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CADERNO SEMANAL DE

TREINAMENTO

SEMANA 02

Caderno de Questões e Comentários


PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL

DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14
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QUESTÕES

1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Considerando o conceito analítico do crime, julgue o item abaixo:

O nexo de causalidade corresponde à ligação entre a conduta e o resultado, sendo fundamental para concluir
se o resultado analisado foi ou não determinado pela conduta do agente.

2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Considerando o conceito analítico do crime, julgue o item abaixo:

Um crime deve ser considerado consumado quando todos os elementos do tipo penal foram realizados.

3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Também chamado de tentativa inidônea, o Crime Impossível corresponde a um ato que jamais se
consumaria, não sendo punido devido a ineficácia absoluta do meio ou por impropriedade absoluta do objeto
material.

Constitui exemplo de crime impossível tentar matar alguém com substância que não é venenosa.

4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Também chamado de tentativa inidônea, o Crime Impossível corresponde a um ato que jamais se
consumaria, não sendo punido devido a ineficácia absoluta do meio ou por impropriedade absoluta do objeto
material.

Constitui exemplo de crime impossível atirar com arma de fogo contra um cadáver.

5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Também chamado de tentativa inidônea, o Crime Impossível corresponde a um ato que jamais se
consumaria, não sendo punido devido a ineficácia absoluta do meio ou por impropriedade absoluta do objeto
material.

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Constitui exemplo de crime impossível agente que dispara todos seus projéteis, mas posteriormente os
médicos salvam a vida da vítima.

6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Paulo, desejando matar seu inimigo Cláudio, coloca uma bomba no avião em que ele se encontra. Em razão
da explosão todos os passageiros que estavam a bordo também morrem. Em relação ao dolo na conduta de
Paulo, é correto afirmar que agiu com dolo direto de primeiro grau em relação ao inimigo Cláudio, e com
dolo direto de segundo grau em relação aos demais passageiros.

7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao instituto do arrependimento posterior, julgue o item abaixo:

O benefício do arrependimento posterior comunica-se aos coautores e partícipes que não tenham
participado da restituição da coisa ou da reparação do dano.

8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao instituto do arrependimento posterior, julgue o item abaixo:

Segundo o STJ, os delitos contra a fé pública são compatíveis com o instituto do arrependimento posterior,
dada a possibilidade material de haver a restituição da coisa subtraída.

9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao instituto do arrependimento posterior, julgue o item abaixo:

No caso de furto de energia elétrica mediante fraude, o adimplemento do débito antes do recebimento da
denúncia extingue a punibilidade, não configurando a causa de redução de pena relativa ao arrependimento
posterior (art. 16 do CP).

10. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao instituto do arrependimento posterior, julgue o item abaixo:

Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o
oferecimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de 1/3 a 2/3.
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11. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao inquérito policial, julgue o item:

O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime cometido nas suas
dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusado e a realização do
inquérito.

12. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao inquérito policial, julgue o item:

De acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores, o arquivamento do inquérito policial com esteio
na atipicidade do fato tem eficácia de coisa julgada material.

13. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao inquérito policial, julgue o item:

O prazo previsto para a conclusão do inquérito policial nos casos de crime contra a economia popular regidos
pela Lei 1.521/1951 é de 10 (dez) dias para o indiciado preso. Em caso de indiciado solto, é de 30 (trinta) dias.

14. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao inquérito policial, julgue o item:

Embora o inquérito policial possua natureza inquisitória, o ofendido, ou seu representante legal, poderão
requerer à autoridade policial a realização de qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da
autoridade.

15. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária, que possui diversas características,
entre elas o sigilo dos autos. Sobre a temática, julgue o item:

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O sigilo se divide externo e interno. O externo é aquele que busca evitar a divulgação de informações do IPL
ao público (é a regra). O interno é aquele que restringe o acesso do IPL ao Juiz, à autoridade policial, ao MP,
à vítima (se existir), ao indiciado e ao seu advogado com procuração.

16. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária, que possui diversas características,
entre elas o sigilo dos autos. Sobre a temática, julgue o item:

É crime de abuso de autoridade praticado por uma autoridade policial a divulgação dolosa de trecho de
gravação de depoimento de ofendido, sem relação com a prova que se pretenda produzir durante o
inquérito, em que há a violação à honra e imagem da vítima.

17. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária, que possui diversas características,
entre elas o sigilo dos autos. Sobre a temática, julgue o item:

18. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

A determinação de sigilo do Inquérito Policial é uma prerrogativa exclusiva a ser exercida tão somente pela
autoridade policial responsável pela investigação.
O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária. Sobre a temática, julgue o item:

Conforme previsão do artigo 18 do Código de Processo Penal, “Depois de ordenado o arquivamento do


inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder
a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia”. Quanto ao disposto na norma trata-se do chamado
Desarquivamento, de atribuição da Autoridade Policial, após obter notícia de provas novas em investigação
anteriormente arquivada.

19. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária. Sobre a temática, julgue o item:

Conforme previsão do artigo 18 do Código de Processo Penal, “Depois de ordenado o arquivamento do


inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder
a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia”. Quanto ao disposto na norma a jurisprudência aceita a
reabertura das investigações quando presentes provas substancialmente e formalmente novas.
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20. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária. Sobre a temática, julgue o item
relativo ao procedimento de Desarquivamento:

Desarquivamento também é possível nos casos em que a investigação foi encerrada por extinção da
punibilidade do fato até então apurado.

21. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá
aplicar, de imediato, ao agressor, a medida de comparecimento a programas de recuperação e reeducação.

22. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

Os crimes de lesão corporal leve e perseguição, praticados no contexto de violência doméstica contra a
mulher, são de ação penal pública incondicionada.

23. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

O prazo de duração da medida protetiva de urgência é o mesmo para a representação criminal, isto é, 6 (seis)
meses.

24. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

Constatada situação de vulnerabilidade, aplica-se a Lei Maria da Penha no caso de violência do neto praticada
contra a avó.

25. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA


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Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

É irrelevante o lapso temporal da dissolução do vínculo conjugal para se firmar a competência do Juizado
Especializado nos casos em que a conduta imputada como criminosa está vinculada à relação íntima de afeto
que tiveram as partes.

26. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

A reconciliação entre a vítima e o agressor, no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher, não
é fundamento suficiente para afastar a necessidade de fixação do valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração penal.

27. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

Se a mulher vítima de crime de ação pública condicionada comparece ao cartório da vara e manifesta
interesse em se retratar da representação, o juiz poderá dispensar a audiência prevista no art. 16 da Lei
11.340/06.

28. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento consolidado no sentido de que a hipossuficiência e a


vulnerabilidade, necessárias à caracterização da violência doméstica e familiar contra a mulher, são
presumidas pela Lei n.º 11.340/06.

29. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Enunciado para as questões 29 a 32: Ana namorou Paulo por sete meses, tendo dado fim ao relacionamento
em razão do comportamento ciumento e agressivo deste. Três meses após, Paulo, inconformado com o fim
do relacionamento, abordou Ana na saída da faculdade e, após desferir um soco em seu rosto, causando-lhe
lesão leve, a perseguiu até sua casa, ameaçando matá-la caso não reatasse o relacionamento. Ana registrou

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o ocorrido, sendo os fatos foram confirmados por perícia e testemunhas que presenciaram o evento. O
Ministério Público ofereceu denúncia em face de Paulo pela prática dos crimes de lesão corporal e ameaça.

Considerando o caso exposto, julgue o item:

Por ocorrer após o fim do relacionamento, o fato não se encaixa na Lei Maria da Penha.

30. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Considerando o caso exposto, julgue o item:

No caso de eventual condenação, Paulo poderá ter sua pena privativa de liberdade substituída por restritiva
de direitos.

31. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os direitos políticos, julgue o item abaixo:

Não podem alistar-se como eleitores os inelegíveis e os analfabetos.

32. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Os direitos políticos referem-se ao conjunto de regras constitucionalmente estabelecidas, referentes à


participação popular no processo político. Cingem-se, em outras palavras, à atuação do cidadão na
vida pública de determinado país. Sobre os direitos políticos conforme entendidos na República do
Brasil, julgue o item abaixo:

Percebe-se que o sufrágio universal, o voto e o escrutínio são sinônimos que integram a teoria dos
direitos políticos positivos e a ideia nuclear da democracia.

33. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os direitos políticos conforme entendidos na República do Brasil, julgue o item abaixo:

É condição de elegibilidade dos parlamentares possuir nacionalidade brasileira, independentemente de


ser brasileiro nato ou naturalizado.

34. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA


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Acerca dos direitos da nacionalidade, julgue o item abaixo:

Não é privativo de brasileiro nato o cargo de Ministro das Relações Exteriores.

35. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos direitos da nacionalidade, julgue o item abaixo:

Não é privativo de brasileiro nato o cargo de presidente do CNJ.

36. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos direitos da nacionalidade, julgue o item abaixo:

São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira.

37. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal e a disciplina dos Remédios Constitucionais, julgue o item
abaixo:

Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne difícil o exercício
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania.

38. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca das pessoas jurídicas de direito público interno, suas entidades e as disposições da Lei 7.347/58 (Ação
Civil Pública – ACP), julgue o item abaixo:

Sociedade de economia mista não tem legitimidade para propor ação civil pública.

39. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca das pessoas jurídicas de direito público interno, suas entidades e as disposições da Lei 7.347/58 (Ação
Civil Pública – ACP), julgue o item abaixo:

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As pessoas jurídicas de direito público interno dependerão da comprovação de seu interesse direto.

40. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca das pessoas jurídicas de direito público interno, suas entidades e as disposições da Lei 7.347/58 (Ação
Civil Pública – ACP), julgue o item abaixo:

Ao Poder Público é facultado a habilitar-se como litisconsorte de qualquer das partes legitimadas.

41. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O ato administrativo é espécie do gênero ato jurídico, que tradicionalmente pode ser definido como sendo
todo ato lícito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.
(Fernando F. Baltar Neto e Ronny C. Lopes. Direito Administrativo. vol. 9. 2018). Sobre o tema, julgue o item
abaixo:

São atributos dos atos administrativos a competência, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto.

42. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O ato administrativo é espécie do gênero ato jurídico, que tradicionalmente pode ser definido como sendo
todo ato lícito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.
(Fernando F. Baltar Neto e Ronny C. Lopes. Direito Administrativo. vol. 9. 2018). Sobre o tema, julgue o item
abaixo:

A competência é elemento sempre vinculado do ato administrativo.

43. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O ato administrativo é espécie do gênero ato jurídico, que tradicionalmente pode ser definido como sendo
todo ato lícito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.
(Fernando F. Baltar Neto e Ronny C. Lopes. Direito Administrativo. vol. 9. 2018). Sobre o tema, julgue o item
abaixo:

A competência poderá ser derrogada, delegada e avocada.

44. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

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Sobre os atos administrativos, julgue o item abaixo:

O abuso de poder é gênero do qual são espécies o excesso de poder e o desvio de poder, e ambos invalidam
o ato administrativo.

45. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os atos administrativos, julgue o item abaixo:

A irregularidade na forma do ato administrativo não admite convalidação em nenhuma hipótese.

46. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos poderes administrativos, julgue o item abaixo:

Ocorre desvio de poder quando a atuação do agente público extrapola a sua competência.

47. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos poderes administrativos, julgue o item abaixo:

Com base no poder regulamentar, a edição de decretos e regulamentos para a fiel execução das leis é de
competência exclusiva do Chefe do Executivo.

48. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos poderes administrativos, julgue o item abaixo:

Com base no poder de polícia, a Administração Pública não pode restringir o exercício de direitos dos
particulares.

49. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos poderes administrativos, julgue o item abaixo:

O poder disciplinar não pode ser exercido sobre particulares inseridos em relações jurídicas especiais com a
Administração.

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50. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os poderes administrativos, julgue o item abaixo:

A prerrogativa de um superior hierárquico de dar ordens, fiscalizar seu cumprimento e rever a atuação de
seus subordinados não depende de expressa previsão legal.

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COMENTÁRIOS

1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Considerando o conceito analítico do crime, julgue o item abaixo:

O nexo de causalidade corresponde à ligação entre a conduta e o resultado, sendo fundamental para concluir
se o resultado analisado foi ou não determinado pela conduta do agente.

COMENTÁRIO
CP
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

GABARITO: Certo

2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Considerando o conceito analítico do crime, julgue o item abaixo:

Um crime deve ser considerado consumado quando todos os elementos do tipo penal foram realizados.

COMENTÁRIO
CP
Art. 14 - Diz-se o crime:
Crime consumado
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.

GABARITO: Certo

3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Também chamado de tentativa inidônea, o Crime Impossível corresponde a um ato que jamais se
consumaria, não sendo punido devido a ineficácia absoluta do meio ou por impropriedade absoluta do objeto
material.

Constitui exemplo de crime impossível tentar matar alguém com substância que não é venenosa.

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COMENTÁRIO
Trata-se de meio absolutamente ineficaz.

GABARITO: Certo

4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Também chamado de tentativa inidônea, o Crime Impossível corresponde a um ato que jamais se
consumaria, não sendo punido devido a ineficácia absoluta do meio ou por impropriedade absoluta do objeto
material.

Constitui exemplo de crime impossível atirar com arma de fogo contra um cadáver.

COMENTÁRIO
Trata-se de objeto absolutamente impróprio.

GABARITO: Certo

5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Também chamado de tentativa inidônea, o Crime Impossível corresponde a um ato que jamais se
consumaria, não sendo punido devido a ineficácia absoluta do meio ou por impropriedade absoluta do objeto
material.

