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Burnout durante
a pandemia
Eduardo C. de Moura
Médico, Mestrando da FGV e Co-fundador da PEBMED
Burnout durante a pandemia
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Contexto
▶ Principal:
▷ Medir a prevalência de Burnout entre os profissionais de saúde.
▶ Secundários:
▷ Identificar fatores que predispõe ao Burnout, fatores que contribuem e fatores
que aliviam;
▷ Avaliar a percepção dos profissionais em relação a disponibilidade de recursos
para combate à pandemia na linha de frente;
▷ Comparar tendências entre as classes de profissionais de saúde e o perfil do
local de trabalho;
▷ Avaliar tendências regionais.
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Métodos
Fonte: RD Station 5
Métodos
Fonte: Mixpanel 6
Métodos
Fonte: Qualtrics 8
Métodos
▶ O que medimos?
c. Escala de relacionamento com liderança (LMX-MDM): Mede o relacionamento de
um liderado com seu líder imediato. Já há uma associação clara na literatura entre
liderança e Burnout.
d. Escala de resiliência: Mede a resiliência frente aos desafios do trabalho. Foi
levantada a hipótese de ser um mecanismo pelo qual a liderança exerce sua função
em atenuar o Burnout.
e. Escala de segurança psicológica: Mede a segurança de trabalhador em manifestar
sua opinião no ambiente de trabalho.
Fonte: Mixpanel 10
Métodos
▶ O que medimos?
f. Disponibilidade de recursos intra-hospitalares para o tratamento dos pacientes
com Covid-19: Equipamentos de proteção individual, leitos de UTI, respiradores
mecânicos, insumos hospitalares (soro, medicamentos, equipo, acesso e etc),
profissionais de saúde.
g. Perfil dos respondentes:
▶ Sexo, idade, religiosidade, medo de transmissão, linha de frente, diagnóstico
prévio de Covid-19, carga horária de trabalho semanal.
h. Características do ambiente de trabalho:
▶ Atendimento de Covid-19, Tipo de unidade (Pública, Privada, Beneficente).
Fonte: Mixpanel 11
Resultados
▶ Respostas (Questionário completo):
▷ Médicos: 2.932
▷ Enfermeiros: 457
▷ Técnicos: 224
▶ Pergunta 1: Qual a prevalência de Burnout entre profissionais de saúde?
Prevalência Geral Médicos Enfermeiros Técnicos Prevalência em médicos Linha de frente Outros
Bahia 2.70 0.51 206 11.2% Rio Grande do Norte 2.65 0.50 38 15.8%
Ceará 2.65 0.50 107 22.4% Rio Grande do Sul 2.68 0.53 233 6.9%
Distrito Federal 2.74 0.48 125 8.0% Rio de Janeiro 2.70 0.50 490 21.4%
Maranhão 2.60 0.49 38 21.1% Santa Catarina 2.79 0.50 120 9.2%
Mato Grosso do Sul 2.93 0.49 23 0.0% São Paulo 2.74 0.52 939 13.0%
Minas Gerais 2.69 0.47 387 7.2% Tocantins 2.75 0.58 19 5.3%
Paraná 2.76 0.49 220 4.5% Total 2.71 0.51 3611 14.4% 13
Resultados
▶ Pergunta 2: Quais fatores contribuem para o aumento do Burnout?
a. Estar na linha de frente (independente das condições de trabalho);
b. Desbalanço entre demanda em recursos (com mais demandas do que recursos);
c. Pior relacionamento com liderança imediata;
d. Piores condições de trabalho (hospital público);
e. Menor resiliência do profissional;
f. Menor segurança psicológica no ambiente de trabalho;
g. Sexo feminino;
h. Alta carga horária;
i. Profissionais mais jovens;
j. Maior medo de contaminação de familiares.
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Resultados
▶ Pergunta 3: Qual a percepção dos profissionais em relação a disponibilidade de recursos para
combate à pandemia na linha de frente?
a. No geral, a percepção de condições adequadas varia entre: “Algumas vezes” (3) e
“Frequentemente” (4) (numa escala de 1 a 5). No público, a média se aproxima de “Algumas
vezes”, enquanto no privado a média se aproxima de “Frequentemente”.
b. As condições de trabalho, em relação ao necessário para o atendimento da Covid-19, em
hospitais públicos são inferiores a dos hospitais privados e beneficentes.
c. Profissionais de enfermagem percebem maior insuficiência de profissionais do que
médicos.
d. Médicos percebem maior falta de EPIs do que profissionais de enfermagem.
e. Demais condições de trabalho apresentam percepções semelhantes entre os profissionais.
f. Não há diferenças regionais (por UF).
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Resultados
▶ Pergunta 4: Há diferenças entre as classes de profissionais de saúde?
a. Demandas e recursos de trabalho: Não há diferença.
b. Burnout: Médicos > Enfermeiros > Técnicos de enfermagem.
c. Liderança: Não há diferença.
d. Resiliência: Enfermeiros são mais resilientes do que médicos e do que técnicos de enfermagem.
e. Segurança psicológica: Técnicos de enfermagem apresentam maior segurança psicológica do que
enfermeiros.
f. Estado (UF): Não há diferenças regionais com significância estatística.
g. Diagnóstico prévio de Covid-19:
▶ Médicos: 13%
▶ Enfermeiros: 16%
▶ Técnicos: 18%
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Obrigado!
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