar feliz, mas, como seu
professor, tenho que te dizer que estamos apenas começando! Eu preciso mesmo que você
tenha entendido tudo o que apresentei anteriormente, pois, de agora em diante, nosso estudo
ficará mais complexo. Todavia, não perca o ânimo! Tenho certeza de que você entenderá tudo,
até o final!
O adjunto adnominal é um termo que se refere ao substantivo, estando junto a ele, integrando
um mesmo sintagma. Já o predicativo do sujeito se refere ao substantivo, mas está em um
sintagma separado, distinto. Veja:
EXEMPLOS
A engenheira estudiosa trabalha bastante.
A engenheira é estudiosa.
EXEMPLOS
(13) O atendimento do psicólogo.
(14) O atendimento de menores.
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Elias Santana
“atendimento”. Mas é agora que vem a informação mais impressionante: “do psicólogo” e “de
menores” não possuem a mesma classificação sintática! A estrutura morfológica é idêntica,
mas sintaxe é diferente! Quer saber que diferença é essa? Acompanhe-me!
EXEMPLOS
(15) A mulher honesta.
(16) O amor selvagem.
(17) A bola de couro.
(18) A doação de mantimentos.
(19) A doação do prefeito.
Agora, eu te pergunto: qual é a classificação sintática dos termos sublinhados? Para res-
ponder, considere o quadro a seguir:
Agora, com o auxílio da tabela, sabemos que, em (15), (16) e (17), os termos sublinhados
são adjuntos adnominais. Nos dois primeiros, não há preposição (e o complemento nominal
é sempre preposicionado). No terceiro, apesar de “de couro” ser preposicionado, refere-se ao
substantivo “bola”, que é concreto (e o complemento nominal refere-se a substantivos abstra-
tos, adjetivos ou advérbios).
Professor, quer dizer que eu preciso voltar lá no meu primeiro grau para relembrar o que é
um substantivo concreto ou abstrato?
Com certeza! Esse é um conhecimento fundamental na análise dos termos ligados a no-
mes. No entanto, preciso que você esteja com a cabeça aberta. Aquela classificação entre o
que existe e o que não existe ou entre o que se toca ou não se toca não vale para a análise de
substantivos concretos e abstratos. Essa é uma noção que você aprende, de maneira superfi-
cial (às vezes, até equivocada), nas séries iniciais. Agora, preciso que você realmente saiba a
diferença entre esses substantivos.
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Exs.: amor, raiva, fé, medo, atendimento, Exs.: mesa, bola, Deus, papai noel, bruxa,
doação, vida, morte. escritor.
Dessa forma, entendemos que “de mantimentos”, por ser paciente, é um complemento
nominal. Ao passo que “do prefeito”, por ser agente, é um adjunto adnominal. O mesmo ocorre
nos exemplos (13) e (14). Em (13), entende-se que o psicólogo é quem pratica o ato de atender
(o psicólogo é agente). Logo, “do psicólogo” é um adjunto adnominal. Em contrapartida, em
14, percebe-se que os menores é que recebem o atendimento (os menores são pacientes).
Portanto, “de menores” é um complemento nominal.
Obs.: A análise de agente e paciente só deve ser feita quando as duas primeiras análises
não resolverem a questão. Em outras palavras: só se analisa a relação entre agente
e paciente se, e somente se, houver termo preposicionado se referindo a substanti-
vo abstrato.
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mais uma dica: qualquer termo preposicionado que iniciar com preposição diferente
de “de” (pode ser “a”, “em”, “por”) e que se referir a substantivo abstrato será sempre
complemento nominal. Como podemos observar nos seguintes exemplos: o amor aos
homens/a luta por melhorias/a confiança em Deus (todos os termos sublinhados são
complementos nominais).
Última dica: o adjunto adnominal também pode representar posse em relação ao subs-
tantivo abstrato. Veja este exemplo:
A alegria da mãe (a mãe possui a alegria).
Vamos analisar os exemplos apresentados lá no início da aula. Vou repeti-los para você:
EXEMPLOS
(20) O aumento dos preços assustou a população.
(21) A população ouviu a fala do Presidente.
(22) O amor de Deus aos homens é infinito.
Como agora são construções oracionais, poderemos encontrar os termos ligados a ver-
bos. Depois, os termos ligados a nomes. Veja as análises a seguir:
Cabe também ressaltar que, assim como há casos que não oferecem dúvidas acerca do
adjunto adnominal, o mesmo também ocorre com alguns complementos nominais. Quan-
do este se refere a adjetivos ou advérbio, a análise agente/paciente também é dispensada.
Veja a seguir.
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EXEMPLOS
(23) O empresário considerou o funcionário apto ao cargo.
(24) Ele agiu contrariamente a seus princípios.
Em (23), note que “ao cargo” (expressão preposicionada) se refere a “apto”, que, por sua
vez, é um adjetivo que caracteriza “funcionário”. Por isso, “ao cargo” é um complemento nomi-
nal. Em 24, “a seus princípios” (expressão preposicionada) se refere a “contrariamente”, que é
um advérbio subordinado ao verbo “agiu”. Veja como ficam as análises:
Adj.
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RESUMO
O que cai, Elias?
Sobre o bloco I: morfologia não é o mais cobrado em provas; todavia, quem não domina
esse assunto torna-se inapto a obter êxito em assuntos mais frequentemente explorados. So-
bre morfologia, deve-se basear em três pilares:
1) é um pré-requisito fundamental em provas;
2) o que mais cai (quando cai) é o reconhecimento de classes, sem análises extremamen-
te aprofundadas acerca do assunto e sem exagero em nomenclaturas gramaticais (exige-se,
portanto, muito raciocínio do candidato acerca da interação entre termos);
3) é necessário MEMORIZAR as classes gramaticais fechadas (que não sofrem alteração
na quantidade de palavras existentes). É o caso dos artigos, dos pronomes, das preposições e
das conjunções. Esse material está no anexo. Memorizar essas palavras vai garantir velocida-
de e precisão em diversas questões.
Sobre o bloco II: um dos conhecimentos mais importantes diz respeito ao sujeito. Além de
caírem muitas questões acerca desse assunto, é a partir do sujeito que você pode passar a
entender tantas outras interações sintáticas possíveis em uma oração! Logo, meu conselho:
sempre leia o bloco sobre sujeito, bem como faça com muita atenção todas as questões! Todo
o conhecimento sobre ele é importante!
Sobre o bloco III: saber reconhecer os complementos verbais e os adjuntos adverbiais é um
conhecimento que, além de muito explorado em prova, é pré-requisito para outros assuntos.
Ainda falando sobre os complementos verbais, as bancas gostam muito de elaborar questões
sobre os verbos de regência especial, aqueles que confundem as pessoas. Por isso, o meu
conselho: memorize-os. Como eu sou muito legal, no fim desta aula, há uma lista de verbos
importantes!
Sobre o bloco IV: vou ser extremamente honesto com você: o assunto “termos ligados a
nomes” não está entre os mais cobrados em provas de concursos públicos. Poucas bancas,
como a FGV, possuem a tradição de cobrar esse assunto, porém eu preciso que você sabia
que não se separa por vírgula o substantivo e seu adjunto adnominal ou complemento nomi-
nal. Preciso que você entenda que toda oração subordinada adjetiva é um adjunto adnominal
oracional, e não um aposto. Preciso que você se lembre de que todo complemento nominal
é preposicionado. Na verdade, não estou preocupado com as questões sobre termos ligados
a nomes. Estou mesmo preocupado é com a quantidade de assuntos que dependem desse
conhecimento prévio.
Estudar língua portuguesa é assim mesmo: muitas vezes, precisamos adquirir um determi-
nado conhecimento em função de outro bem maior! Além disso, o assunto aqui apresentado
não costuma ser dominado por muitos estudantes. Agora, isso é um diferencial seu! Você verá
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inclusive que tive de misturar questões de muitas bancas para formar um conjunto legal de
questões. Não há, por exemplo, uma questão da FCC sequer que aborde esse assunto. Mas eu
preciso que você o compreenda para conseguir arrebentar nas questões de outros assuntos.
Há também poucas questões do Cespe sobre o assunto; todavia, repito: preciso que você sai-
ba esse assunto para ter confiança em muitos outros que são cobrados com frequência nas
provas de concursos públicos!
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE TAUBATÉ-SP/ESCRITURÁRIO/EDITAL N. 003) Leia o
texto para responder à questão.
A palavra gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou
na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Em 11 de outubro de 1876, ele assinou um
contrato com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que incluía
a retirada de lixo das casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual bairro Caju. A
empresa acabou em 1892 e foi criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da
Cidade cujos serviços não eram bons. No ano de 1906, o órgão tinha somente 1.084 animais
de carga para trabalharem na coleta de 560 toneladas de lixo. A partir dessa data, teve início a
coleta de lixo com equipamentos mecânicos.
(http://guiadoscuriosos.com.br Adaptado)
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58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não par-
ticipou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o
acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de
obter sucesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido
bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele,
anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo.
“Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participan-
tes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito
mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham
mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido
crimes”, diz o economista.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho pro-
fissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.
(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à concordância verbal e nominal.
a) Os resultados do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirma a tese
do pesquisador e ganhador do Nobel de Economia.
b) O retorno financeiro dos investimentos realizados na primeira infância fazem com que essa
estratégia seja economicamente vantajosa.
c) A diferença entre o QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa foi
quase nulo.
d) Fazem mais de 50 anos que a pesquisa foi realizada, e ainda hoje os resultados são relevan-
tes para as políticas públicas.
e) Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância têm impac-
tos econômicos relevantes.
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Na frase – Como pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma rela-
ção entre os membros de uma família. – a palavra em destaque expressa sentido de
a) finalidade.
b) tempo.
c) dúvida.
d) comparação.
e) causa.
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em se tratando de saúde, deve-se observar ainda que os extremos de temperatura farão com
que algumas pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias tenham sua saúde ainda
mais comprometida, até mesmo com risco de morte.
Para o colunista, ainda há tempo de reverter esse cenário de caos, embora parte dessas
alterações, admite, seja irreversível. “Se fizermos tudo certo, vai ser necessário mais de um
século para que a gente reverta as condições anteriores que nossos antepassados deixaram”.
(https://jornal.usp.br/radio-usp/445402/, 16.08.21. Adaptado)
* Hidrogeológico: Relativo ao estudo das águas subterrâneas.
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No trecho “Se quiser continuar sendo ‘pai’, sugiro grandes mudanças em sua plataforma de
governo”, o vocábulo em destaque introduz uma relação de
a) condição.
b) concessão.
c) finalidade.
d) consequência.
e) causa.
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sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era tra-
balhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas
fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a se-
quência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.
Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.
(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)
Na frase do segundo parágrafo – Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. –, o termo
destacado qualifica a palavra a que se refere (bênção). A mesma situação ocorre com o termo
em destaque na alternativa:
a) Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões…
b) Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto.
c) Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro…
d) Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta.
e) … o leque das perspectivas fosse na inciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
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As obras e intervenções para conter as cheias dos rios nessas áreas não foram suficien-
tes. Um outro agravante é que o solo da cidade tem ficado cada vez mais impermeável, com
aumento das áreas construídas e ocupadas.
