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1

RELAÇÃO ENTRE FUNÇÕES COM DERIVADAS IGUAIS

Teorema

Se 𝑓(𝑥) = 𝑐 então 𝑓 ′ (𝑥) = 0 (derivada da função constante é zero).

Prova:
𝑓(𝑥 + ∆𝑥) − 𝑓(𝑥)
𝑓′(𝑥) = lim
∆𝑥 →0 ∆𝑥
𝑐−𝑐
= lim
∆𝑥 →0 ∆𝑥
0
= lim
∆𝑥 →0 ∆𝑥
= 0.

Teorema
Se 𝑓 ′ (𝑥) = 0 para todo 𝑥 em um intervalo aberto (𝑎, 𝑏) então 𝑓 é constante em
(𝑎, 𝑏).
Prova:
Sejam 𝑥1 e 𝑥2 dois números quaisquer em (𝑎, 𝑏), sendo 𝑥1 < 𝑥2 . Como 𝑓 é
derivável em (𝑎, 𝑏), ela deve ser derivável em (𝑥1 , 𝑥2 ) e contínua em [𝑥1 , 𝑥2 ].
Aplicando o teorema do valor médio à função 𝑓 no intervalo [𝑥1 , 𝑥2 ], obtemos
um número 𝑐 ∈ (𝑥1 , 𝑥2 ) tal que
𝑓(𝑥2 ) − 𝑓(𝑥1 )
𝑓 ′ (𝑐) = (𝐼)
𝑥2 − 𝑥1
Uma vez que 𝑓 ′ (𝑥) = 0 para todo 𝑥, temos que 𝑓 ′ (𝑐) = 0 e a equação (I) se
torna
𝑓(𝑥2 ) − 𝑓(𝑥1 ) = 0 ⟹ 𝑓(𝑥2 ) = 𝑓(𝑥1 ).
Portanto, 𝑓 tem o mesmo valor em quaisquer dois números 𝑥1 e 𝑥2 em (𝑎, 𝑏).
Isso significa que 𝑓 é constante em (𝑎, 𝑏). ■

Corolário
Se 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑔′(𝑥) para todo 𝑥 em um intervalo (𝑎, 𝑏) então 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) + 𝑐, em
que 𝑐 é uma constante.
Prova:
Seja 𝐹(𝑥): = 𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥). Então
𝐹′(𝑥) = 𝑓 ′ (𝑥) − 𝑔′ (𝑥) = 0
2

Para todo 𝑥 em (𝑎, 𝑏). Assim, pelo teorema anterior, 𝐹 é constante, isto é, 𝑓 − 𝑔
é constante. ■

PRIMITIVA (ANTIDERIVADA)

Definição Uma função 𝐹 é denominada uma primitiva (ou antiderivada) de 𝑓 em


um intervalo 𝐼 se 𝐹 ′ (𝑥) = 𝑓(𝑥) para todo 𝑥 em 𝐼.

Exemplo

Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 . Não é difícil descobrir uma primitiva de 𝑓 se tivermos em mente


1
a regra da potência. De fato, se 𝐹(𝑥) = 𝑥 4 , logo 𝐹 ′ (𝑥) = 𝑥 3 = 𝑓(𝑥). Mas a
4
1
função 𝐺(𝑥) = 𝑥 4 + 2 também satisfaz 𝐺 ′ (𝑥) = 𝑥 3 . Portanto, 𝐹 e 𝐺 são
4
1
promitivas de 𝑓. De fato, qualquer função da forma 𝐻(𝑥) = 4 𝑥 4 + 𝐶, em que 𝐶 é

uma constante, é uma primitiva de 𝑓.

Teorema

Se 𝐹 é uma primitiva de 𝑓 em um intervalo 𝐼, então a primitiva mais geral de 𝑓


em 𝐼 é

𝐹(𝑥) + 𝐶

em que 𝐶 é uma constante arbitrária.

Prova: Se 𝐹 e 𝐺 são duas primitivas quaisquer de 𝑓, então

𝐹 ′ (𝑥) = 𝑓(𝑥) = 𝐺′(𝑥)

Logo, 𝐺(𝑥) − 𝐹(𝑥) = 𝐶, em que 𝐶 é uma constante. Portanto

𝐺(𝑥) = 𝐹(𝑥) + 𝐶.

Exemplo

1
Se 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 então a primitiva de 𝑓 é 𝑥 4 + 𝐶. Atribuindo valores específicos
4

para a constante 𝐶, obtém-se uma família de funções cujos gráficos são


translações verticais uns dos outros como mostra figura abaixo
3

A notação ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 será usada para representar a família das primitivas de 𝑓:

∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) + 𝐶.

Na notação ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥, a função 𝑓 denomina-se integrando. Uma primitiva de 𝑓


será, também, denominada uma integral indefinida de 𝑓.

Observação

• Para se verificar uma afirmativa da forma ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) + 𝐶 é


necessário apenas verificar que 𝐹 ′ (𝑥) = 𝑓(𝑥).
• Antiderivação é o processo de encontrar o conjunto de todas as
antiderivadas (primitivas) de uma dada função 𝑓.
4

Exemplo

Verifique as equações dadas

1
a) ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥 = 𝑥3 + 𝑐
3

Solução
1
𝐷𝑥 ( ∙ 𝑥 3 + 𝑐) = 𝑥 2
3
b) ∫ 𝑑𝑥 = ∫ 1 𝑑𝑥 = 𝑥 + 𝑐
Solução
𝐷𝑥 (𝑥 + 𝑐) = 1.
1
c) ∫ 𝑥𝑑𝑥 = 2 𝑥 2 + 𝑐

Solução
1
𝐷𝑥 ( ∙ 𝑥 2 + 𝑐) = 𝑥
2

Exemplo

a) Calcule ∫ 𝑥 𝛼 𝑑𝑥 , em que 𝛼 ≠ −1 é um real fixo.


Solução

1 𝛼+1
[ ∙ 𝑥 + 𝑐] = 𝑥 𝛼 ,
𝛼+1
Logo
𝑥 𝛼+1
∫ 𝑥 𝛼 𝑑𝑥 = + 𝑐.
𝛼+1
1
b) ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥

Solução
1 1
∫ 2
𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 −2 𝑑𝑥 = ∙ 𝑥 −2+1 = −𝑥 −1 + 𝑐.
𝑥 −2 + 1

3
c) ∫ √𝑥 2 𝑑𝑥

Solução
2
3 2/3
𝑥 3+1 𝑥 5/3 3 3
∫ √𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 𝑑𝑥 =
2 +𝑐 = + 𝑐 = ∙ √𝑥 5 + 𝑐.
2 5 5
3+1 3
5

1
d) ∫ 𝑑𝑥, 𝑥 > 0
𝑥

Solução
1
∫ 𝑑𝑥 = ln 𝑥 + 𝑐, 𝑥 > 0
𝑥
Pois
1
(ln 𝑥 + 𝑐)′ =
𝑥

Regras Básicas para antidiferenciação


Integral Indefinida Fórmula que a originou

𝛼
𝑥 𝛼+1 1 𝛼+1
∫ 𝑥 𝑑𝑥 = + 𝑐, 𝛼 ≠ −1 [ 𝑥 + 𝑐] = 𝑥 𝛼
𝛼+1 𝛼+1


cos(𝑘𝑥) cos(𝑘𝑥)
∫ sin(𝑘𝑥)𝑑𝑥 = − +𝑐 [− + 𝑐] = sin(𝑘𝑥)
𝑘 𝑘

sin(𝑘𝑥) sin(𝑘𝑥)
∫ cos(𝑘𝑥)𝑑𝑥 = +𝑐 [ + 𝑐] = cos(𝑘𝑥)
𝑘 𝑘
[tan 𝑥 + 𝑐]′ = sec 2 𝑥
∫ sec 2 𝑥𝑑𝑥 = tan 𝑥 + 𝑐

[−cotg 𝑥 + 𝑐]′ = 𝑐𝑜𝑠𝑒𝑐 2 𝑥


∫ cosec 2 𝑥𝑑𝑥 = −𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥 + 𝑐

[sec 𝑥 + 𝑐]′ = sec 𝑥 ∙ tan 𝑥


∫ sec 𝑥 ∙ 𝑡𝑎𝑛 𝑥𝑑𝑥 = sec 𝑥 + 𝑐

[−𝑐𝑜 sec 𝑥 + 𝑐]′ = cosec 𝑥 cotg 𝑥


∫ 𝑐𝑜 sec 𝑥 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥𝑑𝑥 = −cosec 𝑥 + 𝑐

