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Objetivo

A Zdrowie, visando melhorar o Conhecimento de Segurança do

Trabalho, elaborou por meio de sua Equipe Técnica esta apostila, o Programa

de Prevenção de Acidentes para Trabalho em Altura.

Tendo por objetivo estabelecer os requisitos e as medidas de

proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a

organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos

trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

De acordo com a NR – 35 consideram-se trabalho em altura toda

atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja

risco de queda.

Portanto apresentaremos a seguir os procedimentos corretos que

deverá ser aplicados no cotidiano industrial, a fim de evitar problemas de

saúde laboral, acidente do trabalho.

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TRANSCRIÇÃO DA NR35

35.1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o

trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a

segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade

A NR35 vem tratar da segurança que se deve aplicar em trabalhos executados acima de 2,00

metros do nível inferior, onde haja risco de queda.

Com isso entendemos que a empresa deve capacitar seu funcionário para esses trabalhos e

deve fazer isso por meio de treinamento, onde o trabalhador irá aprender a reconhecer riscos e

como se proteger deles, pois em trabalhos em altura o risco de queda não é o único que está

latente, temos a exposição às condições climáticas como: chuva, sol, ventanias...

Por um lado, é muito bom que o próprio trabalhador saiba reconhecer tais riscos e saiba

também reconhecer os equipamentos para trabalho em altura.

Por outro, é muito importante que ele tenha um supervisor de trabalho em altura para dar

auxilio e apoio necessário nesses trabalhos de risco.

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LISTA DE SIGLAS

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1. Objetivo e Definição

1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em
altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e
a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
1.2 Consideram-se trabalho em altura aquele executado em níveis diferentes e no qual haja risco
de queda capaz de causar lesão ao trabalhador

1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos
competentes e na ausência e omissão dessas com as normas internacionais aplicáveis.

2. NORMAS E REGULAMENTOS APLICÁVEIS AO TRABALHO EM ALTURA


As Normas sobre trabalhos em altura visam estabelecer os procedimentos necessários para a realização de
trabalhos em altura, garantindo segurança e integridade física dos colaboradores que realizam este tipo de trabalho, bem
como, a proteção das pessoas que transitam nas áreas próximas.
LEGISLAÇÃO
NR 01 – Disposições Gerais
NR 06 – Equipamento de Proteção Individual
NR 18 – Construção Civil
NR 35 - Trabalho em altura
Art 193 – Consolidações das Leis Trabalhistas (CLT) – Operação de Risco
NR 01 – DISPOSIÇÕES GERAIS
As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória
pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos
dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
3. Responsabilidades
3.1 Cabe ao empregador:
a) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de
Trabalho - PT;
b) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura
c) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, estudando,
planejando e implementando as ações e medidas complementares de segurança aplicáveis
d) garantir que qualquer trabalho só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta
Norma;
e) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
f) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
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g) O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em
altura.

3.2 Cabe aos trabalhadores:


a) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;
b) interromper imediatamente o trabalho, informando ao superior hierárquico, em caso de qualquer situação
ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
c) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou
omissões no trabalho

4. Capacitação e Treinamento
4.1 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em
treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito (08) horas, cujo conteúdo programático
deve no mínimo incluir:
Normas, análise de risco, riscos potenciais, sistemas e equipamentos, EPIs, Acidentes típico, condutas em
emergência.

5. Planejamento e Organização
5.1 Todo trabalho em altura será planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e
autorizado.

5.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas as seguintes hierarquias:


a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;
b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho
de outra forma;
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado.
5.3 Todo o trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.
5.3.1 A Análise de Risco deve além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:
a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d) as condições meteorológicas adversas;
e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual,
atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do
impacto e dos fatores de queda;
f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

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g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;
i) os riscos adicionais;
Além dos riscos de queda em altura intrínsecos aos serviços objeto da Norma, existem outros riscos,
específicos de cada ambiente ou processo de trabalho que, direta ou indiretamente, podem expor a
integridade física e a saúde dos trabalhadores no desenvolvimento de atividades em altura. Existe,
portanto, a determinação de obrigatoriedade da adoção de medidas preventivas de controle para tais riscos
“adicionais”, com especial atenção aos gerados pelo trabalho em campos elétricos e magnéticos,
confinamento, explosividade, umidade, poeiras, fauna e flora, ruído e outros agravantes existentes nos
processos ou ambientes onde são desenvolvidos os serviços em altura, tornando obrigatória a implantação
de medidas complementares dirigida aos riscos adicionais verificados. Dentre os riscos adicionais podemos
elencar:

Riscos Mecânicos. São os perigos inerentes as condições estruturais do local, tais como: falta de espaço,
iluminação deficiente, presença de equipamentos que podem produzir lesão e dano.”

Elétricos: São todos os perigos relacionados com as instalações energizadas existentes no local ou com a
introdução de máquinas e equipamentos elétricos, que podem causar choque elétrico.

Corte e solda: Os trabalhos a quente, solda e/ou corte acrescentam à atividade os perigos próprios desta
atividade específica como radiações, emissão de partículas incandescentes, etc.

Líquidos, gases, vapores, fumos metálicos e fumaça: A presença destes agentes químicos contaminantes
gera condições inseguras e facilitadoras para ocorrências de acidentes e doenças ocupacionais, nestes casos,
os trabalhos não devem ocorrer.

Soterramento: Quando o trabalho ocorre em diferença de nível maior que 2 metros com o nível do solo ou
em terrenos instáveis, existe a possibilidade de soterramento por pressão externa (ex. construção de poços,
fosso de máquinas, fundação, reservatórios, porão de máquinas, etc)

Temperaturas extremas: Trabalho sobre fornos e estufas podem apresentar temperaturas extremas que
poderão que poderão comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores;

Outros Riscos
a) Pessoal não autorizado próximo ao local de trabalho;
b) Queda de materiais;
c) Energia armazenada.
d) as condições impeditivas;
k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir
o tempo da suspensão inerte do trabalhador; queda não é o único perigo no trabalho em altura. Ficar
pendurado pelo cinturão de segurança é também perigoso. Ficar pendurado pelo cinto de segurança
gera a suspensão inerte, quando a parte inferior do cinto de segurança, que se prende às pernas,
impede a circulação do sangue e este se acumula nelas. Se estas não se movem, o sangue fica lá e
o coração não consegue bombear o sangue para a cabeça provocando a ¨intolerância ortostática¨ que se
caracteriza por atordoamento, tremor, fadiga, dor de cabeça, fraqueza e desmaios. Suspensão prolongada
causada por sistemas de detecção de quedas pode causar a intolerância ortostática que, por sua vez, pode
resultar em perda de consciência seguida por morte em menos de 30 minutos.
Para reduzir os riscos relacionados à suspensão inerte, provocada por cintos de segurança, o empregador
deve implantar planos de emergência para impedir a suspensão prolongada identificando os sinais e sintomas
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da intolerância ortostática e realizando o resgate e tratamento o mais rápido possível. Quanto mais tempo a
vítima ficar suspensa, sem se mover, maiores serão os riscos para sua saúde.
Vale lembrar que após o resgate as vítimas não devem ser deitadas na posição horizontal em nenhum
momento, seja durante o resgate ou quando chegarem ao solo. A manobra correta é deixar a vítima na posição
sentada, por pelo menos 20 minutos, mesmo se estiver inconsciente. Deixar de seguir estes procedimentos
pós-resgate pode causar danos à vítima e, às vezes, levar até a morte.

e) a necessidade de sistema de comunicação;


f) Forma de supervisão.
Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter, no
mínimo:
a) as diretrizes e requisitos da tarefa;
b) as orientações administrativas;
c) o detalhamento da tarefa;
d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;
e) as condições impeditivas;
f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
g) as competências e responsabilidades.

As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante permissão.
Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão
de Trabalho.
A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da permissão, disponibilizada
no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.

A PERMISSÃO DE TRABALHO DEVE CONTER:


a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos;
b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.
A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser
revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas
ou na equipe de trabalho.

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24.08.2022
PT - TRABALHO EM ALTURA Rev.01
PERMISSÃO DE TRABALHO Nº -
Local: Serviço:
Emissão Data: Hora: Término Data: Hora:
Trabalhadores -
- -
- -
Procedimentos que devem ser completados antes da atividade
1. O trabalho é acima de 2 (dois) metros? S( ) N( )
2. Oferece risco de queda pro trabalhador? S( ) N( )
3. O treinamento em altura do(s) Trabalhado(res) está(ão) em dia? S( ) N( )
4. Há procedimento para o trabalho a ser exercido? NA( ) S( ) N( )
5. Foi feito isolamento de área? Ele oferece proteção adequada para as demais pessoas NA( ) S( ) N( )
6. Há pontos de ancoragem? E eles são seguros? NA( ) S( ) N( )
7. Equipamentos:
Capacete NA( ) S( ) N( ) Trava quedas adequado NA( ) S( ) N( )
Óculos NA( ) S( ) N( ) Talabarte adequado NA( ) S( ) N( )
Cinturão paraquedista NA( ) S( ) N( ) Luvas NA( ) S( ) N( )
Corda/Cabo de aço Outros: __________________
NA( ) S( ) N( ) NA( ) S( ) N( )
8. Os EPI estão adequados ao risco de queda? NA( ) S( ) N( )
9. Há riscos adicionais como choque elétrico ou riscos mecânicos? Outros: _________________ NA( ) S( ) N( )
10. Foi tomada medida contra queda de objetos ou ferramentas? NA( ) S( ) N( )
11. Para atividades exercidas em área externa, há boas condições climáticas? NA( ) S( ) N( )
Procedimentos que devem ser completados caso a atividade exija o uso de Escada
12. As escadas a serem usadas estão dentro de padrões de segurança? NA( ) S( ) N( )
13. A escada está apoiada em piso resistente, nivelado e não escorregadio? NA( ) S( ) N( )
14. As escadas contem antiderrapantes? NA( ) S( ) N( )
15. A escada de abrir possui sistema que a mantenha com abertura constante? NA( ) S( ) N( )
Procedimentos que devem ser completados caso a atividade exija o uso de Andaime Simplesmente Apoiado
16. O andaime foi montado por equipe qualificada? NA( ) S( ) N( )
17. O andaime está nivelado? NA( ) S( ) N( )
18. A base é no mínimo ¼ da altura total do andaime? NA( ) S( ) N( )
19. A ancoragem é independente da estrutura do andaime? NA( ) S( ) N( )
20. As tabuas do andaime estão fixas e em perfeitas condições de uso? NA( ) S( ) N( )
21. Há guarda corpo no andaime? NA( ) S( ) N( )
Procedimentos de emergência e resgate/contatos (ramal - telefone)
22. Para situações de emergência, há uma equipe e equipamentos em condições para resgate? NA( ) S( ) N( )
Resgate - Ambulância - Segurança -
Obs.:
- A atividade não pode ser permitida se algum campo não for preenchido ou contiver a marca na coluna “não”.
- Os campos preenchidos como “sim”, deverão estar de acordo com a Análise de Risco da atividade.
Supervisor de Trabalhos em Altura

________________________________________
Legenda: N/A – “não se aplica”; N – “não”; S – “sim”.

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA TRABALHOS EM ALTURA

Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem.


Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser
especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e
o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.

Equipamentos para trabalhos em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso


Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser
especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o
respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.
“O fator de segurança estabelecido mínimo de 2,5:1, tendo como base de cálculo 6 kN, como força de impacto
máximo permitida a ser transmitida ao trabalhador

Cinto de segurança
Usadas em todas as atividades verticais ou em situações em que seja necessário a segurança através de
cordas, o cinto de segurança, deve ser do modelo tipo paraquedista, com fixação peitoral, dorsal,
lateral e pontos de sustentação nos ombros para descidas em locais de difícil acesso, deve ser confortável e
oferecer uma grande absorção de impactos numa eventual queda. As alças para prender materiais devem
ser bem distribuídas. Existem cadeirinhas específicas para a anatomia feminina.
Para maior conforto, os cintos devem possuir acolchoamento na cintura, na base dos ombros e dorso.
Os cintos de segurança devem ser polivalentes para executar várias atividades em altura.

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TALABARTE DE SEGURANÇA ANTIQUEDA
É um elemento de conexão entre o cinturão-paraquedista e o ponto de ancoragem. O talabarte de
segurança pode ser confeccionado em corda sintética, cabo de aço, fita sintética ou corrente
O talabarte e o dispositivo trava quedas devem estar fixados acima do nível da cintura do trabalhador,
ajustados de modo a restringir a altura de queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as
chances do trabalhador colidir com estrutura inferior.

Absorvedor de energia

Talabarte

A norma do absorvedor de energia e as de todos os modelos de trava queda testam os produtos dentro
da pior situação possível e limitam a força de impacto gerada em 6 kN (600 Kgf). O talabarte com até 0,90m
não há necessidade do absorvedor de energia .
Outro fator que deve ser levado em conta na seleção do EPI.é o propósito do uso. Por exemplo:
Nem “todo trava quedas pode ser utilizado como equipamento de posicionamento.”
A indefinição do fator de segurança e sua responsabilidade devem ficar a cargo do fabricante dos
equipamentos o que poderá ser consignado no próprio CA (certificado de aprovação) EPI, ou, no caso de
equipamentos acessórios, em documento próprio do mesmo.

O USO CORRETO DE TALABARTES


O TALABARTE DENTRO DO SISTEMA
O sistema individual de proteção de queda é formado por um dispositivo de ancoragem, um
dispositivo de união e um cinturão paraquedista. O talabarte é um dispositivo de união dentro deste
sistema e tem a função de conectar o trabalhador à estrutura ou servir de elo entre o cinturão
paraquedista e um dispositivo de ancoragem
TALABARTES SIMPLES E DUPLOS
Os talabartes dividem-se em dois modelos com relação à sua estrutura:
OS SIMPLES e os DUPLOS.
Os SIMPLES são utilizados em situações onde o trabalhador não terá de soltar-se de um
dispositivo de ancoragem para se conectar a outro. Ele ficará no mesmo lugar, como em uma
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PMET (Plataforma Móvel Elevatória de Trabalho ) ou conectar-se a um dispositivo móvel de
ancoragem, em uma linha de vida horizontal, que o
acompanha- rá onde existir o risco de queda de altura.
O TALABARTE DUPLO é utilizado em situações
em que exista a necessidade de deslocamento por
estruturas, sem uma linha de vida ou através de pontos
fixos de ancoragem.

100% DO TEMPO CONECTADO


O talabarte duplo possibilita um deslocamento onde o usuário
permanece 100% do tempo conectado a um dispositivo de ancoragem
alternando sua conexão em pontos de ancoragem dispostos de forma
planejada. Isso aumenta a segurança do trabalhador, diferente de um talabarte simples, onde seria
necessário soltar-se de um ponto para conectar-se ao próximo, expondo o usuário a um risco de
queda momentâneo, o que é inaceitável!

TALABARTES “Y” e “V”


Identificando melhor o talabarte duplo, apare- cem algumas peculiaridades do equipamento, que
devem ser entendidas para que não sejam criados novos riscos de trabalho. Existem dois tipos de
talabartes duplos: Em “Y” e em “V”conforme ilustrações das figuras 4 e 5 respectivamente.

Figura 3 - Talabarte Duplo

TIPO DO ABSORVEDOR DE ENERGIA


O absorvedor de impacto pode ser no formato de “pacote” onde a
fita especial rompe-se após uma queda gerando um mecanismo de
desaceleração. Em alguns produtos esse efeito pode ser alcançado
durante o rasgamento da costura em fitas tradicionais, em outras
situações a absorção de energia se dá em fitas especiais produzidas
para esta finalidade. Em ambas as tecnologias o rompimento
ocorre de forma controlada até que o usuário atinja a inércia. O talabarte com absorvedor de pacote pode
ser nos modelos “Y”(1 pacote”) ou em “V”(2 “pacotes”). Outra tecnologia disponível no mercado consiste
na inserção do absorvedor de energia dentro de uma fita tubular conforme ilustrado na figura 13. Este
modelo é obrigatoriamente em “V”, pois o absorvedor de impacto faz parte das próprias pernas dos
talabartes. Em breve é possível que surjam alternativas técnicas no mercado.

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“PERNAS” DO TALABARTE
maneira O talabarte duplo obrigatoriamente possui 3 pontas. Uma que deve ser conectada
ao elemento de engate de retenção de queda do cinturão paraquedista e que fica no
vértice do “Y” ou do “V” e as outras duas, que podem ser identificadas como “pernas” do
talabarte a serem Aqui também é utilizada uma conectadas a um dispositivo de ancoragem.
terminologia que facilita o entendimento da estrutura do Talabarte e que pode ser identificado
como uma utilização equivocada gerando riscos desnecessários. Isso acontece
quando o trabalhador, conecta uma das pernas no seu cinturão e a outra na
ancoragem deixando livre o vértice do “Y” ou do “V”. Quando utilizado desta forma o
talabarte passa a ter o dobro do seu tamanho, comprometendo a sua funcionalidade.

6kN - O dispositivo de união (neste caso o talabarte) é o componente do sistema individual de proteção
de queda, responsável pela absorção do impacto. O valor aceitável a ser recebido pelo corpo da
pessoa, que também é repassado ao dispositivo de ancoragem é de 6kN. Esse pode variar de país para
país em função das diferentes normas internacionais vigentes. É o absorvedor que irá deformar-se de
forma projetada, para reduzir a força dentro do mínimo espaço de frenagem. A falta de um absorvedor
de impacto pode gerar forças muito superiores a 6kN. A matéria prima do talabarte pode resistir ao alto
impacto gerado pela queda sem um absorvedor, porém, o ser humano não suporta. No Brasil, é proibida
a utilização de talabartes sem absorvedor de impacto para retenção de queda a menos que a aplicação
seja especifica para trabalhos de posicionamento.
TALABARTE EM “Y”
Este modelo de talabarte possui um absorvedor de impacto
comum para as suas “2 pernas” e, para que funcione
corretamente, atente-se a alguns detalhes que devem ser
respeitados:
Em muitas situações, o trabalhador tem uma das “pernas” do
talabarte conectado à estrutura e a outra fica livre, fixada em
algum ponto do cinturão para que não o incomode. Aqui está o
maior problema: esta “perna” livre acaba por ser conectada em
alguma parte estrutural do cinturão, assim como nas argolas
(elementos de engate) de posicionamento ou nas fitas
estruturais do cinturão. Caso venha a ocorrer uma queda, o
absorvedor de energia pode não abrir por completo, o que afeta
diretamente sua performance. Também pode fazer com que o
trabalhador fique suspenso pelo ponto do cinturão onde a “per-
na” foi fixada, deixando-o em uma péssima posição à espera de
um resgate.
Veja que a abertura do absorvedor de energia (ver figura 9) pode
ser maior do que a “perna” do talabarte e em caso de queda sua
eficiência será comprometida caso seja feito um mal uso do
talabarte. Devido a este fato, existem novos requisitos de norma,
na Europa e nos Estados Unidos, que ensaiam os talabartes
conectados por duas “pernas” de forma a identificar se existe a
possibilidade de haver o rasgamento no vértice do produto, que
pode causar a falha do talabarte.

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TABELA 1
Requisitos de norma para talabartes de retenção de queda
Força de pico
Comprimento Comprimento máxima para Abertura
Norma Queda livre máximo do mínimo do retenção de máxima do
máxima talabarte talabarte queda absorvedor
de impacto

NBR 14629 Não existe


e NBR 15834 4m 2m requisito 6kN 1,75m

TALABARTES EM “V”
Este modelo de talabate possui um absorvedor de impacto para cada
“perna”, ou seja, dois absorvedores. Uma das vantagens deste modelo
é que ele possui uma amplitude maior de alcance quando comparado
ao modelo em “Y”, o que gera uma autonomia maior ao trabalhador.
O risco neste caso pode ocorrer quando a pessoa está conecta- da às
duas “pernas” de forma simultânea, ou seja, dois absorve- dores de
impacto. Foi visto acima que um absorvedor é projeta-
do para refletir na pessoa um impacto em torno de 6 kN. Então, FIGURA 11 – Talabartes “Y e
se dois absorvedores de energia forem solicitados por apenas “V” com mesmo comprimento
uma pessoa, irão repassar um impacto mais alto. Em algum mo- e amplitudes diferentes.

mento, durante um deslocamento, o trabalhador terá que ficar conectado as duas “pernas” do talabarte em “V”
e deverá estar ciente deste risco e não manter-se nesta situação.
O talabarte em “V” não tem limitações com relação a conexão da perna livre no cinturão, uma vez que cada
perna possui seu próprio absorvedor de impacto funcionando de forma independente.

É muito importante o trabalhador estar


Ciente deste risco, pois a sensação
de estar mais protegido
conectado pelas duas “pernas” não é
verdadeira neste modelo
de equipamento. FIGURA 13 - Modelo de talabarte em “V”, onde os
absorvedores de impacto ficam dentro da fita tubular das “pernas”.

Não é possível identificar qual é o melhor modelo para cada realidade de trabalho. O importante é

conhecer as características de cada um dos modelos e com isso identificar o mais adequado à demanda da

sua empresa. A Zdrowie está pronta para auxiliar na escolha do equipamento correto e também para auxiliar

na cultura de segurança, com informações técnicas e suporte.

