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0:2 Femancia bic yi Editon Marcole Prine Eattosh H.C. de Lima Ve nelsco Iwern, Antonio j. Mt azole de Abre TORIAL Lia (UPRGS) Hugo Bo 1 RREUEMG), Manfredo a, oe ia ue sca Nocona gale E. Aranies USP), Frac 5 eee cou con eeeees ref ED, Paha Ce OE PCR) enrique Claudio de Lima Vaz Pde Aino, Wemsr Sponil, ‘rmand B, Cleatttieo: Cartes Chae, (llveina CCE Octivio Gc Mencses CINICAP), Ralf eel dls: Patvici Maria Silva de Avita iaviet Marcela Antonios, Moraes, oss dos Pas » Hason C. Guedes, ose Nt ARTIGOS i “sesda Siva, Cliudio Pay, José var, CA DAS IDBOLOGIAS artins Santos, SORE B ORITIOA Da: i: ucelena Parreira Novaving Fuosori or Canttses de SINTESE NOVA Rage Giancias Soc m ee lalogaios em Sinnirng Corres (br, Publicado pelo Instanta pe 0 ce Inform losis, Brasilia (Oz, ae Ci artigos assinados sto de Fesponst reste Que mencionade 3 Yonta ore Brxsileiws, Série | aarceto Perine eo ince] A RAZAO KANTIANA EI LOGOS SOURATICO HA PRAGMATICA A ENTRE @ £0GG! BA ANA ENTRE zo KAW! | PRANSCENBENPAL so — sige 7 0, DIRBITO, 30 OES Si Pert iae | Xavier Herrero [FRrancnsA: INDIVIDUALISHO, ‘io serdo develvins z 4 Revowugio Fr ‘lade dos amtores. 7 ‘ragOes Bo solicitndas Livros para recenses on non bibliograticas, nese 24 rescnha sobre os mesmo | Srna des putin ou | Prowre ; | prupswera salnios oo | ‘Mhreso Colet de Magalies Revoruoio Franessa PiseeMasi: Ant Rune Muchas Ee eee fA uerryra unanuzan : Inpressiu:Edicbes toyota {4 perry Bua 182 9 38 (218 $50 Pauly gp Adoninistsn Manfredo A. de Oliveira... 4 A paz suurne aaron 0 de Assinsturas 0 Ir. toberto S, Barthol Gerente: Canisio Bneiald a Revista Sintose x» Progresso: usia ETICA VE Revista Sintese §. Onnem x Pa a FILOSOFIA Manet 5047 ~ Vents Nova Rua Bamtina, 115 {Vicente Barretto INTERNACIONAL-DE atl — Bola Hotisanie hye 2251~Riode Janciry Ry i ane o VI Conaresso Tes (050 aera ©21) 286.8599 Nora sop Pregos; natura per PAMERICANA nC tes cs sesgon es Nature Para o exterior (Wia agrea): ‘US$.30 Alino Loren pBsem deste mtner:25:0 erenpiee f BIBLIOGRAFIA...... a _ Favor beeen sonia. E ISTAS EM REVIST Sede: Ay, Dy Cristiano Guimarcies, 9 7 meee Baino Mata REVISTAS EM PERMUTA 31710 ~ Bela Horta mE MC — Brash Fels 30 44.333 LIVROS RECEBIDOS. OLABORADO! 36k NORMAS PARA OS 01 Alem# GAL dew. ite iin @ Revoluch fay mente ger fied ema? A polities de ate sci. de ‘ow a em canis conjunto de sca obra © mais especificamente sun ith a da histirin, Se 0 que se biisea hoje, 2 Gitevtion=y as razbe8 de ser das saciedacies politicas conion € uma efetive universilizagio clos diteftos humancs, gitar ss # atuel volta a Fichte & precipitada om, ae conlvario, realmente fecunda, dbo sto ct} Siti — Tale Horizante — MG BCL A. PHILONENK 2. Par Rite, nto existe me age a Profands,” tanto wma stad evita como 4 Slots de Hoya Par Hepes Resto fron A LEEPURA En x & Gi SEVOLUCAO iLIANA D, MRANCES, Monfiedo A, de Olivein urci esumos A elture heyeliann da Revoiugio Francasa, Fava Hegel a Rovolasie Flameces tu won slaniticagSo universal ela fax'da libeedade 0 pension fim lante de rociabitidede. No enfanto, o pensamento modema caer ino 4 interioridade do individuo. Hegel se coutrapar a acta vite vc fenta articular @ sentida és praxis humana a petite de odigma difereme de da mtafisica substancialist da onlem (pearenn, fussieo) e do alomismn da flosotia modem. Hoje pereebemos gu alemee {01 capux de articular eategesialmente este paradigine vislumor te Summary: The hugelin lecture of the Franch Rovolution. Hegel considered French Revolution io is universal significance because if mace of herent bert the founding principle of sociability. However, modern tought todas ‘23 Hibedty to the intinacy ofthe individual. fn contenst with thie raleio, nist vision Hegel tied & artculste the meaning of hemen protce tao another paridigm, neither that af substancialist metaphysies dr esiee (ey al thousbl) nor that of atomisn of modern philosophy. Nowadays i «lear tht he was notable to arlculatecategoricaliy relagio de Hegel com a Revalugio Francesa tem sido Al, Considerda aim des penpectvnn ree hereon para «gst determinar a préptia posicéo de Hegel em relagio 308 problemas politicos de seu tempo, ou seja, A sna ‘Teoria fo Estado Moderno’, que € incompreensivel fora do contexto de todo © pensamento politico ocidental. Portanto, Hegel faz uma let a , cfetiva sare wesconms sento®, 0 que seal deste econte signal poeguihiamse em gue sentidy o “pracesso de n 2 dit histOrie™ tinge aqui um sar pare seem val mio se pode ais pensar a conv de he de. Por cantais que os vadical & fiseio ad wn dos prime conttadicdes fandam Iugio', Ass'n, pode Em_que consiste, ent mzio mesma, sua posiggo em rel tmente anbigua’. Por um lado, umn grande dos principios fanda- ém da consicieracaa Jo em Jago neste acomtecimento; por outro lado, Farcialidade destes principios, o que fez versazio de ponsamenta liberal, tendo siclo ‘ros fildsofos do Ocidente a tematizar as wentais da sociedace menta politica ‘olucio, come o parte au sobcetna 5S achat. sere Fe Se rand aes sipaae 2 Lakes costs 1 © soa slemsg Ae nds a Reva Som problemas da fledete modem Ver LORS fe Hg Franklar 0 1988, 5 ccne do peaunento sStacntes para Hop! Setade era, engian's 20, para Hegel universal da Revolugie Francesa? Pal So prineipio de amiversal 4 fazer da I avida comumt do hon universal da so: toma claro o funds: homem, engnanto tal, Se alinge usta univers proprlamente rack Para Hegel, order, Particutares gue, na re Gesiguatdaces Nao ha, aqui, Fespeito so homem en Ora, a lecer a tiberdade de todo e qualquer di ara Hegel, a Revolugio ibn hivrarquicamente ronde novicade di #.Oque# revoluci ilerdacle 0 fia nieus. A Kbérdade ilidade, por conseguin icdade e do