1 ′
1 𝑘𝑥
∫ 𝑒 𝑑𝑥 = 𝑒 𝑘𝑥 + 𝑐
𝑘𝑥
[ 𝑒 + 𝑐] = 𝑒 𝑘𝑥
𝑘 𝑘
1 ′
1
∫ 𝑎 𝑥 𝑑𝑥 = ( ) 𝑎𝑥 + 𝑐 [( ) 𝑎 𝑥 + 𝑐] = 𝑎 𝑥
ln 𝑎 ln 𝑎
1 1
∫ 𝑑𝑥 = ln 𝑥 + 𝑐, 𝑥 > 0 (ln 𝑥 + 𝑐)′ =
𝑥 𝑥
1 1
∫ 𝑑𝑥 = arcsin 𝑥 + 𝑐 [arcsin 𝑥 + 𝑐]′ =
√1 − 𝑥 2 √1 − 𝑥 2
1 1
∫ 𝑑𝑥 = − arccos 𝑥 + 𝑐 [− arccos 𝑥 + 𝑐]′ =
√1 − 𝑥 2 √1 − 𝑥 2
6

1 1
∫ 𝑑𝑥 = 𝑎𝑟𝑐 tan 𝑥 + 𝑐 [arctan 𝑥 + 𝑐]′ =
1 + 𝑥2 1 + 𝑥2
1 1
∫ 𝑑𝑥 = −𝑎𝑟𝑐 cotan 𝑥 + 𝑐 [−arc cotan 𝑥 + 𝑐]′ =
1 + 𝑥2 1 + 𝑥2
1 1
∫ 𝑑𝑥 = arcsec 𝑥 + 𝑐 [arcsec 𝑥 + 𝑐]′ = ,
𝑥 √𝑥 2 − 1 𝑥√𝑥 2 − 1
𝑥>1
[cosh 𝑥 + 𝑐]′ = sinh 𝑥
∫ sinh 𝑥𝑑𝑥 = cosh 𝑥 + 𝑐

cosh(𝑘𝑥) cosh(𝑘𝑥)
∫ sinh(𝑘𝑥)𝑑𝑥 = +𝑐 [ + 𝑐] = sinh(𝑘𝑥)
𝑘 𝑘
[sinh 𝑥 + 𝑐]′ = cosh 𝑥
∫ cosh 𝑥𝑑𝑥 = sinh 𝑥 + 𝑐

sinh(𝑘𝑥) sinh(𝑘𝑥)
∫ cosh(𝑘𝑥)𝑑𝑥 = +𝑐 [ + 𝑐] = cosh(𝑘𝑥)
𝑘 𝑘

Propriedades da Integral Indefinida


1. 𝐷𝑥 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥)
2. ∫ 𝑓 ′ (𝑥)𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥) + 𝑐
3. Regra da Homogeneidade
Se 𝛼 é uma constante então

∫ 𝛼𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝛼 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥.

4. Regra da adição

∫[𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥

5. Regra da linearidade

∫[𝛼1 𝑓(𝑥) + 𝛼2 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥 = ∫ 𝛼1 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝛼2 𝑔(𝑥)𝑑𝑥

6. Regra da diferença

∫[𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 − ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥

7. Integral da função oposta

∫ −𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = − ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥.
7

Exemplo
a) ∫(4𝑥 + √𝑥 − 5)𝑑𝑥
Solução

∫(4𝑥 + √𝑥 − 5)𝑑𝑥 = ∫ 4𝑥 𝑑𝑥 + ∫ √𝑥𝑑𝑥 + ∫(−5)𝑑𝑥

= 4 ∫ 𝑥𝑑𝑥 + ∫ 𝑥1/2 𝑑𝑥 − 5 ∫ 𝑑𝑥
1
𝑥2 𝑥 2+1
= 4 ∙ ( + 𝑐1 ) + ( + 𝑐2 ) − 5(𝑥 + 𝑐3 )
2 1
2+1
2 3
= 2𝑥 2 + 4𝑐1 + 𝑥 2 + 𝑐2 − 5𝑥 − 5𝑐3
3
2
= 2𝑥 2 + 𝑥 3/2 − 5𝑥 + 𝐶,
3
em que
𝐶 = 4𝑐1 + 𝑐2 − 5𝑐3 .

𝑥 4 +3𝑥 2 +5
b) ∫ 𝑑𝑥
𝑥2

Solução
𝑥 4 + 3𝑥 2 + 5 𝑥 4 3𝑥 2 5
∫ 𝑑𝑥 = ∫ ( 2 + 2 + 2 ) 𝑑𝑥
𝑥2 𝑥 𝑥 𝑥

= ∫(𝑥 2 + 3 + 5𝑥 −2 )𝑑𝑥

= ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥 + 3 ∫ 𝑑𝑥 + 5 ∫ 𝑥 −2 𝑑𝑥
𝑥3 𝑥 −1
= + 𝑐1 + 3 (𝑥 + 𝑐2 ) + 5 ( + 𝑐3 )
3 −1
𝑥3 5
= + 3𝑥 − + 𝑐1 + 3𝑐2 + 5𝑐3
3 𝑥
𝑥3 5
= + 3𝑥 − + 𝑐
3 𝑥
em que

𝑐 = 𝑐1 + 3𝑐2 + 5𝑐3
8

Problema de Valor Inicial


O problema de determinar uma função 𝑦 de 𝑥 quando sabemos sua
derivada e seu valor 𝑦0 em um ponto particular 𝑥0 é chamado problema
de valor inicial.

Exemplo
Determine a curva cujo coeficiente angular no ponto (𝑥, 𝑦) é 3𝑥 2
sabendo que ela deve passar pelo ponto (1, −1).
Solução
Queremos resolver o problema de valor inicial que consiste no
seguinte:
Equação diferencial:
𝑑𝑦
= 3𝑥 2
𝑑𝑥
Condição inicial:
𝑦(1) = −1.
1. Resolva a equação diferencial
𝑑𝑦
= 3𝑥 2
𝑑𝑥
𝑑𝑦
∫ 𝑑𝑥 = ∫ 3𝑥 2 𝑑𝑥
𝑑𝑥
𝑦 + 𝑐1 = 𝑥 3 + 𝑐2
𝑦 = 𝑥3 + 𝑐
2. Calcule a constante 𝑐
𝑦 = 𝑥3 + 𝑐
−1 = (1)3 + 𝑐
𝑐 = −2.
Desse modo
𝑦 = 𝑥 3 − 2.
9

A primitiva 𝐹(𝑥) + 𝑐 da função 𝑓 fornece a solução geral 𝑦 = 𝐹(𝑥) + 𝑐


𝑑𝑦
da equação diferencial = 𝑓(𝑥). A solução geral dá todas as
𝑑𝑥

soluções da equação (há infinitas uma para cada valor de 𝑐).


Resolvemos a equação diferencial determinando a solução geral.
Então resolvemos o problema do valor inicial determinando a solução
particular que satisfaz a condição inicial 𝑦(𝑥0 ) = 𝑦0 .
10

Exemplo
Determine a solução da equação diferencial
𝑑2𝑦
=𝑥+1
𝑑𝑥 2
cujas condições iniciais são 𝑦(0) = 1; 𝑦 ′ (0) = 0.

Solução
Queremos resolver o problema de valor inicial que consiste no
seguinte:
Equação diferencial:
𝑑2𝑦
=𝑥+1
𝑑𝑥 2
Condições iniciais:
𝑦(0) = 1; 𝑦 ′ (0) = 0.
1. Resolva a equação diferencial
𝑑2𝑦
= 𝑥+1
𝑑𝑥 2
𝑑2 𝑦
∫ 2 𝑑𝑥 = ∫(𝑥 + 1)𝑑𝑥
𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑥2
= + 𝑥 + 𝑐1
𝑑𝑥 2
Calcule a constante 𝑐1
Como 𝑦 ′ (0) = 0 ⇒ 𝑐1 = 0. Assim,
𝑑𝑦 𝑥 2
= +𝑥
𝑑𝑥 2
Daí, resolvendo esta equação diferencial, tem-se
𝑑𝑦 𝑥2
= +𝑥
𝑑𝑥 2
𝑑𝑦 𝑥2
∫ 𝑑𝑥 = ∫ ( + 𝑥) 𝑑𝑥
𝑑𝑥 2
1
𝑦 = ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥 + ∫ 𝑥𝑑𝑥
2
1
𝑦 = ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥 + ∫ 𝑥𝑑𝑥
2
1 3 1 2
𝑦 = 𝑥 + 𝑥 + 𝑐2 .
6 2
11

Calcule a constante 𝑐2

1 3 1 2
𝑦 = 𝑥 + 𝑥 + 𝑐2
6 2
1 3 1 2
1 = 0 + 0 + 𝑐2
6 2
𝑐2 = 1.