Constitui exemplo de crime impossível agente que dispara todos seus projéteis, mas posteriormente os
médicos salvam a vida da vítima.

COMENTÁRIO
Trata-se de crime tentado, uma vez que o desfecho final foi evitado por circunstâncias alheias ao agente,
tendo este esgotado seus meios para consumação do ato.

GABARITO: Errado

6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Paulo, desejando matar seu inimigo Cláudio, coloca uma bomba no avião em que ele se encontra. Em razão
da explosão todos os passageiros que estavam a bordo também morrem. Em relação ao dolo na conduta de

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Paulo, é correto afirmar que agiu com dolo direto de primeiro grau em relação ao inimigo Cláudio, e com
dolo direto de segundo grau em relação aos demais passageiros.

COMENTÁRIO
Para se configurar o dolo direto, o agente deve ter consciência e vontade de praticar a conduta dirigida
a um resultado (dolo direto de primeiro grau). Assim, o CP adotou a teoria da vontade em relação ao
dolo direto.

Já no dolo de consequências necessárias (dolo direto de segundo grau) os efeitos colaterais da conduta
são consequências necessárias do meio escolhido para atingir o resultado. Nesses casos, o delito é
consequência inevitável para se atingir um fim proposto.
Ex. indivíduo que para matar seu desafeto coloca uma bomba no avião, vindo a matar, além do seu
inimigo, todos que estava a bordo como consequência necessária do meio escolhido.
Em relação ao seu inimigo o agente age com dolo direto de primeiro grau. Já em relação aos demais
passageiros o agente age com dolo direto de segundo grau.

Por outro lado, no dolo indireto a vontade do agente não se dirige a um resultado determinado.
Subdivide-se em dolo eventual e dolo alternativo. No dolo eventual há consciência ou previsão do
resultado, mas não a vontade direta dirigida à sua realização. Basta o consentimento do agente
(assunção do risco de produzir o resultado). Em relação ao dolo eventual, o Código Penal adotou a teoria
do consentimento ou do assentimento. Também é denominado de dolo de consequências possíveis,
visto que o agente não quer o resultado, mas, representando como possível a sua produção, não deixa
de agir, assumindo o risco de produzi-lo.
Ex. o agente, para matar seu inimigo, efetua vários disparos de arma de fogo, prevendo que, além do
seu desafeto, poderia atingir também um terceiro que estava ao lado. Mesmo assim, assumindo o risco
de produzir o resultado, efetua os disparos, acertando o seu inimigo (dolo direto) e o terceiro (dolo
eventual).

Por fim, o dolo alternativo ocorre quando a vontade do agente se dirige a um ou outro resultado.
Ex. O agente desfere golpe de faca na vítima com intenção alternativa: ferir ou matar.

FONTE: SALIM, Alexandre; AZEVEDO, Marcelo André de. Direito Penal, Parte Geral / Alexandre Salim e
Marcelo André de Azevedo – 9ª ed. rev, ampl. e atual. – Salvador: JusPODIVM, 2019.

GABARITO: Certo

7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

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Em relação ao instituto do arrependimento posterior, julgue o item abaixo:

O benefício do arrependimento posterior comunica-se aos coautores e partícipes que não tenham
participado da restituição da coisa ou da reparação do dano.

COMENTÁRIO
A reparação do dano ou restituição da coisa tem natureza objetiva, comunicando-se aos demais
coautores e partícipes do crime, na forma definida pelo art. 30 do CP
O benefício do arrependimento posterior comunica-se aos coautores e partícipes que não tenham
participado da restituição da coisa ou da reparação do dano.
Assim, uma vez reparado o dano integralmente por um dos autores do delito, a causa de diminuição de
pena do arrependimento posterior, prevista no art. 16 do CP, estende-se aos demais coautores.
STJ. 6ª Turma. REsp 1.187.976-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 7/11/2013 (Info 531).

GABARITO: Certo

8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao instituto do arrependimento posterior, julgue o item abaixo:

Segundo o STJ, os delitos contra a fé pública são compatíveis com o instituto do arrependimento posterior,
dada a possibilidade material de haver a restituição da coisa subtraída.

COMENTÁRIO
Não se aplica o instituto do arrependimento posterior ao crime de moeda falsa. No crime de moeda
falsa — cuja consumação se dá com a falsificação da moeda, sendo irrelevante eventual dano
patrimonial imposto a terceiros —, a vítima é a coletividade como um todo, e o bem jurídico tutelado é
a fé pública, que não é passível de reparação. Desse modo, os crimes contra a fé pública, semelhantes
aos demais crimes não patrimoniais em geral, são incompatíveis com o instituto do arrependimento
posterior, dada a impossibilidade material de haver reparação do dano causado ou a restituição da coisa
subtraída.
STJ. 6ª Turma. REsp 1242294-PR, Rel. originário Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. para acórdão Min.
Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/11/2014 (Info 554).

GABARITO: Errado

9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

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Em relação ao instituto do arrependimento posterior, julgue o item abaixo:

No caso de furto de energia elétrica mediante fraude, o adimplemento do débito antes do recebimento da
denúncia extingue a punibilidade, não configurando a causa de redução de pena relativa ao arrependimento
posterior (art. 16 do CP).

COMENTÁRIO
No caso de furto de energia elétrica mediante fraude, o adimplemento do débito antes do recebimento
da denúncia não extingue a punibilidade.
O furto de energia elétrica não pode receber o mesmo tratamento dado ao inadimplemento tributário,
de modo que o pagamento do débito antes do recebimento da denúncia não configura causa extintiva
de punibilidade, mas causa de redução de pena relativa ao arrependimento posterior (art. 16 do CP).
Isso porque nos crimes contra a ordem tributária, o legislador (Leis nº 9.249/1995 e nº 10.684/2003), ao
consagrar a possibilidade da extinção da punibilidade pelo pagamento do débito, adota política que visa
a garantir a higidez do patrimônio público, somente. A sanção penal é invocada pela norma tributária
como forma de fortalecer a ideia de cumprimento da obrigação fiscal.
Já nos crimes patrimoniais, como o furto de energia elétrica, existe previsão legal específica de causa de
diminuição da pena para os casos de pagamento da “dívida” antes do recebimento da denúncia. Em tais
hipóteses, o Código Penal, em seu art. 16, prevê o instituto do arrependimento posterior, que em nada
afeta a pretensão punitiva, apenas constitui causa de diminuição da pena.
Outrossim, a jurisprudência se consolidou no sentido de que a natureza jurídica da remuneração pela
prestação de serviço público, no caso de fornecimento de energia elétrica, prestado por concessionária,
é de tarifa ou preço público, não possuindo caráter tributário. Não há como se atribuir o efeito
pretendido aos diversos institutos legais, considerando que o disposto no art. 34 da Lei nº 9.249/1995 e
no art. 9º da Lei nº 10.684/2003 fazem referência expressa e, por isso, taxativa, aos tributos e
contribuições sociais, não dizendo respeito às tarifas ou preços públicos.
STJ. 3ª Seção. RHC 101299-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Rel. Acd. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em
13/03/2019 (Info 645).