(Folha de S. Paulo.15.02.2020. Adaptado)
Entre as orações da frase – Quanto mais impermeabilização do solo, mais enchentes haverá
– observa-se ideia de
a) tempo.
b) causa.
c) condição.
d) finalidade.
e) proporção.
O trecho assinalado na passagem – O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas,
acabam por ficar cegas para as suas próprias potencialidades. – expressa, na relação com o
contexto, o sentido de
a) concessão.
b) causa.
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c) comparação.
d) conclusão.
e) condição.
Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a norma-padrão da língua portugue-
sa quanto às concordâncias verbal e nominal.
a) Quando ouve um choro, os animais se sentem afetados por um sentimento de tristeza.
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b) São muito vantajosas, para o ser humano, a convivência diária com cães e gatos domésticos.
c) A comunicação entre as duas espécies é bom e garante a sobrevivência tanto dos cães
quanto dos humanos.
d) Não existem, no mundo animal, diferença em relação à expressão das emoções.
e) Há, em cada raça de cão, grandes diferenças que interferem na capacidade do animal de
perceber os sentimentos do dono.
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O termo destacado na frase do último parágrafo – O setor tem, por motivos como esse, voltado
a se aglutinar em torno da ideia de uma lei... – forma uma expressão que enuncia
a) a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
b) oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
c) o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
d) o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
e) a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
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2
Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.
(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021.
Adaptado)
O termo destacado na frase do primeiro parágrafo –... mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse... – introduz, no contexto em que é
empregado, sentido de
a) oposição.
b) condição.
c) explicação.
d) concessão.
e) comparação
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021. (2017/TJSP) Na passagem do 4º parágrafo – Não sabia como e por que, mas agora se
sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima – as expressões destacadas trazem ao
contexto, correta e respectivamente, as ideias de
a) modo, dúvida e lugar.
b) comparação, causa e tempo.
c) modo, causa e lugar.
d) comparação, dúvida e tempo.
e) modo, causa e intensidade.
022. (2017/TJSP) No trecho “Ainda por motivos mais econômicos, os venezuelanos fogem em
massa.”, a preposição em destaque forma uma expressão cuja circunstância traduz ideia de
a) modo.
b) intensidade.
c) finalidade.
d) consequência.
e) causa.
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Com base no verso “O que a cidade tem, no duro...”, assinale a alternativa que traz, correta e
respectivamente, a relação de sentido estabelecida pela locução adverbial destacada e o ad-
vérbio que pode substituí-la nesse contexto.
a) Intensidade / excessivamente.
b) Tempo / hodiernamente.
c) Afirmação / certamente.
d) Modo / rigorosamente.
e) Dúvida / provavelmente.
025. (2017/TJSP) Nos trechos “Remígio dizia, sinceramente, quem sabe?” e “Remígio é atual-
mente um alto funcionário”, os advérbios em destaque, no contexto em que ocorrem, estabele-
cem, respectivamente, relações de sentido de:
a) afirmação e tempo.
b) modo e tempo.
c) afirmação e intensidade.
d) modo e lugar.
e) negação e lugar.
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029. (2017/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP) Assinale a alternativa que apresenta a afir-
mação correta a respeito dos trechos selecionados do texto.
a) Em “a série ‘Jornada nas Estrelas’ exibia um futuro que parecia realmente improvável e dis-
tante”, a expressão destacada apresenta circunstância de meio, indicando que o futuro imagi-
nado pela série era inconcebível.
b) Em “com a missão de explorar o espaço e ir ‘aonde nenhum homem jamais esteve’”, a ex-
pressão destacada apresenta circunstância de lugar, indicando que o objetivo da missão era
colonizar e dominar planetas desconhecidos.
c) Em “Sempre que o capitão Kirk estava em apuros, abria seu comunicador”, a expressão
destacada apresenta circunstância de modo, indicando que a personagem muitas vezes se via
em perigo.
d) Em “a série previu com surpreendente exatidão a relação do homem com a tecnologia”, a
expressão destacada apresenta circunstância de causa, indicando que a série previu acertada-
mente o uso dos atuais recursos tecnológicos.
e) Em “a equipe tinha homens e mulheres de diferentes etnias trabalhando em igualdade”, a ex-
pressão destacada apresenta circunstância de afirmação, indicando que a divisão de trabalho
era realizada democraticamente.
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034. (2016/UNIFESP) Muitos pensam em desistir __________uma carreira, pois acreditam que
não estejam aptos ____________ enfrentar o difícil exame do vestibular.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respecti-
vamente, com:
a) de... à
b) a... em
c) em... de
d) de... para
e) à... a
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a) ... podemos facilmente perceber que o que pensam os sábios... (2º parágrafo)
b) ... a velhice agora pode ser sinônimo de vida ativa... (2º parágrafo)
c) ... se a velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. (3º parágrafo)
d) ... esses benefícios só poderão ser conquistados se a velhice... (3º parágrafo)
e) ... essa etapa importante da vida possui uma receita mais simples ainda... (4º parágrafo)
037. (2016/UNESP) Uma palavra que substitui a expressão destacada em – A iniciativa co-
meçou com frutos e legumes, mas, pouco a pouco, está se expandindo. –, sem alteração de
sentido, é:
a) subitamente.
b) paulatinamente.
c) repentinamente.
d) provavelmente.
e) impreterivelmente.
038. (2016/UNESP) Um termo que introduz uma exemplificação no enunciado está em desta-
que na seguinte passagem:
a) Frequentemente desprezadas por terem um aspecto que não está de acordo com os “pa-
drões de beleza” impostos pela indústria… (1º parágrafo)
b) Vender uma maçã com um rótulo cujo logotipo mostra um rosto com um único dente aos
produtores… (3º parágrafo)
c) … os produtos menos esteticamente atrativos também são de qualidade e, inclusive, mais
baratos. (4º parágrafo)
d) Agora, engloba também outros produtos, como queijos e cereais ingeridos no café da ma-
nhã. (5º parágrafo)
e) ... aproveita a luta contra os resíduos a fim de voltar a vender parte da produção que não é
normalmente valorizada… (6º parágrafo)
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doente, não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim mesmo. Segundo, à tendên-
cia de achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da
felicidade. Eu não preciso mais ser infeliz.
ISTOÉ: O que diferencia a tristeza normal da patológica?
Miguel Chalub: A intensidade. A tristeza patológica é muito mais intensa. A normal é um
estado de espírito. Além disso, a patológica é longa.
(Adriana Prado. https://istoe.com.br/74405_O+HOMEM+NAO+ACEITA+ MAIS+FICAR+TRISTE+/ Publicado em
26/05/2010. Adaptado.)
Leia as frases.
As previsões alusivas _______ aumento da depressão são alarmantes.
Os sentimentos de tédio ou de tristeza são inadequadamente convertidos _______ estados
depressivos.
Qualquer situação que possa ser um obstáculo _______ felicidade é considerada doença. Para
que haja coerência com as ideias do texto e com a regência nominal estabelecida pela norma-
-padrão, as lacunas das frases devem ser preenchidas, respectivamente, por:
a) ao … com … na
b) ao … em … à
c) do … com … na
d) com o … em … para
e) com o … para … à
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quase uma ofensa. À idade da razão, que deveria ser a aspiração de todos, sobrepunha-se o
que Nelson Rodrigues denunciava como “a razão da idade”: a juventude justificando todas as
injustiças e ignomínias² (como as da Revolução Cultural, na China, em que velhos eram humi-
lhados publicamente por ser velhos).
Naquela mesma época, o rock era praticado por jovens esbeltos, bonitos e de longas
cabeleiras louras, para uma plateia de rapazes e moças idem. Hoje, ele é praticado por velhos
carecas, gordos e tatuados, para garotos que podiam ser seus netos. Já se pode confiar em
maiores de 60 anos e, um dia, todos chegarão lá.
(Folha de S. Paulo, 04/10/2013. Adaptado)
¹ macróbios: pessoas que chegaram à idade muito avançada
² ignomínias: infâmias; desonra infligida por julgamento público
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Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o responsá-
vel pelas frases tortas é bem capaz de dizer:
— Deu para entender, não deu?
Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.
Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar uma
linguagem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que interpretam. Mas
há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a língua.
Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem
gourmets capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas econômicos
são capazes de analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa parte acha normal atro-
pelar o português.
Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa mentali-
dade vai mudar?
(Walcyr Carrasco. VejaSP, 22/04/1998. Adaptado)
*coloquial: informal
No quinto parágrafo, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a frase citada pelo
autor deveria ser: “Não se sabe há quanto tempo…”.
Tendo isso em vista, assinale a alternativa em que o verbo haver foi empregado com o mesmo
sentido dessa frase.
a) Não há argumentos plausíveis em seu depoimento.
b) Eles vêm se preparando há meses para a viagem.
c) Há cinco pessoas à espera de atendimento médico.
d) Para a festa, há que decorar adequadamente o clube.
e) Este contratempo não há de comprometer os resultados.
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Assinale a alternativa em que uma outra redação dada a trecho do poema está de acordo com
a norma-padrão de concordância.
a) Tabuletas meio tortas e onde se lia frases.
b) Deveriam existir em velhos postes umas tabuletas quaisquer.
c) Não haviam remédios senão irmos andando às tontas.
d) E pensavam-se em lugares muito distante.
e) Mais de um ainda não sabiam que a Terra era redonda.
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temporárias e, em seu lugar, o país abra escolas de qualidade para todos, negros e brancos,
pobres e ricos, de tal modo que as oportunidades sejam iguais para todos – e o mérito de cada
um, apenas o mérito, torne-se a medida do triunfo individual.
(Carta ao Leitor. Veja, 16.08.2017. Adaptado)
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A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade mais do
que as rugas!
(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)
De acordo com a concordância verbal estabelecida pela norma-padrão, está correta a alternativa:
a) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade quando se em-
prega gírias ultrapassadas na comunicação.
b) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
empregam gírias ultrapassadas na comunicação.
c) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
empregam gírias ultrapassadas na comunicação.
d) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade quando se
emprega gírias ultrapassadas na comunicação.
e) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
emprega gírias ultrapassadas na comunicação.
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um passo à frente, em termos de civilização. Não tenha dúvidas: seu filho será muito diferen-
te de você.
(Walcyr Carrasco. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ walcyrcarrasco/noticia/2016/10/
geracao-cibernetica.html. Publicado em 27 out. 2016. Acesso em: 03 jun. 2017. Adaptado)
Nas frases, a concordância das palavras está de acordo com a norma padrão da língua por-
tuguesa em:
a) A partir da cibernética, surge novas e diferentes formas de pensar e analisar o mundo.
b) A verdade é que me sinto pouco à vontade com tantas funções disponível nos aparelhos de
micro-ondas.
c) A ligação umbilical das crianças com celulares e computadores terão efeitos no futu-
ro próximo.
d) Depois de me mostrar que alguns arquivos tornavam meu laptop mais lento, o garoto
apagou-os.
e) Ainda que correções precise ser feitas, tudo o que é novo também significará um pas-
so à frente.
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Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme televisão
no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia – juro – um programa
sobre o cultivo de orégano. Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos
os donos. Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.
“Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV”, disse um dos proprietários. “Tem
gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai embora.”
Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais difícil. Enten-
do que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas paredes para os clientes
verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que já fui com amigos a bares para assis-
tir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas não consigo entender como uma família prefere
ficar vendo um programa sobre plantação de orégano a conversar.
Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer tentativa
de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as caixas cobriam toda a
área do lugar.
O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar gostando do
programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem trocar uma palavra, aparen-
temente hipnotizado pelas informações sobre a melhor época para plantar orégano.
Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de que
o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.
(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09/05/2012. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase, reescrita a partir das ideias do texto, está correta quanto
à concordância verbal.
a) Existe pessoas que vem aqui, perguntam se tem TV e, quando respondo não, parte
rapidamente.
b) Existe pessoas que vêm aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.
c) Existem pessoas que vem aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.
d) Existem pessoas que vêm aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, parte
rapidamente.
e) Existem pessoas que vêm aqui, perguntam se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.
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Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem
juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo ficou claro
que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e
os nove empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio espaço, com
portas e tudo.
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos escri-
tórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo de
espaços tradicionais com salas e portas.
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvol-
ver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espa-
ços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de
organização.
Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor de
tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita gente concor-
da – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas
e é preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele. É improvável que o conceito de escritório
aberto caia em desuso, mas algumas firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando
aos espaços privados.
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro paredes e
uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tempo, e
pequenas distrações podem desviar nosso foco por até 20 minutos.
Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally Augus-
tin, psicóloga ambiental e de design de interiores.
(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem ser ruins para funcionários.” Disponível em: <www1.
folha.uol.com.br>. Acesso em: 04/04/2017. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a nova redação dada ao seguinte trecho do primeiro parágrafo
apresenta concordância de acordo com a norma-padrão:
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já tinham feito.
a) Muitos executivos já havia transferido suas equipes para o chamado escritório aberto, como
feito por Chris Nagele.
b) Mais de um executivo já tinham transferido suas equipes para escritórios abertos, o que só
aconteceu com Chris Nagele fazem mais de quatro anos.
c) O que muitos executivos fizeram, transferindo suas equipes para escritórios abertos, tam-
bém foi feito por Chris Nagele, faz cerca de quatro anos.
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d) Devem fazer uns quatro anos que Chris Nagele transferiu sua equipe para escritórios aber-
tos, tais como foi transferido por muitos executivos.
e) Faz exatamente quatro anos que Chris Nagele fez o que já tinham sido feitos por outros
executivos do setor.
Assinale a alternativa em que a reescrita de partes do texto está em conformidade com a nor-
ma-padrão de concordância.
a) De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, a seca que já fazem
cinco anos que dura se prolongará.
b) A seca que há cinco anos o Nordeste enfrenta deverá prolongar-se, já que serão mais três
meses de chuvas abaixo do normal.
c) Grande parte do Nordeste brasileiro continuará a enfrentar a seca, já que as chuvas que
ocorre por lá está abaixo do normal.
d) Chuvas abaixo do normal e uma seca que já dura cinco anos faz com que se prolongue o
problema no Nordeste brasileiro.
e) A baixa incidência de chuvas no Nordeste prolongarão a seca que já tem mais de cinco anos,
analisa o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos.
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Evanildo Bechara, em sua Moderna Gramática Portuguesa, ensina que “os verbos que apresen-
tam significado lexical referente a realidades bem concretas não necessitam de outros signos
léxicos. A tradição gramatical chama intransitivos a tais verbos”. O exposto pelo autor está
corretamente exemplificado pelo verbo destacado em:
a)... que lhe faltava dantes.
b) Ficou boa, mas desfigurada...
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Assinale a alternativa em que a reescrita do período “Além da óbvia extensão da floresta, ou-
tros fatores tornam complexa a fiscalização.” (6º parágrafo) está correta quanto à concordân-
cia, de acordo com a norma-padrão.
a) Além da óbvia extensão da floresta, há outros fatores que tornam complexas qualquer ou-
tras atividades de fiscalização.
b) Além da óbvia extensão da floresta, existe outros fatores que tornam complexas qualquer
outras atividades de fiscalização.
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c) Além da óbvia extensão da floresta, sabem-se de outros fatores que tornam complexa quais-
quer outras atividades de fiscalização.
d) Além da óbvia extensão da floresta, há outros fatores que tornam complexas quaisquer ou-
tras atividades de fiscalização.
e) Além da óbvia extensão da floresta, existem outros fatores que torna complexas quaisquer
outras atividades de fiscalização.
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De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser preenchi-
das, correta e respectivamente, por:
a) Interessada … contínuas
b) Interessada … contínuos
c) Interessado … contínuos
d) Interessados … contínuos
e) Interessados … contínuas
O segmento do texto – É preciso oferecer a essas crianças atividades que estimulem a criati-
vidade. – apresenta reescrita correta, quanto à concordância das palavras, conforme a norma-
-padrão da língua portuguesa, em:
a) Precisam ser oferecidas a essas crianças atividades que estimulem a criatividade.
b) Precisa ser oferecida a essas crianças atividades que estimulem a criatividade.
c) Precisa ser oferecidas a essas crianças atividade que estimulem a criatividade.
d) Precisam ser oferecida a essas crianças atividade que estimulem a criatividade.
e) Precisam ser oferecida a essas crianças atividades que estimule a criatividade.
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A forma verbal destacada neste trecho do 3º parágrafo – Choveram justificativas e até acu-
sações para explicar as situações… – pode ser substituída, conforme a norma- -padrão da
língua, por:
a) Houve.
b) Surgiu.
c) Apareceu.
d) Foi apontado.
e) Foram citado.
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A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação
com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as
obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais
gordura do que as modelos de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho
eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica perma-
nece. “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a
poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.
Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um
destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais comida à
disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que as mode-
los extremamente magras sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com
tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimen-
tos estéticos e cirurgias para atingir a dita “perfeição” — exige dinheiro, mais um obstáculo.
Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já se
preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a
probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de ano-
rexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns
sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia explica a tendência: “Enquanto a moeda de
valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência”.
(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08/07/2015. Adaptado)
O sinal de igual (=) em – Por que achamos que “magreza = beleza”? (1º parágrafo) – pode ser
substituído, sem prejuízo de sentido e com a regência de acordo com a norma padrão da língua
portuguesa, por:
a) é associada pela
b) é o mesmo em que
c) é equivalente a
d) é compatível de
e) é igual em
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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
Quando estava bem perto, o sinal abriu e o táxi acelerou. Tive vontade de chorar. Eu
estava quase. Por muito pouco não o alcancei. Desisti por um momento, ofegante, mas um pe-
queno engarrafamento parou o carro novamente. Inflei mais uma vez minha esperança atlética
e dei o melhor de mim.
Não reconhecia minhas pernas se alternando em tamanha velocidade e agora eu já
pensava muito mais na minha capacidade de atingir o que me parecia impossível do que no
casaco da minha amiga.
Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a apenas alguns passos de
minhas potentes pernas. Não parei. Não sei o que me deu. Não sei como, mas continuei a cor-
rer. Não pude engolir dois fracassos. Fui além. Corri no limite do impossível.
O resgate do casaco virou uma questão de honra, de exercício da esperança duas vezes
desafiada. Agora eu corria gritando a plenos pulmões:
— Pare este táxi! Pare este táxi!
Deu certo. Pararam o táxi e eu, quase morrendo, recuperei o precioso casaco de
minha amiga.
Quando o coloquei em suas mãos, ela me abraçou e caiu numa crise de choro. Não pa-
rava de chorar. Entendi que o casaco não era o que mais importava também para ela, e juntas
choramos abraçadas sob os olhares curiosos de nossos maridos.
Tínhamos ambas nos transformado pelo que tinha acontecido. Tão banal e tão revelador.
Minha amiga sempre me fala da história do casaco. Diz que sempre se lembra dela e que já che-
gou a vesti-lo quando estava prestes a desistir de uma empreitada sem ao menos ter tentado.
Quanto a mim, sei o quanto foi especial aquele momento. Minha esperança em vaivém,
tornando-se elástica quando tudo parecia perdido. Uma heroína desconhecida se fazendo va-
ler à minha revelia, desafiada pela frustração de sucessivos quases.
(Denise Fraga. www.folha.uol.com.br. 08/05/2016. Adaptado)
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
066. (2016/VUNESP/MPE-SP/BIÓLOGO)
A República dos Estados Unidos da Bruzundanga tinha, como todas as repúblicas que
se prezam, além do presidente e juízes de várias categorias, um Senado e uma Câmara de
Deputados, ambos eleitos por sufrágio direto e temporários ambos, com certa diferença na
duração do mandato: o dos senadores, mais longo; o dos deputados, mais curto.
O país vivia de expedientes, isto é, de cinquenta em cinquenta anos descobria-se nele
um produto que ficava sendo a sua riqueza. Os governos taxavam-no a mais não poder, de
modo que os países rivais, mais parcimoniosos na decretação de impostos sobre produtos se-
melhantes, acabavam, na concorrência, por derrotar a Bruzundanga; e, assim, ela fazia morrer
a sua riqueza, mas não sem os estertores de uma valorização duvidosa. Daí vinha que a grande
nação vivia aos solavancos, sem estabilidade financeira e econômica; e, por isso mesmo, dan-
do campo a que surgissem, a toda hora, financeiros de todos os seus cantos e, sobretudo, do
seu parlamento.
Naquele ano, isto dez anos atrás, surgiu na sua Câmara um deputado que falava muito
em assuntos de finanças, orçamentos, impostos diretos e indiretos e outras coisas cabalísti-
cas da ciência de obter dinheiro para o Estado. Chamava-se o deputado Felixhimino ben Kar-
patoso. Se era advogado, médico, engenheiro ou mesmo dentista, não se sabia bem; todos
tratavam-no de doutor, embora nada se conhecesse dele.
(Lima Barreto, Um grande financeiro. Os bruzundangas. Adaptado)
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
b) Os mandatos de senador e deputado durava tempo diferente, sendo mais longos o dos
primeiros.
c) a Bruzundanga haviam Senado e Câmara de Deputados, que o povo, em massa, apoiavam
confiantes.
d) Naquele ano, isto já faziam dez anos, surgiu um deputado muito bem falante em assuntos
financeiros.
e) Todas as repúblicas que se prezam possuem Senado e Câmara escolhidos pelos cidadãos,
o mais possível confiantes em seus representantes.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que Silvana me permitiu deixarão um
doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida, fecho meus olhos, tranquilo e feliz.
Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia se-
guinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém em quem eu
mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana que tinha cuidado de mim
no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que ela não viria mais.
(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em 16/02/2016. Adap-
tado)
Assinale a alternativa que reescreve a passagem – Havia uma vitrola e, para permitir um mo-
mento agradável, essa que veio ser minha cuidadora pôs um disco para tocar. – de acordo com
a norma-padrão de concordância verbal e nominal.
a) Havia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastantes agradáveis, uma das que se
dispôs a ser nossas cuidadoras puseram discos de vinil para tocar.
b) Existiam tocas-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradável, uma das que
se dispuseram a ser nossas cuidadoras puseram discos de vinis para tocar.
c) Existia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastantes agradáveis, uma das que se
dispôs a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinis para tocar.
d) Haviam tocas-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradável, uma das que
dispuseram a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinil para tocar.
e) Havia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradáveis, uma das que se
dispuseram a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinil para tocar.