PROTEGEMOS MAIS QUE UM TRABALHADOR, ESTAMOS PROTEGENDO UMA

VIDA
_________________________________________________________________________________________________________

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Regra Geral para Cálculo de Espaço Livre – Talabarte

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_______________________________________________________

É obrigatório o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações:


a) na impossibilidade de se
utilizar o talabarte fixado acima
do nível da cintura do trabalhador
ou seja, quando o fator de queda
for maior que 1; quando o
comprimento do talabarte for
maior que 0,9m

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TRAVA QUEDAS

Trava quedas retrátil


Movimentar-se no plano horizontal, o cabo retrátil nunca fica frouxo devido a ação de uma mola de retorno. Havendo movimento brusco, tropeço ou
desequilíbrio do operário, o equipamento trava-se imediatamente e evita a queda da pessoa.
Deve ser usado com cinto paraquedista, ancoragem dorsal ou frontal.

Pode ser usado fixo num ponto acima do local de trabalho ou deslocando-se na horizontal por um trole.

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TRAVA QUEDA PARA USO EM LINHA FLEXÍVEL
Movimentar-se no plano vertical,
Havendo movimento brusco, tropeço ou desequilíbrio do operário, o equipamento
Trava se imediatamente e evita a queda da pessoa.
Deve ser usado com cinto paraquedista, ancoragem dorsal ou frontal.
Movimentar-se no plano vertical

TRAVA QUEDA PARA USO

Capacete
Acidentes são comuns nas atividades em ambientes verticais, objetos podem cair, ao levantar a cabeça o
trabalhador pode bater a cabeça em vigas de concreto ou de aço. O capacete deve fazer parte do equipamento do
trabalhador, pois nunca se sabe se o local escolhido é propício ou não a queda de objetos indesejáveis.
Mesmo que isso não ocorra, o capacete pode ser de grande ajuda uma eventual queda do próprio trabalhador,
evitando assim, que ele bata a cabeça em quinas ou coisas assim .

Luvas
As Luvas protegem as mãos de cortes, de arranhões e do atrito com a corda, se perde um pouco a
sensibilidade das pontas dos dedos diminuindo a mobilidade para lidar com peças pequenas, porém, com
treinamento se adquire jeito para manusear peças e aplicar nós. A luva mais Indicada para trabalhos em
altura é a de couro de vaqueta tipo petroleiro, trabalhos em torres e estruturas metálicas; indicada para

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trabalho com cordas, movimentação de carga e rapel. Existem luvas sem dedos, que não são ideais por não
dar total proteção as mãos deixando os dedos expostos.

Óculos Os óculos de segurança devem ser de armação e lentes em policarbonato para proteger os olhos
do trabalhador contra impactos e substâncias, devem também ter proteção de raios Ultra Violetas UVA e
UVB.

Calçados- Os calçados devem ter atenção especial, ser confeccionadas em couro ou nobuk de alta
qualidade, o cano deve ser alto e acolchoado ou não, língua acolchoada e fole externo, cadarço frontais em
algodão, ilhós e ganchos, palmilha em espuma, solado antiderrapante e sistema de absorção de impacto.

PROTEÇÃO DOS OUVIDOS CASO SEJA NECESSÁRIO.

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Em ambientes de trabalho com níveis de ruído superiores a 85 dB , depois de todas as medidas de proteção
coletiva implementadas (medidas organizacionais do trabalho e medidas construtivas), a capacidade
auditiva do trabalhador, a sua rentabilidade e a qualidade do seu trabalho, são afetadas. Há então
necessidade obrigatória, do uso do proteções individuais contra o ruído.

Registrar o resultado das inspeções dos EPI’s:


a) na aquisição;
b) periódicas e rotineiras quando os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem forem recusados.
Os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem que apresentarem defeitos, degradação, deformações ou
sofrerem impactos de queda devem ser inutilizados e descartados, exceto quando sua restauração for
prevista em normas técnicas nacionais ou, na sua ausência, normas internacionais.
EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva

As proteções coletivas incluem as medidas a adaptar para conferir segurança à


utilização de uma máquina ou à utilização de um local pelo pessoal.
As proteções individuais incluem os protetores do trabalhador contra os riscos
específicos, físicos, químicos e biológicos. Numa situação ideal, as proteções
coletivas devem ser preferidas em detrimento das proteções individuais. As
proteções coletivas dão origem a uma salvaguarda geral, independentemente
do pessoal abrangido, ao passo que as proteções
individuais apenas garantem a segurança das pessoas que dela dispõem e que
as utilizam. Este tipo de proteção depende da boa vontade do pessoal.

QUIPAMENTOS AUXILIARES

Os equipamentos auxiliares utilizados devem ser certificados de acordo com normas técnicas
nacionais ou, na ausência dessas, de acordo com normas técnicas internacionais.
Exemplos de equipamentos auxiliares:
Placa de ancoragem Ascensor Polia simples Descensor

Os equipamentos auxiliares não são classificados como EPI, que são abrangidos pela NR 6 e requerem o certificado de
aprovação (CA).

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MOSQUETÕES; São elos de alumínio ou aço, que possuem um fecho com mola, por onde se prende ou passa a corda para efetivar sistemas
de segurança como costuras ou ancoragens. Atualmente são fabricados mosquetões tão resistentes que podem até puxar um vagão de
trem.
Existem dezenas de modelos com as mais variadas formas e características. Genericamente, os mosquetões são usados para prender a
corda a um ponto de ancoragem, permitindo assim uma maior mobilidade da mesma. Abaixo temos alguns modelos de mosquetões com trava
automática, trava simples e sem trava, entre outros que existem de várias marcas e modelos diferenciados .

“D” “OVAL” “PÊRA”

Use o modelo “PÊRA” de preferência com trava de segurança para prender a corda em sua cadeirinha durante uma cordada ou para
prender um freio descensor a sua cadeirinha. Use o modelo “OVAL” para prender polias. Os modelos em formato “D” são os mais usados em
costuras e ancoragens.
Não use mosquetões com resistência de força inferior a 20 KN, ou seja, 2.000 Kg. A tensão deve ser sempre exercida no sentido
longitudinal. Quando prender um mosquetão numa ancoragem fique atento para que a trava de abertura não fique voltada para a parede ou
que o mesmo venha a se chocar com a parede num eventual tencionamento da corda
.
EQUIPAMENTOS DE DESCIDA (FREIOS E DESCENSORES):
São equipamentos utilizados para a realização de descida, rapel ou a descida de um trabalhador que esteja em ação.
O freio “OITO”, a mais comum e a mais utilizada, sua vantagem é a fácil
colocação da corda e suporta vários diâmetros, sua desvantagem é a
torção da corda enquanto se realiza a descida e serve apenas para descida.

O “STOP” é uma ótima peça para utilização de descida, sua vantagem é a colocação da corda sem precisar desclipar da cadeirinha,
pode ser utilizada para subir na corda, comporta cordas de 9 a 12 mm e é auto blocante ao tirar a mão da alavanca. Sua
desvantagem é que precisa de treinamento constante para a utilização, pois o operador pode despencar se pressionar a alavanca
sem segurar a corda com a mão oposta como se estivesse rapelando com a peça OITO.

BLOCANTE MECÂNICO
Conhecidos também como trava quedas, os
blocantes mecânicos possuem multi funções, além da
sua função principal que é de travar a queda de um
trabalhador, servem para executar subidas, recuperar e
içar cargas e esticar cordas.

TRAVA QUEDAS

ASCENSORES E BLOCANTES
• Ascensores: servem para ascender em uma corda, usando um para a cadeirinha e outro para o pé.
• Blocantes: travam a corda em um sentido e liberam no outro. Funcionam esmagando a corda e alguns possuem pequenas garras.

23
CORDAS - A corda é o principal elemento de segurança, as cordas de segurança são

fabricadas com fibras sintéticas como o perlon, para absorção de quedas deve-se utilizar
cordas dinâmicas que evitam impacto brusco no momento da queda, absorvendo a energia
cinética, devem ser homologadas pelas associações autorizadas (UIAA, NFPRA CE, INMETRO
Para o trabalho ser realizado com segurança a corda deve ter no mínimo 11,5 mm, mas o ideal é a de 16 mm, com metragem de no mínimo 50 mts.
A corda exige inspeção periódica:
❖ Deve ser mantida sempre seca, caso molhe, deixar secar em local arejado e na sombra;
❖ Quando estiver usando-a evitar pisar e arrastá-la no chão;
❖ Evitar deixá-la tensionada por muito tempo;
❖ Não guardar com nós
❖ Se usada com frequência (2 vezes por semana) deve ser trocada no máximo a cada 12/14 meses. A corda deve ser acondicionada dentro de mochila
própria e a mesma deve conter ficha de utilização

FICHA DE UTILIZAÇÃO DE CORDA

Normas de referência dos principais equipamentos utilizados em Acesso por Corda


EPI Norma Nacional
1 Absorvedores de energia NBR 14629
2 Talabarte de segurança NBR 15834
3 Cinturão de segurança tipo paraquedista NBR 15836
4 Capacete de segurança para uso na indústria NBR 8221
5 Trava-queda deslizante guiado em linha flexível (EPI contra quedas) NBR 14626

A certificação é um conjunto de atividades realizadas por um organismo independente para atestar


e declarar que um produto, serviço, pessoa ou sistema está em conformidade com os requisitos técnicos preestabelecidos em
normas e regulamentos técnicos. Tem como objetivos principais informar e garantir a proteção do trabalhador, em particular, quanto
à saúde, segurança e meio ambiente.

3.2.1 Na inexistência de normas técnicas internacionais, a Certificação por normas estrangeiras poderá ser aceita desde que
atendidos aos requisitos previstos na norma europeia (EN).
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Como normas internacionais, entendem-se as normas ISO (International Organization for Standardization) ou IEC (International
Electrotechnical Commission). Normas de entidades públicas ou privadas estrangeiras ou regionais não são caracterizadas como
normas internacionais, a menos que seja dado este status às mesmas. Apesar de ser uma norma regional, a norma europeia (EN) é
utilizada como referência nos casos em que não exista norma internacional.
Descensores: Apesar da existência da norma ISO 22159, a norma EN12841 é mais utilizada pelos fabricantes em âmbito mundial para
certificação desses equipamentos de acesso por corda.

