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GRAMÁTICA

Morfossintaxe do Período Simples

Livro Eletrônico
GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................4
Morfossintaxe do Período Simples.. .......................................................................................................................6
1. Engenharia Reversa – Morfossintaxe. .............................................................................................................6
2. Bloco I – Morfologia.. .................................................................................................................................................7
2.1. A Divisão da Morfologia.......................................................................................................................................7
2.2. O Grupo das Emoções............................................................................................................................................8
2.3. O Grupo dos Nomes................................................................................................................................................8
2.4. Grupo do Verbo.. ......................................................................................................................................................12
2.5. O Grupo dos Conectores.. ...................................................................................................................................13
2.6. As Locuções – um Subgrupo Especial.......................................................................................................15
3. Bloco II – A Sintaxe (Parte I)...............................................................................................................................16
3.1. Sintaxe – Sujeito.....................................................................................................................................................17
3.2. Tipos de Sujeito.. .....................................................................................................................................................19
3.3. Concordâncias Verbais Especiais.. .............................................................................................................. 28
4. Bloco III – Sintaxe (Parte II). . ..............................................................................................................................29
4.1. Os Complementos Verbais...............................................................................................................................30
4.2. O Predicativo e o Verbo de Ligação. ...........................................................................................................33
4.3. O Verbo Intransitivo............................................................................................................................................35
4.4. Os Adjuntos Adverbiais....................................................................................................................................37
5. Configurações Oracionais. . ..................................................................................................................................38
5.1. Configuração 1 – Predicados Verbais........................................................................................................39
5.2. Configuração 2 – Predicados Nominais..................................................................................................39
5.3. Configuração 3 – Predicados Verbo-Nominais...................................................................................40
6. Bloco IV – Sintaxe (Parte III)..............................................................................................................................40
6.1. Termos Ligados a Nomes..................................................................................................................................42
7. Adjunto Adnominal X Complemento Nominal. .........................................................................................46
7.1. Substantivo Concreto X Substantivo Abstrato. ..................................................................................47

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Resumo................................................................................................................................................................................50
Questões de Concurso................................................................................................................................................52
Gabarito...............................................................................................................................................................................99
Gabarito Comentado................................................................................................................................................. 100
Anexo...................................................................................................................................................................................159

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Apresentação
Olá, meu(minha) querido(a) amigo(a)!
Eu sei bem o que você está fazendo aqui. Seu objetivo é gabaritar língua portuguesa no
seu concurso, certo? Eu tenho a solução para isso – pelo menos na parte de gramática.
Para lograr êxito, preciso que você tenha EMPENHO, RESPONSABILIDADE e CONFIANÇA. O
primeiro é a chave para se alcançar qualquer objetivo. O segundo corresponde à sua habilidade
em responder à missão – que é entender como é cobrada é língua portuguesa em provas. O
terceiro é um pedido: segure a minha mão e me acompanhe pelo percurso de aprendizado que
vou te propor. Tenho certeza de que, juntos, alcançaremos resultados surpreendentes.
Conforme expus anteriormente, acredito em um melhor ordenamento para tratar das ques-
tões linguísticas. Por esse motivo, respeite a disposição das aulas que estabeleci. Meu curso
é baseado em construção de pré-requisitos que são exigidos não por mim, mas por SEU CÉ-
REBRO! Respeitar sua capacidade neuronal é, com certeza, o melhor caminho para chegarmos
ao resultado esperado.

Quem é Elias Santana?

Sou licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade


de Brasília (UnB). Possuo mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramá-
tica – Teoria e Análise”, com enfoque em ensino de gramática. Fui servidor da Secretaria de
Educação do DF, além de professor em vários colégios e cursos preparatórios para concursos,
vestibulares e ENEM. Ministro aulas de gramática, redação discursiva e interpretação de tex-
tos. Ademais, sou escritor, com uma obra literária já publicada. Por esta razão, recebi Moção
de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Tenho uma grande paixão: a língua portuguesa. Desde os 11 anos, escrevo rotineiramente
poesias. Aos 17, idade em que publiquei minha primeira obra, decidi que trilharia meu futuro
profissional como professor de português. Pela minha grande facilidade com a língua, aos 19
tive minha primeira sala de aula, em um curso preparatório para vestibulares. De lá para cá,
nunca mais parei. Minha orientadora do mestrado me definiu, no dia da defesa da minha dis-
sertação, como “um caso raro de professor por vocação”.

Metodologia

Para alcançarmos o melhor rendimento, cada arquivo terá a seguinte divisão:


• Engenharia reversa.
• Explicação objetiva.
• O que cai, Elias?
• Gabarito comentado.

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A engenharia reversa é um processo adotado em inúmeras ciências, que significa, em ter-


mos populares, começar pelo fim.
Se fôssemos seguir a ordem natural, primeiramente, precisaríamos conhecer a gramática
para, depois, resolver questões que a cobram. Esse procedimento funciona, mas apresenta um
problema sério: a duração longa. Saber gerir o tempo é fundamental ao longo do processo de
preparação para concursos.
Qual é o nosso objetivo? Saber resolver questões de Língua Portuguesa. Então começare-
mos pelo objetivo!
A explicação deve ser objetiva e sintética, com o objetivo de discutir estritamente o que é
visto com frequência em provas. Explicações longas e com informações diversas já são en-
contradas em diversas gramáticas técnicas de língua portuguesa.
“O que cai, Elias” é o resumo do assunto. É literalmente discutir o que cai e como cai
em provas.
Quem se prepara para concursos públicos tem a obrigação de fazer muitas questões. O
maior objetivo de um(a) candidato(a) não é aprender português, mas, sim, aprender a fazer
questões de português. A parte das questões, em minha opinião, é a mais importante do ma-
terial. Você vai observar que, ao longo da explicação teórica, eu insiro questões de diversas
bancas, mas que possuem bom suporte didático para o assunto em questão. Ao final, você
terá um conjunto de questões comentadas sobre o assunto. As vinte primeiras são sempre da
banca que aplicará (ou que possivelmente aplicará) o seu concurso. As demais são de outras
bancas, para que você possa aprofundar o conhecimento e, principalmente, ter uma base com-
parativa de como um determinado assunto pode ser cobrado (isso ajuda a ratificar, em seu
cérebro, o comportamento da banca que você deseja decifrar).

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MORFOSSINTAXE DO PERÍODO SIMPLES


1. Engenharia Reversa – Morfossintaxe
Em uma única palavra, um conteúdo enorme. Entender a morfossintaxe do português signi-
fica dominar a espinha dorsal da nossa gramática. É a fusão entre morfologia e sintaxe. Vamos
saber do que precisamos para arrebentar nesse assunto.
1) Morfologia: é o estudo das dez classes gramaticais. Esse é o pré-requisito mais impor-
tante para os seus estudos. Você não precisa, necessariamente, saber classificar as palavras,
mas reconhecê-las morfologicamente será fundamental para evoluir na sintaxe.
2) Sintaxe: por enquanto, veremos só a do período simples (o que já é um conteúdo imen-
so). Vamos dividir em subtópicos:
• Entenda o que é a ordem direta da oração.
• Saiba tudo sobre o sujeito. As bancas amam a identificação, a classificação e a função
(estabelecer com o verbo concordância). Você também precisa saber os casos especiais
de concordância. Ah, e você precisa conhecer o sujeito e o núcleo dele (para isso, você
vai precisar de morfologia)! Uma observação importante: o estudo do sujeito não acaba
aqui! Você ainda vai precisar dele em pontuação, vozes verbais e funções do SE, sintaxe
do pronome relativo e sujeitos oracionais (os dois últimos no período composto)!
• Domine o complemento verbal (o que é e o que não é complemento verbal). As bancas
gostam mais do sujeito do que do complemento, mas você precisa saber identificar
as transitividades e os casos especiais de regência verbal. Todo esse tópico é funda-
mental também para estudar os pronomes oblíquos átonos, pontuação, vozes verbais e
funções do SE, crase, sintaxe do pronome relativo e complementos oracionais (os dois
últimos no período composto).
• Tenha noção de que existem termos que se ligam ao nome (adjunto adnominal e com-
plemento nominal). Praticamente não cai, mas é indiretamente explorado em pontua-
ção, emprego dos pronomes oblíquos átonos, crase e orações subordinadas substan-
tivas.

Depois de todo esse detalhamento, podemos ir ao assunto. Lembre-se sempre de voltar à


seção “engenharia reversa” e anotar o que você estudou, o que você vai estudar e o que ofere-
ce dificuldade. Meça o seu conhecimento com a execução de exercícios, e não apenas lendo
a matéria.
Outro ponto importante: boa parte desses apontamentos feitos servirão também para ou-
tras bancas. Haverá um ajuste ou outro, mas serão apenas detalhes. A língua não muda de
uma banca para outra, mas, sim, a linguagem e as preferências do examinador!

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2. Bloco I – Morfologia
Amigo(a), morfologia, segundo o Houaiss, é

o estudo da forma, da configuração”. Em análise livre, significa identificar o objeto que se quer estu-
dar e analisá-lo, parte a parte. Nosso objeto de estudo é a língua portuguesa. Precisamos, portanto,
identificar suas unidades de composição. Por isso, a tradição gramatical afirma que a morfologia é
o estudo das “classes de palavras, seus paradigmas de flexões.

Nosso objetivo maior é compreender esse assunto em provas de concursos públicos. E


compreender a morfologia, nesse caso, significa dominar o mais importante pré-requisito para
os demais assuntos. Confesso que não são muitas as questões de morfologia. Mas garanto a
você que, sem o entendimento da morfologia, praticamente todos os demais assuntos tornam-
-se complexos (às vezes, impossíveis).
Uma analogia: em algum momento da sua vida, você assistiu ao filme Karatê Kid. Se não
viu, já ouviu falar. Há uma parte em que o mestre, Senhor Miyagi, compromete-se a ensinar
caratê ao seu aluno, Daniel Sam. Como primeira lição, o mestre orienta que Daniel lave alguns
carros, usando as mãos direta e esquerda (com movimentos circulares) para encerar e polir
os carros. Em um determinado momento, o aprendiz se revolta, pois não consegue enxergar
a arte marcial naquela atividade. Então, o mestre demonstra que os movimentos usados para
encerar e polir são os mesmos feitos para se defender em uma luta, e que se defender é o
princípio da arte marcial; em seguida, ataca-se. Encerar e polir (ou, em resumo, defender-se)
são pré-requisitos fundamentais para que Daniel possa se tornar um exímio carateca. Para que
você se torne exímio em língua portuguesa, aprenda a respeitar os pré-requisitos! (No YouTube,
você consegue encontrar a cena que descrevi!)

2.1. A Divisão da Morfologia


Para fins didáticos, dividiremos as dez classes gramaticais da seguinte forma:

SUBSTANTIVO

ARTIGO

ADJETIVO GRUPO DOS NOMES

NUMERAL

PRONOME

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VERBO
GRUPO DOS VERBOS
ADVÉRBIO

PREPOSIÇÃO
GRUPO DOS CONECTORES
CONJUNÇÃO

INTERJEIÇÃO GRUPO DAS EMOÇÕES

2.2. O Grupo das Emoções


Você percebeu que a palavra “interjeição” é a única em letras minúsculas na tabela ante-
riormente apresentada? Existe uma razão para isso: das classes gramaticais listadas, ela é a
menos importante para provas! Motivos: possui pouco valor morfológico; não tem função ou
classificação sintática; são raras as questões sobre interjeição (até porque todo mundo as
acertaria).
A interjeição é uma palavra usada para indicar saudações, espantos, surpresas, sensações.
A sua principal marca é o ponto de exclamação. Veja os exemplos:

EXEMPLOS
Olá! Há quanto tempo não te vejo!
Nossa! Essa notícia foi chocante!
Hum! Que bolo delicioso!

Viu como a interjeição não nos oferece grandes emoções gramaticais? Já a adiantei, por
razões didáticas. De agora em diante, concentração máxima!

2.3. O Grupo dos Nomes


O grupo dos nomes possui um termo principal, chamado SUBSTANTIVO. As outras classes
gramaticais desse grupo (ARTIGO, ADJETIVO, NUMERAL e PRONOME) são subordinadas ao
substantivo. Há algo que une as quatro subordinadas ao núcleo: A CONCORDÂNCIA NOMINAL.
Veja o seguinte exemplo:

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O substantivo “carro” é o núcleo dessa expressão, chamada de sintagma nominal (sintag-


ma significa estrutura organizada de elementos linguísticos). As demais palavras variam con-
forme esse núcleo. Faça comigo dois exercícios: primeiro, troque “carro” por carros. Depois,
troque “carro” por moto. Conseguiu? Provavelmente, o seu resultado foi este:

Veja que a troca do substantivo promoveu mudanças nos vocábulos subordinados. Isso é
a concordância nominal. Nos exemplos que vimos, artigo, pronome e adjetivo, pela relação de
subordinação, concordam com o substantivo.

 Obs.: nem todas as palavras subordinadas ao substantivo flexionam-se obrigatoriamente


em gênero e número. Algumas, apenas em gênero; outras, apenas em número.

Agora, vamos entender cada uma das classes gramaticais que compõem o grupo
dos nomes:
• SUBSTANTIVO = palavra que dá nome aos seres em geral (nomes a pessoas, lugares,
instituições, espécies, noções, ações, estados, qualidades);
• ARTIGO = palavra que determina o substantivo;
• ADJETIVO = palavra que caracteriza o substantivo;
• NUMERAL = palavra que quantifica ou ordena o substantivo;
• PRONOME = palavra que acompanha ou substitui o substantivo.

Viu como, das cinco classes listadas, quatro delas dependem do substantivo? Isso signifi-
ca dizer que, você, a partir de hoje, ao identificar artigos, adjetivos, numerais e pronomes, deve
se fazer uma pergunta: cadê o substantivo?
Compare comigo duas questões da banca Cespe:

001. (CESPE) Em “a população carcerária no Brasil é composta fundamentalmente por jovens


entre 18 e 29 anos de idade”, o vocábulo “jovens” classifica-se, no texto, como adjetivo.

Para dizer que “jovem”, no texto, é um adjetivo, é necessário primeiramente que ele seja uma
característica de algum substantivo. Portanto, “jovem” é o próprio substantivo, que está empre-
gado com o sentido de pessoas jovens, indivíduos jovens.
Errado.

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002. (CESPE) Em “isso não implica ensinar jovens estudantes a mexer com planilhas de cálcu-
lo”, o vocábulo “jovem” é empregado, no texto, como substantivo.

Perceba que, no texto, não se quer ensinar estudantes quaisquer, mas estudantes jovens. Logo,
“jovens” agora é atributo de uma palavra central, que é “estudantes”. Em outras palavras, o ad-
jetivo “jovens” está subordinado ao substantivo “estudantes”.
Errado.

003. (IBFC) Assinale a alternativa que indica corretamente a classe gramatical da palavra des-
tacada no trecho:
Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transfor-
mavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer.
a) Substantivo.
b) Advérbio.
c) Adjetivo.
d) Verbo.

Perceba que, no texto, “os grãos... se transformam em flores brancas e macias...”. Mas não são
grãos quaisquer. São grãos duros e quebra-dentes. Há duas palavras que possuem a incum-
bência de caracterizar os grãos. Em outras palavras, o substantivo “grãos” possui dois adjeti-
vos. O que faz da letra c a alternativa certa.
Letra c.

Em resumo: a análise morfológica é contextual (ainda mais em provas de concursos públi-


cos). É fundamental que toda palavra seja analisada em ambiente textual, e não isoladamente.
Vamos analisar de maneira semelhante uma palavra muito intrigante da língua portuguesa:
o “a”. Veja comigo o seguinte exemplo:

Pronome
Substantivo

Em (7), há duas ocorrências do “a”. A primeira pode ser considerada um artigo, pois está
(a) acompanhando o substantivo “crianças” e (b) concordando em gênero e número com o
substantivo “crianças”. Um artigo deve estar sempre anteposto ao substantivo. Pode ser que
haja algo entre artigo e substantivo, mas esse algo também são termos subordinados ao

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substantivo. Já o segundo “a” não pode ser artigo, pois não acompanha qualquer substantivo.
Todavia, em uma leitura atenta, percebe-se que o segundo “a” refere-se/retoma/substitui o
substantivo “criança” (a criança é sincera, mas existe (a criança) que não é). Já entendemos
que o segundo “a” não pode ser artigo, mas podemos observar que ele está ligado a um subs-
tantivo. Podemos concluir então que o segundo “a” pertence ao grupo dos nomes. Nesse gru-
po, há uma palavra que tem a função de referir/retomar/substituir substantivos: o pronome.
Logo, esta é a classificação do segundo “a”.
Pronomes podem ser de dois tipos: pronomes adjetivos ou pronomes substantivos. O pri-
meiro é o que acompanha o substantivo; o segundo, substitui. Veja mais uma questão do Cespe:

004. (CESPE) No segmento “isto me obrigaria a escrever outra mensagem para explicar a
mudança”, os pronomes isto e outra compartilham da mesma propriedade de substituir o
nome a que se referem, razão pela qual são classificados gramaticalmente como pronomes
substantivos.
(TEXTO) Acredito que, no momento em que você estiver lendo esta mensagem, meus senti-
mentos a respeito dela e, muitas vezes, em relação a você podem ter mudado e isto me obri-
garia a escrever outra mensagem para explicar a mudança e assim sucessivamente, em uma
troca de correspondência absurda.

É possível perceber pelo texto apresentado que o pronome “isto” refere-se aos sentimentos
que mudaram, sem a necessidade de repetir essa informação. Por isso, ele é um pronome
substantivo, que é usado para substituir. Entretanto, o pronome “outra” acompanha o substan-
tivo “mensagens”, modificando o sentido deste. Logo, classifica-se como pronome adjetivo,
razão pela qual o item é errado.
Errado.

Os numerais também possuem classificação semelhante à dos pronomes. Existem os nu-


merais substantivos e os numerais adjetivos. Veja os exemplos a seguir:

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O numeral “treze” é o próprio substantivo. Portanto, é um numeral substantivo. Já “vinte”


é um numeral que acompanha o substantivo “senhoras”, o que faz dele um numeral adjetivo.

2.4. Grupo do Verbo


Eis o grupo que possui a mais importante classe gramatical para provas de concursos: o
verbo. Segundo Celso Cunha, “é uma palavra de forma variável que exprime o que se passa,
isto é, um acontecimento representado no tempo”. As pessoas, em geral, costumam ter facili-
dade para identificar verbos, pois associam essa classe à possibilidade de conjugação. Veja o
seguinte exemplo:

Um brasileiro, ao ver a palavra “falou”, consegue fazer a seguinte associação: falar, falo,
falas, fala etc. Com isso, ele define que “falou” é um verbo. Situação diferente ocorre com
a palavra “papagaio”. Por não conseguir conjugar esta palavra, a possibilidade de ser verbo
está descartada. É assim que qualquer um de nós pensa, quase intuitivamente, ao se deparar
com verbos!
Para a maior parte das provas de concursos públicos, a importância do verbo não está na
palavra em si, mas no que dele decorre. É por meio do verbo que um candidato será capaz de
produzir as análises sintáticas mais cobradas em provas. O verbo também permite a organi-
zação da oração para se pensar no sistema de pontuação do texto escrito. O verbo define os
limites entre orações, que são o instrumento de estudo do período composto. Do verbo decor-
rem as vozes verbais e parte do estudo do emprego do sinal indicativo de crase. Do verbo se
inicia o estudo de colocação pronominal. Ou seja, reconhecer o verbo é a chave para enfrentar
diversas outras situações exigidas em provas, que serão descritas nos arquivos seguintes des-
te material de estudos.
Do verbo, passamos ao advérbio, que é um modificador do verbo, oferecendo a ele as mais
diversas circunstâncias, como tempo, modo, lugar, finalidade, intensidade, causa etc. É uma
palavra invariável, ou seja, não se flexiona em gênero e número como o adjetivo, por exemplo.
Voltemos ao exemplo (10). Nele, percebemos que o ato de falar foi praticado pelo papagaio
em meio a duas circunstâncias: intensidade (“muito”) e tempo (“durante a noite”). Por isso, pode-
mos afirmar que esses dois termos possuem natureza adverbial no trecho em que se inserem.
A palavra advérbio significa “junto ao verbo”, e, por esse motivo, está no grupo dos verbos.
Mas o que muitas pessoas se esquecem é de que o advérbio também é capaz de modificar
adjetivos ou outros advérbios. Veja os seguintes exemplos:

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Em (11), percebe-se que “apressada” é um adjetivo que caracteriza o substantivo “garota”


(perceba que ambos os vocábulos estão no feminino e no singular, o que denota a concordância
nominal já explicada aqui). Todavia, vale destacar que o redator da frase quis expressar o quão
apressada a garota estava: “bastante”. Como o termo “bastante” funciona como um modifica-
dor do adjetivo, é classificado como advérbio. Em (12), por sua vez, a palavra “longe” indica onde
o ato de morar ocorre; ou seja, “longe” é um advérbio em relação ao verbo “mora”. Mas quem
elaborou a frase quis modificar a percepção de distância de longe, por meio da palavra “meio”.
“Meio” é, portanto, um modificador do advérbio, o que faz dele um advérbio também.

2.5. O Grupo dos Conectores


Nesse grupo, há duas classes gramaticais de funções semelhantes (conectar), mas que
não interagem entre si: preposição e conjunção.
A função da preposição é unir duas palavras, de maneira que a primeira ofereça uma infor-
mação acerca da segunda. Veja os seguintes exemplos:

Em (13), há dois substantivos: “empresas” e “São Paulo”. O segundo oferece uma informa-
ção acerca do primeiro (a origem da empresa). Para que haja uma relação linguisticamente
harmoniosa entre os dois, emprega-se a preposição “de”. Semelhante ocorre em (14), pois há
duas partes: o verbo “confia” e a expressão “seu candidato”. O segundo oferece uma informa-
ção acerca do primeiro (em quem se confia). Para que ocorra essa interação de modo grama-
ticalmente aceitável, emprega-se a preposição “em”.

Como a preposição sempre faz com que a palavra posposta a ela ofereça uma informação
acerca da palavra anteposta, guarde a seguinte informação: toda expressão preposicionada é

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subordinada! Basta você, no texto, identificar a quem ela se subordina. Para melhor entender-
mos isso, Veja uma questão da banca Universa.

005. (UNIVERSA) O termo “de carnaúba” qualifica o termo “chapéu”.


(TEXTO) Disposto estou, coronel, pronto... (baixa os olhos para o chapéu velho de palha de
carnaúba que segura entre os joelhos) pronto, a bem dizer, não estou não.

Vamos, primeiramente, assumir a seguinte afirmação: “de carnaúba” é uma expressão prepo-
sicionada. Como já sabemos, expressões preposicionadas são sempre subordinadas. Mas,
nesse caso, é subordinada a “chapéu”? “De carnaúba” é uma característica do “chapéu”? Não,
querido(a) amigo(a)! “De carnaúba” é uma característica da “palha”. A palha tem sua origem na
carnaúba. Por isso, o item está errado. “Mas, professor, palha também compõe uma expressão
preposicionada!” Concordo, mas veja comigo o funcionamento correto do texto: “de palha de
carnaúba” é uma expressão subordinada, que oferece uma informação acerca de “chapéu”. “De
carnaúba”, por seu turno, é uma expressão preposicionada “dentro” de uma expressão preposi-
cionada. “De carnaúba” é subordinada e oferece informação acerca da palha. Entendeu?
Errado.

Já as conjunções possuem propriedades diferentes. Elas ligam orações ou palavras de


mesma função em um mesmo sintagma. É o que se vê nos exemplos a seguir:
Conjunção

Conjunção

Em (15), há duas orações: “o homem é bom” (a primeira) e “a sociedade o corrompe” (a


segunda). Os verbos estão em destaque porque é por meio deles que se contabiliza a quan-
tidade de orações. Para uni-las, usou-se a palavra “mas”, que é classificada como conjunção
adversativa.
Em (16), os substantivos “Brasil” e “Venezuela” estão conectados por “e”, mas cabe ressal-
tar que o segundo vocábulo não pretende oferecer qualquer informação acerca do primeiro;
portanto, não é possível a classificação de “e” como preposição. Todavia, é possível perceber
que os dois substantivos estão em interação semântica semelhante em relação ao verbo “so-
frem” (o Brasil sofre; a Venezuela, também). Logo, nota-se que “Brasil” e “Venezuela” desem-
penham a mesma função em um mesmo sintagma, o que faz do “e” uma conjunção aditiva.

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2.6. As Locuções – um Subgrupo Especial


As locuções merecem um destaque em nosso estudo, pois elas são frequentemente abor-
dadas em provas de concursos públicos. Elas são definidas como um conjunto de palavras
que equivale a um único vocábulo, que representa uma unidade morfológica. Merecem des-
taque cinco tipos: locuções adjetivas, locuções adverbiais, locuções prepositivas, locuções
conjuntivas e locuções verbais. Veja os exemplos:

EXEMPLOS
Locução Adjetiva
(17) As histórias de terror não me impressionam mais.

Locução Adverbial
(18) Ele saiu às pressas ontem.

Locução Prepositiva
(19) Pedro mora em frente à farmácia.

Locução Conjuntiva
(20) Estou empregado, no entanto ainda estudo.

Locução Verbal
(21) Ele havia preparado o jantar.

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3. Bloco II – A Sintaxe (Parte I)


A partir de agora, vamos nos debruçar sobre o estudo da sintaxe. Enquanto a morfologia
tem a finalidade de analisar as classes de palavras, a sintaxe busca analisar a função e o posi-
cionamento de palavras e expressões em um sintagma. Primeiramente, precisamos saber dois
aspectos: quais são as funções sintáticas da língua portuguesa e a ordem direta da oração.
Veja as funções sintáticas da língua portuguesa, segundo a Nomenclatura Gramatical Bra-
sileira (NGB):

Sujeito Liga-se ao verbo (concordância) Termos essenciais


Predicado O que não é sujeito da oração

Objeto direto Liga-se ao verbo (complemento verbal)

Objeto indireto Liga-se ao verbo (complemento verbal)

Predicativo (do sujeito


Liga-se ao nome Termos integrantes
e do objeto)
da oração
Liga-se ao verbo (só aparece na voz
Agente da passiva
passiva analítica)

Complemento nominal Liga-se ao nome

Adjunto adnominal Liga-se ao nome

Adjunto adverbial Liga-se ao verbo


Termos acessórios
Aposto Liga-se ao nome da oração

Não se liga (não pertence ao sujeito ou


Vocativo
ao predicado)

 Obs.: O predicativo não é exatamente um termo integrante. Ele foi colocado como integrante
neste material por razões didáticas. Assim como o vocativo, que não é considerado
essencial, integrante ou acessório. Todavia, essa divisão é simplesmente conceitual.
Não interfere nos seus estudos para concursos públicos.
 Cabe citar que cada estrutura anteriormente citada possui um vocábulo considerado
núcleo. Todavia, em provas, o núcleo mais explorado é o do sujeito.

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Além disso, cabe destacar que os estudos linguísticos definem a chamada ordem direta,
também conhecida como ordem canônica ou ordem preferencial. Ela estipula como os termos
preferem se ordenar sintaticamente. Em língua portuguesa, a ordem direta é:

O predicativo não é gramaticalmente um complemento verbal. Todavia, como ele costuma


estar na posição em que se situam os complementos, vamos, por razões didáticas, considerar
que o verbo, na ordem direta, possui relação de ligação.
Por fim, três pressupostos são essenciais para entender melhor a sintaxe:
• Frase: qualquer enunciado inteligível que estabeleça comunicação.
• Oração: frase dotada de verbo.
• Período: espaço textual, que vai de uma letra maiúscula até uma pontuação (ponto fi-
nal, ponto de interrogação ou ponto de exclamação). Nesse espaço, podemos encontrar
apenas uma oração (período simples, também conhecido como oração absoluta) ou
mais de uma oração (período composto).

Nesta aula, o objetivo é aprofundarmos nosso conhecimento acerca do sujeito. Existem


razões para isso. Primeiramente, entender o sujeito é o básico e fundamental para se entender
todas as demais interações sintáticas. Ademais, o sujeito e suas relações estão entre os as-
suntos mais cobrados em provas.

3.1. Sintaxe – Sujeito


Conforme exposto anteriormente, sintaticamente o sujeito é o termo que estabelece com
o verbo a relação de concordância verbal. Essa é a definição mais precisa sobre o sujeito.
Noções como “sujeito é o termo que pratica a ação verbal” são consideradas rasas para con-
cursos públicos. Esta se encaixa bem durante as séries iniciais, para que o estudante aprenda,
em alguns contextos, a identificar sujeitos (pois parte significativa dos sujeitos, coincidente-
mente, praticam a ação verbal). Todavia, em nível mais avançado, encontrar o sujeito significa
encontrar o termo com quem o verbo estabelece concordância. Para se identificar o sujeito,
classicamente, duas perguntas podem ser feitas ao verbo: quem ou o que.

EXEMPLOS
(1) A nova colunista do jornal anunciou a tragédia.
(quem anunciou a tragédia?)

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(2) O aumento dos preços dos combustíveis nos postos assustou o brasileiro.
(quem/o que assustou o brasileiro?)

(3) O país sofrerá com a escassez de água potável.


(quem sofrerá?)

(4) Os alimentos não perecíveis serão doados às instituições de caridade.


(quem/o que serão doados?)
(5) É fundamental a criação de uma nova empresa.
(o que é fundamental?)

Como se vê em (5), o sujeito nem sempre vem exatamente no início da oração. A ordem
direta, em língua portuguesa, não significa um ordenamento obrigatório dos termos. É preciso
ter atenção a isso em provas.

Ao identificar o sujeito, é necessário não se fazer economia. Por exemplo, em (1), o sujeito não
é apenas “a nova colunista”. “Do jornal” também o integra, pois é um atributo da colunista.

Elias, e a concordância, como fica?

Por tradição, é correta a afirmação de que o verbo concorda com o sujeito.

006. (CESPE) A forma verbal “são” está no plural porque concorda com “esses indivíduos”.
(TEXTO) “Esses indivíduos, desde a mais tenra infância, são pressionados e oprimidos pela
sociedade”.

Se perguntarmos ao verbo quem são pressionados e oprimidos, o resultado que teremos é a expres-
são “esses indivíduos” que é classificada como sujeito. Como, por tradição, o sujeito concorda com
o verbo, o item é considerado CERTO.
Todavia, no cerne da discussão gramatical, essa concordância vai além. Também é possível afirmar
que o verbo concorda com o núcleo do sujeito. E como identificá-lo?
Em linhas gerais, identificar o núcleo do sujeito significa encontrar os substantivos sem prepo-
sição. Isso ocorre porque o sujeito é uma expressão da língua portuguesa que não pode ser pre-
posicionada. Portanto, ao menos um substantivo no sujeito deve se apresentar sem preposição.
Isso nos garante a identificação do núcleo.

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 Obs.: esse princípio não é válido para sujeitos oracionais (assunto que será abordado em
período composto).

Assim, voltando aos exemplos, sabemos que, em (1), o núcleo do sujeito é “colunista”; em (2),
“aumento”; em (3), “país”; em (4), “alimentos”; em (5), “criação”.
Reitero: é válido afirmar que o verbo concorda com o sujeito ou com o núcleo do sujeito. O seu
cuidado maior deve estar no momento em que você for analisar o texto da questão.
Certo.

007. (CESPE) A forma verbal “traz” está no singular porque concorda com o núcleo de seu
sujeito: “a oferta”.
(TEXTO) A oferta de medicação domiciliar pelas operadoras de planos de saúde traz efeito
positivo aos beneficiários.

Ao perguntar ao verbo quem traz efeito positivo aos beneficiários, obtém-se como resposta “a
oferta de medicação domiciliar pelas operadoras de planos de saúde”. Nesse sujeito, há os se-
guintes substantivos: “oferta”, “medicação”, “operadoras”, “planos” e “saúde”. Todavia, apenas
um deles está sem preposição – “oferta”. A questão afirma que o núcleo é “a oferta”, que não
é verdade. O artigo não integra o núcleo. Por esse motivo, o item é errado.
É preciso estar atento(a)! A banca sabe em que o(a) candidato(a) errará!
Errado.

3.2. Tipos de Sujeito


Além de conhecer o sujeito, as provas também cobram do candidato os tipos de sujeito.
São os seguintes:

EXPRESSOS Simples 1 núcleo


SVC Composto + de 1 núcleo

NÃO EXPRESSOS Elíptico/desinencial/oculto Identificável No texto ou


(S)VC Indeterminado Não identificável no discurso

INEXISTENTE
Oração sem sujeito Verbos impessoais
ØVC

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3.2.1. Sujeitos Expressos

Nos exemplos de 1 a 5, todos os sujeitos são classificados como simples, visto que pos-
suem apenas um núcleo. Vamos a outros exemplos.

EXEMPLOS
(6) Brasil e Argentina disputarão a final do campeonato.
(7) Tanto a ordem quanto o progresso são princípios nacionais.
(8) Desejamos a todos muita paz e saúde.
(9) Mentes tão bem.
(10) O menino estava cansado. Correu até o fim da rua.
(11) Revelaram a verdade sobre Cabral.
(12) Precisa-se de funcionário com experiência.
(13) É importante dirigir tranquilamente.

(6) e (7) são exemplos de sujeitos compostos (Quem disputarão? Brasil e Argentina. Quem
são princípios nacionais? Tanto a ordem quanto o progresso). Vale observar que, apesar de os
núcleos do sujeito serem singulares, os verbos ficam no plural, pois são coordenados aditiva-
mente. Mais a diante, falaremos mais sobre casos de concordância verbal.

008. (CESPE) O emprego da forma verbal “são” na terceira pessoa do plural justifica-se pela
concordância com os núcleos do sujeito da oração: “originalidade” e “capacidade”.
(TEXTO) A originalidade e a capacidade de enxergar o mundo sob diferentes perspectivas são,
sem dúvida, características dos maiores pensadores.

Perceba: quem são características dos maiores pensadores? “A originalidade e a capacidade”,


sujeito composto da oração! Os núcleos são “originalidade” e “capacidade”. Ambos estão no
singular, mas o verbo está no plural porque a concordância se dá com o fato de haver dois nú-
cleos coordenados aditivamente! Por esse motivo, a banca considerou o item certo.
Certo.

3.2.2. Sujeitos Não Expressos

(8), (9) e (10) são exemplos de sujeito elíptico. (11), (12) e (13), sujeitos indeterminados.
Para melhor entender o funcionamento dessas formas de sujeito, precisamos fazer um retorno
ao nosso ensino fundamental para relembrarmos o conceito de pessoas do discurso.
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Pessoas do discurso
Segundo pressupostos linguísticos, em toda situação comunicativa, existem três pessoas do
discurso: quem fala (primeira pessoa), com quem se fala (segunda pessoa) e de quem/
do que se fala (terceira pessoa). A tabela abaixo descreve o funcionamento dessas pessoas:

Pessoas Relação com os PPCR Características

1ª pessoa EU, NÓS Sempre identificável no discurso

2ª pessoa TU, VÓS Sempre identificável no discurso

O singular é sempre identificável


3ª pessoa ELE(A), ELES(AS) no texto. O plural pode ser
identificável no texto.

Em toda situação comunicativa, é necessária a existência de alguém para emitir e alguém para
receber a mensagem. Por isso, 1ª e 2ª pessoas são sempre identificáveis. A terceira do singu-
lar sempre possui um referente textual. Já a terceira do plural possui situação variável, pois o
texto pode ou não a identificar.

Assim, podemos voltar aos exemplos anteriormente apresentados. Em (8), quem deseja?
“Nós”, que não está explícito (se estivesse explícito, seria sujeito simples). Como é primeira
pessoa, considera-se identificável, portanto sujeito elíptico. Em (9), quem mente? “Tu”. Como
é segunda pessoa, considera-se identificável, portanto sujeito elíptico. Em (10), quem correu?
“Ele”, que está implícito, mas é identificável pelo texto, uma vez que se refere a “menino”, que
está no período anterior (atenção: “O menino” é sujeito simples do verbo “estava”, mas NÃO é
sujeito do verbo “correu”, uma vez que esta forma verbal está em um período distinto). Nova-
mente, o sujeito do verbo “correu” é elíptico.

009. (IADES) No período “Foi o primeiro grande palco da cidade.”, para retomar o termo “Con-
cha Acústica do DF”, sem repeti-lo, é correto afirmar que o autor fez uso do(a)
a) sujeito indeterminado.
b) oração sem sujeito.
c) sujeito representado por um pronome pessoal.
d) sujeito composto.
e) sujeito oculto ou desinencial.

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(TEXTO) Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao
lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada por Oscar
Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada pela Terracap à Fundação Cultural de
Brasília (hoje Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. Foi o primeiro grande
palco da cidade.

Pelo texto, é possível perceber que quem foi o primeiro grande palco da cidade foi a “Concha
Acústica”. Mas note que o sujeito não está expresso no último período do texto, todavia é iden-
tificável, uma vez que o verbo “foi”, na terceira pessoa do singular, permite esse entendimento.
A alternativa certa é a letra e.
Letra e.

Em (11), quem revelou? Pela concordância verbal, o resultado é “eles”, que não está expres-
so (se estivesse expresso, o sujeito seria simples). Todavia, a terceira pessoa só é identificável
por referência textual. Como essa referência não existe, dizemos que o sujeito é indeterminado.