068. (2016/VUNESP/IPSMI/PROCURADOR)
CONTRATEMPOS
Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas
para se fazer com elas. Sempre faltou tempo para tanta coisa: faltou minuto para tanta música,
faltou dia para tanto sol, faltou domingo para tanta praia, faltou noite para tanto filme, faltou
ano para tanta vida.
Existem dois tipos de pessoa. As pessoas com mais coisa que tempo e as pessoas com
mais tempo que coisas para fazer com o tempo.
As pessoas com menos tempo que coisa são as que buzinam assim que o sinal fica
verde, e ficam em pé no avião esperando a porta se abrir, e empurram e atropelam as outras
para entrar primeiro no vagão do trem, e leem livros que enumeram os “livros que você tem que
ler antes de morrer” ao invés de ler diretamente os livros que você tem de ler antes de morrer.
Esse é o caso dele, que chega ao trabalho perguntando onde é a festa, e chega à festa
querendo saber onde é a próxima, e chega à próxima festa pedindo táxi para a outra, e chega à
outra percebendo que era melhor ter ficado na primeira, e quando chega a casa já está na hora
de ir para o trabalho.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana
Ela sempre pertenceu ao segundo tipo de pessoa. Sempre teve tempo de sobra, por
isso sempre leu romances longos, e passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda
temporada de “Grey’s Anatomy” mas, por ter tempo demais, acabava sobrando tempo demais
para se preocupar com uma hérnia imaginária, ou para tentar fazer as pazes com pessoas que
nem sabiam que estavam brigadas com ela, ou escrever cartas longas dentro da cabeça para
o ex-namorado, os pais, o país, ou culpar o sol ou a chuva, ou comentar “e esse calor dos infer-
nos?”, achando que a culpa é do mau tempo quando na verdade a culpa é da sobra de tempo,
porque se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo.
Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque
o tempo sempre vai correr mais rápido, e ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar
menos, e pensar menos é uma maneira de ser feliz, e ambos perceberam que a felicidade é
uma questão de tempo. Questão de ter tempo o suficiente para ser feliz, mas não o bastante
para perceber que essa felicidade não faz o menor sentido.
(Gregório Duvivier. Folha de S. Paulo, 30/11/2015. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o trecho destacado na passagem – Ele nunca entendeu o tédio,
essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. –, reescrito,
apresenta concordância e correlação de tempos verbais de acordo com a norma-padrão
a) ... têm mais horas do que coisas que se faça com elas.
b) ... há mais horas do que coisas que se façam com elas
c) ... haviam mais horas do que coisas que se faziam com elas.
d) ... podia existir mais horas do que coisas que se faziam com elas.
e) ... houveram mais horas do que coisas que se fez com elas.
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pais que passam muito pouco tempo com os filhos e nem por isso são maus pais; o que inte-
ressa é a qualidade do tempo, não a quantidade. Talvez a expectativa de vida não permita ao
vestibulando Nojima uma longa carreira na profissão médica. Mas os anos, ou meses, ou mes-
mo os dias que dedicar a seus pacientes terão em si a carga afetiva de uma existência inteira.
Não sei se Takeshi Nojima passou no vestibular; a notícia que li não esclarecia a respeito. Mas
ele mesmo disse que isto não teria importância: se fosse reprovado, começaria tudo de novo.
E aí de novo ele dá um exemplo. Os resultados do difícil exame trazem desilusão para muitos
jovens, e não são poucos os que pensam em desistir por causa de um fracasso. A estes eu
digo: antes de abandonar a luta, pensem em Takeshi Nojima, pensem na força de seu sonho.
Sonhar não é proibido. É um dever.
(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)
Muitos pensam em desistir __________uma carreira, pois acreditam que não estejam aptos
____________ enfrentar o difícil exame do vestibular.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respecti-
vamente, com:
a) de... à
b) a... em
c) em... de
d) de... para
e) à... a
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b) Lavar roupas exige várias habilidades: uma delas é saber como funciona as máquinas de lavar.
c) Aprender a lavar roupas exigem atenção à quantidade de sabão e de água que se adiciona
à máquina.
d) O conhecimento dos tecidos são importante para usar o ferro de passar roupa corretamente.
e) São necessários paciência e atenção para se pôr em prática as instruções do manual do
ferro de passar roupa.
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Elias Santana
GABARITO
1. e 37. b
2. e 38. d
3. e 39. c
4. e 40. c
5. e 41. b
6. d 42. a
7. c 43. b
8. e 44. e
9. a 45. b
10. d 46. b
11. e 47. b
12. b 48. c
13. e 49. d
14. e 50. d
15. a 51. e
16. a 52. c
17. c 53. b
18. b 54. e
19. a 55. e
20. d 56. c
21. e 57. d
22. e 58. c
23. c 59. d
24. b 60. a
25. b 61. a
26. c 62. c
27. c 63. d
28. c 64. b
29. c 65. a
30. a 66. e
31. b 67. e
32. e 68. b
33. b 69. d
34. d 70. b
35. b 71. a
36. b 72. d
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GABARITO COMENTADO
001. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE TAUBATÉ-SP/ESCRITURÁRIO/EDITAL N. 003) Leia o
texto para responder à questão.
A palavra gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou
na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Em 11 de outubro de 1876, ele assinou um
contrato com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que incluía
a retirada de lixo das casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual bairro Caju. A
empresa acabou em 1892 e foi criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da
Cidade cujos serviços não eram bons. No ano de 1906, o órgão tinha somente 1.084 animais
de carga para trabalharem na coleta de 560 toneladas de lixo. A partir dessa data, teve início a
coleta de lixo com equipamentos mecânicos.
(http://guiadoscuriosos.com.br Adaptado)
a) Errada. O núcleo do sujeito é retirada; logo, o correto seria: A retirada do lixo das casas e
praias era feita com animais de carga.
b) Errada. O núcleo do sujeito é animais e o verbo precisaria estar conjugado na terceira pessoa
do plural. O correto seria: Animais de carga eram usados na coleta de lixo no Rio de Janeiro.
c) Errada. O sujeito é composto, tendo como núcleos casas e praias. O correto seria:. Casas e
praias produziam muitas toneladas de lixo.
d) Errada. Ao colocar a frase na ordem direta, temos: Os serviços da Superintendência de Lim-
peza Pública eram ruins.
e) Certa. Concordância correta: As 560 toneladas de lixo eram retiradas por animais de carga
Letra e.
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Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia eficaz
para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar gasto é dos
mais altos.
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se
desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades cogniti-
vas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias para
o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não par-
ticipou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o
acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de
obter sucesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido
bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele,
anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo.
“Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participantes
demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito mais
bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham mais pro-
babilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido crimes”, diz o
economista.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho pro-
fissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.
(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à concordância verbal e nominal.
a) Os resultados do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirma a tese
do pesquisador e ganhador do Nobel de Economia.
b) O retorno financeiro dos investimentos realizados na primeira infância fazem com que essa
estratégia seja economicamente vantajosa.
c) A diferença entre o QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa foi
quase nulo.
d) Fazem mais de 50 anos que a pesquisa foi realizada, e ainda hoje os resultados são relevan-
tes para as políticas públicas.
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e) Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância têm impac-
tos econômicos relevantes.
a) Errada. O primeiro ponto a se observar é a palavra conduzido, que, no caso, faz referência
ao trecho “experimento de Heckman” e está correta. A banca já poderia tentar confundir o can-
didato colocando conduzidos. O erro da frase está em usar confirma para o núcleo do sujeito
resultados. Se escondermos o trecho entre vírgulas, podemos visualizar melhor: Os resultados
do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirmam a tese do pesquisa-
dor e ganhador do Nobel de Economia
b) Errada. O núcleo do sujeito é retorno. O correto seria: O retorno financeiro dos investimentos
realizados na primeira infância faz com que essa estratégia seja economicamente vantajosa.
c) Errada. O erro da c está no detalhe e é preciso atenção para identificá-lo. Ao olhar a relação
entre sujeito e verbo, percebemos que a concordância está correta: diferença e foi. O candidato
que olhasse apenas para a concordância verbal deixaria passar o erro concordância nominal,
que está justamente na última palavra da frase. Observe, de novo, a frase: A diferença entre o
QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa foi quase nulo.
A forma como a frase foi escrita induz relacionar nulo e QI; no entanto, nulo deve concordar
com diferença: A diferença (...) foi quase nula.
d) Errada. O verbo fazer, quando indica tempo decorrido, é impessoal. Portanto, o correto seria:
Faz mais de 50 anos (...).
e) Certa. Concordância correta: Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na
primeira infância têm impactos econômicos relevantes.
Letra e.
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Na frase – Como pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma rela-
ção entre os membros de uma família. – a palavra em destaque expressa sentido de
a) finalidade.
b) tempo.
c) dúvida.
d) comparação.
e) causa.
Cuidado! Nem sempre o como aparecerá na frase com o sentido de comparação. Na frase
acima, por exemplo, temos uma relação causal. Tal relação fica evidente quando substituímos
por outro conectivo causal. Observe:
“Visto que pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma relação entre
os membros de uma família.”
Letra e.
a) Errada. Há dois erros. Embora essa construção seja bastante usada no dia a dia, o sinal de
pontuação é errado, pois não se separa sujeito (quem assombra os pobres no Brasil) e predica-
do (é a fome) por vírgula. Ademais, há um erro de concordância verbal. O correto seria: Quem
assombra os pobres no Brasil é a fome.
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b) Errada. Erro de concordância normal. O correto seria: Os pobres já vivem privados de tanto,
inclusive, de comida.
c) Errada. Erro de concordância nominal. O correto seria: “Palmeiras” são árvores que ficam
bem plantadas perto de piscinas.
d) Errada. Erro de concordância verbal. Colocando na ordem direta, a concordância correta
seria: As palmeiras das piscinas constituem a assombração dos ricos. Além do erro de concor-
dância, destaca-se que não faz muito sentido o uso de parênteses na frase.
e) Certa. Concordância correta. Haver é impessoal.
Letra e.
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As máquinas são ideais para lidar com situações ideais. Infelizmente, o mundo comum
é perpetuamente devassado por contingências, ambiguidades, angústias, mas também súbi-
tas iluminações que só os seres humanos, e não as máquinas, são capazes de entender.
Quando li Oakeshott, encontrei um filósofo que, contra toda a arrogância da modernida-
de, mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma forma de salvação. O ensaio
era, paradoxalmente, uma lição de humildade e uma apologia da grandeza humana. Eastwood,
aos 86 anos, traduziu essas imagens.
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 29.11.2016. Adaptado)
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b) nos segmentos: um aumento (§1º ) e um século (§3º), o termo um exerce a mesma função
gramatical.
c) a expressão cenário de caos (§3º) apresenta uma locução adjetiva.
d) na construção: Por outro lado (§1º), o pronome outro ajuda a definir de forma objetiva e
pontual uma nova perspectiva.
e) na expressão: até mesmo com risco de morte (§2º), os termos mesmo e com são preposições.
