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INQUÉRITO POLICIAL – Art.

4º ao 23º

A partir daí, surge a ideia de persecução penal (persecutio criminis ou perseguição do


crime), consistindo no poder-dever do Estado de investigar e punir as infrações penais.

O que é a Persecução Penal? É o caminho, são as etapas em que o Estado tentará


aplicar a Lei Penal, através das etapas da Investigação e a Etapa Processual.

• Direito Penal – estático, não se move


• Direito Processual Penal – ferramenta pela qual será aplicada a Direito Penal sobre
o crimminosos

A persecução criminal divide-se em duas fases a saber:

Fase Preliminar - pré-processual Fase Processual:


É o momento em que são realizadas É, em síntese, a ação penal, ou seja, o momento
investigações, antes da fase processual. da persecução criminal em juízo, com o
Destina-se à coleta de elementos de processo penal.
informações quanto à autoria e/ou
participação e materialidade (existência do
crime) na infração penal.

Espécies de investigação criminal:


• Inquérito Policial - principal espécie
• Investigação do Ministério Público
• Inquérito Parlamentar - (CPI
• Inquérito Policial Militar; etc.

Conceito, Finalidade e Natureza Jurídica do Inquérito Policial - Não é processo

• Finalidade do Inquérito Policical: Apurar autoria e materialidade de um crime por


meio de elementos de informação.

Obs: No Inquérito policial NÃO se produz PROVAS, apenas elementos de informção

Procedimento administrativo preliminar, presidido pelo Del. de Polícia, que tem por
objeto a apuração da autoria e da materialidade (existência da infração penal).

Trabalham por meio do IP a polícia judiciária, cuja finalidade será a apuração das
infrações penais e da sua autoria (art. 4º do CPP).

A finalidade do inquérito policial é contribuir para a formação da opinio delicti


(opinião delitiva/convencimento) do titular da ação penal (Ministério Público no caso de
ação penal pública e vítima no caso de ação penal privada), com elementos de
informação.
Natureza jurídica - procedimento administrativo (e não processo) de caráter
informativo (e não probatório) e preparatório da fase processual da persecução penal.

Características do Inquérito Policial


Cai muito em concurso
Destacam-se os seguintes atributos: escrito, dispensável, indisponível, discricionário,
sigiloso, inquisitivo, oficialidade, autoritariedade e oficiosidade, a saber:

A) Escrito: procedimento escrito, devendo todas as peças e diligências realizadas


durante as investigações serem reduzidas a termo.

“Art. 9º. Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado,


reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela
autoridade”.

B) Dispensável: não é procedimento obrigatório na persecução criminal. Como só pode


haver condenação baseada em provas, produzidas durante o processo e sob o crivo do
contraditório, o IP acaba sendo dispensável, servindo apenas para apresentar
elementos de informação ao titular da ação penal.

Caso o titular da ação penal já possua tais elementos o IP será dispensável.

Mesmo sendo dispensável, no caso de o titular da ação penal se utilizar do IP, tal
procedimento deverá acompanhar a denúncia ou queixa, juntamente com os
instrumentos do crime e objetos que interessarem à prova, conforme determinam os arts.
11 e 12 do CPP:

“Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à


prova, acompanharão os autos do inquérito.

Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que


servir de base a uma ou outra”.

CUIDADO: não haverá IP nas infrações de menor potencial ofensivo, sendo


substituído pelo chamado termo circunstanciado de ocorrência.

C) Indisponível: uma vez instaurado o IP, a autoridade policial não poderá arquivá-lo
(não poderá dispô-lo). Apenas o juiz e após requerimento do MP

“Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de


inquérito”.
Isso não quer dizer que o Delegado está obrigado a instaurar o IP diante de pedido da
suposta vítima. Isso porque há algumas situações em que a autoridade policial poderá se
recusar a instaurar o IP.
CUIDADO: Reitera-se que a discussão acima refere-se a possibilidade da
autoridade policial instaurar ou não o inquérito, pois, justamente em razão do
caráter indisponível do IP, uma vez deflagrado o procedimento investigatório,
ainda que o delegado perceba eventual equívoco (ex: atipicidade formal após a
instauração do IP), deverá concluí-lo.

Da recusa do Delegado em instaurar o IP, o cidadão poderá apresentar recurso


administrativo ao chefe de polícia (art. 5º, §2º, do CPP).

Mas nada impede que o cidadão solicite diretamente ao Ministério Público ou à


autoridade judiciária a requisição de instauração do IP ao Delegado, hipótese em que a
autoridade policial estará obrigada à instaurá-lo (art. 5º, inciso II, do CPP).

D) Discricionário: a lei não estabelece nenhum rito procedimental para o inquérito


policial, cabendo à autoridade policial conduzir as diligências e atividades de
investigação da forma como melhor lhe convir.

O art. 14 do CPP apresenta possibilidade de o ofendido, seu representante legal e do


indiciado de requererem a realização de diligências.

“Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão


requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da
autoridade”.

CUIDADO: há, entretanto, duas exceções a característica da discricionariedade no IP,


valendo destaca-las:

a) Requisição – mandar - do Ministério Público ou da autoridade judiciária: a


autoridade policial estará obrigada a instaurá-lo (art. 5º, II, do CPP).

b) Realização obrigatória de exame de corpo de delito nas infrações que


deixem vestígios: há infrações penais que, por sua natureza, deixam vestígios
(também chamado de “crime não transeunte”), ex. do homicídio, lesão corporal,
etc.

Sendo impossível a realização do exame de corpo de delito, poderá se admitir outras


provas como forma de supri-la, sendo apenas proibida a confissão do acusado como
forma de suprir o exame de corpo de delito.
“Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado”.

E) Sigiloso: visando a eficiência nas investigações - cabendo a autoridade policial velar


pelo sigilo. Tanto é assim que, com base também no princípio da presunção de
inocência, o Delegado não poderá mencionar a instauração do inquérito em atestados de
antecedentes solicitados.

“Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação


do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a


autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a
instauração de inquérito contra os requerentes”.

O sigilo é classificado de duas formas:

a) Sigilo externo – aplicado no Brasil: é aquele direcionado aos terceiros


desinteressados, como a imprensa e curiosos não vinculados ao caso investigado.

b) Sigilo interno: é aquele direcionado aos interessados na persecução penal. Tal


sigilo jamais poderá ser oposto ao membro do Ministério Público ou ao juiz.
Em relação ao defensor (advogado ou defensor público), algumas ressalvas se
mostram necessárias.