010. (CESPE) No trecho “exigiram que ela alisasse o cabelo, afinasse o nariz e mudasse os
traços”, o sujeito da forma verbal “exigiram” é indeterminado.
(TEXTO) A universitária Amanda, de 20 anos de idade, é a primeira negra eleita miss DF. A mo-
delo, que representou o Núcleo Bandeirante, quase desistiu do mundo da moda, pois exigiram
que ela alisasse o cabelo, afinasse o nariz e mudasse os traços. Amanda recusou-se e foi con-
sagrada naquela que seria a última tentativa de ser modelo.

O verbo “exigiram” está na terceira pessoa do plural (eles/elas exigiram) e não é possível iden-
tificar, pela redação, quem praticou o ato de exigir. Configura-se, portanto, um caso de sujeito
indeterminado, o que faz do item certo.
Certo.

Veja o seguinte texto:


Os delatores encontraram uma oportunidade para falar. Revelaram a verdade sobre Cabral.
Perceba que “revelaram” está na terceira pessoa do plural, mas agora o texto permite um refe-
rente: “os delatores”. Nesse caso, o sujeito não é mais indeterminado (até porque foi possível
determiná-lo). O sujeito de “revelaram” agora é elíptico.

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Em (12), temos uma configuração de sujeito indeterminado (verbo na terceira pessoa do


singular + partícula SE, em função de índice de indeterminação do sujeito – IIS). Note que, no
exemplo, há dois substantivos (“funcionário” e “experiência”), mas ambos estão preposicio-
nados. Isso significa que nenhum deles pode ser núcleo do sujeito (e não existe sujeito sem
núcleo). Por isso uma construção desse tipo é considerada indeterminada.

 Obs.: para haver IIS, o verbo deve estar na terceira do singular.

Em (13), nosso último caso de sujeito indeterminado. Antes de mais nada, veja que a ora-
ção possui dois verbos (trata-se de um período composto). Para descobrir o sujeito do primei-
ro, perguntamos o que é importante? A resposta: “dirigir com tranquilidade”, que é um sujeito
oracional (um sujeito em formato de oração. Nesse caso, o núcleo é o verbo). Agora, pergunto:
quem dirige com tranquilidade? Qualquer um! Esse tipo de construção quer dizer que o ato de
dirigir com tranquilidade é importante para qualquer pessoa. O verbo “dirigir” possui sujeito
indeterminado. Esse tipo de verbo também é conhecido como infinitivo impessoal.

Nem todo verbo no infinitivo representa um sujeito indeterminado. Os exemplos a seguir mos-
tram isso. São casos de infinitivos pessoais.

EXEMPLO
Ele comprou um carro para eu dirigir com tranquilidade.

Pergunto: quem vai dirigir com tranquilidade? “Eu”! Sujeito simples!

EXEMPLO
Essa é a hora de a criança dormir.

Pergunto: quem vai dormir? “A criança”! Sujeito simples!


No exemplo anterior, a preposição “de” não pode se fundir com o artigo “a”, para que o sujeito
não fique preposicionado.

3.2.3. Sujeitos Inexistentes

Na língua portuguesa, existem alguns verbos que, conforme a norma padrão, não admitem
que a posição sintática de sujeito seja ocupada. Esses verbos são conhecidos como impes-
soais. Como eles não admitem sujeito, só podem ficar no singular, uma vez que não há com o
que concordar. Esse tipo de construção é conhecido como oração sem sujeito ou sujeito

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inexistente. Veja no quadro a seguir que verbos são esses (os que são frequentemente cobra-
dos em provas).

Fenômenos da natureza O verbo sozinho indica um fenômeno natural.

1. Com sentido de “existir”, “ocorrer” ou “acontecer”;


HAVER
2. Com a indicação de tempo transcorrido

FAZER Com a indicação de tempo transcorrido

Vamos analisar os exemplos:

EXEMPLOS
(14) Choveu muito durante a madrugada.
(15) Havia árvores espalhadas pela estrada.
(16) Há dez anos, comecei meus estudos.
(17) Faz dois meses que não como carne.

Em (14), o verbo “chover” não admite qualquer sujeito. É o exemplo mais clássico de ora-
ção sem sujeito.

EXEMPLO
Choveram críticas ao professor.

Nesse caso, o verbo NÃO é impessoal. Veja até que está no plural, concordando com “críticas”,
que é o núcleo do sujeito.

EXEMPLO
Choveu granizo durante a noite.

Conforme está apresentado, um verbo que indica fenômeno da natureza só é considerado im-
pessoal quando, SOZINHO, revela o fenômeno. Na oração, o sujeito é “granizo” (o que choveu).
O fenômeno natural está descrito pelo verbo e pelo substantivo, e não apenas pelo verbo!
Isso não é muito importante para provas, mas costuma ser dúvida de muitos alunos.

Em (15), o verbo “haver” está empregado em sentido de “existir”. Também é considerado


impessoal.

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011. (CESPE) A forma verbal “existem” poderia ser corretamente substituída por hão, já que
haver é sinônimo de existir.
(TEXTO) Não existem dúvidas de que lhe diziam que determinado amante tramava contra ele
ou que outro desviava o dinheiro público, mas ele sempre fazia o que a mulher lhe pedia e logo
se livrava daqueles homens.

Não se pode esquecer que o verbo “haver” – com o sentido de “existir” – por ser impessoal,
jamais pode estar no plural. E a questão faz justamente essa sugestão. Por isso, o item é con-
siderado errado.
Errado.

O verbo “haver” é impessoal, mas o verbo “existir” é pessoal. Isso significa dizer que este,
ao contrário daquele, possui sujeito e concordância! Caso, no exemplo (15), houvesse a subs-
tituição dos verbos, o correto seria existiam árvores espalhadas pela estrada.

012. (CESPE) A forma verbal “há” poderia ser corretamente substituída por existem.
(TEXTO) Atualmente, há duas Américas Latinas. A primeira conta com um bloco de países –
incluindo Brasil, Argentina.

Sugere-se a substituição de “haver” por “existir”. O verbo “haver” é impessoal, mas “existir”
é pessoal. Isso significa dizer que, com essa substituição, a frase passará a ter um sujeito.
E pergunto: o que atualmente existe? “Duas Américas Latinas”. Por esse motivo, o correto é
existem, e o item é certo.
Certo.

Outra dúvida de muitos alunos: “professor, já que ‘duas Américas Latinas’ é sujeito com o
verbo ‘existir’, então o que a mesma expressão é para o verbo ‘haver’?” A tradição gramatical
defende que, com “haver”, “duas Américas Latinas” é o objeto direto. De coração, isso raramen-
te aparece em provas. Dê mais atenção às substituições de um verbo por outro.
Em (16) e (17), “haver” e “fazer” indicam um tempo que se passou. Também são conside-
rados impessoais e, por isso, devem ficar no singular.

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013. (IADES) Outra redação possível para a oração “há 86 anos” seria fazem 86 anos.

Pretende-se trocar “haver” por “fazer” em uma oração que pretende indicar que 86 anos se pas-
saram. Ambos os verbos, com o sentido de indicar tempo transcorrido, são impessoais, motivo
pelo qual só podem ser empregados no singular. Isso torna o item errado.
Errado.

 Obs.: Não confunda TEMPO TRANSCORRIDO com PRETÉRITO. Em 16 e 17, ambos os verbos
estão no presente, mas conseguem indicar que algum tempo se passou (e há uma indi-
cação de tempo explícita após cada um dos verbos). Em 15, o verbo “havia” está no
pretérito imperfeito e indica, sozinho, um evento do passado.

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Nem sempre o verbo “haver” é impessoal. Quando esse é verbo auxiliar em uma locução ver-
bal, é classificado como verbo pessoal, com sujeito e concordância. Primeiramente, vamos
entender uma locução verbal, na ilustração a seguir:

Analise a seguinte construção:

EXEMPLO
O presidente havia decretado dias de luto.

É um caso em que o verbo “haver” é auxiliar em uma locução verbal. Nesse caso, existe um
sujeito (“o presidente”). Se este for colocado no plural, o resultado é

EXEMPLO
Os presidentes haviam decretado dias de luto.

Agora, eu te pergunto: qual das duas construções abaixo está correta?

EXEMPLOS
Deve haver novos tratados de paz no mundo.
Devem haver novos tratados de paz no mundo.

Antes de mais nada, vamos fazer algumas considerações: 1) “haver” está no sentido de “exis-
tir”; 2) “haver” não é mais auxiliar, e sim principal.
Nesse caso, considera-se que a locução é impessoal. Logo, não possui sujeito. Por isso, deve
ficar no singular. A opção correta é a primeira.
Agora, ao se trocar o verbo “haver” por “existir”, o correto é devem existir novos tratados de paz
no mundo, pois o verbo “existir” é pessoal.

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3.3. Concordâncias Verbais Especiais


Aproveito que estamos no assunto “sujeito” para apresentar a você alguns casos especiais
de concordância verbal que são muito, muito frequentes em provas de concursos públicos. O
meu objetivo é que você saiba tudo de sujeito. Então, vamos lá!
Núcleos partitivos (metade, maioria, maior parte, minoria, frações ou porcentagens): a con-
cordância pode ser feita com o núcleo ou com o núcleo do termo que determina o núcleo.

EXEMPLOS
A maioria dos jogadores chegou.
A maioria dos jogadores chegaram.

 Obs.: se a oração fosse “A maioria do time chegou”, o verbo só poderia ficar no singular, pois
“maioria” e “time” são singulares.

EXEMPLOS
1/3 dos brasileiros sabe a verdade. (concordância sempre com o numerador.)
1/3 dos brasileiros sabem a verdade.
1,8% das empresárias fala chinês. (só é plural do 2 em diante.)
1,8% das empresárias falam chinês.

 Obs.: se, antes do numeral, vier um determinante (um artigo ou pronome), o verbo só pode
concordar com o numeral.

EXEMPLO
Os 1,8% dos italianos come mal.

Mais de um, cerca de: a concordância é sempre feita com o numeral.

EXEMPLOS
Mais de um brasileiro foi encontrado.
Mais de cinco Brasileiros foram encontrados.
Cerca de doze pessoas seguiam o profeta.

Sujeito com “cada” ou “nenhum”: verbo sempre no singular.

EXEMPLOS
“Cada um de nós compõe a sua história.”
“Nenhum deles veio.”

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Sujeito composto unido por conjunção aditiva: se estiver anteposto, o verbo deverá ficar no
plural. Se estiver posposto, o verbo pode estar no plural (concordância genérica) ou concordar
com o termo mais próximo (concordância atrativa).

EXEMPLOS
O homem e a mulher batalham por melhorias. (Concordância com os dois núcleos)
Batalham por melhorias o homem e a mulher. (Concordância com os dois núcleos)

Lembrando: esses são alguns casos especiais de concordância verbal. Inevitavelmente,


voltaremos nessa discussão em unidades futuras!

4. Bloco III – Sintaxe (Parte II)


No bloco anterior, iniciamos nossos estudos de sintaxe por uma parte necessária a qual-
quer prova: o sujeito. Ele é importante por dois motivos. Primeiramente, por estar presente
em todas provas. Além disso, segundo teorias linguísticas, só após compreender o sujeito,
um indivíduo está apto a entender outras estruturas sintáticas. Em outras palavras, o sujeito é
pré-requisito para o resto. Partindo do pressuposto de que você, atentamente, estudou o bloco
anterior, podemos ir adiante!
O foco, agora, está em complementos verbais e adjuntos adverbiais. Essas estruturas per-
tencem ao predicado e geram alguma confusão nos estudos dos alunos. Antes de irmos direto
ao assunto, coloque uma informação em sua cabeça: adjunto adverbial NÃO É um comple-
mento verbal. Isso será fundamental para que você não se confunda! Parece muito pouco, mas
repita isso para si até que você se convença (nem que seja na marra... kkk)!
Vale sempre, claro, relembrar um esquema apresentado anteriormente:

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4.1. Os Complementos Verbais


Segundo a tradição gramatical, os complementos verbais por excelência são o objeto di-
reto e o objeto indireto. A diferença elementar entre eles: aquele não possui preposição, ao
passo que este é sempre preposicionado. A ideia desses complementos é receber a noção
transmitida pelo verbo. Melhor: a noção verbal vem do sujeito e recai sobre o complemento.
Veja alguns exemplos:

EXEMPLOS
(1) O gerente contratou aqueles novos funcionários.
(2) As crianças gostam de atitudes amorosas.

Em (1), note: a noção de contratar parte de “o gerente” (sujeito). Alguém recebe essa no-
ção – “aqueles novos funcionários” (objeto direto). Já em (2), a noção de gostar parte de “as
crianças” (sujeito). Essa noção recai sobre aquilo de que gostam as crianças – “de atitudes
amorosas” (objeto indireto). Por outro ângulo, quem contrata, contrata algo ou alguém; quem
gosta, gosta de algo ou de alguém.
Mais um exemplo:

EXEMPLO
(3) O deputado doou todos os recursos arrecadados a instituições de caridade.

Em (3), a noção de doar parte de “o deputado” (sujeito). Essa noção recai sobre “todos os
recursos arrecadados” (objeto direto) e sobre “a instituições de caridade” (objeto indireto).
Nem os recursos nem as instituições geram a noção de doar. Aliás, os recursos são doados, e
as instituições recebem o que foi doado. Por outro ângulo, quem doa, doa algo a alguém.

Não viaje! O “a” antes de “instituições” é apenas preposição! O artigo não foi empregado na sen-
tença anteriormente apresentada! E lembre-se: preposições não concordam com substantivos.

A complementação verbal nos traz uma nova percepção: a transitividade verbal. O verbo rege
o complemento, e o complemento é regido pelo verbo. E essa relação define a transitividade.

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A partir disso, podemos definir que o verbo de 1 é verbo transitivo direto (VTD); de 2, verbo
transitivo indireto (VTI); e de 3, verbo transitivo direto e indireto (VTDI).
Coloque uma informação na sua cabeça concurseira: quem define a transitividade verbal
é a presença do objeto! Um verbo não nasce transitivo. Na verdade, ele se torna transitivo, a
partir da presença do objeto. Venha comigo aos exemplos a seguir, derivados do 3:

EXEMPLOS
(4) O deputado doou todos os recursos arrecadados.
(5) O deputado doou a instituições de caridade.

A oração 4 apresenta apenas o que foi doado. Logo, o verbo é apenas transitivo direto. Já
em 5, está presente apenas a quem foi doado. Logo, o verbo é apenas transitivo indireto. Isso
ratifica o que disse anteriormente: o verbo se torna transitivo pela presença do complemento.

É loucura querer decorar todas as transitividades verbais, ainda mais agora que você percebeu
que um mesmo verbo pode ter transitividade variável, a depender do complemento. Quem es-
tuda para concursos deve ENTENDER a transitividade verbal e DECORAR apenas os verbos de
regência especial (que são comumente cobrados em prova). Mais a diante, você saberá que
verbos são esses!

014. (CESPE) Estive fazendo um levantamento de todas as mensagens que me enviaram pela
Internet e observei como elas mudaram a minha vida. Primeiro, deixei de ir a bares e boates
por medo de me envolver com alguém ligado a alguma quadrilha de ladrões de órgãos, com
terror de que me roubem as córneas, arranquem-me os dois rins, ou até mesmo esperma,
deixando-me estirado dentro de uma banheira cheia de gelo com uma mensagem: “Chame a
emergência ou morrerá”. Em seguida, deixei também de ir ao cinema, com medo de sentar-me
em uma poltrona com seringa infectada com o vírus da AIDS.
Depois, parei de atender o telefone para evitar que me pedissem para digitar *9 e minha
linha ser clonada e eu ter de pagar uma conta astronômica. Acabei dando o meu celular por-
que iriam me presentear com um modelo mais novo, de outra marca, o que nunca aconteceu.

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Então, tive de comprar outro, mas o abandonei em um canto com medo de que as micro-ondas
me dessem câncer no cérebro.
Deixei de ter relações sexuais por medo de comprar preservativos furados que me
contagiem com alguma doença venérea. Aproveitei e abandonei o hábito de tomar qualquer
coisa em lata para não morrer devido aos resíduos infectados pela urina de rato.
Deixei de ir aos shoppings com medo de que sequestrem a minha mulher e a obriguem
a gastar todos os limites do cartão de crédito ou coloquem alguém morto no porta-malas do
automóvel dela.
Fiquei praticamente arruinado financeiramente por comprar todos os antivírus existen-
tes para evitar que a maldita rã da Budweiser invadisse o meu micro ou que os Teletubbies se
apoderassem do meu protetor de tela.
Quis fazer o meu testamento e entregá-lo ao meu advogado para doar os meus bens
para a instituição beneficente que recebe um centavo de dólar por pessoa que anota seu nome
na corrente pela luta da independência das mulheres no Paquistão, mas não pude entregar
porque tive medo de passar a língua sobre a cola na borda do envelope e contaminar-me com
as baratas ali incubadas, segundo me haviam me informado por e-mail.

Exercem a função de complemento direto das formas verbais a elas relacionadas as seguintes
expressões: “um levantamento”, “alguém morto”, “todos os antivírus existentes” e “a língua”.

A primeira questão quer avaliar o seu conhecimento sobre complementos verbais (todos des-
tacados no texto). No primeiro caso, a noção de fazer recai sobre algo feito – “um levantamen-
to” (quem faz, faz algo). No segundo, há a noção de colocar e o que foi colocado – “alguém
morto” (quem coloca, coloca algo). No terceiro, há a noção de comprar e o que foi comprado
– “todos os antivírus existentes” (quem compra, compra algo). Por fim, há a noção de passar
e o que é passado – “a língua” (quem passa, passa algo). Constatamos, assim, que todas as
estruturas destacadas desempenham a função de complemento direto dos verbos a que se
ligam, motivo pelo qual a questão está certa.
Certo.

015. (CESPE) Nos trechos “Chame a emergência”, “pagar uma conta astronômica”, “dessem
câncer” e “comprar preservativos”, as formas verbais não são intransitivas.

No primeiro caso, há a noção de chamar e o que é chamado; no segundo, a noção de pagar e o


que é pago; no terceiro, a noção de dar e o que é dado; no quarto, a noção de comprar e o que é
comprado. Todos os verbos são VTD, pois estão acompanhados de seus respectivos comple-

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mentos diretos. Então o item está certo, pois o examinador afirma que as formas verbais não
são intransitivas.
Certo.

016. (IBFC) Considerando o verso “não via o trem”, avalie as afirmações que seguem.
I – O verbo é intransitivo.
II – Na oração, “o trem” exerce a função de objeto direto.
Está correto o que se afirma em:
a) somente I
b) somente II
c) I e II
d) nenhuma

Primeiramente, vamos analisar a oração: há a noção de ver e o que é visto – “o trem”. Logo, o
verbo é VTD e “o trem” é OD. Se o verbo “transitou”, não podemos tomá-lo como intransitivo,
o que torna a primeira afirmativa errada. Pelo que já expus, a segunda afirmativa está certa.
Então, o gabarito é a letra b.
Letra d.

4.2. O Predicativo e o Verbo de Ligação


Querido(a), depois de falarmos sobre os complementos verbais, vamos a outra possibili-
dade sintática:

EXEMPLO
(6) O presidente estava desolado.

Primeiramente, quero que você dê atenção ao verbo “estava”. Você se lembra o que apren-
deu sobre verbos ainda no primário? Não?

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ADENDO: O QUE É UM VERBO?


Você, quando pequeno, aprendeu o seguinte: verbo é uma palavra que serve para indicar
ação, estado ou fenômeno da natureza. Essa é, realmente, uma noção extremamente pri-
mária, mas que vai nos ser de grande valia. Vamos separar os verbos nessas três catego-
rias, da última para a primeira (por motivos didáticos):

O que eles
Classificação Principais verbos podem ser
sintaticamente

Chover, nevar, amanhecer, trovejar,


Fenômenos da natureza VI
anoitecer, ventar, raiar.

Ser, estar, permanecer, ficar,


Estado continuar, parecer, andar, tornar- VL – ou VI
se, virar.

Ação O resto VTD, VTI, VTDI, VI

Por que isso, professor?

A ideia é fazer com que você exclua possibilidades! No exemplo 6, ao ver um verbo de esta-
do, você já deve pensar “sintaticamente, ele não pode ser VTD, VTI, VTDI ou VI”, sacou?

Obs.: 1: nem todo verbo de estado é verbo de ligação. Falaremos mais sobre isso adiante.
 2: tenha bom senso! Compare o par de orações abaixo:

EXEMPLOS
Ele anda preocupado.
Ele anda rapidamente.

Você, é claro, sabe que os dois verbos acima são diferentes! O primeiro, indica estado de
preocupação. O segundo diz respeito ao ato de caminhar. O mesmo vale para “virar”.

EXEMPLOS
Ele virou professor.
Ele virou a página.

No primeiro caso, o verbo indica o que ele se tornou. No segundo, o ato de passar uma página.

 Obs.: 3: Acima, estão listados os principais, e não todos. Além disso, quando escrevo “o
resto” para os de ação é porque esse grupo se divide em ação, existência, processo,
volição, necessidade etc. Por isso chamei de “resto”. A ideia é que você, a partir de
agora, pense assim: se não é fenômeno da natureza, se não é estado, então é ação”.
Pegou o espírito?
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Voltemos, então, ao exemplo (6). O sujeito do verbo “estava” é “o presidente”. Observe que
“desolado” é uma característica atribuída ao presidente. O verbo predicar possui, em sua origem
latina, o sentido de atribuir algo a alguém, elogiar, louvar. Assim sendo, podemos afirmar que
“desolado” é um atributo dado ao presidente. Em outras palavras, “desolado” predica o presiden-
te. Por isso, “desolado” é o predicativo do sujeito. O verbo “estava” possui a mera finalidade de
conectar o sujeito ao seu atributo. Por esse motivo, nós o chamamos de verbo de ligação.

Obs.:
 em língua portuguesa, somente verbos de estado podem ser verbos de ligação!

O predicativo não é realmente um complemento verbal, uma vez que ele não se liga ao ver-
bo. Mas, por razões didáticas, costumamos o chamar de complemento, apenas pela sua posi-
ção posposta ao verbo na ordem direta da oração. Além disso, não existe predicativo do sujeito
apenas com verbos de ligação (veremos isso mais adiante, em “configurações oracionais”).
Agora, uma afirmação eu te garanto: só existe verbo de ligação com predicativo do sujeito.

4.3. O Verbo Intransitivo


A grosso modo, para melhor iniciar nossa conversa, podemos afirmar que o verbo intran-
sitivo é aquele que não transita ou liga. São os verbos que indicam fenômenos da natureza,
os de ação que não possuem complementos verbais ou os de estado que não ligam sujeitos
a predicativos. A melhor forma de entender um verbo intransitivo é comparando sentenças e
excluindo possibilidades. Veja:

EXEMPLOS
(7) Ele bebe leite.
(8) Ele bebe muito.
(9) Ele bebe aos domingos.

Nas três opções o verbo e o sujeito são os mesmos (verbo de ação). Em (7), a ação de
beber recai sobre algo bebido, ou melhor: quem bebe, bebe algo (“leite”). Assim, podemos
afirmar que o verbo é VTD e “leite” é OD. O mesmo não acontece em (8) e (9). A ação de beber
não recai sobre algo bebido. Logo, os verbos desses dois exemplos são intransitivos. Toda
transitividade verbal depende de complemento explícito.

Então, professor Elias, qual é a classificação sintática de “muito” e de “aos domingos”?”

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Ambos se referem ao verbo. O primeiro indica a intensidade com que se bebe; o segundo,
quando se bebe. Morfologicamente, “muito” é advérbio; “aos domingos”, uma locução adver-
bial. Ambos, sintaticamente, são adjuntos adverbiais.
Vamos ver outra comparação:

EXEMPLOS
(10) O deputado estava eufórico.
(11) O deputado estava em Campinas.

Nas duas orações, o verbo e o sujeito são os mesmos (verbo de estado). Em (10), “eufórico”
é uma característica do sujeito; portanto, predicativo do sujeito (e o verbo é de ligação). O mes-
mo não ocorre em (11). “Em Campinas” não é característica do sujeito, mas uma informação
acerca do verbo (onde estava). Morfologicamente, “em Campinas” é uma locução adverbial;
sintaticamente, um adjunto adverbial. O verbo “estava”, em (11), é intransitivo.
Alguns comentários são válidos:
• Verbo intransitivo não é, nunca foi e nunca será o verbo de sentido completo. Alguns po-
dem ter sentido independentemente de qualquer outra estrutura sintática (como ocorre
com os verbos que indicam fenômenos da natureza).
• Um adjunto adverbial não é, nunca foi e nunca será um complemento verbal.
• Nem sempre haverá um adjunto adverbial com verbos intransitivos. Veja os exemplos:

EXEMPLOS
(12) Jesus nasceu!
(13) Jesus nasceu em Belém!

Em ambas, o verbo empregado é intransitivo. A diferença é apenas que, em (13), há onde o


ato de nascer ocorreu. Ou seja, “em Belém” é um adjunto adverbial.
Dessa forma, podemos ter uma ilustração de esquemas oracionais:

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Mas, professor, então o que é um adjunto adverbial?

Falaremos acerca disso na próxima seção!

4.4. Os Adjuntos Adverbiais


O conhecimento sobre o que é um advérbio e uma locução adverbial é fundamental, pois
ambos são classificados sintaticamente como adjuntos adverbiais. Se você entende como fa-
zer essa classificação morfológica, também saberá fazer a sintática! Até a classificação dos
adjuntos adverbiais segue critério semântico usado com advérbios e locuções adverbiais. Veja:

Sujeito verbo intransitivo adjunto adverbial Classificação do a. adv.

Ele bebe muito. intensidade

aos domingos. tempo

socialmente. modo

no bar. lugar

com o copo. instrumento

com os amigos. companhia

apesar da doença. concessão

para esquecer os
finalidade
problemas.*

porque a mulher o
causa
deixou.*

 Obs.: os dois últimos casos possuem verbos. São conhecidos como adjuntos adver-
biais oracionais, ou orações subordinadas adverbiais, conforme veremos em perío-
do composto.

Cabe ressaltar que o adjunto adverbial não aparece apenas em estruturas dotadas de ver-
bos intransitivos. Veja:

EXEMPLOS
(14) Ele bebe leite aos domingos.
(15) O deputado estava eufórico em Campinas.

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Alguns verbos da língua portuguesa causam tremenda confusão em análises sintáticas. São
verbos locativos (relacionados a lugares), como chegar, ir voltar, partir, morar, residir etc. Eles
parecem verbos transitivos diretos, mas, na verdade, são intransitivos. Vejamos abaixo:

EXEMPLOS
Ele mora em Brasília.
Ele vai ao Rio de Janeiro.
Ele voltou de Paris.

Para a NGB, os verbos acima são intransitivos. As expressões destacadas são adjuntos adver-
biais de lugar. Jamais se confunda com isso! Isso já foi cobrado em provas!

017. (FUNCAB) Na oração “E para mim, que moro em Manhattan, aquela ilha apertada [...] deve
ser como pousar NA LUA”, a função sintática do termo destacado é:
a) complemento nominal.
b) objeto indireto.
c) objeto direto.
d) aposto.
e) adjunto adverbial.

A alternativa considerada certa foi a letra e, uma vez que o verbo pousar é locativo! Cuidado!
Letra e.

5. Configurações Oracionais
Amigo(a), por fim, seria legal simularmos algumas possibilidades de configurações ora-
cionais. Isso os ajudará a entender, com maior clareza, o funcionamento da sintaxe da oração.

O predicado
Conforme já discutimos, o predicado é o que sobra do sujeito. O predicado, assim como o
sujeito, possui núcleo. O núcleo do predicado pode ser um verbo (VTD, VTI, VTDI ou VI) ou um
predicativo (do sujeito ou do objeto). Note que o VL não é considerado núcleo.

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5.1. Configuração 1 – Predicados Verbais


Os predicados verbais são aqueles cujo núcleo é o próprio verbo. Para que um verbo seja
núcleo, é necessário que ele seja VTD, VTI, VTDI ou VI, conforme observaremos a seguir:

5.2. Configuração 2 – Predicados Nominais


Em predicados nominais, o núcleo é o predicativo do sujeito. Nesse caso, a frase deve ter
um verbo de ligação.

PREDICADO NOMINAL

PREDICADO NOMINAL

Segundo nossos estudos, o verbo de estado pode ser de ligação ou intransitivo. Na oração

EXEMPLO
As atletas permaneceram em Londres.

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O verbo “permaneceram” não pode ser de ligação, uma vez que não há predicativo do sujeito.
O referido verbo é classificado como intransitivo. Por esse motivo, o predicado dessa ora-
ção é verbal.

5.3. Configuração 3 – Predicados Verbo-Nominais


Os predicados verbo-nominais são dotados de dois núcleos: um verbal (todos os verbos,
exceto VL) e um nominal (predicativo do sujeito ou do objeto). Veja:

 Obs.: 1: “revoltados” (24) e “tristes” (25) não podem ser advérbios, pois estão em concordân-
cia com “servidores” e “filhos”, respectivamente. Lembre-se: o advérbio é invariável.
 2: Mais a diante, falaremos, com muito carinho, sobre o predicativo do objeto, para
que você não o confunda com um adjunto adnominal. Por enquanto, guarde a seguin-
te informação: o predicativo do objeto é uma característica que o sujeito atribui ao
objeto. No exemplo (26), “culpado” foi atribuído pelo “juiz” ao “réu”.

6. Bloco IV – Sintaxe (Parte III)


Nos blocos anteriores, falamos sobre morfologia, sujeito, complementos verbais e adjun-
tos adverbiais. Peço, por gentileza, que você analise comigo a seguinte oração:

EXEMPLO
(1) A Garota estudiosa encontrou apostilas velhas.

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Primeiramente, faça a classificação morfológica da sentença. O resultado é:

Em seguida, vamos à análise sintática que dominamos até este ponto da matéria:

Sabemos que tanto o sujeito quanto o objeto possuem núcleos (“garota” = núcleo do su-
jeito/”apostilas” = núcleo do objeto direto). Então, surge um questionamento: qual é a classifi-
cação sintática do artigo “a”, do adjetivo “estudiosa e do adjetivo “velhas? Todos esses termos
estão ligados ao nome, e são estruturas internas ao sujeito e ao objeto.
Veja outra construção:

EXEMPLO
(2) O desejo da mãe é a reforma da casa.

Vamos seguir os mesmos passos. Inicialmente, a classificação morfológica:

Agora, a análise sintática de acordo com o que conhecemos até agora:

Do mesmo modo como ocorreu na oração (1), sabemos que sujeito e predicativo do sujeito
possuem núcleos (“desejo” e “reforma”, respectivamente). Ambos são substantivos. Novamen-
te, uma pergunta nos vem à mente: qual é a classificação sintática do artigo “o”, da locução “da
mãe”, do artigo “a” e da locução “da casa”?
Conforme você acabou de perceber, nosso questionamento agora está centrado em saber
qual é a classificação sintática dos termos que se ligam a nomes. Esses termos são internos
a diversas estruturas sintáticas (estão dentro de sujeitos, objetos, predicativos, adjuntos). E é
sobre esse assunto que falaremos a partir de AGORA!
Para iniciarmos, vamos verificar uma questão do Cespe.

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018. (CESPE/2013)
Quem pode escapar ileso
Do medo e do desatino
Quem viu o pavio aceso do destino?
Os termos “Do medo”, “do desatino” e “do destino” exercem a mesma função sintática.

Existe uma forma de, sem tanta nomenclatura gramatical, resolver a questão. Note que “do
medo” e “do desatino” são expressões que estão ligadas ao verbo “escapar”; em contrapartida,
“do destino” não se liga ao verbo “viu”, mas ao substantivo “pavio”. Ora, se as duas primeiras
expressões se ligam a verbo e a terceira a um substantivo, podemos deduzir que elas não
podem possuir a mesma função sintática, motivo pelo qual o item está errado. Você também
poderia adotar outro caminho: “do medo” e “do desatino” são objetos indiretos, ao passo que
“do destino” é um adjunto adnominal.
Vale fazer um comentário: são poucas as bancas que cobram os termos ligados a nomes em
provas de concursos públicos. Todavia, conhecê-los, além de ser um diferencial, é fundamen-
tal para a compreensão de outras questões mais complexas da língua. Conhecer um adjunto
adnominal colabora para o entendimento de uma oração subordinada adjetiva. Conhecer um
complemento nominal colabora para o entendimento de uma oração subordinada substanti-
va completiva nominal. Esses são só alguns exemplos da importância dos termos ligados a
substantivos.
Errado.

6.1. Termos Ligados a Nomes


Para facilitar nosso estudo, no início, trabalharemos apenas com frases (e não com ora-
ções). Quero que você se concentre apenas no substantivo e nas estruturas ligadas a ele.
Posteriormente, elevaremos o nível da discussão, inserindo essas simples frases em ora-
ções, tudo bem?
Veja os seguintes exemplos:

EXEMPLOS
(3) O professor sábio.
(4) A escritora talentosa.
(5) As médicas responsáveis.

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Morfologicamente, nas três frases, encontramos constituições semelhantes (artigo +


substantivo + adjetivo). Sintaticamente, os substantivos são classificados como núcleos de
cada uma das frases. Já os artigos e adjetivos são termos que se referem ao substantivo, que
estão próximos ao substantivo, inseridos em uma mesma estrutura sintagmática. Por estarem
juntos ao nome, recebem a classificação de adjunto adnominal. Veja a descrição:

O que é um sintagma?
Sintagma nada mais é do que uma estrutura organizada de elementos linguísticos (fonemas,
letras, palavras etc.). Sempre que combinamos elementos linguísticos a fim de formar uma
estrutura inteligível, formamos um sintagma. Toda palavra é um sintagma (combinação orga-
nizada de letras). Toda frase é um sintagma (combinação organizada de palavras).

Essa classificação de adjunto adnominal também vale para outras classes morfológicas
que são subordinadas a substantivos (você se lembra do “grupo dos nomes”, lá no PDF de
morfologia?). Vejamos:

EXEMPLOS
(6) Essas duas meninas brincalhonas.
(7) Os meus doze anos inesquecíveis.
(8) Algumas mulheres negras.

Agora, inseri, em cada sintagma, pronomes adjetivos e numerais. Como essas classifica-
ções sintáticas são subordinadas a substantivos (e estão junto dele), sintaticamente também
são adjuntos adnominais. A classificação de cada uma das orações ficaria assim:

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Vamos avançar um pouco mais: e se, dentro do sintagma, houver preposição?

EXEMPLOS
(9) As mesas de vidro.
(10) O galpão de milho.
(11) Aquela porta do consultório.

Primeiramente, vamos relembrar como ficam as classificações morfológicas:

Note que, agora, há três locuções adjetivas (“de vidro”, “de milho” e “do consultório”). Sinta-
ticamente, elas são classificadas também como adjuntos adnominais. Agora, a classificação
sintática não recaiu sobre cada uma das palavras da locução, mas sobre a locução inteira.

 Obs.: reposições, conjunções e interjeições (que são classes morfológicas) não possuem
p
classificação sintática! Isso é o que justifica o que aconteceu na análise anterior!

E o mesmo princípio também é válido quando há uma sequência de termos preposicio-


nados! Veja:

EXEMPLO
(12) A mãe do garoto de Amsterdã.

Note que, na construção, há três substantivos – “mãe”, “garoto” e “Amsterdã”. Não estamos
falando de uma mãe qualquer, nem de um garoto qualquer. Há uma locução adjetiva que se
refere à mãe, e, interna a ela, há outra locução adjetiva que se refere ao garoto. A classificação
ficaria assim:

Essa prática de “encaixar” termos uns nos outros é característica de todas as línguas do
mundo. Tal fenômeno é chamado de recursividade. Teoricamente, a língua nos permite um
encadeamento infinito de estruturas subordinadas. Nós só não nos valemos disso porque a
compreensão textual ficaria comprometida. Por isso, em redações, recomenda-se a produção
de períodos mais curtos. Períodos longos possuem recursividade em excesso, o que prejudica
o entendimento de quem lê.
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Mas tenho certeza de que você, até esse momento, está pensando: “caramba, profes-
sor, mas que assunto fácil! Basta observar o que está junto ao nome e chamar de adjunto
adnominal”!
Eu até que gostaria de dizer a você que é só isso, apenas para te deixar feliz, mas, como seu
professor, tenho que te dizer que estamos apenas começando! Eu preciso mesmo que você
tenha entendido tudo o que apresentei anteriormente, pois, de agora em diante, nosso estudo
ficará mais complexo. Todavia, não perca o ânimo! Tenho certeza de que você entenderá tudo,
até o final!

Elias, estou tendo dificuldade para diferenciar um adjunto adnominal de um predicativo do


sujeito. Qual é a diferença?

O adjunto adnominal é um termo que se refere ao substantivo, estando junto a ele, integrando
um mesmo sintagma. Já o predicativo do sujeito se refere ao substantivo, mas está em um
sintagma separado, distinto. Veja:

EXEMPLOS
A engenheira estudiosa trabalha bastante.
A engenheira é estudiosa.

Nas duas construções, o substantivo “engenheira” é caracterizado pelo adjetivo “estudiosa”.


