Professional Documents
Culture Documents
Apostila TRABALHADOR - SUPERVISOR 35
Apostila TRABALHADOR - SUPERVISOR 35
Trabalho, elaborou por meio de sua Equipe Técnica esta apostila, o Programa
atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja
risco de queda.
1
2
TRANSCRIÇÃO DA NR35
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade
A NR35 vem tratar da segurança que se deve aplicar em trabalhos executados acima de 2,00
Com isso entendemos que a empresa deve capacitar seu funcionário para esses trabalhos e
deve fazer isso por meio de treinamento, onde o trabalhador irá aprender a reconhecer riscos e
como se proteger deles, pois em trabalhos em altura o risco de queda não é o único que está
Por um lado, é muito bom que o próprio trabalhador saiba reconhecer tais riscos e saiba
Por outro, é muito importante que ele tenha um supervisor de trabalho em altura para dar
3
4
LISTA DE SIGLAS
5
6
1. Objetivo e Definição
1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em
altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e
a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
1.2 Consideram-se trabalho em altura aquele executado em níveis diferentes e no qual haja risco
de queda capaz de causar lesão ao trabalhador
1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos
competentes e na ausência e omissão dessas com as normas internacionais aplicáveis.
4. Capacitação e Treinamento
4.1 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em
treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito (08) horas, cujo conteúdo programático
deve no mínimo incluir:
Normas, análise de risco, riscos potenciais, sistemas e equipamentos, EPIs, Acidentes típico, condutas em
emergência.
5. Planejamento e Organização
5.1 Todo trabalho em altura será planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e
autorizado.
8
g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;
i) os riscos adicionais;
Além dos riscos de queda em altura intrínsecos aos serviços objeto da Norma, existem outros riscos,
específicos de cada ambiente ou processo de trabalho que, direta ou indiretamente, podem expor a
integridade física e a saúde dos trabalhadores no desenvolvimento de atividades em altura. Existe,
portanto, a determinação de obrigatoriedade da adoção de medidas preventivas de controle para tais riscos
“adicionais”, com especial atenção aos gerados pelo trabalho em campos elétricos e magnéticos,
confinamento, explosividade, umidade, poeiras, fauna e flora, ruído e outros agravantes existentes nos
processos ou ambientes onde são desenvolvidos os serviços em altura, tornando obrigatória a implantação
de medidas complementares dirigida aos riscos adicionais verificados. Dentre os riscos adicionais podemos
elencar:
Riscos Mecânicos. São os perigos inerentes as condições estruturais do local, tais como: falta de espaço,
iluminação deficiente, presença de equipamentos que podem produzir lesão e dano.”
Elétricos: São todos os perigos relacionados com as instalações energizadas existentes no local ou com a
introdução de máquinas e equipamentos elétricos, que podem causar choque elétrico.
Corte e solda: Os trabalhos a quente, solda e/ou corte acrescentam à atividade os perigos próprios desta
atividade específica como radiações, emissão de partículas incandescentes, etc.
Líquidos, gases, vapores, fumos metálicos e fumaça: A presença destes agentes químicos contaminantes
gera condições inseguras e facilitadoras para ocorrências de acidentes e doenças ocupacionais, nestes casos,
os trabalhos não devem ocorrer.
Soterramento: Quando o trabalho ocorre em diferença de nível maior que 2 metros com o nível do solo ou
em terrenos instáveis, existe a possibilidade de soterramento por pressão externa (ex. construção de poços,
fosso de máquinas, fundação, reservatórios, porão de máquinas, etc)
Temperaturas extremas: Trabalho sobre fornos e estufas podem apresentar temperaturas extremas que
poderão que poderão comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores;
Outros Riscos
a) Pessoal não autorizado próximo ao local de trabalho;
b) Queda de materiais;
c) Energia armazenada.
d) as condições impeditivas;
k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir
o tempo da suspensão inerte do trabalhador; queda não é o único perigo no trabalho em altura. Ficar
pendurado pelo cinturão de segurança é também perigoso. Ficar pendurado pelo cinto de segurança
gera a suspensão inerte, quando a parte inferior do cinto de segurança, que se prende às pernas,
impede a circulação do sangue e este se acumula nelas. Se estas não se movem, o sangue fica lá e
o coração não consegue bombear o sangue para a cabeça provocando a ¨intolerância ortostática¨ que se
caracteriza por atordoamento, tremor, fadiga, dor de cabeça, fraqueza e desmaios. Suspensão prolongada
causada por sistemas de detecção de quedas pode causar a intolerância ortostática que, por sua vez, pode
resultar em perda de consciência seguida por morte em menos de 30 minutos.
Para reduzir os riscos relacionados à suspensão inerte, provocada por cintos de segurança, o empregador
deve implantar planos de emergência para impedir a suspensão prolongada identificando os sinais e sintomas
9
da intolerância ortostática e realizando o resgate e tratamento o mais rápido possível. Quanto mais tempo a
vítima ficar suspensa, sem se mover, maiores serão os riscos para sua saúde.
Vale lembrar que após o resgate as vítimas não devem ser deitadas na posição horizontal em nenhum
momento, seja durante o resgate ou quando chegarem ao solo. A manobra correta é deixar a vítima na posição
sentada, por pelo menos 20 minutos, mesmo se estiver inconsciente. Deixar de seguir estes procedimentos
pós-resgate pode causar danos à vítima e, às vezes, levar até a morte.
As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante permissão.
Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão
de Trabalho.
A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da permissão, disponibilizada
no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.
10
24.08.2022
PT - TRABALHO EM ALTURA Rev.01
PERMISSÃO DE TRABALHO Nº -
Local: Serviço:
Emissão Data: Hora: Término Data: Hora:
Trabalhadores -
- -
- -
Procedimentos que devem ser completados antes da atividade
1. O trabalho é acima de 2 (dois) metros? S( ) N( )
2. Oferece risco de queda pro trabalhador? S( ) N( )
3. O treinamento em altura do(s) Trabalhado(res) está(ão) em dia? S( ) N( )
4. Há procedimento para o trabalho a ser exercido? NA( ) S( ) N( )
5. Foi feito isolamento de área? Ele oferece proteção adequada para as demais pessoas NA( ) S( ) N( )
6. Há pontos de ancoragem? E eles são seguros? NA( ) S( ) N( )
7. Equipamentos:
Capacete NA( ) S( ) N( ) Trava quedas adequado NA( ) S( ) N( )
Óculos NA( ) S( ) N( ) Talabarte adequado NA( ) S( ) N( )
Cinturão paraquedista NA( ) S( ) N( ) Luvas NA( ) S( ) N( )
Corda/Cabo de aço Outros: __________________
NA( ) S( ) N( ) NA( ) S( ) N( )
8. Os EPI estão adequados ao risco de queda? NA( ) S( ) N( )
9. Há riscos adicionais como choque elétrico ou riscos mecânicos? Outros: _________________ NA( ) S( ) N( )
10. Foi tomada medida contra queda de objetos ou ferramentas? NA( ) S( ) N( )
11. Para atividades exercidas em área externa, há boas condições climáticas? NA( ) S( ) N( )
Procedimentos que devem ser completados caso a atividade exija o uso de Escada
12. As escadas a serem usadas estão dentro de padrões de segurança? NA( ) S( ) N( )
13. A escada está apoiada em piso resistente, nivelado e não escorregadio? NA( ) S( ) N( )
14. As escadas contem antiderrapantes? NA( ) S( ) N( )
15. A escada de abrir possui sistema que a mantenha com abertura constante? NA( ) S( ) N( )
Procedimentos que devem ser completados caso a atividade exija o uso de Andaime Simplesmente Apoiado
16. O andaime foi montado por equipe qualificada? NA( ) S( ) N( )
17. O andaime está nivelado? NA( ) S( ) N( )
18. A base é no mínimo ¼ da altura total do andaime? NA( ) S( ) N( )
19. A ancoragem é independente da estrutura do andaime? NA( ) S( ) N( )
20. As tabuas do andaime estão fixas e em perfeitas condições de uso? NA( ) S( ) N( )
21. Há guarda corpo no andaime? NA( ) S( ) N( )
Procedimentos de emergência e resgate/contatos (ramal - telefone)
22. Para situações de emergência, há uma equipe e equipamentos em condições para resgate? NA( ) S( ) N( )
Resgate - Ambulância - Segurança -
Obs.:
- A atividade não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca na coluna “não”.