Estado’. § a partir nto dle portad, alidade, que pode qualquer ‘cledactes anteriores, mazcadas pela idé estrutmradas, le all fade, exam pri Propriamente, direitos nquanio homem, daqui, S¢ estabeleco @ principio atrave abre & cominhio uni ® medicla em que, rompendo versal das i tntasinsmo, como a critica radical, que Pressupde, portanto, liberdade, lar de direitos e & berdades. Entender 2 significacio histérico- Francesa s6 6 compreensivel a partir Jo trez cle nove a historin nento no qual se aliverga se faz, assim, o principio ile, 0 principio’ a meta # principio que se convivencia racional. O somiente, quando emergir uma sociedade to €, “politica” da aitimavam direitos ivilegios fundadores de universais que dizem is Revolugio Francesa vai ser estabe. ‘lo homem enquanto tal como fundamento © que signiticn dizer que, a pattir 8 do qual o homem se sua particularidade, se tanto o Hegel faz. a Revolugio, uma compreensio de sua concepeio de 3 faa ater osprey aun probaoatiag Droximidada rates Bes fol eles comp 6 ortsdida por} Tata nae tee aden ae “Nets Ke er to bichon Rela Ey Frist Pre er lopheStan, 2 oy Newitt 15a, SMOr- Ms prende 22 fas atin qu poe Se Vag antes tes ‘nc nap in Prester por que Hage 4A nspata do estado sa dy acu eos ot Face 2 CeRt iO sored $52, 5 Mer 9 fae tn Panag a Fp nde Hepa que ‘he tot esp fro do mundn ME Incl emg Gin cpr Hoe pa15 “Dhow urses Euosianz det abatuies el eba h utdon iron dee Wet ona aes ‘igen cine Mace ad crinng Titan sch” "Ver tm Varese i se Pi, phi der Wiig, bor G Lens Habe 1885, VOLT pga lee, @ 6d, Hamusg Tm, tao Da fire Yer {Pp feces, Votoman Se po sesso tp es BCA, com Deis ae nici oe Rodi ot pn) Hains Co Hane 1865 je Veracoortuenn ce A patente Gahan BOGE ic Tage ge ae fc Di Pv Reser nd sed pr Der FET Sesion 2 Bate, poe 6 w. & nee. FoF monte dae, pe pe H.G.W.R MBSE, vr doe te Pope Ee Rieti cps ot pees © diet, Eo bila ntseen tee, fos Seumiew toe | Pats ar angina ce siica poco We gregos, porque na por primeiro, a can da liberdade, entanto, lintitavam esta liberdade a alguns 86 0 trouxe 20 Ocidente @ conseiéncia de que o hionien silo homens € Kore®, vvoliigse Vrancesa “mundanizou” a conscignein cist nq srediga en gus faz da Mberdlade o fundamento da socialidacle! Nesta per-pectiva, a Revolugdo emerge coma resultado de um longo ttebelhe da histovia universal, Enquanto no principio da historia universal, o cidadaa dla antiga sociedade civil ora es. crave politica ¢ legolmente, na Revolugao Franceea, pela pri- moira vez, a liberade politica 6 elevada a fundamento da orden: social, Para Hepel, o mumda 6 outro a partir da Revehigio. Do agar cn diante, ncahuama ordem estatal ow juridica pode fabelocere fora do prinetpio da liberdade universal, Por cata ravi, perdom qualquer validade todas as insliluicbes ¢ dive! {0s, positivannente estabslecidos, que se contrapéein & libertas dle. 4 liberdccte, principio da histéria européia, se tora pric plo de toca: as orclens esiata Assim, para Hegel, a Revolucis. Francesa, a substancia permanente ida histevia um eslabelecimento de fo: a Hbendade ve forna 0 tinico fundamento eo fim da juielicas™, universal ~~ a tiberdade — chaga prin No entanto, « liberdade da Revolugio Francesa nio passa da Hberdade absireta, likerdade do vazio, que eomo liberdade absoluia parece, & primeira vista, a mais real e a mais rita; de {ato, porém, €a mss pobie, uina vex que abstruta e degprovida de efetivacao. Para Hegel, a liberdade sé so efetiva na medida em que ela se determina, isto é, enquanto se diferencia e poe a dlcterminidade de um contetido especifico, Esta determinscao & concebicla por Hegel como a negatividade imanente ao tniver: sal®, a solacéo diatética para © dualismo da infinitude (ani. versal} e da finitude (parliculan), E ponsando a liberdade como proceso de cletermvinacéo intanente do universal, que se pode Pensar 0 processo de efetivagio co homem como ser livre, que nadia mais & do que a elevacio do individuo empirico a0 plano da exisiancia universal. A particularidade da individu © ne. gada pela universalidade do “logos”, porém é “superada” uma ver que, suprassumida de tal modo, qute o homem portador do Jogos universal éa universalidade concreta, a sintese do univer. sal e do particular. E precisamente esta sintese que constitu J Brande tarefa do homem em todos os perfodos de sua existéncia, shutese munca plenamente roalizavel, dadae as contingeucias que sempre marcam a vida do homem, shige, fen suns fonts hi lunesta peti pt pp to, HGR HEGEL, va? Isogenics sr Netgessty Wp we Hea! Meeoiy metre ta 2 1. dept da cont ‘pancipio ds Wade rm outeae ultaene Vor HOSLE, “rine coelens Sela Megas ie ind der inden Kin ie etn te lg ee Fakir ait ‘Pa por Kattan, pp Gee 15. Estas conidemstes de Heyl sees teat om sent radios eat stag Sceridergfor do ene erquasio expistaan de rican, singuse Ve HEGEL, Wiss) sist par. Laon, Hamburg 1986, wl ps mee Egpsto madera de onan Sinese e andi DL ivr Potton © 4 ito pare Hegel com so te pomate Se ean dea fin som jetvidade ar AD de medingzo da ale fe wen msi, (Ver Glin $2) Nai Ve BUpegenents cunt ‘ie 2 fot db pa fig da thes Herd Sipe ne tn Fintlae doindividuo co ‘lo patie med fidale rduaie a Heerdade pure interoridae, 8 ovale. Hegel ee Irnrando 9 desea de pelago subjta, to lice tnsiuciom™ a eae 1. Nose snd, 9 efern 5 ico emerge pra Hoel ‘a Reeracio ont Mario stoped si tturtsad, eT beatae nesta do eae pre. © sto © ral se beta pace a "ouade suse” Ver Gaile 810, WK IMG, “Di Sila dor Hegcichon Rechisphlorophie” in aos ty pp. a Ora, em enda situagto histérica espectfic.” al ar, iam 6 para Hegel, encontrar a sintese entre @ universalidadse ¢ Parlicularidade, que seja compativel com as contingéicia roprias a situacio hist6rica. Trata-so, sempre de