Desse modo
1 3 1 2
𝑦= 𝑥 + 𝑥 + 1.
6 2
12

Exemplo
Uma partícula se move em uma reta e tem aceleração dada por
𝑎(𝑡) = 6𝑡 + 4, sua velocidade inicial é 𝑣(0) = −6𝑐𝑚/𝑠, e seu
deslocamento inicial é 𝑠(0) = 9 𝑐𝑚. Encontre sua função posição 𝑠(𝑡).
Solução
Como 𝑣 ′ (𝑡) = 𝑎(𝑡) = 6𝑡 + 4, aplicando a integral obtém-se

∫ 𝑣 ′ (𝑡)𝑑𝑡 = ∫(6𝑡 + 4) 𝑑𝑡

6𝑡 2
𝑣(𝑡) = + 4𝑡 + 𝐶 = 3𝑡 2 + 4𝑡 + 𝐶.
2
Observe que 𝑣(0) = 𝐶, a condição inicial dada é 𝑣(0) = −6, assim
𝐶 = −6. Portanto
𝑣(𝑡) = 3𝑡 2 + 4𝑡 − 6.
Uma vez que 𝑣(𝑡) = 𝑠 ′ (𝑡), 𝑠 é uma primitiva de 𝑣:

∫ 𝑠 ′ (𝑡)𝑑𝑡 = ∫(3𝑡 2 + 4𝑡 − 6)𝑑𝑡

𝑠(𝑡) = 3 ∫ 𝑡 2 𝑑𝑡 + 4 ∫ 𝑡𝑑𝑡 − 6 ∫ 𝑑𝑡
𝑠(𝑡) = 𝑡 3 + 2𝑡 2 − 6𝑡 + 𝐶2
Tem-se
𝑠(0) = 𝐶2 . a condição inicial dada é 𝑠(0) = 9, assim a função posição
é
𝑠(𝑡) = 𝑡 3 + 2𝑡 2 − 6𝑡 + 9.
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A Regra da Cadeia para a antidiferenciação

Teorema

Seja 𝑔 uma função derivável e seja o intervalo 𝐼 a imagem de 𝑔. Suponha que 𝑓


seja uma função definida em 𝐼 e que 𝐹 seja uma antiderivada de 𝑓 em 𝐼. Então

∫ 𝑓(𝑔(𝑥))[𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥] = 𝐹(𝑔(𝑥)) + 𝐶.

Prova

Por hipótese,

𝐹 ′ (𝑔(𝑥)) = 𝑓(𝑔(𝑥)) (∗)

Pela regra da cadeia para derivadas

𝐷𝑥 [𝐹(𝑔(𝑥))] = 𝐹 ′ (𝑔(𝑥))[𝑔′(𝑥)] (∗∗)

Substituindo (*) em (**), obtém-se

𝐷𝑥 [𝐹(𝑔(𝑥))] = 𝑓(𝑔(𝑥))[𝑔′(𝑥)]

Da qual segue que

∫ 𝑓(𝑔(𝑥))[𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥] = 𝐹(𝑔(𝑥)) + 𝐶.

Como caso particular do teorema acima, obtém-se a fórmula da potência


generalizada para antiderivadas.

Teorema

Se 𝑔 for uma função derivável e se 𝑛 for um número racional

[𝑔(𝑥)]𝑛+1
∫[𝑔(𝑥)]𝑛 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 = + 𝐶, 𝑛 ≠ −1.
𝑛+1
14

Exemplo

∫ sin 𝑥 cos 𝑥𝑑𝑥

Solução Faça 𝑢 = 𝑠𝑖𝑛𝑥 ⇒ 𝑑𝑢 = cos 𝑥 𝑑𝑥

∫ sin 𝑥 cos 𝑥𝑑𝑥 = ∫ 𝑢 𝑑𝑢


𝑢2
= +𝑐
2
sin2 𝑥
= +𝑐
2

Definição (Diferencial)
Se a função 𝑓 for definida por 𝑦 = 𝑓(𝑥) então a diferencial de 𝑥,
denotada por 𝑑𝑥, é definida por
𝑑𝑥 = ∆𝑥
em que ∆𝑥 é o incremento arbitrário de 𝑥.

Definição (Diferencial)
Se a função 𝑓 for definida por 𝑦 = 𝑓(𝑥) então a diferencial de 𝑦,
denotada por 𝑑𝑦, é definida por
𝑑𝑦 = 𝑓 ′ (𝑥)∆𝑥 = 𝑓 ′ (𝑥)𝑑𝑥.

Exemplo

∫ √2𝑥 + 7 𝑑𝑥

Solução
1
Seja 𝑢 = 2𝑥 + 7 então 𝑑𝑢 = 2 𝑑𝑥. Segue que 𝑑𝑥 = 2 𝑑𝑢 e
15

1
∫ √2𝑥 + 7 𝑑𝑥 = ∫ √𝑢 ∙ 𝑑𝑢
2
1
= ∫ √𝑢 𝑑𝑢
2
1
1 𝑢2+1
= ∙ +𝐶
2 1+1
2
3
1 𝑢2
= ∙ +𝐶
2 3
2
1 3/2
= 𝑢 +𝐶
3
1
= (2𝑥 + 7)3/2 + 𝐶.
3

Exemplo

∫ 𝑥 2 ∙ sin(𝑥 3 ) 𝑑𝑥

Solução
1
Faça 𝑢 = 𝑥 3 então 𝑑𝑢 = 3𝑥 2 𝑑𝑥. Segue que 𝑥 2 𝑑𝑥 = 𝑑𝑢.
3

∫ 𝑥 2 ∙ sin(𝑥 3 ) 𝑑𝑥 = ∫ sin(𝑥 3 ) ∙ 𝑥 2 𝑑𝑥
1
= ∫ sin 𝑢 ∙ 𝑑𝑢
3
1
= ∫ sin 𝑢𝑑𝑢
3
1
= (− cos 𝑢) + 𝐶
3
1
= ((− cos(𝑥 3 ) + 𝐶).
3

Exemplo
𝑥
∫ 𝑑𝑥
1 + 𝑥2
Solução
1
Faça 𝑢 = 1 + 𝑥 2 então 𝑑𝑢 = 2𝑥 𝑑𝑥. Segue que 𝑥𝑑𝑥 = 2 𝑑𝑢
16

1
𝑥 𝑑𝑢
∫ 𝑑𝑥 = ∫2
1 + 𝑥2 𝑢
1 𝑑𝑢
= ∫
2 𝑢
1
= ln 𝑢 + 𝐶
2
1
= ln(1 + 𝑥 2 ) + 𝐶
2
= ln(1 + 𝑥 2 )1/2 + 𝐶.

Faca 𝑢 = 𝑥 então 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥
𝑢
∫ 𝑑𝑢
1 + 𝑢2
Depende da escolha

Exemplo
sin(ln 𝑥)
∫ 𝑑𝑥
𝑥

Solução
1
Faça 𝑢 = ln 𝑥 então 𝑑𝑢 = 𝑥 𝑑𝑥

Portanto
sin(ln 𝑥)
∫ 𝑑𝑥 = ∫ sin 𝑢 𝑑𝑢
𝑥
= − cos 𝑢 + 𝐶
= − cos(ln 𝑥) + 𝐶.

