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Norma Brasileira: Abnt NBR 14942
Norma Brasileira: Abnt NBR 14942
BRASILEIRA 14942
Quinta edição
18.05.2022
Número de referência
ABNT NBR 14942:2022
10 páginas
© ABNT 2022
Impresso por: UFSC-JAVA
ABNT NBR 14942:2022
Exemplar para uso exclusivo - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - 83.899.526/0001-82
© ABNT 2022
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Aparelhagem........................................................................................................................2
5 Preparação dos corpos de prova......................................................................................2
6 Procedimento......................................................................................................................3
7 Expressão dos resultados..................................................................................................5
7.1 Cálculos da razão de contraste.........................................................................................5
7.2 Cálculo da cobertura seca..................................................................................................5
7.3 Identificação do número de demãos.................................................................................6
7.4 Cálculo do rendimento teórico..........................................................................................6
8 Relatório de ensaio.............................................................................................................6
Anexo A (normativo) Regra para interpolação de razão de contraste............................................7
Anexo B (normativo) Cálculo do volume...........................................................................................9
B.1 Cálculo do volume de tinta aplicada.................................................................................9
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Figuras
Figura 1 – Posicionamento do rolo na tinta.......................................................................................4
Figura 2 – Carregamento do rolo com a tinta....................................................................................4
Figura 3 – Preparo do rolo na superfície de descarte......................................................................4
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
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A ABNT NBR 14942 foi elaborada pela Comissão de Estudo de Tintas para Construção Civil
para Edificações não Industriais (CE-164:001.001) do Comitê Brasileiro de Tintas (ABNT/CB-164).
O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 11.04.2022
a 10.05.2022.
A ABNT NBR 14942:2022 cancela e substitui a ABNT NBR 14942:2019, a qual foi tecnicamente
revisada.
Scope
This Standard establishes a method for determining the coverage power and theoretical yield
of a dry paint film, in order to evaluate the performance of paints for civil construction, classified
according to ABNT NBR 11702.
NOTE The practical yield may vary depending on the method of application, dilution, structure geometry,
roughness, color, surface absorption and deposited ink layer thickness.
1 Escopo
Esta Norma estabelece um método para determinação do poder de cobertura e rendimento teórico
de uma película seca de tintas para construção civil, classificadas conforme a ABNT NBR 11702.
NOTA O rendimento prático pode variar em função do método de aplicação, diluição, geometria
da estrutura, rugosidade, cor, absorção da superfície e espessura da camada de tinta depositada.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
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ABNT NBR 15382, Tintas para construção civil – Determinação da massa específica de tintas
para edificações não industriais
ABNT NBR 11702, Tintas para construção civil – Tintas, vernizes, texturas e complementos
para edificações não industriais – Classificação e requisitos
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
poder de cobertura de uma película seca de tinta
área máxima aplicada que apresente razão de contraste de 98,50 %
NOTA O poder de cobertura de uma película seca de tinta é expresso em metros quadrados (m2)
ou por unidade de volume, em litros (L).
3.2
razão de contraste entre duas superfícies ou em duas partes de uma mesma superfície
submetidas a uma mesma luz incidente
quociente entre as respectivas intensidades da luz refletida, considerando-se sempre o menor valor
sobre o maior valor das intensidades
3.3
rendimento teórico
área acabada, pintada conforme instruções do fabricante, que apresente razão de contraste
mínima de 97,50 %
3.4
rendimento prático
quantidade total de tinta gasta para pintar uma determinada área, podendo variar em função do método
de aplicação, diluição, geometria da estrutura, rugosidade, cor, absorção da superfície e espessura
da camada de tinta depositada
4 Aparelhagem
4.1 Espectrofotômetro computadorizado com programa para o cálculo das equações
de Kubelka-Munk.
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4.5 Cartela para ensaio de cobertura nas dimensões 286 mm x 438 mm, com área de 0,1 m².