Entretanto, este possui funções diferentes em cada uma das orações. Na primeira, tanto “en-
genheira” quanto “estudiosa” integram o sujeito do verbo “trabalha”. Em outras palavras, “estu-
diosa” está junto ao nome “engenheira”. Podemos afirmar, portanto, que, no primeiro exemplo,
estudiosa é um adjunto adnominal. No segundo exemplo, “estudiosa” é uma característica que
se refere ao sujeito, mas que não integra o sujeito. Ou seja: “estudiosa” não está junto ao nome
“engenheira”. Por isso, “estudiosa”, na segunda construção, não é um adjunto adnominal, mas
um predicativo do sujeito.

Agora, gostaria que você comparasse comigo os dois exemplos a seguir:

EXEMPLOS
(13) O atendimento do psicólogo.
(14) O atendimento de menores.

Observe que, morfologicamente, as duas frases possuem estruturas semelhantes (artigo


+ substantivo + preposição [ou preposição com artigo] + substantivo). Nas duas, o núcleo é

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“atendimento”. Mas é agora que vem a informação mais impressionante: “do psicólogo” e “de
menores” não possuem a mesma classificação sintática! A estrutura morfológica é idêntica,
mas sintaxe é diferente! Quer saber que diferença é essa? Acompanhe-me!

7. Adjunto Adnominal X Complemento Nominal


Considere os exemplos:

EXEMPLOS
(15) A mulher honesta.
(16) O amor selvagem.
(17) A bola de couro.
(18) A doação de mantimentos.
(19) A doação do prefeito.

Agora, eu te pergunto: qual é a classificação sintática dos termos sublinhados? Para res-
ponder, considere o quadro a seguir:

ADJUNTO ADNOMINAL COMPLEMENTO NOMINAL

Pode ou não ser preposicionado. É sempre preposicionado.

Refere-se a substantivos concretos ou Refere-se a substantivos abstratos,


abstratos. adjetivos ou advérbios.

Agora, com o auxílio da tabela, sabemos que, em (15), (16) e (17), os termos sublinhados
são adjuntos adnominais. Nos dois primeiros, não há preposição (e o complemento nominal
é sempre preposicionado). No terceiro, apesar de “de couro” ser preposicionado, refere-se ao
substantivo “bola”, que é concreto (e o complemento nominal refere-se a substantivos abstra-
tos, adjetivos ou advérbios).

Professor, quer dizer que eu preciso voltar lá no meu primeiro grau para relembrar o que é
um substantivo concreto ou abstrato?

Com certeza! Esse é um conhecimento fundamental na análise dos termos ligados a no-
mes. No entanto, preciso que você esteja com a cabeça aberta. Aquela classificação entre o
que existe e o que não existe ou entre o que se toca ou não se toca não vale para a análise de
substantivos concretos e abstratos. Essa é uma noção que você aprende, de maneira superfi-
cial (às vezes, até equivocada), nas séries iniciais. Agora, preciso que você realmente saiba a
diferença entre esses substantivos.
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7.1. Substantivo Concreto X Substantivo Abstrato

SUBSTANTIVO ABSTRATO SUBSTANTIVO CONCRETO

Aqueles que indicam sentimentos,


sensações, ações (substantivos derivamos
Todos os que não se enquadram na
de verbos), estados. Substantivos abstratos
definição de substantivo abstrato.
são aqueles que dependem de alguém para
existir.

Exs.: amor, raiva, fé, medo, atendimento, Exs.: mesa, bola, Deus, papai noel, bruxa,
doação, vida, morte. escritor.

Dessa forma, podemos observar que, em (18) e (19), as expressões preposicionadas se


ligam ao substantivo “doação”, que é abstrato (indica uma ação, cognato do verbo doar). Se há
preposição e substantivo abstrato, a classificação pode ser tanto de adjunto adnominal quanto
complemento nominal. Precisaremos, portanto, de mais informações para estabelecer a dife-
rença entre eles. Perceba que, entre esses dois exemplos, existe uma diferença semântica: em
18, os mantimentos sofrem a ação de serem doados (“mantimentos” é paciente em relação
à doação); em 19, o prefeito é quem executa a ação de doar (“prefeito” é agente em relação à
doação). Veja, agora, o quadro atualizado.

ADJUNTO ADNOMINAL COMPLEMENTO NOMINAL

Pode ou não ser preposicionado. É sempre preposicionado.

Refere-se a substantivos concretos ou Refere-se a substantivos abstratos,


abstratos. adjetivos ou advérbios.

Sempre AGENTE. Sempre PACIENTE.

Dessa forma, entendemos que “de mantimentos”, por ser paciente, é um complemento
nominal. Ao passo que “do prefeito”, por ser agente, é um adjunto adnominal. O mesmo ocorre
nos exemplos (13) e (14). Em (13), entende-se que o psicólogo é quem pratica o ato de atender
(o psicólogo é agente). Logo, “do psicólogo” é um adjunto adnominal. Em contrapartida, em
14, percebe-se que os menores é que recebem o atendimento (os menores são pacientes).
Portanto, “de menores” é um complemento nominal.

 Obs.: A análise de agente e paciente só deve ser feita quando as duas primeiras análises
não resolverem a questão. Em outras palavras: só se analisa a relação entre agente
e paciente se, e somente se, houver termo preposicionado se referindo a substanti-
vo abstrato.

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 mais uma dica: qualquer termo preposicionado que iniciar com preposição diferente
de “de” (pode ser “a”, “em”, “por”) e que se referir a substantivo abstrato será sempre
complemento nominal. Como podemos observar nos seguintes exemplos: o amor aos
homens/a luta por melhorias/a confiança em Deus (todos os termos sublinhados são
complementos nominais).
 Última dica: o adjunto adnominal também pode representar posse em relação ao subs-
tantivo abstrato. Veja este exemplo:
 A alegria da mãe (a mãe possui a alegria).

Vamos analisar os exemplos apresentados lá no início da aula. Vou repeti-los para você:

Vamos agora analisar algumas situações em orações?

EXEMPLOS
(20) O aumento dos preços assustou a população.
(21) A população ouviu a fala do Presidente.
(22) O amor de Deus aos homens é infinito.

Como agora são construções oracionais, poderemos encontrar os termos ligados a ver-
bos. Depois, os termos ligados a nomes. Veja as análises a seguir:

Cabe também ressaltar que, assim como há casos que não oferecem dúvidas acerca do
adjunto adnominal, o mesmo também ocorre com alguns complementos nominais. Quan-
do este se refere a adjetivos ou advérbio, a análise agente/paciente também é dispensada.
Veja a seguir.

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EXEMPLOS
(23) O empresário considerou o funcionário apto ao cargo.
(24) Ele agiu contrariamente a seus princípios.

Em (23), note que “ao cargo” (expressão preposicionada) se refere a “apto”, que, por sua
vez, é um adjetivo que caracteriza “funcionário”. Por isso, “ao cargo” é um complemento nomi-
nal. Em 24, “a seus princípios” (expressão preposicionada) se refere a “contrariamente”, que é
um advérbio subordinado ao verbo “agiu”. Veja como ficam as análises:

Adj.

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RESUMO
O que cai, Elias?

Sobre o bloco I: morfologia não é o mais cobrado em provas; todavia, quem não domina
esse assunto torna-se inapto a obter êxito em assuntos mais frequentemente explorados. So-
bre morfologia, deve-se basear em três pilares:
1) é um pré-requisito fundamental em provas;
2) o que mais cai (quando cai) é o reconhecimento de classes, sem análises extremamen-
te aprofundadas acerca do assunto e sem exagero em nomenclaturas gramaticais (exige-se,
portanto, muito raciocínio do candidato acerca da interação entre termos);
3) é necessário MEMORIZAR as classes gramaticais fechadas (que não sofrem alteração
na quantidade de palavras existentes). É o caso dos artigos, dos pronomes, das preposições e
das conjunções. Esse material está no anexo. Memorizar essas palavras vai garantir velocida-
de e precisão em diversas questões.
Sobre o bloco II: um dos conhecimentos mais importantes diz respeito ao sujeito. Além de
caírem muitas questões acerca desse assunto, é a partir do sujeito que você pode passar a
entender tantas outras interações sintáticas possíveis em uma oração! Logo, meu conselho:
sempre leia o bloco sobre sujeito, bem como faça com muita atenção todas as questões! Todo
o conhecimento sobre ele é importante!
Sobre o bloco III: saber reconhecer os complementos verbais e os adjuntos adverbiais é um
conhecimento que, além de muito explorado em prova, é pré-requisito para outros assuntos.
Ainda falando sobre os complementos verbais, as bancas gostam muito de elaborar questões
sobre os verbos de regência especial, aqueles que confundem as pessoas. Por isso, o meu
conselho: memorize-os. Como eu sou muito legal, no fim desta aula, há uma lista de verbos
importantes!
Sobre o bloco IV: vou ser extremamente honesto com você: o assunto “termos ligados a
nomes” não está entre os mais cobrados em provas de concursos públicos. Poucas bancas,
como a FGV, possuem a tradição de cobrar esse assunto, porém eu preciso que você sabia
que não se separa por vírgula o substantivo e seu adjunto adnominal ou complemento nomi-
nal. Preciso que você entenda que toda oração subordinada adjetiva é um adjunto adnominal
oracional, e não um aposto. Preciso que você se lembre de que todo complemento nominal
é preposicionado. Na verdade, não estou preocupado com as questões sobre termos ligados
a nomes. Estou mesmo preocupado é com a quantidade de assuntos que dependem desse
conhecimento prévio.
Estudar língua portuguesa é assim mesmo: muitas vezes, precisamos adquirir um determi-
nado conhecimento em função de outro bem maior! Além disso, o assunto aqui apresentado
não costuma ser dominado por muitos estudantes. Agora, isso é um diferencial seu! Você verá
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inclusive que tive de misturar questões de muitas bancas para formar um conjunto legal de
questões. Não há, por exemplo, uma questão da FCC sequer que aborde esse assunto. Mas eu
preciso que você o compreenda para conseguir arrebentar nas questões de outros assuntos.
Há também poucas questões do Cespe sobre o assunto; todavia, repito: preciso que você sai-
ba esse assunto para ter confiança em muitos outros que são cobrados com frequência nas
provas de concursos públicos!

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE TAUBATÉ-SP/ESCRITURÁRIO/EDITAL N. 003) Leia o
texto para responder à questão.
A palavra gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou
na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Em 11 de outubro de 1876, ele assinou um
contrato com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que incluía
a retirada de lixo das casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual bairro Caju. A
empresa acabou em 1892 e foi criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da
Cidade cujos serviços não eram bons. No ano de 1906, o órgão tinha somente 1.084 animais
de carga para trabalharem na coleta de 560 toneladas de lixo. A partir dessa data, teve início a
coleta de lixo com equipamentos mecânicos.
(http://guiadoscuriosos.com.br Adaptado)

Assinale a alternativa cuja frase está correta quanto à concordância.


a) A retirada do lixo das casas e praias eram feitas com animais de carga.
b) Animais de carga era usados na coleta de lixo no Rio de Janeiro.
c) Casas e praias produzia muitas toneladas de lixo.
d) Era ruins os serviços da Superintendência de Limpeza Pública.
e) As 560 toneladas de lixo eram retiradas por animais de carga.

002. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA) Texto associado


Investimento em educação na primeira infância como “estratégia anticrime”
James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar
ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos
de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para
mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.
Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia efi-
caz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar gasto
é dos mais altos.
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se
desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades cogniti-
vas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias para
o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com

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58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não par-
ticipou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o
acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de
obter sucesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido
bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele,
anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo.
“Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participan-
tes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito
mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham
mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido
crimes”, diz o economista.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho pro-
fissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.
(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à concordância verbal e nominal.
a) Os resultados do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirma a tese
do pesquisador e ganhador do Nobel de Economia.
b) O retorno financeiro dos investimentos realizados na primeira infância fazem com que essa
estratégia seja economicamente vantajosa.
c) A diferença entre o QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa foi
quase nulo.
d) Fazem mais de 50 anos que a pesquisa foi realizada, e ainda hoje os resultados são relevan-
tes para as políticas públicas.
e) Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância têm impac-
tos econômicos relevantes.

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003. (VUNESP/PREFEITURA DE CANANEIA-SP/RECREACIONISTA)

(Ciça, in: Pagando o pato, Coleção L&PM Pocket, vol. 551)

Na frase – Como pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma rela-
ção entre os membros de uma família. – a palavra em destaque expressa sentido de
a) finalidade.
b) tempo.
c) dúvida.
d) comparação.
e) causa.

004. (2021/VUNESP/SAEG/ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS) Leia a tira


para responder à questão.

(André Dahmer. Malvados. www1.folha.uol.com.br, 13.07.2017. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão de pontuação e concordância, está corretamente redigida a


seguinte frase:
a) Quem assombram os pobres no Brasil, é a fome.
b) Os pobres já vivem privado de tanto, inclusive, de comida.
c) “Palmeiras” são árvores que ficam bem plantado perto de piscinas.
d) Constitui a assombração dos ricos as palmeiras (das piscinas).
e) Na pergunta do homem, havia inquietações sobre a situação.

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005. (2021/VUNESP/CODEN-SP/CONTADOR) Leia o texto para responder à questão.


Lições de vida
Em 2009, um avião pousou de emergência no rio Hudson. O piloto era Sully Sullenberger
e as 155 pessoas a bordo foram salvas por uma manobra impossível, perigosa, milagrosa.
Sully virou herói e a lenda estava criada.
Em 2016, no filme “Sully, o herói do rio Hudson”, Clint Eastwood revisitou a lenda para
contar o que aconteceu depois do milagre: uma séria investigação às competências do capitão
Sully Sullenberger. Ele salvara 155 pessoas, ninguém contestava. Mas foi mesmo necessário
pousar no Hudson? Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo quando exis-
tiam opções mais sensatas?
Foram feitas simulações de computador. E a máquina deu o seu veredicto: era possível
ter evitado as águas do rio e pousar em LaGuardia ou Teterboro. O próprio Sully começou a
duvidar das suas competências. Todos falhamos. Será que ele falhou?
Por causa desse filme, reli um dos ensaios de Michael Oakeshott, cujo título é “Rationa-
lism in Politics”. Argumenta o autor que, a partir do Renascimento, o “racionalismo” tornou-se
a mais influente moda intelectual da Europa. Por “racionalismo”, entenda-se: uma crença na
razão dos homens como guia único, supremo, da conduta humana.
Para o racionalista, o conhecimento que importa não vem da tradição, da experiência, da
vida vivida. O conhecimento é sempre um conhecimento técnico, ou de uma técnica, que pode
ser resumido ou aprendido em livros ou doutrinas.
Oakeshott argumentava que o conhecimento humano depende sempre de um conheci-
mento técnico e prático, mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresenta-
dos com rigor cartesiano.
Clint Eastwood revisita a mesma dicotomia de Oakeshott para contar a história de Sul-
lenberger. O avião perde os seus motores na colisão com aves; o copiloto, sintomaticamente,
procura a resposta no manual de instruções; mas é Sully quem, conhecendo o manual, entende
que ele não basta para salvar o dia.
E, se os computadores dizem que ele está errado, ele sabe que não está – uma sabe-
doria que não se encontra em nenhum livro já que a experiência humana não é uma equação
matemática.
As máquinas são ideais para lidar com situações ideais. Infelizmente, o mundo comum
é perpetuamente devassado por contingências, ambiguidades, angústias, mas também súbi-
tas iluminações que só os seres humanos, e não as máquinas, são capazes de entender.
Quando li Oakeshott, encontrei um filósofo que, contra toda a arrogância da modernida-
de, mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma forma de salvação. O ensaio
era, paradoxalmente, uma lição de humildade e uma apologia da grandeza humana. Eastwood,
aos 86 anos, traduziu essas imagens.
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 29.11.2016. Adaptado)

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Considere os trechos do texto.


• Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo quando existiam opções
mais sensatas? (2º parágrafo)
• ... mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresentados com rigor
cartesiano. (6º parágrafo)
• ... contra toda a arrogância da modernidade, mostrava como a nossa imperfeição pode
ser, às vezes, uma forma de salvação. (último parágrafo)
As expressões destacadas apresentam, correta e respectivamente, as circunstâncias ad-
verbiais de
a) afirmação; modo; dúvida.
b) afirmação; finalidade; tempo.
c) afirmação; modo; tempo.
d) intensidade; finalidade; dúvida.
e) intensidade; modo; tempo.

006. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/ENGENHEIRO DE SEGURAN-


ÇA DO TRABALHO) Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto a seguir, de acor-
do com a norma-padrão de concordância e de colocação dos pronomes átonos.
Talvez __________ estrangeiros interessados em investir nos projetos que ____________ na em-
presa. ___________ as circunstâncias, nunca ____________ desprezar recursos e procuramos par-
ceiros o mais ____________ confiáveis para trabalhar conosco.
a) houvessem... desenvolvia-se... dado... poderiam­-se... possível
b) houvessem... se desenvolvia... dado... se poderiam... possíveis
c) houvesse... desenvolviam-se... dadas... se poderia... possível
d) houvesse... se desenvolviam... dadas... se poderiam... possível
e) houvesse... se desenvolvia... dadas... poderia se... possíveis

007. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO)


Colunista comenta relatório do IPCC sobre mudanças climáticas.
“O que já havia sido previsto vem se materializando com um aumento médio da tem-
peratura da Terra, chegando-se à conclusão de que esse aumento está chegando antes do
previsto”, diz Paulo Saldiva em seu comentário sobre o sexto relatório do IPCC (Painel Intergo-
vernamental sobre Mudanças Climáticas). As consequências são as de que os ciclos hidroge-
ológicos vão aumentar em sua intensidade e frequência, provocando, de um lado, períodos de
seca alternados com inundação e, por outro lado, a elevação dos níveis dos mares comprome-
terá cidades costeiras, assim como a desertificação de algumas regiões afetará a produção de
alimentos.
Não bastasse tudo isso, as inundações e o aumento da temperatura vão facilitar o surgi-
mento de vetores de doenças infecciosas, como dengue, zika, malária ou febre amarela. Aliás,

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em se tratando de saúde, deve-se observar ainda que os extremos de temperatura farão com
que algumas pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias tenham sua saúde ainda
mais comprometida, até mesmo com risco de morte.
Para o colunista, ainda há tempo de reverter esse cenário de caos, embora parte dessas
alterações, admite, seja irreversível. “Se fizermos tudo certo, vai ser necessário mais de um
século para que a gente reverta as condições anteriores que nossos antepassados deixaram”.
(https://jornal.usp.br/radio-usp/445402/, 16.08.21. Adaptado)
* Hidrogeológico: Relativo ao estudo das águas subterrâneas.

Considerando sempre o contexto, diz-se com correção que


a) no trecho ciclos hidrogeológicos (§1º), a palavra hidrogeológicos classifica-se como um
substantivo composto.
b) nos segmentos: um aumento (§1º) e um século (§3º), o termo um exerce a mesma função
gramatical.
c) a expressão cenário de caos (§3º) apresenta uma locução adjetiva.
d) na construção: Por outro lado (§1º), o pronome outro ajuda a definir de forma objetiva e
pontual uma nova perspectiva.
e) na expressão: até mesmo com risco de morte (§2º), os termos mesmo e com são preposições.

008. (2021/VUNESP/SEMAE DE PIRACICABA-SP/ALMOXARIFE) Leia a tira para responder


à questão.

Considerando-se as classes gramaticais, o efeito de humor da tira decorre do emprego do termo


a) “palmas”, substantivo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
b) “lendo”, verbo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
c) “palmas”, adjetivo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
d) “lendo”, verbo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
e) “palmas”, substantivo nas duas ocorrências, com sentidos diferentes.

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009. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA)

(Bill Waterson. O essencial de Calvin e Haroldo. 2018)

No trecho “Se quiser continuar sendo ‘pai’, sugiro grandes mudanças em sua plataforma de
governo”, o vocábulo em destaque introduz uma relação de
a) condição.
b) concessão.
c) finalidade.
d) consequência.
e) causa.

010. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/AGENTE DE TRÂNSITO) Leia um trecho


do romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.
Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde falta-
vam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.
O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O
tanto para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. E
assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter recebi-
do a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo
em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.
Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi carre-
gando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos trancos.
A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gaso-
lina com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis
e como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era
pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.
Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em
idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais
modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos

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sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era tra-
balhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas
fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a se-
quência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.
Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.
(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)

Na frase do segundo parágrafo – Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. –, o termo
destacado qualifica a palavra a que se refere (bênção). A mesma situação ocorre com o termo
em destaque na alternativa:
a) Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões…
b) Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto.
c) Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro…
d) Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta.
e) … o leque das perspectivas fosse na inciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.

011. (2020/VUNESP/PREFEITURA DE ILHABELA-SP/TÉCNICO EM ENFERMAGEM) Leia o


texto para responder à questão.
São Paulo revive mesmas enchentes há 91 anos
Em uma de suas principais obras, Benedito Calixto retratou, em 1892, a inundação da área
do atual Mercadão, no centro de São Paulo. A região foi atingida também em 1929, numa das
primeiras grandes enchentes da capital e submergiu novamente, quase 130 anos depois do
quadro histórico.
Urbanistas afirmam que uma das principais explicações para as repetidas inundações foi a
decisão de expandir a cidade para as áreas próximas às várzeas dos rios Tietê e Tamanduateí,
a partir de meados de 1890. O quadro de Benedito Calixto capta o início dessa expansão da ci-
dade. A cheia histórica de 1929 também foi registrada em uma série de fotografias que viraram
sinônimo das inundações paulistanas, por ter deixado a cidade debaixo da água por sete dias.
Há suspeita de que os efeitos da forte chuva que atingiu São Paulo naquele fevereiro de
1929 tenham sido potencializados por ações da então onipresente Light. O acordo com o po-
der público previa que a Light poderia desapropriar áreas atingidas por enchentes naquele ano.
Pesquisa da professora da USP Odette Seabra indica que a Light abriu suas represas para
aumentar a área inundada pelos rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí. Essas áreas inundadas
passaram para as mãos da Light, que depois as comercializou.
Os fatos recentes mostram que a história se repete: 63% dos alagamentos neste ano de
2020 estão na mesma região atingida pela cheia de 1929, que corresponde à da subprefeitura
da Sé. Mas desta vez, os locais inundados não se restringem à área do Mercadão. Áreas das
subprefeituras da Lapa e de Pinheiros também foram atingidas.

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As obras e intervenções para conter as cheias dos rios nessas áreas não foram suficien-
tes. Um outro agravante é que o solo da cidade tem ficado cada vez mais impermeável, com
aumento das áreas construídas e ocupadas.
(Folha de S. Paulo.15.02.2020. Adaptado)

Entre as orações da frase – Quanto mais impermeabilização do solo, mais enchentes haverá
– observa-se ideia de
a) tempo.
b) causa.
c) condição.
d) finalidade.
e) proporção.

012. (2020/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO ROQUE-SP/SECRETÁRIO DE ESCOLA)


A inveja
Todo mundo conhece os sete pecados capitais e, por séculos, muita gente viveu sob o
pêndulo da censura e da condenação moral por eventual cometimento de um desses pecados.
Hoje em dia, quase ninguém mais dá tanta importância a eles, que mais parecem uma herança
esquecida no passado medieval. Mas, ainda assim, um dos sete pecados encontra-se presente
em quase todos nós; em uns mais, em outros menos: a inveja.
Melanie Klein, uma das figuras centrais da história da psicanálise, realizou estudos sobre
esse assunto e concluiu que a inveja é um sentimento negativo que o ser humano começa a
desenvolver desde os primeiros tempos da infância e que, como regra geral, acompanha a pes-
soa por toda a vida. Ninguém gosta de admitir, mas todos nós, em algum momento, sentimos
inveja de alguém, por uma razão ou outra. Segundo os especialistas, isso é natural.
O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, acabam por ficar cegas para as
suas próprias potencialidades. São pessoas que dedicam a sua existência a admirar e desejar
intensamente tudo o que pertence aos outros. Como não conseguem tomar para si as coisas
ou qualidades dos outros, passam a desejar a destruição daquilo que tanto admiram. Daí a
negatividade da inveja.
Entre os inúmeros ditados que falam sobre a inveja, há um bem interessante: “Não grite a
sua felicidade, pois a inveja tem sono leve”.
(João Francisco Neto. Diário da Região, 19.10.2019. Adaptado)

O trecho assinalado na passagem – O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas,
acabam por ficar cegas para as suas próprias potencialidades. – expressa, na relação com o
contexto, o sentido de
a) concessão.
b) causa.

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c) comparação.
d) conclusão.
e) condição.

013. (2022/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO II/EDITAL N. 55) Leia o texto


para responder à questão.
Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas emo-
ções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as pistas
comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes permi-
tem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem “contagiados” pelos
sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres incrivelmente sociais, por
isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”, diz Clive Wynne, professor
de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também é verdadeiro, o que significa
que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o cão.
Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos,
ou sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao
tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-
-se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores
que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da Universidade
de Oregon.
Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões
de angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente
do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato,
os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e
possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.
Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães,
embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e baixos
emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação
mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia
momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para podermos
agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é mutuamente
vantajosa para ambas as espécies”.
(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções dos donos”, Portal National Geographic,
11/10/2021. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a norma-padrão da língua portugue-
sa quanto às concordâncias verbal e nominal.
a) Quando ouve um choro, os animais se sentem afetados por um sentimento de tristeza.

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b) São muito vantajosas, para o ser humano, a convivência diária com cães e gatos domésticos.
c) A comunicação entre as duas espécies é bom e garante a sobrevivência tanto dos cães
quanto dos humanos.
d) Não existem, no mundo animal, diferença em relação à expressão das emoções.
e) Há, em cada raça de cão, grandes diferenças que interferem na capacidade do animal de
perceber os sentimentos do dono.

014. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/EDITAL N. 334)


O desafio
Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica
na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for “preconceito”.
Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da experiência, algo que
está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos cegos que apalpam
um elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma espada por tocarem no
marfim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um terceiro garante que é uma
mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…) Tenho encontrado defensores
e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire]. Encontro bem menos leitores.
Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes de defender ou atacar Paulo
Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a obra, (…) emita sua sagrada
opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito sério. Paulo Freire encarou
o gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo de drama: pessoas que pos-
suem a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.
(Leandro Karnal. O desafio. Jornal O Estado de São Paulo, set.2021. Adaptado)

Considere as frases retiradas do texto:


• Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense.
• Encontro bem menos leitores.
Assinale a alternativa que apresenta a união dessas frases sem prejuízo ao sentido atribuído
pelo autor.
a) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, visto que en-
contro bem menos leitores.
b) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, por isso en-
contro bem menos leitores.
c) Tenho encontrado defensores e detratores apaixo – nados da obra do recifense, mesmo que
encontre bem menos leitores.
d) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, porque encon-
tro bem menos leitores.
e) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, no entanto
encontro bem menos leitores.

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015. (2022/VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/TÉCNICO


LEGISLATIVO)
Livros já venderam mais em 2021 do que em todo o ano passado, mostra pesquisa
A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas dez
meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram vendidos 43,9
milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram 41,9 milhões de
exemplares: o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em faturamento.
Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o merca-
do editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um resultado
favorável. Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando como uma pos-
sibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.
A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar
as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com gigan-
tes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos como
esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo para livros
recém-lançados.
Walter Porto. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/12/ livros-ja-venderam-mais-em-2021-do-que-em-to-
do-o-ano-passado-mostra-pesquisa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)

O termo destacado na frase do último parágrafo – O setor tem, por motivos como esse, voltado
a se aglutinar em torno da ideia de uma lei... – forma uma expressão que enuncia
a) a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
b) oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
c) o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
d) o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
e) a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.

016. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/FARMACÊUTICO/EDITAL N. 333)


A ditadura do algoritmo
Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora minha
empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser jurássico na
área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei muito bem o que é
um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou
triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência de
ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número signifi-
cativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o algoritmo
fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é soberano.

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Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritário


ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo onde um robô ou
uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emo-
ções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada segundo.
É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor experi-
ência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja agradável
à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a todas as
suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de con-
sumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos anseios
da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política,
pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensa-
mento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas
que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões irracionais que
atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo em que tudo é fei-
to para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e ver. A ausência do
contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação e impede que se
mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.
Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.
1

2
Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.
(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021.
Adaptado)

O termo destacado na frase do primeiro parágrafo –... mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse... – introduz, no contexto em que é
empregado, sentido de
a) oposição.
b) condição.
c) explicação.
d) concessão.
e) comparação

017. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE VÁRZEA PAULISTA-SP/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA/ENSINO FUNDAMENTAL) Assinale a alternativa em que a concordância está correta
de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) A menina se mostrou meia preocupada com a situação de seu pai.
b) Já fazem muitos anos que o menino não vai ao dentista, por isso está curioso.
c) A maioria das crianças não gosta de ir ao dentista.
d) Segue anexo à correspondência todas as fichas de clientes do dentista.
e) Existe, nos tempos atuais, muitos procedimentos para combater as cáries.

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018. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE FERRAZ DE VASCONCELOS-SP/ORIENTADOR EDU-


CACIONAL) Leia o texto para responder à questão.
O assalto
A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura*, que dorme de
olhos abertos, ou talvez nem durma, de tão vigilante. Por isso, a família vive tranquila, e nunca
se teve notícia de assalto à residência tão bem protegida.
Até a semana passada. Na noite de quinta-feira, um homem conseguiu abrir o pesado
portão de ferro e penetrar no jardim. Ia fazer o mesmo com a porta da casa, quando o cachor-
ro, que muito de astúcia o deixara chegar lá, para acender-lhe o clarão de esperança e depois
arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna esquerda. O ladrão quis
sacar do revólver, mas não teve tempo para isso. Caindo ao chão, sob as patas do inimigo, su-
plicou-lhe com os olhos que o deixasse viver, e com a boca prometeu que nunca mais tentaria
assaltar aquela casa. Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, temendo que se
agravasse a situação.
O animal pareceu compreender a súplica do ladrão, e deixou-o sair em estado deplorá-
vel. No jardim, ficou um pedaço de calça. No dia seguinte, a empregada não entendeu bem por
que uma voz, pelo telefone, disse que era da Saúde Pública e indagou se o cão era vacinado.
Nesse momento, o cão estava junto da doméstica e abanou o rabo, afirmativamente.
(Carlos Drummond de Andrade. O sorvete e outras histórias, 1993. Adaptado)
*Cão robusto de feia aparência

Assinale a alternativa em que o pronome destacado assume sentido possessivo.


a) A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura, que dorme de olhos
abertos... (1º parágrafo)
b.... e depois arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna esquerda.
(2º parágrafo)
c) Caindo ao chão, sob as patas do inimigo, suplicou-lhe com os olhos que o deixasse viver...
(2º parágrafo)
d.... e com a boca prometeu que nunca mais tentaria assaltar aquela casa. (2º parágrafo)
e) Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, temendo que se agravasse a situa-
ção. (2º parágrafo)

019. (2021/VUNESP/CODEN-SP/ALMOXARIFE) Leia o texto para responder à questão.


“A maior parte da população mundial vive hoje nas cidades: essas aglomerações de
pessoas e concreto em que sobram problemas e falta planejamento. A urbanização desorde-
nada traz inúmeros desafios e uma certeza: não há solução para a humanidade que não passe
necessariamente pela transformação das cidades.” É o que defende André Trigueiro, jornalista
especializado em gestão ambiental e sustentabilidade.

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Para ele, vivemos um modelo suicida de desenvolvimento e precisamos reinventar o sis-


tema. Ou mudamos ou pereceremos. A preocupação ambiental se reflete no consumo cons-
ciente, mas não no consumismo que degrada a vida porque exaure os estoques de matéria-pri-
ma, que são finitos no planeta.
“Eu procuro economizar água e energia, separo o lixo. Basicamente, tento praticar no dia
a dia aquilo que eu entendo como certo. Estou longe da perfeição e não me considero um mo-
delo, mas descobri a força daquilo que os educadores chamam de pedagogia do exemplo: ‘não
importa o que você fala, importa o que você faz’. É isso que move o mundo.” Ele cita o caso do
aposentado José Alcino Alano, da cidade de Tubarão, que descobriu como fabricar coletores
solares para esquentar a água do banho a partir de garrafas PET e caixas de leite Tetrapak.
Liberou a patente e permitiu que todas as pessoas ou instituições interessadas replicassem o
invento gratuitamente, sem interesse pessoal ou financeiro. “É um caso singular de amor ao
próximo,” comenta Trigueiro.
O poder público também deve adotar medidas educativas e conscientes. Ensinar que
jogar lixo na cidade é um serviço caro e custa muito aos cofres públicos. Além disso, tem de
difundir um discurso responsável. Não é possível falar em preservação da Amazônia e liberar
recursos para a construção de frigoríficos na região – o que estimula a criação de gado, res-
ponsável por 80% de toda a destruição já registrada da floresta, como bem avaliou o ex-minis-
tro da Fazenda Rubens Ricupero.
Trigueiro não considera a tecnologia inimiga da luta pela preservação do planeta. É o
uso que se faz dela que definirá se haverá dano ou benefício. Ela é apenas uma ferramenta
e não a solução definitiva para os graves problemas ambientais que enfrentamos e que nos
ameaçam como espécie.
(filantropia.ong/andretrigueiro.com. Adaptado, acesso em 22.02.2020)

Na frase – O consumismo exaure os estoques de matéria-prima, que são finitos no planeta. – o


pronome em destaque pode ser substituído corretamente por:
a) os quais.
b) a qual.
c) onde.
d) dos quais.
e) aonde.

020. (2020/VUNESP/FITO/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/APOIO ADMINISTRATIVO/REPRO-


GRAFIA E GRÁFICA)
Nobel de Economia vai para trio que pesquisa formas de reduzir a pobreza
Neste ano, o comitê do Prêmio Nobel de Economia concedeu a honraria a três pesqui-
sadores da área: Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer.

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Segundo os organizadores, os especialistas têm como mérito terem encontrado ma-


neiras eficazes de combater a pobreza no mundo. Eles fizeram isso, cada um à sua maneira,
dividindo um problema global em questões menores, o que facilita o gerenciamento.
Em meados dos anos 1990, o norte-americano Michael Kremer foi a campo testar in-
tervenções que poderiam melhorar o desempenho escolar de crianças no oeste do Quênia.
A francesa Esther Duflo e o indiano Abhijit Banerjee (que são casados) realizaram estudos
semelhantes em outros países. Na Índia, por exemplo, mais de 5 milhões de crianças se be-
neficiaram de programas de reforço em salas de aula. A saúde também está no trabalho dos
laureados. Seus estudos mostraram como populações mais pobres são sensíveis a elevações
de preços nos gastos com saúde preventiva.
Dentre o trio de laureados, vale destacar Esther Duflo: ela é a segunda mulher e a pessoa
mais jovem a receber o Prêmio Nobel de Economia.
(https://revistagalileu.globo.com, 14.10.2019. Adaptado)

A expressão “maneiras eficazes de combater a pobreza” está corretamente substituída, con-


forme a norma-padrão da língua e com o sentido original preservado, por:
a) maneiras eficazes sob o combate contra a pobreza
b) maneiras eficazes ao combate com a pobreza
c) maneiras eficazes do combate sobre a pobreza
d) maneiras eficazes no combate à pobreza
e) maneiras eficazes para o combate pela pobreza

021. (2017/TJSP) Na passagem do 4º parágrafo – Não sabia como e por que, mas agora se
sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima – as expressões destacadas trazem ao
contexto, correta e respectivamente, as ideias de
a) modo, dúvida e lugar.
b) comparação, causa e tempo.
c) modo, causa e lugar.
d) comparação, dúvida e tempo.
e) modo, causa e intensidade.

022. (2017/TJSP) No trecho “Ainda por motivos mais econômicos, os venezuelanos fogem em
massa.”, a preposição em destaque forma uma expressão cuja circunstância traduz ideia de
a) modo.
b) intensidade.
c) finalidade.
d) consequência.
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023. (2017/TJSP) Leia o poema de Mario Quintana para responder à questão.


Outra estatística
Leio que certa cidade,
E olhe que não das maiores,
Tem quatro milhões de almas...
Mas isso deve ser para atenuar a situação.
O que a cidade tem, no duro,
São quatro milhões de bocas!
(Mario Quintana. Da preguiça como método de trabalho)

Com base no verso “O que a cidade tem, no duro...”, assinale a alternativa que traz, correta e
respectivamente, a relação de sentido estabelecida pela locução adverbial destacada e o ad-
vérbio que pode substituí-la nesse contexto.
a) Intensidade / excessivamente.
b) Tempo / hodiernamente.
c) Afirmação / certamente.
d) Modo / rigorosamente.
e) Dúvida / provavelmente.

024. (2017/TJSP) No enunciado “Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados


triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa...”, a conjunção “e”, que introduz o
trecho destacado, imprime a este o sentido de
a) condição.
b) consequência.
c) tempo.
d) oposição.
e) causa.

025. (2017/TJSP) Nos trechos “Remígio dizia, sinceramente, quem sabe?” e “Remígio é atual-
mente um alto funcionário”, os advérbios em destaque, no contexto em que ocorrem, estabele-
cem, respectivamente, relações de sentido de:
a) afirmação e tempo.
b) modo e tempo.
c) afirmação e intensidade.
d) modo e lugar.
e) negação e lugar.