Exemplo
1
∫ 𝑑𝑥
𝑥 2 + 4𝑥 + 5

Solução
1 𝑑𝑥
∫ 𝑑𝑥 = ∫
𝑥2 + 4𝑥 + 5 𝑥2
+ 4𝑥 + 4 + 1
𝑑𝑥
= ∫
(𝑥 + 2)2 + 1
17

Faça 𝑢 = 𝑥 + 2 então 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥
𝑑𝑥 𝑑𝑢
∫ = ∫
(𝑥 + 2)2 + 1 𝑢2 + 1
= 𝑎𝑟𝑐 tan 𝑢 + 𝐶
= 𝑎𝑟𝑐 tan(𝑥 + 2) + 𝐶.
1

INTEGRAL DE RIEMANN

Definição 1.1 Uma partição Ƥ de um intervalo fechado [𝑎, 𝑏 ] é um conjunto


finito ordenado de pontos tais que 𝑥0 = a < 𝑥1 < 𝑥2 < ⋯ < 𝑥𝑛−1 < 𝑥𝑛 = 𝑏.

Observação 1.1
• Escrevemos Ƥ = {𝑥0 < 𝑥1 < ⋯ < 𝑥𝑛 } para indicar que
Ƥ = { 𝑥0 , 𝑥1 , … , 𝑥𝑛 } e 𝑥0 = a < 𝑥1 < 𝑥2 < ⋯ < 𝑥𝑛−1 < 𝑥𝑛 = 𝑏.
• Os pontos de Ƥ servem para dividir [𝑎, 𝑏 ] em n subintervalos
sucessivos
𝐼1 = [𝑥0 , 𝑥1 ], 𝐼2 = [𝑥1 , 𝑥2 ], ⋯ , 𝐼𝑛−1 = [𝑥𝑛−2 , 𝑥𝑛−1 ], 𝐼𝑛 = [𝑥𝑛−1 , 𝑥𝑛 ]

Definição 1.2 A amplitude do intervalo [𝑥𝑖−1 , 𝑥𝑖 ] é indicada por ∆𝑥𝑖 = 𝑥𝑖 − 𝑥𝑖−1 .


Assim: ∆𝑥1 = 𝑥1 − 𝑥0 , ∆𝑥2 = 𝑥2 − 𝑥1 , ⋯ , ∆𝑥𝑛 = 𝑥𝑛 − 𝑥𝑛−1 .

Os números ∆𝑥1 , ∆𝑥2 , ⋯ ∆𝑥𝑛 não são necessariamente iguais, o maior deles
denomina-se amplitude ou norma da partição P e indica-se por max ∆𝑥𝑖 .

Definição 1.3 Definimos a norma da partição Ƥ como o número


‖Ƥ‖ = max{𝑥1 − 𝑥0 , 𝑥2 − 𝑥1 , ⋯ , 𝑥𝑛 − 𝑥𝑛−1 } = max ∆𝑥𝑖 .
a norma de uma partição é o comprimento do maior dentre os subintervalos no
qual a partição subdivide [𝑎, 𝑏 ].

Definição 1.4 Sejam f : [a, b] → R uma função limitada em [𝑎, 𝑏] e seja Ƥ

uma partição de [𝑎, 𝑏]. Definimos


• 𝑚𝑖 = inf{𝑓(𝑥); 𝑥 ∈ [𝑥𝑖−1 , 𝑥𝑖 ]} ;
• 𝑠(𝑓; Ƥ) = ∑𝑛𝑖=1 𝑚𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑥𝑖−1 ) é a soma inferior de 𝑓 relativa a partição
Ƥ.
• 𝑀𝑖 = sup{𝑓(𝑥); 𝑥 ∈ [𝑥𝑖−1 , 𝑥𝑖 ]} ;
2

• 𝑆(𝑓; Ƥ) = ∑𝑛𝑖=1 𝑀𝑖 (𝑥𝑖 − 𝑥𝑖−1 ) é a soma superior de 𝑓 relativa a partição


Ƥ.

Intuitivamente, uma soma superior corresponde a uma aproximação por excesso


da área que pretendemos calcular, enquanto que uma soma inferior corresponde
a uma soma por defeito.

Definição 1.5 Seja f : [a, b] → R uma função limitada em [𝑎, 𝑏 ]. A oscilação

de 𝑓 no intervalo [𝑥𝑖−1 , 𝑥𝑖 ] , denotada por 𝑤𝑖 , é definida pela diferença:


𝑤𝑖 = 𝑀𝑖 − 𝑚𝑖 .

Se 𝑚 = inf{𝑓(𝑥); 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏]} e 𝑀 = sup{𝑓(𝑥); 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏 ]}. Então


𝑚 (𝑏 − 𝑎) ≤ 𝑠(𝑓; Ƥ) ≤ 𝑆(𝑓; Ƥ) ≤ 𝑀(b − a)
Uma vez que 𝑚 ≤ 𝑚𝑖 ≤ 𝑀𝑖 ≤ 𝑀, ∀ i = 1,2, ⋯ , 𝑛.

Definição 1.6 Sejam 𝑓 uma função definida em [𝑎, 𝑏] e Ƥ = {𝑥0 < 𝑥1 < ⋯ < 𝑥𝑛 }
uma partição de [𝑎, 𝑏]. Para cada índice 𝑖 (𝑖 = 1,2, ⋯ , 𝑛) seja 𝑐𝑖 um número em
[𝑥𝑖−1 , 𝑥𝑖 ] escolhido arbitrariamente.

O número
3

∑ 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖 = 𝑓(𝑐1 )∆𝑥1 + 𝑓(𝑐2 )∆𝑥2 + ⋯ + 𝑓(𝑐𝑛 )∆𝑥𝑛


𝑖=1

Denomina-se soma de Riemann de 𝑓, relativa à partição 𝑃 e aos números 𝑐𝑖 .

Observe que se 𝑓(𝑐𝑖 ) > 0, 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖 será a área do retângulo 𝑅𝑖 determinado
pela base ∆𝑥𝑖 e altura 𝑓(𝑐𝑖 ); se 𝑓(𝑐𝑖 ) < 0, a área do retângulo é −𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖 .

Geometricamente, podemos então interpretar a soma de Riemann

∑ 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖
𝑖=1

como a diferença entre a soma das áreas dos retângulos 𝑅𝑖 que estão acima do
eixo 𝑥 e a soma dos que estão abaixo do eixo 𝑥.

Definição 1.7 Seja 𝑓 uma função definida em [𝑎, 𝑏]. Então, 𝑓 é dita integrável
em [𝑎, 𝑏] se existir um número 𝐿 satisfazendo a seguinte condição: para todo
𝜖 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que toda partição 𝑃 para a qual ‖𝑃‖ < 𝛿, com 𝑐𝑖 ∈
[𝑥𝑖−1 , 𝑥𝑖 ], 𝑖 = 1,2, ⋯ , 𝑛, tem-se
4

|∑ 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖 − 𝐿| < 𝜖


𝑖=1

Nessas condições

lim ∑ 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖 = 𝐿.


‖𝑃‖→0
𝑖=1

Definição 1.8

Se 𝑓 for uma função definida no intervalo fechado [𝑎, 𝑏] então a integral definida
𝑏
de 𝑓 de 𝑎 ate 𝑏, denotada por ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥, será dada por

𝑏 𝑛

∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑙𝑖𝑚 ∑ 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖


‖𝑃‖→0
𝑎 𝑖=1

se o limite existir.

Teorema 1.1

Se uma função for contínua no intervalo fechado [𝑎, 𝑏] então 𝑓 é integrável em


[𝑎, 𝑏].

Definição 1.9

Seja 𝑓 uma função contínua no intervalo fechado [𝑎, 𝑏] e 𝑓(𝑥) ≥ 0 para todo 𝑥
em [𝑎, 𝑏]. Seja 𝑅 a região limitada pela curva 𝑦 = 𝑓(𝑥), pelo eixo 𝑥 e pelas retas
𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏. Então, a medida 𝐴 da área da região 𝑅 é dada por

𝑏 𝑛

𝐴 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑙𝑖𝑚 ∑ 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖 .


‖𝑃‖→0
𝑎 𝑖=1
5

Observação 1.2 Convenções:


𝑎
a) ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 0
𝑎 𝑏
b) Se 𝑎 < 𝑏 então ∫𝑏 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = − ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
Com essa convenção podemos escrever
𝑏 𝑐 𝑏

∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥, ∀𝑎, 𝑏, 𝑐


𝑎 𝑎 𝑐

Teorema 1.2

Se 𝑘 for qualquer constante então

∫ 𝑘𝑑𝑥 = 𝑘 (𝑏 − 𝑎).
𝑎

Prova pela definição de integral definida

𝑏 𝑛

∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim ∑ 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖


‖𝑃‖→0
𝑎 𝑖=1

Se 𝑓(𝑥) = 𝑘 para todo 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏], temos

𝑏 𝑛

∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim ∑ 𝑘 ∙ ∆𝑥𝑖


‖𝑃‖→0
𝑎 𝑖=1

𝑏 𝑛

∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim ∑ 𝑘 ∙ ∆𝑥𝑖


‖𝑃‖→0
𝑎 𝑖=1
= 𝑘 ∙ (∆𝑥1 + ∆𝑥2 + ∆𝑥3 + ⋯ + ∆𝑥𝑛 )
= 𝑘 ∙ (𝑥1 − 𝑥0 + 𝑥2 − 𝑥1 + ⋯ + 𝑥𝑛 − 𝑥𝑛−1 )
= 𝑘(𝑥𝑛 − 𝑥0 ) = 𝑘 ∙ (𝑏 − 𝑎).

Teorema 1.3

Se a função 𝑓 for integrável no intervalo fechado [𝑎, 𝑏] e se 𝑘 for uma constante


qualquer, então
6

𝑏 𝑏

∫ 𝑘 ∙ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑘 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 .
𝑎 𝑎

Prova

Como 𝑓 é integrável em [𝑎, 𝑏], lim ∑𝑛𝑖=1 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖 existe, assim,
‖𝑃‖→0

𝑛 𝑛

lim ∑ 𝑘 ∙ 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖 = 𝑘 ∙ lim ∑ 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖


‖𝑃‖→0 ‖𝑃‖→0
𝑖=1 𝑖=1

Logo,

𝑏 𝑏

∫ 𝑘𝑑𝑓(𝑥)𝑥 = 𝑘 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 .
𝑎 𝑎

Teorema 1.4

Se as funções 𝑓 e 𝑔 forem integráveis em [𝑎, 𝑏] então 𝑓 + 𝑔 será integrável em


[𝑎, 𝑏] e

𝑏 𝑏 𝑏

∫[𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥.


𝑎 𝑎 𝑎

Teorema 1.5

Se as funções 𝑓 e 𝑔 forem integráveis em [𝑎, 𝑏] então 𝑓 + 𝑔 será integrável em


[𝑎, 𝑏] e

𝑏 𝑏 𝑏

∫[𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 − ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥.


𝑎 𝑎 𝑎

Primeiro Teorema Fundamental do Cálculo


𝑥
Se 𝑓: [𝑎, 𝑏] → 𝑅 é contínua então 𝐹(𝑥) = ∫𝑎 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 é uma primitiva de 𝑓.
7

Pois

𝐹 ′ (𝑥) = 𝑓(𝑥)

Segundo Teorema Fundamental do Cálculo


Seja 𝑓: [𝑎, 𝑏] → 𝑅 (limitada e integrável que possui uma primitiva 𝐺: [𝑎, 𝑏] → 𝑅 .
Então
𝑏

∫ 𝑓(𝑡)𝑑𝑡 = 𝐺(𝑏) − 𝐺(𝑎),


𝑎

isto é,
𝑏
∫𝑎 𝐺 ′ (𝑡)𝑑𝑡 = 𝐺(𝑏) − 𝐺(𝑎).

Teorema 1.5 [Mudança de variável nas integrais] Sejam 𝑓: [𝑎, 𝑏] → 𝑅


contínua, 𝑔: [𝑐, 𝑑] → 𝑅 derivável, 𝑔′ integrável e 𝑔([𝑐, 𝑑]) ⊂ [a, b]. Então

𝑔(𝑑) 𝑏

∫ 𝑓(𝑢)𝑑𝑢 = ∫ 𝑓(𝑔(𝑥)) 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥


𝑔(𝑐) 𝑎

Demonstração: Sendo 𝑓: [𝑎, 𝑏] → 𝑅 contínua ⟹ 𝑓 tem uma primitiva 𝐹, isto


é, 𝐹 ′ = 𝑓. Pelo Teorema Fundamental do Cálculo
𝑔(𝑑)

𝐹(𝑔(𝑑)) − 𝐹(𝑔(𝑐)) = ∫ 𝑓(𝑢)𝑑𝑢 (1)


𝑔(𝑐)

Por outro lado, pela Regra da Cadeia



[𝐹(𝑔(𝑥))] = 𝐹′ (𝑔(𝑥)) ∙ 𝑔′ (𝑥)
Então 𝐹(𝑔(𝑥)) é uma primitiva de 𝑓(𝑔(𝑥)) ∙ 𝑔′ (𝑥) em [𝑐, 𝑑], pelo Teorema
Fundamental do Cálculo
𝑏

𝐹(𝑔(𝑑)) − 𝐹(𝑔(𝑐)) = ∫ 𝑓(𝑔(𝑥)) ∙ 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 (2)


𝑎

De (1) e (2)
𝑔(𝑑) 𝑏

∫ 𝑓(𝑢)𝑑𝑢 = ∫ 𝑓(𝑔(𝑥)) ∙ 𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 ■


𝑔(𝑐) 𝑎
8

Exemplo
Encontre a integral definida de

3
a) ∫1 𝑥𝑑𝑥

3 3
𝑥2 32 1
∫ 𝑥𝑑𝑥 = [ ] = − =4
2 1 2 2
1

Observação
A integral definida representa a área da região limitada pelo trapézio

−1
b) ∫−2 𝑥 3 𝑑𝑥

−1 −1
3
𝑥4 (−1)4 (−2)4 1 16 15
∫ 𝑥 𝑑𝑥 = [ ] = − = − =− .
−2 4 −2 4 4 4 4 4
9

Teorema 1.5 [Teorema do Valor Médio para Integrais]


Seja 𝑓: [𝑎, 𝑏] → 𝑅 contínua então existe 𝑐 ∈ [𝑎, 𝑏] tal que
𝑏

∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑓(𝑐)(𝑏 − 𝑎).


𝑎

Demonstração: O Teorema de Weierstrass para valores extremos afirma a


existência de números 𝑥1, 𝑥2 ∈ [𝑎, 𝑏], tais que para todo 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏],
𝑓(𝑥1 ) ≤ 𝑓(𝑥) ≤ 𝑓(𝑥2 ).
Integrando de 𝑎 até 𝑏, temos
𝑏 𝑏 𝑏

∫ 𝑓(𝑥1 )𝑑𝑥 ≤ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 ≤ ∫ 𝑓(𝑥2 )𝑑𝑥


𝑎 𝑎 𝑎
𝑏
como 𝑓(𝑥1 ) e 𝑓(𝑥2 ) são constantes e ∫𝑎 𝐾𝑑𝑥 = 𝐾(𝑏 − 𝑎) , obtemos

𝑓(𝑥1 )(𝑏 − 𝑎) ≤ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 ≤ 𝑓(𝑥2 ) (𝑏 − 𝑎)


𝑎

Dividindo por (𝑏 − 𝑎) > 0, obtemos a desigualdade


𝑏
1
𝑓(𝑥1 ) ≤ ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 ≤ 𝑓(𝑥2 )
𝑏−𝑎
𝑎

O Teorema do valor Intermediário garante a existência de 𝑐 ∈ [𝑎, 𝑏] tal que


𝑏
∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 𝑓(𝑐)(𝑏 − 𝑎). ■

𝑏
Observação 1.3 O Teorema 1.5 afirma que ∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 ( área sob o gráfico
de 𝑓) é igual a 𝑓(𝑐)(𝑏 − 𝑎) (área do retângulo de base [𝑎, 𝑏] e altura 𝑓(𝑐)).