O Estatuto da OAB assegura o acesso do advogado aos autos de flagrante e de


investigação de qualquer natureza, mesmo sem procuração. Exceto Segredo de
Justiça

“Súmula Vinculante nº 14: É direito do defensor, no interesse do representado,


ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”. Apenas
documentados, não o que está sendo investigado ainda

CUIDADO: Se estiver em segredo de justiça, o defensor necessariamente precisará de


Procuração da vítima. (art. 7º, §10º, do Estatuto da OAB).

Na hipótese da autoridade policial boicotar o acesso do defensor, este poderá

• Mandado de segurança; caso de documentos


• Habeas corpus; direito de ir e vir
• Reclamação constitucional;
• Requerimento ao juiz por meio de petição autônoma (art. 7º, §12, do Estatuto
da OAB.

F) Inquisitivo: não se observa no inquérito policial os princípios do contraditório e da


ampla defesa - até mesmo por não haver acusação.

Fortalecendo a ideia do caráter inquisitivo do IP, não é admissível que seja suscitado
a suspeição do delegado de polícia (art. 107 do CPP).

OBS: Mesmo que tenha havido tortura “durante o inquérito”, o processo não será
contaminado.

G) Oficialidade: O inquérito é atribuição de órgão oficial do Estado que, no caso, é a


polícia judiciária.

“Art. 2º. As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais


exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e
exclusivas de Estado”.

H) Autoritariedade: o presidente do inquérito policial, autoridade policial, que é


autoridade pública. Sendo assim, conclui-se que a presidência do inquérito cabe aos
delegados de polícia de carreira.

I) Oficiosidade: é característica que se aplica apenas aos crimes perseguidos mediante


ação penal pública incondicionada - o delegado deve atuar de ofício - instaurando o
inquérito policial e iniciando as investigações apurando prontamente os fatos.

“Art. 5º. Nos crimes de ação pública incondicionada) o inquérito policial será
iniciado:
I - de ofício”.

Valor Probatório

Para apontarmos o valor probatório do inquérito policial, é necessário diferenciarmos os


chamados elementos de informação (ou de investigação) de provas:

a) Elementos de informação: são as informações colhidas por meio do


inquérito policial – inquisitivo - fase pré-processual - motivo pelo qual não se
fala em prova, e sim em elemento de informação.
Parte da doutrina - IP tem valor probatório relativo - frágil, decretação de medidas
cautelares e formação da “opinio delicti” titular da ação penal. ~ possui valor
probatório.

b) Provas: é produzida na fase judicial, sob o crivo do contraditório e da ampla


defesa (sistema acusatório).

OBS: Para que um elemento informativo seja elevado ao patamar de prova é


necessário que seu conteúdo seja confirmado em juízo. Possui valor provatório.
É exatamente por isso que o Código de Processo Penal proíbe eventual condenação
baseada apenas em elementos informativos, colhidos por meio do inquérito policial,
conforme determina o art. 155 do CPP:

“Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas”.

Vícios ou Irregularidades no Inquérito Policial

Questiona-se:

A existência de vícios ou irregularidades no inquérito policial acarreta a sua nulidade


ou a nulidade da re spectiva ação penal?

R: Os vícios do inquérito não contaminam o processo, já que a investigação é


dispensável.

Incomunicabilidade

Incomunicabilidade consistia na possibilidade de retirar do preso o direito de ter contato


com terceiros, em nome da eficiência da investigação. Durante o período de
incomunicabilidade, era ressalvado apenas o direito do preso em se comunicar com seu
defensor.

Três eram os requisitos (cumulativos) para a decretação da incomunicabilidade do


preso:

a) feito por meio de ordem judicial motivada;


b) prazo máximo de 3 dias;
c) acesso do defensor.

A incomunicabilidade está prevista no art. 21 do CPP que assim prescreve:


“Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho
nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a
conveniência da investigação o exigir.

Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada
por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do
órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89,
inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril
de 1963)”.

Entretanto, prevalece para maioria da doutrina que o instituto da incomunicabilidade


não foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. O argumento é de que a
Constituição Federal passou a não admitir a incomunicabilidade durante o estado de
defesa (art. 136, §3º, IV, CF), tornando o instituto completamente incompatível durante
o atual estado de normalidade. Até mesmo os presos sujeitos ao RDD (Regime
Disciplinar Diferenciado) não podem sofrer restrições em relação à comunicabilidade.

Ainda assim, cumpre observar que parcela minoritária da doutrina (Vicente Greco
Filho; Damásio Evangelista de Jesus) defendem que o instituto da incomunicabilidade
ainda subsiste, sob o fundamento de que o art. 136 da CF merece interpretação
restritiva, valendo apenas para os delitos contra o Estado, de conteúdo claramente
político.

Notitia Criminis

Trata-se do conhecimento, espontâneo ou provocado, por parte da autoridade policial,


acerca de eventual fato delituoso praticado.

Classifica-se em:

a) ‘notitia criminis’ de cognição imediata (direta ou espontânea): com previsão


no art. 5º, I, do CPP, ocorre quando a autoridade policial conhece da infração
penal por meio de suas atividades de rotina.
Exemplos: conhecimento de crime por meio da imprensa, telejornais,
pela própria vítima, pela ronda policial, por “denúncia anônima”, por
qualquer do povo (delatio criminis) etc.

b) ‘notitia criminis’ de cognição mediata (indireta ou provocada): prevista no


art. 5º, II, do CPP, ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento da
infração penal por meio de peça escrita.
Exemplos: requisição do Ministério Público; requerimento da vítima ou
de seu representante legal; requisição do Ministro da Justiça; etc.
c) ‘notitia criminis’ de cognição coercitiva: ocorre nas hipóteses em que a
autoridade policial toma conhecimento da infração penal com a apresentação do
suspeito preso em flagrante (art. 301 do CPP).
• Direta (suspeito capturado pelas forças policiais) ou
• Indireta (suspeito capturado por qualquer do povo).

d) notitia criminis inqualificada: vulgarmente conhecida como “denúncia


anônima”, tratando-se da hipótese em que a autoridade policial toma
conhecimento de determinada infração penal por meio de notícia revelada por
pessoa que não se identifica ou que se identifica por nome suposto (fantasioso).
A partir daí, sabendo que a denúncia anônima possui importância relevante no combate
à criminalidade e, por outro lado, sabendo que a Constituição Federal veda o anonimato
(art. 5º, IV, da CF), questiona-se:

Como conciliar a denúncia anônima com a vedação ao anonimato? Seria possível a


instauração de inquérito policial com base apenas em denúncia anônima?