4.8 Recipiente de volume adequado para diluição da tinta, por exemplo, béquer plástico.
4.9 Espátula.
5.2 Contornar a área da cartela com fita adesiva, delimitando assim o preenchimento total da área
ensaiada. A fita possibilita que o rolo extrapole a cartela, de forma que não manche a borda lateral
externa, evitando assim falhas na aplicação.
5.3 Fixar a cartela, com auxílio da fita adesiva, em uma superfície lisa e rígida vertical.
6 Procedimento
6.1 Homogeneizar a amostra.
6.2 Determinar a massa específica da tinta sem diluição, em gramas por centímetro cúbico (g/cm3),
conforme a ABNT NBR 15382. Os volumes de tinta e água devem ser transformados em massa.
6.3.1 Não considerar a primeira demão para o cálculo do fator de diluição, quando ela for
discriminada na embalagem.
6.3.2 No caso de haver indicações de diferentes diluições para o tipo de aplicação (rolo, pincel,
pistola etc.), adotar sempre o rolo.
6.3.3 Para diferentes substratos de aplicação do produto, adotar massa corrida, massa acrílica
ou superfícies seladas.
6.3.4 Quando forem indicadas faixas de diluição, usar o valor médio (por exemplo, quando a indicação
for 10 % a 20 % utilizar 15 %; quando a recomendação for “até” ou “máx.” 20 %, considerar uma faixa
de 0 % a 20 % e utilizar 10 %).
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6.4 Após adicionar água conforme as recomendações descritas em 6.3, homogeneizar a mistura.
6.5 Determinar a massa específica da tinta diluída, em gramas por centímetro cúbico (g/cm3),
conforme a ABNT NBR 15382 (VA).
6.6 Transferir a tinta do recipiente em que foi diluída para a bandeja de pintura, deixando uma folga
entre o nível da tinta e a superfície de descarte. A tinta não pode invadir a superfície de descarte,
para não comprometer a preparação do rolo.
6.8 Preparar o rolo para aplicação da tinta de acordo com 6.8.1 a 6.8.3.
6.8.1 Na primeira utilização do rolo (rolo ainda seco), deve-se prepará-lo corretamente, de modo
que ele fique impregnado com tinta de forma homogênea. A preparação do rolo deve ser realizada
de acordo com o descrito em 6.8.1.1 a 6.8.1.3.
6.8.1.3 Nesta última etapa, o rolo deve ser preparado na superfície de descarte, de forma a retirar
todo o excesso de tinta, rolando-o em movimentos repetidos até que não seja mais observado excesso
de tinta saindo pelas laterais do rolo na superfície de descarte.
o suporte plástico
6.8.2 Para as próximas demãos, carregar o rolo com apenas um movimento sobre a tinta e retirar
o excesso como descrito em 6.8.1.3.
6.8.3 Nos intervalos entre as aplicações, o rolo deve ser deixado na superfície de descarte
ou em outro local sem contato com a tinta.
6.9 Aplicar com o rolo uma demão cruzada de tinta diluída, extrapolando a área delimitada
da cartela. Iniciar com movimentos na vertical, seguidos por movimentos na horizontal e finalizando
na vertical, com movimentos suaves, sem pressionar o rolo, apenas de cima para baixo (“penteando”
a tinta). Caso na primeira aplicação seja verificado que o rolo não está com distribuição de tinta
uniforme (cartela com falhas na aplicação), deve-se descartar a cartela em uso e retomar a preparação
do rolo conforme 6.8.2.
6.10 Remover a cartela da superfície vertical, retirar a fita adesiva e efetuar a pesagem imediatamente,
para determinar a quantidade de tinta transferida (P2).
6.11 Secar a cartela na horizontal durante 15 min, em ambiente com troca de ar, seguidos de 30 min
em estufa com circulação de ar à temperatura de (55 ± 5) °C.
6.12 Efetuar a leitura da razão de contraste (RC) e anotar os valores obtidos até que sejam encontrados
três pontos de medição com variação ≤ 3 %. Anotar o valor médio dos três pontos. Esta instrução
não é aplicável à medição da primeira demão.
