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Soldagem - MIG - MAG - 60p.
Soldagem - MIG - MAG - 60p.
SOLDAGEM
MIG/MAG - BÁSICO
Soldagem
© SENAI-SP, 2004
Produção gráfica
E-mail cmfp@sp.senai.br
Home page http:// www.sp.senai.br
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Sumário
Introdução 4
Segurança 5
Tipos de Transferência 45
Variáveis do Processo 47
Descontinuidades 53
Referências Bibliográficas 60
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Introdução
Todos os processos de soldagem por arco elétrico precisam de algum tipo de proteção
para evitar contaminações da poça de fusão e do cordão de solda dos gases oriundos do
ar atmosférico. Caso não sejam protegidos, o resultado será um cordão de solda com
porosidade, nitretado e oxidado, fazendo-se com que suas propriedades mecânicas
tenham um valor relativamente inferior ao do metal de base, que ao ser submetido à teste
de qualificações terá como resultado uma desaprovação.
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Segurança na Soldagem
As medidas de segurança em soldagem visam prevenir danos pessoais ao soldador e
às pessoas próximas ao local de soldagem.
O calor, a chama e os respingos produzidos durante a soldagem representam
constante perigo de radiação, queimadura, incêndio e explosão.
O assunto mereceu atenção de várias entidades, principalmente ligadas com seguros,
existindo assim uma farta literatura à disposição.Recomenda-se, principalmente, a
norma ANSI Z 49.1 “Segurança em Soldagem e Corte”.
Choque elétrico:
Para prevenir dos choques elétricos, o soldador não deve formar um condutor entre os
pólos de eletricidade, como exemplo: pisar sobre uma ponte rolante ao soldar uma viga
do telhado ou pisar na terra ao soldar uma plataforma de laminação. Aqui, existe
sempre uma possibilidade de uma passagem de grandes descargas elétricas.
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Pelas mesmas razões, o soldador nunca deve trabalhar numa poça d’água ou num
chão excessivamente úmido, trocar eletrodo com a mão sem luvas, deslocar uma
máquina de soldagem ligada, etc. O cabo obra da instalação deve ser ligado na
carcaça da maquina.
Queimaduras:
Raios ultravioletas:
São quimicamente ativos e podem ocasionar acidentes oculares, podem produzir
cegueira momentânea, e principalmente conjuntivite.
Raios infravermelhos:
Secam completamente certas células líquidas do globo ocular, causando complicações
no cristalino, levando a longo prazo a uma catarata profissional.
Na pele, o efeito causado é idêntico ao ocasionado pelos raios solares.
Geralmente, uma exposição, mesmo sendo rápida a estes raios, pode provocar uma
conjuntivite, que se manifesta algumas horas após a exposição.
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Máscara do soldador
As máscaras são utilizadas para cobrir toda a face, e podem ser do tipo capacete,
fixadas à cabeça (deixa as duas mãos do soldador livre) e do tipo escudo, provido de
cabo, para serem seguradas com a mão. Elas servem para proteger o rosto e parte do
pescoço das queimaduras devido à radiação ou respingos de metal líquido proveniente
da soldagem.
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Óculos de proteção:
Os óculos são também indispensáveis ao equipamento do soldador (salvo quando ele
faz parte integrante da máscara, tipo visor articulado).
Durante a soldagem, são poucos os acidentes que ocorrem por causa dos respingos,
mas após a soldagem, durante a limpeza das zonas soldadas, fragmentos de escória
podem atingir os olhos, inflamando-os.
Todos aqueles que trabalham próximos aos locais em que se esteja realizando os
serviços, como aprendizes, montadores, mecânicos, mestres, inspetores, devem se
proteger a fim de proporcionar segurança contra os danos causados pelas radiações e
por objetos projetados por operações de corte ou soldagem.
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Filtros de luz:
Os vidros filtros têm a função de absorver os raios infravermelhos e ultravioletas,
protegendo os olhos de lesões que poderiam ser ocasionadas por estes raios. A
redução da ação nociva das radiações, também diminui a intensidade da luz, o que faz
com que o soldador não canse demasiadamente os seus olhos durante o trabalho.