R: diante de eventual denúncia anônima, a autoridade policial, antes de instaurar o


inquérito policial, deverá averiguar, através de diligências e investigações prévias, a
veracidade e procedência dos fatos narrados pelo anônimo.

Ou seja, é possível afirmar que a denúncia anônima, por si só, não é capaz para
justificar a instauração de inquérito, porém, a partir dela, pode a autoridade policial
realizar diligências objetivando constatar a veracidade da notícia e, então, uma vez
constatado a procedência dos fatos, dar início ao IP.

Início do Inquérito Policial e Diligências Cabíveis

Crimes perseguidos mediante ação penal Pública Incondicionada

a) De ofício: tomando conhecimento de fato criminoso, independentemente da


fonte de conhecimento (por meio da imprensa, prisão em flagrante, etc.), a
autoridade policial terá a obrigação de instaurar o inquérito policial, não
necessidade de nenhuma condição para tanto.

b) Por requisição do Ministério Público ou da autoridade judiciária: conforme


já estudado, a requisição tem natureza de determinação e, portanto, obrigará a
autoridade policial a instaurar inquérito a requisição feita por juiz ou membro do
Ministério Público (apesar de não existir hierarquia entre estes e o delegado de
polícia).
c) Por requerimento da vítima ou de seu representante legal: nesta hipótese,
conforme o §1º, do art. 5º, do CPP, o requerimento escrito deverá conter a
narração dos fatos, com todas as circunstâncias; a individualização do suposto
autor do fato criminoso e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o
autor da infração penal; e a apresentação de rol de testemunhas, se houver. Vale
repetir que se houver indeferimento do requerimento de instauração do IP caberá
recurso para o chefe de polícia.

Crimes perseguidos mediante ação penal pública condicionada

a) Mediante representação do ofendido ou de seu representante legal: por meio


de simples manifestação do ofendido, sem qualquer formalidade exigida pela lei,
ou manifestação do representante legal da vítima (no caso de menor de 18 anos
ou mentalmente enfermo). A representação poderá ser apresentada não só à
autoridade policial, mas também à autoridade judicial e ao Ministério Público.
Importante destacar que após o oferecimento da denúncia a representação torna-
se irretratável.

b) Mediante requisição do Ministro da Justiça: há hipóteses em que a ação penal


pública dependerá de requisição do Ministro da Justiça, como no caso em que
ocorre crime contra a honra do Presidente da República. Em tais hipóteses, a
requisição será encaminhada ao chefe do Ministério Público que, por sua vez,
poderá oferecer a denúncia ou requisitar a instauração de inquérito policial.

Crimes perseguidos mediante ação penal privada

Dependerá de requerimento (verbal ou escrito) do ofendido ou de seu representante


legal. Após o encerramento do IP, “os autos do inquérito serão remetidos ao juízo
competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou
serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado” (art. 19 do CPP). Eis o
caminho:

Peças inaugurais do inquérito policial

Abaixo apresenta-se o rol de peças capazes de inaugurarem o inquérito policial:


• Portaria, quando instaurado o inquérito ex officio;
• Auto de prisão em flagrante;
• Requerimento do ofendido ou de seu representante legal;
• Requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público;
• Representação do ofendido ou de seu representante legal;
• Requisição do Ministro da Justiça, na hipótese de ação penal pública condicionada à
requisição do Ministro da Justiça.

Providências e diligências

O art. 6º do CPP - série de providências e diligências disponíveis à autoridade policial,


logo que tiver conhecimento da prática de infração penal, em rol exemplificativo. Sendo
assim, em regra, caberá ao delegado de polícia optar pela realização da diligência
que entender necessária para a elucidação do caso concreto.

Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade


policial deverá (poderá):

I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação


das coisas, até a chegada dos peritos criminais: Logo, é dever da autoridade policial
garantir a preservação do local dos fatos

II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais: a apreensão de objetos tem clara intenção de produção de provas,
abrangendo todo e qualquer objeto importante para a análise pericial, não se
limitando apenas aos instrumentos do crime.
Vale acrescentar que, conforme art. 118 e seguintes do CPP, os objetos que não
interessarem ao processo poderão ser devolvidos aos respectivos donos.

III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias: podemos citar como exemplos documentos, identificação de
testemunhas, informações, etc.

IV - ouvir o ofendido:

V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo


III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações: especialmente em
hipóteses onde não houve flagrante...pessoas reconheçam suspeitos como autores de
crimes e identifiquem objetos e instrumentos que possam ter sido utilizados na prática
criminosa...

VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer
outras perícias: crimes que deixem vestígios será necessário a realização de perícia, ao
exemplo do exame de corpo de delito, dentre outras perícias.

VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico (se já estiver


identificado civilmente, não é necessário), se possível, e fazer juntar aos autos sua
folha de antecedentes: A identificação criminal prevê a realização de fotografias e
colheita de impressões digitais.

IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar


e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do
crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação
do seu temperamento e caráter

X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem


alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos
filhos, indicado pela pessoa presa: Trata-se de media que visa resguardar os cuidados
de eventual incapaz, seja pela menoridade, seja em razão de doença mental.

Nesse sentido, vale mencionar que são hipóteses de cabimento da substituição da


prisão preventiva pela prisão domiciliar as seguintes circunstâncias

I – mulher com filho de até 12 anos incompletos;


II – homem, caso seja o único responsável pelos cuidados dos filhos de até 12
anos de idade incompletos.

O art. 7º apresenta a hipótese de reconstituição do fato criminoso:

“Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de


determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução
simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem
pública”.

O art. 13 do CPP destaca ainda outros deveres do Delegado de Polícia

“Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:


I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e
julgamento dos processos;
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
IV - representar acerca da prisão preventiva.

A Lei nº 13.344/2016 acrescentou o art. 13-A no CPP criando uma série de diligências
específicas, com desdobramentos na esfera administrativa, para os casos em que há a
ocorrência de crimes com a privação da liberdade da vítima (urgência nas
investigações):

Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 1481, 1492 e 149-A3, no § 3º do art.
1584 e no art. 1595 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto
da Criança e do Adolescente) 6, o membro do Ministério Público ou o delegado
de polícia poderá requisitar (sem autorização judicial), de quaisquer órgãos do
poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações
cadastrais da vítima ou de suspeitos. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016).

