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Resumo - Cirurgia
Resumo - Cirurgia
Para dentes maxilares, a remoção de osso costuma ser desnecessária, mas, quando é
necessária, remove-se o osso principalmente na face vestibular do dente até a linha
cervical para expor a coroa clínica inteira. Normalmente, a remoção óssea pode ser
conseguida com um elevador periosteal, em vez de uma broca. Osso adicional deve ser
removido na face mesial do dente para propiciar à alavanca uma adequada área de apoio
para se remover o dente.
Passo 3: seccionamento do dente
O seccionamento do dente é feito com uma broca. Por sua vez, o dente é seccionado a
três quartos do caminho em direção à face lingual. A broca não deve ser usada para
seccionar o dente completamente através da direção lingual, pois isso poderá prejudicar
o nervo lingual. Uma alavanca reta é inserida no slot feito pela broca e girada para dividir
a raiz. A impactação mandibular mesioangular costuma ser a menos difícil de remover
entre os quatro tipos básicos de angulação. Após ter sido removido osso suficiente, a
metade distal da coroa é seccionada no sulco vestibular logo abaixo da linha cervical na
face distal. Remove-se essa porção. O remanescente do dente é removido com uma
alavanca no 301 colocada na face mesial da linha cervical. Uma impactação mesioangular
pode também ser removida com a preparação de um ponto de apoio no dente com a broca
e usando-se uma alavanca como a de Crane para elevar o dente do alvéolo.
Dentes maxilares impactados raramente são seccionados, pois o osso de recobrimento
costuma ser fino e relativamente elástico. Em situações nas quais o osso é mais grosso ou
o paciente é mais velho (e, por isso, o osso não se mostra tão elástico), a extração dentária
costuma ser conseguida pela remoção de osso, em vez do seccionamento do dente. No
geral, dentes impactados em qualquer outro lugar da boca são normalmente seccionados
apenas na linha cervical. Isso possibilita a remoção da porção coronária do dente, o
deslocamento da porção radicular para dentro do espaço previamente ocupado pela coroa
e a retirada da porção radicular.
Passo 4: remoção do dente seccionado com a alavanca
Consegue-se a extração de terceiros molares maxilares com alavancas retas pequenas,
que luxam o dente vestibulodistalmente. Alguns cirurgiões-dentistas preferem alavancas
anguladas como as Potts, Miller ou Warwick, que ajudam a obter acesso ao dente
impactado. Insere-se a ponta da alavanca na região na linha mesiocervical e aplica-se a
pressão para deslocar o dente na direção distovestibular.
Passo 5: preparação para fechamento da ferida
Usa-se uma lima para osso para alisar qualquer borda óssea afiada ou áspera, sobretudo
onde uma alavanca esteve em contato com o osso. O cirurgião deve dar atenção à remoção
de qualquer pedaço de osso e de outros resíduos da ferida. Isso é feito com irrigação
vigorosa com solução salina estéril. Convém cuidado especial para irrigar bastante
embaixo do retalho de tecido mole descolado. Uma pinça hemostática pequena pode ser
usada para remover qualquer remanescente de folículo dental, se presente. Uma vez
agarrado o folículo, ele é levantado com pressão lenta e constante e irá se soltar dos
tecidos circundantes duros e moles. Uma irrigação final e uma inspeção cuidadosa devem
ser feitas antes de se fechar a ferida.
Exodontia – Caninos
Quando um canino impactado estiver posicionado de maneira que a manipulação
ortodôntica possa ajudar no posicionamento apropriado, o dente pode ser exposto e ter
um bráquete colado. Um retalho é criado para que o tecido mole seja reposicionado
apicalmente. O tecido ósseo de revestimento é então removido com brocas, se necessário.
Uma vez desbridada a área, a superfície do dente é preparada por meio dos procedimentos
de ataque ácido e aplicação de primer. Assim, o bráquete é colado na superfície do dente.
Um fio pode ser usado para unir o bráquete ao aparelho ortodôntico ou, mais comumente,
uma corrente de ouro é presa no bráquete ortodôntico e no fio do arco. A corrente de ouro
gera grande grau de flexibilidade, e a incidência de quebra da corrente é muito menos
provável que o rompimento do fio. Assim, o tecido mole é suturado de modo a
proporcionar maior cobertura do tecido exposto por tecido queratinizado. Enquanto o
dente é puxado para o lugar com aparelhos ortodônticos, o tecido mole circundante ao
dente recém-posicionado deve ser adequadamente queratinizado, e o dente deve estar em
posição ideal.
Se o dente estiver posicionado na face palatina, ele pode ser reposicionado ou removido.
Se for reposicionado, o dente é exposto cirurgicamente e guiado ortodonticamente para a
posição. Nesse procedimento, o tecido mole de recobrimento é removido; os retalhos não
são necessários para ganhar tecido aderido. Como o osso do palato é mais grosso, costuma
ser necessária uma broca para remover o tecido ósseo de recobrimento. O dente exposto
é, então, tratado da mesma maneira como os dentes posicionados por vestibular.