Os vidros filtros são marcados pelo fabricante, por meio de números, observando o
grau de absorção dos raios. Para soldagem e corte pelo processo oxiacetilênico as
numerações são: 3, 4, 5 e 6, sendo que os números 3 e 4 para soldagem leve, 5 e 6
para soldagem média e 7 e 8 para soldagem pesada.
Para soldagem a arco elétrico as numerações são: 8, 10, 11, 12, 13 e 14, a sua
seleção se faz de acordo com o processo de soldagem e a intensidade da corrente em
uso. (ver tabela)
Devem ter uma boa manutenção e não devem ser transferidos de um soldador para
outro, sem que antes seja efetuada a devida desinfecção destes equipamentos.
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Luvas protetoras:
Todos os soldadores devem usar luvas em bom estado nas duas mãos. As luvas
protegem as mãos contra queimaduras, principalmente aquelas resultantes de
radiações emitidas pelo arco elétrico, e também evitam choques elétricos na troca de
eletrodo ou quando em contatos eventuais com uma peça quente.
Observação:
Existem aventais conjugados com o mangote (tipo barbeiro) que além de ser mais
confortável, protege também o ombro e parte da costa do soldador.
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Sistema de exaustão
Sempre que for necessário, devem ser utilizados exaustores locais para remover, junto
à zona de soldagem, as fumaças e gases nocivos.
Existem diversos aparelhos fabricados com esta finalidade, porém geralmente é
utilizado um equipamento com coifa móvel, que o soldador localiza tão próximo quanto
possível do local a ser soldado.
Sapatos de segurança
Estes devem ser usados em todas as situações, não apenas para prevenir
queimaduras, mas também evitar o perigo de quedas de ferramentas e acidentes
causados por choques elétricos.
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Anteparos (biombos)
Com o intuito de proteger os demais trabalhadores que executam serviço numa
mesma área, em locais próximos aos da operação de soldagem ou corte, deve-se
isolar esses locais com a disposição de anteparos de madeira ou lonas, em forma de
biombos (cabines).
As paredes dos anteparos devem ser pintadas com tinta fosca, a fim de não refletir os
raios provenientes de soldagem.
Quedas acidentais
Quando a soldagem é executada em lugares elevados, uma queda acidental pode
resultar em morte ou em graves danos físicos, de forma que estas precauções devem
ser estritamente observadas pelo trabalhador:
Usar sempre o cinto de segurança;
Usar capacete de produção, ao menos para proteger a cabeça por ocasião da queda
de alguma peça ou fragmento estranho;
Confirmar a segurança de escadas e andaimes;
Amarrar objetos e ferramentas ou colocá-los em local que dificulte a queda;
Não exceder a capacidade de carga dos andaimes.
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Primeiros socorros
Os primeiros socorros devem ser prestados por pessoal treinado. O acidentado deve
ser encaminhado a um médico, o mais depressa possível, depois dos socorros de
emergência, como indicado a seguir:
Socorros de emergência:
Em caso de queimadura, não se deve tocar no lugar queimado nem furar as bolhas,
mas para evitar contaminação, proteger os ferimentos com materiais esterilizados;
Em caso de intoxicação, deve-se assegurar uma boa ventilação e, eventualmente,
respiração artificial;
Em caso de conjuntivite, sensação de areia ou dor nos olhos, pode ser aplicado um
colírio, por exemplo, a base de água de rosas;
Em caso de penetração de um corpo estranho no olho, cobri-lo com gaze, sem
pressão e encaminhar o acidentado ao oftalmologista;
Em caso de choque, pode ser aplicada a respiração artificial.
Questionário
01 - O que visam às medidas de segurança na soldagem?
( ) a) A obrigatoriedade de usar uniforme contra fogo;
( ) b) Prevenir danos pessoais ao soldador e às pessoas na vizinhança;
( ) c) Ter ao alcance água para apagar o fogo;
( ) d) Nenhuma das anteriores.
03 - O que o soldador deve fazer após o término de uma soldagem, antes de afastar-
se do local de trabalho?
( ) a) Despedir-se dos amigos;
( ) b) Controlar o horário de saída;
( ) c) Guardar todos os equipamentos usados para fazer tal soldagem;
( ) d) Examinar a área de serviço, descartando qualquer vestígio de fogo.
