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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

Crimes Contra a Vida

Realizado por:
Fernanda José Castigo
Melissa Alexandre Pita
Paulo João Joaquim Raposo

LICENCIATURA EM DIREITO
2ºANO – LABORAL - 1° GRUPO
CADEIRA: DIREITO PENAL
Chimoio, 2023
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

Crimes Contra a Vida

Realizado por:
Fernanda José Castigo
Melissa Alexandre Pita
Paulo João Joaquim Raposo

Docente:
DR. José Franze

LICENCIATURA EM DIREITO
2ºANO – LABORAL - 1° GRUPO
CADEIRA: DIREITO PENAL
Chimoio, 2023
Índice
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO.................................................................................................4

I. Objectivos.......................................................................................................................5

1. Objectivo geral............................................................................................................5

2. Objectivos específicos.................................................................................................5

3. Metodologia.................................................................................................................5

CAPÍTULO II. REVISÃO DA LITERATURA........................................................................6

II. Crime contra a vida.....................................................................................................6

1. Homicídio....................................................................................................................6

2. Homicidio agravado – art. 160° CP.............................................................................6

3. Homicídio privilegiado – art. 161° CP........................................................................8

4. Envenenamento – art. 162° CP....................................................................................8

5. Infanticídio – 163° CP.................................................................................................8

6. Incitamento, ajuda e propaganda ao suicídio – 163° CP.............................................9

III. Crimes contra a vida intra-uterina.............................................................................11

1. Interrupção de gravidez – art. 166° CP.....................................................................11

2. Agravação – art. 167° CP..........................................................................................12

3. Interrupção de gravidez não punível – art. 168° CP..................................................13

4. Formalidades para interrupção de gravidez não punível – art. 169° CP...................13

IV. Homicídio involuntário.............................................................................................14

1. Homicídio involuntário - art. 170° CP......................................................................14

V. Conclusão......................................................................................................................15

VI. Bibliografia................................................................................................................16
CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO

Este presente trabalho de pesquisa irá tratar sobre os crimes contra a pessoa, especificamente
os crimes contra a vida.

Portanto, o trabalho em causa trás consigo alguns subtemas, como por exemplo: o Homicídio
que, segundo Maia Gonçalves comete o crime de homicídio, aquele que, pelas suas próprias
mãos, desfere os golpes mortais, ou aquele que incita outro a fazê-lo, ou ainda aquele que
adestra um animal perigoso para esse efeito.

Desta forma o trabalho trás consigo molduras penas previstas no código penal para cada tipo
de homicídio e outros pontos que serão analisados no percurso da pesquisa.

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I. Objectivos
1. Objectivo geral
 Analisar dentro do Código Penal os crimes contra a vida

2. Objectivos específicos
 Destacar os crimes contra a vida;
 Descrever os crimes contra a vida intra-uterina;
 Expor homicídio involuntário.

3. Metodologia

Para a elaboração deste trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica e recorreu-se ao Código


Penal.

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CAPÍTULO II. REVISÃO DA LITERATURA

II. Crime contra a vida


1. Homicídio

O homicídio é o crime por excelência. “Como dizia Impallomeni, todos os direitos partem do
direito de viver, pelo que, numa ordem lógica, o primeiro dos bens é o bem vida. O homicídio
tem a primazia entre os crimes mais graves, pois é o atentado contra a fonte mesma da ordem
e segurança geral, sabendo-se que todos os bens públicos e privados, todas as instituições se
fundam sobre o respeito à existência dos indivíduos que compõem o agregado social”.

1.1. Homicídio voluntário simples – art. 159° CP

Quem voluntariamente matar outra pessoa, é punido com a pena de prisão de 16 a 20 anos
(art. 159° CP).

Objeto jurídico

Objeto jurídico do crime é o bem jurídico, isto é, o interesse protegido pela norma penal.

Objeto Material: Genericamente, objeto material de um crime é a pessoa ou coisa sobre as


quais recai a conduta.