026. (2017/TJSP) Quanto ao sentido, a oração destacada em “A mãe, conquanto insensível às


boas ações, não pôde disfarçar a admiração e o prazer que o moço lhe causou...” equivale a:
a) conforme insensível às boas ações.
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b) porque insensível às boas ações.


c) apesar de insensível às boas ações.
d) como insensível às boas ações.
e) portanto insensível às boas ações.

027. (2017/CRBIO1) Em – Preciso falar urgentemente com o senhor.–, o termo destacado


apresenta circunstância de modo, o que também ocorre em:
a) Dias desses, fui ouvir as mensagens do celular.
b) – Obrigada por ser tão grosseiro! e desligou o telefone.
c) Com calma, tentei explicar que, antes de mais nada, era preciso estudar para ser atriz.
d) Bastante orgulhosa da pimpolha, a mãe revelou...
e) Daqui a pouco, vai estar numa novela!

028. (2017/UNESP) Leia a tira.

Nas falas do caracol, os advérbios “Normalmente”, “bem” e “devagar” expressam, respectiva-


mente, circunstâncias de
a) modo, modo e modo.
b) tempo, modo e intensidade.
c) modo, intensidade e modo.
d) tempo, intensidade e modo.
e) modo, meio e causa.

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029. (2017/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP) Assinale a alternativa que apresenta a afir-
mação correta a respeito dos trechos selecionados do texto.
a) Em “a série ‘Jornada nas Estrelas’ exibia um futuro que parecia realmente improvável e dis-
tante”, a expressão destacada apresenta circunstância de meio, indicando que o futuro imagi-
nado pela série era inconcebível.
b) Em “com a missão de explorar o espaço e ir ‘aonde nenhum homem jamais esteve’”, a ex-
pressão destacada apresenta circunstância de lugar, indicando que o objetivo da missão era
colonizar e dominar planetas desconhecidos.
c) Em “Sempre que o capitão Kirk estava em apuros, abria seu comunicador”, a expressão
destacada apresenta circunstância de modo, indicando que a personagem muitas vezes se via
em perigo.
d) Em “a série previu com surpreendente exatidão a relação do homem com a tecnologia”, a
expressão destacada apresenta circunstância de causa, indicando que a série previu acertada-
mente o uso dos atuais recursos tecnológicos.
e) Em “a equipe tinha homens e mulheres de diferentes etnias trabalhando em igualdade”, a ex-
pressão destacada apresenta circunstância de afirmação, indicando que a divisão de trabalho
era realizada democraticamente.

030. (2016/PREFEITURA DE GUARULHOS) Considere as seguintes construções do 2º


parágrafo:
• Meninas são menos provocadoras do que meninos…
• A prática é um pouco mais frequente nas escolas privadas […] do que na rede pública…
Nos contextos em que são empregadas, as palavras destacadas estabelecem relação de
a) comparação.
b) negação.
c) correção.
d) dúvida.
e) aprovação.

031. (2016/UNIFESP) Observe as passagens:


• … e agora quer começar uma carreira médica. (2º parágrafo);
• … ele tem 80 anos. Isto mesmo, 80. (3º parágrafo);
• Talvez a expectativa de vida não permita… (4º parágrafo).
As expressões destacadas expressam, respectivamente, sentido de
a) lugar, modo e causa.
b) tempo, afirmação e dúvida.
c) afirmação, afirmação e dúvida.
d) tempo, modo e afirmação.
e) modo, dúvida e intensidade.

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032. (2016/UNIFESP) O emprego do adjetivo anteposto ao substantivo realça a qualidade que


a este se atribui, o que se pode comprovar com a expressão em destaque na seguinte passa-
gem do texto:
a) Os bastidores do vestibular são cheios de histórias – curiosas, estranhas, comoventes.
b) O jovem que chega atrasado por alguns segundos, por exemplo, é uma figura clássica...
c) Veio do Japão aos 11 anos, (…) e agora quer começar uma carreira médica.
d) Eu ponderaria que nem tudo na vida se regula pelo critério cronológico.
e) Os resultados do difícil exame trazem desilusão para muitos jovens…

033. (2016/UNIFESP) Assinale a alternativa em que a preposição “de” expressa sentido


de origem.
a) Mas existem outras figuras capazes de chamar a atenção.
b) “Agora posso realizar um sonho que trago da infância”.
c) Nada surpreendente, não fosse a idade do Takeshi...
d)... pensam em desistir por causa de um fracasso.
e) E aí de novo ele dá um exemplo.

034. (2016/UNIFESP) Muitos pensam em desistir __________uma carreira, pois acreditam que
não estejam aptos ____________ enfrentar o difícil exame do vestibular.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respecti-
vamente, com:
a) de... à
b) a... em
c) em... de
d) de... para
e) à... a

035. (2016/CÂMARA DE MARÍLIA-SP) Na passagem do primeiro parágrafo –... que pudesse


explicar o Brasil com apenas um título que... –, a preposição “com” forma uma expressão cujo
sentido indica
a) lugar.
b) modo.
c) conformidade.
d) instrumento.
e) causa.

036. (2016/IPSMI) No trecho do segundo parágrafo, – Se observarmos a vida dos idosos


atualmente... –, o termo destacado indica uma circunstância de tempo, assim como o termo
destacado em:

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a) ... podemos facilmente perceber que o que pensam os sábios... (2º parágrafo)
b) ... a velhice agora pode ser sinônimo de vida ativa... (2º parágrafo)
c) ... se a velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. (3º parágrafo)
d) ... esses benefícios só poderão ser conquistados se a velhice... (3º parágrafo)
e) ... essa etapa importante da vida possui uma receita mais simples ainda... (4º parágrafo)

037. (2016/UNESP) Uma palavra que substitui a expressão destacada em – A iniciativa co-
meçou com frutos e legumes, mas, pouco a pouco, está se expandindo. –, sem alteração de
sentido, é:
a) subitamente.
b) paulatinamente.
c) repentinamente.
d) provavelmente.
e) impreterivelmente.

038. (2016/UNESP) Um termo que introduz uma exemplificação no enunciado está em desta-
que na seguinte passagem:
a) Frequentemente desprezadas por terem um aspecto que não está de acordo com os “pa-
drões de beleza” impostos pela indústria… (1º parágrafo)
b) Vender uma maçã com um rótulo cujo logotipo mostra um rosto com um único dente aos
produtores… (3º parágrafo)
c) … os produtos menos esteticamente atrativos também são de qualidade e, inclusive, mais
baratos. (4º parágrafo)
d) Agora, engloba também outros produtos, como queijos e cereais ingeridos no café da ma-
nhã. (5º parágrafo)
e) ... aproveita a luta contra os resíduos a fim de voltar a vender parte da produção que não é
normalmente valorizada… (6º parágrafo)

039. (2016/MPE-SP) Leia a charge.

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Assinale a alternativa cujos termos preenchem, respectivamente, as lacunas da charge, ga-


rantindo-lhe a coesão e a coerência; e cujo sentido estabelecido entre eles está corretamente
indicado entre parênteses.
a) sob... sobre (causa)
b) em... sem (modo)
c) sem... com (oposição)
d) sob... em (lugar)
e) sobre... em (consequência)

040. (2016/MPE-SP) Observe as passagens do 3º parágrafo do texto:


• ... não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que lhe repugnasse...;
• ... era mais inteligente e instruída que ele.
O par de adjetivos em destaque, na primeira passagem, e a conjunção em destaque, na se-
gunda, estabelecem entre as informações do texto, respectivamente, as seguintes relações
de sentido:
a) equivalência e conclusão.
b) equivalência e comparação.
c) oposição e comparação.
d) oposição e causa.
e) equivalência e consequência.

041. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO) Leia um trecho


da entrevista com o psiquiatra Miguel Chalub, para responder a questão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a depressão será a doença mais co-
mum do mundo em 2030 – atualmente, 121 milhões de pessoas sofrem do problema.
Para o psiquiatra Miguel Chalub, há um certo exagero nessas contas. Ele defende que
tanto os pacientes quanto os médicos estão confundindo tristeza com depressão. Ele afirma
que os psiquiatras são os que menos receitam antidepressivos, porque estão mais preparados
para reconhecer as diferenças entre a “tristeza normal e a patológica”.
ISTOÉ: Por que tantas previsões alarmantes sobre o aumento da depressão no mundo?
Miguel Chalub: Porque estão sendo computadas situações humanas de luto, de tristeza,
de aborrecimento, de tédio. Não se pode mais ficar entediado, aborrecido, chateado, porque
isso é imediatamente transformado em depressão. É a medicalização de uma condição huma-
na, a tristeza. É transformar um sentimento normal, que todos nós devemos ter, dependendo
das situações, numa entidade patológica.
ISTOÉ: A que se deve essa mudança?
Miguel Chalub: Primeiro, a uma busca pela felicidade. Qualquer coisa que possa atra-
palhá-la tem que ser chamada de doença, porque, aí, justifica: “Eu não sou feliz porque estou

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doente, não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim mesmo. Segundo, à tendên-
cia de achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da
felicidade. Eu não preciso mais ser infeliz.
ISTOÉ: O que diferencia a tristeza normal da patológica?
Miguel Chalub: A intensidade. A tristeza patológica é muito mais intensa. A normal é um
estado de espírito. Além disso, a patológica é longa.
(Adriana Prado. https://istoe.com.br/74405_O+HOMEM+NAO+ACEITA+ MAIS+FICAR+TRISTE+/ Publicado em
26/05/2010. Adaptado.)

Leia as frases.
As previsões alusivas _______ aumento da depressão são alarmantes.
Os sentimentos de tédio ou de tristeza são inadequadamente convertidos _______ estados
depressivos.
Qualquer situação que possa ser um obstáculo _______ felicidade é considerada doença. Para
que haja coerência com as ideias do texto e com a regência nominal estabelecida pela norma-
-padrão, as lacunas das frases devem ser preenchidas, respectivamente, por:
a) ao … com … na
b) ao … em … à
c) do … com … na
d) com o … em … para
e) com o … para … à

042. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO) Leia o texto de


Ruy Castro, para responder a questão.
Todos chegarão lá
O Brasil está envelhecendo. Segundo projeções oficiais, 20% da população terá mais de
60 anos em 2030.
Em números absolutos, esperam-se perto de 50 milhões de idosos em 2030 – imagine
o volume de antidepressivos, estimulantes e produtos geriátricos que isso vai exigir.
Não quer dizer que a maioria desses macróbios¹ seguirá o padrão dos velhos de antiga-
mente, que, mal passados dos 60, equipados com boina, cachecol, suéter, cobertor nas pernas,
eram levados para tomar sol no parquinho.
Quero crer que os velhos de 2030 se parecerão cada vez mais com meus vizinhos do
Baixo Vovô, aqui no Leblon – uma rede de vôlei frequentada diariamente por sexa ou septuage-
nários torrados de sol, com músculos invejáveis e capazes de saques e cortadas mortíferas. A
vida para eles nunca parou.
Por sorte, a aceitação do velho é agora maior do que nunca. Bem diferente de 1968 –
apogeu de algo que me parecia fabricado, chamado “Poder Jovem” –, em que ser velho era

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quase uma ofensa. À idade da razão, que deveria ser a aspiração de todos, sobrepunha-se o
que Nelson Rodrigues denunciava como “a razão da idade”: a juventude justificando todas as
injustiças e ignomínias² (como as da Revolução Cultural, na China, em que velhos eram humi-
lhados publicamente por ser velhos).
Naquela mesma época, o rock era praticado por jovens esbeltos, bonitos e de longas
cabeleiras louras, para uma plateia de rapazes e moças idem. Hoje, ele é praticado por velhos
carecas, gordos e tatuados, para garotos que podiam ser seus netos. Já se pode confiar em
maiores de 60 anos e, um dia, todos chegarão lá.
(Folha de S. Paulo, 04/10/2013. Adaptado)
¹ macróbios: pessoas que chegaram à idade muito avançada
² ignomínias: infâmias; desonra infligida por julgamento público

A alternativa correta quanto à concordância verbal encontra-se em:


a) Felizmente vêm se alterando as atitudes dos jovens em relação ao idoso, hoje mais aceito
socialmente.
b) Entre os acessórios utilizados pelos idosos que antigamente frequentava os parquinhos
estão a boina e o cachecol.
c) Existem, atualmente, idosos que foge ao antigo padrão de comportamento caracterizado
por uma vida monótona e sem atrativos.
d) Como ocorrem em outros países, a população do Brasil também está envelhecendo.
e) Em números absolutos, haverão 50 milhões de idosos no Brasil que vão consumir todo tipo
de produtos para essa faixa etária.

043. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/AUXILIAR)


A língua maltratada
É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. Presenciar
punhaladas na língua não me assusta tanto. Fico de cabelo em pé ao perceber que as pessoas
acham feio falar corretamente. Se alguém usa uma palavra diferente, numa roda de amigos,
acaba ouvindo:
— Hoje você está gastando, hein?
Vira motivo de piada. O personagem que fala certinho é sempre o chato nos programas
humorísticos. Mesmo em uma cidade como São Paulo, onde a concorrência profissional é
enorme, ninguém parece preocupado em corrigir erros de linguagem. Incluem-se aí profissio-
nais de nível universitário.
Um dos maiores crimes é cometido contra o verbo haver. Raramente alguém coloca o
H. Mesmo em jornais, costumo ler: “Não se sabe a quanto tempo…”.
Outro dia, estava assistindo ao trailer de Medidas Extremas. Lá pelas tantas, surge a
legenda: “Vou previni-lo”. O verbo é prevenir. No filme Asas do Amor, também não falta uma
preciosidade. Diz-se que um personagem é “mal”. O certo é “mau”.
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Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o responsá-
vel pelas frases tortas é bem capaz de dizer:
— Deu para entender, não deu?
Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.
Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar uma
linguagem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que interpretam. Mas
há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a língua.
Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem
gourmets capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas econômicos
são capazes de analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa parte acha normal atro-
pelar o português.
Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa mentali-
dade vai mudar?
(Walcyr Carrasco. VejaSP, 22/04/1998. Adaptado)
*coloquial: informal

No quinto parágrafo, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a frase citada pelo
autor deveria ser: “Não se sabe há quanto tempo…”.
Tendo isso em vista, assinale a alternativa em que o verbo haver foi empregado com o mesmo
sentido dessa frase.
a) Não há argumentos plausíveis em seu depoimento.
b) Eles vêm se preparando há meses para a viagem.
c) Há cinco pessoas à espera de atendimento médico.
d) Para a festa, há que decorar adequadamente o clube.
e) Este contratempo não há de comprometer os resultados.

044. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/AUXILIAR) Assinale a alternativa correta


quanto à concordância verbal e nominal estabelecida pela norma-padrão.
a) São habituais nos programas humorísticos a presença de personagens chatos.
b) Em reuniões de amigos, aqueles que usam palavras incomuns frequentemente é discriminado.
c) Há pessoas que se empenham em conhecer detalhadamente vinhos e pratos saboroso e
raros, mas descuida da comunicação.
d) Existe, mesmo entre pessoas com nível superior, profissionais que não têm conhecimento
da norma-padrão.
e) É coerente as personagens empregarem linguagem coloquial, no entanto, para o autor, não
deve haver exageros.

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045. (2017/VUNESP/CÂMARA DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE ITANHAÉM-SP/ASSISTENTE


LEGISLATIVO)
A gente ainda não sabia
A gente ainda não sabia que a Terra era redonda. E pensava-se que nalgum lugar, muito
longe, deveria haver num velho poste uma tabuleta qualquer — uma tabuleta meio torta e onde
se lia, em letras rústicas: FIM DO MUNDO. Ah! depois nos ensinaram que o mundo não tem fim
e não havia remédio senão irmos andando às tontas como formigas na casca de uma laranja.
Como era possível, como era possível, meu Deus, viver naquela confusão?
Foi por isso que estabelecemos uma porção de fins de mundo...
(Mário Quintana, A vaca e o hipogrifo)

Assinale a alternativa em que uma outra redação dada a trecho do poema está de acordo com
a norma-padrão de concordância.
a) Tabuletas meio tortas e onde se lia frases.
b) Deveriam existir em velhos postes umas tabuletas quaisquer.
c) Não haviam remédios senão irmos andando às tontas.
d) E pensavam-se em lugares muito distante.
e) Mais de um ainda não sabiam que a Terra era redonda.

046. (2017/VUNESP/CÂMARA DE PORTO FERREIRA-SP/ASSESSOR DE IMPRENSA)


Em 1933, a pintora paulista Tarsila do Amaral, um dos expoentes do modernismo na-
cional, concluiu sua tela Operários, na qual retrata a enorme diversidade étnica dos brasileiros
que chegavam aos magotes para trabalhar nas fábricas de São Paulo nos anos 30. Hoje, mais
de oito décadas depois, a tela de Tarsila poderia trazer alguns brasileiros humildes usando
um chapéu de formatura, para simbolizar que até filhos de operários, em certos casos, podem
concluir um curso universitário.
A mudança na paisagem é resultado da adoção da política de cotas raciais e sociais,
que vem sendo implantada no país nos últimos quinze anos, com o objetivo de abrir as portas
das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres – e acaba de ganhar a adesão da
Universidade de São Paulo, a melhor do Brasil. Hoje, finalmente, é possível fazer um balanço
dessa política, e a conclusão é inequívoca: do ponto de vista acadêmico, as cotas estão cum-
prindo seu papel. Além disso, todos aqueles mitos – segundo os quais as cotas derrubariam
a qualidade do ensino universitário, estimulariam a evasão, acirrariam conflitos raciais – aca-
baram mostrando-se apenas isso: mitos. É um feito a comemorar num Brasil tão carente de
notícias positivas.
Dito isso, é preciso não perder de vista que a política das cotas não é uma boa solução.
Na verdade, é lamentável que tenha de ser adotada. Afinal, sua implantação é a expressão
cabal da profunda desigualdade étnica e social do Brasil. As cotas, raciais ou sociais, são
portanto um atalho para compensar um descaminho. O desejável, mesmo, é que elas sejam

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temporárias e, em seu lugar, o país abra escolas de qualidade para todos, negros e brancos,
pobres e ricos, de tal modo que as oportunidades sejam iguais para todos – e o mérito de cada
um, apenas o mérito, torne-se a medida do triunfo individual.
(Carta ao Leitor. Veja, 16.08.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.


a) O acesso às universidades podem ser um caminho para uma vida melhor.
b) Com as cotas, garantiram-se vagas a negros, pardos, índios e pobres nas universidades.
c) Houveram muitos mitos quando se cogitaram a implementação das cotas.
d) Já fazem quinze anos que as cotas nas universidades vem sendo implementadas.
e) As cotas, implementadas no país nos últimos quinze anos, é um feito a comemorar.

047. (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)


Cresce preocupação de investidores com sustentabilidade
Pesquisa da consultoria Ernst & Young mostra que cada vez mais os investidores consi-
deram dados socioambientais e de governança antes de decidir pôr dinheiro em uma empresa.
No ano passado, 68% disseram que essas informações têm papel fundamental na escolha do
destino final dos recursos. É uma evolução em relação a 2015, quando 52% afirmavam atentar
para essas questões. A consultoria ouviu 320 investidores ao redor do mundo, sendo um terço
deles com mais de US$ 10 bilhões em ativos sob gestão.
No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados para o
mercado financeiro vem do Índice de Sustentabilidade da Bolsa. Os dados comparam o de-
sempenho de empresas sob aspectos como eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça
social e governança corporativa. Desde que foi lançado, esse Índice já acumula valorização de
154,6%. Para H. Bueno, da EY, escândalos ambientais e sociais recentes – e as consequências
desses casos sobre as ações das empresas – fazem com que a sustentabilidade ganhe mais
espaço dentro das corporações.
O estudo cita o episódio envolvendo uma grande fabricante de veículos, que usava um
software para manipular testes de verificação das emissões de gases poluentes pelos veículos
da montadora.
Nos dias seguintes às denúncias, as ações da empresa chegaram a desvalorizar 42,2%.
O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias. “O consumidor tem
uma reação imediata em parar de consumir o produto de empresas que estão envolvidas em
corrupção e em algum tipo de manipulação. A sustentabilidade é um caminho sem volta. As
empresas precisam transitar por esse caminho, senão vão ser penalizadas no mercado consu-
midor ou na capacidade de receber investimentos”, afirma Bueno.
(Danielle Brant. Folha de S. Paulo, 07/08/2017. Adaptado)

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Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal e nominal prevista pela


norma padrão.
a) Os testes para verificar se a emissão de gases poluentes eram adequadas foram falsifica-
dos pela montadora.
b) A sustentabilidade é essencial para corporações que desejam estar alinhadas com as ex-
pectativas dos consumidores.
c) Os investidores, antes de aplicar seu dinheiro nas empresas, analisa se elas seguem pa-
drões administrativo corretos.
d) Eficiência econômica, justiça social e governança corporativa são valores, hoje em dia, mui-
to prestigiado pela sociedade.
e) A honestidade e a eficiência na gestão administrativa têm sido imprescindível para os con-
sumidores conscientes dos seus direitos.

048. (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)


A idade das palavras
Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que, em
geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plastificada dizendo “Eu sou
prafrentex!”.
Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava comportamentos
mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um grupo de amigos, o máximo
de liberdade imaginável até então.
Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito. Houve
época em que era “pão”, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e meia noto alguém
exclamar à passagem de um homem atlético: “Ai, que pão!”.
Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica difícil
mudar o modo de falar.
Lembro o sucesso de “boko moko”, criado por uma marca de refrigerante para rotular de
cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona vale? Ou devo dizer “out”,
como na década de 90?
Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os ami-
gos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir “tou numas com ela”, equivalente,
guardadas algumas proporções, ao “ficar” de hoje em dia.
Que adolescente aceitaria hoje ir a um “mingau dançante”? Vão para a balada, para a
“night”. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde!
Muita gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas es-
quecem que, no seu tempo, também a usavam.
Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda se fala
“hype” para indicar algo que no passado foi “in”. Ou que alguém é “fashion”, para dizer que está
“nos trinques”, como nos anos 80.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade mais do
que as rugas!
(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

De acordo com a concordância verbal estabelecida pela norma-padrão, está correta a alternativa:
a) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade quando se em-
prega gírias ultrapassadas na comunicação.
b) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
empregam gírias ultrapassadas na comunicação.
c) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
empregam gírias ultrapassadas na comunicação.
d) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade quando se
emprega gírias ultrapassadas na comunicação.
e) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
emprega gírias ultrapassadas na comunicação.

049. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE ITANHAÉM-SP/RECEPCIONISTA)


Geração Cibernética
Os computadores ficaram mais fáceis. Uso um computador como uma supermáquina
de escrever. Recentemente, o filho de um amigo, de 11 anos, estava em casa. Em segundos,
trocou a imagem de “papel de parede”. Descobriu jogos. Baixou arquivos. Apagou alguns, de-
pois de me mostrar que tornavam meu laptop mais lento. Impossível eu não me sentir um asno
quando um moleque dá com simplicidade lições sobre uma máquina que me acompanha há
anos. A verdade é que me sinto um asno até mesmo diante de um micro-ondas de última gera-
ção, com múltiplas funções. Sonho com os aparelhos antigos, com uma única função. Bastava
apertar um botão e pronto!
A questão é que as crianças de hoje em dia já nascem sabendo. Ou quase. Qualquer uma
pega um celular e aprende as funções em segundos! Tablet e laptop nem se fala. Pesquisam,
descobrem jogos, quebram senhas. Para essa geração que vem aí, a cibernética é simples.
Fico tentando achar explicações. Terá havido uma mudança cerebral? Não digo física, embora
acredite na evolução das espécies. Mas na forma de usar os neurônios? Surgiram diferentes
formas de pensar e analisar o mundo, a partir da cibernética? É um novo tipo de inteligência
que desponta?
Seja o que for, essa ligação umbilical com celulares e computadores terá efeitos no fu-
turo próximo. Como serão essas crianças quando adultas? Sem dúvida, mais informadas, com
mais ferramentas de pesquisa e conhecimento. Quais serão, porém, seus valores, na medida
em que a internet é uma terra de ninguém? Estamos diante de um novo jeito de ser, viver e pen-
sar. E como tudo o que é novo, por mais correções que sejam necessárias, também implicará

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Elias Santana

um passo à frente, em termos de civilização. Não tenha dúvidas: seu filho será muito diferen-
te de você.
(Walcyr Carrasco. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ walcyrcarrasco/noticia/2016/10/
geracao-cibernetica.html. Publicado em 27 out. 2016. Acesso em: 03 jun. 2017. Adaptado)

Nas frases, a concordância das palavras está de acordo com a norma padrão da língua por-
tuguesa em:
a) A partir da cibernética, surge novas e diferentes formas de pensar e analisar o mundo.
b) A verdade é que me sinto pouco à vontade com tantas funções disponível nos aparelhos de
micro-ondas.
c) A ligação umbilical das crianças com celulares e computadores terão efeitos no futu-
ro próximo.
d) Depois de me mostrar que alguns arquivos tornavam meu laptop mais lento, o garoto
apagou-os.
e) Ainda que correções precise ser feitas, tudo o que é novo também significará um pas-
so à frente.

050. (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia a mensagem a seguir.


Os interessados em fazer o curso de mecânica automotiva têm até o dia 30 deste mês para se
inscrever.
Toda a documentação exigida deverá, imprescindivelmente, estar ___________ à ficha de inscri-
ção __________ na recepção da empresa.
O local de realização das aulas práticas será ____________ posteriormente.
Atenciosamente, a Diretoria
Assinale a alternativa que preenche, respectivamente e de acordo com a norma-padrão da lín-
gua portuguesa, as lacunas dessa mensagem.
a) anexado… distribuída… definida
b) anexado… distribuídas… definido
c) anexada… distribuídas… definida
d) anexada… distribuída… definido
e) anexada… distribuídas… definido

051. (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia o texto “Procura-se


restaurante sem TV”, para responder à questão.
No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes prediletos.
É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um almoção de domingo.
Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas ao ar livre. O jardim é a parte do
restaurante preferida por famílias. Fica cheio de crianças nos fins de semana.

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Morfossintaxe do Período Simples
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Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme televisão
no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia – juro – um programa
sobre o cultivo de orégano. Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos
os donos. Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.
“Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV”, disse um dos proprietários. “Tem
gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai embora.”
Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais difícil. Enten-
do que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas paredes para os clientes
verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que já fui com amigos a bares para assis-
tir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas não consigo entender como uma família prefere
ficar vendo um programa sobre plantação de orégano a conversar.
Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer tentativa
de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as caixas cobriam toda a
área do lugar.
O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar gostando do
programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem trocar uma palavra, aparen-
temente hipnotizado pelas informações sobre a melhor época para plantar orégano.
Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de que
o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.
(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09/05/2012. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase, reescrita a partir das ideias do texto, está correta quanto
à concordância verbal.
a) Existe pessoas que vem aqui, perguntam se tem TV e, quando respondo não, parte
rapidamente.
b) Existe pessoas que vêm aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.
c) Existem pessoas que vem aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.
d) Existem pessoas que vêm aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, parte
rapidamente.
e) Existem pessoas que vêm aqui, perguntam se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.

052. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem paredes e
divisórias.

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Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem
juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo ficou claro
que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e
os nove empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio espaço, com
portas e tudo.
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos escri-
tórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo de
espaços tradicionais com salas e portas.
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvol-
ver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espa-
ços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de
organização.
Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor de
tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita gente concor-
da – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas
e é preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele. É improvável que o conceito de escritório
aberto caia em desuso, mas algumas firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando
aos espaços privados.
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro paredes e
uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tempo, e
pequenas distrações podem desviar nosso foco por até 20 minutos.
Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally Augus-
tin, psicóloga ambiental e de design de interiores.
(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem ser ruins para funcionários.” Disponível em: <www1.
folha.uol.com.br>. Acesso em: 04/04/2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a nova redação dada ao seguinte trecho do primeiro parágrafo
apresenta concordância de acordo com a norma-padrão:
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já tinham feito.
a) Muitos executivos já havia transferido suas equipes para o chamado escritório aberto, como
feito por Chris Nagele.
b) Mais de um executivo já tinham transferido suas equipes para escritórios abertos, o que só
aconteceu com Chris Nagele fazem mais de quatro anos.
c) O que muitos executivos fizeram, transferindo suas equipes para escritórios abertos, tam-
bém foi feito por Chris Nagele, faz cerca de quatro anos.

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d) Devem fazer uns quatro anos que Chris Nagele transferiu sua equipe para escritórios aber-
tos, tais como foi transferido por muitos executivos.
e) Faz exatamente quatro anos que Chris Nagele fez o que já tinham sido feitos por outros
executivos do setor.

053. (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder à questão.


Confirmando-se a análise do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, a
maior parte do Nordeste brasileiro enfrentará mais três meses de chuvas abaixo do normal, de
abril a junho, prolongando uma seca que já dura cinco anos.
(Folha de S. Paulo, 03/04/2017)

Assinale a alternativa em que a reescrita de partes do texto está em conformidade com a nor-
ma-padrão de concordância.
a) De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, a seca que já fazem
cinco anos que dura se prolongará.
b) A seca que há cinco anos o Nordeste enfrenta deverá prolongar-se, já que serão mais três
meses de chuvas abaixo do normal.
c) Grande parte do Nordeste brasileiro continuará a enfrentar a seca, já que as chuvas que
ocorre por lá está abaixo do normal.
d) Chuvas abaixo do normal e uma seca que já dura cinco anos faz com que se prolongue o
problema no Nordeste brasileiro.
e) A baixa incidência de chuvas no Nordeste prolongarão a seca que já tem mais de cinco anos,
analisa o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos.

054. (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder à questão.


É urgente
A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão os milicianos armados com fuzil
na Venezuela é a pior de suas ideias ruins.
Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas. Caso
não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo: vai prolongar-se na criminalida-
de típica de uma população armada e, em grande parte, indesarmável. Ainda por motivos mais
econômicos, os venezuelanos fogem em massa. Seu número cresce. O Brasil está atrasado,
como se indiferente, nas providências para essa emergência social.
(Jânio de Freitas, “É urgente”. Folha de S. Paulo, 20/04/2017)

Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem sujeito elíptico.


a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins.
b) ... os venezuelanos fogem em massa

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c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo...


d) Seu número cresce.
e) Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas.

055. (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder à questão.


A moléstia conservou durante muitos dias – dias angustiosos e terríveis – um caráter
de excessiva gravidade; durante longo tempo, Fadinha, que estava com todo o corpo cruelmen-
te invadido pela medonha erupção, teve a existência por um fio. Entretanto, os cuidados da
ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa,
depois de ter estado suspensa entre a vida e a morte.
Ficou boa, mas desfigurada: a moça mais bonita do Rio de Janeiro transformara-se num
monstro. Aquele rosto intumescido e esburacado não conservara nada, absolutamente nada
da beleza célebre de outrora. Ela, porém, consolou-se vendo que o amor de Remígio, longe de
enfraquecer, crescera, fortificado pelo espetáculo do seu martírio.
A mãe, conquanto insensível às boas ações, não pôde disfarçar a admiração e o prazer
que o moço lhe causou no dia em que lhe pediu a filha em casamento, dizendo:
— Só havia um obstáculo à minha felicidade: era a formosura – de Fadinha. Agora que
esse obstáculo desapareceu, espero que a senhora não se oponha a um enlace que era o de-
sejo de seu marido.
Realizou-se o casamento. D. Firmina, desprovida sempre de todo o senso moral, enten-
deu que devia ser aproveitado o rico enxoval oferecido pelo primeiro noivo; Remígio, porém,
teve o cuidado de fazer com que o restituíssem ao barão. A cerimônia efetuou-se com toda a
simplicidade, na matriz do Engenho Novo.
Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita, não da boniteza irra-
diante e espetaculosa de outrora, mas, enfim, com um semblante agradável, o quanto bastava
para regalo dos olhos enamorados do esposo. Remígio dizia, sinceramente, quem sabe? que a
achava assim mais simpática, e os sinais das bexigas lhe davam até um “não sei quê”, que lhe
faltava dantes.
— Não é bela que me inquiete, nem feia que me repugne. Era assim que eu a desejava.
O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. Remígio é atualmente um alto
funcionário, pai de cinco filhos perfeitamente educados.
(Arthur Azevedo, “A moça mais bonita do Rio de Janeiro”. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Evanildo Bechara, em sua Moderna Gramática Portuguesa, ensina que “os verbos que apresen-
tam significado lexical referente a realidades bem concretas não necessitam de outros signos
léxicos. A tradição gramatical chama intransitivos a tais verbos”. O exposto pelo autor está
corretamente exemplificado pelo verbo destacado em:
a)... que lhe faltava dantes.
b) Ficou boa, mas desfigurada...

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c) Só havia um obstáculo à minha felicidade...


d) Fadinha [...] teve a existência por um fio.
e) Ainda vivem.

056. (2017/VUNESP/TJ-SP/PSICÓLOGO) Leia o texto para responder à questão.


A moléstia conservou durante muitos dias – dias angustiosos e terríveis – um caráter
de excessiva gravidade; durante longo tempo, Fadinha, que estava com todo o corpo cruelmen-
te invadido pela medonha erupção, teve a existência por um fio.
Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadi-
nha ficou boa, completamente boa, depois de ter estado suspensa entre a vida e a morte.
Ficou boa, mas desfigurada: a moça mais bonita do Rio de Janeiro transformara-se num
monstro. Aquele rosto intumescido e esburacado não conservara nada, absolutamente nada
da beleza célebre de outrora. Ela, porém, consolou-se vendo que o amor de Remígio, longe de
enfraquecer, crescera, fortificado pelo espetáculo do seu martírio.
A mãe, conquanto insensível às boas ações, não pôde disfarçar a admiração e o prazer
que o moço lhe causou no dia em que lhe pediu a filha em casamento, dizendo:
— Só havia um obstáculo à minha felicidade: era a formosura – de Fadinha. Agora que
esse obstáculo desapareceu, espero que a senhora não se oponha a um enlace que era o de-
sejo de seu marido.
Realizou-se o casamento. D. Firmina, desprovida sempre de todo o senso moral, enten-
deu que devia ser aproveitado o rico enxoval oferecido pelo primeiro noivo; Remígio, porém,
teve o cuidado de fazer com que o restituíssem ao barão. A cerimônia efetuou-se com toda a
simplicidade, na matriz do Engenho Novo.
Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita, não da boniteza irra-
diante e espetaculosa de outrora, mas, enfim, com um semblante agradável, o quanto bastava
para regalo dos olhos enamorados do esposo. Remígio dizia, sinceramente, quem sabe? que a
achava assim mais simpática, e os sinais das bexigas lhe davam até um “não sei quê”, que lhe
faltava dantes.
— Não é bela que me inquiete, nem feia que me repugne. Era assim que eu a desejava.
O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. Remígio é atualmente um alto
funcionário, pai de cinco filhos perfeitamente educados.
(Arthur Azevedo, “A moça mais bonita do Rio de Janeiro”. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Na Nova Gramática do Português Contemporâneo, os autores Celso Cunha e Lindley Cintra


explicam que o adjunto adnominal “é o termo de valor adjetivo que serve para especificar ou
delimitar o significado de um substantivo, qualquer que seja a função deste.” Tal definição está
corretamente exemplificada com a expressão destacada em:
a) Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita...
b) O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem.

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c) ... absolutamente nada da beleza célebre de outrora.


d) ... com todo o corpo cruelmente invadido pela medonha erupção...
e) ... depois de ter estado suspensa entre a vida e a morte.

057. (2017/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)


Fogo e Madeira
Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma camio-
nete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à extração ilegal de
madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.
Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto qualificar
como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais alongada no tempo.
A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais
revela do que o extremo de sem- -cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.
Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa
atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas pelos in-
fratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama afugenta, pelo mero estar-
dalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo crime.
Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue. Ope-
rações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a abalar-se da
área protegida.
Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização. Ma-
deireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do recurso natural, mas
a utilizam para enveredar em áreas protegidas.
Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o engajamento
da população em outras atividades atraentes do ponto de vista econômico. A falta de alterna-
tivas de trabalho sem dúvida explica por que madeireiros ilegais encontram algum apoio entre
os habitantes da região.
Ainda que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o
desmatamento.
* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Folha de S. Paulo, 24/12/2016. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a reescrita do período “Além da óbvia extensão da floresta, ou-
tros fatores tornam complexa a fiscalização.” (6º parágrafo) está correta quanto à concordân-
cia, de acordo com a norma-padrão.
a) Além da óbvia extensão da floresta, há outros fatores que tornam complexas qualquer ou-
tras atividades de fiscalização.
b) Além da óbvia extensão da floresta, existe outros fatores que tornam complexas qualquer
outras atividades de fiscalização.

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c) Além da óbvia extensão da floresta, sabem-se de outros fatores que tornam complexa quais-
quer outras atividades de fiscalização.
d) Além da óbvia extensão da floresta, há outros fatores que tornam complexas quaisquer ou-
tras atividades de fiscalização.
e) Além da óbvia extensão da floresta, existem outros fatores que torna complexas quaisquer
outras atividades de fiscalização.

058. (2017/VUNESP/TJM-SP/ESCREVENTE/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A concordância está


de acordo com a norma-padrão da língua na frase:
a) Muito antes de haver história, já existia seres humanos.
b) Animais bastante similares aos humanos modernos podiam ser encontrado por volta de 2,5
milhões de anos atrás.
c) Na África Oriental de 2 milhões de anos atrás, certas características humanas familiares
poderiam ser muito bem observadas.
d) Esses humanos arcaicos competiam por status e poder, assim como ocorriam com os chim-
panzés, os babuínos e os elefantes.
e) Eles próprios não havia de suspeitar que seus descendentes um dia viajariam à Lua.

