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laurasantiagofraga

QUEM ESTA NO CONTROLE

Todos nós, enquanto seres humanos, gostamos e precisamos de ter a

sensação do controle em nossas vidas. O controle é uma necessidade

psicológica básica que nos dá a sensação de segurança, estabilidade e bem

estar. Contudo, o equilíbrio desta necessidade está em nos lembrarmos de

que nem tudo podemos controlar.

Perceber o que foge do nosso controle é um passo importante para esse

equilíbrio. Tudo que tem acontecido no mundo: isolamento social, notícias e

mais notícias de tragédia e morte e mudança de rotina, afetam diretamente a

necessidade de manter o controle demasiado de tudo. Crianças e

adolescentes também sentem esses efeitos. Tem sido comum relatos de pais

sobre seus filhos ansiosos, preocupados com o futuro, com mudanças

constantes de humor e sem conseguir experimentar de forma mais leve, as

oportunidades e aprendizados que toda essa mudança pode trazer.

Essa é uma ótima ferramenta para trabalhar com crianças e adolescentes

o que pode e deve ser controlado e o que não está sob nosso controle e que

está tudo bem ser assim. Uma excelente ferramenta para se trabalhar com

perfis de personalidade excessivamente controladora, ou o contrário

também, perfis vulneráveis demais à influência de terceiros e com

dificuldade de assumir o controle de suas vidas.

Pode ser trabalhado através dessa ferramenta a autorresponsabilidade: o

que está sob minha responsabilidade e o que não está?

PASSO A PASSO PARA A CONDUÇÃO DA FERRAMENTA

1 - Converse com a criança/ adolescente sobre o controle

Se sabe o que significa querer estar no controle o tempo todo.

Se já viveu alguma situação onde desejaria ter o controle e não conseguiu? O que
aconteceu? O que pôde aprender? Quais foram os impactos dessa experiência?
Acolha as respostas.
Converse sobre a importância de sabermos o que podemos controlar e devemos
controlar (O meu comportamento, o meu esforço, os meus erros, as minhas palavras,
meus ideais e valores, as minhas ações, o foco da minha atenção) e, também,
reconhecer o que não está sob nosso controle (o que diz respeito aos outros: seus
erros, seus ideais, valores, o foco de suas atenções, seus comportamentos, palavras e
ações).
Pergunte se recorda de um momento em que foi preciso assumir o controle. Como se
sentiu? O que aprendeu com esta ocasião?
Caso já tenha assistido ao filme da Moana, pergunte se reconheceu alguma atitude
de desejo de controle por parte da protagonista ou algum personagem.
Caso não tenha assistido, deixe como lição de casa, para que possa assistir e
reconhecer momentos onde ela pôde ter controle, se isso foi fundamental e onde ter o
controle não foi possível e mesmo assim a personagem se saiu bem e aprendeu
alguma lição. Enquanto profissional, você pode assistir o filme, tirar essas conclusões
pessoais e apresentar ao seu cliente ao longo do atendimento. Algumas cenas que
retratam bem o controle:
1 - Converse com a criança/ adolescente sobre o controle Quando o pai de Moana tenta
impedi-la de seguir sua missão. Ele, mesmo sendo o pai, não teve controle sobre as
decisões dela.
Quando Moana encontra Maui, não pôde controlar a decisão dele de ajudá-la. Estas
são cenas que podem levantar ótimas reflexões sobre o que podemos ou não controlar e
sobre as consequências de assumirmos o que, de fato, está sob nosso controle.

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 (Algumas crianças e adolescentes podem não gostar da animação. Você pode usá-la
como referência ou não.) Explique sempre os conceitos sobre a ferramenta de forma
simples e utilizando as informações técnicas sobre o tema central que trouxemos no início
dela.

2. A construção da ferramenta

Entregue para a criança/ adolescente a ferramenta de controle.

Junto com ela, reflita sobre o que está em seu controle e o que não está.
Estimule sempre a pensar mais com perguntas: “E o que mais?” “O que mais podemos
acrescentar?” “O que mais você se recorda?”.
Estimule que em casa a ferramenta seja colocada em um local visível para ela.
Assim, em situações desafiadoras, onde possa estar sentindo enorme desejo de controlar
ou ansiedade pela falta dele, possa visualizar o que está ou não sob seu controle e assim,
recuperar o equilíbrio.
Estimule ao longo da construção da ferramenta, o reforço das reflexões que ela
mesmo trouxe no passo 01. Enquanto ela preenche, pinta, escreve, desenha o que
pode controlar ou não, você reforça o que ela aprendeu com o que refletiu com você
ao longo da ferramenta.

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 O QUE EU POSSO
CONTROLAR?

ONTR
C
MEU

OL
E

FORA DE CONTROLE

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