GABARITO: Errado

10. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao instituto do arrependimento posterior, julgue o item abaixo:

Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o
oferecimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de 1/3 a 2/3.

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COMENTÁRIO
O arrependimento posterior é previsto no art. 16 do Código Penal, nos seguintes termos:

Art. 16. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a
coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida
de 1/3 a 2/3.

GABARITO: Errado

11. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao inquérito policial, julgue o item:

O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime cometido nas suas
dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusado e a realização do
inquérito.

COMENTÁRIO
Assertiva de acordo o entendimento sumular 397 do STF.
Súmula 397: O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime
cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do
acusado e a realização do inquérito).

GABARITO: Certo

12. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao inquérito policial, julgue o item:

De acordo com o entendimento dos Tribunais Superiores, o arquivamento do inquérito policial com esteio
na atipicidade do fato tem eficácia de coisa julgada material.

COMENTÁRIO
A decisão de arquivamento de inquérito policial lastreada na atipicidade do fato toma força de
coisa julgada material, qualidade conferida à decisão judicial contra a qual não cabem mais
recursos, tornando-a imutável.
HC 173594 A GR / SP MIN. ROSA WEBER, 03/05/2021.

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GABARITO: Certo

13. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao inquérito policial, julgue o item:

O prazo previsto para a conclusão do inquérito policial nos casos de crime contra a economia popular regidos
pela Lei 1.521/1951 é de 10 (dez) dias para o indiciado preso. Em caso de indiciado solto, é de 30 (trinta) dias.

COMENTÁRIO
Nesse caso, de acordo com o art. 10 § 1º, da Lei 1.521/1951, o prazo para o término do inquérito
será de 10 dias, estando preso ou solto o imputado.

Art. 10. Terá forma sumária, nos termos do Capítulo V, Título II, Livro II, do Código de Processo
Penal, o processo das contravenções e dos crimes contra a economia popular, não submetidos ao
julgamento pelo júri
§ 1º. Os atos policiais (inquérito ou processo iniciado por portaria) deverão terminar no prazo de
10 (dez) dias.

GABARITO: Certo

14. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Em relação ao inquérito policial, julgue o item:

Embora o inquérito policial possua natureza inquisitória, o ofendido, ou seu representante legal, poderão
requerer à autoridade policial a realização de qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da
autoridade.

COMENTÁRIO
Trata-se da característica da discricionariedade do inquérito policial, permitindo-se que a
autoridade conduza as investigações da forma que melhor lhe aprouver.

Art.14.O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligê ncia,
que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL

DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14

Destaca-se que há duas exceções à discricionariedade:


a) a realização do exame de corpo de delito (art.184 CPP);
b) requisições oriundas do Ministério Público e do Juiz.

GABARITO: Certo

15. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária, que possui diversas características,
entre elas o sigilo dos autos. Sobre a temática, julgue o item:

O sigilo se divide externo e interno. O externo é aquele que busca evitar a divulgação de informações do IPL
ao público (é a regra). O interno é aquele que restringe o acesso do IPL ao Juiz, à autoridade policial, ao MP,
à vítima (se existir), ao indiciado e ao seu advogado com procuração.

COMENTÁRIO
A doutrina divide o Sigilo em interno e externo.
1) Sigilo Externo: é aquele que evita a divulgação de informações do IPL ao público (é a regra); e
2) Sigilo Interno: é aquele que restringe o acesso do IPL ao Juiz, à autoridade policial, ao MP, à
vítima (se existir), ao indiciado e ao seu advogado com procuração.
Obs: Estatuto da OAB - Art. 7º São direitos do advogado: [...] XIII - examinar, em qualquer órgão
dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos
findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou
segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos .

GABARITO: Certo

16. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária, que possui diversas características,
entre elas o sigilo dos autos. Sobre a temática, julgue o item:

É crime de abuso de autoridade praticado por uma autoridade policial a divulgação dolosa de trecho de
gravação de depoimento de ofendido, sem relação com a prova que se pretenda produzir durante o
inquérito, em que há a violação à honra e imagem da vítima.

COMENTÁRIO

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DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14

Com base num critério de Legalidade Estrita, não é crime de abuso de autoridade o fato descrito
na questão.
Isso porque a Lei nº 13.869/2019, em seu artigo 28, estabelece como sujeito passivo imediato da
conduta criminosa apenas o investigado ou acusado, deixando de fora testemunhas e vítimas
quanto à esta circunstância:

Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda
produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado
ou acusado:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Obs: Mas é possível enquadrar o fato em crime contra a honra ou crime de violação de sigilo
funcional (mas não de abuso de autoridade).

GABARITO: Errado

17. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária, que possui diversas características,
entre elas o sigilo dos autos. Sobre a temática, julgue o item:

A determinação de sigilo do Inquérito Policial é uma prerrogativa exclusiva a ser exercida tão somente pela
autoridade policial responsável pela investigação.

COMENTÁRIO
Além do poder discricionário da autoridade policial, é possível também que o Juiz determine o
sigilo de investigação preliminar quando tenha por objeto apuração de Organizações Criminosas,
conforme o artigo 23 da Lei nº 12.850/2013:
Art. 23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela autoridade judicial competente, para
garantia da celeridade e da eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se ao defensor, no
interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício
do direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados os referentes às
diligências em andamento.

GABARITO: Errado

18. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

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DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14

O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária. Sobre a temática, julgue o item:

Conforme previsão do artigo 18 do Código de Processo Penal, “Depois de ordenado o arquivamento do


inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder
a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia”. Quanto ao disposto na norma trata-se do chamado
Desarquivamento, de atribuição da Autoridade Policial, após obter notícia de provas novas em investigação
anteriormente arquivada.

COMENTÁRIO
O Desarquivamento do Inquérito Policial é ato de reabertura das investigações, anteriorme nte
encerradas a pedido do MP, e homologado pelo Poder Judiciário, a partir da notícia de outras
provas – diga-se, “Provas Novas”.

Quanto à legitimidade, prevalece na doutrina (Afrânio Jardim, Renato Brasileiro e Nestor Távora)
o entendimento de que o ato de Desarquivamento do IPL é de atribuição exclusiva do membro do
Ministério Público, sem a necessidade autorização judicial. Isso, contudo, não impede a Autoridade
Policial de promover diligências e novas pesquisas com base em notícias de outras provas,
conforme previsão expressa do artigo 18 do CPP.