059. (2017/VUNESP/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Leia o


texto “Star Trek” para responder à questão.
Quando estreou, em 1966, a série “Jornada nas Estrelas” exibia um futuro que pare-
cia realmente improvável e distante. A série era ambientada no século 23 e acompanhava as
aventuras dos tripulantes da nave espacial Enterprise, com a missão de explorar o espaço e ir
“aonde nenhum homem jamais esteve”.
O teletransporte ainda não virou realidade, mas muitos gadgets* da série passaram a
integrar o cotidiano. Sempre que o capitão Kirk estava em apuros, abria seu comunicador e
entrava em contato com a equipe. Trinta anos depois, a Motorola lançou o StarTAC, populari-
zando o uso da telefonia móvel. Os acertos não pararam por aí: da impressora 3D à televisão
de tela plana, dos disquetes aos dispositivos USB, a série previu com surpreendente exatidão
a relação do homem com a tecnologia.
“Jornada nas Estrelas” era transgressora em sua diversidade: a equipe tinha homens e
mulheres de diferentes etnias trabalhando em igualdade. Hoje, ainda não existem habitantes
de Vulcano morando entre nós, mas a ideia de que pessoas de gêneros e etnias diferentes
possam cumprir as mesmas funções não é mais algo utópico.
(Aventuras na História, outubro de 2014. Adaptado)

*gadgets: dispositivos, aparelhos


Leia a frase reescrita a partir das ideias do texto.
_________________em promover a igualdade de gênero e etnias, os episódios de “Jornada nas
Estrelas” retratavam o empenho e a coragem _________________ da tripulação que, conjunta-
mente, agia para superar todas as adversidades.

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De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser preenchi-
das, correta e respectivamente, por:
a) Interessada … contínuas
b) Interessada … contínuos
c) Interessado … contínuos
d) Interessados … contínuos
e) Interessados … contínuas

060. (2017/VUNESP/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP/TELEFONISTA)


Uso de eletrônicos em excesso atrasa desenvolvimento infantil, diz Unicamp
Um estudo da Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas (SP), concluiu que as
crianças que usam aparelhos eletrônicos sem controle e não brincam, ou brincam pouco, no
“mundo real”, podem ter atraso no desenvolvimento. A pesquisa foi realizada com meninos e
meninas de 8 a 12 anos de idade, que ficam de quatro a seis horas diante das telas de compu-
tadores, tablets, celulares e videogames.
Para a pedagoga Ana Lúcia Pinto de Camargo Meneghel, as crianças que se enquadram
nesse perfil acabam não brincando e nem tendo uma rotina, o que afeta o ritmo de construção
do desenvolvimento cognitivo.
Ao todo, 21 meninos e meninas de uma escola particular na região de Campinas passa-
ram por testes para avaliar as capacidades que eles precisam ter para, inclusive, aprender bem
o conteúdo ensinado na escola. Para a surpresa da pesquisadora, de todas as crianças, apenas
uma mostrou possuir as habilidades esperadas para essa faixa.
O uso de eletrônicos em si não é exatamente o problema, segundo a pesquisa, mas sim
a falta de brincadeiras no “mundo real”.
“O mais importante é eles brincarem. É preciso oferecer a essas crianças atividades que
estimulem a criatividade”.
Segundo a pesquisa, quando a criança brinca, faz uso de operações que garantem no-
ção operatória de espaço, tempo e causalidade.
(Disponível em http://www.unicamp.br/unicamp/clipping/2016/10/19/ uso-de-eletronicos-em-excesso-atrasade-
senvolvimento-infantil-diz-unicamp. Acesso em 29/09/2016. Adaptado)

O segmento do texto – É preciso oferecer a essas crianças atividades que estimulem a criati-
vidade. – apresenta reescrita correta, quanto à concordância das palavras, conforme a norma-
-padrão da língua portuguesa, em:
a) Precisam ser oferecidas a essas crianças atividades que estimulem a criatividade.
b) Precisa ser oferecida a essas crianças atividades que estimulem a criatividade.
c) Precisa ser oferecidas a essas crianças atividade que estimulem a criatividade.
d) Precisam ser oferecida a essas crianças atividade que estimulem a criatividade.
e) Precisam ser oferecida a essas crianças atividades que estimule a criatividade.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

061. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE ESCOLAR)


Preconceito na escola
Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se expres-
sem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas preocupações e
campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco ou quase nada contra o preconceito.
Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio moral* nasce de preconceitos!
Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe
que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os cabelos dos filhos
(ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra lanchando sozinha ao
lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este, ocorrido na África do Sul.
Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em ambos
os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações, o que sinaliza
como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo, conter suas manifestações e
colaborar para que a convivência social seja mais digna.
Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como
uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão é pobre em de-
masia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos garantam um futuro de suces-
so? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.
Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para a
cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a formação de um cida-
dão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos de nossa sociedade, suas várias
formas de manifestação e como combatê-los é função das mais importantes da escola.
*assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas,
durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.
(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28/06/2016. Adaptado)

A forma verbal destacada neste trecho do 3º parágrafo – Choveram justificativas e até acu-
sações para explicar as situações… – pode ser substituída, conforme a norma- -padrão da
língua, por:
a) Houve.
b) Surgiu.
c) Apareceu.
d) Foi apontado.
e) Foram citado.

062. (2016/VUNESP/ODAC/AGENTE ADMINISTRATIVO)


Por que achamos que ser magro é bonito?
Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um passeio
rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza.
Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos que “magreza = beleza”?

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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação
com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as
obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais
gordura do que as modelos de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho
eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica perma-
nece. “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a
poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.
Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um
destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais comida à
disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que as mode-
los extremamente magras sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com
tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimen-
tos estéticos e cirurgias para atingir a dita “perfeição” — exige dinheiro, mais um obstáculo.
Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já se
preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a
probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de ano-
rexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns
sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia explica a tendência: “Enquanto a moeda de
valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência”.
(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08/07/2015. Adaptado)

O sinal de igual (=) em – Por que achamos que “magreza = beleza”? (1º parágrafo) – pode ser
substituído, sem prejuízo de sentido e com a regência de acordo com a norma padrão da língua
portuguesa, por:
a) é associada pela
b) é o mesmo em que
c) é equivalente a
d) é compatível de
e) é igual em

063. (2016/VUNESP/ODAC/AGENTE ADMINISTRATIVO)


O resgate do casaco
Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito. Tinha esquecido seu
casaco no táxi. Vi no seu olho o tamanho da perda. Mulher sabe.
Não era um casaco qualquer. Era daqueles que jamais poderão ser substituídos, roupas
energéticas que serão lembradas para todo o sempre. Nem pestanejei. Corri para a rua. O táxi
ainda estava parado no semáforo da esquina. Me concentrei na atleta que poderia existir ocul-
ta dentro de mim e fiz minha melhor performance nos cem metros rasos.

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Quando estava bem perto, o sinal abriu e o táxi acelerou. Tive vontade de chorar. Eu
estava quase. Por muito pouco não o alcancei. Desisti por um momento, ofegante, mas um pe-
queno engarrafamento parou o carro novamente. Inflei mais uma vez minha esperança atlética
e dei o melhor de mim.
Não reconhecia minhas pernas se alternando em tamanha velocidade e agora eu já
pensava muito mais na minha capacidade de atingir o que me parecia impossível do que no
casaco da minha amiga.
Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a apenas alguns passos de
minhas potentes pernas. Não parei. Não sei o que me deu. Não sei como, mas continuei a cor-
rer. Não pude engolir dois fracassos. Fui além. Corri no limite do impossível.
O resgate do casaco virou uma questão de honra, de exercício da esperança duas vezes
desafiada. Agora eu corria gritando a plenos pulmões:
— Pare este táxi! Pare este táxi!
Deu certo. Pararam o táxi e eu, quase morrendo, recuperei o precioso casaco de
minha amiga.
Quando o coloquei em suas mãos, ela me abraçou e caiu numa crise de choro. Não pa-
rava de chorar. Entendi que o casaco não era o que mais importava também para ela, e juntas
choramos abraçadas sob os olhares curiosos de nossos maridos.
Tínhamos ambas nos transformado pelo que tinha acontecido. Tão banal e tão revelador.
Minha amiga sempre me fala da história do casaco. Diz que sempre se lembra dela e que já che-
gou a vesti-lo quando estava prestes a desistir de uma empreitada sem ao menos ter tentado.
Quanto a mim, sei o quanto foi especial aquele momento. Minha esperança em vaivém,
tornando-se elástica quando tudo parecia perdido. Uma heroína desconhecida se fazendo va-
ler à minha revelia, desafiada pela frustração de sucessivos quases.
(Denise Fraga. www.folha.uol.com.br. 08/05/2016. Adaptado)

A expressão destacada em – Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a


apenas alguns passos de minhas potentes pernas. (6º parágrafo) – pode ser corretamente
substituída por:
a) reatou ante o movimento
b) retornou sob o movimento
c) recuperou ao movimento
d) retomou o movimento
e) reiniciou no movimento

064. (2016/VUNESP/ODAC/AGENTE ADMINISTRATIVO) Quanto à concordância, respeitan-


do-se a norma-padrão da língua portuguesa, está correta a frase:
a) Existe roupas que tem significados importantes para os seus donos.

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Elias Santana

b) Houve instantes em que o táxi e o casaco foram quase alcançados.


c) As amigas, depois de recuperado o casaco, se abraçou com emoção.
d) Os maridos das amigas as olhava muito surpresos diante do ocorrido.
e) A história do casaco permanecem nas lembranças das duas amigas.

065. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/PROCURADOR JURÍDICO) A frase re-


digida corretamente, quanto à concordância padrão, é:
a) Faz alguns anos, alguns repórteres dirigiram a mim uma pergunta que passou a me incomodar.
b) Na maioria das vezes, as perguntas que me eram feitas não me deixava muito constrangido.
c) Os repórteres ficavam intrigados com o fato de ser gasto muitas horas para ir ao trabalho.
d) Aos poucos, começou a me incomodar as horas que eu perdia dentro do carro nas estradas.
e) Passei a me preocupar com cálculos e porcentagens, o que se mostraram extremamente
torturante.

066. (2016/VUNESP/MPE-SP/BIÓLOGO)
A República dos Estados Unidos da Bruzundanga tinha, como todas as repúblicas que
se prezam, além do presidente e juízes de várias categorias, um Senado e uma Câmara de
Deputados, ambos eleitos por sufrágio direto e temporários ambos, com certa diferença na
duração do mandato: o dos senadores, mais longo; o dos deputados, mais curto.
O país vivia de expedientes, isto é, de cinquenta em cinquenta anos descobria-se nele
um produto que ficava sendo a sua riqueza. Os governos taxavam-no a mais não poder, de
modo que os países rivais, mais parcimoniosos na decretação de impostos sobre produtos se-
melhantes, acabavam, na concorrência, por derrotar a Bruzundanga; e, assim, ela fazia morrer
a sua riqueza, mas não sem os estertores de uma valorização duvidosa. Daí vinha que a grande
nação vivia aos solavancos, sem estabilidade financeira e econômica; e, por isso mesmo, dan-
do campo a que surgissem, a toda hora, financeiros de todos os seus cantos e, sobretudo, do
seu parlamento.
Naquele ano, isto dez anos atrás, surgiu na sua Câmara um deputado que falava muito
em assuntos de finanças, orçamentos, impostos diretos e indiretos e outras coisas cabalísti-
cas da ciência de obter dinheiro para o Estado. Chamava-se o deputado Felixhimino ben Kar-
patoso. Se era advogado, médico, engenheiro ou mesmo dentista, não se sabia bem; todos
tratavam-no de doutor, embora nada se conhecesse dele.
(Lima Barreto, Um grande financeiro. Os bruzundangas. Adaptado)

Assinale a alternativa que reescreve passagem do texto respeitando a norma-padrão de con-


cordância verbal e nominal.
a) Bastava cinquenta anos para que fosse descoberto no país produtos novos, que acabava
sendo a riqueza do país.

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b) Os mandatos de senador e deputado durava tempo diferente, sendo mais longos o dos
primeiros.
c) a Bruzundanga haviam Senado e Câmara de Deputados, que o povo, em massa, apoiavam
confiantes.
d) Naquele ano, isto já faziam dez anos, surgiu um deputado muito bem falante em assuntos
financeiros.
e) Todas as repúblicas que se prezam possuem Senado e Câmara escolhidos pelos cidadãos,
o mais possível confiantes em seus representantes.

067. (2016/VUNESP/UFABC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Leia o texto, para respon-


der à questão.
O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando estamos
apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos hipnotizou.
Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um
nevoeiro, cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.
Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos corações
perdem a harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que nos conquistou.
Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E, as-
sim, um dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.
Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital amanhecera.
Dava para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no ambiente do quarto onde, so-
zinho, eu ficava.
Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia uma
vitrola e, para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha cuidadora pôs um
disco para tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com canções românticas de uma des-
sas novelas.
Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou gran-
de afeto. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e loiros.
Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia que,
apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.
Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela sai do
quarto para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico vislumbrando a paisagem
da janela. Bem ao longe, em cima do prédio da Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto
onde fico, uma bandeira do Brasil dança ao ritmo do vento que a embala.
Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior senti-
mento que se expressa é a solidão.
A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente eu es-
tava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse outro disco. Poucas

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horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que Silvana me permitiu deixarão um
doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida, fecho meus olhos, tranquilo e feliz.
Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia se-
guinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém em quem eu
mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana que tinha cuidado de mim
no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que ela não viria mais.
(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em 16/02/2016. Adap-
tado)

Assinale a alternativa que reescreve a passagem – Havia uma vitrola e, para permitir um mo-
mento agradável, essa que veio ser minha cuidadora pôs um disco para tocar. – de acordo com
a norma-padrão de concordância verbal e nominal.
a) Havia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastantes agradáveis, uma das que se
dispôs a ser nossas cuidadoras puseram discos de vinil para tocar.
b) Existiam tocas-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradável, uma das que
se dispuseram a ser nossas cuidadoras puseram discos de vinis para tocar.
c) Existia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastantes agradáveis, uma das que se
dispôs a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinis para tocar.
d) Haviam tocas-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradável, uma das que
dispuseram a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinil para tocar.
e) Havia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradáveis, uma das que se
dispuseram a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinil para tocar.

068. (2016/VUNESP/IPSMI/PROCURADOR)
CONTRATEMPOS
Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas
para se fazer com elas. Sempre faltou tempo para tanta coisa: faltou minuto para tanta música,
faltou dia para tanto sol, faltou domingo para tanta praia, faltou noite para tanto filme, faltou
ano para tanta vida.
Existem dois tipos de pessoa. As pessoas com mais coisa que tempo e as pessoas com
mais tempo que coisas para fazer com o tempo.
As pessoas com menos tempo que coisa são as que buzinam assim que o sinal fica
verde, e ficam em pé no avião esperando a porta se abrir, e empurram e atropelam as outras
para entrar primeiro no vagão do trem, e leem livros que enumeram os “livros que você tem que
ler antes de morrer” ao invés de ler diretamente os livros que você tem de ler antes de morrer.
Esse é o caso dele, que chega ao trabalho perguntando onde é a festa, e chega à festa
querendo saber onde é a próxima, e chega à próxima festa pedindo táxi para a outra, e chega à
outra percebendo que era melhor ter ficado na primeira, e quando chega a casa já está na hora
de ir para o trabalho.

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Ela sempre pertenceu ao segundo tipo de pessoa. Sempre teve tempo de sobra, por
isso sempre leu romances longos, e passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda
temporada de “Grey’s Anatomy” mas, por ter tempo demais, acabava sobrando tempo demais
para se preocupar com uma hérnia imaginária, ou para tentar fazer as pazes com pessoas que
nem sabiam que estavam brigadas com ela, ou escrever cartas longas dentro da cabeça para
o ex-namorado, os pais, o país, ou culpar o sol ou a chuva, ou comentar “e esse calor dos infer-
nos?”, achando que a culpa é do mau tempo quando na verdade a culpa é da sobra de tempo,
porque se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo.
Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque
o tempo sempre vai correr mais rápido, e ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar
menos, e pensar menos é uma maneira de ser feliz, e ambos perceberam que a felicidade é
uma questão de tempo. Questão de ter tempo o suficiente para ser feliz, mas não o bastante
para perceber que essa felicidade não faz o menor sentido.
(Gregório Duvivier. Folha de S. Paulo, 30/11/2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o trecho destacado na passagem – Ele nunca entendeu o tédio,
essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. –, reescrito,
apresenta concordância e correlação de tempos verbais de acordo com a norma-padrão
a) ... têm mais horas do que coisas que se faça com elas.
b) ... há mais horas do que coisas que se façam com elas
c) ... haviam mais horas do que coisas que se faziam com elas.
d) ... podia existir mais horas do que coisas que se faziam com elas.
e) ... houveram mais horas do que coisas que se fez com elas.

069. (2016/VUNESP/UNIFESP/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO)


É permitido sonhar
Os bastidores do vestibular são cheios de histórias – curiosas, estranhas, comoventes.
O jovem que chega atrasado por alguns segundos, por exemplo, é uma figura clássica, e paté-
tica. Mas existem outras figuras capazes de chamar a atenção.
Takeshi Nojima é um caso. Ele fez vestibular para a Faculdade de Medicina da Universi-
dade do Paraná. Veio do Japão aos 11 anos, trabalhou em várias coisas, e agora quer começar
uma carreira médica.
Nada surpreendente, não fosse a idade do Takeshi: ele tem 80 anos. Isto mesmo, 80.
Numa fase em que outros já passaram até da aposentadoria compulsória, ele se prepara para
iniciar nova vida. E o faz tranquilo: “Cuidei de meus pais, cuidei dos meus filhos. Agora posso
realizar um sonho que trago da infância”.
Não faltará quem critique Takeshi Nojima: ele está tirando o lugar de jovens, dirá algum
darwinista social. Eu ponderaria que nem tudo na vida se regula pelo critério cronológico. Há

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pais que passam muito pouco tempo com os filhos e nem por isso são maus pais; o que inte-
ressa é a qualidade do tempo, não a quantidade. Talvez a expectativa de vida não permita ao
vestibulando Nojima uma longa carreira na profissão médica. Mas os anos, ou meses, ou mes-
mo os dias que dedicar a seus pacientes terão em si a carga afetiva de uma existência inteira.
Não sei se Takeshi Nojima passou no vestibular; a notícia que li não esclarecia a respeito. Mas
ele mesmo disse que isto não teria importância: se fosse reprovado, começaria tudo de novo.
E aí de novo ele dá um exemplo. Os resultados do difícil exame trazem desilusão para muitos
jovens, e não são poucos os que pensam em desistir por causa de um fracasso. A estes eu
digo: antes de abandonar a luta, pensem em Takeshi Nojima, pensem na força de seu sonho.
Sonhar não é proibido. É um dever.
(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Muitos pensam em desistir __________uma carreira, pois acreditam que não estejam aptos
____________ enfrentar o difícil exame do vestibular.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respecti-
vamente, com:
a) de... à
b) a... em
c) em... de
d) de... para
e) à... a

070. (2016/VUNESP/UNIFESP/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO) Assinale a alter-


nativa correta quanto à concordância nominal e verbal, de acordo com a norma-padrão.
a) Ainda que se viva tão espremido nos centros urbanos, existem muita gente isolada, pois,
cada vez menos, se faz contatos humanos.
b) Ainda que vivam tão espremidas nos centros urbanos, existem muitas pessoas isoladas,
pois, cada vez menos, ocorrem contatos humanos.
c) Ainda que viva tão espremida nos centros urbanos, se vê muitas pessoas isoladas, pois,
cada vez menos, acontece contatos humanos.
d) Ainda que se vivam tão espremidas nos centros urbanos, há muita gente isolada, pois, cada
vez menos, tem contatos humanos.
e) Ainda que vivam tão espremidas nos centros urbanos, existe muitas pessoas isoladas, pois,
cada vez menos, se estabelecem contatos humanos.

071. (2016/VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/AGENTE DE COPA) Assinale a alternativa


cuja frase está escrita de acordo com a norma-padrão de concordância verbal e nominal.
a) Aos fins de semana, meu filho sempre traz consigo roupas para lavar, as quais en-
chem uma mala.

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b) Lavar roupas exige várias habilidades: uma delas é saber como funciona as máquinas de lavar.
c) Aprender a lavar roupas exigem atenção à quantidade de sabão e de água que se adiciona
à máquina.
d) O conhecimento dos tecidos são importante para usar o ferro de passar roupa corretamente.
e) São necessários paciência e atenção para se pôr em prática as instruções do manual do
ferro de passar roupa.

072. (2016/VUNESP/MPE-SP/OFICIAL DE PROMOTORIA/NÍVEL MÉDIO)


Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem, cujo úni-
co defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam por não ser culpa dele.
O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse comer, beber,
dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o suficiente para levar essa vida
folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do seu patrimônio.
Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que lhe
repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-lhe certo ascen-
dente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua vontade e a sua opinião
prevaleciam sempre.
O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher: reco-
nhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era honesta e fiel aos
seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?
(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal, de acordo com a norma-padrão.


a) Todos perdoavam do defeito ao Joaquim por não ser culpa dele.
b) Todos perdoavam o defeito para o Joaquim por não ser culpa dele.
c) Todos perdoavam ao defeito do Joaquim por não ser culpa dele.
d) Todos perdoavam o defeito ao Joaquim por não ser culpa dele.
e) Todos perdoavam ao defeito no Joaquim por não ser culpa dele.

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GABARITO
1. e 37. b
2. e 38. d
3. e 39. c
4. e 40. c
5. e 41. b
6. d 42. a
7. c 43. b
8. e 44. e
9. a 45. b
10. d 46. b
11. e 47. b
12. b 48. c
13. e 49. d
14. e 50. d
15. a 51. e
16. a 52. c
17. c 53. b
18. b 54. e
19. a 55. e
20. d 56. c
21. e 57. d
22. e 58. c
23. c 59. d
24. b 60. a
25. b 61. a
26. c 62. c
27. c 63. d
28. c 64. b
29. c 65. a
30. a 66. e
31. b 67. e
32. e 68. b
33. b 69. d
34. d 70. b
35. b 71. a
36. b 72. d

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GABARITO COMENTADO
001. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE TAUBATÉ-SP/ESCRITURÁRIO/EDITAL N. 003) Leia o
texto para responder à questão.
A palavra gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou
na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Em 11 de outubro de 1876, ele assinou um
contrato com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que incluía
a retirada de lixo das casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual bairro Caju. A
empresa acabou em 1892 e foi criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da
Cidade cujos serviços não eram bons. No ano de 1906, o órgão tinha somente 1.084 animais
de carga para trabalharem na coleta de 560 toneladas de lixo. A partir dessa data, teve início a
coleta de lixo com equipamentos mecânicos.
(http://guiadoscuriosos.com.br Adaptado)

Assinale a alternativa cuja frase está correta quanto à concordância.


a) A retirada do lixo das casas e praias eram feitas com animais de carga.
b) Animais de carga era usados na coleta de lixo no Rio de Janeiro.
c) Casas e praias produzia muitas toneladas de lixo.
d) Era ruins os serviços da Superintendência de Limpeza Pública.
e) As 560 toneladas de lixo eram retiradas por animais de carga.

a) Errada. O núcleo do sujeito é retirada; logo, o correto seria: A retirada do lixo das casas e
praias era feita com animais de carga.
b) Errada. O núcleo do sujeito é animais e o verbo precisaria estar conjugado na terceira pessoa
do plural. O correto seria: Animais de carga eram usados na coleta de lixo no Rio de Janeiro.
c) Errada. O sujeito é composto, tendo como núcleos casas e praias. O correto seria:. Casas e
praias produziam muitas toneladas de lixo.
d) Errada. Ao colocar a frase na ordem direta, temos: Os serviços da Superintendência de Lim-
peza Pública eram ruins.
e) Certa. Concordância correta: As 560 toneladas de lixo eram retiradas por animais de carga
Letra e.

002. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA) Texto associado


Investimento em educação na primeira infância como “estratégia anticrime”
James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar
ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos
de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para
mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos
últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia eficaz
para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar gasto é dos
mais altos.
Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se
desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades cogniti-
vas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias para
o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.
No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry
Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou
assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos,
123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com
58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não par-
ticipou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o
acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de
obter sucesso na escola e na vida.
“O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido
bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele,
anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.
Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo.
“Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participantes
demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito mais
bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham mais pro-
babilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido crimes”, diz o
economista.
Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o
investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho pro-
fissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.
(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à concordância verbal e nominal.
a) Os resultados do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirma a tese
do pesquisador e ganhador do Nobel de Economia.
b) O retorno financeiro dos investimentos realizados na primeira infância fazem com que essa
estratégia seja economicamente vantajosa.
c) A diferença entre o QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa foi
quase nulo.
d) Fazem mais de 50 anos que a pesquisa foi realizada, e ainda hoje os resultados são relevan-
tes para as políticas públicas.

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Morfossintaxe do Período Simples
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e) Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância têm impac-
tos econômicos relevantes.

a) Errada. O primeiro ponto a se observar é a palavra conduzido, que, no caso, faz referência
ao trecho “experimento de Heckman” e está correta. A banca já poderia tentar confundir o can-
didato colocando conduzidos. O erro da frase está em usar confirma para o núcleo do sujeito
resultados. Se escondermos o trecho entre vírgulas, podemos visualizar melhor: Os resultados
do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirmam a tese do pesquisa-
dor e ganhador do Nobel de Economia
b) Errada. O núcleo do sujeito é retorno. O correto seria: O retorno financeiro dos investimentos
realizados na primeira infância faz com que essa estratégia seja economicamente vantajosa.
c) Errada. O erro da c está no detalhe e é preciso atenção para identificá-lo. Ao olhar a relação
entre sujeito e verbo, percebemos que a concordância está correta: diferença e foi. O candidato
que olhasse apenas para a concordância verbal deixaria passar o erro concordância nominal,
que está justamente na última palavra da frase. Observe, de novo, a frase: A diferença entre o
QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa foi quase nulo.
A forma como a frase foi escrita induz relacionar nulo e QI; no entanto, nulo deve concordar
com diferença: A diferença (...) foi quase nula.
d) Errada. O verbo fazer, quando indica tempo decorrido, é impessoal. Portanto, o correto seria:
Faz mais de 50 anos (...).
e) Certa. Concordância correta: Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na
primeira infância têm impactos econômicos relevantes.
Letra e.

003. (VUNESP/PREFEITURA DE CANANEIA-SP/RECREACIONISTA)

(Ciça, in: Pagando o pato, Coleção L&PM Pocket, vol. 551)

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Na frase – Como pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma rela-
ção entre os membros de uma família. – a palavra em destaque expressa sentido de
a) finalidade.
b) tempo.
c) dúvida.
d) comparação.
e) causa.

Cuidado! Nem sempre o como aparecerá na frase com o sentido de comparação. Na frase
acima, por exemplo, temos uma relação causal. Tal relação fica evidente quando substituímos
por outro conectivo causal. Observe:
“Visto que pai e filho conversam entre si, fica claro, na tirinha, que se trata de uma relação entre
os membros de uma família.”
Letra e.

004. (2021/VUNESP/SAEG/ASSISTENTE DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS) Leia a tira


para responder à questão.

(André Dahmer. Malvados. www1.folha.uol.com.br, 13.07.2017. Adaptado)

De acordo com a norma-padrão de pontuação e concordância, está corretamente redigida a


seguinte frase:
a) Quem assombram os pobres no Brasil, é a fome.
b) Os pobres já vivem privado de tanto, inclusive, de comida.
c) “Palmeiras” são árvores que ficam bem plantado perto de piscinas.
d) Constitui a assombração dos ricos as palmeiras (das piscinas).
e) Na pergunta do homem, havia inquietações sobre a situação.

a) Errada. Há dois erros. Embora essa construção seja bastante usada no dia a dia, o sinal de
pontuação é errado, pois não se separa sujeito (quem assombra os pobres no Brasil) e predica-
do (é a fome) por vírgula. Ademais, há um erro de concordância verbal. O correto seria: Quem
assombra os pobres no Brasil é a fome.

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b) Errada. Erro de concordância normal. O correto seria: Os pobres já vivem privados de tanto,
inclusive, de comida.
c) Errada. Erro de concordância nominal. O correto seria: “Palmeiras” são árvores que ficam
bem plantadas perto de piscinas.
d) Errada. Erro de concordância verbal. Colocando na ordem direta, a concordância correta
seria: As palmeiras das piscinas constituem a assombração dos ricos. Além do erro de concor-
dância, destaca-se que não faz muito sentido o uso de parênteses na frase.
e) Certa. Concordância correta. Haver é impessoal.
Letra e.

005. (2021/VUNESP/CODEN-SP/CONTADOR) Leia o texto para responder à questão.


Lições de vida
Em 2009, um avião pousou de emergência no rio Hudson. O piloto era Sully Sullenberger
e as 155 pessoas a bordo foram salvas por uma manobra impossível, perigosa, milagrosa.
Sully virou herói e a lenda estava criada.
Em 2016, no filme “Sully, o herói do rio Hudson”, Clint Eastwood revisitou a lenda para
contar o que aconteceu depois do milagre: uma séria investigação às competências do capitão
Sully Sullenberger. Ele salvara 155 pessoas, ninguém contestava. Mas foi mesmo necessário
pousar no Hudson? Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo quando exis-
tiam opções mais sensatas?
Foram feitas simulações de computador. E a máquina deu o seu veredicto: era possível
ter evitado as águas do rio e pousar em LaGuardia ou Teterboro. O próprio Sully começou a
duvidar das suas competências. Todos falhamos. Será que ele falhou?
Por causa desse filme, reli um dos ensaios de Michael Oakeshott, cujo título é “Rationa-
lism in Politics”. Argumenta o autor que, a partir do Renascimento, o “racionalismo” tornou-se
a mais influente moda intelectual da Europa. Por “racionalismo”, entenda-se: uma crença na
razão dos homens como guia único, supremo, da conduta humana.
Para o racionalista, o conhecimento que importa não vem da tradição, da experiência, da
vida vivida. O conhecimento é sempre um conhecimento técnico, ou de uma técnica, que pode
ser resumido ou aprendido em livros ou doutrinas.
Oakeshott argumentava que o conhecimento humano depende sempre de um conheci-
mento técnico e prático, mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresenta-
dos com rigor cartesiano.
Clint Eastwood revisita a mesma dicotomia de Oakeshott para contar a história de Sul-
lenberger. O avião perde os seus motores na colisão com aves; o copiloto, sintomaticamente,
procura a resposta no manual de instruções; mas é Sully quem, conhecendo o manual, entende
que ele não basta para salvar o dia.
E, se os computadores dizem que ele está errado, ele sabe que não está – uma sabe-
doria que não se encontra em nenhum livro já que a experiência humana não é uma equação
matemática.

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As máquinas são ideais para lidar com situações ideais. Infelizmente, o mundo comum
é perpetuamente devassado por contingências, ambiguidades, angústias, mas também súbi-
tas iluminações que só os seres humanos, e não as máquinas, são capazes de entender.
Quando li Oakeshott, encontrei um filósofo que, contra toda a arrogância da modernida-
de, mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma forma de salvação. O ensaio
era, paradoxalmente, uma lição de humildade e uma apologia da grandeza humana. Eastwood,
aos 86 anos, traduziu essas imagens.
(João Pereira Coutinho. Folha de S.Paulo, 29.11.2016. Adaptado)

Considere os trechos do texto.


• Ou o gesto revelou uma imprudência criminosa, sobretudo quando existiam opções
mais sensatas? (2º parágrafo)
• ... mesmo que os ensinamentos da prática não possam ser apresentados com rigor
cartesiano. (6º parágrafo)
• ... contra toda a arrogância da modernidade, mostrava como a nossa imperfeição pode
ser, às vezes, uma forma de salvação. (último parágrafo)
As expressões destacadas apresentam, correta e respectivamente, as circunstâncias ad-
verbiais de
a) afirmação; modo; dúvida.
b) afirmação; finalidade; tempo.
c) afirmação; modo; tempo.
d) intensidade; finalidade; dúvida.
e) intensidade; modo; tempo.

Os advérbios de intensidade funcionam como moduladores dos adjetivos ou advérbios, como


ocorreu em “mais sensatas”.
Os advérbios de modo indicam a forma como a ação do verbo se desenvolve, como ocorre em
“não possam ser apresentados com rigor cartesiano”.
Os advérbios de tempo, como o nome indica, servem para apontar circunstâncias temporais,
momentos, como ocorre em “mostrava como a nossa imperfeição pode ser, às vezes, uma
forma de salvação”.
Letra e.

006. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/ENGENHEIRO DE SEGURAN-


ÇA DO TRABALHO) Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto a seguir, de acor-
do com a norma-padrão de concordância e de colocação dos pronomes átonos.
Talvez __________ estrangeiros interessados em investir nos projetos que ____________ na em-
presa. ___________ as circunstâncias, nunca ____________ desprezar recursos e procuramos par-
ceiros o mais ____________ confiáveis para trabalhar conosco.

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a) houvessem... desenvolvia-se... dado... poderiam­-se... possível


b) houvessem... se desenvolvia... dado... se poderiam... possíveis
c) houvesse... desenvolviam-se... dadas... se poderia... possível
d) houvesse... se desenvolviam... dadas... se poderiam... possível
e) houvesse... se desenvolvia... dadas... poderia se... possíveis

Houvesse: lembre-se do haver impessoal


Se desenvolviam: desenvolviam concorda com projetos; o que é fator de atração da próclise na
colocação pronominal
Dadas: dadas concorda com circunstâncias
Se poderiam: poderiam concorda com recursos; o nunca funciona como fator de atração da
próclise na colocação pronominal
Possível: antes do mais, há o artigo definido determinando possível
Letra d.

007. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO-SP/AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO)


Colunista comenta relatório do IPCC sobre mudanças climáticas.
“O que já havia sido previsto vem se materializando com um aumento médio da tem-
peratura da Terra, chegando-se à conclusão de que esse aumento está chegando antes do
previsto”, diz Paulo Saldiva em seu comentário sobre o sexto relatório do IPCC (Painel Intergo-
vernamental sobre Mudanças Climáticas). As consequências são as de que os ciclos hidroge-
ológicos vão aumentar em sua intensidade e frequência, provocando, de um lado, períodos de
seca alternados com inundação e, por outro lado, a elevação dos níveis dos mares comprome-
terá cidades costeiras, assim como a desertificação de algumas regiões afetará a produção de
alimentos.
Não bastasse tudo isso, as inundações e o aumento da temperatura vão facilitar o surgi-
mento de vetores de doenças infecciosas, como dengue, zika, malária ou febre amarela. Aliás,
em se tratando de saúde, deve-se observar ainda que os extremos de temperatura farão com
que algumas pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias tenham sua saúde ainda
mais comprometida, até mesmo com risco de morte.
Para o colunista, ainda há tempo de reverter esse cenário de caos, embora parte dessas
alterações, admite, seja irreversível. “Se fizermos tudo certo, vai ser necessário mais de um
século para que a gente reverta as condições anteriores que nossos antepassados deixaram”.
(https://jornal.usp.br/radio-usp/445402/, 16.08.21. Adaptado)
* Hidrogeológico: Relativo ao estudo das águas subterrâneas.

Considerando sempre o contexto, diz-se com correção que


a) no trecho ciclos hidrogeológicos (§1º), a palavra hidrogeológicos classifica-se como um
substantivo composto.

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b) nos segmentos: um aumento (§1º ) e um século (§3º), o termo um exerce a mesma função
gramatical.
c) a expressão cenário de caos (§3º) apresenta uma locução adjetiva.
d) na construção: Por outro lado (§1º), o pronome outro ajuda a definir de forma objetiva e
pontual uma nova perspectiva.
e) na expressão: até mesmo com risco de morte (§2º), os termos mesmo e com são preposições.

a) Errada. Hidrogeológicos é um adjetivo.


b) Errada. Em um aumento: artigo indefinido; em um século: numeral.
c) Certa. A expressão “de caos” caracteriza o substantivo cenário.
d) Errada. O pronome outro é indefinido.
e) Errada. Apenas com é preposição.
Letra c.

008. (2021/VUNESP/SEMAE DE PIRACICABA-SP/ALMOXARIFE) Leia a tira para responder


à questão.

Considerando-se as classes gramaticais, o efeito de humor da tira decorre do emprego do termo


a) “palmas”, substantivo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
b) “lendo”, verbo na primeira ocorrência; e adjetivo, na segunda.
c) “palmas”, adjetivo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
d) “lendo”, verbo nas duas ocorrências, com o mesmo sentido.
e) “palmas”, substantivo nas duas ocorrências, com sentidos diferentes.

A banca apontou como correta a letra E. De fato, palmas é substantivo nas duas ocorrências,
mas com sentido diferente. No entanto, lendo também é verbo nas duas ocorrências, tendo o
mesmo sentido nas duas situações. Inicialmente, poderia haver dúvida entre as opções d e e.
No entanto, observe que o enunciado pediu para marcar a opção levando em consideração o
“efeito de humor”; dessa forma, a única possível é a e, pois o verbo lendo não é determinante
para o efeito de humor da tirinha.
Letra e.
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009. (2022/VUNESP/CÂMARA DE SUZANO-SP/TELEFONISTA)

(Bill Waterson. O essencial de Calvin e Haroldo. 2018)

No trecho “Se quiser continuar sendo ‘pai’, sugiro grandes mudanças em sua plataforma de
governo”, o vocábulo em destaque introduz uma relação de
a) condição.
b) concessão.
c) finalidade.
d) consequência.
e) causa.