Sujeito Ativo ou Agente: aquele que comete o crime. Pode ser qualquer pessoa,
independente de sexo, credo ou profissão. Não exige nenhuma característica em particular,
por isso o homicídio é classificado como crime comum.

Sujeito Passivo: qualquer pessoa poderá ser sujeito passivo, qualquer pessoa pode ser vítima.
O conceito de pessoa pela doutrina jurídica é “qualquer ser vivo nascido de mulher”, ou seja,
a partir do rompimento do saco amniótico (bolsa), pode ser considerada pessoa e, assim, ser
vítima de homicídio. Antes do nascimento não é crime de homicídio, e sim de aborto (pois
antes do início do parto é considerado feto).

2. Homicidio agravado – art. 160° CP

O crime agravado é aquele que, tendo como delituosa conduta já prevista em lei agregam-se a
ela outros elementos que demonstram uma maior ofensividade ao bem jurídico, daí se
justificando uma pena diversa (mais severa) daquela prevista para a forma simples do crime.

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Quanto ao Homicídio agravado o CP diz:

A pena de prisão de 20 a 24 anos é aplicada a quem causar a morte de outrem em


circunstâncias que revelem especial censura ou perversidade, nomeadamente concorrendo
qualquer das seguintes circunstâncias:

a) ter havido premeditação;

b) ser ascendente, descendente, adoptante, adoptado, padrasto, enteado, cônjuge, ex-cônjuge


ou pessoa com quem vive como tal, ainda que sem coabitação;

c) ser praticado para extracção ou consumo de órgãos, tecidos ou partes de corpo humano;

d) fazer preceder, acompanhar ou seguir de outro crime, consumado ou tentado, a que


corresponda pena de prisão cujo limite máximo seja superior a dois anos;

e) praticar o facto na presença de menor de dezasseis anos ou contra pessoa particularmente


indefesa, em razão de idade, deficiência, doença ou gravidez;

f) praticar o facto juntamente com, pelo menos, mais duas pessoas ou utilizar meio
particularmente perigoso ou empregar tortura ou acto de crueldade para aumentar o
sofrimento da vítima;

g) praticar o facto movido por ódio racial, religioso, político ou gerado pela cor, origem
étnica ou nacional, pelo sexo, orientação sexual ou identidade de género da vítima;

h) praticar o facto contra agente das forças e serviços de segurança, servidor público, civil ou
militar, agente da força pública ou cidadão encarregado de um serviço público, docente,
examinador ou membro de comunidade escolar, ou ministro de culto religioso, no exercício
das suas funções ou por causa delas;

i) ser servidor público e praticar o facto com abuso de poder de autoridade; ou

j) praticar o facto contra infante no acto do seu nascimento, ou dentro de quinze dias depois
do seu nascimento.

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3. Homicídio privilegiado – art. 161° CP

A doutrina fraciona o estudo do homicídio privilegiado previsto no artigo 161° do Código


Penal em razão dos motivos determinantes do crime.

Num primeiro momento, considera o relevante valor social ou moral.

O relevante valor social é aquele que alcança mais a defesa dos interesses da colectividade.

O relevante valor moral é aquele que toca o espírito de moralidade do autor (sua compaixão,
piedade etc.), citando a doutrina como clássico exemplo a possibilidade da eutanásia, pela
qual o autor encerra a vida da vítima em razão de um sofrimento interminável e incurável.

E a lei, em relação ao homicídio privilegiado dita que:

Quem matar outra pessoa dominado por compreensível emoção violenta, compaixão,
desespero ou motivo de relevante valor social ou moral, que diminua sensivelmente a sua
culpa, é punido com pena de prisão até 2 anos e multa.

4. Envenenamento – art. 162° CP

É qualificado como envenenamento todo o atentado contra a vida de alguma pessoa por efeito
de substâncias que podem dar a morte mais ou menos prontamente, de qualquer modo que
estas substâncias sejam empregadas ou administradas e quaisquer que sejam as
consequências (n° 2 do art 162° CP).