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05 - Qual o elemento que não pode estar presente na soldagem pelo processo
MIG/MAG por gerar gases tóxicos?
( ) a) O chefe;
( ) b) Solventes;
( ) c) Água;
( ) d) Óleo.
07 - Qual o número do vidro filtro recomendado para soldar pelo processo MIG/MAG
com 150 ampéres?
( ) a) 8;
( ) b) 10;
( ) c) 11;
( ) d) 13.
08 - Qual a atitude a ser tomada quando se empresta máscara ou óculos de uma outra
pessoa em relação à higiene?
( ) a) Devolver o mais rápido possível;
( ) b) Desinfetar antes de usar;
( ) c) Não se deve pedir emprestado equipamento de segurança;
( ) d) Usar e depois lavar.
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Circuito hidráulico:
A força motriz do fluxo hidráulico pode ser obtida por meio de pressão da bomba. O
volume circulante é o fluxo do tubo condutor. Ele cresce com o aumento de pressão. O
estreitamento obtido por meio de um registro d’água e outras resistências relativas à
tubulação, reduzem o fluxo d’água, aumentando a pressão.
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Circuito elétrico:
A força motriz da corrente elétrica é obtida sob forma de tensão (v) na fonte de
corrente elétrica.A corrente elétrica é obtida por movimento de elétrons nos cabos
condutores. A intensidade da corrente (I), em ampére (A), é equivalente a um
determinado número de elétrons por segundo. Ela cresce com o aumento de tensão.
A resistência elétrica (R), em ohm (), é obtida por meio de um condutor elétrico com
baixo valor de condutividade elétrica, por exemplo, o filamento de uma lâmpada.
Circuito de soldagem:
Arco elétrico é a principal resistência nesse tipo de circuito, determinando os valores
da corrente de soldagem (amperagem) e da tensão do arco elétrico (voltagem).
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Grandeza no circuito:
V = Tensão (volts)
I = Intensidade da corrente elétrica (ampére)
R = Resistência elétrica (ohm)
Resistência elétrica:
É a dificuldade que um corpo oferece à passagem de corrente elétrica.
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Corrente alternada:
É aquela que não tem definição de polaridade (+) ou (-). Em um intervalo de segundo a
polaridade muda 120 vezes, (60 cic/g). Isto é, em um segundo os elétrons passam pelo
positivo 60 vezes e 60 vezes pelo negativo.
Corrente contínua:
É aquela que circula sempre no mesmo sentido, do negativo (-) para o positivo
(+). Tem a definição da polaridade.
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Gerador Fornece somente corrente contínua (CC). ( Utilizado na maioria das vezes
em Usina de Açúcar e Alcool)
Os tipos de máquinas:
Transformador C.A.:
É uma máquina, cuja finalidade é modificar a alta tensão da rede elétrica de
alimentação em baixa tensão, ao mesmo tempo, converte a baixa intensidade de
corrente elétrica em alta. Por isso dizemos que há uma transformação entre os valores
de corrente e tensão, daí o nome da máquina.
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Retificador C.C.:
Seguindo o sentido das setas nota-se que a corrente elétrica no arco só tem um
sentido, portanto, obtemos uma CC através dos diodos.
OBS.: O sentido real da corrente elétrica é do polo (-) negativo para o (+) positivo.
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Gerador CC:
São máquinas rotativas que possuem um motor elétrico ou a combustão, acoplado a
um gerador de corrente elétrica contínua.
Princípio do gerador:
No gerador, tem-se um rotor com bobinas que giram no campo magnético. As bobinas
contidas no rotor produzem corrente elétrica que será retirada através de coletores,
resultando em uma corrente elétrica contínua de saída, para alimentar o arco elétrico.
Para gerar sua própria energia deve ser acoplado ao mesmo, um dispositivo girante,
que pode ser um trator, roda d’água, motor a combustão ou elétrico.
Vantagem:
O arco elétrico é estável;
A seleção de eletrodos é mais ampla;
O trabalho do soldador e o controle do
processo são mais fáceis.