Se é uma conjunção condicional. É possível fazer a substituição por caso, desde que realizadas
as devidas adaptações no verbo: “caso queria continuar sendo pai, sugiro grandes mudanças”.
Letra a.

010. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/AGENTE DE TRÂNSITO) Leia um trecho


do romance Anel de vidro, de Ana Luisa Escorel, para responder à questão.
Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões onde falta-
vam, cerzir puídos e refazer as barras desfeitas da meia dúzia de calças que levaria.
O pai deu dois ou três conselhos de praxe, o dinheiro da passagem e um pouco mais. O
tanto para aguentar perto de quinze dias na casa do tio, onde ficaria até conseguir emprego. E
assim foi e ele se despediu, triste por deixar a irmã a quem era bastante ligado. Deve ter recebi-
do a bênção protocolar, de longe. Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo
em demonstrações de afeto. Adulto só encostava em criança para dar cascudo.
Andou sozinho até a rodoviária, sem ninguém junto para encurtar a partida. Foi carre-
gando a malinha – leve, quase nada dentro –, com um travo no peito e o coração aos trancos.
A viagem tomava um dia e uma noite, e eram poucas as paradas em postos de gaso-
lina com bares cheios de moscas e banheiros imundos. No ônibus, cadeiras desconfortáveis

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e como companheira de viagem uma gente mirrada, graças a Deus, pois assim o barulho era
pouco e ele podia descansar enquanto pensava na vida.
Vinha inquieto. Mal conhecia os tios e os primos, três rapazes regulando com ele em
idade, nunca sequer os tinha visto. Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais
modesta. Então, para o estudo e o trabalho, teria de se deslocar em barcaças, vinte minutos
sobre o mar até o centro rico do Rio de Janeiro que o atraíra para o sul. Seu propósito era tra-
balhar de dia e estudar à noite – Administração de Empresa – e abrir o leque das perspectivas
fosse na iniciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.
Assim ia encadeando o devaneio e mesmo agora, passados bons anos, tinha viva a se-
quência daqueles acontecimentos, talvez porque encerrassem uma etapa selada no adeus.
Desembarcou, 24 horas de viagem nas costas, sentiu como se entrasse num mundo sem norte.
(Editora Ouro sobre Azul, 2014. Adaptado)

Na frase do segundo parágrafo – Deve ter recebido a bênção protocolar, de longe. –, o termo
destacado qualifica a palavra a que se refere (bênção). A mesma situação ocorre com o termo
em destaque na alternativa:
a) Quando apareceu a decisão de ir para o sul, a mãe começou a pregar botões…
b) Não era hábito na família os mais velhos ficarem se expondo em demonstrações de afeto.
c) Foi carregando a malinha – leve, quase nada dentro…
d) Moravam do outro lado da baía na cidade vizinha e mais modesta.
e) … o leque das perspectivas fosse na inciativa privada, fosse ao abrigo seguro do Estado.

Na frase do enunciado, protocolar qualifica benção.


a) Errada. Sul é substantivo.
b) Errada. Demonstrações é substantivo
c) Errada. Malinha é substantivo.
d) Certa. Modesta qualifica cidade.
e) Errada. Abrigo é substantivo.
Letra d.

011. (2020/VUNESP/PREFEITURA DE ILHABELA-SP/TÉCNICO EM ENFERMAGEM) Leia o


texto para responder à questão.
São Paulo revive mesmas enchentes há 91 anos
Em uma de suas principais obras, Benedito Calixto retratou, em 1892, a inundação da área
do atual Mercadão, no centro de São Paulo. A região foi atingida também em 1929, numa das
primeiras grandes enchentes da capital e submergiu novamente, quase 130 anos depois do
quadro histórico.

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Urbanistas afirmam que uma das principais explicações para as repetidas inundações foi a
decisão de expandir a cidade para as áreas próximas às várzeas dos rios Tietê e Tamanduateí,
a partir de meados de 1890. O quadro de Benedito Calixto capta o início dessa expansão da ci-
dade. A cheia histórica de 1929 também foi registrada em uma série de fotografias que viraram
sinônimo das inundações paulistanas, por ter deixado a cidade debaixo da água por sete dias.
Há suspeita de que os efeitos da forte chuva que atingiu São Paulo naquele fevereiro de
1929 tenham sido potencializados por ações da então onipresente Light. O acordo com o po-
der público previa que a Light poderia desapropriar áreas atingidas por enchentes naquele ano.
Pesquisa da professora da USP Odette Seabra indica que a Light abriu suas represas para
aumentar a área inundada pelos rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí. Essas áreas inundadas
passaram para as mãos da Light, que depois as comercializou.
Os fatos recentes mostram que a história se repete: 63% dos alagamentos neste ano de
2020 estão na mesma região atingida pela cheia de 1929, que corresponde à da subprefeitura
da Sé. Mas desta vez, os locais inundados não se restringem à área do Mercadão. Áreas das
subprefeituras da Lapa e de Pinheiros também foram atingidas.
As obras e intervenções para conter as cheias dos rios nessas áreas não foram suficien-
tes. Um outro agravante é que o solo da cidade tem ficado cada vez mais impermeável, com
aumento das áreas construídas e ocupadas.
(Folha de S. Paulo.15.02.2020. Adaptado)

Entre as orações da frase – Quanto mais impermeabilização do solo, mais enchentes haverá
– observa-se ideia de
a) tempo.
b) causa.
c) condição.
d) finalidade.
e) proporção.

Outros conectivos com sentido proporcional: à proporção que, quanto mais, ao passo que.
Letra e.

012. (2020/VUNESP/PREFEITURA DE SÃO ROQUE-SP/SECRETÁRIO DE ESCOLA)


A inveja
Todo mundo conhece os sete pecados capitais e, por séculos, muita gente viveu sob o
pêndulo da censura e da condenação moral por eventual cometimento de um desses pecados.
Hoje em dia, quase ninguém mais dá tanta importância a eles, que mais parecem uma herança
esquecida no passado medieval. Mas, ainda assim, um dos sete pecados encontra-se presente
em quase todos nós; em uns mais, em outros menos: a inveja.

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Melanie Klein, uma das figuras centrais da história da psicanálise, realizou estudos sobre
esse assunto e concluiu que a inveja é um sentimento negativo que o ser humano começa a
desenvolver desde os primeiros tempos da infância e que, como regra geral, acompanha a pes-
soa por toda a vida. Ninguém gosta de admitir, mas todos nós, em algum momento, sentimos
inveja de alguém, por uma razão ou outra. Segundo os especialistas, isso é natural.
O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas, acabam por ficar cegas para as
suas próprias potencialidades. São pessoas que dedicam a sua existência a admirar e desejar
intensamente tudo o que pertence aos outros. Como não conseguem tomar para si as coisas
ou qualidades dos outros, passam a desejar a destruição daquilo que tanto admiram. Daí a
negatividade da inveja.
Entre os inúmeros ditados que falam sobre a inveja, há um bem interessante: “Não grite a
sua felicidade, pois a inveja tem sono leve”.
(João Francisco Neto. Diário da Região, 19.10.2019. Adaptado)

O trecho assinalado na passagem – O problema são aquelas pessoas que, de tão invejosas,
acabam por ficar cegas para as suas próprias potencialidades. – expressa, na relação com o
contexto, o sentido de
a) concessão.
b) causa.
c) comparação.
d) conclusão.
e) condição.

De tão invejosas é a causa da consequência “ficar cegas para as suas próprias potencialidades”.
Letra b.

013. (2022/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO II/EDITAL N. 55) Leia o texto


para responder à questão.
Os donos de cães sentem muitas vezes que os animais são bons em captar as suas emo-
ções. Isto não é um produto da imaginação das pessoas. Estudos mostram como as pistas
comportamentais e químicas dos humanos podem afetar os cães de formas que lhes permi-
tem não só distinguir entre medo, excitação ou raiva, mas também ficarem “contagiados” pelos
sentimentos dos seus companheiros humanos. “Os cães são seres incrivelmente sociais, por
isso é que são facilmente contagiados pelo nosso calor e alegria”, diz Clive Wynne, professor
de psicologia da Universidade do Arizona. Mas o inverso também é verdadeiro, o que significa
que o stress e a ansiedade do dono também podem afetar o cão.
Há estudos que mostram que os cães podem ficar contagiados pelos nossos bocejos,
ou sentir um aumento nos níveis de cortisol quando ouvem um bebê chorar e responder ao

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

tom emocional da nossa voz. “Os cães observam-nos muito de perto – e parte disso baseia-
-se no nosso olhar e linguagem corporal, mas também nos sons que fazemos e nos odores
que emitimos”, afirma Monique Udell, especialista em comportamento animal da Universidade
de Oregon.
Em termos auditivos, as investigações mostram que quando os cães ouvem expressões
de angústia, como o choro, ou sons positivos, como o riso, respondem de uma forma diferente
do que acontece com outras vocalizações ou sons não humanos. “Quando se trata do olfato,
os cães são muito sensíveis ao odor corporal – é assim que conseguem detectar diabetes e
possivelmente epilepsia nas pessoas”, diz Clive.
Não se sabe ainda se os humanos podem ficar contagiados pelas emoções dos seus cães,
embora alguns especialistas acreditem que seja bastante provável. Partilhar os altos e baixos
emocionais uns dos outros tende a ser uma coisa benéfica porque ajuda a criar uma ligação
mais profunda e tem valor de sobrevivência. “Se pensarmos nos nossos antepassados, havia
momentos de vida ou morte para os quais os nossos cães nos podiam alertar, para podermos
agir rapidamente”, diz Clive. “Em termos de alarme, esta via de dois sentidos é mutuamente
vantajosa para ambas as espécies”.
(Stacey Colino, “Sim, os cães podem ficar ‘contagiados’ pelas emoções dos donos”, Portal National Geographic,
11/10/2021. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase está de acordo com a norma-padrão da língua portugue-
sa quanto às concordâncias verbal e nominal.
a) Quando ouve um choro, os animais se sentem afetados por um sentimento de tristeza.
b) São muito vantajosas, para o ser humano, a convivência diária com cães e gatos domésticos.
c) A comunicação entre as duas espécies é bom e garante a sobrevivência tanto dos cães
quanto dos humanos.
d) Não existem, no mundo animal, diferença em relação à expressão das emoções.
e) Há, em cada raça de cão, grandes diferenças que interferem na capacidade do animal de
perceber os sentimentos do dono.

a) Erro de concordância verbal. O correto seria: Quando ouvem um choro, os animais se sen-
tem afetados por um sentimento de tristeza.
b) Erro de concordância verbal. O correto seria: É muito vantajosa, para o ser humano, a convi-
vência diária com cães e gatos domésticos.
c) Erro de concordância nominal. O correto seria: A comunicação entre as duas espécies é boa
e garante a sobrevivência tanto dos cães quanto dos humanos.
d) Erro de concordância verbal. O correto seria: Não existe, no mundo animal, diferença em
relação à expressão das emoções.
e) Concordância correta. Lembre-se que o verbo haver é impessoal.
Letra e.

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014. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/EDI-


TAL N. 334)
O desafio
Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras. É um convite a uma posição mais científica
na formulação de opiniões. O pensamento científico tenta enfrentar o que for “preconceito”.
Dentre muitos sentidos, a palavra indica um conceito surgido antes da experiência, algo que
está na cabeça sem observação da realidade. Como na parábola dos cegos que apalpam um
elefante, uns imaginam que a forma do mamífero seja de uma espada por tocarem no mar-
fim, outro afirma ser uma parede por tocar seu abdômen e um terceiro garante que é uma
mangueira por ter encostado, exclusivamente, na tromba. (…) Tenho encontrado defensores
e detratores apaixonados da obra do recifense [Paulo Freire]. Encontro bem menos leitores.
Lanço o desafio cheio de esperança no centenário dele: antes de defender ou atacar Paulo
Freire, leia dois livros dele ao menos. Depois de ler e examinar a obra, (…) emita sua sagrada
opinião, agora com certo embasamento. Educação é algo muito sério. Paulo Freire encarou o
gravíssimo drama do analfabetismo. Hoje vivemos outro tipo de drama: pessoas que possuem
a capacidade de ler e se recusam a fazê-lo.
(Leandro Karnal. O desafio. Jornal O Estado de São Paulo, set.2021. Adaptado)

Considere as frases retiradas do texto:


• Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense.
• Encontro bem menos leitores.
Assinale a alternativa que apresenta a união dessas frases sem prejuízo ao sentido atribuído
pelo autor.
a) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, visto que en-
contro bem menos leitores.
b) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, por isso en-
contro bem menos leitores.
c) Tenho encontrado defensores e detratores apaixo – nados da obra do recifense, mesmo que
encontre bem menos leitores.
d) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, porque encon-
tro bem menos leitores.
e) Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense, no entanto
encontro bem menos leitores.

No texto, temos: “Tenho encontrado defensores e detratores apaixonados da obra do recifense


[Paulo Freire]. Encontro bem menos leitores.”.
Ao ler as duas frases e pelo sentido do texto, percebemos que há uma relação de adversidade.
São orações coordenadas assindéticas (sem conjunção).
Outros exemplos de conectivos adversativos: mas, porém, entretanto, contudo, todavia.
Letra e.

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Elias Santana

015. (2022/VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/TÉCNICO


LEGISLATIVO)
Livros já venderam mais em 2021 do que em todo o ano passado, mostra pesquisa
A venda de livros em 2021 já superou todo o acumulado do ano passado em apenas dez
meses, mostrando que o mercado editorial vive um momento promissor. Foram vendidos 43,9
milhões de livros este ano, quando em todo o ano de 2020 se comercializaram 41,9 milhões de
exemplares: o crescimento foi de 33% em quantidade de livros e de 31% em faturamento.
Vale lembrar que, se o início da quarentena representou um baque forte para o merca-
do editorial, ele se recuperou em poucos meses e terminou o ano passado com um resultado
favorável. Editores têm apontado que a pandemia estimulou a leitura, restando como uma pos-
sibilidade de lazer ainda acessível durante o período de quarentena.
A política de descontos agressiva das plataformas online também ajudou a aumentar
as vendas. Quem ainda sofre são as livrarias físicas, ameaçadas pela competição com gigan-
tes virtuais que são capazes de praticar preços mais baixos. O setor tem, por motivos como
esse, voltado a se aglutinar em torno da ideia de uma lei que estabeleça preço fixo para livros
recém-lançados.
Walter Porto. https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/12/ livros-ja-venderam-mais-em-2021-do-que-em-to-
do-o-ano-passado-mostra-pesquisa.shtml. 06.12.2021. Adaptado)

O termo destacado na frase do último parágrafo – O setor tem, por motivos como esse, voltado
a se aglutinar em torno da ideia de uma lei... – forma uma expressão que enuncia
a) a causa de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
b) oposição à aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
c) o modo de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.
d) o tempo da aglutinação do setor em torno da ideia de uma lei.
e) a finalidade de o setor aglutinar-se em torno da ideia de uma lei.

Outros conectivos causais: visto que, uma vez que, na medida em que, haja vista que, porquan-
to, já que.

Em provas, é preciso cuidado para não confundir as orações causais e as explicativas entre si,
visto que as duas costumam usar as mesmas conjunções.
Letra a.

016. (2022/VUNESP/PREFEITURA DE JUNDIAÍ-SP/FARMACÊUTICO/EDITAL N. 333)


A ditadura do algoritmo
Recentemente, durante uma reunião com o time de marketing digital que assessora minha
empresa, ouvi a expressão “o algoritmo1 não ficou feliz com esse post 2”. Por ser jurássico na

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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

área de tecnologia, tendo iniciado há quase 40 anos como programador, sei muito bem o que é
um algoritmo. Desenvolvi vários, mas, até hoje, nunca esperei que algum deles ficasse feliz ou
triste com algo que eu declarasse, publicasse ou apresentasse.
Provoquei, perguntando como deixar o sensível algoritmo “feliz”. Ouvi uma sequência de
ações para que qualquer informação das redes sociais seja publicada para um número signifi-
cativo de pessoas. Em outras palavras, é necessária uma série de ações para que o algoritmo
fique “feliz” e lhe conceda, magnanimamente, um espaço no ambiente no qual é soberano.
Considerando-se que, na política, uma ditadura caracteriza-se por um governo autoritário
ou totalitário, não vejo diferença entre a ditadura política e viver num mundo onde um robô ou
uma inteligência artificial interpreta, aprende e provoca contínua e quase naturalmente emo-
ções humanas a partir de um volume monstruoso de informações publicadas a cada segundo.
É a ditadura do algoritmo. Por sinal, nunca a expressão “escravo do sistema” fez tanto sentido.
No caso das redes sociais, o objetivo do “ditador algoritmo” é apresentar a melhor experi-
ência possível a quem estiver navegando, disponibilizando algum conteúdo que seja agradável
à pessoa e bloqueando o que não a agrade, garantindo fidelidade ao aplicativo e a todas as
suas variantes. Mas isso vai além de proporcionar uma boa experiência, pois o perfil de con-
sumo também é mapeado, facilitando a oferta de produtos e serviços aderentes aos anseios
da pessoa.
Essa ditadura do “soberano algoritmo” chega a ser até mais cruel que a ditadura política,
pois é camuflada por imagens agradáveis, frases de incentivo e áudios que tornam o pensa-
mento dos que consomem tudo isso alinhado aos anseios daqueles que criam armadilhas
que levam a uma interpretação equivocada do mundo, conduzindo a decisões irracionais que
atendam às expectativas do “algoz algoritmo”. Que triste estar num mundo em que tudo é fei-
to para que se leia, ouça ou veja somente aquilo que queremos ler, ouvir e ver. A ausência do
contraditório, da discrepância e do discordante infantiliza qualquer relação e impede que se
mantenha a visão sobre o mundo e sobre a vida em evolução contínua.
Algoritmo: conjunto das regras e procedimentos lógicos que levam à solução de um problema.
1

2
Post: postagem, conteúdo publicado em plataformas de comunicação ou sites da internet.
(Edson S. Moraes. https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2021/08/a-ditadura-do-algoritmo.shtml. 21.08.2021.
Adaptado)

O termo destacado na frase do primeiro parágrafo –... mas, até hoje, nunca esperei que algum
deles ficasse feliz ou triste com algo que eu declarasse... – introduz, no contexto em que é
empregado, sentido de
a) oposição.
b) condição.
c) explicação.
d) concessão.
e) comparação

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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

O mas, na frase, exerce papel de conjunção adversativa, indicando ideia de adversidade, con-
traste, oposição.
Outros exemplos de conjunções adversativas: porém, contudo, no entanto, entretanto, todavia.
Letra a.

017. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE VÁRZEA PAULISTA-SP/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO


BÁSICA/ENSINO FUNDAMENTAL) Assinale a alternativa em que a concordância está correta
de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) A menina se mostrou meia preocupada com a situação de seu pai.
b) Já fazem muitos anos que o menino não vai ao dentista, por isso está curioso.
c) A maioria das crianças não gosta de ir ao dentista.
d) Segue anexo à correspondência todas as fichas de clientes do dentista.
e) Existe, nos tempos atuais, muitos procedimentos para combater as cáries.

a) O correto seria meio, pois é um advérbio (portanto, invariável). Meia é metade, ou seja, não
há como a menina ficar metade preocupada e metade sem se preocupar. Meio é um advérbio
de intensidade.
b) O verbo fazer, quando indica tempo decorrido, é impessoal.
c) Concordância correta.
d) Erro de concordância. O correto seria: Seguem anexas à correspondência todas as fichas de
clientes do dentista.
e) O verbo existir deve ser flexionado para concordar com o núcleo do sujeito.
Letra c.

018. (2021/VUNESP/PREFEITURA DE FERRAZ DE VASCONCELOS-SP/ORIENTADOR EDU-


CACIONAL) Leia o texto para responder à questão.
O assalto
A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura*, que dorme de
olhos abertos, ou talvez nem durma, de tão vigilante. Por isso, a família vive tranquila, e nunca
se teve notícia de assalto à residência tão bem protegida.
Até a semana passada. Na noite de quinta-feira, um homem conseguiu abrir o pesado
portão de ferro e penetrar no jardim. Ia fazer o mesmo com a porta da casa, quando o cachor-
ro, que muito de astúcia o deixara chegar lá, para acender-lhe o clarão de esperança e depois
arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna esquerda. O ladrão quis
sacar do revólver, mas não teve tempo para isso. Caindo ao chão, sob as patas do inimigo, su-
plicou-lhe com os olhos que o deixasse viver, e com a boca prometeu que nunca mais tentaria

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

assaltar aquela casa. Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, temendo que se
agravasse a situação.
O animal pareceu compreender a súplica do ladrão, e deixou-o sair em estado deplorá-
vel. No jardim, ficou um pedaço de calça. No dia seguinte, a empregada não entendeu bem por
que uma voz, pelo telefone, disse que era da Saúde Pública e indagou se o cão era vacinado.
Nesse momento, o cão estava junto da doméstica e abanou o rabo, afirmativamente.
(Carlos Drummond de Andrade. O sorvete e outras histórias, 1993. Adaptado)
*Cão robusto de feia aparência

Assinale a alternativa em que o pronome destacado assume sentido possessivo.


a) A casa luxuosa no Leblon é guardada por um molosso de feia catadura, que dorme de olhos
abertos... (1º parágrafo)
b) ... e depois arrancar-lhe toda ilusão, avançou contra ele, abocanhando-lhe a perna esquerda.
(2º parágrafo)
c) Caindo ao chão, sob as patas do inimigo, suplicou-lhe com os olhos que o deixasse viver...
(2º parágrafo)
d) ... e com a boca prometeu que nunca mais tentaria assaltar aquela casa. (2º parágrafo)
e) Falou em voz baixa, para não despertar os moradores, temendo que se agravasse a situa-
ção. (2º parágrafo)

a) Errada. O que é pronome relativo.


b) Certa. O lhe, fazendo as devidas adaptações, pode ser substituído por sua: abocanhando a
sua perna esquerda
c) Errada. O o é objeto direto.
d) Errada. Aquela é pronome demonstrativo.
e) Errada. O se é partícula apassivadora.
Letra b.

019. (2021/VUNESP/CODEN-SP/ALMOXARIFE) Leia o texto para responder à questão.


“A maior parte da população mundial vive hoje nas cidades: essas aglomerações de
pessoas e concreto em que sobram problemas e falta planejamento. A urbanização desorde-
nada traz inúmeros desafios e uma certeza: não há solução para a humanidade que não passe
necessariamente pela transformação das cidades.” É o que defende André Trigueiro, jornalista
especializado em gestão ambiental e sustentabilidade.
Para ele, vivemos um modelo suicida de desenvolvimento e precisamos reinventar o sis-
tema. Ou mudamos ou pereceremos. A preocupação ambiental se reflete no consumo cons-
ciente, mas não no consumismo que degrada a vida porque exaure os estoques de matéria-pri-
ma, que são finitos no planeta.

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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

“Eu procuro economizar água e energia, separo o lixo. Basicamente, tento praticar no dia
a dia aquilo que eu entendo como certo. Estou longe da perfeição e não me considero um mo-
delo, mas descobri a força daquilo que os educadores chamam de pedagogia do exemplo: ‘não
importa o que você fala, importa o que você faz’. É isso que move o mundo.” Ele cita o caso do
aposentado José Alcino Alano, da cidade de Tubarão, que descobriu como fabricar coletores
solares para esquentar a água do banho a partir de garrafas PET e caixas de leite Tetrapak.
Liberou a patente e permitiu que todas as pessoas ou instituições interessadas replicassem o
invento gratuitamente, sem interesse pessoal ou financeiro. “É um caso singular de amor ao
próximo,” comenta Trigueiro.
O poder público também deve adotar medidas educativas e conscientes. Ensinar que
jogar lixo na cidade é um serviço caro e custa muito aos cofres públicos. Além disso, tem de
difundir um discurso responsável. Não é possível falar em preservação da Amazônia e liberar
recursos para a construção de frigoríficos na região – o que estimula a criação de gado, res-
ponsável por 80% de toda a destruição já registrada da floresta, como bem avaliou o ex-minis-
tro da Fazenda Rubens Ricupero.
Trigueiro não considera a tecnologia inimiga da luta pela preservação do planeta. É o
uso que se faz dela que definirá se haverá dano ou benefício. Ela é apenas uma ferramenta
e não a solução definitiva para os graves problemas ambientais que enfrentamos e que nos
ameaçam como espécie.
(filantropia.ong/andretrigueiro.com. Adaptado, acesso em 22.02.2020)

Na frase – O consumismo exaure os estoques de matéria-prima, que são finitos no planeta. – o


pronome em destaque pode ser substituído corretamente por:
a) os quais.
b) a qual.
c) onde.
d) dos quais.
e) aonde.

O que é um pronome relativo que retoma estoques. A única opção possível é os quais. Não
poderia ser dos quais porque o verbo ser não exige preposição.
Letra a.

020. (2020/VUNESP/FITO/AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO/APOIO ADMINISTRATIVO/REPRO-


GRAFIA E GRÁFICA)
Nobel de Economia vai para trio que pesquisa formas de reduzir a pobreza
Neste ano, o comitê do Prêmio Nobel de Economia concedeu a honraria a três pesqui-
sadores da área: Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer.

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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

Segundo os organizadores, os especialistas têm como mérito terem encontrado ma-


neiras eficazes de combater a pobreza no mundo. Eles fizeram isso, cada um à sua maneira,
dividindo um problema global em questões menores, o que facilita o gerenciamento.
Em meados dos anos 1990, o norte-americano Michael Kremer foi a campo testar in-
tervenções que poderiam melhorar o desempenho escolar de crianças no oeste do Quênia.
A francesa Esther Duflo e o indiano Abhijit Banerjee (que são casados) realizaram estudos
semelhantes em outros países. Na Índia, por exemplo, mais de 5 milhões de crianças se be-
neficiaram de programas de reforço em salas de aula. A saúde também está no trabalho dos
laureados. Seus estudos mostraram como populações mais pobres são sensíveis a elevações
de preços nos gastos com saúde preventiva.
Dentre o trio de laureados, vale destacar Esther Duflo: ela é a segunda mulher e a pessoa
mais jovem a receber o Prêmio Nobel de Economia.
(https://revistagalileu.globo.com, 14.10.2019. Adaptado)

A expressão “maneiras eficazes de combater a pobreza” está corretamente substituída, con-


forme a norma-padrão da língua e com o sentido original preservado, por:
a) maneiras eficazes sob o combate contra a pobreza
b) maneiras eficazes ao combate com a pobreza
c) maneiras eficazes do combate sobre a pobreza
d) maneiras eficazes no combate à pobreza
e) maneiras eficazes para o combate pela pobreza

O substantivo combate é regido pela preposição a.


Letra d.

021. (2017/TJSP) Na passagem do 4º parágrafo – Não sabia como e por que, mas agora se
sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima – as expressões destacadas trazem ao
contexto, correta e respectivamente, as ideias de
a) modo, dúvida e lugar.
b) comparação, causa e tempo.
c) modo, causa e lugar.
d) comparação, dúvida e tempo.
e) modo, causa e intensidade.

A questão quer saber apenas a interpretação semântica dos termos destacados. Dizer que
alguém “não sabia como e por que” é o mesmo que dizer que não sabia o modo e a causa. Por
fim, o vocábulo “mais” intensifica o quão perto se está da água.
Letra e.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

022. (2017/TJSP) No trecho “Ainda por motivos mais econômicos, os venezuelanos fogem em
massa.”, a preposição em destaque forma uma expressão cuja circunstância traduz ideia de
a) modo.
b) intensidade.
c) finalidade.
d) consequência.
e) causa.

A Vunesp adora esse tipo de questão, que exige do candidato o valor semântico de uma ex-
pressão introduzida por uma preposição. No texto, podemos entender que “por motivos econô-
micos” é a causa que justifica a fuga dos venezuelanos.
Letra e.

023. (2017/TJSP) Leia o poema de Mario Quintana para responder à questão.


Outra estatística
Leio que certa cidade,
E olhe que não das maiores,
Tem quatro milhões de almas...
Mas isso deve ser para atenuar a situação.
O que a cidade tem, no duro,
São quatro milhões de bocas!
(Mario Quintana. Da preguiça como método de trabalho)

Com base no verso “O que a cidade tem, no duro...”, assinale a alternativa que traz, correta e
respectivamente, a relação de sentido estabelecida pela locução adverbial destacada e o ad-
vérbio que pode substituí-la nesse contexto.
a) Intensidade / excessivamente.
b) Tempo / hodiernamente.
c) Afirmação / certamente.
d) Modo / rigorosamente.
e) Dúvida / provavelmente.

A expressão coloquial “no duro” foi empregada com o sentido de com certeza. Em outras pala-
vras, ela possui valor de afirmação.
Letra c.

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024. (2017/TJSP) No enunciado “Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados


triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa...”, a conjunção “e”, que introduz o
trecho destacado, imprime a este o sentido de
a) condição.
b) consequência.
c) tempo.
d) oposição.
e) causa.

Em muitas oportunidades, a conjunção “e” não é empregada com valor aditivo. O meu conse-
lho é: sempre interprete a informação introduzida por esse conectivo! Segundo o texto, foi devi-
do ao fato de os cuidados triunfarem do mal (a causa) que Fadinha ficou boa (consequência).
Letra b.

025. (2017/TJSP) Nos trechos “Remígio dizia, sinceramente, quem sabe?” e “Remígio é atual-
mente um alto funcionário”, os advérbios em destaque, no contexto em que ocorrem, estabele-
cem, respectivamente, relações de sentido de:
a) afirmação e tempo.
b) modo e tempo.
c) afirmação e intensidade.
d) modo e lugar.
e) negação e lugar.

Nem sempre um advérbio dotado do sufixo –mente expressa modo. O primeiro (“sinceramen-
te”) expressa modo, mas o segundo (“atualmente”) indica tempo.
Letra b.

026. (2017/TJSP) Quanto ao sentido, a oração destacada em “A mãe, conquanto insensível às


boas ações, não pôde disfarçar a admiração e o prazer que o moço lhe causou...” equivale a:
a) conforme insensível às boas ações.
b) porque insensível às boas ações.
c) apesar de insensível às boas ações.
d) como insensível às boas ações.
e) portanto insensível às boas ações.

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GRAMÁTICA
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Elias Santana

Veja a importância de se decorar as conjunções! Você já usou, na sua vida, um “conquanto”?


Acredito que não! Mas, se você tiver lido a tabela de conjunções, saberá que esta é uma con-
junção concessiva, assim como apesar de. Falaremos mais sobre esse assunto quando che-
garmos às orações subordinadas adverbiais e às orações coordenadas! Aqui, só foi uma breve
noção do que veremos!
Letra c.

027. (2017/CRBIO1) Em – Preciso falar urgentemente com o senhor.–, o termo destacado


apresenta circunstância de modo, o que também ocorre em:
a) Dias desses, fui ouvir as mensagens do celular.
b) – Obrigada por ser tão grosseiro! e desligou o telefone.
c) Com calma, tentei explicar que, antes de mais nada, era preciso estudar para ser atriz.
d) Bastante orgulhosa da pimpolha, a mãe revelou...
e) Daqui a pouco, vai estar numa novela!

Assim como “urgentemente” é um advérbio de modo, você deve encontrar outro, entre as al-
ternativas, que apresente a mesma característica semântica. “Dias desses” expressa tempo;
“tão”, intensidade; “com calma”, modo; “bastante”, intensidade; “numa novela”, lugar.
Letra c.

028. (2017/UNESP) Leia a tira.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

Nas falas do caracol, os advérbios “Normalmente”, “bem” e “devagar” expressam, respectiva-


mente, circunstâncias de
a) modo, modo e modo.
b) tempo, modo e intensidade.
c) modo, intensidade e modo.
d) tempo, intensidade e modo.
e) modo, meio e causa.

O vocábulo “normalmente”, assim como “devagar”, expressa o modo como o animal anda. Já
“bem” intensifica o quando devagar ele anda.
Letra c.

029. (2017/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP) Assinale a alternativa que apresenta a afir-
mação correta a respeito dos trechos selecionados do texto.
a) Em “a série ‘Jornada nas Estrelas’ exibia um futuro que parecia realmente improvável e dis-
tante”, a expressão destacada apresenta circunstância de meio, indicando que o futuro imagi-
nado pela série era inconcebível.
b) Em “com a missão de explorar o espaço e ir ‘aonde nenhum homem jamais esteve’”, a ex-
pressão destacada apresenta circunstância de lugar, indicando que o objetivo da missão era
colonizar e dominar planetas desconhecidos.
c) Em “Sempre que o capitão Kirk estava em apuros, abria seu comunicador”, a expressão
destacada apresenta circunstância de modo, indicando que a personagem muitas vezes se via
em perigo.
d) Em “a série previu com surpreendente exatidão a relação do homem com a tecnologia”, a
expressão destacada apresenta circunstância de causa, indicando que a série previu acertada-
mente o uso dos atuais recursos tecnológicos.

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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

e) Em “a equipe tinha homens e mulheres de diferentes etnias trabalhando em igualdade”, a ex-


pressão destacada apresenta circunstância de afirmação, indicando que a divisão de trabalho
era realizada democraticamente.

a) Errada. Na letra A, “realmente” indica afirmação, confirmação.


b) Errada. Na letra B, “jamais” é um advérbio de negação.
d) Errada. Na letra D, “com surpreendente exatidão” indica modo.
e) Errada. Na letra E, “em igualdade” denota o modo como as etnias trabalham.
Letra c.

030. (2016/PREFEITURA DE GUARULHOS) Considere as seguintes construções do 2º


parágrafo:
• Meninas são menos provocadoras do que meninos…
• A prática é um pouco mais frequente nas escolas privadas […] do que na rede pública…
Nos contextos em que são empregadas, as palavras destacadas estabelecem relação de
a) comparação.
b) negação.
c) correção.
d) dúvida.
e) aprovação.

Note que os vocábulos “menos” e “mais” foram usados para estabelecer uma comparação
entre “meninas” e “meninos” e entre “escolas privadas” e “rede pública”, respectivamente.
Letra a.

031. (2016/UNIFESP) Observe as passagens:


• … e agora quer começar uma carreira médica. (2º parágrafo);
• … ele tem 80 anos. Isto mesmo, 80. (3º parágrafo);
• Talvez a expectativa de vida não permita… (4º parágrafo).

As expressões destacadas expressam, respectivamente, sentido de


a) lugar, modo e causa.
b) tempo, afirmação e dúvida.
c) afirmação, afirmação e dúvida.
d) tempo, modo e afirmação.
e) modo, dúvida e intensidade.

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Morfossintaxe do Período Simples
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“Agora” indica em que momento a carreira médica vai se iniciar (tempo).


“Isso mesmo” foi usado para confirmar a idade que ele tem (afirmação). “Talvez” coloca em
dúvida o que a expectativa de vida pode permitir.
Letra b.

032. (2016/UNIFESP) O emprego do adjetivo anteposto ao substantivo realça a qualidade que


a este se atribui, o que se pode comprovar com a expressão em destaque na seguinte passa-
gem do texto:
a) Os bastidores do vestibular são cheios de histórias – curiosas, estranhas, comoventes.
b) O jovem que chega atrasado por alguns segundos, por exemplo, é uma figura clássica...
c) Veio do Japão aos 11 anos, (…) e agora quer começar uma carreira médica.
d) Eu ponderaria que nem tudo na vida se regula pelo critério cronológico.
e) Os resultados do difícil exame trazem desilusão para muitos jovens…

Na letra A, os adjetivos “curiosas, estranhas, comoventes” estão pospostos ao substantivo


“histórias”. O mesmo ocorre nas demais alternativas (“clássica” = adjetivo, “figura” = substanti-
vo / “médica” = adjetivo, “carreira” = substantivo / “cronológico” = adjetivo, “critério” = substan-
tivo), exceto na letra E, em que o adjetivo “difícil” está anteposto ao substantivo “exame”.
Letra e.

033. (2016/UNIFESP) Assinale a alternativa em que a preposição “de” expressa sentido


de origem.
a) Mas existem outras figuras capazes de chamar a atenção.
b) “Agora posso realizar um sonho que trago da infância”.
c) Nada surpreendente, não fosse a idade do Takeshi...
d)... pensam em desistir por causa de um fracasso.
e) E aí de novo ele dá um exemplo.

A banca Vunesp adora cobrar questões em que o candidato deve interpretar o sentido de uma
expressão preposicionada. Veja que, na letra B, é possível entender que o sonho do indivíduo
é originário da infância dele. Nas letras A e D, as preposições aparecem por exigência dos vo-
cábulos “capazes” e “causa”, respectivamente. Na letra C, “Takeshi” é o possuidor da idade. Na
letra E, “de novo” denota tempo.
Letra b.