Desta forma, quem cometer o crime de envenenamento é punido com a pena de prisão de 20
a 24 anos (n° 1 do art 162° CP).

5. Infanticídio – 163° CP

Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após.

Objeto material: O tipo descreve o acto de matar, sem destacar alguma forma
preestabelecida para tanto.

Exige-se, contudo que o delito ocorra durante ou logo após o parto, ainda estando autora sob
a influência do estado puerperal.

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Há, assim, um elemento temporal, pois o acto deve ser praticado durante o parto ou logo
após. Se for praticado antes do parto, será aborto. Se for praticado muito após o parto, será
homicídio. Sem ignorar, também, o estado puerperal. Este, por seu turno, é considerado um
desequilíbrio fisiopsíquico da mãe, não sendo suficiente para reconhecêlo apenas alguma
motivação moral para o crime.

Sujeito ativo: Considera-se crime próprio porque a lei impõe ao sujeito ativo uma qualidade
especial. No caso, a mãe da vítima será a autora do crime de infanticídio (“Matar, sob a
influência do estado puerperal, o próprio filho...”).

Obs: Apesar de se considerar crime próprio, reconhece-se no infanticídio a co-autoria e a


participação de terceiros, que também responderão por ele, mesmo que, sob o aspecto
fisiopsíquico, não estejam sob influência do estado puerperal. Isso ocorre sob o argumento de
que as condições de caráter pessoal, no caso, são elementares do tipo, assim, elas se
comunicam a terceiros.

Sujeito passivo é aquele que está nascendo ou o recém-nascido, quando possuírem vida.

A prova da vida deve ocorrer através de exame pericial, pelas docimasias respiratórias e não
respiratórias.

Elemento subjetivo: É o dolo. Por não prever a norma penal modalidade de infanticídio
culposo, a autora só responderá pela práctica de homicídio doloso.

Consumação: O crime se consuma com a morte da vítima, admitindo-se a tentativa quando o


óbito não sobrevém por circunstâncias alheias à vontade do autor.

Sendo assim a lei penal diz que: A mãe que matar o filho durante ou até quinze dias após dar
o parto, ainda sob a sua influência perturbadora, é punida com a pena de prisão de 1 a 5 anos
(art. 163° CP).

6. Incitamento, ajuda e propaganda ao suicídio – 163° CP

Objeto material: O tipo penal resume às condutas de instigar, auxiliar ou induzir ao suicídio
ou a tentativa dele que resultar em lesão corporal de natureza grave.

A instigação ou incitamento pode ser compreendida como o estímulo a uma vontade suicida
preexistente na psique da vítima.

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O auxilio é a ajuda material no fornecimento do instrumento, podendo ser também a
indicação do modo como proceder para obter o óbito, situação em que o auxílio será moral.
Em qualquer hipótese, contudo, é indispensável a prova do nexo causal entre a ingerência do
autor do fato e o suicídio (ou tentativa).

Para tais caso, quem incitar outra pessoa a suicidar-se, ou, mediante pedido sério, instante e
expresso que esta lhe tenha feito, prestar ajuda para esse fim, é punido com pena de prisão de
2 a 8 anos, se o suicídio vier a ser tentado ou a consumar-se (n° 1 do art. 163° CP).

E ainda, se a pessoa incitada ou a quem se prestou ajuda for menor de 16 anos ou tiver, por
qualquer motivo, a sua capacidade de valoração ou de determinação sensivelmente
diminuída, o agente é punido com pena de prisão de 8 a 12 anos (n° 2 do art. 163° CP).

O induzimento ou a propaganda assume o significado de sugestão de vontade, de fazer


surgir na mente da vítima à idéia do suicídio e, quem, por qualquer modo, fizer propaganda
ou publicidade de produto, objecto ou método preconizado como meio para produzir a morte,
de forma adequada a provocar suicídio, é punido com pena de prisão até 2 anos e multa
correspondente (n° 3 do art. 163° CP).

Sujeito ativo: Qualquer pessoa pode induzir, instigar ou auxiliar o suicídio. Trata-se de crime
comum.