- Os campos preenchidos como “sim”, deverão estar de acordo com a Análise de Risco da atividade.
Supervisor de Trabalhos em Altura
________________________________________
Legenda: N/A – “não se aplica”; N – “não”; S – “sim”.
11
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA TRABALHOS EM ALTURA
Cinto de segurança
Usadas em todas as atividades verticais ou em situações em que seja necessário a segurança através de
cordas, o cinto de segurança, deve ser do modelo tipo paraquedista, com fixação peitoral, dorsal,
lateral e pontos de sustentação nos ombros para descidas em locais de difícil acesso, deve ser confortável e
oferecer uma grande absorção de impactos numa eventual queda. As alças para prender materiais devem
ser bem distribuídas. Existem cadeirinhas específicas para a anatomia feminina.
Para maior conforto, os cintos devem possuir acolchoamento na cintura, na base dos ombros e dorso.
Os cintos de segurança devem ser polivalentes para executar várias atividades em altura.
12
TALABARTE DE SEGURANÇA ANTIQUEDA
É um elemento de conexão entre o cinturão-paraquedista e o ponto de ancoragem. O talabarte de
segurança pode ser confeccionado em corda sintética, cabo de aço, fita sintética ou corrente
O talabarte e o dispositivo trava quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador,
ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as
chances do trabalhador colidir com estrutura inferior.
Absorvedor de energia
Talabarte
A norma do absorvedor de energia e as de todos os modelos de trava queda testam os produtos dentro
da pior situação possível e limitam a força de impacto gerada em 6 kN (600 Kgf). O talabarte com até 0,90m
não há necessidade do absorvedor de energia .
Outro fator que deve ser levado em conta na seleção do EPI.é o propósito do uso. Por exemplo:
Nem “todo trava quedas pode ser utilizado como equipamento de posicionamento.”
A indefinição do fator de segurança e sua responsabilidade devem ficar a cargo do fabricante dos
equipamentos o que poderá ser consignado no próprio CA (certificado de aprovação) EPI, ou, no caso de
equipamentos acessórios, em documento próprio do mesmo.
14
“PERNAS” DO TALABARTE
maneira O talabarte duplo obrigatoriamente possui 3 pontas. Uma que deve ser conectada
ao elemento de engate de retenção de queda do cinturão paraquedista e que fica no
vértice do “Y” ou do “V” e as outras duas, que podem ser identificadas como “pernas” do
talabarte a serem Aqui também é utilizada uma conectadas a um dispositivo de ancoragem.
terminologia que facilita o entendimento da estrutura do Talabarte e que pode ser identificado
como uma utilização equivocada gerando riscos desnecessários. Isso acontece
quando o trabalhador, conecta uma das pernas no seu cinturão e a outra na
ancoragem deixando livre o vértice do “Y” ou do “V”. Quando utilizado desta forma o
talabarte passa a ter o dobro do seu tamanho, comprometendo a sua funcionalidade.
6kN - O dispositivo de união (neste caso o talabarte) é o componente do sistema individual de proteção
de queda, responsável pela absorção do impacto. O valor aceitável a ser recebido pelo corpo da
pessoa, que também é repassado ao dispositivo de ancoragem é de 6kN. Esse pode variar de país para
país em função das diferentes normas internacionais vigentes. É o absorvedor que irá deformar-se de
forma projetada, para reduzir a força dentro do mínimo espaço de frenagem. A falta de um absorvedor
de impacto pode gerar forças muito superiores a 6kN. A matéria prima do talabarte pode resistir ao alto
impacto gerado pela queda sem um absorvedor, porém, o ser humano não suporta. No Brasil, é proibida
a utilização de talabartes sem absorvedor de impacto para retenção de queda a menos que a aplicação
seja especifica para trabalhos de posicionamento.
TALABARTE EM “Y”
Este modelo de talabarte possui um absorvedor de impacto
comum para as suas “2 pernas” e, para que funcione
corretamente, atente-se a alguns detalhes que devem ser
respeitados:
Em muitas situações, o trabalhador tem uma das “pernas” do
talabarte conectado à estrutura e a outra fica livre, fixada em
algum ponto do cinturão para que não o incomode. Aqui está o
maior problema: esta “perna” livre acaba por ser conectada em
alguma parte estrutural do cinturão, assim como nas argolas
(elementos de engate) de posicionamento ou nas fitas
estruturais do cinturão. Caso venha a ocorrer uma queda, o
absorvedor de energia pode não abrir por completo, o que afeta
diretamente sua performance. Também pode fazer com que o
trabalhador fique suspenso pelo ponto do cinturão onde a “per-
na” foi fixada, deixando-o em uma péssima posição à espera de
um resgate.
Veja que a abertura do absorvedor de energia (ver figura 9) pode
ser maior do que a “perna” do talabarte e em caso de queda sua
eficiência será comprometida caso seja feito um mal uso do
talabarte. Devido a este fato, existem novos requisitos de norma,
na Europa e nos Estados Unidos, que ensaiam os talabartes
conectados por duas “pernas” de forma a identificar se existe a
possibilidade de haver o rasgamento no vértice do produto, que
pode causar a falha do talabarte.
15
TABELA 1
Requisitos de norma para talabartes de retenção de queda
Força de pico
Comprimento Comprimento máxima para Abertura
Norma Queda livre máximo do mínimo do retenção de máxima do
máxima talabarte talabarte queda absorvedor
de impacto
TALABARTES EM “V”
Este modelo de talabate possui um absorvedor de impacto para cada
“perna”, ou seja, dois absorvedores. Uma das vantagens deste modelo
é que ele possui uma amplitude maior de alcance quando comparado
ao modelo em “Y”, o que gera uma autonomia maior ao trabalhador.
O risco neste caso pode ocorrer quando a pessoa está conecta- da às
duas “pernas” de forma simultânea, ou seja, dois absorve- dores de
impacto. Foi visto acima que um absorvedor é projeta-
do para refletir na pessoa um impacto em torno de 6 kN. Então, FIGURA 11 – Talabartes “Y e
se dois absorvedores de energia forem solicitados por apenas “V” com mesmo comprimento
uma pessoa, irão repassar um impacto mais alto. Em algum mo- e amplitudes diferentes.
mento, durante um deslocamento, o trabalhador terá que ficar conectado as duas “pernas” do talabarte em “V”
e deverá estar ciente deste risco e não manter-se nesta situação.
O talabarte em “V” não tem limitações com relação a conexão da perna livre no cinturão, uma vez que cada
perna possui seu próprio absorvedor de impacto funcionando de forma independente.