RENATO BRASILEIRO: “o arquivamento por falta de lastro probatório é uma decisão tomada com
base na cláusula rebus sic stantibus, ou seja, mantido os pressupostos fáticos que serviram de
amparo ao arquivamento, esta decisão deve ser mantida; modificando-se o panorama probatório,
é possível o desarquivamento do inquérito policial. Porém, para que seja possível o
desarquivamento, é necessário que surjam notícias de provas novas. [...] De acordo com o art . 18
do CPP, depois de arquivado o inquérito por falta de base para a denúncia, a autoridade policial
poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícias. Por questões práticas, como
os autos do inquérito policial ficam arquivados perante o Poder Judiciário, tão logo tome
conhecimento da notícia de provas novas, deve a autoridade policial representar ao Ministério
Público, solicitando o desarquivamento físico dos autos para que possa proceder a novas
investigações. [...] Diante da notícia de prova nova a ele encaminhada, seja pela autoridade
policial, seja por terceiros, deve promover o desarquivamento, solicitando à autoridade judiciária
o desarquivamento físico dos autos. Caso haja dificuldade no desarquivamento físico dos autos do
inquérito policial, nada impede que o Ministério Público requisite a instauração de outra
investigação policial”.

GABARITO: Errado

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19. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária. Sobre a temática, julgue o item:

Conforme previsão do artigo 18 do Código de Processo Penal, “Depois de ordenado o arquivamento do


inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder
a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia”. Quanto ao disposto na norma a jurisprudência aceita a
reabertura das investigações quando presentes provas substancialmente e formalmente novas.

COMENTÁRIO
Apenas as Provas Substancialmente Novas, que constituem elementos inéditos e ocultos antes da
promoção de arquivamento do IPL, e que mudam o quadro probatório, cumprem o requisito para
fins de reabertura das investigações:

Supremo Tribunal Federal: “O arquivamento judicial do inquérito ou das peças que consubstanciam
a "notitia criminis", quando requerido pelo Ministério Público, por ausência ou insuficiência de
elementos informativos, não afasta a possibilidade de aplicação do que dispõe o art. 18 do CPP,
hipótese em que, havendo notícia de provas substancialmente novas (Súmula 524/STF - RTJ
91/831), legitimar-se-á a reabertura das investigações penais.” (HC 84253, julgado em
26/10/2004);

Superior Tribunal de Justiça: “Após o arquivamento do inquérito policial, por ordem da autoridade
judiciária e a requerimento do Ministério Público, posterior retomada da persecução estatal, seja
pelo desarquivamento do inquérito policial, seja pelo oferecimento de denúncia, fica condicionada
à existência de novas provas.” (HC 400.465/SP, DJe 07/12/2017);

“Por novas provas entendem-se aquelas que produzem alteração no panorama probatório da
época do requerimento do arquivamento, não se tratando de um mero reexame de provas antigas”
(RHC 63.510/RS, DJe 28/09/2016);

“A jurisprudência desta Corte Superior, acompanhando o teor da Súmula n. 524 do Supremo


Tribunal Federal - STF, posicionou-se no sentido de que as provas novas exigidas para o fim de
oferecimento de nova denúncia, no caso de anterior arquivamento de Inquérito Policial, a
requerimento do Ministério Público, por falta de base para denúncia, devem ser as
substancialmente novas, ou seja, aquelas anteriormente desconhecidas e que venham a alterar o
quadro probatório. Mutatis mutantis, esse entendimento deve também prevalecer no caso do
oferecimento de nova denúncia após a impronúncia ocorrida nos termos do art. 414 do CPP, sendo,

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SEMANA 02/14

portanto, exigida a existência de provas substancialmente novas para a inauguração de outra


persecução penal.” (HC 276.587/PI, DJe 22/10/2015).

GABARITO: Errado

20. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O Inquérito Policial é o procedimento conduzido pela Polícia Judiciária. Sobre a temática, julgue o item
relativo ao procedimento de Desarquivamento:

O Desarquivamento também é possível nos casos em que a investigação foi encerrada por extinção da
punibilidade do fato até então apurado.

COMENTÁRIO
O Desarquivamento ocorre nos casos de arquivamento por falta de provas, em que houve coisa
julgada formal. Como o arquivamento foi baseado em extinção da punibilidade, houve coisa
julgada material, inviabilizando-se a reabertura das investigações:

Superior Tribunal de Justiça: “Nos termos do artigo 18 do Código de Processo Penal e do verbete
524 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, a decisão de arquivamento do inquérito por
insuficiência probatória não gera coisa julgada material, sendo possível a reabertura das
investigações se surgirem novos elementos de convicção. No caso dos autos, o que ensejou o
arquivamento do inquérito policial não foi a ausência de provas, mas sim a presença de uma causa
extintiva da punibilidade, tratando-se de decisão que faz coisa julgada material e impede a
reabertura do procedimento apuratório. Doutrina. Precedentes do STJ e do STF.” (HC 307.562/RS,
DJe 15/03/2017).

GABARITO: Errado

21. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá
aplicar, de imediato, ao agressor, a medida de comparecimento a programas de recuperação e reeducação.

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COMENTÁRIO
Literalidade do art. 22, VI, Lei 11.340/06.
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o
juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas
protetivas de urgência, entre outras: (...) VI – comparecimento do agressor a programas de recuperação
e reeducação;
GABARITO: Certo

22. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

Os crimes de lesão corporal leve e perseguição, praticados no contexto de violência doméstica contra a
mulher, são de ação penal pública incondicionada.

COMENTÁRIO
O crime de perseguição é de ação pública condicionada a representação. Art. 147-A §3º.
Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física
ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou
perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. (...) § 3º Somente se procede mediante
representação.

GABARITO: Errado

23. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

O prazo de duração da medida protetiva de urgência é o mesmo para a representação criminal, isto é, 6 (seis)
meses.

COMENTÁRIO
Não há essa relação e a lei não define prazo certo para as medidas protetivas de urgência, cabendo ao
juiz prolator da decisão fixar no caso concreto.

GABARITO: Errado

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SEMANA 02/14

24. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

Constatada situação de vulnerabilidade, aplica-se a Lei Maria da Penha no caso de violência do neto praticada
contra a avó.

COMENTÁRIO
A Lei Maria da Penha objetiva proteger a mulher da violência doméstica e familiar que, cometida no
âmbito da unidade doméstica, da família ou em qualquer relação íntima de afeto, cause-lhe morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, e dano moral ou patrimonial. Estão no âmbito de
abrangência do delito de violência doméstica e podem integrar o polo passivo da ação delituosa as
esposas, as companheiras ou amantes, bem como a mãe, as filhas, as netas do agressor e também a
sogra, a avó ou qualquer outra parente que mantém vínculo familiar ou afetivo com ele. (AgRg no AREsp
1626825/GO, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 05/05/2020, DJe 13/05/2020).

GABARITO: Certo

25. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

É irrelevante o lapso temporal da dissolução do vínculo conjugal para se firmar a competência do Juizado
Especializado nos casos em que a conduta imputada como criminosa está vinculada à relação íntima de afeto
que tiveram as partes.