Sujeito passivo: É a pessoa física que pode ser induzida, instigada ou auxiliada a fim de que
pratique suicídio. Então, extrai-se daí que aquele sem completa aptidão mental para formular
validamente algum ideal suicida, sem condições de responder por seus actos, como é o
inimputável, não pode ser vítima de suicídio.

Neste caso, haverá crime de homicídio por autoria mediata. Não possuindo consciência do
que faz, a vítima será o instrumento da vontade de outro em sua própria morte. Então, aquele
que “induziu”, “instigou” ou “auxiliou” o interditado será o autêntico homicida.

Elemento subjetivo: Compreende apenas o dolo, a vontade consciente de induzir, instigar ou


auxiliar o suicídio. Não há previsão à modalidade culposa.

Consumação: O crime se consuma com o induzimento, a instigação ou o auxílio, do qual


sobrevém o suicídio ou a lesão corporal de natureza grave, sendo estes dois últimos
elementos os resultados da conduta da própria vítima

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III. Crimes contra a vida intra-uterina
1. Interrupção de gravidez – art. 166° CP
1.1. Aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante.

Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

Objeto material: O tipo penal quer reprimir o ato de provocar aborto sem o consentimento
da gestante, não estabelecendo a forma como ele deve ser praticado. O meio empregado para
abortar gestação pode ser qualquer um apto a alcançar tal resultado.

Impõe-se, para a incidência do n° 1 do artigo 166° do Código Penal, que tal prática não tenha
anuência da gestante.

Se a conduta for praticada durante o parto ou logo após, haverá, então, homicídio.

Sujeito ativo: Qualquer pessoa que provoque o aborto na gestante, sem o consentimento
dela. A lei não exige uma qualificação especial do autor do crime.

Admite co-autoria e participação.

Sujeito passivo: O ser em gestação e o Estado (que tem interesse na tutela do nascituro e da
vida) podem ser considerados sujeitos passivos do crime, havendo divergência na doutrina
quanto a este ponto.

Elemento subjetivo: O elemento volitivo do autor consiste voluntário emprego de qualquer


prática abortiva, efetuada sem o consentimento da gestante.

Não há previsão penal para o acto praticado culposamente.

Consumação: O delito se consuma com a morte do nascituro e a tentativa é possível quando,


apesar da ação abortiva do autor, a gestação prossegue por circunstâncias alheias à sua
vontade.

Desta forma quem, de propósito, fizer abortar uma mulher grávida, empregando para este fim
violência ou bebida, ou medicamento, ou qualquer outro meio, se o acto for cometido sem
consentimento da mulher, é condenado na pena de prisão de 3 meses a 2 anos; se for com
consentimento da mulher, é punido com a pena de prisão até 1 ano (n° 1 do art. 166° CP).

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1.2. Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento

Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque.

Objeto material: A norma pune inicialmente o autoaborto, acto de a gestante provocar em si


mesma a interrupção da gravidez. Após, acaba coibindo o consentimento da gestante para que
terceiro lhe provoque aborto.

Sujeito ativo: É crime próprio, no qual só se considera autora do crime a gestante.

Admite-se, contudo, participação e co-autoria daquele que presta auxílio a ela.

Sujeito passivo: Pode ser o zigoto, o embrião ou o feto, independentemente do estágio de


desenvolvimento, também se pode considerar como sujeito passivo o Estado, pois a proteção
do nascituro e da vida são seus interesses.

Elemento subjetivo: É o dolo de provocar o aborto ou consentir para que outra pessoa o
faça. Pode haver dolo eventual, mas não há crime de aborto culposo.

Consumação: O delito se consuma com o êxito do aborto, a morte do nascituro.

Admitindo-se a tentativa se tal resultado não advém, apesar das manobras abortivas
empregadas.

O Código Penal estabelece que a mulher que consentir e fizer uso dos meios subministrados,
ou que voluntariamente procurar o aborto a si mesma é punida com pena de prisão até 2 anos
(n° 2 do art. 166° CP).

