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CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM

NAIR DE OLIVEIRA

PRODUÇÃO TEXTUAL DE PRÁTICA DE CAMPO


ENFERMAGEM NA SAÚDE DA MULHER

JAÚ

2022

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NAIR DE OLIVEIRA

PRODUÇÃO TEXTUAL DE PRÁTICA DE CAMPO

Produção Textual de Prática de Campo (PTI)


apresentado ao Curso de Enfermagem como requisito
parcial de aprovação na disciplina: Enfermagem na
Saúde da Mulher.
Preceptor: José Felipe Alves
Polo: Anhanguera Polo Jaú

Jaú
2022

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SUMÁRIO

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1 INTRODUÇÃO

As mulheres são a maioria da população brasileira (50,77%) e as


principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Freqüentam os serviços de saúde para o
seu próprio atendimento mas, sobretudo, acompanhando crianças e outros familiares, pessoas
idosas, com deficiência, vizinhos, amigos. São também cuidadoras, não só das crianças ou
outros membros da família, mas também de pessoas da vizinhança e da comunidade.
A situação de saúde envolve diversos aspectos da vida, como a relação com o meio
ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de trabalho, moradia e renda. No caso das
mulheres, os problemas são agravados pela discriminação nas relações de trabalho e a
sobrecarga com as responsabilidades com o trabalho doméstico. Outras variáveis como raça,
etnia e situação de pobreza realçam ainda mais as desigualdades. As mulheres vivem mais do
que os homens, porém adoecem mais freqüentemente. A vulnerabilidade feminina frente a certas
doenças e causas de morte está mais relacionada com a situação de discriminação na sociedade
do que com fatores biológicos.
Os indicadores epidemiológicos do Brasil mostram uma realidade
na qual convivem doenças dos países desenvolvidos (cardiovasculares e crônico-degenerativas)
com aquelas típica do mundo subdesenvolvido (mortalidade materna e desnutrição). Os padrões
de morbimortalidade encontrados nas mulheres revelam também essa mistura de doenças, que
seguem as diferenças de desenvolvimento regional e de classe social.
As práticas da disciplina foram realizadas no Polo da faculdade, em laboratório sob
supervisão de tutor. Foram desenvolvidas discussões de casos clínicos, simulação de coleta de
Papanicolau, atendimento no pré-natal e intercorrências gestacionais.

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2 DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA

2.1 Procedimentos realizados

O Enfermeiro, como membro integrante da UBS, tem o papel de atender as mulheres de


forma integral, realizando a consulta de enfermagem, (privativa do enfermeiro, prevista na lei
7.498), solicitando os exames que lhes são cabíveis pelos protocolos municipais e atuando na
realização do exame citopatológico (BRASIL, 2013; LEI Nº 7.498, 1986).
A seguir, descrição da coleta de exame citopatológico;
1. Fornecer impresso com orientações para realização do exame ginecológico (anexo I),
no momento do agendamento1 ; 2. Explicar para a mulher sobre o exame a ser realizado e que
pode gerar certo desconforto. Orientar às mulheres grávidas sobre a indicação da realização
deste exame, esclarecendo dúvidas a respeito; 3. Posicioná-la na maca em posição ginecológica;
4. Preparar o material (lâmina com extremidade fosca, espátula de Ayres, escova cervical e
frasco com fixador); 5. Identificar a lâmina e a etiqueta do frasco com fixador, com as iniciais e
número de prontuário da mulher; 6. Selecionar o espéculo a ser utilizado, de acordo com
paridade e condições perineais da mulher; 7. Higienizar as mãos conforme técnica adequada; 8.
Calçar luvas de procedimentos como equipamento de proteção individual; 9. Realizar inspeção
visual da vulva; 10. Encostar suavemente o espéculo na face interna da coxa; 11. Afastar
pequenos lábios com uma gaze e introduzir o espéculo delicadamente até posicionar o colo
uterino centralizado no espéculo; 12. Realizar inspeção visual da vagina e do colo de útero; 13.
Colher material de ectocérvice com espátula de Ayres ponta bifurcada, girando 360°, e fazer
esfregaço único na extremidade ao lado da parte fosca da lâmina de vidro identificada; 14. Colher
material endocervical com escovinha cervical, girando 360°, e fazer rotação da escova sobre a

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lâmina em esfregaço único, ao lado do esfregaço de ectocérvice, colocando a lâmina
imediatamente em frasco com fixador; 15. Retirar o espéculo com as lâminas previamente
fechadas; 16. Informá-la que o exame acabou e que a mesma pode se arrumar; 17. Preencher
requisição de exame preventivo em única via, protocolar e enviar para Anatomia Patológica, e
orientar a mulher sobre o encaminhamento para agendar consulta para buscar o resultado e
receber as orientações conforme necessidade de seguimento; 18. Registrar as informações no
prontuário da paciente. 19. Colocar o espéculo em solução de H2O e sabão se for de metal, para
ser higienizado e após encaminhado ao Centro de Material e Esterilização ou desprezar se for
descartável.

