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E NA PRÁTICA,

COMO FAZ?

Passo a passo para a


elaboração da
Orientação de Alta
Hospitalar
INTRODUÇÃO

O planejamento de alta hospitalar, embora muitas vezes fique


em segundo plano, é uma atividade de extrema importância
para garantir a continuidade da terapia nutricional e promover
a recuperação ou manutenção do estado nutricional do
paciente após a alta hospitalar.

Por acreditar que podemos facilitar a realização dessa


atividade, o Nutritotal PRO e o Ganep Educação apresentam a
você esse e-book que traz um passo a passo prático para
elaboração da Orientação de Alta que poderá te guiar no dia a
dia de trabalho.

Este é um conteúdo da nossa série “E na prática, como faz?”,


criada com o objetivo de sanar as dúvidas que mais
recebemos dos nossos alunos e leitores e que explicará, de
forma simples, como aplicar todo conhecimento obtido na
graduação e pós-graduação no dia a dia do consultório ou
hospital.

No site do Nutritotal PRO você consegue acessar os conteúdos


já publicados anteriormente, clicando aqui.

Esperamos que todo esse conhecimento facilite cada vez mais


o seu trabalho e te ajude a ser um profissional de destaque em
sua área.

Aproveite!
Importância da orientação
de alta hospitalar
O plano de orientação de alta deve ser estrategicamente pensado
desde a admissão do paciente no hospital ou o quanto antes
possível, visando à tomada de decisões focada na recuperação do
paciente ao longo da internação, adaptações ambientais e de
cuidados que serão necessárias no pós-alta e sua reintrodução na
sociedade.

Todos os membros da equipe multidisciplinar devem estar


envolvidos no plano de alta, uma vez que pacientes, familiares e
cuidadores devem ser educados de forma parcial para melhor
assimilação das orientações recebidas.

Desta forma, teremos pacientes psicologicamente mais preparados,


familiares capazes de se organizar e tomar as providências
necessárias, a equipe conseguirá transmitir as informações de forma
mais clara, a recuperação do estado nutricional será otimizada e
veremos reduzir as taxas de readmissão hospitalar.

A orientação nutricional da alta hospitalar tem como objetivo


incentivar a manutenção da terapia nutricional domiciliar, iniciar a
reeducação alimentar do paciente e, assim, reduzir o risco de
reinternação por motivos nutricionais. Durante a internação, deve
haver um grande esforço da equipe para que haja o desmame das
terapias de nutrição enteral ou parenteral, para que o paciente
receba alta hospitalar em uso de dieta oral.

Na maioria das vezes, o consumo de alimentos via oral não será


suficiente para atingir as necessidades nutricionais do paciente,
assim, a recomendação de suplementos orais pode ser incluída na
orientação de alta.
Listamos a seguir o passo a passo para você realizar a
Orientação de Alta Hospitalar de forma mais assertiva.

1. DETERMINAÇÃO DA ALTA HOSPITALAR


Toda equipe, pacientes e familiares devem ser informados sobre a
perspectiva de alta hospitalar, com a previsão de data e de cuidados
que serão necessários.

2. AVALIAÇÃO DE ALTA E ORIENTAÇÃO


Avalie o estado nutriocnal do paciente e a necessidade de terapia
nutricional domiciliar. Identifique a pessoa que será envolvida no
cuidado do paciente e possíveis barreiras de aprendizado e
comunicação, para avaliar necessidade de adaptação da linguagem
das orientações

3. ADAPTAÇÃO DA DIETA ORAL


Se a dieta via oral for viável, realize adaptações na dieta prescrita a fim de
melhorar a aceitação do paciente. Tais adaptações podem incluir: maior
fracionamento, alterações de consistência, inclusão ou exclusão de alguns
alimentos e outras alterações para atender as preferências do paciente.
4. INDICAÇAO DO SUPLEMENTO ORAL
Os suplementos orais (SO) devem ser indicados para pacientes
desnutridos ou em risco de desnutrição ou com ingestão de alimentos
via oral insuficiente para atender as demandas energéticas e nutricionais do
paciente.

A escolha dos SO deve estar alinhada com as necessidades e características


clínicas do paciente, levando em consideração necessidades especiais (por
exemplo: pacientes diabéticos) e preferências do paciente quanto ao
suplemento ser pronto para consumo ou em pó, ter sabor ou não.

Para a prescrição, indique 3 opções de produtos e marcas.

Exemplo:
Uso oral – “Suplemento Oral (liquido/pó), normocalórico, hiperproteico, com
fibras, consumo de uma porção ao dia, de acordo com medida do fabricante.”

Como garantir o sucesso da Terapia Nutricional?


Monitore a aceitação do suplemento oral e a recuperação do
estado nutricional do paciente. Ao perceber baixa adesão ao
tratamento, oriente o paciente a bater o suplemento com frutas e
sucos, ou usá-lo em preparações como sobremesas. Atualmente,
há opções de suplementos sem sabor que podem ser misturados
com alimentos salgados, como sopas e purês.

Importante:

Na orientação de alta, o nutricionista deverá especificar por quanto


tempo o paciente deverá usar o suplemento e se haverá necessidade
de reavaliação do médico ou nutricionista.
REFERÊNCIAS

GONÇALVES TJM, et al. 3o Suplemento Diretrizes


BRASPEN de Terapia Nutricional - Volume 34 - Páginas
2 a 58 - 2019.

LOMAN, Brett R et al. “Specialized High-Protein Oral


Nutrition Supplement Improves Home Nutrient Intake
of Malnourished Older Adults Without Decreasing
Usual Food Intake.” JPEN. Journal of parenteral and
enteral nutrition vol. 43,6 (2019): 794-802.
doi:10.1002/jpen.1467

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à


Saúde. Departamento de Atenção Básica.Cuidados em
terapia nutricional / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. –
1. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

WAITZBERG, Dan Linetzky. Nutrição Oral, Enteral e


Parental na Prática Clínica. 5 ed. Rio De Janeiro:
Atheneu Editora, 2017.
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