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034. (2016/UNIFESP) Muitos pensam em desistir __________uma carreira, pois acreditam que
não estejam aptos ____________ enfrentar o difícil exame do vestibular.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respecti-
vamente, com:
a) de... à
b) a... em
c) em... de
d) de... para
e) à... a

Como você já percebeu, a Vunesp é fã de preposições. Nesse caso, você deve estar atento(a)
ao que os vocábulos “desistir” e “aptos” exigem. O primeiro pede a preposição “de”. O segundo
aceita a preposição “a” ou “para”. Mas a letra A não pode ser marcada, uma vez que o “à”, devi-
do à presença da crase, também possui um artigo, que não pode ser colocado antes de verbos
(“enfrentar”).
Letra d.

035. (2016/CÂMARA DE MARÍLIA-SP) Na passagem do primeiro parágrafo –... que pudesse


explicar o Brasil com apenas um título que... –, a preposição “com” forma uma expressão cujo
sentido indica
a) lugar.
b) modo.
c) conformidade.
d) instrumento.
e) causa.

A expressão “com apenas um título” expressa o modo como se pode explicar o Brasil.
Letra b.

036. (2016/IPSMI) No trecho do segundo parágrafo, – Se observarmos a vida dos idosos


atualmente... –, o termo destacado indica uma circunstância de tempo, assim como o termo
destacado em:
a) ... podemos facilmente perceber que o que pensam os sábios... (2º parágrafo)
b) ... a velhice agora pode ser sinônimo de vida ativa... (2º parágrafo)
c) ... se a velhice for acompanhada, necessariamente, de boa saúde e lucidez. (3º parágrafo)
d) ... esses benefícios só poderão ser conquistados se a velhice... (3º parágrafo)
e) ... essa etapa importante da vida possui uma receita mais simples ainda... (4º parágrafo)

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“Facilmente” é um advérbio de modo; “necessariamente”, modo; “só”, exclusão; “mais”,


intensidade.
Letra b.

037. (2016/UNESP) Uma palavra que substitui a expressão destacada em – A iniciativa co-
meçou com frutos e legumes, mas, pouco a pouco, está se expandindo. –, sem alteração de
sentido, é:
a) subitamente.
b) paulatinamente.
c) repentinamente.
d) provavelmente.
e) impreterivelmente.

A banca quer que o candidato troque a locução adverbial por um advérbio. É uma questão que
envolve mais a compreensão do texto do que o conhecimento gramatical. “Pouco a pouco” é o
mesmo que paulatinamente, gradativamente.
Letra b.

038. (2016/UNESP) Um termo que introduz uma exemplificação no enunciado está em desta-
que na seguinte passagem:
a) Frequentemente desprezadas por terem um aspecto que não está de acordo com os “pa-
drões de beleza” impostos pela indústria… (1º parágrafo)
b) Vender uma maçã com um rótulo cujo logotipo mostra um rosto com um único dente aos
produtores… (3º parágrafo)
c) … os produtos menos esteticamente atrativos também são de qualidade e, inclusive, mais
baratos. (4º parágrafo)
d) Agora, engloba também outros produtos, como queijos e cereais ingeridos no café da ma-
nhã. (5º parágrafo)
e) ... aproveita a luta contra os resíduos a fim de voltar a vender parte da produção que não é
normalmente valorizada… (6º parágrafo)

Nessa questão, em vez de destacar termos de mesma classe gramatical, o examinador usou
itens morfológicos diferentes (preposição, pronome relativo, advérbio, preposição e pronome
relativo, respectivamente), e o candidato deve identificar qual deles introduz uma informação
exemplificativa. Isso fica claro na letra D, pois “queijos e cereais” são exemplos de “outros pro-
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dutos”. Detalhe importante: nesse caso, o “como” é chamado de preposição acidental, uma vez
que essa palavra não é verdadeiramente uma preposição, mas está exercendo a função de uma.
Letra d.

039. (2016/MPE-SP) Leia a charge.

Assinale a alternativa cujos termos preenchem, respectivamente, as lacunas da charge, ga-


rantindo-lhe a coesão e a coerência; e cujo sentido estabelecido entre eles está corretamente
indicado entre parênteses.
a) sob... sobre (causa)
b) em... sem (modo)
c) sem... com (oposição)
d) sob... em (lugar)
e) sobre... em (consequência)

Na Vunesp, frequentemente, há questões com imagens – que devem ser usadas para que
ocorra a compreensão completa do que o examinador quer. A tirinha revela usos diferentes de
uma espécie de chapéu, em situações opostas. Por isso, a interpretação correta é sem crise
econômica/com crise econômica.
Letra c.

040. (2016/MPE-SP) Observe as passagens do 3º parágrafo do texto:


• ... não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que lhe repugnasse...;
• ... era mais inteligente e instruída que ele.
O par de adjetivos em destaque, na primeira passagem, e a conjunção em destaque, na se-
gunda, estabelecem entre as informações do texto, respectivamente, as seguintes relações
de sentido:
a) equivalência e conclusão.

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b) equivalência e comparação.
c) oposição e comparação.
d) oposição e causa.
e) equivalência e consequência.

Na primeira oração, os dois adjetivos são antônimos, o que caracteriza a oposição. Na segun-
da, a conjunção estabelece a comparação entre duas pessoas acerca da inteligência e instru-
ção de cada um.
Letra c.

041. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO) Leia um trecho


da entrevista com o psiquiatra Miguel Chalub, para responder a questão.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a depressão será a doença mais co-
mum do mundo em 2030 – atualmente, 121 milhões de pessoas sofrem do problema.
Para o psiquiatra Miguel Chalub, há um certo exagero nessas contas. Ele defende que
tanto os pacientes quanto os médicos estão confundindo tristeza com depressão. Ele afirma
que os psiquiatras são os que menos receitam antidepressivos, porque estão mais preparados
para reconhecer as diferenças entre a “tristeza normal e a patológica”.
ISTOÉ: Por que tantas previsões alarmantes sobre o aumento da depressão no mundo?
Miguel Chalub: Porque estão sendo computadas situações humanas de luto, de tristeza,
de aborrecimento, de tédio. Não se pode mais ficar entediado, aborrecido, chateado, porque
isso é imediatamente transformado em depressão. É a medicalização de uma condição huma-
na, a tristeza. É transformar um sentimento normal, que todos nós devemos ter, dependendo
das situações, numa entidade patológica.
ISTOÉ: A que se deve essa mudança?
Miguel Chalub: Primeiro, a uma busca pela felicidade. Qualquer coisa que possa atra-
palhá-la tem que ser chamada de doença, porque, aí, justifica: “Eu não sou feliz porque estou
doente, não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim mesmo. Segundo, à tendên-
cia de achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da
felicidade. Eu não preciso mais ser infeliz.
ISTOÉ: O que diferencia a tristeza normal da patológica?
Miguel Chalub: A intensidade. A tristeza patológica é muito mais intensa. A normal é um
estado de espírito. Além disso, a patológica é longa.
(Adriana Prado. https://istoe.com.br/74405_O+HOMEM+NAO+ACEITA+ MAIS+FICAR+TRISTE+/ Publicado em
26/05/2010. Adaptado.)

Leia as frases.
As previsões alusivas _______ aumento da depressão são alarmantes.

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Os sentimentos de tédio ou de tristeza são inadequadamente convertidos _______ estados


depressivos.
Qualquer situação que possa ser um obstáculo _______ felicidade é considerada doença. Para
que haja coerência com as ideias do texto e com a regência nominal estabelecida pela norma-
-padrão, as lacunas das frases devem ser preenchidas, respectivamente, por:
a) ao … com … na
b) ao … em … à
c) do … com … na
d) com o … em … para
e) com o … para … à

É uma questão de regência nominal/verbal. “Alusivas” exige a preposição “a”; “convertidos,


“em”; “obstáculo”, “a”.
Letra b.

042. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE SERTÃOZINHO-SP/FARMACÊUTICO) Leia o texto de


Ruy Castro, para responder a questão.
Todos chegarão lá
O Brasil está envelhecendo. Segundo projeções oficiais, 20% da população terá mais de
60 anos em 2030.
Em números absolutos, esperam-se perto de 50 milhões de idosos em 2030 – imagine
o volume de antidepressivos, estimulantes e produtos geriátricos que isso vai exigir.
Não quer dizer que a maioria desses macróbios¹ seguirá o padrão dos velhos de antiga-
mente, que, mal passados dos 60, equipados com boina, cachecol, suéter, cobertor nas pernas,
eram levados para tomar sol no parquinho.
Quero crer que os velhos de 2030 se parecerão cada vez mais com meus vizinhos do
Baixo Vovô, aqui no Leblon – uma rede de vôlei frequentada diariamente por sexa ou septuage-
nários torrados de sol, com músculos invejáveis e capazes de saques e cortadas mortíferas. A
vida para eles nunca parou.
Por sorte, a aceitação do velho é agora maior do que nunca. Bem diferente de 1968 –
apogeu de algo que me parecia fabricado, chamado “Poder Jovem” –, em que ser velho era
quase uma ofensa. À idade da razão, que deveria ser a aspiração de todos, sobrepunha-se o
que Nelson Rodrigues denunciava como “a razão da idade”: a juventude justificando todas as
injustiças e ignomínias² (como as da Revolução Cultural, na China, em que velhos eram humi-
lhados publicamente por ser velhos).
Naquela mesma época, o rock era praticado por jovens esbeltos, bonitos e de longas
cabeleiras louras, para uma plateia de rapazes e moças idem. Hoje, ele é praticado por velhos

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carecas, gordos e tatuados, para garotos que podiam ser seus netos. Já se pode confiar em
maiores de 60 anos e, um dia, todos chegarão lá.
(Folha de S. Paulo, 04/10/2013. Adaptado)

¹ macróbios: pessoas que chegaram à idade muito avançada


² ignomínias: infâmias; desonra infligida por julgamento público
A alternativa correta quanto à concordância verbal encontra-se em:
a) Felizmente vêm se alterando as atitudes dos jovens em relação ao idoso, hoje mais aceito
socialmente.
b) Entre os acessórios utilizados pelos idosos que antigamente frequentava os parquinhos
estão a boina e o cachecol.
c) Existem, atualmente, idosos que foge ao antigo padrão de comportamento caracterizado
por uma vida monótona e sem atrativos.
d) Como ocorrem em outros países, a população do Brasil também está envelhecendo.
e) Em números absolutos, haverão 50 milhões de idosos no Brasil que vão consumir todo tipo
de produtos para essa faixa etária.

Na letra b, o correto seria frequentavam; na letra c, fogem; na letra d, ocorre; na letra e, haverá.
Letra a.

043. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/AUXILIAR)


A língua maltratada
É impressionante como as pessoas falam e escrevem de maneira errada. Presenciar
punhaladas na língua não me assusta tanto. Fico de cabelo em pé ao perceber que as pessoas
acham feio falar corretamente. Se alguém usa uma palavra diferente, numa roda de amigos,
acaba ouvindo:
— Hoje você está gastando, hein?
Vira motivo de piada. O personagem que fala certinho é sempre o chato nos programas
humorísticos. Mesmo em uma cidade como São Paulo, onde a concorrência profissional é
enorme, ninguém parece preocupado em corrigir erros de linguagem. Incluem-se aí profissio-
nais de nível universitário.
Um dos maiores crimes é cometido contra o verbo haver. Raramente alguém coloca o
H. Mesmo em jornais, costumo ler: “Não se sabe a quanto tempo…”.
Outro dia, estava assistindo ao trailer de Medidas Extremas. Lá pelas tantas, surge a
legenda: “Vou previni-lo”. O verbo é prevenir. No filme Asas do Amor, também não falta uma
preciosidade. Diz-se que um personagem é “mal”. O certo é “mau”.

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Legendas de filme não deveriam sofrer um cuidado extra? Para se defender, o responsá-
vel pelas frases tortas é bem capaz de dizer:
— Deu para entender, não deu?
Errar, tudo bem. O problema é deixar o erro seguir em frente.
Em novelas de televisão, no teatro, nos filmes, por exemplo, justifica-se empregar uma
linguagem coloquial*, pois os atores devem falar como as personagens que interpretam. Mas
há limites, pode-se manter o tom coloquial sem massacrar a língua.
Muita gente passa o dia malhando na academia. Outros conhecem vinhos. Existem
gourmets capazes de identificar um raro tempero na primeira garfada. Analistas econômicos
são capazes de analisar todas as bolsas do universo. No entanto, boa parte acha normal atro-
pelar o português.
Descaso com a língua é desprezo em relação à cultura. Será que um dia essa mentali-
dade vai mudar?
(Walcyr Carrasco. VejaSP, 22/04/1998. Adaptado)
*coloquial: informal

No quinto parágrafo, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a frase citada pelo
autor deveria ser: “Não se sabe há quanto tempo…”.
Tendo isso em vista, assinale a alternativa em que o verbo haver foi empregado com o mesmo
sentido dessa frase.
a) Não há argumentos plausíveis em seu depoimento.
b) Eles vêm se preparando há meses para a viagem.
c) Há cinco pessoas à espera de atendimento médico.
d) Para a festa, há que decorar adequadamente o clube.
e) Este contratempo não há de comprometer os resultados.

O verbo haver no enunciado foi empregado para indicar tempo transcorrido, o que ocorre tam-
bém na letra b. Na letra a e na letra c, o sentido é de existir; na letra d e na letra e, funciona
como auxiliar de locução verbal.
Letra b.

044. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE MARÍLIA-SP/AUXILIAR) Assinale a alternativa correta


quanto à concordância verbal e nominal estabelecida pela norma-padrão.
a) São habituais nos programas humorísticos a presença de personagens chatos.
b) Em reuniões de amigos, aqueles que usam palavras incomuns frequentemente é discriminado.
c) Há pessoas que se empenham em conhecer detalhadamente vinhos e pratos saboroso e
raros, mas descuida da comunicação.

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d) Existe, mesmo entre pessoas com nível superior, profissionais que não têm conhecimento
da norma-padrão.
e) É coerente as personagens empregarem linguagem coloquial, no entanto, para o autor, não
deve haver exageros.

Na letra a, o correto seria é habitual; na letra b, são discriminados; na letra c, saborosos e des-
cuidam; na letra d, existem.
Letra e.

045. (2017/VUNESP/CÂMARA DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE ITANHAÉM-SP/ASSISTENTE


LEGISLATIVO)
A gente ainda não sabia
A gente ainda não sabia que a Terra era redonda. E pensava-se que nalgum lugar, muito
longe, deveria haver num velho poste uma tabuleta qualquer — uma tabuleta meio torta e onde
se lia, em letras rústicas: FIM DO MUNDO. Ah! depois nos ensinaram que o mundo não tem fim
e não havia remédio senão irmos andando às tontas como formigas na casca de uma laranja.
Como era possível, como era possível, meu Deus, viver naquela confusão?
Foi por isso que estabelecemos uma porção de fins de mundo...
(Mário Quintana, A vaca e o hipogrifo)

Assinale a alternativa em que uma outra redação dada a trecho do poema está de acordo com
a norma-padrão de concordância.
a) Tabuletas meio tortas e onde se lia frases.
b) Deveriam existir em velhos postes umas tabuletas quaisquer.
c) Não haviam remédios senão irmos andando às tontas.
d) E pensavam-se em lugares muito distante.
e) Mais de um ainda não sabiam que a Terra era redonda.

Na letra a, o correto seria se liam; na letra c, havia; na letra d, pensava-se e distantes; na letra e,
sabiam. Falaremos mais ainda sobre essa questão no PDF de partícula SE.
Letra b.

046. (2017/VUNESP/CÂMARA DE PORTO FERREIRA-SP/ASSESSOR DE IMPRENSA)


Em 1933, a pintora paulista Tarsila do Amaral, um dos expoentes do modernismo na-
cional, concluiu sua tela Operários, na qual retrata a enorme diversidade étnica dos brasileiros
que chegavam aos magotes para trabalhar nas fábricas de São Paulo nos anos 30. Hoje, mais
de oito décadas depois, a tela de Tarsila poderia trazer alguns brasileiros humildes usando

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um chapéu de formatura, para simbolizar que até filhos de operários, em certos casos, podem
concluir um curso universitário.
A mudança na paisagem é resultado da adoção da política de cotas raciais e sociais,
que vem sendo implantada no país nos últimos quinze anos, com o objetivo de abrir as portas
das universidades públicas a negros, pardos, índios e pobres – e acaba de ganhar a adesão da
Universidade de São Paulo, a melhor do Brasil. Hoje, finalmente, é possível fazer um balanço
dessa política, e a conclusão é inequívoca: do ponto de vista acadêmico, as cotas estão cum-
prindo seu papel. Além disso, todos aqueles mitos – segundo os quais as cotas derrubariam
a qualidade do ensino universitário, estimulariam a evasão, acirrariam conflitos raciais – aca-
baram mostrando-se apenas isso: mitos. É um feito a comemorar num Brasil tão carente de
notícias positivas.
Dito isso, é preciso não perder de vista que a política das cotas não é uma boa solução.
Na verdade, é lamentável que tenha de ser adotada. Afinal, sua implantação é a expressão
cabal da profunda desigualdade étnica e social do Brasil. As cotas, raciais ou sociais, são
portanto um atalho para compensar um descaminho. O desejável, mesmo, é que elas sejam
temporárias e, em seu lugar, o país abra escolas de qualidade para todos, negros e brancos,
pobres e ricos, de tal modo que as oportunidades sejam iguais para todos – e o mérito de cada
um, apenas o mérito, torne-se a medida do triunfo individual.
(Carta ao Leitor. Veja, 16.08.2017. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.


a) O acesso às universidades podem ser um caminho para uma vida melhor.
b) Com as cotas, garantiram-se vagas a negros, pardos, índios e pobres nas universidades.
c) Houveram muitos mitos quando se cogitaram a implementação das cotas.
d) Já fazem quinze anos que as cotas nas universidades vem sendo implementadas.
e) As cotas, implementadas no país nos últimos quinze anos, é um feito a comemorar.

Na letra a, o correto seria pode; na letra c, houve; na letra d, fazem; na letra e, são.
Letra b.

047. (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)


Cresce preocupação de investidores com sustentabilidade
Pesquisa da consultoria Ernst & Young mostra que cada vez mais os investidores consi-
deram dados socioambientais e de governança antes de decidir pôr dinheiro em uma empresa.
No ano passado, 68% disseram que essas informações têm papel fundamental na esco-
lha do destino final dos recursos. É uma evolução em relação a 2015, quando 52% afirmavam
atentar para essas questões. A consultoria ouviu 320 investidores ao redor do mundo, sendo
um terço deles com mais de US$ 10 bilhões em ativos sob gestão.
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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

No Brasil, uma das tentativas de estabelecer parâmetros sobre esses dados para o
mercado financeiro vem do Índice de Sustentabilidade da Bolsa. Os dados comparam o de-
sempenho de empresas sob aspectos como eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça
social e governança corporativa. Desde que foi lançado, esse Índice já acumula valorização de
154,6%. Para H. Bueno, da EY, escândalos ambientais e sociais recentes – e as consequências
desses casos sobre as ações das empresas – fazem com que a sustentabilidade ganhe mais
espaço dentro das corporações.
O estudo cita o episódio envolvendo uma grande fabricante de veículos, que usava um
software para manipular testes de verificação das emissões de gases poluentes pelos veículos
da montadora.
Nos dias seguintes às denúncias, as ações da empresa chegaram a desvalorizar 42,2%.
O mercado e os consumidores cobram idoneidade das companhias. “O consumidor tem
uma reação imediata em parar de consumir o produto de empresas que estão envolvidas em
corrupção e em algum tipo de manipulação. A sustentabilidade é um caminho sem volta. As
empresas precisam transitar por esse caminho, senão vão ser penalizadas no mercado consu-
midor ou na capacidade de receber investimentos”, afirma Bueno.
(Danielle Brant. Folha de S. Paulo, 07/08/2017. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal e nominal prevista pela


norma padrão.
a) Os testes para verificar se a emissão de gases poluentes eram adequadas foram falsifica-
dos pela montadora.
b) A sustentabilidade é essencial para corporações que desejam estar alinhadas com as ex-
pectativas dos consumidores.
c) Os investidores, antes de aplicar seu dinheiro nas empresas, analisa se elas seguem pa-
drões administrativo corretos.
d) Eficiência econômica, justiça social e governança corporativa são valores, hoje em dia, mui-
to prestigiado pela sociedade.
e) A honestidade e a eficiência na gestão administrativa têm sido imprescindível para os con-
sumidores conscientes dos seus direitos.

Na letra a, o correto seria era; na letra c, analisam; na letra d, prestigiados; na letra e, im-
prescindíveis.
Letra b.

048. (2017/VUNESP/IPRESB-SP/ASSISTENTE PREVIDENCIÁRIO)


A idade das palavras
Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que, em
geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plastificada dizendo “Eu sou
prafrentex!”.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava comportamentos
mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um grupo de amigos, o máximo
de liberdade imaginável até então.
Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito. Houve
época em que era “pão”, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e meia noto alguém
exclamar à passagem de um homem atlético: “Ai, que pão!”.
Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica difícil
mudar o modo de falar.
Lembro o sucesso de “boko moko”, criado por uma marca de refrigerante para rotular de
cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona vale? Ou devo dizer “out”,
como na década de 90?
Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os ami-
gos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir “tou numas com ela”, equivalente,
guardadas algumas proporções, ao “ficar” de hoje em dia.
Que adolescente aceitaria hoje ir a um “mingau dançante”? Vão para a balada, para a
“night”. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde!
Muita gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas es-
quecem que, no seu tempo, também a usavam.
Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda se fala
“hype” para indicar algo que no passado foi “in”. Ou que alguém é “fashion”, para dizer que está
“nos trinques”, como nos anos 80.
A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade mais do
que as rugas!
(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

De acordo com a concordância verbal estabelecida pela norma-padrão, está correta a alternativa:
a) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade quando se em-
prega gírias ultrapassadas na comunicação.
b) Para o autor, não existe cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
empregam gírias ultrapassadas na comunicação.
c) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
empregam gírias ultrapassadas na comunicação.
d) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que esconda a idade quando se
emprega gírias ultrapassadas na comunicação.
e) Para o autor, não existem cirurgias e aplicação de botox que escondam a idade quando se
emprega gírias ultrapassadas na comunicação.

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Elias Santana

Na letra a, o correto seria “existe” e “empregam”; na letra b, “existe”. Na letra d e na letra e, EM-
PREGAM. O verbo “esconder” pode ficar tanto no singular quanto no plural. Isso depende do
termo a que o pronome relativo faz referência. Você verá isso melhor no módulo de orações
adjetivas!
Letra c.

049. (2017/VUNESP/PREFEITURA DE ITANHAÉM-SP/RECEPCIONISTA)


Geração Cibernética
Os computadores ficaram mais fáceis. Uso um computador como uma supermáquina
de escrever. Recentemente, o filho de um amigo, de 11 anos, estava em casa. Em segundos,
trocou a imagem de “papel de parede”. Descobriu jogos. Baixou arquivos. Apagou alguns, de-
pois de me mostrar que tornavam meu laptop mais lento. Impossível eu não me sentir um asno
quando um moleque dá com simplicidade lições sobre uma máquina que me acompanha há
anos. A verdade é que me sinto um asno até mesmo diante de um micro-ondas de última gera-
ção, com múltiplas funções. Sonho com os aparelhos antigos, com uma única função. Bastava
apertar um botão e pronto!
A questão é que as crianças de hoje em dia já nascem sabendo. Ou quase. Qualquer uma
pega um celular e aprende as funções em segundos! Tablet e laptop nem se fala. Pesquisam,
descobrem jogos, quebram senhas. Para essa geração que vem aí, a cibernética é simples.
Fico tentando achar explicações. Terá havido uma mudança cerebral? Não digo física, embora
acredite na evolução das espécies. Mas na forma de usar os neurônios? Surgiram diferentes
formas de pensar e analisar o mundo, a partir da cibernética? É um novo tipo de inteligência
que desponta?
Seja o que for, essa ligação umbilical com celulares e computadores terá efeitos no fu-
turo próximo. Como serão essas crianças quando adultas? Sem dúvida, mais informadas, com
mais ferramentas de pesquisa e conhecimento. Quais serão, porém, seus valores, na medida
em que a internet é uma terra de ninguém? Estamos diante de um novo jeito de ser, viver e pen-
sar. E como tudo o que é novo, por mais correções que sejam necessárias, também implicará
um passo à frente, em termos de civilização. Não tenha dúvidas: seu filho será muito diferen-
te de você.
(Walcyr Carrasco. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ walcyrcarrasco/noticia/2016/10/
geracao-cibernetica.html. Publicado em 27 out. 2016. Acesso em: 03 jun. 2017. Adaptado)

Nas frases, a concordância das palavras está de acordo com a norma padrão da língua por-
tuguesa em:
a) A partir da cibernética, surge novas e diferentes formas de pensar e analisar o mundo.

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b) A verdade é que me sinto pouco à vontade com tantas funções disponível nos aparelhos de
micro-ondas.
c) A ligação umbilical das crianças com celulares e computadores terão efeitos no futu-
ro próximo.
d) Depois de me mostrar que alguns arquivos tornavam meu laptop mais lento, o garoto
apagou-os.
e) Ainda que correções precise ser feitas, tudo o que é novo também significará um pas-
so à frente.

Na letra a, o correto seria surgem; na letra b, disponíveis; na letra c, terá; na letra e, precisem.
Letra d.

050. (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia a mensagem a seguir.


Os interessados em fazer o curso de mecânica automotiva têm até o dia 30 deste mês para se
inscrever.
Toda a documentação exigida deverá, imprescindivelmente, estar ___________ à ficha de inscri-
ção __________ na recepção da empresa.
O local de realização das aulas práticas será ____________ posteriormente.
Atenciosamente, a Diretoria
Assinale a alternativa que preenche, respectivamente e de acordo com a norma-padrão da lín-
gua portuguesa, as lacunas dessa mensagem.
a) anexado… distribuída… definida
b) anexado… distribuídas… definido
c) anexada… distribuídas… definida
d) anexada… distribuída… definido
e) anexada… distribuídas… definido

Na primeira lacuna, emprega-se anexada para concordar com “documentação”, assim como
distribuída. Na terceira, emprega-se definido para concordar com “local”.
Letra d.

051. (2017/VUNESP/CÂMARA DE SUMARÉ-SP/ESCRITURÁRIO) Leia o texto “Procura-se


restaurante sem TV”, para responder à questão.
No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes prediletos.
É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um almoção de domingo.
Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas ao ar livre. O jardim é a parte do
restaurante preferida por famílias. Fica cheio de crianças nos fins de semana.

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Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme televisão
no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia – juro – um programa
sobre o cultivo de orégano. Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos
os donos. Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.
“Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV”, disse um dos proprietários. “Tem
gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai embora.”
Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais difícil.
Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas paredes para os clien-
tes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que já fui com amigos a bares para
assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas não consigo entender como uma família
prefere ficar vendo um programa sobre plantação de orégano a conversar.
Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer tentativa
de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as caixas cobriam toda a
área do lugar.
O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar gostando do
programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem trocar uma palavra, aparen-
temente hipnotizado pelas informações sobre a melhor época para plantar orégano.
Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de que
o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.
(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09/05/2012. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase, reescrita a partir das ideias do texto, está correta quanto
à concordância verbal.
a) Existe pessoas que vem aqui, perguntam se tem TV e, quando respondo não, parte
rapidamente.
b) Existe pessoas que vêm aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.
c) Existem pessoas que vem aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.
d) Existem pessoas que vêm aqui, pergunta se tem TV e, quando respondo não, parte
rapidamente.
e) Existem pessoas que vêm aqui, perguntam se tem TV e, quando respondo não, partem
rapidamente.

Primeiramente, emprega-se “existem” para concordar com “pessoas”; de maneira semelhante,


os verbos “vêm”, “perguntam” e “partem” devem estar no plural.
Letra e.

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052. (2017/VUNESP/TJ-SP/ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já
tinham feito – ele transferiu sua equipe para um chamado escritório aberto, sem paredes e
divisórias.
Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem
juntos, para se conectarem e colaborarem mais facilmente. Mas em pouco tempo ficou claro
que Nagele tinha cometido um grande erro. Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e
os nove empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.
Em abril de 2015, quase três anos após a mudança para o escritório aberto, Nagele
transferiu a empresa para um espaço de 900 m² onde hoje todos têm seu próprio espaço, com
portas e tudo.
Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto – cerca de 70% dos escri-
tórios nos Estados Unidos são assim – e até onde se sabe poucos retornaram ao modelo de
espaços tradicionais com salas e portas.
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvol-
ver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espa-
ços de trabalho abertos – fatores que estão contribuindo para uma reação contra esse tipo de
organização.
Desde que se mudou para o formato tradicional, Nagele já ouviu colegas do setor de
tecnologia dizerem sentir falta do estilo de trabalho do escritório fechado. “Muita gente concor-
da – simplesmente não aguentam o escritório aberto. Nunca se consegue terminar as coisas
e é preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele. É improvável que o conceito de escritório
aberto caia em desuso, mas algumas firmas estão seguindo o exemplo de Nagele e voltando
aos espaços privados.
Há uma boa razão que explica por que todos adoram um espaço com quatro paredes e
uma porta: foco. A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tempo, e
pequenas distrações podem desviar nosso foco por até 20 minutos.
Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally Augus-
tin, psicóloga ambiental e de design de interiores.
(Bryan Borzykowski, “Por que escritórios abertos podem ser ruins para funcionários.” Disponível em: <www1.
folha.uol.com.br>. Acesso em: 04/04/2017. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a nova redação dada ao seguinte trecho do primeiro parágrafo
apresenta concordância de acordo com a norma-padrão:
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já tinham feito.
a) Muitos executivos já havia transferido suas equipes para o chamado escritório aberto, como
feito por Chris Nagele.
b) Mais de um executivo já tinham transferido suas equipes para escritórios abertos, o que só
aconteceu com Chris Nagele fazem mais de quatro anos.

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c) O que muitos executivos fizeram, transferindo suas equipes para escritórios abertos, tam-
bém foi feito por Chris Nagele, faz cerca de quatro anos.
d) Devem fazer uns quatro anos que Chris Nagele transferiu sua equipe para escritórios aber-
tos, tais como foi transferido por muitos executivos.
e) Faz exatamente quatro anos que Chris Nagele fez o que já tinham sido feitos por outros
executivos do setor.

Na letra a, o adequado seria haviam transferido; na letra b, tinha transferido e faz; na letra d,
deve fazer e tinha sido feito; na letra e, tinha sido feito.
Letra c.

053. (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder à questão.


Confirmando-se a análise do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, a
maior parte do Nordeste brasileiro enfrentará mais três meses de chuvas abaixo do normal, de
abril a junho, prolongando uma seca que já dura cinco anos.
(Folha de S. Paulo, 03/04/2017)

Assinale a alternativa em que a reescrita de partes do texto está em conformidade com a nor-
ma-padrão de concordância.
a) De acordo com o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, a seca que já fazem
cinco anos que dura se prolongará.
b) A seca que há cinco anos o Nordeste enfrenta deverá prolongar-se, já que serão mais três
meses de chuvas abaixo do normal.
c) Grande parte do Nordeste brasileiro continuará a enfrentar a seca, já que as chuvas que
ocorre por lá está abaixo do normal.
d) Chuvas abaixo do normal e uma seca que já dura cinco anos faz com que se prolongue o
problema no Nordeste brasileiro.
e) A baixa incidência de chuvas no Nordeste prolongarão a seca que já tem mais de cinco anos,
analisa o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos.

Na letra a, além de o texto estar mal elaborado, o correto seria faz; na letra c, ocorrem e estão;
na letra d, fazem; na letra e, prolongarão.
Letra b.

054. (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder à questão.


É urgente
A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão os milicianos armados com fuzil
na Venezuela é a pior de suas ideias ruins.

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Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas. Caso
não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo: vai prolongar-se na criminalida-
de típica de uma população armada e, em grande parte, indesarmável. Ainda por motivos mais
econômicos, os venezuelanos fogem em massa. Seu número cresce. O Brasil está atrasado,
como se indiferente, nas providências para essa emergência social.
(Jânio de Freitas, “É urgente”. Folha de S. Paulo, 20/04/2017)

Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem sujeito elíptico.


a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins.
b) ... os venezuelanos fogem em massa
c) ... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo...
d) Seu número cresce.
e) Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas.

Todas as alternativas possuem sujeito simples (inclusive a letra c, que será compreendida com
mais facilidade no PDF de funções do SE). Na letra e, o sujeito elíptico fazer referência a “pior
de suas ideias ruins”.
Letra e.

055. (2017/VUNESP/TJ-SP/SERVIÇO SOCIAL) Leia o texto para responder à questão.


A moléstia conservou durante muitos dias – dias angustiosos e terríveis – um caráter
de excessiva gravidade; durante longo tempo, Fadinha, que estava com todo o corpo cruelmen-
te invadido pela medonha erupção, teve a existência por um fio. Entretanto, os cuidados da
ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadinha ficou boa, completamente boa,
depois de ter estado suspensa entre a vida e a morte.
Ficou boa, mas desfigurada: a moça mais bonita do Rio de Janeiro transformara-se num
monstro. Aquele rosto intumescido e esburacado não conservara nada, absolutamente nada
da beleza célebre de outrora. Ela, porém, consolou-se vendo que o amor de Remígio, longe de
enfraquecer, crescera, fortificado pelo espetáculo do seu martírio.
A mãe, conquanto insensível às boas ações, não pôde disfarçar a admiração e o prazer
que o moço lhe causou no dia em que lhe pediu a filha em casamento, dizendo:
— Só havia um obstáculo à minha felicidade: era a formosura – de Fadinha. Agora que
esse obstáculo desapareceu, espero que a senhora não se oponha a um enlace que era o de-
sejo de seu marido.
Realizou-se o casamento. D. Firmina, desprovida sempre de todo o senso moral, enten-
deu que devia ser aproveitado o rico enxoval oferecido pelo primeiro noivo; Remígio, porém,
teve o cuidado de fazer com que o restituíssem ao barão. A cerimônia efetuou-se com toda a
simplicidade, na matriz do Engenho Novo.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita, não da boniteza irra-
diante e espetaculosa de outrora, mas, enfim, com um semblante agradável, o quanto bastava
para regalo dos olhos enamorados do esposo. Remígio dizia, sinceramente, quem sabe? que a
achava assim mais simpática, e os sinais das bexigas lhe davam até um “não sei quê”, que lhe
faltava dantes.
— Não é bela que me inquiete, nem feia que me repugne. Era assim que eu a desejava.
O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. Remígio é atualmente um alto
funcionário, pai de cinco filhos perfeitamente educados.
(Arthur Azevedo, “A moça mais bonita do Rio de Janeiro”. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Evanildo Bechara, em sua Moderna Gramática Portuguesa, ensina que “os verbos que apresen-
tam significado lexical referente a realidades bem concretas não necessitam de outros signos
léxicos. A tradição gramatical chama intransitivos a tais verbos”. O exposto pelo autor está
corretamente exemplificado pelo verbo destacado em:
a)... que lhe faltava dantes.
b) Ficou boa, mas desfigurada...
c) Só havia um obstáculo à minha felicidade...
d) Fadinha [...] teve a existência por um fio.
e) Ainda vivem.

Nas letras a, c e d, os verbos são transitivos. Na letra b, de ligação.


Letra e.

056. (2017/VUNESP/TJ-SP/PSICÓLOGO) Leia o texto para responder à questão.


A moléstia conservou durante muitos dias – dias angustiosos e terríveis – um caráter
de excessiva gravidade; durante longo tempo, Fadinha, que estava com todo o corpo cruelmen-
te invadido pela medonha erupção, teve a existência por um fio.
Entretanto, os cuidados da ciência e a ciência dos cuidados triunfaram do mal, e Fadi-
nha ficou boa, completamente boa, depois de ter estado suspensa entre a vida e a morte.
Ficou boa, mas desfigurada: a moça mais bonita do Rio de Janeiro transformara-se num
monstro. Aquele rosto intumescido e esburacado não conservara nada, absolutamente nada
da beleza célebre de outrora. Ela, porém, consolou-se vendo que o amor de Remígio, longe de
enfraquecer, crescera, fortificado pelo espetáculo do seu martírio.
A mãe, conquanto insensível às boas ações, não pôde disfarçar a admiração e o prazer
que o moço lhe causou no dia em que lhe pediu a filha em casamento, dizendo:
— Só havia um obstáculo à minha felicidade: era a formosura – de Fadinha. Agora que
esse obstáculo desapareceu, espero que a senhora não se oponha a um enlace que era o de-
sejo de seu marido.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

Realizou-se o casamento. D. Firmina, desprovida sempre de todo o senso moral, enten-


deu que devia ser aproveitado o rico enxoval oferecido pelo primeiro noivo; Remígio, porém,
teve o cuidado de fazer com que o restituíssem ao barão. A cerimônia efetuou-se com toda a
simplicidade, na matriz do Engenho Novo.
Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita, não da boniteza irra-
diante e espetaculosa de outrora, mas, enfim, com um semblante agradável, o quanto bastava
para regalo dos olhos enamorados do esposo. Remígio dizia, sinceramente, quem sabe? que a
achava assim mais simpática, e os sinais das bexigas lhe davam até um “não sei quê”, que lhe
faltava dantes.
— Não é bela que me inquiete, nem feia que me repugne. Era assim que eu a desejava.
O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem. Remígio é atualmente um alto
funcionário, pai de cinco filhos perfeitamente educados.
(Arthur Azevedo, “A moça mais bonita do Rio de Janeiro”. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Na Nova Gramática do Português Contemporâneo, os autores Celso Cunha e Lindley Cintra


explicam que o adjunto adnominal “é o termo de valor adjetivo que serve para especificar ou
delimitar o significado de um substantivo, qualquer que seja a função deste.” Tal definição está
corretamente exemplificada com a expressão destacada em:
a) Um ano depois do casamento, Fadinha estava outra vez bonita...
b) O caso é que ambos foram muito felizes. Ainda vivem.
c) ... absolutamente nada da beleza célebre de outrora.
d) ... com todo o corpo cruelmente invadido pela medonha erupção...
e) ... depois de ter estado suspensa entre a vida e a morte.