F1 = P2 - P1
6.14 Sempre que o valor da razão de contraste for inferior a 98,50 %, repetir o procedimento
de 6.7 a 6.11. A partir desta condição, determinar a massa total de tinta transferida (F), somando-se
todos os valores de massa de tinta após cada aplicação (F = F1 + F2 + ...).
NOTA F1 e F2 são as respectivas massas resultantes das demãos de tintas aplicadas, expressas
em gramas (g).
6.15 Se o valor de contraste obtido for acima de 98,50 %, usar a equação de interpolação linear para
a conversão da massa transferida, conforme descrito no Anexo A.
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6.17 Caso o ensaio se prolongue por mais de um dia de aplicação, um novo rolo deve ser preparado
e a mistura de tinta diluída deve ser homogeneizada novamente para dar continuidade ao ensaio.
onde
onde
A é a massa específica da tinta diluída, expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm³);
Identificar o número de demãos para cada razão de contraste encontrada, até que seja obtida
uma razão de contraste mínima de 97,50 % para o rendimento teórico, e de 98,50 % para o poder
de cobertura
onde
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VT é o volume total da embalagem utilizada da tinta ensaiada, expresso em litros (L), conforme
o Anexo B.
8 Relatório de ensaio
O relatório de ensaio deve conter as seguintes informações:
b) resultados individuais de cobertura, em metros quadrados por litro (m²/L), e rendimento teórico,
em metros quadrados acabados por embalagem (m² acabados/embalagem), por corpo de prova
(cartela);
d) valor médio do rendimento teórico, em metros quadrados acabados por embalagem
(m² acabados/embalagem);
e) número de demãos necessárias para obter uma razão de contraste mínima de 97,50 % para
rendimento teórico, e de 98,50 % para poder o de cobertura seca;
Anexo A
(normativo)
Quando o valor de contraste for superior a 98,50 %, usar a equação a seguir para calcular a massa
de tinta aplicada, a qual deve ser usada no cálculo da cobertura seca (ver 7.2):
(Fn − Fn −1)
Fi = Fn −1 + × (98, 50 − RCn −1)
(RCn − RCn −1)
onde
Fn - 1 é a massa de tinta depositada para a razão de contraste RCn - 1, expressa em gramas (g);
Fn é a massa de tinta depositada para a razão de contraste RCn, expressa em gramas (g);
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EXEMPLO
Número de demãos Primeira demão Segunda demão Terceira demão Quarta demão
Quantidade de tinta
13,97 14,26 14,89 14,19
g
Quantidade de tinta total
- 28,23 43,12 57,31
g
Leitura (RC)
94,67 96,76 97,72 98,66
%
Aplicando a equação da interpolação para determinar a massa de tinta depositada para a razão
de contraste de 98,50 %, tem-se:
(Fn − Fn −1)
Fi = Fn −1 + × (98, 50 − RCn −1)
(RCn − RCn −1)
(57, 31 − 43,12)
Fi = 43,12 + × (98, 50 − 97, 72)
(98, 66 − 97, 72)
Fi = 54,89 g (é a massa de tinta a ser utilizada no cálculo da cobertura seca, valor de Fi
onde
Anexo B
(normativo)
Cálculo do volume
V=
∑F
A
onde
A é a massa específica da tinta diluída, expressa em gramas por centímetro cúbico (g/cm³).
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EXEMPLO
Número de demãos Primeira demão Segunda demão Terceira demão Quarta demão
Quantidade de tinta
13,97 14,26 14,89 14,19
g
Leitura (RC)
93,67 95,76 96,72 97,66
%
Aplicando a equação para determinar o volume de tinta depositada até atingir a razão de contraste
de 97,50 % e adotando uma massa específica diluída de 1,145 g/cm³, tem-se:
V=
∑F
A
13, 97 + 14, 26 + 14, 89 + 14,19
V=
1,145
VT = VN + VD
onde
EXEMPLO
VT = VN + VD
VT = 18 + 9