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Câncer de Próstata - P4 1
Câncer de Próstata - P4 1
Epidemiologia
Próstata
Carcinogênese
90% dos homens que tem câncer de próstata tem o CAp do tipo
Adenocarcinoma, porém existem os outros subtipos como os Sarcomas,
(tipo de câncer que surge no músculo), carcinomas, os linfomas,
metástases e os tumores neuroendócrinos (que produzem um certo tipo de
hormônio e são bem raros). Todos esses tumores representam cerca de 5%
a 8% dos cânceres de próstata.
Alterações genéticas
Homens com mutações de linha germinativa do supressor tumoral BRCA2
possuem um risco de 20 vezes maior de desenvolver CaP. Além dele, uma
mutação no gene homebox HOXB13, que codifica um fator de transcrição
que regula o desenvolvimento da próstata, também aumenta o risco de CaP
em famílias que o carrega.
Entretanto, a maioria dos cânceres de próstata familiares ocorre devido a
mutações em outros locais, que conferem um pequeno aumento no risco de
câncer. Estudos identificaram mais de 40 loci associados ao risco, que
explicam cerca de 25% do risco familiar.
Parece haver um locus de suscetibilidade no cromossomo1, faixa q24, para
o desenvolvimento de CaP em uma idade mais jovem, mas a anormalidade
neste locus ocorre em menos de 10% dos pacientes com
Pode se apresentar como uma doença localizada, ainda que não tenha
formado um nódulo propriamente dito, esse nódulo pode crescer e ser
detectado na próstata através do toque retal.
• Micção frequente.
• Fluxo urinário fraco ou interrompido.
• Vontade de urinar frequentemente à noite (Nictúria).
• Sangue na urina ou no sêmen.
• Disfunção erétil.
• Dor no quadril, costas, coxas, ombros ou outros ossos se a doença se
disseminou.
• Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.
A maioria desses problemas pode ser provocada por outras condições
clínicas, além do câncer de próstata. Por exemplo, o aumento da
frequência urinária é muito mais comumente causado por hiperplasia
prostática benigna (crescimento benigno da próstata). Dessa forma, é
importante manter o médico informado sobre qualquer um desses sintomas
para que a causa seja diagnosticada e, se necessário, iniciado o tratamento.
Um fator de risco é algo que afeta sua chance de contrair uma doença
como o câncer. Diferentes tipos de câncer apresentam diferentes fatores de
risco. Alguns como fumar, por exemplo, podem ser controlados; no
entanto outros não, por exemplo, idade e histórico familiar. Embora os
fatores de risco possam influenciar o desenvolvimento do câncer, a maioria
não causa diretamente a doença. Algumas pessoas com vários fatores de
risco nunca desenvolverão um câncer, enquanto outros, sem fatores de
risco conhecidos poderão fazê-lo.
Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter a
doença. Muitas pessoas que contraem a doença podem não estar sujeitas a
nenhum fator de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de próstata
tem algum fator de risco, muitas vezes é muito difícil saber o quanto esse
fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença.
RESULTADOS ANORMAIS
Se o resultado do nível de PSA no sangue durante for mais alto do que o
normal, isso nem sempre indica que o homem tem CaP pois muitos com
níveis de PSA acima do normal não têm câncer, assim como muitos com
PSA em níveis normais têm câncer. Portanto, serão necessários mais
exames para verificar o que há de errado, podendo ser solicitado uma das
opções:
- Aguardar um pouco e refazer o PSA;
- Fazer outro tipo de exame para verificar se o homem apresenta alguma
alteração, como exame
de toque retal (se ainda não tiver sido realizado), outros tipos de PSA (PSA
livre, PSA complexado, Teste 4Kscore, PHI, etc) e exame de imagem da
próstata (RM e USG transretal) e posteriormente fazer uma biópsia da
próstata;
• A maioria dos homens que não tem câncer de próstata tem um nível
de PSA abaixo de 4 ng/ml no sangue. Quando o câncer de próstata
se desenvolve, o nível de PSA geralmente ultrapassa esse valor.
Ainda assim, um nível abaixo de 4 não garante que o homem não
tenha câncer. Cerca de 15% dos homens com PSA abaixo de 4 terão
câncer de próstata se fizerem uma biópsia.
• Homens com nível de PSA entre 4 e 10 ng/ml têm cerca de 1 em 4
chances de ter câncer de próstata.
• Se o PSA for superior a 10, a chance de ter câncer de próstata é
superior a 50%.
Uma das razões pela qual é difícil usar um ponto de corte definido para o
PSA no diagnóstico do câncer de próstata é que vários outros fatores, além
do câncer também podem afetar os nível de PSA.
Outros exames
Se o resultado inicial do PSA for anormal, outra opção é fazer outro tipo
de exame para que o paciente e o médico tenham uma ideia da
possibilidade de um câncer de próstata, e portanto se é necessário a
realização de uma biópsia. Alguns dos testes que podem ser realizados
incluem:
4+3=7
4+4=8
4+5=9
5+4=9
- Estadiamento
Para doença localizada (localizados inteiramente dentro da glândula -
estágio T1 e T2), recomenda-se cirurgia, radioterapia e observação
vigilante pode ser oferecida em situações especiais.