Parágrafo único. A requisição (dados e informações cadastrais da vítima ou de


suspeitos) que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: (Incluído
pela Lei nº 13.344, de 2016).

I - o nome da autoridade requisitante; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016).


II - o número do inquérito policial; e (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016).
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.
(Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016).
Rever aula 6 inquérito
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao
tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia
poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de
serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente
os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. (Incluído
pela Lei nº 13.344, de 2016). Aqui se trata não de informações cadastrais, mas
de localização dos envolvidos – localização não significa conteúdo das
conversas

§ 1º Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de


cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência. (Incluído pela Lei nº 13.344,
de 2016).

§ 2º Na hipótese de que trata o caput, o sinal: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016).
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que
dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei; (Incluído pela Lei nº
13.344, de 2016).
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não
superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período; (Incluído
pela Lei nº 13.344, de 2016).
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a
apresentação de ordem judicial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016).

§ 3º Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no


prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva
ocorrência policial. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016).

§ 4º Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade


competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou
telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como
sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos
do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. (Incluído pela Lei nº 13.344,
de 2016)”.

Importa reforçar que podem solicitar diligências:


- O ofendido ou seu representante legal (será realizada a critério do Delegado);
- O indiciado (também a critério do Delegado);

Obs: Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial (art.
15 do CPP).

Por fim, quanto à realização de diligências em comarcar com mais de uma circunscrição
policial, aponta-se o teor do art. 22 do CPP:

“Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma
circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos
inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de
outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim
providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato
que ocorra em sua presença, noutra circunscrição”.

Indiciamento
Assistir aula 6 do inquérito de
novo
Segundo o ilustre professor Renato Brasileiro de Lima, indiciar “é atribuir a autoria
(ou participação) de uma infração penal a uma pessoa. É apontar uma pessoa como
provável autora ou partícipe de um delito”.

A etiqueta de indiciado poderá ser concedida a partir do auto de prisão em flagrante


até o relatório final da autoridade policial. Sendo assim, a partir do momento em que o
juiz recebe a denúncia, já não será mais possível o indiciamento, por se tratar de
instituto próprio da fase de investigação, bem como considerando o caráter dispensável
do inquérito policial. A partir daí, questiona-se:

Iniciado o processo, seria justificável o indiciamento do sujeito que já virou réu?

R: conforme já mencionado, como o inquérito é dispensável, o indiciamento


também o será, não existindo justificativa plausível para o indiciamento
retroativo daquele que já se tornou réu, sem antes ter sido indiciado em
inquérito policial (STJ: HC nº 43.743/SP).

É pressuposto do indiciamento a motivação, por meio de análise técnico-jurídica,


demonstrando a autoria, materialidade e as circunstâncias da infração penal (art. 2º, §6º,
da Lei nº 12.830/2013).

Por fim, é possível ainda que o indiciamento seja desfeito:

• Desindiciamento voluntário: realizado por ato da autoridade policial, após identificar


pela inexistência de algum requisito necessário;

• Desindiciamento coacto: realizado pela autoridade jurisdicional após o provimento de


habeas corpus, trancando, por conseguinte, o processo.

Garantia aos Agentes de Segurança Pública como Investigados

Garantidas aos agentes de segurança pública e, excepcionalmente, das Forças Armadas,


quando figurarem como investigados em crimes cujo objeto for a investigação de fatos
relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma
consumada ou tentada, mesmo quando se tratar de casos com a possível presença de
excludentes de ilicitudes.

Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no


art. 144 da Constituição Federal7 figurarem como investigados em inquéritos
policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais,
cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal
praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo
as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal8), o indiciado poderá constituir defensor.

§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da
instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de
até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação

§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de


defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a
instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para
que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a
representação do investigado.

§ 3º Havendo necessidade de indicação de defensor nos termos do § 2º deste artigo, a


defesa caberá preferencialmente à Defensoria Pública, e, nos locais em que ela não
estiver instalada, a União ou a Unidade da Federação correspondente à respectiva
competência territorial do procedimento instaurado deverá disponibilizar profissional
para acompanhamento e realização de todos os atos relacionados à defesa
administrativa do investigado. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019

§ 4º  A indicação do profissional a que se refere o § 3º deste artigo deverá ser


precedida de manifestação de que não existe defensor público lotado na área territorial
onde tramita o inquérito e com atribuição para nele atuar, hipótese em que poderá ser
indicado profissional que não integre os quadros próprios da Administração. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

§ 5º Na hipótese de não atuação da Defensoria Pública, os custos com o patrocínio dos
interesses dos investigados nos procedimentos de que trata este artigo correrão por
conta do orçamento próprio da instituição a que este esteja vinculado à época da
ocorrência dos fatos investigados. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares


vinculados às instituições dispostas no art. 142 da Constituição Federal9, desde que os
fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem.
Encerramento/Conclusão do Inquérito Policial

Prazo para a conclusão do inquérito policial

O art. 10 do CPP estabelece prazos distintos para a conclusão do inquérito, a saber:

“Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver


sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo,
nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela”.

a) Prazo para a conclusão do IP com indiciado PRESO:

Na hipótese de o indiciado encontrar-se preso (prisão em flagrante ou prisão


preventiva), o inquérito policial deverá ser concluído em até 10 dias.

Além disso, importante consignar que trata-se de prazo improrrogável, não havendo
qualquer possibilidade de acrescentar mais dias para a conclusão do inquérito.
Na hipótese do indiciado ter sido preso às 23 horas e 45 minutos do dia 10, este será o
primeiro dia na contagem do prazo para a conclusão do inquérito policial.

b) Prazo para a conclusão do IP com indiciado SOLTO:

Para o indiciado solto, o inquérito deverá, em regra, ser concluído em até 30 dias.
Nesta hipótese, o prazo admite prorrogação, por meio de deliberação judicial, devendo
ser fundamentado pela autoridade judicial o tempo e a quantidade de prorrogações.

Estando o indiciado solto, o prazo é de direito processual, o prazo é contado no dia


seguinte à instauração do inquérito.