Exemplo

Seja 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 para todo 𝑥 ∈ [0,1]. Pelo Teorema do valor médio para
integrais, existe 𝑐 ∈ [0,1] tal que

∫ 𝑥 3 𝑑𝑥 = 𝑓(𝑐)(1 − 0) = 𝑐 3 .
0
10

Como

1 1
3
𝑥4
∫ 𝑥 𝑑𝑥 = ( )
4 0
0
1
= ,
4

1
Concluímos que 𝑐 = 3 .
√4

Assim, a área da região compreendida entre o gráfico de 𝑓, o eixo das


abscissas e a reta 𝑥 = 1 (que é 1/4) coincide com a área do retângulo de
1 1
base 1 e altura 𝑓 ( 3 ) = 4.
√4

Exemplo

a) Faça o gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 9𝑥 2 + 23𝑥 − 15


i) O domínio da função é o conjunto dos números reais.
ii) Quando 𝑥 = 0, tem-se 𝑓(0) = −15 e quando 𝑦 = 0, tem-se três
raízes 1,3 e 5.
iii) Cálculo dos números críticos
𝑓 ′ (𝑥) = 3𝑥 2 − 18𝑥 + 23 = 0

18−√48 18+√48
Números críticos são 𝑥1 = e 𝑥2 =
6 6

iv) Estudo da derivada primeira


+++++ −−−−−− +++++
𝑥1 = 1,8453 𝑥2 = 4,1547
11

• 𝑓 é crescente em (−∞, 𝑥1 ) ∪ (𝑥2 , +∞)


• 𝑓 é decrescente em (𝑥1 , 𝑥2 )
v) Pontos extremos
𝑥1 é ponto de máximo relativo
𝑥2 é ponto de mínimo relativo

vi) Derivada segunda


𝑓 ′′ (𝑥) = 6𝑥 − 18
vii) Cálculo do ponto de inflexão
𝑓 ′′ (𝑥) = 6𝑥 − 18 = 0
6𝑥 = 18 ⇒ 𝑥 = 3.

−−−−−−−−−−−− ++++++++++
𝑥=3
• 𝑓 é côncava para baixo em (−∞, 3)
• 𝑓 é côncava para cima em ( 3, +∞).
Portanto
𝑥 = 3 é ponto de inflexão.

𝑓(𝑥) 𝑓′(𝑥) 𝑓′′(𝑥) CONCLUSÃO

𝑥 < 1,8453 ++++ −−− 𝑓 é crescente e côncava


para baixo

𝑥 = 1,8453 3,0792 0 𝑓 tem um valor máximo


relativo

1,8453 < 𝑥 < 3 −−− −−− 𝑓 é decrescente e


côncava para baixo

𝑥=3 0 0 O gráfico tem um ponto de


inflexão

3 < 𝑥 < 4,1547 −−−− +++ 𝑓 é decrescente e côncava


para cima
12

𝑥 = 4,1547 −3,0792 𝑓 tem um valor mínimo


relativo

𝑥 > 4,1547 +++ +++ 𝑓 é crescente e côncavo


para cima

b) Calcule a área da região limitada pelo gráfico da função, o eixo 𝑥 e as


retas 𝑥 = 1 e 𝑥 = 3.
13

3 3
3 2
𝑥4 23 2
∫(𝑥 − 9𝑥 + 23𝑥 − 15) 𝑑𝑥 = ( − 3𝑥 3 + 𝑥 − 15𝑥)
4 2 1
1
34 23 1 23
= ( − 81 + ∙ 9 − 45) − ( − 3 + − 15)
4 2 4 2
81 207 1 23
= ( − 81 + − 45) − ( − 3 + − 15)
4 2 4 2
81 324 414 180 1 12 46 60
= ( − + − )−( − + − )
4 4 4 4 4 4 4 4
9 25
= (− ) − (− )
4 4
9 25
= − +
4 4
16
= = 4.
4

Exemplo

Calcule a área da região limitada pelo gráfico da função 𝑓(𝑥) = sin 𝑥 e pelo eixo
das abscissas quando 𝑥 ∈ [0,2𝜋].

Como 𝑓(𝑥) ≥ 0 quando 𝑥 está no intervalo fechado [0, 𝜋] e 𝑓(𝑥) ≤ 0 quando 𝑥


está no intervalo [𝜋, 2𝜋], separamos a região em duas partes. Seja 𝐴1 a área da
região quando 𝑥 estiver em [0, 𝜋] e seja 𝐴2 a área da região quando 𝑥 estiver
em [𝜋, 2𝜋]. Então
14

𝜋
𝐴1 = ∫ sin 𝑥𝑑𝑥
0
𝐴1 = (− cos 𝑥)𝜋0
𝐴1 = − cos 𝜋 + cos 0
𝐴1 = 1+1
𝐴1 = 2

2𝜋
𝐴2 = − ∫ sin 𝑥𝑑𝑥
𝜋
𝐴2 = −(− cos 𝑥)2𝜋
𝜋
𝐴2 = cos(2𝜋) − cos 𝜋
𝐴2 = 1 − (−1)
𝐴2 = 2

Se 𝐴 a área da região limitada pelo gráfico da função 𝑓(𝑥) = sin 𝑥 e pelo eixo
das abscissas quando 𝑥 ∈ [0,2𝜋]. Então 𝐴 = 𝐴1 + 𝐴2

Portanto 𝐴 = 4 𝑢. 𝑎

Exemplo

Calcule a área entre os gráficos de 𝑦 = 𝑥 2 e 𝑦 = 𝑥 + 2.


15

Encontre os pontos de interseção da duas curvas

𝑥 2 = 𝑥 + 2 ⇒ 𝑥 2 − 𝑥 − 2 = 0 ⇒ 𝑥 = −1 e 𝑥 = 2

Portanto a área desejada é

𝐴 = ∫[(𝑥 + 2) − 𝑥 2 ]𝑑𝑥
−1
2
𝑥2 𝑥3
𝐴 = ( + 2𝑥 − )
2 3 −1
8 1 1
𝐴 = (2 + 4 − ) − ( − 2 + )
3 2 3
18 − 8 3 − 12 + 2
𝐴 = ( )−( )
3 6
10 7
𝐴 = +
3 6
20 + 7
𝐴 =
6
27
𝐴 =
6
9
𝐴 = 𝑢. 𝑎
2

Exemplo

Calcule a área entre os gráficos de 𝑥 = 𝑦 2 − 2𝑦 e 𝑥 = 2𝑦 − 3.


16

Encontre os pontos de interseção das duas curvas

𝑦 2 − 2𝑦 = 2𝑦 − 3 ⇒ 𝑦 2 − 4𝑦 + 3 = 0 ⇒ 𝑦 = 1 e 𝑦 = 3

Quando 𝑦 = 1 ⇒ 𝑥 = −1 e quando 𝑦 = 3 ⇒ 𝑥 = 3

Portanto os pontos de interseção são (−1,1) e (3,3).

A integração é feita em 𝑦, porque as funções estão resolvidas


para 𝑥 e não para 𝑦.

𝐴 = ∫[(2𝑦 − 3) − (𝑦 2 − 2𝑦)]𝑑𝑦
1
3

𝐴 = ∫(−𝑦 2 + 4𝑦 − 3)𝑑𝑦
1
3
𝑦3
𝐴 = (− + 2𝑦 2 − 3𝑦)
3 1
1
𝐴 = (−9 + 18 − 9) − (− + 2 − 3)
3
1
𝐴 = +1
3
4
𝐴 = 𝑢. 𝑎
3
1

CÁLCULO DE ÁREAS

Seja 𝑓 contínua em [𝑎, 𝑏 ], com 𝑓(𝑥) ≥ 0, ∀ 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏 ]. Estamos


interessados em definir a área da região limitada pelo gráfico de 𝑦 = 𝑓(𝑥), o eixo
𝑥 e as retas 𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏.

então, a medida 𝐴 da área da região é dada por

𝐴 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
𝑎

Exemplo

Calcule a área da região limitada pelo gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 , o eixo 𝑥 e as


retas 𝑥 = 0 e 𝑥 = 1.
Solução
A região está representada na figura abaixo, como 𝑓(𝑥) ≥ 0 em [0, 1], a área da
região hachurada é
1

𝐴 = ∫ 𝑥 3 𝑑𝑥
0
1
𝑥4
= ( )
4 0
1
= 𝑢. 𝑎.
4
2

Seja 𝑓 contínua em [𝑎, 𝑏 ], com 𝑓(𝑥) ≤ 0, ∀ 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏 ]. Estamos


interessados em definir a área da região limitada pelo gráfico de 𝑦 = 𝑓(𝑥), o eixo
𝑥 e as retas 𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏.

então, a medida 𝐴 da área da região é dada por

𝐴 = − ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥.
𝑎
3

Exemplo

Calcule a área da região limitada pelo gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 , o eixo 𝑥 e as


retas 𝑥 = −1 e 𝑥 = 0.
Solução
A região está representada na figura abaixo, como 𝑓(𝑥) ≤ 0 em [−1, 0 ], a área
da região hachurada é
0

𝐴 = − ∫ 𝑥 3 𝑑𝑥
−1
0
𝑥4
= −( )
4 −1
(−1)4
= − (0 − )
4
1
= 𝑢. 𝑎.
4
4

SOMA DAS ÁREAS


Calcule a área da região hachurada

Qual é a área da região limitada pelo gráfico da função 𝑓, o eixo 𝑥 e as retas


𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏.
𝑐 𝑑 𝑏

𝐴 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 − ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥.