O n° 3 do art. 166° estabelece que o médico, farmacêutico, enfermeiro ou qualquer outro


profissional de saúde que, abusando da sua profissão, tiver voluntariamente concorrido para a
execução do aborto, indicando ou subministrando os meios, incorre na pena de prisão até 2
anos.

2. Agravação – art. 167° CP

Quando do aborto ou dos meios empregados resultar ofensa à integridade física grave ou a
morte da mulher grávida, como consequência directa e necessária, a pena aplicável a quem a
fez abortar é de prisão de 8 a 12 anos, consoante a gravidade dos resultados.

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3. Interrupção de gravidez não punível – art. 168° CP

Não constitui crime a interrupção de gravidez efectuada por médico ou outro profissional de
saúde habilitado para o efeito, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou
oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando, segundo o
estado dos conhecimentos e a experiência da medicina:

a) o feto for inviável;

b) houver motivo seguro para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de
doença grave ou má-formação congénita, e for efectuado nas primeiras vinte e quatro
semanas de gravidez;

c) se mostrar meio indicado para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o
corpo ou para a saúde física da mulher grávida ou for recomendável, em caso de doenças
crónico-degenerativas;

d) a gravidez tenha resultado de crime de violação sexual ou de relações de incesto e o aborto


tenha lugar nas primeiras dezasseis semanas; ou

e) ser realizado, por opção expressa da mulher, nas primeiras doze semanas de gravidez.

4. Formalidades para interrupção de gravidez não punível – art. 169° CP

1. O consentimento é prestado:

a) em documento escrito assinado pela mulher grávida ou a seu pedido e, sempre que
possível, com a antecedência mínima de três dias relativamente à data da intervenção;

b) sendo a mulher grávida menor de dezasseis anos ou psiquicamente incapaz, respectiva e


sucessivamente, consoante os casos, pelo representante legal, por ascendente ou descendente
ou, na sua falta por quaisquer parentes da linha colateral.

2. Se não for possível obter o consentimento nos termos do número anterior e a realização do
aborto se revestir de urgência, o médico decidirá em consciência face à situação,
socorrendose, sempre que possível, do parecer de outro ou outros médicos.

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3. A verificação das circunstâncias que tornam não punível o aborto é certificada por atestado
médico, escrito e assinado antes da intervenção por dois profissionais de saúde diferentes
daquele por quem, ou sob cuja direcção, o aborto será efectivado.

IV. Homicídio involuntário


1. Homicídio involuntário - art. 170° CP

1. O homicídio que alguém cometer ou de que for causa por sua imperícia, inconsideração,
negligência, falta de destreza ou falta de observância de algum regulamento, é punido com a
pena de prisão de 1 mês a 2 anos e multa correspondente.

2. O homicídio, que for consequência de um facto ilícito, ou de um facto lícito, praticado em


tempo, lugar ou modo ilícito, tem a mesma pena, salvo se ao facto ilícito se dever aplicar
pena mais grave, que neste caso é somente aplicada.

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V. Conclusão

O homicídio é um crime material, ou seja, para sua consumação é necessário o chamado


resultado naturalístico previsto pela norma. Obviamente, neste caso, o resultado naturalístico
previsto é a morte de alguém.

O bem jurídico tutelado pela norma é a vida humana, mais especificamente o que a doutrina
chama de vida extrauterina.

Citado por Maia Gonçalves, Manzini, expende que o homicídio pode ser levado a cabo
mediante uma actuação positiva, como o uso de armas, venenos, etc., ou mediante omissão,
que se pode traduzir na falta de alimentação, omissão de cuidados devidos, entre outros.
Podem ser utilizados meios directos, isto é mediante actividade dirigida contra o corpo da
vítima, ou meios indirectos, como a exposição de pessoas incapacitadas a condições de
ambiente perigosas, a um animal perigoso, etc.

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VI. Bibliografia

Código Penal

www.scribd.com, visitado no dia 14 de Agosto de 2023

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