Por fim, importante registrar que a legislação especial apresenta prazos diversos,
valendo destacar os prazos da Polícia Federal:

•Estando o indiciado preso, a Polícia Federal terá o prazo de 15 dias, para a


conclusão do inquérito policial, prorrogáveis por mais 15 dias por deliberação
judicial. Estando o indiciado solto, será observado as regras previstas no art. 10 do
CPP, vale dizer, 30 dias com possibilidade de prorrogação por deliberação judicial.

Abaixo, apresenta-se quadro sinóptico do prazo para a conclusão do inquérito policial:


A doutrina e jurisprudência admitem a prorrogação do prazo da conclusão do
inquérito policial na hipótese de indiciado solto.

Relatório da autoridade policial

A peça técnica de conclusão do inquérito policial é o Relatório, de responsabilidade do


delegado de polícia - enviará os autos ao juiz competente.

• O delegado deverá justificar, por meio de despacho fundamentado, os motivos que o


levaram a tipificação legal do fato apurado. Obs: o Ministério Público não será
obrigado a seguir a classificação apresentada pela autoridade policial;

• O Relatório é peça puramente descritiva, não cabendo ao delegado de polícia exprimir


opiniões ou juízo de valor sobre os fatos, a vítima, o indiciado ou quaisquer
circunstâncias;

• Em seguida, o delegado deverá encaminhar os autos do inquérito ao juiz competente,


acompanhado dos instrumentos do crime, bem como dos objetos que interessarem à
prova (art. 11 do CPP).

Providências após a remessa do inquérito policial

Assim que o juiz competente receber os autos do inquérito policial, dois são os
caminhos possíveis a depender da natureza da ação penal:

a) Crime de ação penal privada: conforme já estudado quando da análise do início do


IP, o art. 19 do CPP determina que após a conclusão do inquérito os autos serão
remetidos ao juízo competente que, por sua vez,
(i) determinará a permanência dos autos em cartório onde aguardarão a iniciativa do
ofendido ou de seu representante legal,

(ii) ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

b) Crime de ação penal pública: os autos do inquérito policial serão remetidos ao


titular da ação penal, ou seja, ao Ministério Público. Em posse dos autos, o Ministério
Público terá 5 possibilidades:

(i) Oferecimento da denúncia (o tema será estudado na Aula 02 – Ação Penal);

(ii) Pedido de arquivamento dos autos do inquérito policial (no qual será estudado no
próximo tópico);

(iii) Requisição de diligências: conforme o art. 16 do CPP, caso o Ministério Público


entenda ser necessário a realização de novas diligências imprescindíveis ao
oferecimento da denúncia, poderá assim requisitar diretamente ao delegado de polícia,
salvo hipóteses em que a lei exige a intervenção do juiz (ex: interceptação telefônica);

(iv) Declinação de competência: é possível que o Ministério Público entenda que o juízo
no qual atua não seja competência para análise e julgamento dos fatos contidos no
inquérito, devendo o mesmo requerer ao juiz que remeta os autos ao juízo naturalmente
competente;

(v) Conflito de competência: não se confunde com a hipótese anterior. Aqui, é possível
que dois órgãos jurisdicionais distintos entendam serem competentes, cada qual, para a
análise e julgamento do caso (conflito positivo de competência) ou mesmo que ambas
entendam, cada qual, não serem competentes (conflito negativo de competência).
Deverá ser suscitado conflito de competência a ser dirimido pelo Tribunal competente
para tanto.

Arquivamento do Inquérito Policial

Conforme preceitua o art. 17 do CPP, “a autoridade policial não poderá mandar


arquivar autos de inquérito”. Nem mesmo o juiz poderá arquivar de ofício o inquérito
policial.

O arquivamento do IP é ato complexo, demandando em qualquer hipótese previa


manifestação do Ministério Público fundamentando não existir base para o
oferecimento da denúncia e posterior deliberação judicial.
Como a lei não apresenta quais os fundamentos para o arquivamento do inquérito
policial, falando apenas de “falta de base para a denúncia”, a doutrina e a
jurisprudências apresenta as seguintes hipóteses:

a) Ausência de condição da ação ou pressuposto processual;


b) Ausência de justa causa, ou seja, lastro probatório mínimo para a ação penal
(indícios de autoria + prova da materialidade);
c) Existência de excludente de tipicidade;
d) Existência de excludente de ilicitude;
e) Existência de excludente de culpabilidade, com exceção da inimputabilidade,
em razão da necessidade de processamento para, posteriormente, submissão à
aplicação de medida de segurança;
f) Causa extintiva da punibilidade.

Após o arquivamento dos autos do inquérito, a autoridade policial poderá realizar


novas diligências apenas se tiver notícia de novas provas (art. 18 do CPP).

ATENÇÃO: O desarquivamento, e, por conseguinte, o início da ação penal, só


poderão ocorrer com o surgimento de novas provas. É o que se extrai, a
contrário senso, do teor da Súmula nº 524 do Supremo Tribunal Federal:

“Súmula nº 524 do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a


requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas
provas”.

ATENÇÃO: Pode acontecer a hipótese de o juiz discordar do pedido de


arquivamento apresentado pelo promotor de justiça. Nessa hipótese, aplica-se
as regras da antiga redação do art. 28 do CPP (nova redação suspensa por
meio de decisão na ADI nº 6.298) que, em síntese, o juiz deverá fazer a remessa
dos autos ao procurador-geral de justiça, e este terá as seguintes alternativas:

a) Oferecer a denúncia;
b) Designar outro órgão do Ministério Público para oferecer a denúncia;
c) Insistirá no pedido de arquivamento, hipótese em que o juiz estará obrigado a atender.
MUITO IMPORTANTE: O art. 28 do CPP acima referenciado foi alterado
pelo chamado Pacote Anticrime – Lei nº 13.964/2019 (tema que será
aprofundado na aula sobre Ação Penal), todavia, o Supremo Tribunal Federal,
por meio de decisão do Ministro Luiz Fux nos autos da ADI nº 6.298, suspendeu
a sua eficácia e, com isso, continuamos aplicando a antiga redação. Apenas
após julgamento pelo Plenário da Suprema Corte é que saberemos qual será o
procedimento para os casos de discordância ao arquivamento do inquérito
policial (julgamento ainda sem data marcada).

Estatísticas:

“Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a


autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou
repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os
dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado”.