Não é possível identificar qual é o melhor modelo para cada realidade de trabalho. O importante é
conhecer as características de cada um dos modelos e com isso identificar o mais adequado à demanda da
sua empresa. A Zdrowie está pronta para auxiliar na escolha do equipamento correto e também para auxiliar
VIDA
_________________________________________________________________________________________________________
16
Regra Geral para Cálculo de Espaço Livre – Talabarte
17
_______________________________________________________
18
TRAVA QUEDAS
Pode ser usado fixo num ponto acima do local de trabalho ou deslocando-se na horizontal por um trole.
19
TRAVA QUEDA PARA USO EM LINHA FLEXÍVEL
Movimentar-se no plano vertical,
Havendo movimento brusco, tropeço ou desequilíbrio do operário, o equipamento
Trava se imediatamente e evita a queda da pessoa.
Deve ser usado com cinto paraquedista, ancoragem dorsal ou frontal.
Movimentar-se no plano vertical
Capacete
Acidentes são comuns nas atividades em ambientes verticais, objetos podem cair, ao levantar a cabeça o
trabalhador pode bater a cabeça em vigas de concreto ou de aço. O capacete deve fazer parte do equipamento do
trabalhador, pois nunca se sabe se o local escolhido é propício ou não a queda de objetos indesejáveis.
Mesmo que isso não ocorra, o capacete pode ser de grande ajuda uma eventual queda do próprio trabalhador,
evitando assim, que ele bata a cabeça em quinas ou coisas assim .
Luvas
As Luvas protegem as mãos de cortes, de arranhões e do atrito com a corda, se perde um pouco a
sensibilidade das pontas dos dedos diminuindo a mobilidade para lidar com peças pequenas, porém, com
treinamento se adquire jeito para manusear peças e aplicar nós. A luva mais Indicada para trabalhos em
altura é a de couro de vaqueta tipo petroleiro, trabalhos em torres e estruturas metálicas; indicada para
20
trabalho com cordas, movimentação de carga e rapel. Existem luvas sem dedos, que não são ideais por não
dar total proteção as mãos deixando os dedos expostos.
Óculos Os óculos de segurança devem ser de armação e lentes em policarbonato para proteger os olhos
do trabalhador contra impactos e substâncias, devem também ter proteção de raios Ultra Violetas UVA e
UVB.
Calçados- Os calçados devem ter atenção especial, ser confeccionadas em couro ou nobuk de alta
qualidade, o cano deve ser alto e acolchoado ou não, língua acolchoada e fole externo, cadarço frontais em
algodão, ilhós e ganchos, palmilha em espuma, solado antiderrapante e sistema de absorção de impacto.
21
Em ambientes de trabalho com níveis de ruído superiores a 85 dB , depois de todas as medidas de proteção
coletiva implementadas (medidas organizacionais do trabalho e medidas construtivas), a capacidade
auditiva do trabalhador, a sua rentabilidade e a qualidade do seu trabalho, são afetadas. Há então
necessidade obrigatória, do uso do proteções individuais contra o ruído.
QUIPAMENTOS AUXILIARES
Os equipamentos auxiliares utilizados devem ser certificados de acordo com normas técnicas
nacionais ou, na ausência dessas, de acordo com normas técnicas internacionais.
Exemplos de equipamentos auxiliares:
Placa de ancoragem Ascensor Polia simples Descensor
Os equipamentos auxiliares não são classificados como EPI, que são abrangidos pela NR 6 e requerem o certificado de
aprovação (CA).
22
MOSQUETÕES; São elos de alumínio ou aço, que possuem um fecho com mola, por onde se prende ou passa a corda para efetivar sistemas
de segurança como costuras ou ancoragens. Atualmente são fabricados mosquetões tão resistentes que podem até puxar um vagão de
trem.
Existem dezenas de modelos com as mais variadas formas e características. Genericamente, os mosquetões são usados para prender a
corda a um ponto de ancoragem, permitindo assim uma maior mobilidade da mesma. Abaixo temos alguns modelos de mosquetões com trava
automática, trava simples e sem trava, entre outros que existem de várias marcas e modelos diferenciados .
Use o modelo “PÊRA” de preferência com trava de segurança para prender a corda em sua cadeirinha durante uma cordada ou para
prender um freio descensor a sua cadeirinha. Use o modelo “OVAL” para prender polias. Os modelos em formato “D” são os mais usados em
costuras e ancoragens.
Não use mosquetões com resistência de força inferior a 20 KN, ou seja, 2.000 Kg. A tensão deve ser sempre exercida no sentido
longitudinal. Quando prender um mosquetão numa ancoragem fique atento para que a trava de abertura não fique voltada para a parede ou
que o mesmo venha a se chocar com a parede num eventual tencionamento da corda
.
EQUIPAMENTOS DE DESCIDA (FREIOS E DESCENSORES):
São equipamentos utilizados para a realização de descida, rapel ou a descida de um trabalhador que esteja em ação.
O freio “OITO”, a mais comum e a mais utilizada, sua vantagem é a fácil
colocação da corda e suporta vários diâmetros, sua desvantagem é a
torção da corda enquanto se realiza a descida e serve apenas para descida.
O “STOP” é uma ótima peça para utilização de descida, sua vantagem é a colocação da corda sem precisar desclipar da cadeirinha,
pode ser utilizada para subir na corda, comporta cordas de 9 a 12 mm e é auto blocante ao tirar a mão da alavanca. Sua
desvantagem é que precisa de treinamento constante para a utilização, pois o operador pode despencar se pressionar a alavanca
sem segurar a corda com a mão oposta como se estivesse rapelando com a peça OITO.
BLOCANTE MECÂNICO
Conhecidos também como trava quedas, os
blocantes mecânicos possuem multi funções, além da
sua função principal que é de travar a queda de um
trabalhador, servem para executar subidas, recuperar e
içar cargas e esticar cordas.
TRAVA QUEDAS
ASCENSORES E BLOCANTES
• Ascensores: servem para ascender em uma corda, usando um para a cadeirinha e outro para o pé.
• Blocantes: travam a corda em um sentido e liberam no outro. Funcionam esmagando a corda e alguns possuem pequenas garras.
23
CORDAS - A corda é o principal elemento de segurança, as cordas de segurança são
fabricadas com fibras sintéticas como o perlon, para absorção de quedas deve-se utilizar
cordas dinâmicas que evitam impacto brusco no momento da queda, absorvendo a energia
cinética, devem ser homologadas pelas associações autorizadas (UIAA, NFPRA CE, INMETRO
Para o trabalho ser realizado com segurança a corda deve ter no mínimo 11,5 mm, mas o ideal é a de 16 mm, com metragem de no mínimo 50 mts.
A corda exige inspeção periódica:
❖ Deve ser mantida sempre seca, caso molhe, deixar secar em local arejado e na sombra;
❖ Quando estiver usando-a evitar pisar e arrastá-la no chão;
❖ Evitar deixá-la tensionada por muito tempo;
❖ Não guardar com nós
❖ Se usada com frequência (2 vezes por semana) deve ser trocada no máximo a cada 12/14 meses. A corda deve ser acondicionada dentro de mochila
própria e a mesma deve conter ficha de utilização
3.2.1 Na inexistência de normas técnicas internacionais, a Certificação por normas estrangeiras poderá ser aceita desde que
atendidos aos requisitos previstos na norma europeia (EN).
24
Como normas internacionais, entendem-se as normas ISO (International Organization for Standardization) ou IEC (International
Electrotechnical Commission). Normas de entidades públicas ou privadas estrangeiras ou regionais não são caracterizadas como
normas internacionais, a menos que seja dado este status às mesmas. Apesar de ser uma norma regional, a norma europeia (EN) é
utilizada como referência nos casos em que não exista norma internacional.