COMENTÁRIO
É irrelevante o lapso temporal da dissolução do vínculo conjugal para se firmar a competência do
Juizados Especiais de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher nos casos em que a conduta
imputada como criminosa está vinculada à relação íntima de afeto que tiveram as partes. (HC
542.828/AP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 18/02/2020,
DJe 28/02/2020).

GABARITO: Certo

26. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:
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DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14

A reconciliação entre a vítima e o agressor, no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher, não
é fundamento suficiente para afastar a necessidade de fixação do valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração penal.

COMENTÁRIO
A reconciliação entre a vítima e o agressor, no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher,
não é fundamento suficiente para afastar a necessidade de fixação do valor mínimo para reparação dos
danos causados pela infração penal (REsp 1819504/MS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA,
julgado em 10/09/2019, DJe 30/09/2019).

GABARITO: Certo

27. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

Se a mulher vítima de crime de ação pública condicionada comparece ao cartório da vara e manifesta
interesse em se retratar da representação, o juiz poderá dispensar a audiência prevista no art. 16 da Lei
11.340/06.

COMENTÁRIO
Se a mulher vítima de crime de ação pública condicionada comparece ao cartório da vara e manifesta
interesse em se retratar da representação, ainda assim o juiz deverá designar audiência para que ela
confirme essa intenção e seja ouvido o MP, nos termos do art. 16 (HC 138.143/MG, Rel. Ministro RIBEIRO
DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 03/09/2019, DJe 10/09/2019).

GABARITO: Errado

28. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca da Lei 11.340/06, conhecida como “Lei Maria da Penha”, julgue o item:

O Superior Tribunal de Justiça tem entendimento consolidado no sentido de que a hipossuficiência e a


vulnerabilidade, necessárias à caracterização da violência doméstica e familiar contra a mulher, são
presumidas pela Lei n.º 11.340/06.

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DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14

COMENTÁRIO
Apesar de haver decisões em sentido contrário, prevalece o entendimento de que a hipossuficiência e a
vulnerabilidade, necessárias à caracterização da violência doméstica e familiar contra a mulher, são
presumidas pela Lei nº 11.340/2006. (AgRg no AREsp 620.058/DF, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA
TURMA, julgado em 14/03/2017, DJe 22/03/2017).

GABARITO: Certo

29. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Enunciado para as questões 29 a 32: Ana namorou Paulo por sete meses, tendo dado fim ao relacionamento
em razão do comportamento ciumento e agressivo deste. Três meses após, Paulo, inconformado com o fim
do relacionamento, abordou Ana na saída da faculdade e, após desferir um soco em seu rosto, causando-lhe
lesão leve, a perseguiu até sua casa, ameaçando matá-la caso não reatasse o relacionamento. Ana registrou
o ocorrido, sendo os fatos foram confirmados por perícia e testemunhas que presenciaram o evento. O
Ministério Público ofereceu denúncia em face de Paulo pela prática dos crimes de lesão corporal e ameaça.

Considerando o caso exposto, julgue o item:

Por ocorrer após o fim do relacionamento, o fato não se encaixa na Lei Maria da Penha.

COMENTÁRIO
Jurisprudência em Teses, Ed.n.41, STJ - A agressão do namorado contra a namorada, mesmo cessado o
relacionamento, mas que ocorra em decorrência dele, está inserida na hipótese do art. 5º, III, da Lei n.
11.340/06, caracterizando a violência doméstica.

GABARITO: Errado

30. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Considerando o caso exposto, julgue o item:

No caso de eventual condenação, Paulo poderá ter sua pena privativa de liberdade substituída por restritiva
de direitos.

COMENTÁRIO

30
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL

DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14

Súmula 588, STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave
ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva
de direitos.

GABARITO: Errado

31. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os direitos políticos, julgue o item abaixo:

Não podem alistar-se como eleitores os inelegíveis e os analfabetos.

COMENTÁRIO
A redação faz confusão entre os §§ 2º e 4º do art. 14 da Constituição. Veja:
"§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis (estrangeiros e conscritos, durante o serviço militar obrigatório) e os
analfabetos."
Ou seja, os analfabetos podem alistar-se, embora a seja facultativo (art. 14, II, a, CF/88).

GABARITO: Errado

32. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Os direitos políticos referem-se ao conjunto de regras constitucionalmente estabelecidas, referentes à


participação popular no processo político. Cingem-se, em outras palavras, à atuação do cidadão na
vida pública de determinado país. Sobre os direitos políticos conforme entendidos na República do
Brasil, julgue o item abaixo:

Percebe-se que o sufrágio universal, o voto e o escrutínio são sinônimos que integram a teoria dos
direitos políticos positivos e a ideia nuclear da democracia.

COMENTÁRIO
A doutrina costuma diferenciar tais institutos. Assim, o voto seria o exercício da manifestação da
vontade, o sufrágio seria o direito ao voto, e o escrutínio o modo pelo qual se exerce o voto (secreto,
aberto, etc).

31
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL

DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14

GABARITO: Errado

33. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os direitos políticos conforme entendidos na República do Brasil, julgue o item abaixo:

É condição de elegibilidade dos parlamentares possuir nacionalidade brasileira, independentemente de


ser brasileiro nato ou naturalizado.

COMENTÁRIO
A redação faz confusão entre os §§ 2º e 4º do art. 14 da Constituição. Veja:
No Poder Legislativo, a necessidade de ser nato é apenas para o Presidente da Câmara e para o
Presidente do Senado. Para ser parlamentar, sem cargo de presidência das Casas, o cidadão não precisa
ser nato.

GABARITO: Certo

34. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos direitos da nacionalidade, julgue o item abaixo:

Não é privativo de brasileiro nato o cargo de Ministro das Relações Exteriores.

COMENTÁRIO
CF/88:
Art. 12. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.

GABARITO: Certo

32
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL

DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14

35. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos direitos da nacionalidade, julgue o item abaixo:

Não é privativo de brasileiro nato o cargo de presidente do CNJ.

COMENTÁRIO
CF/88:
Art. 12. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
O presidente do CNJ é o mesmo presidente do STF, motivo pelo qual deve ser brasileiro nato.
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois)
anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo (...)
§ 1º O Conselho será presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e
impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal

GABARITO: Errado

36. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos direitos da nacionalidade, julgue o item abaixo:

São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira.


COMENTÁRIO
CF/88:
Art. 12. São brasileiros:
I- natos:
(...)
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;

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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL

DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14

GABARITO: Errado

37. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

De acordo com os ditames da Constituição Federal e a disciplina dos Remédios Constitucionais, julgue o item
abaixo:

Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne difícil o exercício
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
cidadania.

COMENTÁRIO
CF/88.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança
e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania;

GABARITO: Errado

38. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca das pessoas jurídicas de direito público interno, suas entidades e as disposições da Lei 7.347/58 (Ação
Civil Pública – ACP), julgue o item abaixo:

Sociedade de economia mista não tem legitimidade para propor ação civil pública.