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Questionário:
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A soldagem MIG e MAG usa o calor de um arco elétrico formado entre um eletrodo
(arame) nu (sem revestimento) alimentado de uma maneira contínua até o metal de
base. O calor funde a extremidade do eletrodo (arame) e a superfície do metal de base
(peça) para formar a solda.
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MIG: Diz quando se trabalha com gases inerte ou mistura destes. (Soldagens de
Alumínio e suas ligas, Cobre e suas ligas)
MAG- M: Diz quando se trabalha com mistura de gases Inertes com Ativos.
(Soldagens de Aços carbono e suas ligas)
Exemplos: 75% Argônio + 25% CO 2
80% Argônio + 20% CO 2
88% Argônio + 10% CO 2 + 2% O 2
MAG- C: Diz quando se trabalha com CO 2 puro (100%). (Soldagens de Aço carbono)
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O gás de proteção tem grande influência na forma do arco elétrico e no perfil do cordão
O argônio puro, proporciona um arco instável com freqüência de transferência
das gotas razoável, redução da freqüência de curtos-circuitos. Quando misturado com
dióxido de carbono (CO2), até 25%, o comportamento do arco e o perfil do cordão de
solda, em função da redução da tensão superficial das gotas provocada pela ação do
Argônio, realiza um melhor preenchimento dos cantos deixando o cordão de solda
com uma melhor performance.
O CO2 puro, provoca uma maior agressividade no arco aumentando a
penetração da solda. A transferência se processa em forma de glóbulos que se
destacam do arame eletrodo por pinçamento, sendo muitas vezes lançados na direção
contrária à poça de fusão, fenômeno de origem eletromagnética que obriga o soldador
trabalhar com menor Stick-out. Isto provoca maior desgaste do bocal em função da
maior aderência de respingo.
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OBS.:
Com argônio puro a penetração é profunda no centro, e menor nas laterais da junta.
Com mistura de argônio + CO2, obtém-se uma boa penetração no centro e nas laterais
da junta que resulta numa melhor performance do cordão.
Com CO 2 puro, em função da agressividade provocada no arco, tende-se a obter uma
maior penetração no centro e menor nas laterais da junta.
Vantagens do processo
Automático ou semi-automático
No processo semi-automático (semi = meio) o arame eletrodo é alimentado
automaticamente através de uma pistola, o soldador controla a inclinação do bocal, a
altura bocal x peça, a velocidade de deslocamento (avanço) e os movimentos
pendulares.
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OBS.:
O cabo guia para arame de aço carbono é feito de aço em forma de espiral para que o
mesmo deslize por dentro dele, para arame de alumínio este é feito de plástico ou
teflon.
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Cilindro de gás
Os gases são acondicionados e transportados em vasos de pressão, denominados
cilindros.
Colarinho: Peça fixada na calota, logo abaixo do registro, provida de rosca externa
para fixação do capacete.
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Devemos notar que a pressão do cilindro aumenta de 1,7 kgf/cm² a cada 2,1º C de
aumento e diminui 1,7 kgf/cm² para cada 2,1º C de queda, tomamos como base a
temperatura de 22º C.
Com um aumento de temperatura do gás causa um correspondente aumento de
pressão no cilindro, o registro dos cilindros são equipados com um dispositivo de
segurança, a qual se abre quando tivermos um aumento anormal de pressão,
permitindo ao gás escapar livremente. Por esta razão, os cilindros não devem ser
guardados em lugares quentes.
Apesar da sua construção robusta, os cilindros de gás devem ser manejados
cuidadosamente, devendo ser transportados em carrinhos, amarrados e com a tampa
de proteção da válvula, evite o uso de guinchos magnéticos, ou talhas com corrente,
eliminado o perigo de queda, e a respectiva explosão.
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Regulador de pressão
Primeiro estágio:
Pré calibrado de fábrica, reduz a pressão de entrada, ou seja, aquela encontrada no
cilindro, para uma pressão intermediária.
Segundo estágio:
De ajuste manual, por meio do parafuso de regulagem, reduz a pressão do primeiro
estágio à uma pressão desejada para o trabalho.