Descensores: Apesar da existência da norma ISO 22159, a norma EN12841 é mais utilizada pelos fabricantes em âmbito mundial para
certificação desses equipamentos de acesso por corda.
3.3.1 Em função do tipo de utilização ou exposição a agentes agressivos, o intervalo entre as inspeções deve ser reduzido.
As fibras sintéticas são difíceis de serem inspecionadas, uma vez que podem parecer íntegras quando, na verdade, estão fragilizadas
pela ação de agentes agressivos. Existem três grupos de produtos químicos relativamente comuns, principalmente em ambientes
industriais, que não devem entrar em contato com cordas: ácidos, hidrocarbonetos (na sua maior parte derivados de petróleo) e os
materiais alcalinos.
Deve ser evitada a exposição desnecessária ao sol, pois a radiação ultravioleta causa degradação das fibras sintéticas, com perda
25
da sua resistência mecânica.
Todo nó reduz a resistência de uma fita, corda ou cordelete. O nó boca de lobo, por exemplo, é responsável por uma queda de 45 %
na resistência específica da corda. A redução de resistência é de pelo menos 20 % com outros tipos de nó.
3.4 As inspeções devem atender às recomendações do fabricante e aos critérios estabelecidos na Análise de Risco ou no
Procedimento Operacional.
Procedimentos de uso e guarda deste material devem ser seguidos conforme as especificações do fabricante para garantir sua
integridade e maior vida útil.
3.4.1 Todo equipamento ou corda que apresente defeito, desgaste, degradação ou deformação deve ser recusado,
inutilizado e descartado.
A vida útil de uma corda não pode ser definida somente pelo tempo de uso. Ela depende de vários fatores tais como manutenção,
frequência do uso, tipo de equipamentos que foram utilizados, tipo e intensidade da carga, abrasão física, degradação química ,
exposição a raios ultravioleta, choques mecânicos, condições climáticas dentre outros.
CORDAS
• Definitivamente a corda é o material mais importante do trabalho em altura.
• As cordas são confeccionadas de forma semelhante, com capa e alma.
• Cordas para salvamento devem ter de 50 a 100m, bitola entre 11.5 mm e 13 mm,suportar 3.000 kgf. e preferencialmente devem ser do tipo
estáticas.
CORDAS
• Corda Estática: a alma é formada por um chumaço único de fibras dispostas
paralelas, cobertas por uma capa fortemente apertada. Não sede.
• Corda Dinâmica: a alma consiste de 10 a 12 chumaços de fibras entrelaçadas,
deforma que quando houver uma carga estas se esticam cobertas por uma capa
com pequena folga. Sede em 10% de seu comprimento.
Tipos de Cabos
• Torcidos
26
• Trançados
Os cabos trançados, por apresentarem coeficiente variável de
elasticidade, são, na maioria das vezes dinâmicos
"CUIDADO: CABO PARA USO ESPECÍFICO EM CADEIRAS SUSPENSAS E CABO-GUIA DE SEGURANÇA PARA FIXAÇÃO DE TRAVA-QUEDAS".
1ª capa do cabo
Trançado externo em multifilamento de poliamida.
2ª capa do cabo
Alerta visual em filamento de polipropileno ou poliamida na cor amarela.
Quando a segunda camada aparecer (amarela) indica que a camada superior está desgastada, devendo-se então substituir a corda.
3ª capa do cabo
Alma central torcida em multifilamento de poliamida.
Fita de identificação - Constando: NR 18.16.5 - ISO 1140 1990 e nome do fabricante com CNPJ.
• A vida útil das cordas depende de: tempo de uso, da manutenção, frequência do uso, equipamentos utilizados, intensidade da carga, abrasão física,
degradação química, exposição a raios solares (ultravioleta), clima etc.
• Nó enfraquece a corda no local da curvatura com perda de resistência de até 60%.
Curvas mais acentuadas sacrificam mais a estrutura da corda. Esforço contínuo causa danos menores do que um esforço de impacto.
Manutenção
A poliamida envelhece em contato com o ar, mesmo sem ser usada.
Mantê-la: limpa, afastada de produtos químicos nocivos (ácidos), cantos cortantes e piso das obras. Jamais pisá-la com sapatos sujos. Partículas de
areia, terra e pó penetram nas fibras e causam grande desgaste dos fios durante o uso.
Armazená-la: em local seco, à sombra, sem contato com piso de cimento, fontes de calor, sol, produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
Lavá-la: com sabão neutro, água com temperatura de até 30° e escova com cerdas macias (plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre,
longe da luz solar.
FITAS DE ANCORAGEM
→ Fita de conexão, serve para fixação direta na estrutura e ancoragens que não possuam arestas cortantes. Confeccionada em fita plana de 50 mm
com duas argolas em aço inox, carga de ruptura de 24 KN (2.400 Kg). Possuem tamanhos de 100cm, 150cm e 200cm.
→ Anel de Fita de confecção tubular em fita poliéster com alta resistência, carga de ruptura de
→ 22 KN (2.200 Kg). Possuem tamanhos de 75cm, 100cm, 120cm e 200cm.
FITA DE CONEXÃO ANEL DE FITA
CORDELETES
Cordeletes são pequenas cordas com diâmetro entre 3mm e 8 mm que possuem diversas utilidades, sendo que as de 7mm e 8 mm são usadas
principalmente para a confecção de nós blocantes.
CORDELETES DE 4 mm CORDELETES DE 7 mm
27
Nós de Encordamento
Particularidades dos Nós - As cordas não funcionam sem os nós. Mas ao contrario do que muitos pensam, não é necessário que se
conheça dúzias de nós. Precisa sim conhecer muito bem alguns poucos que são essenciais e poderão ser utilizados no dia a dia do
Bombeiro Civil.
Que são Nós? São voltas aplicadas em cordas com o intuito de formar laços para aplicações diversas. Sempre devem ser bem
executadas para que o nós atinja sua capacidade e eficiência.
TIPO DE NÓ / RESISTÊNCIA
Sabemos, pela geometria elementar que, numa curva, definindo-se uma seção de angulação, o comprimento da circunferência interna é
mais curta do que a externa. Assim, no caso de tração, as fibras externas da curva do nó serão submetidas mais do que as internas. Em
média pode-se dizer que um nó enfraquece a resistência original da corda em 20 a 30%.
É importante que o usuário saiba o nó adequado para cada caso, não apenas levando em consideração a tensão diferencial, mas também a
versatilidade, a facilidade em desmanche e a eficiência. Todo nó deve ser checado e ajeitado, alinhando a corda e evitando pontos de
encavalamentos. Eles devem ser também apertados antes de serem usados.
Em todos estes casos é sempre bom deixar uma folga de pelo menos um palmo e meio de ponta de corda, arrematado com um nó de frade.
NÓ OITO OU VOLTA DO FIADOR: nó normalmente utilizado para o fechamento de cadeirinha (encordoamento), também pode ser empregado
para fixação de corda ( ancoragem ), loop no meio da corda, etc. Em muitos campeonatos de escalada esportiva o nó em oito é obrigatório
para o encordoamento.
28
Esse nó é maior, mais resistente e mais fácil de desfazer do que os nós anteriores. Além disso, não danifica tanto a corda.
NÓ OITO SIMPLES - Recebe o nome em função do seu formato. Além de ser utilizado como nó de arremate, é útil para que o cabo não
escorregue de uma polia ou guia.
Oito simples - nó de partida para o oito duplo pela ponta da corda.
NÓ OITO DUPLO
Por padrão, geralmente as equipes de resgate e trabalho em altura utilizam o nó oito duplo como nó de ligação da corda com a
ancoragem por reunir todas estas características.