COMENTÁRIO
Lei 7.347/85:
Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
I - o Ministério Público;
II - a Defensoria Pública;
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista;

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DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14

V - a associação que, concomitantemente:

GABARITO: Certo

39. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca das pessoas jurídicas de direito público interno, suas entidades e as disposições da Lei 7.347/58 (Ação
Civil Pública – ACP), julgue o item abaixo:

As pessoas jurídicas de direito público interno dependerão da comprovação de seu interesse direto.

COMENTÁRIO
De acordo com Leonardo Garcia (Leis Especiais para Concursos – Direitos Difusos e Coletivos, 2015), “As
pessoas jurídicas de direito público interno dependerão da comprovação de seu interesse direto”.

STJ - RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PLANO DE SAÚDE. REAJUSTES
ABUSIVOS POR FAIXA ETÁRIA. RELAÇÃO ENTRE CONSUMIDOR E OPERADORA. AUSÊNCIA DE INTERESSE
DIRETO DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR (ANS).
1. Ilegitimidade passiva da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para figurar no polo passivo de
ação civil pública em que se pleiteia a declaração de abusividade de reajustes em contrato de plano de
saúde.
2. Ausência de interesse jurídico direto da agência reguladora.
3. Precedentes específicos do STJ.
4. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
(REsp 1384604/RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em
16/06/2015, DJe 22/06/2015).

GABARITO: Certo

40. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca das pessoas jurídicas de direito público interno, suas entidades e as disposições da Lei 7.347/58 (Ação
Civil Pública – ACP), julgue o item abaixo:

Ao Poder Público é facultado a habilitar-se como litisconsorte de qualquer das partes legitimadas.

COMENTÁRIO

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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL

DELEGADO GOIÁS

SEMANA 02/14

Lei 7.347/85:
Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
(...)
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-
se como litisconsortes de qualquer das partes.

GABARITO: Certo

41. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O ato administrativo é espécie do gênero ato jurídico, que tradicionalmente pode ser definido como sendo
todo ato lícito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.
(Fernando F. Baltar Neto e Ronny C. Lopes. Direito Administrativo. vol. 9. 2018). Sobre o tema, julgue o item
abaixo:

São atributos dos atos administrativos a competência, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto.

COMENTÁRIO
São requisitos ou elementos do ato administrativo: competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

GABARITO: Errado

42. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O ato administrativo é espécie do gênero ato jurídico, que tradicionalmente pode ser definido como sendo
todo ato lícito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.
(Fernando F. Baltar Neto e Ronny C. Lopes. Direito Administrativo. vol. 9. 2018). Sobre o tema, julgue o item
abaixo:

A competência é elemento sempre vinculado do ato administrativo.

COMENTÁRIO
A competência é elemento sempre vinculado do ato administrativo. A lei irá definir em todas as
situações quem será a autoridade administrativa competente.

GABARITO: Certo

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43. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

O ato administrativo é espécie do gênero ato jurídico, que tradicionalmente pode ser definido como sendo
todo ato lícito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.
(Fernando F. Baltar Neto e Ronny C. Lopes. Direito Administrativo. vol. 9. 2018). Sobre o tema, julgue o item
abaixo:

A competência poderá ser derrogada, delegada e avocada.

COMENTÁRIO
A legalidade é a principal característica da competência, vez que sempre decorre da lei.
Consequentemente, a competência é inderrogável, não podendo ser modificada pela vontade das
partes. Ela pode ser objeto de delegação ou de avocação, desde que a lei não tenha conferido
exclusividade a esta competência.

GABARITO: Errado

44. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os atos administrativos, julgue o item abaixo:

O abuso de poder é gênero do qual são espécies o excesso de poder e o desvio de poder, e ambos invalidam
o ato administrativo.

COMENTÁRIO
O abuso de poder é gênero do qual são espécies o excesso de poder e o desvio de poder, e ambos
invalidam o ato administrativo.
DESVIO DE PODER: vício no elemento finalidade.
EXCESSO DE PODER: vício no elemento competência.

GABARITO: Certo

45. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Sobre os atos administrativos, julgue o item abaixo:

A irregularidade na forma do ato administrativo não admite convalidação em nenhuma hipótese.

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COMENTÁRIO
A irregularidade na forma do ato administrativo admite convalidação (salvo quando a forma for
considerada essencial para a validade do ato), mas quando inexistir forma significa a inexistência do
próprio ato..

GABARITO: Errado

46. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos poderes administrativos, julgue o item abaixo:

Ocorre desvio de poder quando a atuação do agente público extrapola a sua competência.

COMENTÁRIO
O exercício abusivo dos poderes administrativos revela conduta ilegal. O abuso de poder pode ocorrer em
duas hipóteses:
• Excesso de Poder (Vício de Competência): a atuação do agente público extrapola a competência
delimitada na lei.
• Desvio de Poder (Vício de Finalidade): a atuação do agente público pretende alcançar finalidade diversa
do interesse público.

GABARITO: Errado

47. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos poderes administrativos, julgue o item abaixo:

Com base no poder regulamentar, a edição de decretos e regulamentos para a fiel execução das leis é de
competência exclusiva do Chefe do Executivo.

COMENTÁRIO
PODERES ADMINISTRATIVOS:
O poder normativo ou regulamentar – para os que tratam
PODER como sinônimos - é a prerrogativa reconhecida à
REGULAMENTAR/NORMATIVO Administração Pública para editar atos administrativos
gerais para a fiel execução das leis.
A competência para expedir decretos e regulamentos é

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do Chefe do poder Executivo (é o que parte da doutrina


chama de poder regulamentar), mas a competência para
a expedição dos demais atos regulamentares é
distribuída por vários órgãos e entidades públicas (é o
que parte da doutrina chama de poder normativo da
administração).
O poder normativo das entidades administrativas é
inerente á função administrativa e pode ser exercido
dentro dos limites fixados em lei.

Compreende a prerrogativa reconhecida à Administração


PODER DE POLÍCIA Pública para restringir e condicionar, com fundamento na
lei, o exercício de direitos, com o objetivo de atender o
interesse público.
Em sentido amplo: compreende toda e qualquer atuação
estatal restritiva à liberdade e à propriedade que tem
como objetivo a satisfação das necessidades coletivas.
Em sentido restrito: significa o exercício, fundada na lei,
que restringe e condiciona o exercício de direitos e
atividades privadas, com o objetivo de implementar o
interesse público.
O exercício do poder de polícia tem por destinatários
todos os particulares que se submetem a autoridade
estatal. É a chamada “supremacia geral” do Estado.
Existem outras situações em que o exercício da autoridade
estatal recai sobre administrados que possuem vínculo
especial (legal ou negocial) com a Administração Pública.
Nesses casos, o Estado exerce a “supremacia especial”.
Exemplo: a relação do Estado com seus agentes públicos e
com contratados por meio de contratados administrativos.