Questões

(PC/SP – ESCRIVÃO – VUNESP – 2018) A respeito do Inquérito Policial, tendo em


conta o Código de Processo Penal, é correto afirmar:

A) o arquivamento do inquérito policial somente se dará por decisão da autoridade


judiciária.
B) por se tratar de peça meramente informativa, inexistindo contraditório, o investigado
e o ofendido não poderão solicitar a realização de diligências.
C) o inquérito policial poderá ser iniciado, de ofício, pela autoridade policial, nos crimes
de ação penal pública incondicionada e condicionada à representação. Já nos crimes de
ação penal privada, só se instaurará inquérito policial se houver requerimento.
D) o prazo para a autoridade policial finalizar o inquérito é de 10 (dez) dias, se o
investigado estiver preso, e de 30 (trinta) dias, se estiver solto, não sendo possível a
concessão de mais tempo, para a realização de diligências ulteriores
E) o inquérito policial é imprescindível à propositura da ação penal, exceto nos crimes
de ação penal privada, em que a queixa-crime poderá ser apresentada diretamente à
autoridade judiciária.

(PC/SP – INVESTIGADOR – VUNESP – 2018) De acordo com o art. 5o, § 5o do


CPP, nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a
inquérito.

A) mediante requisição judicial.


B) após lavratura do respectivo Boletim de Ocorrência.
C) a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
D) mediante requisição judicial ou de órgão ministerial.
E) mediante requisição de órgão ministerial.

(PC/SP – PAPILOSCOPISTA – VUNESP – 2018) A respeito do inquérito policial,


procedimento disciplinado pelo Código de Processo Penal, é correto afirmar que.
A) ao término do inquérito, a autoridade policial fará minucioso relatório do que tiver
sido apurado e enviará os autos ao membro do ministério público, não podendo o juiz
competente tomar conhecimento dos fatos apurados antes, sob pena de nulidade.
B) nos crimes de ação privada, a autoridade policial poderá determinar a instauração de
inquérito, ainda que não haja requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
C) os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova,
acompanharão os autos do inquérito.
D) o inquérito não acompanhará a denúncia ou queixa, ainda que sirva de base a uma ou
outra.
E) o inquérito, nos crimes em que a ação pública é condicionada, poderá ser iniciado
sem representação, desde que mediante despacho fundamentado da autoridade policial
competente.

(PC/SP – AGENTE POLICIAL – VUNESP – 2018) O inquérito policial deverá


terminar no prazo de.

A) 20 (vinte) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso


preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a
ordem de prisão; ou no prazo de 40 (quarenta) dias, quando estiver solto, mediante
fiança ou sem ela.
B) 20 (vinte) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que ocorreu o
crime; ou no prazo de 40 (quarenta) dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem
ela.
C) 10 (dez) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que ocorreu o
crime; ou no prazo de 40 (quarenta) dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem
ela.
D) 10 (dez) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a
ordem de prisão; ou no prazo de 30 (trinta) dias, quando estiver solto, mediante fiança
ou sem ela.
E) 30 (trinta) dias, estando o indiciado preso em flagrante, ou preso preventivamente,
contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou
no prazo de 60 (sessenta) dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

(PC/SP – DELEGADO – VUNESP – 2014) Nos termos do parágrafo terceiro do art.


5.º do CPP: “Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração
penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à
autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar
inquérito policial”. Assim, é correto afirmar que.

A) sempre que tomar conhecimento da ocorrência de um crime, a autoridade policial


deverá, por portaria, instaurar inquérito policial.
B) por delatio criminis entende-se a autorização formal da vítima para que seja
instaurado inquérito policial.
C) o inquérito policial será instaurado pela autoridade policial apenas nas hipóteses de
ação penal pública.
D) a notícia de um crime, ainda que anônima, pode, por si só, suscitar a instauração de
inquérito policial.
E) é inadmissível o anonimato como causa suficiente para instauração de inquérito
policial na modalidade da delatio criminis, entretanto, a autoridade policial poderá
investigar os fatos de ofício.

(PC/SP – ESCRIVÃO – VUNESP – 2018) Regra geral, o prazo para a conclusão de


Inquérito Policial, estando o indiciado em liberdade, é de.

A) dez dias.
B) trinta dias.
C) vinte dias.
D) sessenta dias.
E) quarenta e cinco dias.

(PC/SP – ESCRIVÃO – VUNESP – 2010) Os instrumentos do crime, bem como os


objetos que interessarem à prova, findo o inquérito policial, deverão:

A) ficar acautelados na Delegacia de Polícia.


B) permanecer sob a guarda do Escrivão de Polícia do feito.
C) ficar aguardando destinação a ser dada pelo Titular da unidade.
D) acompanhar os autos de inquérito.
E) ser destruídos para não ocupar espaço na repartição policial.

(PC/SP – INVESTIGADOR – VUNESP – 2014) O inquérito policial:

A) somente será instaurado por determinação do juiz competente.


B) pode ser arquivado por determinação da Autoridade Policial.
C) estando o indiciado solto, deverá ser concluído no máximo em 10 dias.
D) nos crimes de ação pública poderá ser iniciado de ofício.
E) não poderá ser iniciado por requisição do Ministério Público.

(PC/SP – INVESTIGADOR – VUNESP – 2013) Assinale a alternativa correta no que


diz respeito às disposições relativas ao Inquérito Policial previstas no Código de
Processo Penal:

A) Incumbirá à autoridade policial no curso do Inquérito Policial representar acerca da


prisão preventiva.
B) Caso vislumbre notória atipicidade da conduta investigada, a autoridade policial
poderá determinar o arquivamento dos autos do Inquérito Policial.
C) Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova,
permanecerão com a autoridade policial após o encaminhamento dos autos do inquérito
policial para análise do Ministério Público e Poder Judiciário, e serão encaminhados,
posteriormente, se o Juiz ou membro do Ministério Público assim requisitarem.
D) O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado não poderão requerer qualquer
diligência durante o curso do Inquérito Policial em virtude da natureza inquisitória deste
procedimento.
E) Nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com
exercício em uma delas não poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar
diligências em circunscrição de outra, sendo obrigatória, para tanto, a existência de
precatórias ou requisições à autoridade competente daquela circunscrição.