novo, de raze. © processe através do qual o individuo singular, pela mechesc da participagio no loges universal, se gesta como indistie universal, rompendo, entio, oisolamento em sua vida ealsado. s 7 universal de reconhecimento da dignidadedas Ora, a tiberdade pensada pela Revolucio Francesa nB s¢ concebe coro processual: acontua o aspecto da indeterminghe inicial da Wbercade, 0 que significa incistir sobre o calle: abstiato do inicio clo processo, sem peroeber a necessidag de mediacio, portanto, da dofinicio, da decisio, da extoriorizgo, num palavra, da eriaggo de um mundo de instituigbesque garantam a dignidade da liberdade”. Bla se caracterizapor insistir no carder inediato da liberdade. Ora, para Hegel lie berdade verdacieira nio se efetiva imedliatameute, mas sonnte airavés da constragio de um mundo positivo, isto é de ast tuicbes, gerariorns do espago de liherdade: 0 mundo objetie da ofetivacio tia ltberdade”, Para Hegel, a partir dessa concagio abstrata de Lherdade, a Revolucio se mostrou incapar de produzir uma estrutura estével do mundo, compativel ean a ova consciéncin de liberdade. f por isto mesmo que ela arou a “restawagio” que, no fundo, € uma reagio a uma liberade que, permanecendo abstrata, produziu o terror. Hegel, emsua filosotia do direito, parte desta concepeao de liberdade, i 6, do homem enquonto sujeito auténomo, abstraido das relafes sociais, para reconstruir teoricamente as conseqiiéncias e sore. tudo, mostrar'a parcialidade de uma tal concepgio de Ber- Gade, como também os momentos de verdade que ela coném. A “ficgda” metocolégiea, como diz Ilting®, consiste em casi- derar 2 pessoa auténoma fandamento do direito © 0 suaito moral, sem levar em consideracao as miiltipias relacdes saiais que constituem suas relaydes de vida. Ora, é este conjuntede relaches que, para Hegel, condiciona toda a efetivacao do drei fo individual e da moral do individuo de modo que a2 dadeira significacdo do direito e da moral s6 pode emergina medida em que eles sio situados na doutrinn das insttuiges ¢ counmidades, que constitui a tltima parte da filosofia do disito A partir daqui emerge o horizonte que vai servir de panede fundo da superacio da concepgio moderna de liberdade.§ a concepgio classica do politico em Plalio e Aristételes. Hegel, partindo de uma concepgio do homem, para quen @ socialidade ¢ constitutiva, vai tentar pensar a liberdade cmo WF rece oH nn tau, Os pense ica éque o homem ¢, funda- is instituigies @ comunidades”, Neste contexto, 0 rr pido, O rotor, ett, pensamonto cléssico se faz a partir desia ressalva vel pensar a socialidade elimi nano a subjetividade", O madelo da antiga palis nao é mais, implesmente reconstraivel em nos. ov outro iado, 0 limite aro da conce tee revelo na propria emergéncla da 2 do trakalho, depois da Revolusta, pars ¢ strial e burguesa™, fico da sociedace moderna, pata Hegel, e eu contevide € unicamente a natireza ne luo © sua sitista enquanta indi glo na forma do trax »alstraio e da divisio do traballto, A determinacao central, ©, da nava sociedade 6 0 conceito de natureza carente do ocieclade & um individue isolado, © m contraposicio a todas jema tem como seu eixo aque- que vinculzin 08 individuos enie sr im satisfazer suas earéncias, Sendo a SIpin de confipuragio clesia sociedade a partir daqui que se vai elaborar @ conscigncia do Gireita faudamental do homem a se apropriar das coisas, uma wir para a satisfacio de suas necessi- + 8 apropriagio de uma coisa como sua propricdade como pressuposicao da agio livre do homem na © resultado quando se considera o homem como individuo poriador de diveitos — entre 03 se apropriar das coisas pora satislazer as idacles — isto €, quando se.concebe liberdade como espag Ee agto de individeos autGnomos? omem: @ sujelto di proslutor eo cansumidsr © da divisio’ do tra- mundo. Ora, qual é quais 0 direito de a Hegel, a snciedade moderna mos uni lado, a acumulaggo da riqueza e, por outro lado, 2 Gegradacio da grande massa abaixo da medida de vai dar origem a plebe. Esta sociedade & entio, con. cebida a partir, unicamente, dos interesses dos individuos. A Propria organizacto nova do trabalho dividuos trabailiem exelusivame em) funsio de si mesin © fundzmento e 0 fi 2 um duplo movimento: PressupSe que os in- fe em seu prdprio interesse ‘os. Numa palavra, a vow desta organizagto social Ora. esis tipo de sociedade gera, inevitavelmente, conteadigies Prowocar a cisio, em ‘ultima andlise, destruigio da 2) EK Dah Tike Leben Zar site ‘un ‘Tore or Ga Ine Atiphpst mad ee ont pp eras Hee tints Vaz, tants Fen th th Ca Si Joao 188, pp agg 21, Par Nope © mse aso @ cai Tividade oben nae ba do capa eos as fundies cited 5 Suava, portato mate gS bol ta "paturinder 4s “imadiaseaa" da “ta espinushanss presepoe unt He Nesta porate swe © esr de so Todo esa insise 2 Perorscaciniine ng Encl do gree © wing seta ade de Hagel Principe 49 lef ne seen spe 2. ver BP. Hots: MANN, “Uber die Roly Dingecichen sche agate palitcr Piose SE" fet stg Fe meatt 2 Odrstode spopriage tendo costo Fre posto da cso lve di Frmem no, muna. Pa Hig noentant i it to a6 on rece 8 prs shde da proprindoce pe ‘ada ¢. permances podeponsie Yer are ERT, “Po Bitar ZB sinc er Piesye Felis 35 38 eet Maly und Put on fig pp. 256280. KT Wing, Bie seniter dr esac Beeps tne pp. 3350 24 G.WE HEGEL, Gr Tin 5 300, 25. Nate omen cada ui metge para ost comes in mal de watigto de ics ze ques scitede minde welt Ac w. alee fernando 2g ‘Bevopinum indie; eho e comune oe Din, ROSEN: ae Jeo sieve D he Biguibs oat pW HEGEL, See ira Bice magne ‘Eto sino poms» Bee De Gncepasuen Ghent rte Ale estepl sorties Scot tomate Sigele a pr supra ‘oaminstio do era Yee Wer mel, Yr ‘lige ar a Pita ex Webgncie og e innen Zl