Oito duplo pelo meio da corda. Oito guiado
Ainda que seja um nó que tende a apertar quando submetido à tração, é considerado um nó seguro devido a estabilidade. É muito difícil esse
nó desfazer-se por si só. O nó pode ser feito diretamente na barriga da corda (normalmente na proximidade de uma das pontas, mas não é
regra) para formar uma alça para içagem, ancoragem ou fixação. Para o encordamento deve-se fazer um nó na ponta simples da corda,
passar o chicote da ponta pelo(s) ponto(s) de encordoamento da cadeirinha, e percorrer o caminho reverso com a ponta do chicote até
finalizar o nó. Esse nó apresenta como vantagem a confiabilidade e a versatilidade. O nó é muito estável e a resistência não altera
consideravelmente com o fato da ponta com carga contornar o nó por fora ou por dentro da curva. As desvantagens estão no fato de ser
um nó de difícil desmanche após submetido à carga e ocupar muita corda (é um nó volumoso). O nó em oito requer quase o dobro da corda
para fechar o lais de guia. Isso faz com que, em muitos trabalhos de resgate, dependendo da situação, acabe consumindo muita corda e
formando bolos volumosos nos pontos de convergência de nós como no ponto central equalizado de ancoragem.
Uma importante regra para se lembrar nos trabalhos táticos: a alça da corda deve ser o menor possível para qualquer tipo de conexão.
Entenda-se que o termo “menor possível” se refere aos aspectos operacionais. Esse procedimento é importante para economizar a corda,
pois as alças consomem o dobro de metragem do material.
NÓ EM NOVE: É a variação do nó em oito tradicional com meia volta a mais. Esse nó deve ser empregado basicamente da mesma forma que
o nó em oito para cordas com diâmetro inferior a 9mm. A vantagem desse nó está no fato de ser mais fácil na hora do desmanche e ser um
pouco mais forte em relação à tração. A desvantagem está no fato de consumir ainda mais corda do que o nó em oito.
Diferença na confecção entre oito e nove NOVE
29
COELHO – Utilizado para equalização de sistema
Orelha de coelho
O mesmo nó oito duplo com uma volta da alça passando por todo o nó, serve para fazer duas alças separadas na corda o que é utilizado
quando necessário realizar a ancoragem com a própria corda da via, pode ser inclusive equalizado controlando o tamanho das alças que
podem ser diferentes uma da outra.
Fácil desfazer mesmo após tracionado ou com a corda molhada.
LAIS DE GUIA: Este é o nó clássico dos escaladores. O seu uso para encordoamento não
é tão popular hoje como já foi no passado. É um nó versátil fácil de fazer e desfazer.
Também suporta bastante tensão, mas tende a se afrouxar (e até se desfazer)
sozinho, principalmente quando situações de tensão e alívio de carga repetem-se
sucessivas vezes. O lais de guia deve ser fechado com a ponta livre dentro da alça. O
fechamento com a ponta livre para fora não altera a resistência, mas a tendência do
nó desfazer sozinho é muito maior. Existe uma série de variação nesse nó, quase
que todos visando atenuar o problema de afrouxamento. Para evitar seu
afrouxamento faça um arremate de nó, um cote na posta solta do nó, dessa forma
você terá mais resistência desse nós e menos afrouxamento.
NÒ PESCADOR SIMPLES - Nó para emendar duas cordas de diâmetros semelhantes. Muito utilizado
para rapel de corda cheia e fechamento de solteiras de cordeletes.
NÒ PESCADOR DUPLO: Nó para emendar duas cordas de diâmetros semelhantes. Muito utilizado para rapel de corda cheia e fechamento de
solteiras de cordeletes. Esse nó tende a apertar bastante quando carregado dificultando o desmanche. No caso de cordeletes isso não
chega a ser problema uma vez que é comum não termos a necessidade de desfazer o nó, mas no caso de emendar duas cordas deve-se
tomar cuidado. É um nó muito compacto e simétrico, o que facilita a checagem visual.
30
NÓDE FITA
Nó de fita
É um nó simples com umas das pontas de maneira que passe pela outra ponta e depois
repetido com a ponta que sobra. Muito fácil de fazer e também de soltar depois de tracionado,
recomenda-se finalizar as pontas com o pescador para não soltar acidentalmente quando tracionado.
VOLTA DO FIEL: Ou popular nó de porco, é utilizado para a auto fixação com a própria corda. A volta do fiel é um nó simétrico e estático,
isto é, não importa que ponta seja carregada, uma vez fechada, mesmo que a outra ponta esteja totalmente livre, não se solta por si só.
Outra característica desse nó é a facilidade de ajuste e de desmanche. O procedimento de auto fixação pode ser substituído por uso de uma
fita auto seguro. Esse nó é também utilizado na ponta da
corda para ancoragem em árvores e postes, assim como para trabalhos em altura especialmente para amarrar galhos de árvores que
serão cortados. Nesse segundo caso deve-se avaliar a direção do esforço para não correr o risco de posiciona-lo no sentido que a carga
afrouxe o nó. Feito pela ponta e com um bom arremate de segurança, ele serve para fixar a corda em uma árvore, por exemplo.
Fiel pelo meio da corda. Fiel pelo meio de uma corda, sem tirá-la do mosquetão
NÓ DINÂMICO UIAA: Nó utilizado para se dar segurança para o companheiro. Desde que seja
empregado por uma pessoa devidamente treinada funciona muito bem para segurança de
participante, mas o atrito é baixo e exige-se muita atenção. Apesar de ser no Brasil batizado com
esse nome, não possui nenhuma aprovação pelo referido orgão (UIAA). A desvantagem desse nó é
a torção que ele causa na corda. Já houve, num passado recente, comentários de que com o
emprego desse nó poderia-se criar sistema de segurança ideal para trabalhos em resgate. No
entanto, os testes foram desastrosos sendo que os corpos de testes, em muitos casos,
despencaram até o chão. O nó UIAA não deve ser empregado para rapel.
31
BORBOLETA: É o nó utilizado para se criar uma alça no meio da corda para o encordoamento com o emprego de mosquetão de trava.
Também é muito bom para ancoragem no meio da corda, pois o nó é simétrico, o que facilita a checagem visual, e suporta carga
multidirecional. E tem fundamental eficiência para eliminação de ruptura de corda, é muito utilizado por alpinistas.
PRUSSIK: Nó bloqueante que pode ser utilizado para travamento de corda ou empregado para se executar procedimentos de subida.
Normalmente utiliza-se cordins de 6 ou 7mm sobre cordas de 9 a 11 mm de diâmetro.
Para trabalhos de resgate e operações táticas emprega-se a versão de três voltas com cordeletes de 8 ou 9 mm sobre corda estática de
10 a 12,5mm.
Acredita-se que o diâmetro ideal do cordelete deve girar em torno de 70% do diâmetro da corda a ser
bloqueada. Os cordeletes macios tendem a apertar forte sobre a corda principal e dificulta a operação de
soltura. Os cordeletes duros apresentam dificuldades em atingir o ponto de aperto crítico e podem escorregar.
Para otimizar a eficiência em situações que necessitam de ajustes constantes é importante que se encontre
cordeletes com maciez adequada. A versão de três voltas é empregada quando poder bloqueante superior é
desejável como nas operações táticas e de resgate.
32
MARCHAND: Outro nó bloqueante que pode tanto ser feito com cordim ou com fita de
nylon tipo solteira. Assim como prussik é utilizado para travamento e subida pela corda.
