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RELATÓRIO DE AULA: OLAVO BILAC

Ora (direis) ouvir estrelas!

Análise do poema de Olavo Bilac

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo


Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…
E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

O poema é romântico, embora Bilac se definisse como parnasiano.

Nem sempre manteve-se tipicamente parnasiano. Sendo um dos maiores


poetas líricos, as poesias de amor e sensualidade ganham versos vibrantes,
plenos de emoção.

Além de poemas líricos, e o poeta escreveu crônicas, livros didáticos, textos


publicitários e deixou fama como autor humorístico. Sob o disfarce de mais de
cinquenta pseudônimos, colaborou intensamente na imprensa da época.

No livro “Alma Inquieta” surgem poemas em que predomina o tom meditativo e


melancólico, que também é a tônica de seu livro “Tarde” (1919), no qual é
constante a preocupação com a morte e sentido da vida.

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