preesnsiogeys lage dla ater es eatadade ef ensontoon ging c valde me fealda em gus se cons Sg Woes dae io ‘al etn deed Verb EIEDRUCKS “eck Hore ESE nad Sionbot bet Stal : liberdade. E aqui que Hegel vai apontar pam além do libera: lismo através Ja ajudn do pensamento clissica. A eisdo, que é a grande coracteristica Go set tempo. provém a conrepe: reducionista la liberdade, limitondo-a & esfera da agit. st jetiva. © proprio tempo esté apslando para uni proceso de emancipagio, 0 que nfo pode ser concebide como obra da subjetividede, porque, na _moderaidade, a subjetividade ce cancebe como pura intetioricade em contraposigao a realidad objetiva, Sem diivida alguma, o principio da subjetividade mnificou uma grande conquista da hyinanidade. Filosofi- camente, isto se articulou no pensamento de Rousseat medida ei que ele estabelecen a -vontade camo principio do Estado. Rousseau elevou o sais intimo do homem, a libercage, enquanto unidade consign mesma, a {undamento do dircito, Com isto se destnst a idéia de uma finalidade natural (a et natural) a que s ra2o humana tem que se submeler para se tomar reta. Contrapondo-se radicalmente a isto, concebeu 2 espititualidace do homem enquanto liberdade 0 tinico funda- mento racional do poder. Por esta razio, para Rousseau, renun- clara liberdade é xenunciar ao ser-homem. Nusa palavra, para Hegel, o grande prinetpio da filosofia politica de Roussert €: 0 homem é livre e o fundamento do Estado € a vontade univer. sal. Com isto Rousseau explicita a questo fundamental, para Hegel, do.pensamento moslemo: a questio da liberdade que, precisamente na Revolugio Francesa, fez sta irrupeao politica Hegel vai ler o principio da modemidade, a liberdade, com uma categoria aristotélica: a categoria de encigea, isto 6, liber- dade & concebida como uma energia de efetivacio e como lal ela néo pode restringirse a0 pura dever-ser suljetivo, e é com ecbida como algo que #6 se atinge na medida mesma de sua historificacao na esfera das leis, dos costumes, das instituicoes, puma palavra, enquanto mundo objetivo. Para Hegel, pensar a liberdade nao significa prender-se & esfera da subjelividade™, embora esta sejs um de seus momentos constitutivos, amas, acima de tudo, pensor a histéria como espaco de sita possivel efeti- vacdo. Aqui esié a razdo central da parcialidade que marca a Revolugao Francesa: sua liberdade é concebida como stib- jetividade pura. Para Hegel, @ liberdacie tem de ser pensada numa dupla di- mensio, € ¢ isto que ele vai aprender dos gregos cuntra 0 Pensamento moderno, a ditnensio subjetiva ea dimenséo ob- jetiva que ele denomina substancial. A subjetividade da von- tade éa dimenséio de sua autoconsciéncia, da singwaridade em comtrapasicio ao conecito, que & objelivu. Subjetividade é coma Kant e Fichte muito bem explicitaram, a unidade da autocons ca 2 co-renlenviaagh, interior i, \ madernidacie val insistir 2. autonamia do ito canter uma objetividade para que do home 6 exigia incla, enivega, nega’ lhe Lote canna sufaito de sna agi Hs nite a cay. dade 1 suis setivielad., enguianto bctancialidacie pure, sem autaconsciéncia, sem reflex, nama palesra, som a medida da conseitneia dos sujeitos, é uma oialidade «ue, assim, se impOe de fora aos homens®. Trata-se 1una tolalidade exterior, quo determina @ homem, & qual 0 homer: deve simplesmente submeter-se. Ora, para Hegel a praxis Imumana ums “superacho", soja ca subjetividade pura, seja da objetividade pura, Portanto, 0 come da critiea hegeliana & Revolucio Frincesa se compreende a partir de seu esforyo de pensar a privis humana a partir de um paradigma que nem seja motafisica substancialista da ordom (filesofia grega), nem do alomismo da filosafia modema cia liberdade™ Isso signi "fica para ele, no primeira momento, pensar a liberdade coma sum processo de medingto eutre subjetiaidade e abjetiviinde™. A liberdade é uma energia, cuja tendéncia fundamental € @ ob- jetividade, isto & 6 o danse uma configaracto mundona, hiviGrica. A lberciede 86 6 efetiva enquanto impulso para a construgio de nundos livres, isto & de formas de convivencia ‘que possam garantira todos a autonomia®. A liberdade 6, ossim, essoncialmente, movimento da subjetividade para a objetividade © homem s5 verdadeiramente, como mundo de liberdacle, onde se faz a harmonia enire autoconsciéncia e instituicio® Liberdate emerge, aqui, como processo de mediagto entre 7a da auloconsciéneia e a esfera das instituigdes. O px izagio através do qual o individuo se abre a esfera slizagio, portanta, @ shttese entre a vontade singular 2 vonisde universal & um processo que nio pode ser reduzicio & pura esfera da subjetividad, mas deve ser pensado no plano a histéria. A liberelade enquanto efetivacio do mundo objetivo, da Hberdade, @ 0 que Hegel chama de dincto. Poderiamos tinduzir isto, hoje, dizendo que ditello & a efeti- gio institucional da liberdade®, 6.a partir dagui que se pode dizer que a liberctade abandons © formalismo a que a filosofia moclema a reduzia. O direito a eietivagio da liberdade, A filosofia modems, sobretudo de e Fichie, fala da liberdade no nivel dos indivicos e de as relagSes na medida em que elas provém do “arbitrio” de cla um. Quando se fala, porém, do direito enquanto existéncia da liberdade, o horizante nfo é mais o do arbitrio dos indivi- duos, mas de wn universal, que 6 0 fundamento das vontades singulares, No entanto, esta universalidade, embora denominada {Bo 1 Ka es “Theisen inept igang ‘ot Istre ge sce {sa no esalecmento dp ‘un en penis pe fae a ers SL Aquestiodefindongat Eman pore Hegel Iegln estab 0 espa, a inteilideds pe leo neo Ora a lige Nog €espas de gin son compronto Gu agi {i haem Moti postr de uy sitnd Equa hee xian snverslgeitdate Teeawnpia ML TEIEUNIS