Deve-se tomar cuidado pois o ajuste é mais complexo do que o prussik e apresenta uma
certa facilidade em correr. Não se deve executar o nó marchand com fitas spectra, pois
a superfície do material é muito lisa e o nó pode correr mesmo que esteja devidamente
apertada.
CABOS DE AÇO -
CUIDADOS COM OS CABOS DE AÇO - Para prolongar a vida útil de um cabo, e emprega-lo em condições de segurança, deve-se seguir algumas regras
básicas: Não friccionar o cabo contra arestas vivas e superfícies abrasivas. Não submeter o cabo a tensão desnecessária.
CERTO ERRADO
Fonte: www.gulin.com.br
33
2. Aparecer corrosão acentuada.
3. Os arames externos se desgastarem mais do que 1/3 de seu diâmetro original.
4. O diâmetro de o cabo diminuir mais do que 5% em relação a seu diâmetro nominal.
5. Aparecerem sinais de danos por alta temperatura no cabo
6. Aparecer qualquer distorção no cabo (dobra amassamento ou gaiola de passarinho).
Manutenção - Manter cabos de aço afastados de produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e cantos (vivos) cortantes. Armazená-lo em
local seco, por meio de carretel, para fácil manuseio, sem torção estrutural.
COLOCAÇÃO DOS GRAMPOS: Para cabos até 5/8” use no mínimo 3 grampos.
Importante: os grampos devem ser montados de maneira correta e reapertados após o início de uso do cabo de aço.
34
SISTEMA DE ANCORAGEM
- O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda.
O ponto de ancoragem e conexão que você esta conectado deve ser muito forte
• Ancoragem: pode ser definido como um ponto seguro para conectar uma linha de vida, talabarte, trava queda ou qualquer outra conexão
ou sistema de resgate e acesso. Alguns exemplos típicos de ancoragem incluem componentes estruturais de aço, vigas de concreto pré-
moldado e treliças de madeira. Na maioria das situações, quando na criação do sistema de proteção contra quedas um ponto conector de
ancoragem sempre é necessário. Este equipamento é utilizado como um meio seguro para conectar o restante do sistema. Os tipos mais
comuns são as cintas, grampos e placas.
Sistema de retenção de quedas: devem ser capazes de suportar uma carga de 5.000 libras ou 2.200 quilos por trabalhador conectado.
Sistema de restrição contra quedas: em um sistema projetado para restrição, não é permitido o trabalhador cair, então a força de
impacto é o resultado da inclinação do trabalhador ou de um desequilíbrio ou tropeço. Sendo assim o ponto de ancoragem deve suportar
uma carga de 1000 libras ou 450 quilos.
Sistema para trabalho posicionado: Sempre que possível o trabalho posicionado deve ser combinado com um sistema de retenção e o
talabarte não deve ter mais que 90 cm e o ponto de ancoragem deve suportar 3000 libras ou 1.330 quilos
35
LINHA DE VIDA
Cabo ou corda (horizontal ou vertical) no qual o indivíduo é fixado através de um trava quedas ou blocante, a fim de bloquear eventuais
quedas.
Pontos de ancoragem e linha de vida horizontal
Os pontos de ancoragem para sistemas de interrupção de quedas para linha de vida horizontal devem ser projetados, aprovados e devem
manter, no mínimo, duas vezes a força máxima de teste do sistema de interrupção de queda.
Pontos de ancoragem devem ser capazes de suportar, no mínimo, 2.500 kg (carga estática para falha) por pessoa.
Os cabos de aço devem ser dimensionados para suportar o peso do(s) funcionário (s) em queda.
Os pontos de ancoragem devem estar localizados o mais alto possível acima do funcionário, tendo como distância mínima do solo 1,20m
somente para talabartes com comprimento máximo de 0,90cm e 1,80m para talabartes de comprimento de 1,20m.
Para fixação de até duas pessoas, a linha de vida horizontal, o diâmetro mínimo do cabo de aço a ser utilizado é de 3/8” para mais pessoas
somente com cálculo dimensional de projetista qualificado
36
A escada portátil (ou de mão) deve ser adquirida de fornecedores cadastrados que atendam as especificações técnicas de cada empresa
(tamanho, capacidade máxima, etc).
Classificação das escadas:
• Escada simples (singela) - é aquela constituída por dois
montantes interligados por degraus;
• Escada de abrir - é aquela formada por duas escadas simples
ligadas entre si pela parte superior por meio de dobradiças
resistentes;
• Escada de extensão ou prolongável - é aquela constituída por
duas escadas simples que se deslizam verticalmente uma sobre
a outra, por meio de um conjunto formado por polia, corda,
trava e guias.
Requisitos gerais
As escadas portáteis (de mão) devem ter uso restrito para acesso a local de nível diferente e para execução de serviços de pequeno
porte e que não exceda a capacidade máxima suportada pela mesma. Para serviços prolongados recomenda- se a instalação de
andaimes.
Serviços que requeiram a utilização simultânea das mãos somente podem ser feitos com escada de abrir com degrau largo ou
utilização de talabarte envolto em estrutura rígida. Toda a escada deve ter uma base sólida, antiderrapante, com extremos
inferiores (pés) nivelados.
Escada simples
As escadas simples devem ser amarradas no ponto de apoio, de modo a evitar
escorregamento ou quedas frontais ou laterais. Quando não for possível, outro empregado pode segurá-
la.
A extremidade superior das escadas simples deve ultrapassar em cerca de um metro o ponto que se
deseja atingir para acesso.
A distância horizontal da base à linha de prumo que passa pelo apoio superior deve corresponder a ¼ da
distância entre a base e o apoio superior, ou seja, para uma parede de 4 metros de altura, a base da
escada deve estar afastada de 1 metro da parede.
O espaçamento entre os degraus deve ser uniforme, entre 25 a 30 centímetros.
O espaçamento entre os montantes deve estar entre 45 a 55 centímetros. Quando construídos de
madeira, os montantes e degraus das escadas devem atender aos seguintes requisitos:
Escada de abrir
Devem ter comprimento máximo de 6 metros, quando fechada e devem possuir
degraus largos.
Devem possuir tirantes ou limitadores de curso (corrente ou separador resistentearticulado) dispostos em pontos intermediários de sua
extensão. Quando aberta, os tirantes devem permanecer na posição de abertura máxima. Isso trava a escada, impedindo assim,
deslocamentos bruscos. Não é permitido o uso de cordas, arames ou fios como
limitadores de curso.
Recomenda-se que, quando na posição aberta, a distância entre as
extremidades inferiores das duas partes seja de aproximadamente 2/3 da
extensão. A distância mínima entre os montantes no topo da escada deve ser de
30 centímetros. O ângulo formado entre os montantes deve ser tal que a
distância entre eles aumente de 5 centímetros para cada 30 centímetros de
altura. Este tipo de escada não deve ser utilizado como escada de apoiar.
Nunca apoiar um dos montantes com calço ou tijolo.
Deve ser dada atenção especial quanto ao estado de conservação dos
tirantes,dobradiças, pinos e ferragens de articulações.
38
Nem todo local é adequado para posicionar a escada e executar o serviço.
Durante o planejamento deve-se verificar:
• As condições do piso;
• Nos postes de madeira, redobrar a atenção, pois a base do poste pode estar
podre;
• Ferragens expostas ou soltas;
• Existência de insetos ou animais peçonhentos;
• Verificar se as catracas realmente atuaram no travamento do segmento móvel.
As escadas devem ser posicionadas e amarradas em postes, suporte de escadas,
cruzetas e fachadas, devendo permanecer afastadas da base do ¼ em relação ao
ponto de apoio. Utilizar nivelador em caso de piso com desnível.