Precauções de segurança:
1) O regulador deve ser tratado como um instrumento de precisão, não devendo ser
exposto a pancadas, vibrações ou pressões repentinas causadas pela abertura muito
rápida do registro do cilindro de gás;
2) Use o regulador somente com o gás para o qual fora projetado;
3) Não opere com pressões de trabalho superiores às recomendadas;
4) Nunca fique em frente ou atrás dos manômetros, quando abrir o registro do cilindro
de gás;
5) Verifique todas as conexões quanto a vazamento de gás (use espuma de sabão);
6) Na presença de qualquer vazamento, feche a válvula do cilindro.
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Fluxômetro:
Aparelho que serve para medir a velocidade de vazão dos gases, conforme sua
densidade (peso).
OBS.:
Esses aparelhos devem ser aferidos de acordo com cada tipo de gás.
Nota:
Cada gás tem seu peso específico, ao usar o fluxômetro verificar para qual o tipo de
gás ele foi aferido (esta gravado no fluxômetro), caso contrario não ha uma leitura real.
Condução do gás:
O gás é conduzido do regulador de pressão até a área do arco através da pistola, por
mangueiras. Entre o regulador de pressão e a pistola, deve ter um dispositivo que
libera a passagem do gás quando for acionado o gatilho da pistola de soldagem.
Esse dispositivo é uma válvula magnética (elétrica) chamada solenóide, para abrir ou
fechar eletromagneticamente a passagem do gás protetor.
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Ajuste da pressão:
A pressão de trabalho deve ser ajustada com o gatilho acionado (vazão
dinâmica). E, verificado no bocal da pistola com o bibímetro.
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05 - Qual a observação que devemos ter antes de abrir o registro do cilindro de gás?
( ) a) Verificar se o parafuso de regulagem do regulador de pressão está solto;
( ) b) Ligar a máquina primeiro;
( ) c) Abrir somente com luvas;
( ) d) Verificar se a mangueira não está torcida.
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Material de adição
O arame para a soldagem MIG/MAG tem duas funções. De um lado, age como polo
positivo do circuito e de outro, como material de adição quando recebe a corrente e se
funde.
Existem arames de 0,8 até 1,6mm.
Esses arames, tem uma camada fina de revestimento de cobre na parte externa, são
acondicionados em bobinas de 5 a 18kg, protegidos contra umidade, seu bobinamento
garante um desenrolamento adequado durante a sua utilização.
Diâmetros de arame sólido usado: 0,8 0,9 1,0 1,2mm.
OBS.:
Essa camada fina de cobre em sua superfície serve para:
1) Facilitar a passagem da corrente do bico de contato ao arame;
2) Desoxidar o metal de solda;
Evitar a oxidação do arame antes do seu uso.
A escolha do diâmetro do arame, dependerá da espessura do material e do tipo de
junta a soldar. Inspecione o estado da superfície do arame.
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Interpretação do Consumível
AWS – ER-70S-6
Interpretação por Norma “AWS”
Exemplo: ER 70 S-6
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Figura 01:
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ER- -----------------------------------------------------------------------------------------------------
70- ------------------------------------------------------------------------------------------------------
S- -------------------------------------------------------------------------------------------------------
6- -------------------------------------------------------------------------------------------------------
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Tipos de Transferência
No arco elétrico o material do arame eletrodo é transferido para o banho de fusão em
forma de gotas fundidas.Dependendo de como esta transferência é efetuada, pode-se
obter um arco elétrico por transferência: spray, globular, curto-circuito e arco pulsante.
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Transferência globular
A transferência globular (figura abaixo), processa-se por gotas grandes, maiores que o
diâmetro do arame eletrodo. Ocorre com correntes baixas e altas tensões, arcos curtos
e possui baixa velocidade de transferência.
Os glóbulos são transferidos para a poça de fusão sem muita direção e é freqüente o
aparecimento de respingos.
Quando a gota encosta na poça de fusão o arco elétrico apaga (porém sem
percepção), devido à alta velocidade da freqüência das gotas.
Em função do curto-circuito ser por si só irregular, pode-se dizer que o próprio arco
elétrico é extremamente instável e, por isso, a utilização deste modo de transferência
na soldagem deve ser precedida de certas medidas que tornem o arco regular e
estável para tal aplicação.