3.3 - Os equipamentos e cordas devem ser inspecionados nas seguintes situações:


a) antes da sua utilização;
b) periodicamente, com periodicidade mínima de seis meses.
Registros dessas inspeções fornecerão evidências da sua realização. Os empregadores devem assegurar que essas tarefas sejam
realizadas regularmente para eliminar a possibilidade de usar artigos danificados. Como orientações podem ser utilizadas listas de
verificação.A vida útil da corda e dos equipamentos irá variar de acordo com a intensidade de utiliza ção e ambiente a que estão
expostos. Consultar sempre as instruções do fabricante.
As cordas devem ter uma marcação individual, permitindo a sua rastreabilidade. A marcação deve conter o lote, comprimento, tipo e
diâmetro. Essa informação é comumente incluída na extremidade da corda ou por uma marcação de código de cor.
Ao serem fracionadas, as cordas devem receber uma etiqueta individual permitindo a sua
rastreabilidade, conforme o disposto acima.
Exemplo de lista de verificação da norma ABNT NBR 15595

Componente Procedimentos de verificação


Procedimento geral de verificação de todos os equipamentos têxteis
( ) As informações fornecidas pelo fabricante foram lidas?
( ) O produto está dentro da vida útil recomendada pelo fabricante?
Verificação visual
( ) Desgaste excessivo em qualquer parte
( ) Abrasão, particularmente das partes que suportam cargas
( )Corda ou fita peluda (isto indica abrasão)
( ) Costura cortada, desfiada ou partida
( ) Corte, particularmente nas partes que suportam carga
( ) Corda ou fitas sujas (sujeira acelera a abrasão, tanto externa quanto interna)
Verificação visual e tátil:
( ) Dano por produtos químicos
( ) Superfície empoeirada
Todos os ( ) Desbotada
equipamentos ( ) Áreas endurecidas (frequentemente indicam contaminação química)
( ) Estrago por calor, ou seja, áreas esmaltadas
têxteis
Ação:
( ) Produto além da vida útil recomendada: retirar do serviço
( ) Desgaste excessivo de qualquer parte: retirar do serviço
( ) Abrasão: uma pequena quantidade é permissível: retirar do serviço se excessiva
( ) Cortes: retirar do serviço Sujeira: limpar de acordo com instrução do fabricante
( ) Contaminação química: retirar do serviço
( ) Dano por calor: retirar do serviço
( ) Costura cortada, quebrada ou desgastada: retirar do serviço

3.3.1 Em função do tipo de utilização ou exposição a agentes agressivos, o intervalo entre as inspeções deve ser reduzido.
As fibras sintéticas são difíceis de serem inspecionadas, uma vez que podem parecer íntegras quando, na verdade, estão fragilizadas
pela ação de agentes agressivos. Existem três grupos de produtos químicos relativamente comuns, principalmente em ambientes
industriais, que não devem entrar em contato com cordas: ácidos, hidrocarbonetos (na sua maior parte derivados de petróleo) e os
materiais alcalinos.

Deve ser evitada a exposição desnecessária ao sol, pois a radiação ultravioleta causa degradação das fibras sintéticas, com perda
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da sua resistência mecânica.
Todo nó reduz a resistência de uma fita, corda ou cordelete. O nó boca de lobo, por exemplo, é responsável por uma queda de 45 %
na resistência específica da corda. A redução de resistência é de pelo menos 20 % com outros tipos de nó.

3.4 As inspeções devem atender às recomendações do fabricante e aos critérios estabelecidos na Análise de Risco ou no
Procedimento Operacional.
Procedimentos de uso e guarda deste material devem ser seguidos conforme as especificações do fabricante para garantir sua
integridade e maior vida útil.

3.4.1 Todo equipamento ou corda que apresente defeito, desgaste, degradação ou deformação deve ser recusado,
inutilizado e descartado.
A vida útil de uma corda não pode ser definida somente pelo tempo de uso. Ela depende de vários fatores tais como manutenção,
frequência do uso, tipo de equipamentos que foram utilizados, tipo e intensidade da carga, abrasão física, degradação química ,
exposição a raios ultravioleta, choques mecânicos, condições climáticas dentre outros.

CORDAS
• Definitivamente a corda é o material mais importante do trabalho em altura.
• As cordas são confeccionadas de forma semelhante, com capa e alma.
• Cordas para salvamento devem ter de 50 a 100m, bitola entre 11.5 mm e 13 mm,suportar 3.000 kgf. e preferencialmente devem ser do tipo
estáticas.

CORDAS
• Corda Estática: a alma é formada por um chumaço único de fibras dispostas
paralelas, cobertas por uma capa fortemente apertada. Não sede.
• Corda Dinâmica: a alma consiste de 10 a 12 chumaços de fibras entrelaçadas,
deforma que quando houver uma carga estas se esticam cobertas por uma capa
com pequena folga. Sede em 10% de seu comprimento.

Constituição dos Cabos


• Cabos de Fibra de Origem Natural
As fibras de origem natural mais utilizada no fabrico de cabos são: manilha, sisal, juta,
algodão e cânhamo. Geralmente os cabos de fibra natural levam o nome da planta da
qual a fibra foi obtida. Com o objetivo de aumentar a durabilidade do cabo, são
impregnados com óleo durante sua manufatura, o que lhes confere um aumento de 10%
no peso1

• Cabos de Fibra de Origem Sintética

As fibras sintéticas mais utilizadas na confecção de cabos são: poliéster, poliamida,


polietileno e o polipropileno, polímeros derivados de petróleo. Os cabos de fibra sintética,
quando comparados aos cabos de fibra natural de mesmo diâmetro, apresentam maior
resistência, maior elasticidade e duram mais

Tipos de Cabos

• Torcidos

Os cabos torcidos, normalmente não apresentam elasticidade, sendo,


portanto considerados estáticos.

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• Trançados
Os cabos trançados, por apresentarem coeficiente variável de
elasticidade, são, na maioria das vezes dinâmicos

CUIDADOS COM CABOS DE FIBRA SINTÉTICA


Cabos de fibra sintética devem ser dotados de alerta visual amarelo. Estes cabos deverão contar com rótulo contendo as seguintes informações:
• Material constituinte: poliamida, diâmetro de 12 mm, Comprimento em metros e aviso:

"CUIDADO: CABO PARA USO ESPECÍFICO EM CADEIRAS SUSPENSAS E CABO-GUIA DE SEGURANÇA PARA FIXAÇÃO DE TRAVA-QUEDAS".

1ª capa do cabo
Trançado externo em multifilamento de poliamida.
2ª capa do cabo
Alerta visual em filamento de polipropileno ou poliamida na cor amarela.
Quando a segunda camada aparecer (amarela) indica que a camada superior está desgastada, devendo-se então substituir a corda.
3ª capa do cabo
Alma central torcida em multifilamento de poliamida.
Fita de identificação - Constando: NR 18.16.5 - ISO 1140 1990 e nome do fabricante com CNPJ.
• A vida útil das cordas depende de: tempo de uso, da manutenção, frequência do uso, equipamentos utilizados, intensidade da carga, abrasão física,
degradação química, exposição a raios solares (ultravioleta), clima etc.
• Nó enfraquece a corda no local da curvatura com perda de resistência de até 60%.
Curvas mais acentuadas sacrificam mais a estrutura da corda. Esforço contínuo causa danos menores do que um esforço de impacto.

Inspeção - Antes de cada uso, a corda deve ser inteiramente inspecionada.


Inspeção externa e interna: verificar a capa, diâmetro constante, sem cortes nem fios partidos,
sem desgastes por abrasão e sem suspeita de contaminação por produto químico nocivo à sua estrutura. A corda não deve apresentar caroço,
inconsistência à dobra, emagrecimento da alma (parte interna) e folga entre capa e alma.

Manutenção
A poliamida envelhece em contato com o ar, mesmo sem ser usada.
Mantê-la: limpa, afastada de produtos químicos nocivos (ácidos), cantos cortantes e piso das obras. Jamais pisá-la com sapatos sujos. Partículas de
areia, terra e pó penetram nas fibras e causam grande desgaste dos fios durante o uso.
Armazená-la: em local seco, à sombra, sem contato com piso de cimento, fontes de calor, sol, produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
Lavá-la: com sabão neutro, água com temperatura de até 30° e escova com cerdas macias (plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre,
longe da luz solar.

FITAS DE ANCORAGEM
→ Fita de conexão, serve para fixação direta na estrutura e ancoragens que não possuam arestas cortantes. Confeccionada em fita plana de 50 mm
com duas argolas em aço inox, carga de ruptura de 24 KN (2.400 Kg). Possuem tamanhos de 100cm, 150cm e 200cm.
→ Anel de Fita de confecção tubular em fita poliéster com alta resistência, carga de ruptura de
→ 22 KN (2.200 Kg). Possuem tamanhos de 75cm, 100cm, 120cm e 200cm.
FITA DE CONEXÃO ANEL DE FITA

CORDELETES
Cordeletes são pequenas cordas com diâmetro entre 3mm e 8 mm que possuem diversas utilidades, sendo que as de 7mm e 8 mm são usadas
principalmente para a confecção de nós blocantes.

CORDELETES DE 4 mm CORDELETES DE 7 mm
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Nós de Encordamento

Particularidades dos Nós - As cordas não funcionam sem os nós. Mas ao contrario do que muitos pensam, não é necessário que se
conheça dúzias de nós. Precisa sim conhecer muito bem alguns poucos que são essenciais e poderão ser utilizados no dia a dia do
Bombeiro Civil.

Que são Nós? São voltas aplicadas em cordas com o intuito de formar laços para aplicações diversas. Sempre devem ser bem
executadas para que o nós atinja sua capacidade e eficiência.

TIPO DE NÓ / RESISTÊNCIA

Sem nó ---------------------- 100%


Oito --------------------------- 75~80%
Lais de Guia --------------- 70~75%
Pescador Duplo ---------- 65~70%
Volta de Fiel --------------- 60~65%
Nó de Fita ------------------ 55~65%

Sabemos, pela geometria elementar que, numa curva, definindo-se uma seção de angulação, o comprimento da circunferência interna é
mais curta do que a externa. Assim, no caso de tração, as fibras externas da curva do nó serão submetidas mais do que as internas. Em
média pode-se dizer que um nó enfraquece a resistência original da corda em 20 a 30%.
É importante que o usuário saiba o nó adequado para cada caso, não apenas levando em consideração a tensão diferencial, mas também a
versatilidade, a facilidade em desmanche e a eficiência. Todo nó deve ser checado e ajeitado, alinhando a corda e evitando pontos de
encavalamentos. Eles devem ser também apertados antes de serem usados.

Em todos estes casos é sempre bom deixar uma folga de pelo menos um palmo e meio de ponta de corda, arrematado com um nó de frade.