Quando o empregado subir, o outro que está no solo deve segurar a escada pelos
montantes, escorando com os pés nas suas extremidades durante a subida deste
até que a mesma seja amarrada.
A escada foi projetada para suportar o peso de um homem trabalhando, por isso
o içamento de materiais ou ferramentas deve ser feito através de carretilha.
Só após a escada amarrada o empregado do solo poderá soltar a escada, mas
deverá acompanhar atentamente a tarefa do empregado na escada.
Se for necessário apoiar a escada em fachadas, onde não existir a possibilidade
de amarração da mesma, o trabalhador do solo deve segurar a escada e
permanecer na base apoiando os pés suas extremidades.
Uso de andaime
O andaime, após montado, deve atender aos seguintes requisitos:
Dispor de sistema de guarda-corpo e rodapé de proteção em todo o seu perímetro.
Deve ficar perfeitamente na vertical, sendo necessário para terrenos irregulares a utilização de placa de base ajustável (macaco).
Para torres de andaime com altura superior a quatro vezes a menor dimensão da base de apoio é obrigatório sua fixação em estrutura firme
que apresente resistência suficiente e não comprometa o perfeito funcionamento da unidade.
Quando não for possível, a torre deve ser estaiada.
A plataforma de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelada e fixada de modo seguro e resistente.
Os pisos da plataforma de trabalho não podem ultrapassar em 25 centímetros
as laterais dos andaimes.
Não é permitido nenhum tipo de frestas nos pisos, que ocasionem queda de ferramentas, tropeções ou torções. O vão máximo permitido entre
as pranchas deve ser de 2 centímetros.
Se houver necessidade de sobrepor um piso no outro no sentido longitudinal do mesmo, esta sobreposição deverá ser de, no mínimo, 20
centímetros e só pode ser feita nos pontos de apoio.
As plataformas de trabalho dos andaimes coletivos devem possuir uma largura
39
mínima de 90 centímetros.
As plataformas de trabalho dos andaimes individuais devem possuir largura mínima de 60 centímetros.
Possuir escada de acesso à plataforma de trabalho com gaiola ou trava-queda
(para andaime com altura superior a 2 metros).
Andaimes sobre rodízio só podem ser montados em áreas com piso firme e nivelados com possibilidade de livre deslocamento. Os
andaimes sobre rodízio não podem ter mais do que 5 metros de altura até o guarda-corpo da última plataforma.
Todos os rodízios do andaime devem possuir travas e estar em perfeitas condições de uso, para evitar que o andaime se movimente
quando da sua utilização.
Devem ser tomadas precauções especiais quando da montagem, desmontagem e movimentação de andaime próximo a circuitos e
equipamento elétricos.
40
Zona designada de acesso
Se o trabalho sobre telhado é de natureza temporária e o trabalho a ser realizado não envolve beira de telhado em construção ou
construção inicial do telhado, e a inclinação do telhado ou superfície de trabalho é de 10 graus ou menos, pode-se qualificar o trabalho como
sendo em área designada, sendo que os seguintes critérios devem ser respeitados:
1 – O perímetro da área designada deve ser mantido a uma distância de, no mínimo, 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) da lateral ou
beira desprotegida do telhado.
2 – A zona designada de acesso deve estar claramente identificada e cercada por corda, cabo de aço ou correntes e suportes de
isolamento, sinalização de piso (consultar o padrão mandatório 18.2 para projeto e construção da Zona designada de acesso).
Durante o trabalho:
Para execução do trabalho em telhados é importante considerar alguns aspectos:
A) Proibir carga concentrada - (Exigência do SST NR 18 item 18.18.5.1 ) - As telhas de fibrocimento, alumínio ou barro não foram
projetadas para suportar cargas concentradas. Seus fabricantes advertem para não pisar ou caminhar diretamente sobre elas. Considerando
que a maior parte dos acidentes em telhados ocorrem por rompimento mecânico de seus componentes, motivados por concentração
excessiva de pessoas ou materiais num mesmo ponto, recomendamos:
- Ao utilizar escada portátil, subir uma pessoa de cada vez; seu comprimento não pode ser superior a 7 metros (NR 18.12.5.3. e 5.6);
- A escada fixa, tipo marinheiro, com 6 metros ou mais de altura, deve ser provida de gaiola protetora (NR
18.12.5.10). Para cada lance de 9 metros deve existir um patamar intermediário de descanso (NR 18.12.5.10.1);
- Nunca pisar diretamente nas telhas;
- Nunca pisar, apoiar passarelas metálicas ou tábuas sobre telhas translúcidas flexíveis. Elas não foram projetadas para suportar pesos;
- Nunca permitir concentrar mais de uma pessoa num mesmo ponto do telhado ou mesma telha;
- O beiral do telhado não suporta peso de pessoas ou cargas;
- Todo material usado deve ser imediatamente removido após conclusão do serviço;
B) EPIs - Todo funcionário que executar serviço em telhado deve usar os seguintes equipamentos:
• Sapato de segurança com solado antiderrapante;
• Óculos de segurança com proteção lateral. Quando houver risco de ofuscamento pelo reflexo do sol em telhas de alumínio ou outras
superfícies refletoras, usar lentes Ray Ban;
• Capacete de segurança com jugular;
• Cinturão de segurança tipo paraquedista, conectado a cabo, corda ou trilho de
• aço por meio de dispositivos que possibilitem fácil movimentação sobre toda a área de trabalho;
• Luva de raspa;
• Outros, de acordo com a tarefa.
C) Içamento de telhas - As telhas devem ser suspensas uma a uma, amarradas como mostra a figura ao lado.
Note-se o nó acima do centro de gravidade da carga que evitará seu tombamento
Fonte: www.gulin.com.br
D) Linha de Segurança / Linha de Vida
O MTE exige por meio da NR 18.18 que, nos telhados, seja instalada a linha
de segurança (1) para movimentação do trabalhador com cinturão de
segurança tipo paraquedista.
Sistemas de Resgate: Como um trabalhador caído deve ser resgatado é um ponto importante a ser
considerado e deve ser planejado com bastante antecedência. Sem um abrangente plano e
procedimento de resgate, o trabalhador que sofreu uma queda e a equipe de resgate estarão
correndo riscos. No entanto, o resgate não precisa ser complicado e deve ser de fato simples.
Ancoragens para sistema de resgate deve resistir a uma carga de 3.000 libras ou 1.330 quilos.
6. Emergência e Salvamento
6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura
6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das
características das atividades.
6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para
as respostas a emergências.
PRIMEIROS SOCORROS
42
Glossário
Absorvedor de energia: Elemento com função de limitar a força de impacto transmitida ao trabalhador pela dissipação da energia
cinética.
Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e medidas de controle.
Ancoragem estrutural: elemento fixado de forma permanente na estrutura, no qual um dispositivo de ancoragem ou um EPI pode ser
conectado.
Atividades rotineiras: atividades habituais, independente da frequência, que fazem parte do processo de trabalho da empresa.
Avaliação de conformidade: demonstração de que os requisitos especificados em norma técnica relativos a um produto, processo,
sistema, pessoa são atendidos.
Certificação: atestação por organismo de avaliação de conformidade relativa a produtos, processos, sistemas ou pessoas de que o
atendimento aos requisitos especificados em norma técnica foi demonstrado.
Certificado: que foi submetido à certificação.
Cinturão de segurança tipo paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos em altura onde haja risco de
queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolta nas coxas.
Condições impeditivas: situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que possam colocar em risco a saúde ou a
integridade física do trabalhador.