Quando o câncer atinge os envoltórios da próstata (estágio T3) costuma-se
indicar tratamento radioterápico associado à terapêutica hormonal
antiandrogênica.
Por fim, para doença metastática (tumor já se espalhou para outras partes
do corpo - estágio N+ e/ou M+), o tratamento mais indicado é a terapia
hormonal.
- Grau Histológico
Lesões bem diferenciadas (escore de Gleason 6) tendem a ter um
comportamento mais indolente e podem ser tratadas de forma mais
conservadora.
Por outro lado, as neoplasias indiferenciadas (escores de Gleason 8 a 10),
são extremamente agressivas e respondem de forma imprevisível às
diferentes opções de tratamento. Tal fato justifica a adoção de terapia
combinada nesses casos, em geral, à associação de cirurgia ou
radioterapia com terapêutica hormonal.
1) Vigilância Ativa:
- Em doenças classificadas como de baixo risco, de acordo com os níveis
de PSA, estadiamento clínico e escore histopatológico de Gleason, é
possível fazer apenas a estratégia de vigilância ativa, ou seja, o
monitoramento periódico do caso, sem precisar de tratamento imediato.
- Essa estratégia envolve a realização periódica de exames de PSA e toque
retal, além de biópsias conforme indicação médica.
Observação: Nos casos de adultos com tumores que se desenvolvem
rápido, essa estratégia não costuma ser recomendada.
2) Cirurgias:
- A mais realizada é a prostatovesiculectomia radical, que inclui a
ressecção total da próstata, vesículas seminais ou outras estruturas pélvicas
acometidas por um tumor maligno.
- A cirurgia robótica costuma ser mais precisa, com recuperação mais
rápida e menor risco de efeitos colaterais, mas ainda é feita em poucas
instituições públicas, pois tem custo elevado exige alto nível de
treinamento e experiência.
- A ressecção transretal da próstata é indicada apenas em caráter paliativo
para alívio dos sintomas.
- Incontinência urinária e disfunção erétil são possíveis efeitos colaterais.
3) Radiação Ionizante:
- O tratamento pode ser por teleterapia ou braquiterapia.
- A teleterapia é uma forma de tratamento externa, na qual a fonte de
radiação encontra-se a
uma certa distância da área a ser tratada. Nela, a radioterapia é feita várias
vezes por semana e os efeitos colaterais mais comuns são diarreia, micção
frequente, ardor ao urinar, sensação de bexiga cheia e hematúria. O risco
de incontinência urinária é menor do que na cirurgia, e dificuldades de
ereção podem surgir depois de um ano ou mais, mas metade desses
pacientes responde bem aos medicamentos para disfunção erétil.
- A braquiterapia é uma forma de tratamento em que a fonte radioativa
fica em contato ou dentro de uma cavidade (tumor ou órgão a ser
tratado). Ela envolve a aplicação de sementes radioativas na próstata, de
forma temporária ou permanente.
4) Hormonioterapia:
- Tem como objetivo inibir os hormônios masculinos (androgênicos), que
estimulam o crescimento do tumor.
- Em conjunto com a radioterapia, proporciona a redução do volume
tumoral.
- Também é recomendada nos casos de metástase ou de recidiva.
5) Castração Cirúrgica e Química:
- A privação dos hormônios masculinos pode ser obtida com a castração
cirúrgica.
- Este procedimento, no entanto, tem muita resistência entre os pacientes,
por isso, é mais comum o uso da terapia com análogo de LHRH (receptor
do hormônio liberador do hormônio
luteinizante), que consiste em drogas injetáveis que promovem castração
química.
- Os efeitos colaterais em ambos são a perda de libido, ondas de calor,
ginecomastia (aumento benigno do tecido mamário masculino),
osteoporose, fraqueza, perda de massa muscular, depressão, aumento do
peso e risco de doenças cardiovasculares.
- Drogas antiandrogênicas, que bloqueiam a capacidade de o corpo usar os
hormônios androgênicos, também podem ser indicadas.
6) Quimioterapia:
- Atualmente é utilizada nos casos refratários aos hormônios e quando a
hormonioterapia, sozinha, não é capaz de conter a doença.
- Pode ser utilizada também no início do tratamento, em pacientes que se
apresentam já com um grande volume de doença metastática ao
diagnóstico.
- Os efeitos colaterais mais comuns são náuseas, vômitos, alopécia, anemia
e mucosite, além de risco maior de infecções.
7) Outros medicamentos:
- Outros medicamentos que são utilizados na terapia do CaP, são
corticosteroides (potente ação anti-inflamatória) e bisfosfonatos (previnem
a diminuição da densidade mineral óssea) para alívio das dores ósseas, nos
casos de metástase para esse tecido.