A banca apontou como correta a letra E. De fato, palmas é substantivo nas duas ocorrências,
mas com sentido diferente. No entanto, lendo também é verbo nas duas ocorrências, tendo o
mesmo sentido nas duas situações. Inicialmente, poderia haver dúvida entre as opções d e e.
No entanto, observe que o enunciado pediu para marcar a opção levando em consideração o
“efeito de humor”; dessa forma, a única possível é a e, pois o verbo lendo não é determinante
para o efeito de humor da tirinha.
Letra e.
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No trecho “Se quiser continuar sendo ‘pai’, sugiro grandes mudanças em sua plataforma de
governo”, o vocábulo em destaque introduz uma relação de
a) condição.
b) concessão.
c) finalidade.
d) consequência.
e) causa.
Se é uma conjunção condicional. É possível fazer a substituição por caso, desde que realizadas
as devidas adaptações no verbo: “caso queria continuar sendo pai, sugiro grandes mudanças”.
Letra a.
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e como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era
pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.
Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em
idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais
modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos
sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era tra-
balhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas
fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a se-
quência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.
Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.
(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)
Na frase do segundo parágrafo – Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. –, o termo
destacado qualifica a palavra a que se refere (bênção). A mesma situação ocorre com o termo
em destaque na alternativa:
a) Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões…
b) Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto.
c) Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro…
d) Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta.
e) … o leque das perspectivas fosse na inciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
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Urbanistas afirmam que uma das principais explicações para as repetidas inundações foi a
decisão de expandir a cidade para as áreas próximas às várzeas dos rios Tietê e Tamanduateí,
a partir de meados de 1890. O quadro de Benedito Calixto capta o início dessa expansão da ci-
dade. A cheia histórica de 1929 também foi registrada em uma série de fotografias que viraram
sinônimo das inundações paulistanas, por ter deixado a cidade debaixo da água por sete dias.
Há suspeita de que os efeitos da forte chuva que atingiu São Paulo naquele fevereiro de
1929 tenham sido potencializados por ações da então onipresente Light. O acordo com o po-
der público previa que a Light poderia desapropriar áreas atingidas por enchentes naquele ano.
Pesquisa da professora da USP Odette Seabra indica que a Light abriu suas represas para
aumentar a área inundada pelos rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí. Essas áreas inundadas
passaram para as mãos da Light, que depois as comercializou.
Os fatos recentes mostram que a história se repete: 63% dos alagamentos neste ano de
2020 estão na mesma região atingida pela cheia de 1929, que corresponde à da subprefeitura
da Sé. Mas desta vez, os locais inundados não se restringem à área do Mercadão. Áreas das
subprefeituras da Lapa e de Pinheiros também foram atingidas.
As obras e intervenções para conter as cheias dos rios nessas áreas não foram suficien-
tes. Um outro agravante é que o solo da cidade tem ficado cada vez mais impermeável, com
aumento das áreas construídas e ocupadas.
(Folha de S. Paulo.15.02.2020. Adaptado)
Entre as orações da frase – Quanto mais impermeabilização do solo, mais enchentes haverá
– observa-se ideia de
a) tempo.
b) causa.
c) condição.
d) finalidade.
e) proporção.
Outros conectivos com sentido proporcional: à proporção que, quanto mais, ao passo que.
Letra e.
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Melanie Klein, uma das figuras centrais da história da psicanálise, realizou estudos sobre
esse assunto e concluiu que a inveja é um sentimento negativo que o ser humano começa a
desenvolver desde os primeiros tempos da infância e que, como regra geral, acompanha a pes-
soa por toda a vida. Ninguém gosta de admitir, mas todos nós, em algum momento, sentimos
inveja de alguém, por uma razão ou outra. Segundo os especialistas, isso é natural.
O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, acabam por ficar cegas para as
suas próprias potencialidades. São pessoas que dedicam a sua existência a admirar e desejar
intensamente tudo o que pertence aos outros. Como não conseguem tomar para si as coisas
ou qualidades dos outros, passam a desejar a destruição daquilo que tanto admiram. Daí a
negatividade da inveja.
Entre os inúmeros ditados que falam sobre a inveja, há um bem interessante: “Não grite a
sua felicidade, pois a inveja tem sono leve”.
(João Francisco Neto. Diário da Região, 19.10.2019. Adaptado)
O trecho assinalado na passagem – O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas,
acabam por ficar cegas para as suas próprias potencialidades. – expressa, na relação com o
contexto, o sentido de
a) concessão.
b) causa.
c) comparação.
d) conclusão.
e) condição.
De tão invejosas é a causa da consequência “ficar cegas para as suas próprias potencialidades”.
Letra b.
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tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-
-se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores
que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da Universidade
de Oregon.
Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões
de angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente
do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato,
os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e
possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.
Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães,
embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e baixos
emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação
mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia
momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para podermos
agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é mutuamente
vantajosa para ambas as espécies”.
(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções dos donos”, Portal National Geographic,
11/10/2021. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a norma-padrão da língua portugue-
sa quanto às concordâncias verbal e nominal.
a) Quando ouve um choro, os animais se sentem afetados por um sentimento de tristeza.
b) São muito vantajosas, para o ser humano, a convivência diária com cães e gatos domésticos.
c) A comunicação entre as duas espécies é bom e garante a sobrevivência tanto dos cães
quanto dos humanos.
d) Não existem, no mundo animal, diferença em relação à expressão das emoções.
e) Há, em cada raça de cão, grandes diferenças que interferem na capacidade do animal de
perceber os sentimentos do dono.
a) Erro de concordância verbal. O correto seria: Quando ouvem um choro, os animais se sen-
tem afetados por um sentimento de tristeza.
b) Erro de concordância verbal. O correto seria: É muito vantajosa, para o ser humano, a convi-
vência diária com cães e gatos domésticos.
c) Erro de concordância nominal. O correto seria: A comunicação entre as duas espécies é boa
e garante a sobrevivência tanto dos cães quanto dos humanos.
d) Erro de concordância verbal. O correto seria: Não existe, no mundo animal, diferença em
relação à expressão das emoções.
e) Concordância correta. Lembre-se que o verbo haver é impessoal.
Letra e.
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O termo destacado na frase do último parágrafo – O setor tem, por motivos como esse, voltado
a se aglutinar em torno da ideia de uma lei... – forma uma expressão que enuncia
a) a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
b) oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
c) o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
d) o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
e) a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
Outros conectivos causais: visto que, uma vez que, na medida em que, haja vista que, porquan-
to, já que.
Em provas, é preciso cuidado para não confundir as orações causais e as explicativas entre si,
visto que as duas costumam usar as mesmas conjunções.
Letra a.
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área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei muito bem o que é
um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou
triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência de
ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número signifi-
cativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o algoritmo
fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritário
ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo onde um robô ou
uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emo-
ções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada segundo.
É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor experi-
ência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja agradável
à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a todas as
suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de con-
sumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos anseios
da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política,
pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensa-
mento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas
que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões irracionais que
atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo em que tudo é fei-
to para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e ver. A ausência do
contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação e impede que se
mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.
Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.
1
2
Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.
(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021.
Adaptado)
O termo destacado na frase do primeiro parágrafo –... mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse... – introduz, no contexto em que é
empregado, sentido de
a) oposição.
b) condição.
c) explicação.
d) concessão.
e) comparação
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O mas, na frase, exerce papel de conjunção adversativa, indicando ideia de adversidade, con-
traste, oposição.
Outros exemplos de conjunções adversativas: porém, contudo, no entanto, entretanto, todavia.
Letra a.
a) O correto seria meio, pois é um advérbio (portanto, invariável). Meia é metade, ou seja, não
há como a menina ficar metade preocupada e metade sem se preocupar. Meio é um advérbio
de intensidade.
b) O verbo fazer, quando indica tempo decorrido, é impessoal.
c) Concordância correta.
d) Erro de concordância. O correto seria: Seguem anexas à correspondência todas as fichas de
clientes do dentista.
e) O verbo existir deve ser flexionado para concordar com o núcleo do sujeito.
Letra c.
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assaltar aquela casa. Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, temendo que se
agravasse a situação.
O animal pareceu compreender a súplica do ladrão, e deixou-o sair em estado deplorá-
vel. No jardim, ficou um pedaço de calça. No dia seguinte, a empregada não entendeu bem por
que uma voz, pelo telefone, disse que era da Saúde Pública e indagou se o cão era vacinado.
Nesse momento, o cão estava junto da doméstica e abanou o rabo, afirmativamente.
(Carlos Drummond de Andrade. O sorvete e outras histórias, 1993. Adaptado)
*Cão robusto de feia aparência
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“Eu procuro economizar água e energia, separo o lixo. Basicamente, tento praticar no dia
a dia aquilo que eu entendo como certo. Estou longe da perfeição e não me considero um mo-
delo, mas descobri a força daquilo que os educadores chamam de pedagogia do exemplo: ‘não
importa o que você fala, importa o que você faz’. É isso que move o mundo.” Ele cita o caso do
aposentado José Alcino Alano, da cidade de Tubarão, que descobriu como fabricar coletores
solares para esquentar a água do banho a partir de garrafas PET e caixas de leite Tetrapak.
Liberou a patente e permitiu que todas as pessoas ou instituições interessadas replicassem o
invento gratuitamente, sem interesse pessoal ou financeiro. “É um caso singular de amor ao
próximo,” comenta Trigueiro.
O poder público também deve adotar medidas educativas e conscientes. Ensinar que
jogar lixo na cidade é um serviço caro e custa muito aos cofres públicos. Além disso, tem de
difundir um discurso responsável. Não é possível falar em preservação da Amazônia e liberar
recursos para a construção de frigoríficos na região – o que estimula a criação de gado, res-
ponsável por 80% de toda a destruição já registrada da floresta, como bem avaliou o ex-minis-
tro da Fazenda Rubens Ricupero.
Trigueiro não considera a tecnologia inimiga da luta pela preservação do planeta. É o
uso que se faz dela que definirá se haverá dano ou benefício. Ela é apenas uma ferramenta
e não a solução definitiva para os graves problemas ambientais que enfrentamos e que nos
ameaçam como espécie.
(filantropia.ong/andretrigueiro.com. Adaptado, acesso em 22.02.2020)
O que é um pronome relativo que retoma estoques. A única opção possível é os quais. Não
poderia ser dos quais porque o verbo ser não exige preposição.
Letra a.
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021. (2017/TJSP) Na passagem do 4º parágrafo – Não sabia como e por que, mas agora se
sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima – as expressões destacadas trazem ao
contexto, correta e respectivamente, as ideias de
a) modo, dúvida e lugar.
b) comparação, causa e tempo.
c) modo, causa e lugar.
d) comparação, dúvida e tempo.
e) modo, causa e intensidade.
A questão quer saber apenas a interpretação semântica dos termos destacados. Dizer que
alguém “não sabia como e por que” é o mesmo que dizer que não sabia o modo e a causa. Por
fim, o vocábulo “mais” intensifica o quão perto se está da água.
Letra e.