NÓ OITO OU VOLTA DO FIADOR: nó normalmente utilizado para o fechamento de cadeirinha (encordoamento), também pode ser empregado
para fixação de corda ( ancoragem ), loop no meio da corda, etc. Em muitos campeonatos de escalada esportiva o nó em oito é obrigatório
para o encordoamento.
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Esse nó é maior, mais resistente e mais fácil de desfazer do que os nós anteriores. Além disso, não danifica tanto a corda.

NÓ OITO SIMPLES - Recebe o nome em função do seu formato. Além de ser utilizado como nó de arremate, é útil para que o cabo não
escorregue de uma polia ou guia.
Oito simples - nó de partida para o oito duplo pela ponta da corda.

NÓ OITO DUPLO
Por padrão, geralmente as equipes de resgate e trabalho em altura utilizam o nó oito duplo como nó de ligação da corda com a
ancoragem por reunir todas estas características.
Oito duplo pelo meio da corda. Oito guiado

Ainda que seja um nó que tende a apertar quando submetido à tração, é considerado um nó seguro devido a estabilidade. É muito difícil esse
nó desfazer-se por si só. O nó pode ser feito diretamente na barriga da corda (normalmente na proximidade de uma das pontas, mas não é
regra) para formar uma alça para içagem, ancoragem ou fixação. Para o encordamento deve-se fazer um nó na ponta simples da corda,
passar o chicote da ponta pelo(s) ponto(s) de encordoamento da cadeirinha, e percorrer o caminho reverso com a ponta do chicote até
finalizar o nó. Esse nó apresenta como vantagem a confiabilidade e a versatilidade. O nó é muito estável e a resistência não altera
consideravelmente com o fato da ponta com carga contornar o nó por fora ou por dentro da curva. As desvantagens estão no fato de ser
um nó de difícil desmanche após submetido à carga e ocupar muita corda (é um nó volumoso). O nó em oito requer quase o dobro da corda
para fechar o lais de guia. Isso faz com que, em muitos trabalhos de resgate, dependendo da situação, acabe consumindo muita corda e
formando bolos volumosos nos pontos de convergência de nós como no ponto central equalizado de ancoragem.
Uma importante regra para se lembrar nos trabalhos táticos: a alça da corda deve ser o menor possível para qualquer tipo de conexão.
Entenda-se que o termo “menor possível” se refere aos aspectos operacionais. Esse procedimento é importante para economizar a corda,
pois as alças consomem o dobro de metragem do material.

NÓ EM NOVE: É a variação do nó em oito tradicional com meia volta a mais. Esse nó deve ser empregado basicamente da mesma forma que
o nó em oito para cordas com diâmetro inferior a 9mm. A vantagem desse nó está no fato de ser mais fácil na hora do desmanche e ser um
pouco mais forte em relação à tração. A desvantagem está no fato de consumir ainda mais corda do que o nó em oito.
Diferença na confecção entre oito e nove NOVE

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COELHO – Utilizado para equalização de sistema
Orelha de coelho
O mesmo nó oito duplo com uma volta da alça passando por todo o nó, serve para fazer duas alças separadas na corda o que é utilizado
quando necessário realizar a ancoragem com a própria corda da via, pode ser inclusive equalizado controlando o tamanho das alças que
podem ser diferentes uma da outra.
Fácil desfazer mesmo após tracionado ou com a corda molhada.

LAIS DE GUIA: Este é o nó clássico dos escaladores. O seu uso para encordoamento não
é tão popular hoje como já foi no passado. É um nó versátil fácil de fazer e desfazer.
Também suporta bastante tensão, mas tende a se afrouxar (e até se desfazer)
sozinho, principalmente quando situações de tensão e alívio de carga repetem-se
sucessivas vezes. O lais de guia deve ser fechado com a ponta livre dentro da alça. O
fechamento com a ponta livre para fora não altera a resistência, mas a tendência do
nó desfazer sozinho é muito maior. Existe uma série de variação nesse nó, quase
que todos visando atenuar o problema de afrouxamento. Para evitar seu
afrouxamento faça um arremate de nó, um cote na posta solta do nó, dessa forma
você terá mais resistência desse nós e menos afrouxamento.

NÒ PESCADOR SIMPLES - Nó para emendar duas cordas de diâmetros semelhantes. Muito utilizado
para rapel de corda cheia e fechamento de solteiras de cordeletes.

NÒ PESCADOR DUPLO: Nó para emendar duas cordas de diâmetros semelhantes. Muito utilizado para rapel de corda cheia e fechamento de
solteiras de cordeletes. Esse nó tende a apertar bastante quando carregado dificultando o desmanche. No caso de cordeletes isso não
chega a ser problema uma vez que é comum não termos a necessidade de desfazer o nó, mas no caso de emendar duas cordas deve-se
tomar cuidado. É um nó muito compacto e simétrico, o que facilita a checagem visual.

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NÓDE FITA

Nó de fita
É um nó simples com umas das pontas de maneira que passe pela outra ponta e depois
repetido com a ponta que sobra. Muito fácil de fazer e também de soltar depois de tracionado,
recomenda-se finalizar as pontas com o pescador para não soltar acidentalmente quando tracionado.

VOLTA DO FIEL: Ou popular nó de porco, é utilizado para a auto fixação com a própria corda. A volta do fiel é um nó simétrico e estático,
isto é, não importa que ponta seja carregada, uma vez fechada, mesmo que a outra ponta esteja totalmente livre, não se solta por si só.
Outra característica desse nó é a facilidade de ajuste e de desmanche. O procedimento de auto fixação pode ser substituído por uso de uma
fita auto seguro. Esse nó é também utilizado na ponta da
corda para ancoragem em árvores e postes, assim como para trabalhos em altura especialmente para amarrar galhos de árvores que
serão cortados. Nesse segundo caso deve-se avaliar a direção do esforço para não correr o risco de posiciona-lo no sentido que a carga
afrouxe o nó. Feito pela ponta e com um bom arremate de segurança, ele serve para fixar a corda em uma árvore, por exemplo.

Fiel pelo meio da corda. Fiel pelo meio de uma corda, sem tirá-la do mosquetão

Fiel pela ponta da corda

NÓ DINÂMICO UIAA: Nó utilizado para se dar segurança para o companheiro. Desde que seja
empregado por uma pessoa devidamente treinada funciona muito bem para segurança de
participante, mas o atrito é baixo e exige-se muita atenção. Apesar de ser no Brasil batizado com
esse nome, não possui nenhuma aprovação pelo referido orgão (UIAA). A desvantagem desse nó é
a torção que ele causa na corda. Já houve, num passado recente, comentários de que com o
emprego desse nó poderia-se criar sistema de segurança ideal para trabalhos em resgate. No
entanto, os testes foram desastrosos sendo que os corpos de testes, em muitos casos,
despencaram até o chão. O nó UIAA não deve ser empregado para rapel.

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BORBOLETA: É o nó utilizado para se criar uma alça no meio da corda para o encordoamento com o emprego de mosquetão de trava.
Também é muito bom para ancoragem no meio da corda, pois o nó é simétrico, o que facilita a checagem visual, e suporta carga
multidirecional. E tem fundamental eficiência para eliminação de ruptura de corda, é muito utilizado por alpinistas.

PRUSSIK: Nó bloqueante que pode ser utilizado para travamento de corda ou empregado para se executar procedimentos de subida.
Normalmente utiliza-se cordins de 6 ou 7mm sobre cordas de 9 a 11 mm de diâmetro.
Para trabalhos de resgate e operações táticas emprega-se a versão de três voltas com cordeletes de 8 ou 9 mm sobre corda estática de
10 a 12,5mm.
Acredita-se que o diâmetro ideal do cordelete deve girar em torno de 70% do diâmetro da corda a ser
bloqueada. Os cordeletes macios tendem a apertar forte sobre a corda principal e dificulta a operação de
soltura. Os cordeletes duros apresentam dificuldades em atingir o ponto de aperto crítico e podem escorregar.
Para otimizar a eficiência em situações que necessitam de ajustes constantes é importante que se encontre
cordeletes com maciez adequada. A versão de três voltas é empregada quando poder bloqueante superior é
desejável como nas operações táticas e de resgate.

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MARCHAND: Outro nó bloqueante que pode tanto ser feito com cordim ou com fita de
nylon tipo solteira. Assim como prussik é utilizado para travamento e subida pela corda.
Deve-se tomar cuidado pois o ajuste é mais complexo do que o prussik e apresenta uma
certa facilidade em correr. Não se deve executar o nó marchand com fitas spectra, pois
a superfície do material é muito lisa e o nó pode correr mesmo que esteja devidamente
apertada.

CABOS DE AÇO -
CUIDADOS COM OS CABOS DE AÇO - Para prolongar a vida útil de um cabo, e emprega-lo em condições de segurança, deve-se seguir algumas regras
básicas: Não friccionar o cabo contra arestas vivas e superfícies abrasivas. Não submeter o cabo a tensão desnecessária.

❖ Evitar o contato do cabo com areia, terra, graxa e óleos.


❖ Evitar arrastar o cabo sobre superfícies ásperas.
❖ Não ultrapassar a Carga de Segurança de Trabalho durante o tensionamento do cabo.
❖ Lavar o cabo após o uso, em caso de necessidade.
❖ Não guardar cabos úmidos. Caso necessário, seca-los na sombra, em local arejado.
❖ Modo correto de enrolar o cabo de aço para que não seja danificado conforme figura abaixo:

Como enrolar o cabo de aço

CERTO ERRADO
Fonte: www.gulin.com.br

Manuseio do cabo de aço:


o cabo de aço deve ser enrolado e desenrolado corretamente, a fim de não ser estragado facilmente por deformações permanentes e
formação de nós fechados . Se o cabo for manuseado de forma errada, ou seja, enrolado ou desenrolado sem girar o rolo ou o carretel, o
cabo ficará torcido e
formará laço. Com o laço fechado (posição 2), o cabo já estará estragado e precisará ser substituído ou cortado no local.
Importante: mesmo que um nó esteja aparentemente endireitado, o cabo nunca poderá render serviço máximo, conforme a capacidade
garantida. O uso de um cabo com este defeito torna-se perigoso, podendo causar graves acidentes.

Substitua o cabo ou descarte o pedaço do cabo quando:


1. Existirem arames rompidos visíveis.

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2. Aparecer corrosão acentuada.
3. Os arames externos se desgastarem mais do que 1/3 de seu diâmetro original.
4. O diâmetro de o cabo diminuir mais do que 5% em relação a seu diâmetro nominal.
5. Aparecerem sinais de danos por alta temperatura no cabo
6. Aparecer qualquer distorção no cabo (dobra amassamento ou gaiola de passarinho).

Manutenção - Manter cabos de aço afastados de produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e cantos (vivos) cortantes. Armazená-lo em
local seco, por meio de carretel, para fácil manuseio, sem torção estrutural.