(PC/SP – PERITO CRIMINAL – VUNESP – 2014) No tocante ao tema “Inquérito


policial”, é correto afirmar que:

A) os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, não


acompanharão os autos do inquérito.
B) o inquérito acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou
outra.
C) a autoridade policial tem o dever de determinar a realização das diligências
requeridas pelo indiciado, bem como pelo ofendido, em observância ao princípio do
contraditório e da ampla defesa.
D) o Ministério Público pode requisitar a devolução do inquérito à autoridade policial
para novas diligências, mesmo havendo elementos suficientes ao oferecimento da
denúncia, pelos critérios de conveniência e oportunidade.
E) a autoridade policial pode mandar arquivar autos de inquérito, em casos de
inexistência de prova da autoria ou da materialidade.

(SJDH/PE – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA – CESPE – 2017) No


decurso do inquérito policial, o delegado prescinde de intervenção do Ministério
Público ou de autorização judicial para:

A) celebrar acordo de colaboração premiada com investigado.


B) utilizar meios coercitivos para obter a confissão do investigado.
C) proceder à reconstituição dos fatos objeto das investigações.
D) determinar a prisão preventiva de investigado.
E) realizar interceptação telefônica envolvendo investigado.
Questão desatualizada

(ITEP/RN – PERITO MÉDICO LEGISTA – INSTITUTO AOCP – 2018) Em


relação ao arquivamento do inquérito, assinale a alternativa correta.

A) Somente o Ministério Público pode pedir arquivamento. Nesse caso, o juiz não tem
alternativa e deve arquivar o inquérito.
B) Pedido o arquivamento pelo Promotor ou pelo Delegado, o juiz, se discordar, pode
remeter o processo para outro Promotor de Justiça oferecer a denúncia.
C) Pedido o arquivamento pelo Promotor, o juiz, discordando, deve remeter o processo
para o Procurador-geral.
D) Uma vez arquivado o inquérito, seja por qual fundamento for, não se admite mais o
seu desarquivamento.

(TJ/BA – CONCILIADOR – CESPE – 2019) A respeito de inquérito policial, assinale


a opção correta.

A) Em regra, a apreensão de objetos na fase inquisitorial não depende de autorização


judicial.
B) A não conclusão do inquérito policial no prazo legal acarreta a nulidade do
procedimento.
C) Diante de notícia de novas provas, a autoridade policial poderá desarquivar, de
ofício, inquérito policial já encerrado.
D) O inquérito policial é peça imprescindível ao oferecimento da denúncia e se encerra
com a apresentação do relatório final pela autoridade policial.
E) Aplicam-se às autoridades policiais as mesmas regras de suspeição e impedimento
concernentes aos magistrados.

(PC/ES – ASSISTENTE SOCIAL – INSTITUTO AOCP – 2019) Sobre a disciplina


do inquérito policial brasileiro, assinale a alternativa correta.

A) Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial


deverá intimar o indiciado para que o mesmo seja interrogado em Juízo sob pena de
incorrer em crime de desobediência.
B) A autoridade policial fará minucioso relatório do que tiver sido apurado no curso do
inquérito policial e enviará autos ao membro do Ministério Público para que dê sua
opinião sobre o eventual delito.
C) Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado
modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que
esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
D) A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito se o Ministério
Público ou o ofendido não mais requisitarem ou requererem novas diligências.
E) Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá enviar os peritos criminais ao local imediatamente enquanto ouve o ofendido na
sede do distrito policial.

(PC/ES – ASSISTENTE SOCIAL – INSTITUTO AOCP – 2019) Nos crimes de


ação penal privada, o inquérito policial será iniciado.

A) de ofício pela autoridade policial.


B) a requerimento do ofendido ou, se ausente, ao cônjuge, ascendente, descendente ou
seu irmão.
C) por requisição do Poder Judiciário.
D) com a lavratura de boletim de ocorrência de terceiro interessado ao fato e alheio ao
ofendido.
E) por requisição do Ministério Público ou a requerimento do ofendido.

(PC/ES – ASSISTENTE SOCIAL – INSTITUTO AOCP – 2019) Qual é o caráter do


inquérito policial no direito brasileiro?

A) Negocial jurídico de direito público.


B) Meio processual constitucional de impugnação de delito.
C) Procedimento de cunho militar quando iniciado por lavratura de boletim de
ocorrência pela Polícia Militar.
D) Parametrização de direito privado até o recebimento da denúncia ou queixa.
E) Procedimento administrativo preparatório.

(PC/ES – INVESTIGADOR – INSTITUTO AOCP – 2019) Nos crimes de ação


penal pública,
A) o inquérito policial será iniciado a requerimento do ofendido ou de seu procurador,
excluídos os seus descendentes.
B) o requerimento do ofendido deverá conter imprescindivelmente a narração do fato,
com todas as circunstâncias.
C) o inquérito policial será iniciado mediante requisição da autoridade judiciária ou do
Ministério Público.
D) o inquérito policial poderá ser iniciado ainda que a ação pública dependa de
representação, estando ela inicialmente ausente.
E) o inquérito policial não poderá extrapolar o prazo de 30 dias corridos quando se
tratar de indiciados soltos, ainda que a autoridade policial requeira dilação.

(PC/ES – INVESTIGADOR – INSTITUTO AOCP – 2019) Sobre os prazos e demais


disposições comuns sobre o inquérito policial brasileiro, é correto afirmar que:

A) o inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em


flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do
dia em que se executar a ordem de prisão.
B) os prazos de término do inquérito policial são disciplinados unicamente pelo Código
de Processo Penal.
C) os prazos comuns do inquérito policial devem findar rigorosamente em 15 dias úteis.
D) o inquérito deverá terminar no prazo de 90 dias, quando o indiciado estiver solto,
mediante fiança ou sem ela.
E) os prazos do inquérito policial contar-se-ão em dias úteis, contado o prazo do dia
inicial e descontado o prazo do dia derradeiro.

(PC/ES – ESCRIVÃO – INSTITUTO AOCP – 2019) Uma vez a autoridade judicial


determinando o arquivamento do inquérito policial por não haver base para a denúncia,
é possível que a autoridade policial proceda a novas pesquisas com relação aos mesmos
fatos?

A) Sim, a qualquer momento desde que fundamente a decisão.


B) Não, pois, com o arquivamento do inquérito policial, o Estado tacitamente renuncia
ao ius puniendi.
C) Sim, caso tenha notícia de outras provas.
D) Não, uma vez que a decisão de arquivamento do inquérito policial faz coisa julgada
material.
E) Sim, desde que haja autorização judicial fundamentada.