𝑎 𝑐 𝑑

Exemplo
Calcule a área da região limitada pelo gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 , o eixo 𝑥 e as
retas 𝑥 = −1 e 𝑥 = 1.

Solução
A região está representada na figura abaixo, como 𝑓(𝑥) ≤ 0 em [−1, 0 ] e
𝑓(𝑥) ≥ 0 em [0, 1 ] , separamos a região em duas partes. Seja 𝐴1 a área da região
quando 𝑥 estiver em [−1,0] e seja 𝐴2 a área da região quando 𝑥 estiver em
[0,1]. Então
0

𝐴1 = − ∫ 𝑥 3 𝑑𝑥
−1
0
𝑥4
= −( )
4 −1
(−1)4
= − (0 − )
4
1
= 𝑢. 𝑎.
4
5

e
1

𝐴2 = ∫ 𝑥 3 𝑑𝑥
0
1
𝑥4
= ( )
4 0
1
= 𝑢. 𝑎.
4
A área é dada por
𝐴 = 𝐴1 + 𝐴2
Portanto
𝐴 = 𝐴1 + 𝐴2
1 1
= +
4 4
1
= 𝑢. 𝑎.
2
6

Exemplo

a) Faça o gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 9𝑥 2 + 23𝑥 − 15

i) O domínio da função é o conjunto dos números reais.


ii) Quando 𝑥 = 0, tem-se 𝑓(0) = −15 e quando 𝑦 = 0, tem-se três
raízes 1,3 e 5.
iii) Cálculo dos números críticos
𝑓 ′ (𝑥) = 3𝑥 2 − 18𝑥 + 23 = 0

18−√48 18+√48
Números críticos são 𝑥1 = e 𝑥2 =
6 6

iv) Estudo da derivada primeira


+++++ −−−−−− +++++
𝑥1 = 1,8453 𝑥2 = 4,1547

• 𝑓 é crescente em (−∞, 𝑥1 ) ∪ (𝑥2 , +∞)


• 𝑓 é decrescente em (𝑥1 , 𝑥2 )
v) Pontos extremos
𝑥1 = 1,8453 é ponto de máximo relativo
𝑥2 = 4,1547 é ponto de mínimo relativo
vi) Derivada segunda
𝑓 ′′ (𝑥) = 6𝑥 − 18
vii) Cálculo do ponto de inflexão
𝑓 ′′ (𝑥) = 6𝑥 − 18 = 0
6𝑥 = 18 ⇒ 𝑥 = 3.

−−−−−−−−−−−− ++++++++++
𝑥=3
• 𝑓 é côncava para baixo em (−∞, 3)
• 𝑓 é côncava para cima em ( 3, +∞).
Portanto, 𝑥 = 3 é ponto de inflexão.
7

𝑓(𝑥) 𝑓′(𝑥) 𝑓′′(𝑥) CONCLUSÃO

𝑥 < 1,8453 ++++++++ −−−−− 𝑓 é crescente


e côncava
para baixo

𝑥 = 1,8453 3,0792 0 𝑓 tem um valor


máximo
relativo

1,8453 < 𝑥 < 3 −−−−− −−−−− 𝑓é


decrescente e
côncava para
baixo

𝑥=3 0 0 O gráfico tem


um ponto de
inflexão

3 < 𝑥 < 4,1547 −−−− +++++ 𝑓é


decrescente e
côncava para
cima

𝑥 = 4,1547 −3,0792 𝑓 tem um valor


mínimo relativo

𝑥 > 4,1547 +++++ +++++ 𝑓 é crescente


e côncava para
cima
8

b) Calcule a área da região limitada pelo gráfico da função, o eixo 𝑥 e as


retas 𝑥 = 1 e 𝑥 = 3.

3 3
3 2
𝑥4 23 2
∫(𝑥 − 9𝑥 + 23𝑥 − 15) 𝑑𝑥 = ( − 3𝑥 3 + 𝑥 − 15𝑥)
4 2 1
1
34 23 1 23
= ( − 81 + ∙ 9 − 45) − ( − 3 + − 15)
4 2 4 2
81 207 1 23
= ( − 81 + − 45) − ( − 3 + − 15)
4 2 4 2
81 324 414 180 1 12 46 60
= ( − + − )−( − + − )
4 4 4 4 4 4 4 4
9 25
= (− ) − (− )
4 4
9 25
= − +
4 4
16
= = 4 𝑢. 𝑎.
4
9

ÁREA ENTRE CURVAS

Suponha que 𝑓 e 𝑔 sejam contínuas em [𝑎, 𝑏] e tais que 𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥),


∀ 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏]. Queremos encontrar a área da região limitada pelos gráficos das
funções 𝑦 = 𝑓(𝑥), 𝑦 = 𝑔(𝑥) e pelas retas 𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏.

Tome uma partição 𝑃 do intervalo [𝑎, 𝑏], com o i-ésimo subintervalo tendo
comprimento ∆𝑥𝑖 . Em cada subintervalo, escolha um ponto arbitrário 𝑐𝑖 .
Considere o retângulo de altura [𝑓(𝑐𝑖 ) − 𝑔(𝑐𝑖 )] e base ∆𝑥𝑖 , como mostra a figura
abaixo

Há 𝑛 retângulos cobrindo a área da região desejada. A soma das medidas das


áreas desses 𝑛 retângulos é dada pela seguinte soma de Riemann:

∑[𝑓(𝑐𝑖 ) − 𝑔(𝑐𝑖 )] ∆𝑥𝑖


𝑖=1

Esta soma é uma aproximação da área da região desejada. Quanto menor for
o valor da norma da partição melhor será a aproximação. Definimos

𝑛 𝑏

𝐴 = lim ∑[𝑓(𝑐𝑖 ) − 𝑔(𝑐𝑖 )] ∆𝑥𝑖 = ∫[𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥.


‖𝑃‖→0
𝑖=1 𝑎
10

Área entre curvas

Suponha que 𝑓 e 𝑔 sejam contínuas em [𝑎, 𝑏] e tais que 𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥),


∀ 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏]. Então a área da região limitada pelos gráficos de 𝑓 e 𝑔 e pelas
retas 𝑥 = 𝑎 e 𝑥 = 𝑏 é dada por

𝐴 = ∫[𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥,
𝑎

independente de 𝑓 e 𝑔 serem positivas ou não.

1º caso: 𝑓(𝑥) ≥ 0, 𝑔(𝑥) ≥ 0 e 𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥), ∀ 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏].

Neste caso,

𝑏 𝑏 𝑏

𝐴 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 − ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥 = ∫[𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥.


𝑎 𝑎 𝑎
11

2º caso: 𝑓(𝑥) ≥ 0, 𝑔(𝑥) ≤ 0 , ∀ 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏].

Neste caso,

𝑏 𝑏 𝑏

𝐴 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + [− ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥] = ∫[𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥.


𝑎 𝑎 𝑎

3º caso: 𝑓(𝑥) ≤ 0, 𝑔(𝑥) ≤ 0 e 𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥), ∀ 𝑥 ∈ [𝑎, 𝑏].

Neste caso,
12

𝑏 𝑏 𝑏

𝐴 = − ∫ 𝑔(𝑥)𝑑𝑥 − [− ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥] = ∫[𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)]𝑑𝑥.


𝑎 𝑎 𝑎

Exemplo

Calcule a área da região entre duas parábolas 𝑦 2 = 4𝑥 e 𝑥 2 = 4𝑦

Solução a parábola 𝑦 2 = 4𝑥 representa duas funções 𝑦 = −2√𝑥 e 𝑦 = 2√𝑥

𝑥2
Cálculo dos pontos de interseção de 𝑦 = 2√𝑥 e 𝑦 = .
4

𝑥2
2√𝑥 =
4
8 ∙ √𝑥 = 𝑥2
64 ∙ 𝑥 = 𝑥4
𝑥 4 − 64𝑥 = 0
𝑥 ∙ (𝑥 3 − 64) = 0

𝑥 = 0 𝑜𝑢 𝑥 3 − 64 = 0


13

3
𝑥 = 0 ou 𝑥 = √64 = 4.