SEN, Sp tn Sth Dg fesiche Futon tor Her sebehea lac, Ponda BML 155. Ver ay om AeronSor cies GeV, HGELE ts Seton, vl op ils pp ashe 5. Me spniien pars He fe que > Hoerdate nate fers, mas wma, segunde ater, post pels ep Rio Var WF HEC, elapse ian Sid. por Nicolin 0. Poageler, amoung 193% § 3.0 suits tom alo nal ee que ci de {es queer de pa ‘nage desea 9 (Ver Gren 19) femboremademanone, # Substance dan in ules ss melas. pl ‘abasic Govteng, 35.6. WF HEGRL, Gram ‘tne 3 Gu.6: WB HEGEL, Gir ns sy Neste sentido, a Seutinde das poco sue pode ser emendica Simo es imines a © feededsia boring 20 Waterton, ta, 90 cone nun us oe ects tmoserdenil de Soon you Hegel co soa substancialidade, deve scr entendida, pecisamente, como a uni dade dz comscitncin subjetiva e do oigto. O mundo da obje tividade, eatdo, nao pode mais ser comebido como algo de es fanho, que se conirapie pura e simdesmente ao munda do sujeito, mas como {radu 20 da vontatdo individuio, como na expressio de Hegel, “iesiemunho do espiie”™, pois & produzin- do esta abjetividade que» homem alge seu ser. Liberace, centio, sé existe naste perpassar méitusia vontade individual ¢ eo mundo institucionsl, portanto, © prpassar do universal e do particular. Isto significa dizer ou, plo menos, supor que a liberdade humana 56 é efetiva quand cada indivfduo real sua Kberdace na medica em que sezincula, mediante insti- tuicbes, coin a liberdade dos outros encontraposicao A moder nidade®, onde se pensa a liberdade cmo plena associalidade, ou s¢ja, levantarse a questo da libstade sem levar em con- sideragio 0 processo de entrelacamentsdas liberdacles. A liber- dade é pensada a partir do individuo duclo 0 que supera o in- ivicino & apenas “instrumento” a serio dos fins individuas A questio de fundo, que perpassa toda filosofia do diteito de Hegel, a partir de onde ele articulaua critica & Revolugio Francesa, consisle precisamente na supmgio de uma concepcio individualista da Hberdade e ele o fez,-m primeiro lugar, expli- citando a dimensao ética, isto & instituibnal, estrutural, na qual a librdade dle cada um 6 medida passua insergio em insti- ‘uigdes ¢ comunidades. No mundo argo, a subjetividade era totalmente submetida a esta universalidde estratural. O mundo moderno, que se manifestou, sobretudgna Revolugio Francesa eno pensamento de Rousseau, Kant e hte, poe explicitamen- teos direitos da liberdavte subjtion. Ora, a gancletarofa des tempos novos, teérica e pritica, 6a sintese dessadois mamentos: por a subjelividade como essencialmante iuerida na unidade subs- fancial, ou seja, pensar a sintese da uniwesalidade e particular dade, A wniversalidade njo pode destrita subjetividade, antes, torna possivel seu pleno desenvolvimate, A universalidade é, entao, aqui, mediaa pela vontade particu Jar dos indivietues, portanta, por indivves auténomos através dle instituigdes que tornam esta autoncaia possivel. Liberdade entio, siniese entre individualidadee socinlilade, aqui, em primeiro lugar, entendida como instsioualidade. A forma de configuragio desies instituigoes & que wi decidir se elas 530 on io expresstio da autoconsciéncia dosindividuos como seres livres. Nenhuima vida humana existe sm instituicio: a questio consiste em saber se estas instituigGessifo a altura do novo principio que thes serve ce fndamentea liberdade. © homem miodemno nao se contenta com qualquersubstancialidade. Mas ues spago na quat eve sy eonyunsta eanno ss Sos, Assi, uigbos deixam de ser instancias de injangso be fornare “anvnlingdo” da propria anloconsciéneia do se que Hegel denomina lierdade concrete, onde nem into tol & consivlerado fim absoluto da vida 2) nem, LAMPEUC, os individuos sho sactificadios & uni- le. Trate-se de superar toda e qualquer abstrac&o, 0 & 8 possivel concebeulo a libordade como relago. A deter sé clevarsea uma vida universal”. Hegel, no, assenine @, 80 mesmo tenspo, supera tanto a persper- liva de vm Locke comp a de Rousseau. Por um Jado, ele nunca alvizé mio de que ele denomina o principio da subjetividade: 1 convivencia humana pode iegitimar-se depois da F passando por cima da liberdade do in- Revol dividuu. Por outro lado, esta libardade atomizada é insuficiente, porque reduz o komiem a uma de suas dimensées. Neste sen- tico, Rousseau é um paso importante na direcéo de uma superacio da concep liberal de Hberdade, No entanto, Hegel iio accita @ ideal do estado demoeritico de Rousseau, ¢ nfo justamente, porque para ele a tolalidade pensada por 1 signifien a eliminacto pura e simples da vontade par- ficalar“! O mérito de Rousseau consiste em ter mostrado que o funcamento do diveito é a voniade universal. S6 que esta uni- vyersalidade se contrap0e radicalmenteA vontade individual, sig aificando, portanto, a extingie do individuo enquanto tal. Em contrapasigto a isto, Hegel articulou, como uma tareia funda mental fe nossa época, a conciliacdo da liberdade do individuo coma forga da comuniciade, assim que se climine qualquer pos- sibilidade de totalitarismo. A exitica de Hegel a Rousseau é portinente; & a mesma quie ele faz a Plato, No seu Estado, no iui lugar para as Hberdedes individuais, O caminho da flosofia politica ele Hegel se revela, assim, como a busca de um para- cliymma capo de superar os dois principios paxcisis: 0 principio ‘a substancialidade (a iléia da instituicéa e da comunidade), onde rio ha lugar para » liberdade individual e para o principio da subjetiviinde, onde desaparecem do horizonte a communitariedade © a institucionalidade constitutivas do homem. Trata-se, por- tanto, de pensar a liberdade como unidade de substancialidade e subjetividade! de tol modo que a aspiracio dos individuos a autodeterminagio € ao desenvolvimento pleno de suas poten- cialidades seja