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022. (2017/TJSP) No trecho “Ainda por motivos mais econômicos, os venezuelanos fogem em
massa.”, a preposição em destaque forma uma expressão cuja circunstância traduz ideia de
a) modo.
b) intensidade.
c) finalidade.
d) consequência.
e) causa.
A Vunesp adora esse tipo de questão, que exige do candidato o valor semântico de uma ex-
pressão introduzida por uma preposição. No texto, podemos entender que “por motivos econô-
micos” é a causa que justifica a fuga dos venezuelanos.
Letra e.
Com base no verso “O que a cidade tem, no duro...”, assinale a alternativa que traz, correta e
respectivamente, a relação de sentido estabelecida pela locução adverbial destacada e o ad-
vérbio que pode substituí-la nesse contexto.
a) Intensidade / excessivamente.
b) Tempo / hodiernamente.
c) Afirmação / certamente.
d) Modo / rigorosamente.
e) Dúvida / provavelmente.
A expressão coloquial “no duro” foi empregada com o sentido de com certeza. Em outras pala-
vras, ela possui valor de afirmação.
Letra c.
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Em muitas oportunidades, a conjunção “e” não é empregada com valor aditivo. O meu conse-
lho é: sempre interprete a informação introduzida por esse conectivo! Segundo o texto, foi devi-
do ao fato de os cuidados triunfarem do mal (a causa) que Fadinha ficou boa (consequência).
Letra b.
025. (2017/TJSP) Nos trechos “Remígio dizia, sinceramente, quem sabe?” e “Remígio é atual-
mente um alto funcionário”, os advérbios em destaque, no contexto em que ocorrem, estabele-
cem, respectivamente, relações de sentido de:
a) afirmação e tempo.
b) modo e tempo.
c) afirmação e intensidade.
d) modo e lugar.
e) negação e lugar.
Nem sempre um advérbio dotado do sufixo –mente expressa modo. O primeiro (“sinceramen-
te”) expressa modo, mas o segundo (“atualmente”) indica tempo.
Letra b.
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Assim como “urgentemente” é um advérbio de modo, você deve encontrar outro, entre as al-
ternativas, que apresente a mesma característica semântica. “Dias desses” expressa tempo;
“tão”, intensidade; “com calma”, modo; “bastante”, intensidade; “numa novela”, lugar.
Letra c.
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O vocábulo “normalmente”, assim como “devagar”, expressa o modo como o animal anda. Já
“bem” intensifica o quando devagar ele anda.
Letra c.
029. (2017/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP) Assinale a alternativa que apresenta a afir-
mação correta a respeito dos trechos selecionados do texto.
a) Em “a série ‘Jornada nas Estrelas’ exibia um futuro que parecia realmente improvável e dis-
tante”, a expressão destacada apresenta circunstância de meio, indicando que o futuro imagi-
nado pela série era inconcebível.
b) Em “com a missão de explorar o espaço e ir ‘aonde nenhum homem jamais esteve’”, a ex-
pressão destacada apresenta circunstância de lugar, indicando que o objetivo da missão era
colonizar e dominar planetas desconhecidos.
c) Em “Sempre que o capitão Kirk estava em apuros, abria seu comunicador”, a expressão
destacada apresenta circunstância de modo, indicando que a personagem muitas vezes se via
em perigo.
d) Em “a série previu com surpreendente exatidão a relação do homem com a tecnologia”, a
expressão destacada apresenta circunstância de causa, indicando que a série previu acertada-
mente o uso dos atuais recursos tecnológicos.
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Note que os vocábulos “menos” e “mais” foram usados para estabelecer uma comparação
entre “meninas” e “meninos” e entre “escolas privadas” e “rede pública”, respectivamente.
Letra a.
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A banca Vunesp adora cobrar questões em que o candidato deve interpretar o sentido de uma
expressão preposicionada. Veja que, na letra B, é possível entender que o sonho do indivíduo
é originário da infância dele. Nas letras A e D, as preposições aparecem por exigência dos vo-
cábulos “capazes” e “causa”, respectivamente. Na letra C, “Takeshi” é o possuidor da idade. Na
letra E, “de novo” denota tempo.
Letra b.
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034. (2016/UNIFESP) Muitos pensam em desistir __________uma carreira, pois acreditam que
não estejam aptos ____________ enfrentar o difícil exame do vestibular.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respecti-
vamente, com:
a) de... à
b) a... em
c) em... de
d) de... para
e) à... a
Como você já percebeu, a Vunesp é fã de preposições. Nesse caso, você deve estar atento(a)
ao que os vocábulos “desistir” e “aptos” exigem. O primeiro pede a preposição “de”. O segundo
aceita a preposição “a” ou “para”. Mas a letra A não pode ser marcada, uma vez que o “à”, devi-
do à presença da crase, também possui um artigo, que não pode ser colocado antes de verbos
(“enfrentar”).
Letra d.
A expressão “com apenas um título” expressa o modo como se pode explicar o Brasil.
Letra b.
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037. (2016/UNESP) Uma palavra que substitui a expressão destacada em – A iniciativa co-
meçou com frutos e legumes, mas, pouco a pouco, está se expandindo. –, sem alteração de
sentido, é:
a) subitamente.
b) paulatinamente.
c) repentinamente.
d) provavelmente.
e) impreterivelmente.
A banca quer que o candidato troque a locução adverbial por um advérbio. É uma questão que
envolve mais a compreensão do texto do que o conhecimento gramatical. “Pouco a pouco” é o
mesmo que paulatinamente, gradativamente.
Letra b.
038. (2016/UNESP) Um termo que introduz uma exemplificação no enunciado está em desta-
que na seguinte passagem:
a) Frequentemente desprezadas por terem um aspecto que não está de acordo com os “pa-
drões de beleza” impostos pela indústria… (1º parágrafo)
b) Vender uma maçã com um rótulo cujo logotipo mostra um rosto com um único dente aos
produtores… (3º parágrafo)
c) … os produtos menos esteticamente atrativos também são de qualidade e, inclusive, mais
baratos. (4º parágrafo)
d) Agora, engloba também outros produtos, como queijos e cereais ingeridos no café da ma-
nhã. (5º parágrafo)
e) ... aproveita a luta contra os resíduos a fim de voltar a vender parte da produção que não é
normalmente valorizada… (6º parágrafo)
Nessa questão, em vez de destacar termos de mesma classe gramatical, o examinador usou
itens morfológicos diferentes (preposição, pronome relativo, advérbio, preposição e pronome
relativo, respectivamente), e o candidato deve identificar qual deles introduz uma informação
exemplificativa. Isso fica claro na letra D, pois “queijos e cereais” são exemplos de “outros pro-
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dutos”. Detalhe importante: nesse caso, o “como” é chamado de preposição acidental, uma vez
que essa palavra não é verdadeiramente uma preposição, mas está exercendo a função de uma.
Letra d.
Na Vunesp, frequentemente, há questões com imagens – que devem ser usadas para que
ocorra a compreensão completa do que o examinador quer. A tirinha revela usos diferentes de
uma espécie de chapéu, em situações opostas. Por isso, a interpretação correta é sem crise
econômica/com crise econômica.
Letra c.
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b) equivalência e comparação.
c) oposição e comparação.
d) oposição e causa.
e) equivalência e consequência.
Na primeira oração, os dois adjetivos são antônimos, o que caracteriza a oposição. Na segun-
da, a conjunção estabelece a comparação entre duas pessoas acerca da inteligência e instru-
ção de cada um.
Letra c.
Leia as frases.
As previsões alusivas _______ aumento da depressão são alarmantes.
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carecas, gordos e tatuados, para garotos que podiam ser seus netos. Já se pode confiar em
maiores de 60 anos e, um dia, todos chegarão lá.
(Folha de S. Paulo, 04/10/2013. Adaptado)
Na letra b, o correto seria frequentavam; na letra c, fogem; na letra d, ocorre; na letra e, haverá.
Letra a.
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Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o responsá-
vel pelas frases tortas é bem capaz de dizer:
— Deu para entender, não deu?
Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.
Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar uma
linguagem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que interpretam. Mas
há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a língua.
Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem
gourmets capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas econômicos
são capazes de analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa parte acha normal atro-
pelar o português.
Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa mentali-
dade vai mudar?
(Walcyr Carrasco. VejaSP, 22/04/1998. Adaptado)
*coloquial: informal
No quinto parágrafo, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a frase citada pelo
autor deveria ser: “Não se sabe há quanto tempo…”.
Tendo isso em vista, assinale a alternativa em que o verbo haver foi empregado com o mesmo
sentido dessa frase.
a) Não há argumentos plausíveis em seu depoimento.
b) Eles vêm se preparando há meses para a viagem.
c) Há cinco pessoas à espera de atendimento médico.
d) Para a festa, há que decorar adequadamente o clube.
e) Este contratempo não há de comprometer os resultados.
O verbo haver no enunciado foi empregado para indicar tempo transcorrido, o que ocorre tam-
bém na letra b. Na letra a e na letra c, o sentido é de existir; na letra d e na letra e, funciona
como auxiliar de locução verbal.
Letra b.
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d) Existe, mesmo entre pessoas com nível superior, profissionais que não têm conhecimento
da norma-padrão.
e) É coerente as personagens empregarem linguagem coloquial, no entanto, para o autor, não
deve haver exageros.
Na letra a, o correto seria é habitual; na letra b, são discriminados; na letra c, saborosos e des-
cuidam; na letra d, existem.
Letra e.
Assinale a alternativa em que uma outra redação dada a trecho do poema está de acordo com
a norma-padrão de concordância.
a) Tabuletas meio tortas e onde se lia frases.
b) Deveriam existir em velhos postes umas tabuletas quaisquer.
c) Não haviam remédios senão irmos andando às tontas.
d) E pensavam-se em lugares muito distante.
e) Mais de um ainda não sabiam que a Terra era redonda.
Na letra a, o correto seria se liam; na letra c, havia; na letra d, pensava-se e distantes; na letra e,
sabiam. Falaremos mais ainda sobre essa questão no PDF de partícula SE.
Letra b.
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um chapéu de formatura, para simbolizar que até filhos de operários, em certos casos, podem
concluir um curso universitário.
A mudança na paisagem é resultado da adoção da política de cotas raciais e sociais,
que vem sendo implantada no país nos últimos quinze anos, com o objetivo de abrir as portas
das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres – e acaba de ganhar a adesão da
Universidade de São Paulo, a melhor do Brasil. Hoje, finalmente, é possível fazer um balanço
dessa política, e a conclusão é inequívoca: do ponto de vista acadêmico, as cotas estão cum-
prindo seu papel. Além disso, todos aqueles mitos – segundo os quais as cotas derrubariam
a qualidade do ensino universitário, estimulariam a evasão, acirrariam conflitos raciais – aca-
baram mostrando-se apenas isso: mitos. É um feito a comemorar num Brasil tão carente de
notícias positivas.
Dito isso, é preciso não perder de vista que a política das cotas não é uma boa solução.
Na verdade, é lamentável que tenha de ser adotada. Afinal, sua implantação é a expressão
cabal da profunda desigualdade étnica e social do Brasil. As cotas, raciais ou sociais, são
portanto um atalho para compensar um descaminho. O desejável, mesmo, é que elas sejam
temporárias e, em seu lugar, o país abra escolas de qualidade para todos, negros e brancos,
pobres e ricos, de tal modo que as oportunidades sejam iguais para todos – e o mérito de cada
um, apenas o mérito, torne-se a medida do triunfo individual.