Dispositivo de ancoragem: dispositivo removível da estrutura, projetado para utilização como parte de um sistema pessoal de proteção
contra queda, cujos elementos incorporam um ou mais pontos de ancoragem fixos ou móveis.
Distância de frenagem: distância percorrida durante a atuação do sistema de absorção de energia, normalmente compreendida entre o
início da frenagem e o término da queda.
Distância de queda livre: distância compreendida entre o início da queda e o início da retenção.
Elemento de engate: elemento de um cinturão de segurança para conexão de um elemento de ligação.
Elemento de engate para retenção de quedas: elemento de engate projetado para suportar força de impacto de retenção de quedas,
localizado na região dorsal ou peitoral.
Elemento de fixação: elemento destinado a fixar componentes do sistema de ancoragem entre si.
Elemento de ligação: elemento com a função de conectar o cinturão de segurança ao sistema de ancoragem, podendo incorporar um
absorvedor de energia. Também chamado de componente de união.
Equipamentos auxiliares: equipamentos utilizados nos trabalhos de acesso por corda que completam o cinturão tipo paraquedista,
talabarte, trava-quedas e corda, tais como: conectores, bloqueadores, anéis de cintas têxteis, polias, descensores, ascensores, dentre
outros.
Estrutura: Estrutura artificial ou natural utilizada para integrar o sistema de ancoragem, com capacidade de resistir aos esforços desse
sistema.
Extensor: componente ou elemento de conexão de um trava quedas deslizante guiado.
Fator de queda: razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do equipamento que irá detê-lo.
Força de impacto: força dinâmica gerada pela frenagem de um trabalhador durante a retenção de uma queda.
Força máxima aplicável: Maior força que pode ser aplicada em um elemento de um sistema de ancoragem.
Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das medidas de proteção, para segurança das pessoas,
cujo controle não é possível implementar de forma antecipada.
Operação Assistida: atividade realizada sob supervisão permanente de profissional com conhecimentos para avaliar os riscos nas
atividades e implantar medidas para controlar, minimizar ou neutralizar tais riscos.
Permissão de Trabalho - PT: documento escrito contendo conjunto de medidas de controle, visando ao desenvolvimento de trabalho
seguro, além de medidas de emergência e resgate.
Ponto de ancoragem: parte integrante de um sistema de ancoragem onde o equipamento de proteção individual é conectado.
Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.
43
Riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no trabalho em altura, específicos de cada ambiente ou
atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.
Sistema de acesso por cordas: Sistema de trabalho em que são utilizadas cordas como meio de acesso e como proteção contra quedas.
Sistema de posicionamento no trabalho: sistema de trabalho configurado para permitir que o trabalhador permaneça posicionado no
local de trabalho, total ou parcialmente suspenso, sem o uso das mãos.
Sistema de Proteção contra quedas - SPQ: Sistema destinado a eliminar o risco de queda dos trabalhadores ou a minimizar as
consequências da queda.
Sistema de restrição de movimentação: SPQ que limita a movimentação de modo que o trabalhador não fique exposto a risco de queda.
Sistema de retenção de queda: SPQ que não evita a queda, mas a interrompe depois de iniciada, reduzindo as suas consequências.
Suspensão inerte: situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de segurança, até o momento do socorro.
Talabarte: dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentação
do trabalhador.
Trabalhador qualificado: trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua atividade em instituição reconhecida pelo
sistema oficial de ensino.
Trava-queda: dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal,
quando conectado com cinturão de segurança para proteção contra quedas. Zona livre de queda - ZLQ: região compreendida entre o ponto
de ancoragem e o obstáculo inferior mais próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como o nível do chão ou
o piso inferior.
Haverá ainda treinamentos específicos caso as atividades envolvam trabalho em altura, corte e solda e trabalho em espaço confinado.
• Distância total de queda: é a soma da queda livre, mais a desaceleração e a distância entre a argola dorsal e o pé usuário, sendo que
esta distância será a máxima que o usuário vai cair. Considerações sobre Proteção Contra Quedas
• Cálculo do Espaço livre necessário: é a distância entre o ponto de ancoragem e a obstrução abaixo mais próxima (seja ela o chão, uma
laje, maquina ou equipamento). O cálculo do espaço livre necessário é crítico e extremamente importante. Por exemplo, se a distância total
de queda for maior que o espaço livre o problema é óbvio. Por isso a recomendação da utilização do fator de segurança neste cálculo. É
importante também considerar qualquer tipo obstrução que possa estar abaixo do trabalhador. Considerações sobre Proteção Contra
Quedas
• Queda em balanço: é uma queda tipo pêndulo que pode ocorrer quando o ponto de ancoragem não esta localizado diretamente acima da
cabeça do trabalhador. Embora uma queda em balanço não é um perigo por si próprio, o perigo existe quando durante o balanço o
trabalhador atinja alguma obstrução. As lesões podem ocorrer em uma queda em balanço quando a distância for a mesma que possa levar
o usuário ao chão.
CABOS
Principais termos utilizados no manuseio com cabos:
Aduchar – trata-se do acondicionamento de um cabo, visando seu pronto emprego.
Cabo – conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas, torcidos ou trançados entre si.
Cabo Guia – cabo utilizado para direcionar os içamentos ou descidas de pessoas, objetos ou equipamentos.
Carga de Ruptura – exprime a tensão mínima necessária para romper um cabo.
Carga de Segurança de Trabalho – corresponde a 20% da carga de ruptura. É o esforço a que um cabo poderá ser submetido,
considerando-se o coeficiente de segurança 5. Carga máxima a que se deve submeter um cabo.
Cabo de Sustentação – cabo principal onde se realiza um trabalho.
Coçado – cabo ferido, puído em consequência de atrito.
Laçada – forma pela qual se prende temporariamente um cabo, podendo ser desfeita facilmente.
Nó – entrelaçamento das partes de um ou mais cabos, formando uma massa uniforme.
Peso – relação entre quantidade de quilos (Kg) por metro (m) de um cabo.
Tesar – esticar um cabo, ato de aplicar tensão ao cabo.
44
• Queda Livre: É a distância entre o ponto que o trabalhador começa a cair até o momento que se inicia a retenção da queda. A distância
de queda livre determina a velocidade da queda e a força exercida sobre o sistema. Quanto maior a queda livre, maior a desaceleração e a
distância de queda. É importante diminuir a queda livre e mantê-la menor possível. A localização do ponto de ancoragem e o comprimento
do talabarte irá afetar a queda livre.
• Distância de desaceleração: É a distância atribuída ao absorvedor de energia após a queda, ou seja é a distância máxima que o
absorvedor vai se estender após a queda, sendo que esta distância máxima não pode ser superior a 1,00 m. • Altura entre a argola dorsal e
o pé do usuário: É a distância média entre o ponto de ancoragem dorsal, ou argola “D” dorsal e o pé do usuário. A ABNT usa como média a
altura de 1,50 m.
• Fator de segurança: é a distância entre o pé do trabalhador e nível de impacto após a retenção da queda. Esta distância é para total
segurança do trabalhador e inclui o estiramento que ocorre no cinto de segurança
• Cabo – conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas, torcidos ou trançados entre si.
• Chicote – extremos livres de um cabo, nos quais normalmente se realiza uma falcaça.
• Falcaça – arremate realizado no extremo de um cabo, para que o mesmo não desacoche. É a união dos cordões dos chicotes do cabo
por meio de um fio, a fim de evitar o seu destorcimento. Nos cabos de fibra sintética pode ser feita queimando-se as extremidades dos
chicotes.
• Seio ou Anel – volta em que as partes de um mesmo cabo se cruzam.
45