satisfeita, anas de tal modo gue se reconheca a esfera do comunitario como uma graneleza histérica que supera os Interesses individuais e privados. Numa palavra, a liberdade 56 @ adequadamente concebida quando € pensada como “uni- BI 56. Em contrposign 3 oss policy mene 46, port lest conde ot sect Sido ndivelus enquants ‘St sev fim ulm © wee ‘adc fos de froma ea uninsor 0 joe nigues ar gu Shleeminaei don kevor wn hla ees (oor Cruien 8958 0. Mor KHL ALT Siraktur ser Decuein se whckon mee 42. Pare Hegel pens a bees como eset pensar a sulle de sb Faidade eaten Sst Grin se sn, Slsteaca Ti, deversor esr ns. 5 Tiprdade nese Sade e651) ep astires (Bes § 510) Ver W'HESTE, Hngte Seo, speci, vol Lp ae 2. GNF. MEGEL, Grr © 4G. 1 HEGEL, Grn race $7 versal concrete", isto &, como singulaidade, unidede do univer sal e do particular. Isto ocorre nagilo que Hegel denomina ¢ fora da “cFicicade", *, da eitivacao da visstade I woivensl ne chno da bo ovia ¢ ssacmens, Como se faz isto? Através da aiacio de instituighes ¢ comunidades de acardo com as exgéncias da liberdade, ondc a Rberdade existe tanto como substncia coletiva como quante querer livze. Isto significa, justazente, criar socialidade ne medida em gue 0 conterido las pessoas néo é pura simplesinente sua vontade particuis, mas a vontace universal A liberdade, portanto, 6 existe equanto posta uma com nidade especifica: € nas instituicds sociats, eriadoras de co: anunidade, que o individuo encontnseu saber, sett querer, fn samento de sua agio no mundo®No nivel da cticidade, of individuos estio, em suas vontads, unidos 20 universal de bem e do direito, A préiis humanaé o proceso de criagio de mundo das instituicoes: a conquistata subjetividade do sujeite passa pela mediacdo das instituicds. Nesta unidade, por um lado, 0 individuo 6 plenamente rapeitado em sua singulari- dade intocivel, mas, por outzo lac ele 56 atinge sua verdade na medida em que leva uma vida avers, isto 6, se empenha com outros sujeltos na construgiowomam de um mundo que tome possivel 0 miituo reconhecizanto da dignidade da liber- dade. Constrair-se como homem 4 construir um espaco de reconhecimento universal, a comubio das liberdades indivi- Guais através das instituigdes, E nese sentido que se pode dizer que Hegel abre perspectivns de ftuin Sua filosofin politica n& consiste, simplesmente, numa cominacio que se poderia ju {gar mais ou menos adlequada da fileafia pré-moderna da ordem com a ética iluminisia do individueauténomo. Todas as suas consiceragSes pressupdem um terceia prinefpio, nem individuos isolados, nem uma totalidade abarante. O homera é pensado como um ser essencialmente inserio em relagées sociais nas quais os individuos se constituem equanto tais. A iberdade s6 se efetiva, para Hegel, enquanto rigio de vortinde a vontade, numa palavra, mesmo partindo daliberdade do individu, 0 nivel em que a filosofia moderna sedtuau, a intencao de Hegel € sempre mostrar que a liberdade ds indioitiuas £6 se efetioa no ‘contexto de relacdes sociais, numa palata, a liberdade individual 86 pode ser pensada na medida en que se tematiza sua me- diaglo social. Parece-me clara que ate seja 0 horizonte a partir de onde se entende toda a criticade Flegel a0 pensamento moderno. A questo, que permanes, é como Hegel pensa esta mediacao social. Pela que foi dito:té agora, socialidade para Hegel & em primeiro higar, inslucionalidade: trata-se dé I} ‘ scents OANA WN ues Kt ybAtL U MENGE ‘kdar_a‘ 8 proprio ser. No sntanto, permaneee equi wma questéoca telagio de “vontade a vontede" considerada por Hegel como “No dee “vaghe da liberdade ¢ msacs ¢- wyma da) nde ‘dentificada a0 :, ands twigdes Come pensic as instituigéies? Nao seria esta a raza da So que Hegel 24 de retornar, simplesmente, 20 concello ‘no de ordeia, sitwando-se na perspectiva do pensa- menio politico aquém da Gtica moderna da autonemia do in- dividvo? A traducto da socialidade por institucianalidade faz Hegel, do foto, para além de seu discurso, retomar a uma subsiancialidade pata alén das vontades dos individues? Coma poseria ele, eniZo, escapar da impressio, explorada de mil modos ima hist6ria da interpretagéo de seu pensamento, de em iltima amélise defender 6 totatitarismo? Como pensar a sacialidade, de {al maneira que els nS se manifeste como um todo destruidor das libenlades indivicuais, mas antes camo wm espage possibi- titador de sun efetivaggo? Que significa mesmo pensar a liberdade, para alm da Revo- lugio Francesa, como wnidade e diferenga dle socialidade « individualidade, supecando, portanio, afi jatividade? A questio Ge fundo da filosofia hegeliana é a sie penagio do pantdigina da Filosofia da subjlividede, Tudo indica que nsamenta de Hege! € perpassado por uma tensa andloga & gue miarcou o pensamenteo de Dilthey*: por um lado, a percepeae da insuficiéncia do paradigma da filosofia da sub jetividade eo deshumbrar de um novo paradigma, Por outro Jado, a impossibilidade de articulagio clara do novo paradigma, A tensio se explicita assiza: no nivel do horizonte do pensa. ‘mento, Hegel se situa na. perspectiva do uma filosofia da social. dade; no nivel do descxvelvintento do pensarnento, parece nao ter conseguido explicitar uma postura além da filosafia da subpiividade. Esia é wma problematica capiada por alguns intérpretes contemporneos cle seu pens2mento politica, eabsne edo por ad. Thouaisron e V, Haske Theunissen chega a falar de uma intersubjetividade recaleada Ho pensamento hegeliano. No entanto permanece uma outta questio de funco: que visio tem Hegel da socialidade (inter subjetividade) mesma, quando esta se sitza mais no nivel do horizonte do sex pensamento? Como pensar a socialidade? Besta a questdo central, hoje, no pensantento de