2.2 Discussão de caso

 Histórico: Paciente do sexo feminino, 30 anos, negra, professora, natural e procedente de


Vitoria da Conquista- Bahia, procura a unidade de pronto atendimento gestando 35
semanas, com queixa de cefaleia de intensidade forte e constante, acompanhada de
náuseas e visão turva e escurecida há 5 dias.  Relata dor em região frontal, de grande
intensidade, com pródromos geralmente com escotomas que duram cerca de 30 minutos,
hemicraniana direita, de qualidade latejante associada com náusea, fotofobia. Paciente
afirma gestação sem intercorrências prévias, com realização de pré-natal na unidade
básica de saúde – 6 consultas conforme preconizado pelo MS – G1P0A0, relata que os
sintomas surgiram de forma abrupta e que não tiveram fator desencadeantes, nega febre,
dor retroorbitária. Relata oligúria e retenção urinaria. Afirma ter diabetes controlada
diagnosticada há 5 anos, com uso diário de metformina – 1 comprimido de 850g 2 vezes
ao dia – sendo alterado para insulina no inicio da gestação. Nega hipertensão arterial e
outras doenças. Nega fator de melhora, e piora dos sintomas. Nega alergias.

● Exame Físico: Aparência geral: Ansiosa, comunicação verbal, consciente. Pupilas:


Fotorreativas. Campo visual: alterado. Movimentos visuais: alterado. Teste de
Romberg: positivo. Coordenação motora: preservada. Perfusão periférica (2-3s):
preservada. Olhos: sem alterações. Conjuntiva: normal. Esclera: normal. Córnea:
normal. Pavilhão auditivo externo: Acuidade normal. Pescoço: sem alterações.
Tireóide: não palpável. Tórax: Eupneia. Lctus cordis: não visível. Expansibilidade
torácica: Reduzida. Ritmo cardíaco: arrítimico.
● Diagnóstico de Enfermagem: Campo visual reduzido; dor; sensibilidade a luz.
● Prescrição de Enfermagem: Verificar pressão arterial; verificar frequência cardíaca;
verificar saturação; verificar frequência respiratória; verificar glicemia capilar; verificar
frequência cardíaca fetal; realizar cardiotocografia conforme orientação médica;
orientar a permanecer em repouso em lugar com menos luz.
Em todos os intens da prescrição de enfermagem, foram levados em consideração o
histórico patológico gestacional e situação clínica atual da paciente.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer da disciplina pude desenvolver habilidades de prevenção e assistencial na


sáude da mulher, e a importância do profissional Enfermeiro para uma assistência de
qualidade a população. Deve-se atentar sobre a incerteza das mulheres perante a coleta do
material citopatológico pelo Enfermeiro, uma vez que elas manifestaram dúvida sobre a
capacitação do Enfermeiro, demonstrando desconhecer o Protocolo Municipal que designa a este
profissional a função de realizar o exame preventivo.

Portanto, nota-se a necessidade que o Enfermeiro tem de esclarecer para as usuárias


pertencentes à sua Unidade, as funções e atividades exercidas por ele, bem como sua formação
profissional e as responsabilidades que possui com a Estratégia Saúde da Família, frisando os
procedimentos privativos de sua profissão. Vale lembrar que segundo Mistura et al., (2011), o
Enfermeiro precisa receber incentivos para aprimorar sua capacitação e consequentemente
aperfeiçoar ainda mais sua formação acadêmica. A partir daí, o Enfermeiro torna-se um
profissional super capacitado, levando consigo sua bagagem adquirida durante o curso de
graduação e aquela adquirida posteriormente através de especializações, aumentando ainda
mais a qualidade de seu atendimento.

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4 FICHA DE FREQUÊNCIA

Documento encontra-se anexado no sistema.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departa-


mento de Ações Programáticas Estratégicas. Texto retirado de Atenção
integral à saúde de adolescentes e jovens. Documento preliminar para
discussão na Oficina de Construção da Política Nacional de Atenção à
Saúde de Adolescentes e Jovens. Brasília: ASAJ, [2003].

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e
diretrizes. 1 ed., 2 reimpr. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2011. Página eletrônica:
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_utero/deteccao_precoce

KAWATA, L. S.; MISHIMA, S. M.; PEREIRA, M. J. B. A prática clínica do enfermeiro na atenção


básica: um processo em construção. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, 2011

APÊNDICE

9
Elemento opcional, elaborado pelo autor,
identificado por letras maiúsculas consecutivas,
travessão e pelos respectivos títulos.

APÊNDICE A - Título

10
ANEXO

11
Elemento opcional, texto ou documento
não elaborado pelo autor, que serve de
fundamentação, comprovação e ilustração.

ANEXO A - Título

12

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