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Variáveis do Processo
Tipos de corrente elétrica e polaridade usada na soldagem
Ângulo do bocal
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Soldagem
Quanto maior for o comprimento livre do arame (Stick-Out,), maior será a resistência
de aquecimento. Desse modo, o arame pode vir a ser fundido por um arco de potência
insuficiente.
Nessas condições, a zona de solda recebe pouco calor, podendo vir a ocorrer pontos
frios na soldagem. Em geral, longos arames livres reduzem a freqüência das gotas e
aumenta a perda de deposição por maior ocorrência de respingos.
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Soldagem
Descontinuidades na soldagem
Preparação inadequada da junta
1 – Angulo do chanfro muito pequeno ( ideal de 60° a 75°);
2 – Face da raiz fora da medição (ideal de 1,5 a 2.0mm);
3 – Abertura da raiz inadequada (ideal de 2 a 3 mm para espessura +4)
4 – Desalinhamento das peças (montagem fora de nível) conforme figura abaixo.
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Soldagem
Velocidade de Soldagem;
Seu efeito na qualidade da solda:
1 – Aumentando-se a velocidade de soldagem acarretara queda na penetração e o
estreitamento do cordão depositado resulta num cordão fino e convexo.
2 – Poderá ocorrer mordeduras na margem do cordão de solda se a velocidade de
soldagem dor muito grande;
Banho de fusão:
1 - Velocidade de avanço da soldagem muito lenta;
2 - Inclinação excessiva do bocal;
3 - Cordão de solda muito largo.
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Motivado por:
Distância excessiva do bico de contato;
Furo do bico de contato muito grande
para o arame eletrodo em uso;
Construção metálica a ser soldada de difícil
acesso;
Seqüência de soldagem inadequada.
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Descontinuidades
Mordedura
Depressão sob a forma de entalhe no metal de base, acompanhando a margem da
solda.
Causas:
Ângulo de
inclinação da tocha
incorreto;
Tensão muito alta;
Peça super aquecida;
Ajuste incorreto dos parâmetros de soldagem;
Metal base oxidado (ferrugem).
Poro:
Vazio arredondado encontrado numa solda, causado por gases dissolvidos no material
em fusão ou formados por reações químicas antes da solidificação total da poça de
fusão.
Porosidade
Conjunto de poro causado pela retenção de gases durante a solidificação da solda.
Formação do poro
Os poros são formados por bolhas de hidrogênio que estão dissolvidos na poça de
fusão (metal líquido), deixando vazios na solda quando ela se solidifica (resfria).
Esse hidrogênio presente na poça de fusão (metal líquido) é captado do ar
atmosférico, da queima de elementos de liga, de materiais estranhos como: óleo,
graxa, umidade, etc., este gás não consegue escapar para a atmosfera devido ao
resfriamento rápido da solda e fica retido na estrutura solidificada, sob a forma de
poros (vazios de metal).
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Soldagem
Causa:
- Vazão insuficiente do
gás de proteção.
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Soldagem
Respingos
Respingos são Glóbulos de metal de adição transferidos durante a soldagem e
aderidos à superfície do metal de base ou à zona fundida já solidificada.
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Soldagem
Penetração excessiva
Causa:
Abertura da junta grande;
Intensidade de corrente elétrica alta;
Velocidade de avanço da soldagem lenta;
Movimento lateral com a tocha larga;
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Soldagem
Falta de penetração.
Causa:
Abertura entre chapas pequena;
Ângulo do chanfro pequeno;
Alta velocidade de soldagem;
Ângulo incorreto do bocal;
Bico de contato alto;
Bocal grande para o tipo de junta.
Falta de fusão
Fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base, ou entre passes da zona
fundida.
Causa:
Tensão muito baixa;
Arame eletrodo atrás da poça de fusão;
Ângulo do bocal incorreto.
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02 - O que é poro?
( ) a) Furos causados pelo soldador;
( ) b) Vazio arredondado encontrado numa solda;
( ) c) Vazio causado pela máquina de solda;
( ) d) Entalhe na margem de solda.
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Referências Bibliográficas
Referências bibliográficas para revisão:
- FBTS
Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem
Departamento de cursos: Inspetor de Soldagem
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