J. Habermast” Para ele, 86 € positvel pensar a socalidede a partia acto dos omens e, assim, socialidade emerge, ein prineito lugas, como cnorenagio de agdes de diferentes suelns ud Bi Ver a repo dest tension pentmento de angen 885 pp. Invert ie” lege Pha des Reso. E, Hage ye to,se ct 7. Ver sobretudo ) HABERMAS, Thee do oven Pond vols Part a 38 Ver J. Hanceseas, Versi unt tinge sur Tha der Roma AML 2 ok 185, pp Ts ‘Quais so as conclic&es de possibilidade da emergéncia da c ordenagio de ages? © que toma a socialidade humana pos vel? Para responder ss quesitin, Haberma” parte da cio amon evacteta, “oF ogundo ele, por duas relagées ” sundamentais: a relagio com as coisas ¢ 6 relagio com os outros homens, A sovialidavte se gera pela medingto estas das relagées fun- damentais: pela acio sobre a natureza e pela interacio simbélica | entre sujeitos. Isto significa dizer que a privdis humana tem duias imensoes fundameniais:a dimensio instrumental ea dimensio comunteativa, ambas inarcadas por reyras que determinam a ado dos sujeitos nelas inseridos. A agfo instrumental se baseia em regras técnicas que possbilitam o estabelecimento de prog. nésticos a respeito dle acontecimentos empiricamente observa- veis. A ago comunicativa encontra sua medtagio em regras normatioas, fundado:as de uma interagéo simbolicamente me-\| dada, A sua especificidade & que elas s6 valem na medica mesma em que so reconhecidas pelos sujeitas em interaczo. Pensar os sujeitos engquanto insericios nestes processos é pensar sua constituigéo como sujeites, Nesse sentido existe para Haber- mas uma dupla forma de socialidade j i I Em primeiro lugar, a socialidade sistamien que é a que se gera na!) esfora da agio instrumental, Trata-se, aqui, da coondenagio de! | agbes entre os sujeitos através de mecanismos, que estabele. cem conexdes de ages que nfo so propriamente intenciona: «laa pelo sujeito. Na sociedade capitalista, o mercado constitui © © exemplo mais claro de uma socialidade sistémica mediada [Por instituigSe= que funcionam segundo o modelo de um sis-> tema auto-regulado. Uin outro tipo de sovialidade 6 a socilidde covnuniontion, onde. 2 socialidade se constitui através da relagio intersubjativa de | sujelios capazes de agio e de linguagem, que se entendem rautuamente sobre algo no mundo, A agio &, aqui, entendida como compreensiio de sujeitos sobre fates, normas e vivencias |) a partir de um “todo de sentido” que se gestou historicamente ¢ que € tansmitido através das tradis6es culturais. Trate-se, de. | anlemtio, da perspectiva de socialidade: o sujeito € pensaclo em| || seu processo de relacionamento com outros sujeitos através da Partitha de wm sentido comum historicamente produzido. E «sta totalidade de sentido compartilnada enbe os sujeitos, que’ gera a socialidacle na medida em que fornece aos membros de |” ‘wma comunidade humana wm conjunto de conviectes bisicas | aque sto conlisGes de possbilidad de suas rlagbes reciprocas. |) Hé win “mundo-de-vida', horizonte de sentido partilhado pelos; © gue oria diferentes “orsuns de socialidade gditerontes sup eomwnicative. Se teniarmos trdusir o pensament.-hegeliano: no esquesn: habermasiano, paderomos dizer, em prineito year @80H pel saentut > Fematizi, — “ocialid:.‘e sistémica, Hisio € sua anslise ds muxiena socieds indu.tsial”, Esta cnéilise s2 situa na Ultima parte da fil sofia do dices, onde a sociaticlade se far v objeto espectiico ce anilive. Pars Hoge, a esfere da eticidade @ aqueli em que se supera a contradicao entre subjctividade e abjelividade, portentn, a con ser na medicia em que se efetiva a sintese entre a norioa objetiva, o bem e a conscigneia subjetiva Entio, a oticidade, comna diz Hegel, é a substancia livre, auto. consciesre, na qual o devor absoluto é também ser®, ou sea, a dimensia onde a Hiberfede se fe. natomezes evemplo mois ela: traposigho entre 7 e Portanto, na esfera do dieito abstrato e na esfera da movalidade a socialidade esta presente, mas, indiretamente: ela no consti- tui propriamente o objeto de consideragio. &, precisamente na esfera da eticidade, onde Hogel vai mostrar que 0 sujeito de pende, em seu ser e em sua consciéneia, das instituigées éticas, pois, as instituigbes sho medliagtes do processo de universali- zagio. Por outro Jodo, a instituctonalidade @ medinda pela subjetividade de tal modo que a histéria, chao da efetivacao da berdade, emerge como um movimento reciproco entre sub- jstividade e institucionalidade. Liberdade 6 a midade concreta da substancialidade e da subjetividade. E, justamente, com esta concepsio de fiberdacle que Hegel pretende superar a coneepeiia atomistice de liberdade, que era @ pressuposto intelectual da Rovolugio Francesa: a liberclade 6 tarefa permanente s6 efetivavel porém na esfera da comunidade. Por isto, para Hegel, a comunidade de pessoas nao dove ser _pensada come uma limitagio da verdadeira liberdade dos indiviGues, mas como sua amplingso, efetivagao, A primeiza imen=to dessa libertad da & a feonfla, onde a vocia- lidade radica no sentiinento do amar, mas comuniacte que esié situada na comunidades maior da sociedade civil. Hegel analisa a moderna sociedade industrial como uma socialidade sistémica. O processo de universalizagio, isto é, de socializacio se realiza aqui como wm proceso necessario, 0 “sistema de nace3- “'sidades"” que se efetiva f-ara além da consciéncia dos sujeitos em questio®. | Nesta esfera, a socialidade emerge, apenas, como um meio { necessério para a realizacio dos individuos, ow seja, para a satisfagio de suas necessidades. Na realidade, trata-se de um " “egoismo cego, que desemboca na heteronomia universal de todos Ney Para Hoa, © grands tnérin da ena pots Etcrcongohie poh a ‘hn apaests ana da Prososse