É a prerrogativa para investigar e punir, após contraditório


PODER DISCIPLINAR e ampla defesa, os agentes públicos e os demais
administrados sujeitos à disciplina especial administrativa.
Relaciona-se com relações especiais administrativas,
exemplo:
• Relações funcionais

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• Particulares inseridos em relações jurídicas especiais


com a Administração.

É uma característica da função administrativa. É a


PODER HIERÁRQUICO prerrogativa de dar ordens, de controle e fiscalização,
revisional e disciplinar. É uma relação de subordinação
administrativa entre agentes públicos que pressupõe a
distribuição e o escalonamento vertical de funções no
interior da organização administrativa.

Curso de Direito Administrativo – Rafael Carvalho Rezende Oliveira – 2017.

GABARITO: Certo

48. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos poderes administrativos, julgue o item abaixo:

Com base no poder de polícia, a Administração Pública não pode restringir o exercício de direitos dos
particulares.

COMENTÁRIO
PODERES ADMINISTRATIVOS:
O poder normativo ou regulamentar – para os que tratam
PODER como sinônimos - é a prerrogativa reconhecida à
REGULAMENTAR/NORMATIVO Administração Pública para editar atos administrativos
gerais para a fiel execução das leis.
A competência para expedir decretos e regulamentos é do
Chefe do poder Executivo (é o que parte da doutrina
chama de poder regulamentar), mas a competência para
a expedição dos demais atos regulamentares é distribuída
por vários órgãos e entidades públicas (é o que parte da
doutrina chama de poder normativo da administração).
O poder normativo das entidades administrativas é
inerente á função administrativa e pode ser exercido
dentro dos limites fixados em lei.

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SEMANA 02/14

Compreende a prerrogativa reconhecida à Administração


PODER DE POLÍCIA Pública para restringir e condicionar, com fundamento na
lei, o exercício de direitos, com o objetivo de atender o
interesse público.
Em sentido amplo: compreende toda e qualquer atuação
estatal restritiva à liberdade e à propriedade que tem
como objetivo a satisfação das necessidades coletivas.
Em sentido restrito: significa o exercício, fundada na lei,
que restringe e condiciona o exercício de direitos e
atividades privadas, com o objetivo de implementar o
interesse público.
O exercício do poder de polícia tem por destinatários
todos os particulares que se submetem a autoridade
estatal. É a chamada “supremacia geral” do Estado.
Existem outras situações em que o exercício da
autoridade estatal recai sobre administrados que
possuem vínculo especial (legal ou negocial) com a
Administração Pública. Nesses casos, o Estado exerce a
“supremacia especial”. Exemplo: a relação do Estado com
seus agentes públicos e com contratados por meio de
contratados administrativos.

É a prerrogativa para investigar e punir, após contraditório


PODER DISCIPLINAR e ampla defesa, os agentes públicos e os demais
administrados sujeitos à disciplina especial administrativa.
Relaciona-se com relações especiais administrativas,
exemplo:
• Relações funcionais
• Particulares inseridos em relações jurídicas especiais
com a Administração.

É uma característica da função administrativa. É a


PODER HIERÁRQUICO prerrogativa de dar ordens, de controle e fiscalização,
revisional e disciplinar. É uma relação de subordinação
administrativa entre agentes públicos que pressupõe a
distribuição e o escalonamento vertical de funções no

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interior da organização administrativa.

Curso de Direito Administrativo – Rafael Carvalho Rezende Oliveira – 2017.

GABARITO: Errado

49. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

Acerca dos poderes administrativos, julgue o item abaixo:

O poder disciplinar não pode ser exercido sobre particulares inseridos em relações jurídicas especiais com a
Administração.

COMENTÁRIO
PODERES ADMINISTRATIVOS:
O poder normativo ou regulamentar – para os que tratam
PODER como sinônimos - é a prerrogativa reconhecida à
REGULAMENTAR/NORMATIVO Administração Pública para editar atos administrativos
gerais para a fiel execução das leis.
A competência para expedir decretos e regulamentos é do
Chefe do poder Executivo (é o que parte da doutrina
chama de poder regulamentar), mas a competência para
a expedição dos demais atos regulamentares é distribuída
por vários órgãos e entidades públicas (é o que parte da
doutrina chama de poder normativo da administração).
O poder normativo das entidades administrativas é
inerente á função administrativa e pode ser exercido
dentro dos limites fixados em lei.

Compreende a prerrogativa reconhecida à Administração


PODER DE POLÍCIA Pública para restringir e condicionar, com fundamento na
lei, o exercício de direitos, com o objetivo de atender o
interesse público.
Em sentido amplo: compreende toda e qualquer atuação
estatal restritiva à liberdade e à propriedade que tem
como objetivo a satisfação das necessidades coletivas.

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Em sentido restrito: significa o exercício, fundada na lei,


que restringe e condiciona o exercício de direitos e
atividades privadas, com o objetivo de implementar o
interesse público.
O exercício do poder de polícia tem por destinatários
todos os particulares que se submetem a autoridade
estatal. É a chamada “supremacia geral” do Estado.
Existem outras situações em que o exercício da autoridade
estatal recai sobre administrados que possuem vínculo
especial (legal ou negocial) com a Administração Pública.
Nesses casos, o Estado exerce a “supremacia especial”.
Exemplo: a relação do Estado com seus agentes públicos e
com contratados por meio de contratados administrativos.

É a prerrogativa para investigar e punir, após


PODER DISCIPLINAR contraditório e ampla defesa, os agentes públicos e os
demais administrados sujeitos à disciplina especial
administrativa.
Relaciona-se com relações especiais administrativas,
exemplo:
• Relações funcionais
• Particulares inseridos em relações jurídicas especiais
com a Administração.

É uma característica da função administrativa. É a


PODER HIERÁRQUICO prerrogativa de dar ordens, de controle e fiscalização,
revisional e disciplinar. É uma relação de subordinação
administrativa entre agentes públicos que pressupõe a
distribuição e o escalonamento vertical de funções no
interior da organização administrativa.

Curso de Direito Administrativo – Rafael Carvalho Rezende Oliveira – 2017.

GABARITO: Errado

50. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA

43
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL

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Sobre os poderes administrativos, julgue o item abaixo:

A prerrogativa de um superior hierárquico de dar ordens, fiscalizar seu cumprimento e rever a atuação de
seus subordinados não depende de expressa previsão legal.

COMENTÁRIO
O poder hierárquico é o instrumento disponibilizado à Administração Pública para distribuir e escalonar as
funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de
subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal.
Do poder hierárquico decorrem algumas faculdades para o administrador, tais como:
• Dar ordens
• Fiscalizar o seu cumprimento
• Delegar e avocar atribuições
• Rever atos inferiores.
A prerrogativa de um superior hierárquico de dar ordens, fiscalizar seu cumprimento e rever a atuação de
seus subordinados não depende de expressa previsão legal, mas decorre naturalmente da estrutura
verticalizada da Administração.

GABARITO: Certo

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