“De outrora” é um termo preposicionado que se refere ao substantivo “beleza”, que é concreto.
Por isso, é um adjunto adnominal. Na letra a, o termo destacado é um adjunto adverbial; na
letra b, predicativo do sujeito; na letra d, agente da passiva; na letra e, adjunto adverbial.
Letra c.

057. (2017/VUNESP/UNESP/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)


Fogo e Madeira
Não foi pouco para um único dia de fiscalização. Dois caminhões, um trator, uma camio-
nete e uma pá carregadeira foram inutilizados pelo Ibama*, por servirem à extração ilegal de
madeira na divisa entre Rondônia e Mato Grosso.
Embora os agentes do instituto tivessem o que comemorar, seria incorreto qualificar
como êxito o que ocorreu – pelo menos de uma perspectiva mais alongada no tempo.

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A facilidade com que se encontraram sinais flagrantes de desmatamento nada mais


revela do que o extremo de sem- -cerimônia dos madeireiros ilegais na Amazônia.
Autorizada por decreto de 2008, a destruição dos equipamentos empregados nessa
atividade predatória parece ser uma das poucas punições efetivamente ressentidas pelos in-
fratores. Levada a cabo por meio de helicópteros, a ação do Ibama afugenta, pelo mero estar-
dalhaço de sua aproximação, os responsáveis diretos pelo crime.
Porém, mal os helicópteros levantam voo novamente, o desmatamento prossegue. Ope-
rações dessa monta se fazem de raro em raro, e os madeireiros não chegam a abalar-se da
área protegida.
Além da óbvia extensão da floresta, outros fatores tornam complexa a fiscalização. Ma-
deireiros possuem, por exemplo, licença para a exploração sustentável do recurso natural, mas
a utilizam para enveredar em áreas protegidas.
Iniciativas mais extensas e difíceis, mas de maior alcance, envolveriam o engajamento
da população em outras atividades atraentes do ponto de vista econômico. A falta de alterna-
tivas de trabalho sem dúvida explica por que madeireiros ilegais encontram algum apoio entre
os habitantes da região.
Ainda que fulgurante, a ação de poucos fiscais será incapaz de interromper o
desmatamento.
* Ibama: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Folha de S. Paulo, 24/12/2016. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a reescrita do período “Além da óbvia extensão da floresta, ou-
tros fatores tornam complexa a fiscalização.” (6º parágrafo) está correta quanto à concordân-
cia, de acordo com a norma-padrão.
a) Além da óbvia extensão da floresta, há outros fatores que tornam complexas qualquer ou-
tras atividades de fiscalização.
b) Além da óbvia extensão da floresta, existe outros fatores que tornam complexas qualquer
outras atividades de fiscalização.
c) Além da óbvia extensão da floresta, sabem-se de outros fatores que tornam complexa quais-
quer outras atividades de fiscalização.
d) Além da óbvia extensão da floresta, há outros fatores que tornam complexas quaisquer ou-
tras atividades de fiscalização.
e) Além da óbvia extensão da floresta, existem outros fatores que torna complexas quaisquer
outras atividades de fiscalização.

Na letra a, o correto seria quaisquer, na letra b; existem e quaisquer; na letra c, sabe-se (vai
ficar mais claro na aula d funções do SE); na letra e, tornam.
Letra d.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

058. (2017/VUNESP/TJM-SP/ESCREVENTE/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A concordância está


de acordo com a norma-padrão da língua na frase:
a) Muito antes de haver história, já existia seres humanos.
b) Animais bastante similares aos humanos modernos podiam ser encontrado por volta de 2,5
milhões de anos atrás.
c) Na África Oriental de 2 milhões de anos atrás, certas características humanas familiares
poderiam ser muito bem observadas.
d) Esses humanos arcaicos competiam por status e poder, assim como ocorriam com os chim-
panzés, os babuínos e os elefantes.
e) Eles próprios não havia de suspeitar que seus descendentes um dia viajariam à Lua.

Na letra a, o correto seria existiam; na letra b, ser encontrados; na letra d, ocorria; na letra e,
haviam de suspeitar.
Letra c.

059. (2017/VUNESP/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR JURÍDICO) Leia o


texto “Star Trek” para responder à questão.
Quando estreou, em 1966, a série “Jornada nas Estrelas” exibia um futuro que pare-
cia realmente improvável e distante. A série era ambientada no século 23 e acompanhava as
aventuras dos tripulantes da nave espacial Enterprise, com a missão de explorar o espaço e ir
“aonde nenhum homem jamais esteve”.
O teletransporte ainda não virou realidade, mas muitos gadgets* da série passaram a
integrar o cotidiano. Sempre que o capitão Kirk estava em apuros, abria seu comunicador e
entrava em contato com a equipe. Trinta anos depois, a Motorola lançou o StarTAC, populari-
zando o uso da telefonia móvel. Os acertos não pararam por aí: da impressora 3D à televisão
de tela plana, dos disquetes aos dispositivos USB, a série previu com surpreendente exatidão
a relação do homem com a tecnologia.
“Jornada nas Estrelas” era transgressora em sua diversidade: a equipe tinha homens e
mulheres de diferentes etnias trabalhando em igualdade. Hoje, ainda não existem habitantes
de Vulcano morando entre nós, mas a ideia de que pessoas de gêneros e etnias diferentes
possam cumprir as mesmas funções não é mais algo utópico.
(Aventuras na História, outubro de 2014. Adaptado)
*gadgets: dispositivos, aparelhos

Leia a frase reescrita a partir das ideias do texto.


_________________em promover a igualdade de gênero e etnias, os episódios de “Jornada nas
Estrelas” retratavam o empenho e a coragem _________________ da tripulação que, conjunta-
mente, agia para superar todas as adversidades.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser preenchi-
das, correta e respectivamente, por:
a) Interessada … contínuas
b) Interessada … contínuos
c) Interessado … contínuos
d) Interessados … contínuos
e) Interessados … contínuas

Na primeira lacuna, emprega-se interessados para concordar com “episódios”; na segunda,


contínuos, para concordar com “empenho” e “coragem”.
Letra d.

060. (2017/VUNESP/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP/TELEFONISTA)


Uso de eletrônicos em excesso atrasa desenvolvimento infantil, diz Unicamp
Um estudo da Faculdade de Educação da Unicamp, em Campinas (SP), concluiu que as
crianças que usam aparelhos eletrônicos sem controle e não brincam, ou brincam pouco, no
“mundo real”, podem ter atraso no desenvolvimento. A pesquisa foi realizada com meninos e
meninas de 8 a 12 anos de idade, que ficam de quatro a seis horas diante das telas de compu-
tadores, tablets, celulares e videogames.
Para a pedagoga Ana Lúcia Pinto de Camargo Meneghel, as crianças que se enquadram
nesse perfil acabam não brincando e nem tendo uma rotina, o que afeta o ritmo de construção
do desenvolvimento cognitivo.
Ao todo, 21 meninos e meninas de uma escola particular na região de Campinas passa-
ram por testes para avaliar as capacidades que eles precisam ter para, inclusive, aprender bem
o conteúdo ensinado na escola. Para a surpresa da pesquisadora, de todas as crianças, apenas
uma mostrou possuir as habilidades esperadas para essa faixa.
O uso de eletrônicos em si não é exatamente o problema, segundo a pesquisa, mas sim
a falta de brincadeiras no “mundo real”.
“O mais importante é eles brincarem. É preciso oferecer a essas crianças atividades que
estimulem a criatividade”.
Segundo a pesquisa, quando a criança brinca, faz uso de operações que garantem no-
ção operatória de espaço, tempo e causalidade.
(Disponível em http://www.unicamp.br/unicamp/clipping/2016/10/19/ uso-de-eletronicos-em-excesso-atrasade-
senvolvimento-infantil-diz-unicamp. Acesso em 29/09/2016. Adaptado)

O segmento do texto – É preciso oferecer a essas crianças atividades que estimulem a criati-
vidade. – apresenta reescrita correta, quanto à concordância das palavras, conforme a norma-
-padrão da língua portuguesa, em:

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

a) Precisam ser oferecidas a essas crianças atividades que estimulem a criatividade.


b) Precisa ser oferecida a essas crianças atividades que estimulem a criatividade.
c) Precisa ser oferecidas a essas crianças atividade que estimulem a criatividade.
d) Precisam ser oferecida a essas crianças atividade que estimulem a criatividade.
e) Precisam ser oferecida a essas crianças atividades que estimule a criatividade.

Se for empregado “atividade”, os verbos devem ser empregados no singular. Se for “ativida-
des”, no plural.
Letra a.

061. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/ASSISTENTE ESCOLAR)


Preconceito na escola
Não há um único dia em que vários preconceitos, dos mais diversos tipos, não se expres-
sem em ambiente escolar. Aliás, é no mínimo estranho que tenhamos tantas preocupações e
campanhas contra o chamado bullying na escola e pouco ou quase nada contra o preconceito.
Afinal, a maior parte dos comportamentos de assédio moral* nasce de preconceitos!
Recentemente tivemos notícia de dois episódios de preconceito na escola: o da mãe
que recebeu um bilhete da professora pedindo para aparar ou prender os cabelos dos filhos
(ambos negros) – fato ocorrido em nosso país – e o da garota negra lanchando sozinha ao
lado de uma mesa com vários colegas brancos juntos – este, ocorrido na África do Sul.
Muita gente se indignou, mas muita gente também não viu nada de mais em ambos
os casos. Choveram justificativas e até acusações para explicar as situações, o que sinaliza
como é difícil reconhecer nossos preconceitos e, acima de tudo, conter suas manifestações e
colaborar para que a convivência social seja mais digna.
Por que enviamos nossos filhos para a escola? Hoje, não dá mais para aceitar como
uma boa razão apenas o ensino das disciplinas do conhecimento. Essa razão é pobre em de-
masia para motivar o aluno a aprender. Para que nossos filhos garantam um futuro de suces-
so? O estudo escolar não oferece mais essa garantia.
Deveríamos ter como forte razão para enviar nossos filhos à escola o preparo para a
cidadania, ou seja, o ensino dos valores sociais que vão colaborar para a formação de um cida-
dão de bem. Ensinar a reconhecer os principais preconceitos de nossa sociedade, suas várias
formas de manifestação e como combatê-los é função das mais importantes da escola.
*assédio moral: exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas
e prolongadas, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.
(Rosely Sayão. www.folha.uol.com.br, 28/06/2016. Adaptado)

A forma verbal destacada neste trecho do 3º parágrafo – Choveram justificativas e até acu-
sações para explicar as situações… – pode ser substituída, conforme a norma- -padrão da
língua, por:

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

a) Houve.
b) Surgiu.
c) Apareceu.
d) Foi apontado.
e) Foram citado.

Para empregar os demais verbos, o correto seria surgiram, apareceram, foram apontadas e
foram citadas.
Letra a.

062. (2016/VUNESP/ODAC/AGENTE ADMINISTRATIVO)


Por que achamos que ser magro é bonito?
Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um passeio
rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza.
Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos que “magreza = beleza”?
A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação
com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as
obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais
gordura do que as modelos de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho
eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica perma-
nece. “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a
poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.
Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era
um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais co-
mida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que
as modelos extremamente magras sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito
magra com tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais
procedimentos estéticos e cirurgias para atingir a dita “perfeição” — exige dinheiro, mais um
obstáculo.
Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9º ano do Ensino Fundamental já se
preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a
probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de ano-
rexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns
sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia explica a tendência: “Enquanto a moeda de
valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência”.
(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08/07/2015. Adaptado)

O sinal de igual (=) em – Por que achamos que “magreza = beleza”? (1º parágrafo) – pode ser
substituído, sem prejuízo de sentido e com a regência de acordo com a norma padrão da língua
portuguesa, por:
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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

a) é associada pela
b) é o mesmo em que
c) é equivalente a
d) é compatível de
e) é igual em

É uma questão que envolve regência. Seria adequado empregar “é associada a”, “é o mesmo
que”, “é compatível a” ou “é igual a”.
Letra c.

063. (2016/VUNESP/ODAC/AGENTE ADMINISTRATIVO)


O resgate do casaco
Já entrávamos no restaurante quando minha amiga deu um grito. Tinha esquecido seu
casaco no táxi. Vi no seu olho o tamanho da perda. Mulher sabe.
Não era um casaco qualquer. Era daqueles que jamais poderão ser substituídos, roupas
energéticas que serão lembradas para todo o sempre. Nem pestanejei. Corri para a rua. O táxi
ainda estava parado no semáforo da esquina. Me concentrei na atleta que poderia existir ocul-
ta dentro de mim e fiz minha melhor performance nos cem metros rasos.
Quando estava bem perto, o sinal abriu e o táxi acelerou. Tive vontade de chorar. Eu
estava quase. Por muito pouco não o alcancei. Desisti por um momento, ofegante, mas um pe-
queno engarrafamento parou o carro novamente. Inflei mais uma vez minha esperança atlética
e dei o melhor de mim.
Não reconhecia minhas pernas se alternando em tamanha velocidade e agora eu já
pensava muito mais na minha capacidade de atingir o que me parecia impossível do que no
casaco da minha amiga.
Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a apenas alguns passos de
minhas potentes pernas. Não parei. Não sei o que me deu. Não sei como, mas continuei a cor-
rer. Não pude engolir dois fracassos. Fui além. Corri no limite do impossível.
O resgate do casaco virou uma questão de honra, de exercício da esperança duas vezes
desafiada. Agora eu corria gritando a plenos pulmões:
— Pare este táxi! Pare este táxi!
Deu certo. Pararam o táxi e eu, quase morrendo, recuperei o precioso casaco de
minha amiga.
Quando o coloquei em suas mãos, ela me abraçou e caiu numa crise de choro. Não pa-
rava de chorar. Entendi que o casaco não era o que mais importava também para ela, e juntas
choramos abraçadas sob os olhares curiosos de nossos maridos.
Tínhamos ambas nos transformado pelo que tinha acontecido. Tão banal e tão revelador.

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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

Minha amiga sempre me fala da história do casaco. Diz que sempre se lembra dela e
que já chegou a vesti-lo quando estava prestes a desistir de uma empreitada sem ao menos
ter tentado.
Quanto a mim, sei o quanto foi especial aquele momento. Minha esperança em vaivém,
tornando-se elástica quando tudo parecia perdido. Uma heroína desconhecida se fazendo va-
ler à minha revelia, desafiada pela frustração de sucessivos quases.
(Denise Fraga. www.folha.uol.com.br. 08/05/2016. Adaptado)

A expressão destacada em – Inacreditavelmente, o carro se pôs de novo em movimento a


apenas alguns passos de minhas potentes pernas. (6º parágrafo) – pode ser corretamente
substituída por:
a) reatou ante o movimento
b) retornou sob o movimento
c) recuperou ao movimento
d) retomou o movimento
e) reiniciou no movimento

Questão novamente de regência. O correto seria “reatou o movimento”, “retornou ao movimen-


to”, “recuperou o movimento” ou “reiniciou o movimento”.
Letra d.

064. (2016/VUNESP/ODAC/AGENTE ADMINISTRATIVO) Quanto à concordância, respeitan-


do-se a norma-padrão da língua portuguesa, está correta a frase:
a) Existe roupas que tem significados importantes para os seus donos.
b) Houve instantes em que o táxi e o casaco foram quase alcançados.
c) As amigas, depois de recuperado o casaco, se abraçou com emoção.
d) Os maridos das amigas as olhava muito surpresos diante do ocorrido.
e) A história do casaco permanecem nas lembranças das duas amigas.

Na letra a, o correto seria existem, na letra c, se abraçaram; na letra d, olhavam; na letra e,


permanece.
Letra b.

065. (2016/VUNESP/PREFEITURA DE ALUMÍNIO-SP/PROCURADOR JURÍDICO) A frase re-


digida corretamente, quanto à concordância padrão, é:
a) Faz alguns anos, alguns repórteres dirigiram a mim uma pergunta que passou a me incomodar.
b) Na maioria das vezes, as perguntas que me eram feitas não me deixava muito constrangido.

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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

c) Os repórteres ficavam intrigados com o fato de ser gasto muitas horas para ir ao trabalho.
d) Aos poucos, começou a me incomodar as horas que eu perdia dentro do carro nas estradas.
e) Passei a me preocupar com cálculos e porcentagens, o que se mostraram extremamente
torturante.

Na letra b, o correto seria deixavam; na letra c, serem gastas, na letra d, começaram; na letra
e, se mostrou.
Letra a.

066. (2016/VUNESP/MPE-SP/BIÓLOGO)
A República dos Estados Unidos da Bruzundanga tinha, como todas as repúblicas que
se prezam, além do presidente e juízes de várias categorias, um Senado e uma Câmara de
Deputados, ambos eleitos por sufrágio direto e temporários ambos, com certa diferença na
duração do mandato: o dos senadores, mais longo; o dos deputados, mais curto.
O país vivia de expedientes, isto é, de cinquenta em cinquenta anos descobria-se nele
um produto que ficava sendo a sua riqueza. Os governos taxavam-no a mais não poder, de
modo que os países rivais, mais parcimoniosos na decretação de impostos sobre produtos se-
melhantes, acabavam, na concorrência, por derrotar a Bruzundanga; e, assim, ela fazia morrer
a sua riqueza, mas não sem os estertores de uma valorização duvidosa. Daí vinha que a grande
nação vivia aos solavancos, sem estabilidade financeira e econômica; e, por isso mesmo, dan-
do campo a que surgissem, a toda hora, financeiros de todos os seus cantos e, sobretudo, do
seu parlamento.
Naquele ano, isto dez anos atrás, surgiu na sua Câmara um deputado que falava muito
em assuntos de finanças, orçamentos, impostos diretos e indiretos e outras coisas cabalísti-
cas da ciência de obter dinheiro para o Estado. Chamava-se o deputado Felixhimino ben Kar-
patoso. Se era advogado, médico, engenheiro ou mesmo dentista, não se sabia bem; todos
tratavam-no de doutor, embora nada se conhecesse dele.
(Lima Barreto, Um grande financeiro. Os bruzundangas. Adaptado)

Assinale a alternativa que reescreve passagem do texto respeitando a norma-padrão de con-


cordância verbal e nominal.
a) Bastava cinquenta anos para que fosse descoberto no país produtos novos, que acabava
sendo a riqueza do país.
b) Os mandatos de senador e deputado durava tempo diferente, sendo mais longos o dos
primeiros.
c) a Bruzundanga haviam Senado e Câmara de Deputados, que o povo, em massa, apoiavam
confiantes.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

d) Naquele ano, isto já faziam dez anos, surgiu um deputado muito bem falante em assuntos
financeiros.
e) Todas as repúblicas que se prezam possuem Senado e Câmara escolhidos pelos cidadãos,
o mais possível confiantes em seus representantes.

Na letra a, o correto seria bastavam e fossem descobertos; na letra b, duravam e os; na letra c,
havia, apoiava e confiante; na letra d, fazia.
Letra e.

067. (2016/VUNESP/UFABC/ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) Leia o texto, para respon-


der à questão.
O que é a paixão senão um sentimento imenso que nos tira a razão? Quando estamos
apaixonados, não queremos nada, além daquilo ou daquele que nos hipnotizou.
Ficamos cegos e nada mais faz sentido. Tudo em nossa volta se transforma em um
nevoeiro, cinza e espesso, permitindo ver apenas o que tanto queremos.
Todos nos apaixonamos, seja por alguém ou por algo, e de repente nossos corações
perdem a harmonia das batidas. De repente somos fisgados por algo que nos conquistou.
Não somente os jovens, adultos ou velhos se apaixonam. As crianças também. E, as-
sim, um dia caí na armadilha de um cupido mal-intencionado.
Eu era criança, não lembro minha idade, mas lembro que aqui no hospital amanhecera.
Dava para sentir o calor da luz do sol e o silêncio que pairava no ambiente do quarto onde, so-
zinho, eu ficava.
Em instantes, alguém, que estava ali para cuidar de mim, entra no quarto. Havia uma
vitrola e, para permitir um momento agradável, essa que veio ser minha cuidadora pôs um
disco para tocar. Não tenho certeza, mas era um vinil com canções românticas de uma des-
sas novelas.
Não sei como foi, mas lembro até hoje o nome dessa que, naquele dia, me ofertou gran-
de afeto. Seu nome era Silvana, e lembro que ela tinha cabelos compridos e loiros.
Enquanto a música tocava, eu sentia que algo não estava certo com ela. Parecia que,
apesar de estar diante de mim, estava com seu coração em outro mundo.
Mesmo assim, eu me sentia bem e feliz. Depois do banho e do café da manhã, ela sai do
quarto para outras tarefas. Embalado pelas músicas da vitrola, fico vislumbrando a paisagem
da janela. Bem ao longe, em cima do prédio da Faculdade de Medicina, em frente ao Instituto
onde fico, uma bandeira do Brasil dança ao ritmo do vento que a embala.
Muitos momentos, quando se é garoto, são como fotografias, nas quais o maior senti-
mento que se expressa é a solidão.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

A música parou de tocar, e assim voltei meu olhar para o quarto em que somente eu es-
tava presente. Não demorou muito para que Silvana voltasse e colocasse outro disco. Poucas
horas depois, irei dormir feliz, pois o carinho e o afeto que Silvana me permitiu deixarão um
doce conforto. Como o filho de que a mãe cuida, fecho meus olhos, tranquilo e feliz.
Mas, infelizmente, nada dura para sempre. Veio outra pessoa cuidar de mim no dia se-
guinte, e no lugar do afeto que Silvana trazia, não veio o desprezo, mas alguém em quem eu
mal poderia encontrar conforto. Aos soluços, pedi de volta a Silvana que tinha cuidado de mim
no dia anterior. A resposta das minhas súplicas foi que ela não viria mais.
(Paulo Henrique, Minha primeira paixão. Disponível em: www.folha.uol.com.br. Acesso em 16/02/2016.
Adaptado)

Assinale a alternativa que reescreve a passagem – Havia uma vitrola e, para permitir um mo-
mento agradável, essa que veio ser minha cuidadora pôs um disco para tocar. – de acordo com
a norma-padrão de concordância verbal e nominal.
a) Havia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastantes agradáveis, uma das que se
dispôs a ser nossas cuidadoras puseram discos de vinil para tocar.
b) Existiam tocas-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradável, uma das que
se dispuseram a ser nossas cuidadoras puseram discos de vinis para tocar.
c) Existia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastantes agradáveis, uma das que se
dispôs a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinis para tocar.
d) Haviam tocas-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradável, uma das que
dispuseram a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinil para tocar.
e) Havia toca-discos e, para que tivéssemos momentos bastante agradáveis, uma das que se
dispuseram a ser nossas cuidadoras pôs discos de vinil para tocar.

Na letra a, o correto seria bastante, dispuseram e pôs; na letra b, toca-discos, agradáveis, e pôs;
na letra c, existiam, bastante e dispuseram; na letra d, havia.
Letra e.

068. (2016/VUNESP/IPSMI/PROCURADOR)
CONTRATEMPOS
Ele nunca entendeu o tédio, essa impressão de que existem mais horas do que coisas
para se fazer com elas. Sempre faltou tempo para tanta coisa: faltou minuto para tanta música,
faltou dia para tanto sol, faltou domingo para tanta praia, faltou noite para tanto filme, faltou
ano para tanta vida.
Existem dois tipos de pessoa. As pessoas com mais coisa que tempo e as pessoas com
mais tempo que coisas para fazer com o tempo.
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Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

As pessoas com menos tempo que coisa são as que buzinam assim que o sinal fica
verde, e ficam em pé no avião esperando a porta se abrir, e empurram e atropelam as outras
para entrar primeiro no vagão do trem, e leem livros que enumeram os “livros que você tem que
ler antes de morrer” ao invés de ler diretamente os livros que você tem de ler antes de morrer.
Esse é o caso dele, que chega ao trabalho perguntando onde é a festa, e chega à festa
querendo saber onde é a próxima, e chega à próxima festa pedindo táxi para a outra, e chega à
outra percebendo que era melhor ter ficado na primeira, e quando chega a casa já está na hora
de ir para o trabalho.
Ela sempre pertenceu ao segundo tipo de pessoa. Sempre teve tempo de sobra, por
isso sempre leu romances longos, e passou tardes longas vendo pela milésima vez a segunda
temporada de “Grey’s Anatomy” mas, por ter tempo demais, acabava sobrando tempo demais
para se preocupar com uma hérnia imaginária, ou para tentar fazer as pazes com pessoas que
nem sabiam que estavam brigadas com ela, ou escrever cartas longas dentro da cabeça para
o ex-namorado, os pais, o país, ou culpar o sol ou a chuva, ou comentar “e esse calor dos infer-
nos?”, achando que a culpa é do mau tempo quando na verdade a culpa é da sobra de tempo,
porque se ela não tivesse tanto tempo não teria nem tempo para falar do tempo.
Quando se conheceram, ele percebeu que não adiantava correr atrás do tempo porque
o tempo sempre vai correr mais rápido, e ela percebeu que às vezes é bom correr para pensar
menos, e pensar menos é uma maneira de ser feliz, e ambos perceberam que a felicidade é
uma questão de tempo. Questão de ter tempo o suficiente para ser feliz, mas não o bastante
para perceber que essa felicidade não faz o menor sentido.
(Gregório Duvivier. Folha de S. Paulo, 30/11/2015. Adaptado)

Assinale a alternativa em que o trecho destacado na passagem – Ele nunca entendeu o tédio,
essa impressão de que existem mais horas do que coisas para se fazer com elas. –, reescrito,
apresenta concordância e correlação de tempos verbais de acordo com a norma-padrão
a)... têm mais horas do que coisas que se faça com elas.
b)... há mais horas do que coisas que se façam com elas
c)... haviam mais horas do que coisas que se faziam com elas.
d)... podia existir mais horas do que coisas que se faziam com elas.
e)... houveram mais horas do que coisas que se fez com elas.

O verbo ter não pode ser usado como impessoal. Nas demais, o correto seria havia, podiam
existir e houve.
Letra b.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

069. (2016/VUNESP/UNIFESP/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO)


É permitido sonhar
Os bastidores do vestibular são cheios de histórias – curiosas, estranhas, comoventes.
O jovem que chega atrasado por alguns segundos, por exemplo, é uma figura clássica, e paté-
tica. Mas existem outras figuras capazes de chamar a atenção.
Takeshi Nojima é um caso. Ele fez vestibular para a Faculdade de Medicina da Universi-
dade do Paraná. Veio do Japão aos 11 anos, trabalhou em várias coisas, e agora quer começar
uma carreira médica.
Nada surpreendente, não fosse a idade do Takeshi: ele tem 80 anos. Isto mesmo, 80.
Numa fase em que outros já passaram até da aposentadoria compulsória, ele se prepara para
iniciar nova vida. E o faz tranquilo: “Cuidei de meus pais, cuidei dos meus filhos. Agora posso
realizar um sonho que trago da infância”.
Não faltará quem critique Takeshi Nojima: ele está tirando o lugar de jovens, dirá algum
darwinista social. Eu ponderaria que nem tudo na vida se regula pelo critério cronológico. Há
pais que passam muito pouco tempo com os filhos e nem por isso são maus pais; o que inte-
ressa é a qualidade do tempo, não a quantidade. Talvez a expectativa de vida não permita ao
vestibulando Nojima uma longa carreira na profissão médica. Mas os anos, ou meses, ou mes-
mo os dias que dedicar a seus pacientes terão em si a carga afetiva de uma existência inteira.
Não sei se Takeshi Nojima passou no vestibular; a notícia que li não esclarecia a respeito. Mas
ele mesmo disse que isto não teria importância: se fosse reprovado, começaria tudo de novo.
E aí de novo ele dá um exemplo. Os resultados do difícil exame trazem desilusão para muitos
jovens, e não são poucos os que pensam em desistir por causa de um fracasso. A estes eu
digo: antes de abandonar a luta, pensem em Takeshi Nojima, pensem na força de seu sonho.
Sonhar não é proibido. É um dever.
(Moacyr Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)

Muitos pensam em desistir __________uma carreira, pois acreditam que não estejam aptos
____________ enfrentar o difícil exame do vestibular.
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da frase devem ser preenchidas, respecti-
vamente, com:
a) de... à
b) a... em
c) em... de
d) de... para
e) à... a

O verbo “desistir” exige a presença da preposição de (o que já elimina as letras b, c e e). A letra
a não é possível, pois a presença do sinal indicativo de crase denota a existência de artigo, o
que é impossível antes do verbo “enfrentar”.
Letra d.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

070. (2016/VUNESP/UNIFESP/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO) Assinale a alter-


nativa correta quanto à concordância nominal e verbal, de acordo com a norma-padrão.
a) Ainda que se viva tão espremido nos centros urbanos, existem muita gente isolada, pois,
cada vez menos, se faz contatos humanos.
b) Ainda que vivam tão espremidas nos centros urbanos, existem muitas pessoas isoladas,
pois, cada vez menos, ocorrem contatos humanos.
c) Ainda que viva tão espremida nos centros urbanos, se vê muitas pessoas isoladas, pois,
cada vez menos, acontece contatos humanos.
d) Ainda que se vivam tão espremidas nos centros urbanos, há muita gente isolada, pois, cada
vez menos, tem contatos humanos.
e) Ainda que vivam tão espremidas nos centros urbanos, existe muitas pessoas isoladas, pois,
cada vez menos, se estabelecem contatos humanos.

Na letra a, o correto seria existe e se fazem; na letra c, vivam, espremidas, se veem e aconte-
cem; na letra d, se viva e há (no lugar de “tem); na letra e, existem.
Letra b.

071. (2016/VUNESP/CÂMARA DE MARÍLIA-SP/AGENTE DE COPA) Assinale a alternativa


cuja frase está escrita de acordo com a norma-padrão de concordância verbal e nominal.
a) Aos fins de semana, meu filho sempre traz consigo roupas para lavar, as quais en-
chem uma mala.
b) Lavar roupas exige várias habilidades: uma delas é saber como funciona as máquinas de lavar.
c) Aprender a lavar roupas exigem atenção à quantidade de sabão e de água que se adiciona
à máquina.
d) O conhecimento dos tecidos são importante para usar o ferro de passar roupa corretamente.
e) São necessários paciência e atenção para se pôr em prática as instruções do manual do
ferro de passar roupa.

Na letra b, o correto seria funcionam, na letra c, exige, na letra d, é; na letra e, são necessárias
e se porem.
Letra a.

072. (2016/VUNESP/MPE-SP/OFICIAL DE PROMOTORIA/NÍVEL MÉDIO)


Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem, cujo úni-
co defeito era ser fraco de inteligência, defeito que todos lhe perdoavam por não ser culpa dele.
O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse comer,
beber, dormir e trocar as pernas pela cidade. Tinha herdado dos pais o suficiente para levar
essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do seu patrimônio.

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que lhe
repugnasse, era mais inteligente e instruída que ele. Esta superioridade dava-lhe certo ascen-
dente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua vontade e a sua opinião
prevaleciam sempre.
O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher: reco-
nhecia que d. Laura tinha sobre ele grandes vantagens intelectuais e, se era honesta e fiel aos
seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?
(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)

Assinale a alternativa correta quanto à regência verbal, de acordo com a norma-padrão.


a) Todos perdoavam do defeito ao Joaquim por não ser culpa dele.
b) Todos perdoavam o defeito para o Joaquim por não ser culpa dele.
c) Todos perdoavam ao defeito do Joaquim por não ser culpa dele.
d) Todos perdoavam o defeito ao Joaquim por não ser culpa dele.
e) Todos perdoavam ao defeito no Joaquim por não ser culpa dele.

O verbo “perdoavam” é transitivo direto. Além disso, entre “defeito” e “Joaquim”, deve-se usar
a preposição “de”.
Letra d.

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Morfossintaxe do Período Simples
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ANEXO
Classes gramaticais fechadas

ARTIGOS

Definidos Indefinidos

O, a, os, as Um, uma, uns, umas

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PRONOMES

Pessoais Possessivos Demonstrativos Relativos Interrogativos Indefinidos

Oblíquos Oblíquos Algum(a)(s)


Retos
tônicos átonos Alguém
Nenhum(a)(s)
Ninguém
Este, estes Todo(a)(s)
Meu, minha Que
Esta, estas Que Tudo
Meus, minhas Quem
Esse, esses O que Outro(a)(s)
Teu, tua Onde
A mim, comigo Essa, essas Quem Outrem
Me Teus, tuas Cujo(a)(s)
Eu A ti, contigo Aquele, aquela Qual Muito(a)(s)
Te Seu, sua Quando
Tu A ele, a ela, a si, Aqueles, aquelas Quanto Pouco(a)(s)
O, a, lhe, se Seus, suas Como
Ele/ela consigo Isto, isso, aquilo Quando Certo(a)(s)
Nos Nosso, nossa O qual
Nós A nós, conosco O, a, os, as Onde Vários(as)
Vos Nossos, nossas A qual
Vós A vós, convosco Mesmo(a)(s) Por que Tanto(a)(s)
Os, as, Vosso, vossa Os quais
Eles/elas A eles, a elas, a Próprio(a)(s) Como Quanto(a)(s)
lhes, se Vossos, vossas As quais
si, consigo Semelhante, tal Qualquer
Quaisquer
Nada
Cada
Algo

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

PREPOSIÇÕES

A, ante, após, até


Com, contra, de, desde, em, entre
Para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás

CONJUNÇÕES

Subordinativas Subordinativas
Coordenativas
integrantes adverbiais

Que, se VER TABELA DE CONECTIVOS

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Conectivos

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GRAMÁTICA
Morfossintaxe do Período Simples
Elias Santana

 Obs.: Parte escura: conjunções coordenativas.


 Parte clara: conjunções subordinativas adverbiais.
 1: é muito comum em provas que conjunções causais sejam usadas em orações com
semântica explicativa, e vice-versa.
 2: sempre estudar as semânticas causais, consecutivas e concessivas juntas!
  e : Comparar (adversativas com concessivas; condicionais com temporais)
 Conjunções em negrito: estudar com atenção! Costumam confundir, por serem seme-
lhantes.

Regências verbais especiais

1. Agradar
VTD: no sentido de “fazer carinho”

EXEMPLO
O esposo agradava a mulher.

VTI: no sentido de “ser agradável”

EXEMPLO
O assunto não agradou aos convidados.

2. Ajudar
VTD ou VTI (sem alteração de sentido).

EXEMPLO
O professor ajudou os (aos) alunos.

3. Aspirar
VTD: no sentido de sorver (o ar), sugar.

EXEMPLO
A diarista aspirou o pó da sala.

VTI: no sentido de desejar, almejar, querer.

EXEMPLO
Ele aspira a um cargo público.

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GRAMÁTICA
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Elias Santana

4. Assistir
VTI: no sentido de ver, presenciar.

EXEMPLO
Eu assisti ao maravilhoso clássico.

VTD (preferencialmente) ou VTI: no sentido de dar assistência, ajudar.

EXEMPLO
O médico assiste os (aos) enfermos.

VI: no sentido de morar.

EXEMPLO
A família Piquet assiste em Brasília.

5. Atender
VTI ou VTD (sem alteração de sentido).

EXEMPLO
O juiz atendeu (a) todos os advogados.

6. Chamar
VTD: no sentido de convocar.

EXEMPLO
A mãe chamou o filho para almoçar.

VTD ou VTI: no sentido de “dar nome” ou “apelidar”

EXEMPLO
Eles chamavam a (à) mãe de heroína.

7. Chegar
VI: mas, quando acompanhado de expressões locativas, deve-se usar a preposição “a”.

EXEMPLO
Chegaremos cedo à escola.

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GRAMÁTICA
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8. Implicar
VTD ou VTI: no sentido de “acarretar”, causar.

EXEMPLO
O seu comportamento implica (em) demissão.

9. Lembrar/lembrar-se (também válido para esquecer/esquecer-se)


VTD: lembrar/esquecer (sem o pronome).

EXEMPLO
Meu pai lembra o seu nome. Eu esqueci a sua blusa.

VTI: lembrar-se/esquecer-se (com o pronome).

EXEMPLO
Meu pai se lembra do seu nome. Em esqueci-me da sua blusa.

10. Obedecer
VTI.

EXEMPLO
Eles não obedecem ao regulamento.

11. Proceder
VTI: no sentido “de iniciar”, “executar”.

EXEMPLO
O ator procedeu à apresentação.

VI: no sentido de “ter procedência”, “ser verdadeiro”.

EXEMPLO
A fala de empresário não procede.

12. Visar
VTD: no sentido “de mirar”, “ver”.

EXEMPLO
O atirador visou o alvo.

VTI: no sentido “almejar”, “desejar”.

EXEMPLO

Ele visa a um novo emprego.

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Elias Santana
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui
mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque
em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de pro­fessor em vários
colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramá­tica, redação discursiva e interpretação de textos.
Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de Louvor da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.

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