ue peace adeno, daschbi sue Tigi tant, Ver DL ROSENFELD. Poti sae Hs op oh pp iseaa4 5h... F HEGEL, Ba WF HEGEL B gi § 53 GWE HEGEL, Gram Bin § Doss eM, REDE “Hegels Dag dr biegenichen Geta und cas roe ln sine ysccichen Urgprgs i: Minin, op he pp Bs He UMA WAZ “Sociedade bole Bsa om Has, Siuise ina Fase 1S fa380020-29.' Che JER MANN, “Die Famille Diugetcne‘Genlsehst fc prac si. in Hegel Roki ea. por Chr. formas, Stagar-BoaCannstat, Be, pp HAS sob! te’ pp te, BR Vor V HOSLE, Hae Spsem, vol Ik ope, Bhs tps em si moe, fochapua pont exp: ‘munis a alent | Stato st Foun ate (5 spate coma LV Stn SS bist Ronleanes as “5 ta acta ser oar lose gel gurls © wnolds a0 ean a "2 Mota eget Vor he TEEOAANN. ney PI ee a respelto. de todos na satisfagio de suas neessi’ades. Sein diividha, ja mio estomos mais na esfera do inividas “solado, pordido em su particuleridade, Com 2 “cide, j2atingimo: lidadls ex # pessoa j tier. A sociedade civil € aque instanicis Onde os individues, ennto individios, Buscema satisfaqao dle seus interess2s. Ora, a aniise do processo Ge satisfagio mostra que 0 individao no pod, isoladamente, satisfazer suas necessidades, o que o conduz Aituacio da dependéncia em relacio a todos os ouirs No entanto, tal sistema esté destinado a suadestruigéo. Os interesses particulares sio, necessariamente, entrapostos. Por ais que Se estabelecam regres para equilibar os interesses, todo equilfbrio é exatamente precirio pois aqub universal nia € buscado por ele mesmo. Isso condu2: invitavelmente & polarizagio entre pobres e ricos, 0 que leva anodema socie- dade industrial a0 espetéculo da miséria e daxorrupsio fisiea @ moral. Isto € o resultado de uma sociabilidié construfda na base do arbitrio dos individuos, o que produzuma massa de homens que nao podem atingir o fim de swinsergio neste toda: a satisfacto de suas necessicaces. Na soiedade liberal, a possibilidade de satiséacdo dos carecimentos seiustra para uma boa parte dos individuos, Dat, para Hogel, anecessidade d: politica social. Por um lado, a modema sociedade industrial dire da sociedade) patriarcal, porque nela cada um & independaie no que diz Fespeito a sua subsistencia, Mas a pobreza tora sua liberdade uma ilusio: © potire nfo tem condicoes de tmsmitir a seus! filhos as conguistas da humanidade. Com a pokeza desaparece até o sentimento do direito ¢ da honra de etir através do proprio trabalho. Isso provoca uma situacéo ojetiva de injus- tice @ uma situacio subjetiva de indignagioontra os ricos, contra © governo, contra a saciedade. Ora, para Hegel, a socialidacte sistémica da aciedade civil,’ deixada em si mesma, é incapaz de resolver problema da pobreza, Hegel aponta a administragéo publicae a corporacio como caminhos necessérios para o enfrentamens destes proble- mas, 0 que fez com que alguns 0 considerasam como, pelo. menos na intencio ultima, o precursor das amis teorias do: Estado social’, Silo, exatamente, a politica sacial ¢ a corporao que devem,. aqui para Hegel, estabelecer a mediagio entreidividualidade © tnivercalidade, o que significa dizer que, neossauiauuente, 0; processa de universalizacio nfo pode parar nagciedade civil, mw ela apo: si, isto é para uma comunidade, onde ounivessal no &, apens mins fim da +19 social 2 vd ume ides! fade veru. deira enti alors 0 taiaresse universal, 1 Kslado & aguela inet. .cia ade a subjetividade completa sua universalizacso, ultrapa auin 0s Inlorasses parliculares na divecia da afirmagio dos nleresses universzis, oncle os porticulares so supiaasumidos® O Fstae @, eto, como a instincia titima de wfetivag dla libe vlade, a. ucla comunidade mediada pela autoconsciéne das individuos, onde se efetiva a univers.tidade concreta, enquanie siutese Go universal e do particular. Ea, essas anilis conumicat , Hegel aponta, também, para uma Mas esse horizonte no chegou a ser temat’vado: suas consideragdes se concentiam naquelas insti- ‘nighies que meceiam uma socialidade sistémica-e & por isso que atirmamos com RUste: 2 socialiciade nao € 0 principio integra- Gor da filosofia pritica de Hegel, pois, apescr de ela constituir © horizonte fundante de seu pensamento, stas consideracbes emiiticas permancesia, muitas vezes, presas a filosofia. da subjetividade e, quando vio além disto, nfo consegvem ultra- passar o nivel da sociatidade sistémica. Se a Jiberdade foi a ponte que ligou Hegel & Revolugdo Francesa, e set interesse fundamental foi a superagio de um conceito de liberdade, podemos dizer que, com Hegel e para além dele esta tarefa vide contintta uma tarefa fundamental para nés, hoje. Enderego do autor: Cab Postal 372 a0 — Fortaleza — C8 55. Vor V, 10 Stat i Asp Teng dyce pe 56. V. MOSLE, Bg Sp. fo 90k He ie pA ee A PAE SEIPRE MAIOR Rotrio 8. Bartholo Jr. COPPE-UPRI ‘Quanto wats usttenteas mdguinns de clear, ‘aden mela 9 sociedad, “amnos a0 08 pensndores, mis solitsrios, 0s poetas, smaisucessitedos os adloishos ‘alfvinhanto « distancia doz siualsealvadones, BS, “Martin Heidegger i. Née e « guerra Gf He Paulo nos diz do Cristo Jess: “Ele € nossa paz” ASG 210, Mas € 0 proprio us quem nos di “ndo penseis que vim tazer pz & terra. Neo vim trazer paz, mas espada” (Mt 10,34). Nesa paz é portanto a espada de um combate espiritual, pois = nosso combate nao conira o sangue, nem contra a carne, ms contra os Principa- dios, contra as Autoridades, contra os Dasinadores deste mun- do de trevas, contra os Espiritos do Ma que povoam as re- sides celestiais” (EF 6,12). Desse modo, nos paz, que 60 Cristo, fo se deiva reduair aos concaitos “opersionaiz” das politica: e dos saberes mundanos. O apelo do Apifolo para empunhar- mos ...a espada do Espfrito, que é a Patara de Deus” (EF6,17) oa

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