(Carta ao Leitor. Veja, 16.08.2017. Adaptado)
Na letra a, o correto seria pode; na letra c, houve; na letra d, fazem; na letra e, são.
Letra b.
No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados para o
mercado financeiro vem do Índice de Sustentabilidade da Bolsa. Os dados comparam o de-
sempenho de empresas sob aspectos como eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça
social e governança corporativa. Desde que foi lançado, esse Índice já acumula valorização de
154,6%. Para H. Bueno, da EY, escândalos ambientais e sociais recentes – e as consequências
desses casos sobre as ações das empresas – fazem com que a sustentabilidade ganhe mais
espaço dentro das corporações.
O estudo cita o episódio envolvendo uma grande fabricante de veículos, que usava um
software para manipular testes de verificação das emissões de gases poluentes pelos veículos
da montadora.
Nos dias seguintes às denúncias, as ações da empresa chegaram a desvalorizar 42,2%.
O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias. “O consumidor tem
uma reação imediata em parar de consumir o produto de empresas que estão envolvidas em
corrupção e em algum tipo de manipulação. A sustentabilidade é um caminho sem volta. As
empresas precisam transitar por esse caminho, senão vão ser penalizadas no mercado consu-
midor ou na capacidade de receber investimentos”, afirma Bueno.
(Danielle Brant. Folha de S. Paulo, 07/08/2017. Adaptado)
Na letra a, o correto seria era; na letra c, analisam; na letra d, prestigiados; na letra e, im-
prescindíveis.
Letra b.
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Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava comportamentos
mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um grupo de amigos, o máximo
de liberdade imaginável até então.
Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito. Houve
época em que era “pão”, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e meia noto alguém
exclamar à passagem de um homem atlético: “Ai, que pão!”.
Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica difícil
mudar o modo de falar.
Lembro o sucesso de “boko moko”, criado por uma marca de refrigerante para rotular de
cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona vale? Ou devo dizer “out”,
como na década de 90?
Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os ami-
gos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir “tou numas com ela”, equivalente,
guardadas algumas proporções, ao “ficar” de hoje em dia.
Que adolescente aceitaria hoje ir a um “mingau dançante”? Vão para a balada, para a
“night”. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde!
Muita gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas es-
quecem que, no seu tempo, também a usavam.
Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda se fala
“hype” para indicar algo que no passado foi “in”. Ou que alguém é “fashion”, para dizer que está
“nos trinques”, como nos anos 80.
A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade mais do
que as rugas!
(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)
De acordo com a concordância verbal estabelecida pela norma-padrão, está correta a alternativa:
a) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade quando se em-
prega gírias ultrapassadas na comunicação.
b) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
empregam gírias ultrapassadas na comunicação.
c) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
empregam gírias ultrapassadas na comunicação.
d) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade quando se
emprega gírias ultrapassadas na comunicação.
e) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
emprega gírias ultrapassadas na comunicação.
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Na letra a, o correto seria “existe” e “empregam”; na letra b, “existe”. Na letra d e na letra e, EM-
PREGAM. O verbo “esconder” pode ficar tanto no singular quanto no plural. Isso depende do
termo a que o pronome relativo faz referência. Você verá isso melhor no módulo de orações
adjetivas!
Letra c.
Nas frases, a concordância das palavras está de acordo com a norma padrão da língua por-
tuguesa em:
a) A partir da cibernética, surge novas e diferentes formas de pensar e analisar o mundo.
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b) A verdade é que me sinto pouco à vontade com tantas funções disponível nos aparelhos de
micro-ondas.
c) A ligação umbilical das crianças com celulares e computadores terão efeitos no futu-
ro próximo.
d) Depois de me mostrar que alguns arquivos tornavam meu laptop mais lento, o garoto
apagou-os.
e) Ainda que correções precise ser feitas, tudo o que é novo também significará um pas-
so à frente.
Na letra a, o correto seria surgem; na letra b, disponíveis; na letra c, terá; na letra e, precisem.
Letra d.
Na primeira lacuna, emprega-se anexada para concordar com “documentação”, assim como
distribuída. Na terceira, emprega-se definido para concordar com “local”.
Letra d.
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Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme televisão
no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia – juro – um programa
sobre o cultivo de orégano. Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos
os donos. Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.
“Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV”, disse um dos proprietários. “Tem
gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai embora.”
Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais difícil.
Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas paredes para os clien-
tes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que já fui com amigos a bares para
assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas não consigo entender como uma família
prefere ficar vendo um programa sobre plantação de orégano a conversar.
Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer tentativa
de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as caixas cobriam toda a
área do lugar.
O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar gostando do
programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem trocar uma palavra, aparen-
temente hipnotizado pelas informações sobre a melhor época para plantar orégano.
Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de que
o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.
(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09/05/2012. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase, reescrita a partir das ideias do texto, está correta quanto
à concordância verbal.
a) Existe pessoas que vem aqui, perguntam se tem TV e, quando respondo não, parte
rapidamente.
b) Existe pessoas que vêm aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.
c) Existem pessoas que vem aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.
d) Existem pessoas que vêm aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, parte
rapidamente.
e) Existem pessoas que vêm aqui, perguntam se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.
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Assinale a alternativa em que a nova redação dada ao seguinte trecho do primeiro parágrafo
apresenta concordância de acordo com a norma-padrão:
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já tinham feito.
a) Muitos executivos já havia transferido suas equipes para o chamado escritório aberto, como
feito por Chris Nagele.
b) Mais de um executivo já tinham transferido suas equipes para escritórios abertos, o que só
aconteceu com Chris Nagele fazem mais de quatro anos.
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c) O que muitos executivos fizeram, transferindo suas equipes para escritórios abertos, tam-
bém foi feito por Chris Nagele, faz cerca de quatro anos.
d) Devem fazer uns quatro anos que Chris Nagele transferiu sua equipe para escritórios aber-
tos, tais como foi transferido por muitos executivos.
e) Faz exatamente quatro anos que Chris Nagele fez o que já tinham sido feitos por outros
executivos do setor.
Na letra a, o adequado seria haviam transferido; na letra b, tinha transferido e faz; na letra d,
deve fazer e tinha sido feito; na letra e, tinha sido feito.
Letra c.
Assinale a alternativa em que a reescrita de partes do texto está em conformidade com a nor-
ma-padrão de concordância.
a) De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, a seca que já fazem
cinco anos que dura se prolongará.
b) A seca que há cinco anos o Nordeste enfrenta deverá prolongar-se, já que serão mais três
meses de chuvas abaixo do normal.
c) Grande parte do Nordeste brasileiro continuará a enfrentar a seca, já que as chuvas que
ocorre por lá está abaixo do normal.
d) Chuvas abaixo do normal e uma seca que já dura cinco anos faz com que se prolongue o
problema no Nordeste brasileiro.
e) A baixa incidência de chuvas no Nordeste prolongarão a seca que já tem mais de cinco anos,
analisa o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos.
Na letra a, além de o texto estar mal elaborado, o correto seria faz; na letra c, ocorrem e estão;
na letra d, fazem; na letra e, prolongarão.
Letra b.
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Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas. Caso
não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo: vai prolongar-se na criminalida-
de típica de uma população armada e, em grande parte, indesarmável. Ainda por motivos mais
econômicos, os venezuelanos fogem em massa. Seu número cresce. O Brasil está atrasado,
como se indiferente, nas providências para essa emergência social.
(Jânio de Freitas, “É urgente”. Folha de S. Paulo, 20/04/2017)
Todas as alternativas possuem sujeito simples (inclusive a letra c, que será compreendida com
mais facilidade no PDF de funções do SE). Na letra e, o sujeito elíptico fazer referência a “pior
de suas ideias ruins”.
Letra e.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita, não da boniteza irra-
diante e espetaculosa de outrora, mas, enfim, com um semblante agradável, o quanto bastava
para regalo dos olhos enamorados do esposo. Remígio dizia, sinceramente, quem sabe? que a
achava assim mais simpática, e os sinais das bexigas lhe davam até um “não sei quê”, que lhe
faltava dantes.
— Não é bela que me inquiete, nem feia que me repugne. Era assim que eu a desejava.
O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. Remígio é atualmente um alto
funcionário, pai de cinco filhos perfeitamente educados.
(Arthur Azevedo, “A moça mais bonita do Rio de Janeiro”. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)
Evanildo Bechara, em sua Moderna Gramática Portuguesa, ensina que “os verbos que apresen-
tam significado lexical referente a realidades bem concretas não necessitam de outros signos
léxicos. A tradição gramatical chama intransitivos a tais verbos”. O exposto pelo autor está
corretamente exemplificado pelo verbo destacado em:
a)... que lhe faltava dantes.
b) Ficou boa, mas desfigurada...
c) Só havia um obstáculo à minha felicidade...
d) Fadinha [...] teve a existência por um fio.
e) Ainda vivem.
“De outrora” é um termo preposicionado que se refere ao substantivo “beleza”, que é concreto.
Por isso, é um adjunto adnominal. Na letra a, o termo destacado é um adjunto adverbial; na
letra b, predicativo do sujeito; na letra d, agente da passiva; na letra e, adjunto adverbial.
Letra c.
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Assinale a alternativa em que a reescrita do período “Além da óbvia extensão da floresta, ou-
tros fatores tornam complexa a fiscalização.” (6º parágrafo) está correta quanto à concordân-
cia, de acordo com a norma-padrão.
a) Além da óbvia extensão da floresta, há outros fatores que tornam complexas qualquer ou-
tras atividades de fiscalização.
b) Além da óbvia extensão da floresta, existe outros fatores que tornam complexas qualquer
outras atividades de fiscalização.
c) Além da óbvia extensão da floresta, sabem-se de outros fatores que tornam complexa quais-
quer outras atividades de fiscalização.
d) Além da óbvia extensão da floresta, há outros fatores que tornam complexas quaisquer ou-
tras atividades de fiscalização.
e) Além da óbvia extensão da floresta, existem outros fatores que torna complexas quaisquer
outras atividades de fiscalização.
Na letra a, o correto seria quaisquer, na letra b; existem e quaisquer; na letra c, sabe-se (vai
ficar mais claro na aula d funções do SE); na letra e, tornam.
Letra d.
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Na letra a, o correto seria existiam; na letra b, ser encontrados; na letra d, ocorria; na letra e,
haviam de suspeitar.
Letra c.
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De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser preenchi-
das, correta e respectivamente, por:
a) Interessada … contínuas
b) Interessada … contínuos
c) Interessado … contínuos
d) Interessados … contínuos
e) Interessados … contínuas
O segmento do texto – É preciso oferecer a essas crianças atividades que estimulem a criati-
vidade. – apresenta reescrita correta, quanto à concordância das palavras, conforme a norma-
-padrão da língua portuguesa, em:
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Se for empregado “atividade”, os verbos devem ser empregados no singular. Se for “ativida-
des”, no plural.
Letra a.
