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Qual o papel dos exames complementares na medicina moderna?

A resposta está no próprio nome: exames complementares. Isto é, tais exames tem por papel
complementar à anamnese e ao exame físico na elaboração de um diagnóstico etiológico. Isso implica
que os exames complementares não servem como substitutos para as práticas básicas do método
clínico, às quais as evidências continua associando um importante valor terapêutico.

Como exemplo desse simbiose, tomemos a variável custo. Existe um fardo financeiro inerente aos
exames complementares de alta tecnologia. No entanto, o método clínico é capaz de estreitar os
diagnósticos diferenciais e limitar os pedidos de exame, assim tornando a investigação menos onerosa
para o paciente e para o sistema. De igual forma poderiamos avaliar o tempo de investigação, altamente
relevante para determinadas modalidades de tratamento.

Além disso, há de se considerar o risco envolvido em determinados exames complementares, como


aqueles que envolvem radiação por exemplo. Por meio do descarte de hipóteses diagnósticas mediante
exame clínico, resguarda-se o paciente de exposição desnecessária, prevenindo futuras complicações.

Por último, vale ressaltar que apenas o método clínico é capaz de gerar uma boa relação médico-
paciente por meio da transferência e contratransferência próprias da anamnese e do exame físico, o que
pode vir a ser determinante na adesão do paciente ao tratamento. Assim, os exames complementares
assumem papel de colaboração na definição de diagnóstico etiológico, consumando a cooperação
previamente construída entre médico e paciente.

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