COLOCAÇÃO DOS GRAMPOS: Para cabos até 5/8” use no mínimo 3 grampos.
Importante: os grampos devem ser montados de maneira correta e reapertados após o início de uso do cabo de aço.

Substitua o cabo ou descarte o pedaço do cabo quando


Existirem arames rompidos visíveis
Aparecer corrosão acentuada
Os arames externos se desgastarem mais do que 1/3 de seu diâmetro original
O diâmetro do cabo diminuir mais do que 5% em relação a seu diâmetro nominal
Aparecerem sinais de danos por alta temperatura no cabo
Aparecer qualquer distorção no cabo (dobra, amassamento ou gaiola de passarinho)

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SISTEMA DE ANCORAGEM

O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela análise de risco.

- O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda.

Quanto aos pontos de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) ser selecionados por profissional legalmente habilitado;

b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;

c) ser inspecionados quanto à integridade antes da sua utilização

O ponto de ancoragem e conexão que você esta conectado deve ser muito forte

• Ancoragem: pode ser definido como um ponto seguro para conectar uma linha de vida, talabarte, trava queda ou qualquer outra conexão
ou sistema de resgate e acesso. Alguns exemplos típicos de ancoragem incluem componentes estruturais de aço, vigas de concreto pré-
moldado e treliças de madeira. Na maioria das situações, quando na criação do sistema de proteção contra quedas um ponto conector de
ancoragem sempre é necessário. Este equipamento é utilizado como um meio seguro para conectar o restante do sistema. Os tipos mais
comuns são as cintas, grampos e placas.

Sistema de retenção de quedas: devem ser capazes de suportar uma carga de 5.000 libras ou 2.200 quilos por trabalhador conectado.

Sistema de restrição contra quedas: em um sistema projetado para restrição, não é permitido o trabalhador cair, então a força de
impacto é o resultado da inclinação do trabalhador ou de um desequilíbrio ou tropeço. Sendo assim o ponto de ancoragem deve suportar
uma carga de 1000 libras ou 450 quilos.

Sistema para trabalho posicionado: Sempre que possível o trabalho posicionado deve ser combinado com um sistema de retenção e o
talabarte não deve ter mais que 90 cm e o ponto de ancoragem deve suportar 3000 libras ou 1.330 quilos

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LINHA DE VIDA
Cabo ou corda (horizontal ou vertical) no qual o indivíduo é fixado através de um trava quedas ou blocante, a fim de bloquear eventuais
quedas.
Pontos de ancoragem e linha de vida horizontal
Os pontos de ancoragem para sistemas de interrupção de quedas para linha de vida horizontal devem ser projetados, aprovados e devem
manter, no mínimo, duas vezes a força máxima de teste do sistema de interrupção de queda.
Pontos de ancoragem devem ser capazes de suportar, no mínimo, 2.500 kg (carga estática para falha) por pessoa.
Os cabos de aço devem ser dimensionados para suportar o peso do(s) funcionário (s) em queda.
Os pontos de ancoragem devem estar localizados o mais alto possível acima do funcionário, tendo como distância mínima do solo 1,20m
somente para talabartes com comprimento máximo de 0,90cm e 1,80m para talabartes de comprimento de 1,20m.
Para fixação de até duas pessoas, a linha de vida horizontal, o diâmetro mínimo do cabo de aço a ser utilizado é de 3/8” para mais pessoas
somente com cálculo dimensional de projetista qualificado

OUTROS MEIOS PARA TRABALHO EM ALTURA


Uso de escadas

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A escada portátil (ou de mão) deve ser adquirida de fornecedores cadastrados que atendam as especificações técnicas de cada empresa
(tamanho, capacidade máxima, etc).
Classificação das escadas:
• Escada simples (singela) - é aquela constituída por dois
montantes interligados por degraus;
• Escada de abrir - é aquela formada por duas escadas simples
ligadas entre si pela parte superior por meio de dobradiças
resistentes;
• Escada de extensão ou prolongável - é aquela constituída por
duas escadas simples que se deslizam verticalmente uma sobre
a outra, por meio de um conjunto formado por polia, corda,
trava e guias.
Requisitos gerais
As escadas portáteis (de mão) devem ter uso restrito para acesso a local de nível diferente e para execução de serviços de pequeno
porte e que não exceda a capacidade máxima suportada pela mesma. Para serviços prolongados recomenda- se a instalação de
andaimes.
Serviços que requeiram a utilização simultânea das mãos somente podem ser feitos com escada de abrir com degrau largo ou
utilização de talabarte envolto em estrutura rígida. Toda a escada deve ter uma base sólida, antiderrapante, com extremos
inferiores (pés) nivelados.

Não utilize escadas com pés ou degraus quebrados, soltos, podres,


emendados, amassados, trincados ou rachados, ou faltando parafuso ou
acessório de fixação.
Escada defeituosa deve ser imediatamente retirada de uso.
A escada deve ser apoiada em piso sólido, nivelado e resistente, para evitar recalque ou afundamento. Não apoie em superfícies instáveis,
tais como, caixas, tubulações, tambores, rampas, superfícies de andaimes ou ainda em locais onde haja risco de queda de objetos. Em piso
mole, providenciar uma base sólida e antiderrapante para a mesma. Em locais de trânsito de veículos, a escada deve ser protegida com
sinalização
e barreira. As escadas portáteis não devem ser posicionadas nas proximidades de portas, em áreas de circulação de pessoas ou máquinas,
onde houver risco de queda de materiais ou objetos, nas proximidades de aberturas e vãos e próximo da rede elétrica e equipamentos
elétricos desprotegidos. Quando for necessário utilizar próximo à portas, estas devem estar trancadas, sinalizadas e isoladas para acesso à
área. As ferramentas utilizadas para o trabalho não devem estar soltas sobre a escada, a não ser que tenha bandeja apropriada para esta
função. Ao executar serviços, os pés do usuário devem estar sobre os degraus da escada.
É obrigatório o uso de cinturão de segurança tipo paraquedista em trabalhos de pequeno porte acima de 2 metros de altura. O mesmo deve
ser fixado em um ponto de ancoragem, fora da escada, exceto uso de talabarte para posicionamento envolto em estrutura rígida. (Ex.: serviço
no poste). Quando este procedimento não for possível utilizar andaime ou plataforma elevatória. A escada deve ser acondicionada em local
seco, longe de umidade ou calor excessivo.
Deve ficar em posição horizontal e apoiada em vários pontos, de acordo com o seu tamanho para evitar empenamento.
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Após sua utilização, a escada deve retornar ao seu local de origem. Não deixar a mesma abandonada no chão, nem apoiada contra paredes e
estruturas. Nenhuma escada deve ser arrastada, ou sofrer impactos nas laterais e degraus.
É permitido que a madeira seja protegida com verniz translúcido ou óleo de linhaça, que permita ver suas falhas. As escadas de madeira não
devem apresentar farpas, saliências ou emendas. A madeira para confecção deve ser de boa qualidade, estar seca, sem apresentar nós e
rachaduras que comprometam a sua resistência.
Os degraus devem permanecer limpos, livres de óleos, graxas e produtos químicos.
Nunca fique nos últimos degraus de uma escada. Deve-se deixar, no mínimo, dois degraus da extremidade superior.

Escada simples
As escadas simples devem ser amarradas no ponto de apoio, de modo a evitar
escorregamento ou quedas frontais ou laterais. Quando não for possível, outro empregado pode segurá-
la.
A extremidade superior das escadas simples deve ultrapassar em cerca de um metro o ponto que se
deseja atingir para acesso.
A distância horizontal da base à linha de prumo que passa pelo apoio superior deve corresponder a ¼ da
distância entre a base e o apoio superior, ou seja, para uma parede de 4 metros de altura, a base da
escada deve estar afastada de 1 metro da parede.
O espaçamento entre os degraus deve ser uniforme, entre 25 a 30 centímetros.
O espaçamento entre os montantes deve estar entre 45 a 55 centímetros. Quando construídos de
madeira, os montantes e degraus das escadas devem atender aos seguintes requisitos:

Escada de abrir
Devem ter comprimento máximo de 6 metros, quando fechada e devem possuir
degraus largos.
Devem possuir tirantes ou limitadores de curso (corrente ou separador resistentearticulado) dispostos em pontos intermediários de sua
extensão. Quando aberta, os tirantes devem permanecer na posição de abertura máxima. Isso trava a escada, impedindo assim,
deslocamentos bruscos. Não é permitido o uso de cordas, arames ou fios como
limitadores de curso.
Recomenda-se que, quando na posição aberta, a distância entre as
extremidades inferiores das duas partes seja de aproximadamente 2/3 da
extensão. A distância mínima entre os montantes no topo da escada deve ser de
30 centímetros. O ângulo formado entre os montantes deve ser tal que a
distância entre eles aumente de 5 centímetros para cada 30 centímetros de
altura. Este tipo de escada não deve ser utilizado como escada de apoiar.
Nunca apoiar um dos montantes com calço ou tijolo.
Deve ser dada atenção especial quanto ao estado de conservação dos
tirantes,dobradiças, pinos e ferragens de articulações.

Escada de extensão ou prolongável


A sobreposição entre as extensões (das escadas) deve ser de, no mínimo, 1 metro.
Quando a escada estiver estendida, a corda deve ser bem esticada e amarrada
nos degraus de base, para não ficar no chão e garantir que a seção superior não caia, em caso de abertura das catracas.
Deve ser dada atenção especial quanto ao estado de conservação da escada bem como da carretilha, corda, montantes, degraus, travas,
base, etc. As escadas extensíveis devem ser transportadas por 2 homens, utilizando o mesmo lado do ombro e com o segmento móvel da
escada para fora, devendo permanecer amarradas e sinalizadas com bandeirolas.
Ao transportar as escadas no veículo, elas devem ser amarradas e sinalizadas com bandeirolas.

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Nem todo local é adequado para posicionar a escada e executar o serviço.
Durante o planejamento deve-se verificar:
• As condições do piso;
• Nos postes de madeira, redobrar a atenção, pois a base do poste pode estar
podre;
• Ferragens expostas ou soltas;
• Existência de insetos ou animais peçonhentos;
• Verificar se as catracas realmente atuaram no travamento do segmento móvel.
As escadas devem ser posicionadas e amarradas em postes, suporte de escadas,
cruzetas e fachadas, devendo permanecer afastadas da base do ¼ em relação ao
ponto de apoio. Utilizar nivelador em caso de piso com desnível.
Quando o empregado subir, o outro que está no solo deve segurar a escada pelos
montantes, escorando com os pés nas suas extremidades durante a subida deste
até que a mesma seja amarrada.
A escada foi projetada para suportar o peso de um homem trabalhando, por isso
o içamento de materiais ou ferramentas deve ser feito através de carretilha.
Só após a escada amarrada o empregado do solo poderá soltar a escada, mas
deverá acompanhar atentamente a tarefa do empregado na escada.
Se for necessário apoiar a escada em fachadas, onde não existir a possibilidade
de amarração da mesma, o trabalhador do solo deve segurar a escada e
permanecer na base apoiando os pés suas extremidades.