A forma verbal destacada neste trecho do 3º parágrafo – Choveram justificativas e até acu-
sações para explicar as situações… – pode ser substituída, conforme a norma- -padrão da
língua, por:
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a) Houve.
b) Surgiu.
c) Apareceu.
d) Foi apontado.
e) Foram citado.
Para empregar os demais verbos, o correto seria surgiram, apareceram, foram apontadas e
foram citadas.
Letra a.
O sinal de igual (=) em – Por que achamos que “magreza = beleza”? (1º parágrafo) – pode ser
substituído, sem prejuízo de sentido e com a regência de acordo com a norma padrão da língua
portuguesa, por:
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a) é associada pela
b) é o mesmo em que
c) é equivalente a
d) é compatível de
e) é igual em
É uma questão que envolve regência. Seria adequado empregar “é associada a”, “é o mesmo
que”, “é compatível a” ou “é igual a”.
Letra c.
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Minha amiga sempre me fala da história do casaco. Diz que sempre se lembra dela e
que já chegou a vesti-lo quando estava prestes a desistir de uma empreitada sem ao menos
ter tentado.
Quanto a mim, sei o quanto foi especial aquele momento. Minha esperança em vaivém,
tornando-se elástica quando tudo parecia perdido. Uma heroína desconhecida se fazendo va-
ler à minha revelia, desafiada pela frustração de sucessivos quases.
(Denise Fraga. www.folha.uol.com.br. 08/05/2016. Adaptado)
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c) Os repórteres ficavam intrigados com o fato de ser gasto muitas horas para ir ao trabalho.
d) Aos poucos, começou a me incomodar as horas que eu perdia dentro do carro nas estradas.
e) Passei a me preocupar com cálculos e porcentagens, o que se mostraram extremamente
torturante.
Na letra b, o correto seria deixavam; na letra c, serem gastas, na letra d, começaram; na letra
e, se mostrou.
Letra a.
066. (2016/VUNESP/MPE-SP/BIÓLOGO)
A República dos Estados Unidos da Bruzundanga tinha, como todas as repúblicas que
se prezam, além do presidente e juízes de várias categorias, um Senado e uma Câmara de
Deputados, ambos eleitos por sufrágio direto e temporários ambos, com certa diferença na
duração do mandato: o dos senadores, mais longo; o dos deputados, mais curto.
O país vivia de expedientes, isto é, de cinquenta em cinquenta anos descobria-se nele
um produto que ficava sendo a sua riqueza. Os governos taxavam-no a mais não poder, de
modo que os países rivais, mais parcimoniosos na decretação de impostos sobre produtos se-
melhantes, acabavam, na concorrência, por derrotar a Bruzundanga; e, assim, ela fazia morrer
a sua riqueza, mas não sem os estertores de uma valorização duvidosa. Daí vinha que a grande
nação vivia aos solavancos, sem estabilidade financeira e econômica; e, por isso mesmo, dan-
do campo a que surgissem, a toda hora, financeiros de todos os seus cantos e, sobretudo, do
seu parlamento.
Naquele ano, isto dez anos atrás, surgiu na sua Câmara um deputado que falava muito
em assuntos de finanças, orçamentos, impostos diretos e indiretos e outras coisas cabalísti-
cas da ciência de obter dinheiro para o Estado. Chamava-se o deputado Felixhimino ben Kar-
patoso. Se era advogado, médico, engenheiro ou mesmo dentista, não se sabia bem; todos
tratavam-no de doutor, embora nada se conhecesse dele.
(Lima Barreto, Um grande financeiro. Os bruzundangas. Adaptado)
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d) Naquele ano, isto já faziam dez anos, surgiu um deputado muito bem falante em assuntos
financeiros.
e) Todas as repúblicas que se prezam possuem Senado e Câmara escolhidos pelos cidadãos,
o mais possível confiantes em seus representantes.
Na letra a, o correto seria bastavam e fossem descobertos; na letra b, duravam e os; na letra c,
havia, apoiava e confiante; na letra d, fazia.
Letra e.
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A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente eu es-
tava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse outro disco. Poucas
horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que Silvana me permitiu deixarão um
doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida, fecho meus olhos, tranquilo e feliz.
Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia se-
guinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém em quem eu
mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana que tinha cuidado de mim
no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que ela não viria mais.
(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em 16/02/2016.
Adaptado)
Assinale a alternativa que reescreve a passagem – Havia uma vitrola e, para permitir um mo-
mento agradável, essa que veio ser minha cuidadora pôs um disco para tocar. – de acordo com
a norma-padrão de concordância verbal e nominal.
a) Havia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastantes agradáveis, uma das que se
dispôs a ser nossas cuidadoras puseram discos de vinil para tocar.
b) Existiam tocas-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradável, uma das que
se dispuseram a ser nossas cuidadoras puseram discos de vinis para tocar.
c) Existia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastantes agradáveis, uma das que se
dispôs a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinis para tocar.
d) Haviam tocas-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradável, uma das que
dispuseram a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinil para tocar.
e) Havia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradáveis, uma das que se
dispuseram a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinil para tocar.
Na letra a, o correto seria bastante, dispuseram e pôs; na letra b, toca-discos, agradáveis, e pôs;
na letra c, existiam, bastante e dispuseram; na letra d, havia.
Letra e.
068. (2016/VUNESP/IPSMI/PROCURADOR)
CONTRATEMPOS
Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas
para se fazer com elas. Sempre faltou tempo para tanta coisa: faltou minuto para tanta música,
faltou dia para tanto sol, faltou domingo para tanta praia, faltou noite para tanto filme, faltou
ano para tanta vida.
Existem dois tipos de pessoa. As pessoas com mais coisa que tempo e as pessoas com
mais tempo que coisas para fazer com o tempo.
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As pessoas com menos tempo que coisa são as que buzinam assim que o sinal fica
verde, e ficam em pé no avião esperando a porta se abrir, e empurram e atropelam as outras
para entrar primeiro no vagão do trem, e leem livros que enumeram os “livros que você tem que
ler antes de morrer” ao invés de ler diretamente os livros que você tem de ler antes de morrer.
Esse é o caso dele, que chega ao trabalho perguntando onde é a festa, e chega à festa
querendo saber onde é a próxima, e chega à próxima festa pedindo táxi para a outra, e chega à
outra percebendo que era melhor ter ficado na primeira, e quando chega a casa já está na hora
de ir para o trabalho.
Ela sempre pertenceu ao segundo tipo de pessoa. Sempre teve tempo de sobra, por
isso sempre leu romances longos, e passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda
temporada de “Grey’s Anatomy” mas, por ter tempo demais, acabava sobrando tempo demais
para se preocupar com uma hérnia imaginária, ou para tentar fazer as pazes com pessoas que
nem sabiam que estavam brigadas com ela, ou escrever cartas longas dentro da cabeça para
o ex-namorado, os pais, o país, ou culpar o sol ou a chuva, ou comentar “e esse calor dos infer-
nos?”, achando que a culpa é do mau tempo quando na verdade a culpa é da sobra de tempo,
porque se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo.
Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque
o tempo sempre vai correr mais rápido, e ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar
menos, e pensar menos é uma maneira de ser feliz, e ambos perceberam que a felicidade é
uma questão de tempo. Questão de ter tempo o suficiente para ser feliz, mas não o bastante
para perceber que essa felicidade não faz o menor sentido.
(Gregório Duvivier. Folha de S. Paulo, 30/11/2015. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o trecho destacado na passagem – Ele nunca entendeu o tédio,
essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. –, reescrito,
apresenta concordância e correlação de tempos verbais de acordo com a norma-padrão
a)... têm mais horas do que coisas que se faça com elas.
b)... há mais horas do que coisas que se façam com elas
c)... haviam mais horas do que coisas que se faziam com elas.
d)... podia existir mais horas do que coisas que se faziam com elas.
e)... houveram mais horas do que coisas que se fez com elas.
O verbo ter não pode ser usado como impessoal. Nas demais, o correto seria havia, podiam
existir e houve.
Letra b.
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Muitos pensam em desistir __________uma carreira, pois acreditam que não estejam aptos
____________ enfrentar o difícil exame do vestibular.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respecti-
vamente, com:
a) de... à
b) a... em
c) em... de
d) de... para
e) à... a
O verbo “desistir” exige a presença da preposição de (o que já elimina as letras b, c e e). A letra
a não é possível, pois a presença do sinal indicativo de crase denota a existência de artigo, o
que é impossível antes do verbo “enfrentar”.
Letra d.
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Na letra a, o correto seria existe e se fazem; na letra c, vivam, espremidas, se veem e aconte-
cem; na letra d, se viva e há (no lugar de “tem); na letra e, existem.
Letra b.
Na letra b, o correto seria funcionam, na letra c, exige, na letra d, é; na letra e, são necessárias
e se porem.
Letra a.
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Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que lhe
repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-lhe certo ascen-
dente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua vontade e a sua opinião
prevaleciam sempre.
O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher: reco-
nhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era honesta e fiel aos
seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?
(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)
O verbo “perdoavam” é transitivo direto. Além disso, entre “defeito” e “Joaquim”, deve-se usar
a preposição “de”.
Letra d.
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ANEXO
Classes gramaticais fechadas
ARTIGOS
Definidos Indefinidos
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PREPOSIÇÕES
CONJUNÇÕES
Subordinativas Subordinativas
Coordenativas
integrantes adverbiais
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Conectivos
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1. Agradar
VTD: no sentido de “fazer carinho”
EXEMPLO
O esposo agradava a mulher.
EXEMPLO
O assunto não agradou aos convidados.
2. Ajudar
VTD ou VTI (sem alteração de sentido).
EXEMPLO
O professor ajudou os (aos) alunos.
3. Aspirar
VTD: no sentido de sorver (o ar), sugar.
EXEMPLO
A diarista aspirou o pó da sala.
EXEMPLO
Ele aspira a um cargo público.
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4. Assistir
VTI: no sentido de ver, presenciar.
EXEMPLO
Eu assisti ao maravilhoso clássico.
EXEMPLO
O médico assiste os (aos) enfermos.
EXEMPLO
A família Piquet assiste em Brasília.
5. Atender
VTI ou VTD (sem alteração de sentido).
EXEMPLO
O juiz atendeu (a) todos os advogados.
6. Chamar
VTD: no sentido de convocar.
EXEMPLO
A mãe chamou o filho para almoçar.
EXEMPLO
Eles chamavam a (à) mãe de heroína.
7. Chegar
VI: mas, quando acompanhado de expressões locativas, deve-se usar a preposição “a”.
EXEMPLO
Chegaremos cedo à escola.
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8. Implicar
VTD ou VTI: no sentido de “acarretar”, causar.
EXEMPLO
O seu comportamento implica (em) demissão.
EXEMPLO
Meu pai lembra o seu nome. Eu esqueci a sua blusa.
EXEMPLO
Meu pai se lembra do seu nome. Em esqueci-me da sua blusa.
10. Obedecer
VTI.
EXEMPLO
Eles não obedecem ao regulamento.
11. Proceder
VTI: no sentido “de iniciar”, “executar”.
EXEMPLO
O ator procedeu à apresentação.
EXEMPLO
A fala de empresário não procede.
12. Visar
VTD: no sentido “de mirar”, “ver”.
EXEMPLO
O atirador visou o alvo.
EXEMPLO
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