(MPE/BA – ANALISTA TÉCNICO – INSTITUTO AOCP – 2014) Preencha as


lacunas e assinale a alternativa com a sequência correta. “De acordo com o Código de
Processo Penal, o inquérito deverá terminar no prazo de ________, se o indiciado tiver
sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de _____,
quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.”

A) 10 dias / 10 dias.
B) 10 dias / 5 dias.
C) 30 dias / 30 dias.
D) 10 dias / 30 dias.
E) 15 dias / 15 dias.
(MPE/BA – ANALISTA TÉCNICO – INSTITUTO AOCP – 2014) De acordo com o
Código de Processo Penal, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponte as
corretas. I. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à
autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da
denúncia. II. A autoridade policial poderá mandar arquivar autos de inquérito. III.
Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de
base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de
outras provas tiver notícia. IV. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do
inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido
ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante
traslado.

A) Apenas I e II.
B) Apenas I, II e IV.
C) Apenas I, III e IV.
D) Apenas I e III.
E) I, II, III e IV.

(C MARA DE FORTALEZA/CE – CONSULTOR TÉCNICO – FCC – 2019)


Acerca do inquérito policial é correto afirmar:

A) Nos casos de apuração de delito de furto qualificado, deverá se encerrar no prazo de


10 (dez) dias se o indiciado estiver preso.
B) Em caso de ausência de indícios de autoria, poderá ser arquivado pelo Delegado de
Polícia ou pelo Promotor de Justiça responsável pela investigação.
C) Nos crimes de ação penal privada, pode ser instaurado de ofício ou mediante
requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público.
D) É regido pelos princípios da oralidade, publicidade e ampla defesa.
E) É indispensável para a propositura da ação penal pública incondicionada ou
condicionada à representação da vítima do delito.

(IAPEN/AP – AGENTE PENITENCIÁRIO – FCC – 2018) De acordo com o Código


de Processo Penal, o inquérito policial em caso de indiciado solto, deverá terminar no
prazo de:

A) 90 dias.
B) 120 dias.
C) 30 dias.
D) 45 dias.
E) 81 dias.

(IAPEN/AP – AGENTE PENITENCIÁRIO – FCC – 2018) Segundo determina o


Código de Processo Penal, logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá:

A) dirigir-se ao local dos fatos, providenciando para que não se alterem o estado e
conservação das coisas, até a chegada da imprensa.
B) realizar exame criminológico no indiciado, no caso de indícios de crime contra a
dignidade sexual.
C) presidir a audiência de suspensão condicional do processo, apresentando o preso em
até 24 horas à autoridade judicial responsável.
D) apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais.
E) propor ao indiciado acordo de delação premiada e, caso aceite, determinar o
arquivamento do inquérito policial.

(C MARA LEGISLATIVA DO DF – AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVA –


FCC – 2018) O inquérito policial:

A) é um procedimento que pode ser presidido tanto pelo delegado de polícia quanto
pelo membro do Ministério Público, desde que, neste último caso, tenha sido este o
órgão responsável pela investigação.
B) acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.
C) que apresentar vício contaminará eventual ação penal subsequente proposta com
base nos elementos por ele colhidos.
D) gera, quando arquivado, preclusão absoluta, não sendo possível o início de ação
penal, ainda que tenha por fundamento a existência de novas provas.
E) é um procedimento escrito, obrigatório e preparatório da ação penal, imprescindível
para embasar o oferecimento da denúncia.

(MPE/PB – PROMOTOR DE JUSTIÇA – FCC – 2018) Nos crimes em que não


couber ação penal de iniciativa pública, concluído o inquérito policial, o delegado
deverá:

A) remeter os autos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido.


B) remeter os autos ao Ministério Público, pois é o titular constitucional da ação penal.
C) arquivar os autos na repartição policial, onde aguardarão a iniciativa do ofendido.
D) intimar o ofendido do prazo decadencial para a propositura de ação penal.
E) entregar os autos ao ofendido ou seu representante legal, comunicando o juízo
competente.

(TJ/AM – ANALISTA JUDICIÁRIO – CESPE – 2019) Lúcio é investigado pela


prática de latrocínio. Durante a investigação, apurou-se a participação de Carlos no
crime, tendo sido decretada de ofício a sua prisão temporária. A partir dessa situação
hipotética e do que dispõe a legislação, julgue o item seguinte. Como Lúcio está solto, o
inquérito policial não terá prazo para ser concluído.

A) Certo
B) Errado

(TJ/AM – ASSISTENTE JUDICIÁRIO – CESPE – 2019) O inquérito policial é


dispensável para a promoção da ação penal desde que a denúncia esteja minimamente
consubstanciada nos elementos exigidos em lei.

A) Certo
B) Errado
(PC/BA – DELEGADO – CESPE – 2013) Os delegados de polícia não podem
recusar-se a cumprir requisição de autoridade judiciária ou de membro do MP para
instauração de inquérito policial.
Pesquisar melhor
A) Certo
B) Errado

(PC/BA – DELEGADO – CESPE – 2013) Um delegado de polícia, tendo recebido


denúncia anônima de que Mílton estaria abusando sexualmente de sua própria filha,
requereu, antes mesmo de colher provas acerca da informação recebida, a juiz da vara
criminal competente a interceptação das comunicações telefônicas de Mílton pelo prazo
de quinze dias, sucessivamente prorrogado durante os quarenta e cinco dias de
investigação. Kátia, ex-mulher de Mílton, contratou o advogado Caio para acompanhar
o inquérito policial instaurado. Mílton, então, ainda no curso da investigação, resolveu
interceptar, diretamente e sem o conhecimento de Caio e Kátia, as ligações telefônicas
entre eles, tendo tomado conhecimento, devido às interceptações, de que o advogado
cometera o crime de tráfico de influência. Em razão disso, Mílton procurou Kátia e
solicitou que ela concordasse com a divulgação do conteúdo das gravações telefônicas,
ao que Kátia anuiu expressamente. Mílton, então, apresentou ao delegado o conteúdo
das gravações, que foram utilizadas para subsidiar ação penal iniciada pelo MP contra
Caio, pela prática do crime de tráfico de influência. Com base nessa situação hipotética,
o delegado de polícia não poderia ter determinado a instauração de inquérito policial
exclusivamente com base na denúncia anônima recebida.

A) Certo
B) Errado

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