Uso de cesta aérea


Confeccionadas em PVC, revestidas com fibra de vidro, normalmente utilizadas
em equipamentos elevatórios (Gruas), tanto fixas como móveis, neste caso em caminhões com equipamento guindauto, normalmente acoplada
a grua (guindauto).
Pode ser individual em ambos os casos ou dupla em grua fixa.
No caso de atividades em linha viva ao contato, pelas suas características isolantes e devido a melhor condição de conforto em relação a
escada. Os movimentos da cesta possuem duplo comando (no veículo e na cesta) e são normalmente comandados na cesta. Tanto as hastes
de levantamento como a cesta devem sofrer ensaios de isolamento elétrico periódico e possuir relatório das avaliações.
O empregado deve amarrar-se à cesta aérea através de talabarte e cinturão de segurança utilizando todos os equipamentos de segurança.
Quanto ao veículo o trabalhador deverá:
❖ Manter o piso limpo;
❖ Atentar para subida e descida da cesta aéreas apoiando no suporte;
❖ Não pular,
❖ Não utilizar o suporte ou escada de acesso.

Uso de andaime
O andaime, após montado, deve atender aos seguintes requisitos:
Dispor de sistema de guarda-corpo e rodapé de proteção em todo o seu perímetro.
Deve ficar perfeitamente na vertical, sendo necessário para terrenos irregulares a utilização de placa de base ajustável (macaco).
Para torres de andaime com altura superior a quatro vezes a menor dimensão da base de apoio é obrigatório sua fixação em estrutura firme
que apresente resistência suficiente e não comprometa o perfeito funcionamento da unidade.
Quando não for possível, a torre deve ser estaiada.
A plataforma de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelada e fixada de modo seguro e resistente.
Os pisos da plataforma de trabalho não podem ultrapassar em 25 centímetros
as laterais dos andaimes.
Não é permitido nenhum tipo de frestas nos pisos, que ocasionem queda de ferramentas, tropeções ou torções. O vão máximo permitido entre
as pranchas deve ser de 2 centímetros.
Se houver necessidade de sobrepor um piso no outro no sentido longitudinal do mesmo, esta sobreposição deverá ser de, no mínimo, 20
centímetros e só pode ser feita nos pontos de apoio.
As plataformas de trabalho dos andaimes coletivos devem possuir uma largura
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mínima de 90 centímetros.
As plataformas de trabalho dos andaimes individuais devem possuir largura mínima de 60 centímetros.
Possuir escada de acesso à plataforma de trabalho com gaiola ou trava-queda
(para andaime com altura superior a 2 metros).
Andaimes sobre rodízio só podem ser montados em áreas com piso firme e nivelados com possibilidade de livre deslocamento. Os
andaimes sobre rodízio não podem ter mais do que 5 metros de altura até o guarda-corpo da última plataforma.
Todos os rodízios do andaime devem possuir travas e estar em perfeitas condições de uso, para evitar que o andaime se movimente
quando da sua utilização.
Devem ser tomadas precauções especiais quando da montagem, desmontagem e movimentação de andaime próximo a circuitos e
equipamento elétricos.

TRABALHOS SOBRE TELHADOS


Atendimentos a legislação legal aplicável (NR 18)
Para trabalhos em telhados devem ser utilizados dispositivos que permitam a movimentação segura dos trabalhadores, sendo obrigatória a
instalação de cabo-guia de aço, para fixação do cinto de segurança tipo paraquedista ou trava-quedas.
Os cabos guias devem ter suas extremidades fixadas à estrutura definitiva da edificação por meio de suporte de aço inoxidável ou outro
material de resistência e durabilidade equivalente.
É obrigatório o cálculo estrutural de dimensionamento do sistema de proteção contra quedas, assinado por profissional habilitado e
qualificado com ART.
É proibido o trabalho em telhado em condições de chuva, ventos fortes acima de 28 km/h ou nevoeiros densos. Preferencialmente, em
casos de chuvas leves / garoa, os trabalhos em altura devem ser realizados após a secagem completa de pisos / telhados.

CASOS EMERGÊNCIAS: DEVEM SER AVALIADOS PELA ÁREA DE SEGURANÇA DA LOCALIDADE

Regras Gerais de Segurança


Deve-se atentar sempre para as condições de organização e limpeza das zonas de trabalho e de armazenagem de materiais
Ninguém deve trabalhar sobre telhados após o anoitecer, exceto para reparos de emergência, onde todas as precauções adequadas de
segurança sejam tomadas antecipadamente. Movimento vertical de materiais deve ser feito mediante cordas de segurança ou cabos de aço,
com auxílio de guias ou roldanas.
Os trabalhadores não devem permanecer embaixo de carga suspensa.
Nunca os operários devem pisar diretamente sobre as telhas ou sobre as áreas de superposição das telhas. Verificar o estado de
resistência do telhado, (em hipótese alguma se devem concentrar cargas num único ponto, ex.: telhas de fibrocimento e/ou alumínio não
são próprias para suportar cargas concentradas), o estado de acessos e guarda-corpos de proteção, a situação e proximidade das linhas
de transmissão elétricas (> 3 metros), antes do inicio das atividades. É necessário instalação de passarelas de tábuas ou chapas metálicas
sobre telhados como vias de circulação que devem estar fixadas de modo a não permitir deslocamento ou deslizamento. A espessura
mínima da tábua a ser utilizada deverá ser de 1 ½” com comprimento de 2,4 metros e largura de 30cm ou garantindo uma resistência de
150kg / m².
Não se devem acumular materiais sobre o telhado ou tetos falsos, para evitar desmoronamentos ou deslizamentos. Especialmente, deve–se
evitar o acúmulo de materiais junto a beirais.

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Zona designada de acesso
Se o trabalho sobre telhado é de natureza temporária e o trabalho a ser realizado não envolve beira de telhado em construção ou
construção inicial do telhado, e a inclinação do telhado ou superfície de trabalho é de 10 graus ou menos, pode-se qualificar o trabalho como
sendo em área designada, sendo que os seguintes critérios devem ser respeitados:
1 – O perímetro da área designada deve ser mantido a uma distância de, no mínimo, 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) da lateral ou
beira desprotegida do telhado.

2 – A zona designada de acesso deve estar claramente identificada e cercada por corda, cabo de aço ou correntes e suportes de
isolamento, sinalização de piso (consultar o padrão mandatório 18.2 para projeto e construção da Zona designada de acesso).

Durante o trabalho:
Para execução do trabalho em telhados é importante considerar alguns aspectos:

A) Proibir carga concentrada - (Exigência do SST NR 18 item 18.18.5.1 ) - As telhas de fibrocimento, alumínio ou barro não foram
projetadas para suportar cargas concentradas. Seus fabricantes advertem para não pisar ou caminhar diretamente sobre elas. Considerando
que a maior parte dos acidentes em telhados ocorrem por rompimento mecânico de seus componentes, motivados por concentração
excessiva de pessoas ou materiais num mesmo ponto, recomendamos:
- Ao utilizar escada portátil, subir uma pessoa de cada vez; seu comprimento não pode ser superior a 7 metros (NR 18.12.5.3. e 5.6);
- A escada fixa, tipo marinheiro, com 6 metros ou mais de altura, deve ser provida de gaiola protetora (NR
18.12.5.10). Para cada lance de 9 metros deve existir um patamar intermediário de descanso (NR 18.12.5.10.1);
- Nunca pisar diretamente nas telhas;
- Nunca pisar, apoiar passarelas metálicas ou tábuas sobre telhas translúcidas flexíveis. Elas não foram projetadas para suportar pesos;
- Nunca permitir concentrar mais de uma pessoa num mesmo ponto do telhado ou mesma telha;
- O beiral do telhado não suporta peso de pessoas ou cargas;
- Todo material usado deve ser imediatamente removido após conclusão do serviço;
B) EPIs - Todo funcionário que executar serviço em telhado deve usar os seguintes equipamentos:
• Sapato de segurança com solado antiderrapante;
• Óculos de segurança com proteção lateral. Quando houver risco de ofuscamento pelo reflexo do sol em telhas de alumínio ou outras
superfícies refletoras, usar lentes Ray Ban;
• Capacete de segurança com jugular;
• Cinturão de segurança tipo paraquedista, conectado a cabo, corda ou trilho de
• aço por meio de dispositivos que possibilitem fácil movimentação sobre toda a área de trabalho;
• Luva de raspa;
• Outros, de acordo com a tarefa.

C) Içamento de telhas - As telhas devem ser suspensas uma a uma, amarradas como mostra a figura ao lado.
Note-se o nó acima do centro de gravidade da carga que evitará seu tombamento
Fonte: www.gulin.com.br
D) Linha de Segurança / Linha de Vida
O MTE exige por meio da NR 18.18 que, nos telhados, seja instalada a linha
de segurança (1) para movimentação do trabalhador com cinturão de
segurança tipo paraquedista.

TRABALHO EM TELHADOS, TALUDES E RAMPAS:


Este sistema de segurança pode ser fácil e rapidamente montado a partir de pontos de ancoragem previamente instalados. A linha principal
horizontal 1 é constituída pela especial corda de nylon de 16mm de diâmetro e o Esticador. A linha secundária 2 é constituída pela corda de
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nylon trançada de 12 mm de diâmetro com mosquetão M-1 para deslocamento horizontal ao longo da linha 1. O seguro deslocamento de subida
ou descida no telhado ou rampa é feito com o manuseio do trava-queda XN.

ACIDENTES TÍPICOS EM TRABALHOS EM ALTURA


Os acidentes podem causar desde simples escoriações a lesões, incapacitação parcial ou total e até a morte.
Por isso, o treinamento de trabalho em altura se faz tão necessário. Ante as estatísticas e varias observações que foram feitas durante anos
por especialistas no assunto, as causas de acidentes decorrentes de trabalho em altura mais comuns são:
- Condições precária do ambiente de trabalho
- Falta de EPI´s adequados para a atividade
- A falta de capacitação técnica por parte dos supervisores das obras
- Falta de supervisão e fiscalização

Sistemas de Resgate: Como um trabalhador caído deve ser resgatado é um ponto importante a ser
considerado e deve ser planejado com bastante antecedência. Sem um abrangente plano e
procedimento de resgate, o trabalhador que sofreu uma queda e a equipe de resgate estarão
correndo riscos. No entanto, o resgate não precisa ser complicado e deve ser de fato simples.
Ancoragens para sistema de resgate deve resistir a uma carga de 3.000 libras ou 1.330 quilos.

6. Emergência e Salvamento
6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para trabalho em altura
6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam o trabalho em altura, em função das
características das atividades.
6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para
as respostas a emergências.

6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem


constar do plano de emergência da empresa.
6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar
capacitados a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física
e mental compatível com a atividade a desempenhar

NÃO EXISTE UMA DISTANCIA SEGURA PARA CAIR.

PRIMEIROS SOCORROS

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Glossário
Absorvedor de energia: Elemento com função de limitar a força de impacto transmitida ao trabalhador pela dissipação da energia
cinética.
Análise de Risco - AR: avaliação dos riscos potenciais, suas causas, consequências e medidas de controle.
Ancoragem estrutural: elemento fixado de forma permanente na estrutura, no qual um dispositivo de ancoragem ou um EPI pode ser
conectado.
Atividades rotineiras: atividades habituais, independente da frequência, que fazem parte do processo de trabalho da empresa.
Avaliação de conformidade: demonstração de que os requisitos especificados em norma técnica relativos a um produto, processo,
sistema, pessoa são atendidos.
Certificação: atestação por organismo de avaliação de conformidade relativa a produtos, processos, sistemas ou pessoas de que o
atendimento aos requisitos especificados em norma técnica foi demonstrado.
Certificado: que foi submetido à certificação.
Cinturão de segurança tipo paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos em altura onde haja risco de
queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolta nas coxas.
Condições impeditivas: situações que impedem a realização ou continuidade do serviço que possam colocar em risco a saúde ou a
integridade física do trabalhador.
Dispositivo de ancoragem: dispositivo removível da estrutura, projetado para utilização como parte de um sistema pessoal de proteção
contra queda, cujos elementos incorporam um ou mais pontos de ancoragem fixos ou móveis.
Distância de frenagem: distância percorrida durante a atuação do sistema de absorção de energia, normalmente compreendida entre o
início da frenagem e o término da queda.
Distância de queda livre: distância compreendida entre o início da queda e o início da retenção.
Elemento de engate: elemento de um cinturão de segurança para conexão de um elemento de ligação.
Elemento de engate para retenção de quedas: elemento de engate projetado para suportar força de impacto de retenção de quedas,
localizado na região dorsal ou peitoral.
Elemento de fixação: elemento destinado a fixar componentes do sistema de ancoragem entre si.
Elemento de ligação: elemento com a função de conectar o cinturão de segurança ao sistema de ancoragem, podendo incorporar um
absorvedor de energia. Também chamado de componente de união.
Equipamentos auxiliares: equipamentos utilizados nos trabalhos de acesso por corda que completam o cinturão tipo paraquedista,
talabarte, trava-quedas e corda, tais como: conectores, bloqueadores, anéis de cintas têxteis, polias, descensores, ascensores, dentre
outros.
Estrutura: Estrutura artificial ou natural utilizada para integrar o sistema de ancoragem, com capacidade de resistir aos esforços desse
sistema.
Extensor: componente ou elemento de conexão de um trava quedas deslizante guiado.
Fator de queda: razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do equipamento que irá detê-lo.

Força de impacto: força dinâmica gerada pela frenagem de um trabalhador durante a retenção de uma queda.
Força máxima aplicável: Maior força que pode ser aplicada em um elemento de um sistema de ancoragem.
Influências Externas: variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das medidas de proteção, para segurança das pessoas,
cujo controle não é possível implementar de forma antecipada.
Operação Assistida: atividade realizada sob supervisão permanente de profissional com conhecimentos para avaliar os riscos nas
atividades e implantar medidas para controlar, minimizar ou neutralizar tais riscos.
Permissão de Trabalho - PT: documento escrito contendo conjunto de medidas de controle, visando ao desenvolvimento de trabalho
seguro, além de medidas de emergência e resgate.
Ponto de ancoragem: parte integrante de um sistema de ancoragem onde o equipamento de proteção individual é conectado.
Profissional legalmente habilitado: trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.

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Riscos adicionais: todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no trabalho em altura, específicos de cada ambiente ou
atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.
Sistema de acesso por cordas: Sistema de trabalho em que são utilizadas cordas como meio de acesso e como proteção contra quedas.
Sistema de posicionamento no trabalho: sistema de trabalho configurado para permitir que o trabalhador permaneça posicionado no
local de trabalho, total ou parcialmente suspenso, sem o uso das mãos.
Sistema de Proteção contra quedas - SPQ: Sistema destinado a eliminar o risco de queda dos trabalhadores ou a minimizar as
consequências da queda.
Sistema de restrição de movimentação: SPQ que limita a movimentação de modo que o trabalhador não fique exposto a risco de queda.
Sistema de retenção de queda: SPQ que não evita a queda, mas a interrompe depois de iniciada, reduzindo as suas consequências.
Suspensão inerte: situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de segurança, até o momento do socorro.
Talabarte: dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentação
do trabalhador.
Trabalhador qualificado: trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua atividade em instituição reconhecida pelo
sistema oficial de ensino.
Trava-queda: dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal,
quando conectado com cinturão de segurança para proteção contra quedas. Zona livre de queda - ZLQ: região compreendida entre o ponto
de ancoragem e o obstáculo inferior mais próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como o nível do chão ou
o piso inferior.
Haverá ainda treinamentos específicos caso as atividades envolvam trabalho em altura, corte e solda e trabalho em espaço confinado.
• Distância total de queda: é a soma da queda livre, mais a desaceleração e a distância entre a argola dorsal e o pé usuário, sendo que
esta distância será a máxima que o usuário vai cair. Considerações sobre Proteção Contra Quedas

• Cálculo do Espaço livre necessário: é a distância entre o ponto de ancoragem e a obstrução abaixo mais próxima (seja ela o chão, uma
laje, maquina ou equipamento). O cálculo do espaço livre necessário é crítico e extremamente importante. Por exemplo, se a distância total
de queda for maior que o espaço livre o problema é óbvio. Por isso a recomendação da utilização do fator de segurança neste cálculo. É
importante também considerar qualquer tipo obstrução que possa estar abaixo do trabalhador. Considerações sobre Proteção Contra
Quedas

• Queda em balanço: é uma queda tipo pêndulo que pode ocorrer quando o ponto de ancoragem não esta localizado diretamente acima da
cabeça do trabalhador. Embora uma queda em balanço não é um perigo por si próprio, o perigo existe quando durante o balanço o
trabalhador atinja alguma obstrução. As lesões podem ocorrer em uma queda em balanço quando a distância for a mesma que possa levar
o usuário ao chão.

CABOS
Principais termos utilizados no manuseio com cabos:
Aduchar – trata-se do acondicionamento de um cabo, visando seu pronto emprego.
Cabo – conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas, torcidos ou trançados entre si.
Cabo Guia – cabo utilizado para direcionar os içamentos ou descidas de pessoas, objetos ou equipamentos.
Carga de Ruptura – exprime a tensão mínima necessária para romper um cabo.
Carga de Segurança de Trabalho – corresponde a 20% da carga de ruptura. É o esforço a que um cabo poderá ser submetido,
considerando-se o coeficiente de segurança 5. Carga máxima a que se deve submeter um cabo.
Cabo de Sustentação – cabo principal onde se realiza um trabalho.
Coçado – cabo ferido, puído em consequência de atrito.
Laçada – forma pela qual se prende temporariamente um cabo, podendo ser desfeita facilmente.
Nó – entrelaçamento das partes de um ou mais cabos, formando uma massa uniforme.
Peso – relação entre quantidade de quilos (Kg) por metro (m) de um cabo.
Tesar – esticar um cabo, ato de aplicar tensão ao cabo.

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• Queda Livre: É a distância entre o ponto que o trabalhador começa a cair até o momento que se inicia a retenção da queda. A distância
de queda livre determina a velocidade da queda e a força exercida sobre o sistema. Quanto maior a queda livre, maior a desaceleração e a
distância de queda. É importante diminuir a queda livre e mantê-la menor possível. A localização do ponto de ancoragem e o comprimento
do talabarte irá afetar a queda livre.

• Distância de desaceleração: É a distância atribuída ao absorvedor de energia após a queda, ou seja é a distância máxima que o
absorvedor vai se estender após a queda, sendo que esta distância máxima não pode ser superior a 1,00 m. • Altura entre a argola dorsal e
o pé do usuário: É a distância média entre o ponto de ancoragem dorsal, ou argola “D” dorsal e o pé do usuário. A ABNT usa como média a
altura de 1,50 m.

• Fator de segurança: é a distância entre o pé do trabalhador e nível de impacto após a retenção da queda. Esta distância é para total
segurança do trabalhador e inclui o estiramento que ocorre no cinto de segurança

Principais partes de um cabo:


• Alça – é uma volta ou curva em forma de “U” realizada em um cabo.

• Cabo – conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas, torcidos ou trançados entre si.

• Chicote – extremos livres de um cabo, nos quais normalmente se realiza uma falcaça.

• Falcaça – arremate realizado no extremo de um cabo, para que o mesmo não desacoche. É a união dos cordões dos chicotes do cabo

por meio de um fio, a fim de evitar o seu destorcimento. Nos cabos de fibra sintética pode ser feita queimando-se as extremidades dos
chicotes.
• Seio ou Anel – volta em que as partes de um mesmo cabo se cruzam.

• Vivo ou Firme – é a parte localizada entre o chicote e a extremidade fixa do cabo.

o Laseira: folga na corda, comumente chamada de "barriga";


o Chicote: Extremidade da corda onde é realizado o nó ou ancoragem;
o Vivo: Segmento da corda que está sob tensão, ou seja, está sendo manuseado, ou ainda o lado oposto do chicote;
o Safar: O mesmo que "soltar";
o Socar: Tensionar ou apertar mais um nó;
o Sacar ou Solecar: Afrouxar o nó;
o Tesar: Tencionar;
o Permear: Dobrar ao meio;
o Coçar: Quando a corda entra em atrito com cantos-vivos;
o Acondicionar: Armazenar corda enrolada ou em bolsas;
o Morder: pressionar, enroscar ou manter a corda sob pressão;
o Cocas: Torções indesejáveis na corda, como as que ocorrem quando são realizadas várias descidas com o freio oito;
o Falcaça: Acabamento que se faz nos chicotes da corda, para que não desfie;
o Encavalar: Realizar um nó de forma incorreta, onde as voltas que deveriam ficar simétricas ficam sobrepostas;
o Arrematar: Dar o acabamento em um nó.

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