Portanto

4 4
𝑥2 𝑥2
𝐴 = ∫ (2√𝑥 − ) 𝑑𝑥 = ∫ (2 ∙ 𝑥1/2 − ) 𝑑𝑥
4 4
0 0
3 4
𝑥2 𝑥3
= (2 ∙ − )
3 12
2 0
4 64
= ∙8−
3 12
32 16
= −
3 3
16
= 𝑢. 𝑎.
3

Exemplo

Calcule

3
a) ∫−3(𝑥 + 2)𝑑𝑥
3
b) ∫−3|𝑥 + 2|𝑑𝑥
3
c) ∫−3(|𝑥| + 2)𝑑𝑥
3
d) ∫−3(2 − |𝑥|)𝑑𝑥

Solução
a)
3 3
𝑥2
∫(𝑥 + 2)𝑑𝑥 = ( + 2𝑥)
2 −3
−3
9 9
= ( + 6) − ( − 6)
2 2
9 9
= +6− +6
2 2
= 12
14

b)

|𝑥 + 2| = { 𝑥 + 2 𝑠𝑒 𝑥 ≥ −2
−𝑥 − 2 𝑠𝑒 𝑥 < −2

3 −2 3

∫|𝑥 + 2|𝑑𝑥 = ∫ (−𝑥 − 2)𝑑𝑥 + ∫(𝑥 + 2)𝑑𝑥


−3 −3 −2
2 −2 3
𝑥 𝑥2
= (− − 2𝑥) + ( + 2𝑥)
2 −3
2 −2
4 9 9 4
= [(− + 4) − (− + 6)] + [( + 6) − ( − 4)]
2 2 2 2
5 5
= [ − 2] + [ + 10]
2 2
10
= +8
2
= 5 + 8 = 13.

c)
𝑥+2 𝑠𝑒 𝑥≥0
|𝑥| + 2 = {
−𝑥 + 2 𝑠𝑒 𝑥<0

3 0 3

∫|𝑥| + 2 𝑑𝑥 = ∫(−𝑥 + 2)𝑑𝑥 + ∫(𝑥 + 2)𝑑𝑥


−3 −3 0
2 0 3
𝑥 𝑥2
= (− + 2𝑥) + ( + 2𝑥)
2 −3
2 0
0 9 9 0
= [(− + 0) − (− − 6)] + [( + 6) − ( − 0)]
2 2 2 2
9 9
= [ + 6] + [ + 6]
2 2
18
= + 12
2
= 9 + 12 = 21.

d)
2−𝑥 𝑠𝑒 𝑥≥0
2 − |𝑥| = {
2+𝑥 𝑠𝑒 𝑥<0
15

3 0 3

∫(2 − |𝑥|) 𝑑𝑥 = ∫(2 + 𝑥)𝑑𝑥 + ∫(2 − 𝑥)𝑑𝑥


−3 −3 0
2 0 3
𝑥 𝑥2
= ( + 2𝑥) + (− + 2𝑥)
2 −3
2 0
0 9 9 0
= [( + 0) − ( − 6)] + [(− + 6) − ( + 0)]
2 2 2 2
9 9
= [− + 6] + [− + 6]
2 2
18
= − + 12
2
= −9 + 12 = 3.

CONCEITO DE TRABALHO
O trabalho realizado por uma força atuando sobre um objeto é definido
em Física como sendo a intensidade da força vezes o deslocamento.

Exemplo
Suponha que um objeto se mova ao longo do eixo 𝑥, de um ponto 𝑎 até
um ponto 𝑏 e sobre o objeto esteja agindo uma força de 𝐹 newtons na
direção do movimento. Então, se o deslocamento for medido em metros,
(𝑏 − 𝑎) será o número de metros no deslocamento. Se 𝑊 for o número de
unidades do trabalho realizado pela força, 𝑊 é definido por
𝑊 = 𝐹(𝑏 − 𝑎).

Observação
• A unidade de medida do trabalho depende das unidades de força
e distância. No sistema métrico, se a unidade de massa for medida
em quilogramas e a distância for medida em metros, então a
unidade de força será o newton e a unidade de trabalho será
newton-metro que é chamado de joule (J).
• Se a unidade de massa for medida em grama e a distância for
medida em centímetros, então a unidade de força será o dina e a
unidade de trabalho será dina-centímetro que é chamado de erg.
• Para conversão, 1 newton é 105 dinas e 1 joule é 107 ergs.
16

• No sistema inglês, a força é medida em libras e a distância em pés,


o trabalho é medido em pés-libras.

Exemplo

Encontre o trabalho realizado ao levantar uma pedra com 8 𝑘𝑔 de massa uma


altura de 4𝑚.

Solução

Usando a formula da força 𝐹 = 𝑚𝑎, sendo 𝑎 = 9,81 a aceleração. Temos

𝑀 = 8 𝐾𝑔, 𝑎 = 9,81

Logo,

𝐹 = 8 ∙ 9,81
= 78,48 𝑛𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛𝑠

Logo,

𝑊 = 78,48 ∙ 4
= 313,92.

Portanto, o trabalho realizado é de 313,92 𝐽.

Suponha que 𝑓 seja contínua no intervalo [𝑎, 𝑏] e 𝑓(𝑥) unidades seja a força
que age na direção do movimento sobre um objeto, quando ele se move para a
direita, ao longo do eixo 𝑥, de um ponto 𝑎 para um ponto 𝑏. seja 𝑃 uma partição
do intervalo [𝑎, 𝑏]:

O i-ésimo subintervalo é [𝑥𝑖−1 , 𝑥𝑖 ], e se 𝑥𝑖−1 está próximo de 𝑥𝑖 , a força é quase


constante nesse subintervalo. Suponha que a força seja constante no i-ésimo
subintervalo e seja 𝑐𝑖 um número em [𝑥𝑖−1 , 𝑥𝑖 ] escolhido arbitrariamente, então se
17

∆𝑊𝑖 for o trabalho realizado sobre o objeto quando ele se move do ponto 𝑥𝑖−1 ao ponto
𝑥𝑖 temos que

∆𝑊𝑖 = 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖 .

O número

∑ ∆𝑊𝑖 = 𝑓(𝑐1 )∆𝑥1 + 𝑓(𝑐2 )∆𝑥2 + ⋯ + 𝑓(𝑐𝑛 )∆𝑥𝑛


𝑖=1

Denomina-se soma de Riemann de 𝑓, relativa à partição 𝑃 e aos números 𝑐𝑖 .

Quanto menor for a norma da partição, maior será 𝑛 e mais perto estará a soma
de Riemann da medida do trabalho realizado.

Definição

Se 𝑓 for uma função contínua no intervalo fechado [𝑎, 𝑏] e 𝑓(𝑥) o número de


unidades na força que age sobre um objeto situado no ponto 𝑥 do eixo 𝑥. Então
se 𝑊 unidades for o trabalho realizado pela força quando o objeto se move de 𝑎
até 𝑏, é definido por

𝑛 𝑏

𝑊 = lim ∑ 𝑓(𝑐𝑖 )∆𝑥𝑖 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥.


‖𝑃‖→0
𝑖=1 𝑎

Exemplo

𝑥3
Uma força 𝐹 dada por 𝐹(𝑥) = + 1 Newtons age numa partícula 𝑃 no eixo 𝑥 e
3

move a partícula de 𝑥 = 2 metros até 𝑥 = 5 metros. Qual o trabalho realizado


18

Solução

5
𝑥3
𝑊 = ∫( + 1) 𝑑𝑥
3
2
5
𝑥4
= ( + 𝑥)
12 2
54 24
= ( + 5) − ( + 2)
12 12
625 60 16 24
= ( + )−( + )
12 12 12 12
685 40
= −
12 12
645
=
12
215
= = 53,75 𝐽
4

INTEGRAÇÃO POR PARTES

A regra que corresponde à regra do produto para a integração é chamada de


integração por partes.

A regra do produto na derivada nos diz que se f e g são deriváveis então

𝑑
[𝑓(𝑥)𝑔(𝑥)] = 𝑓(𝑥)𝑔′ (𝑥) + 𝑔(𝑥)𝑓′(𝑥)
𝑑𝑥
𝑑
[𝑢𝑣] = 𝑢𝑣 ′ + 𝑣𝑢′
𝑑𝑥

Integrando ambos os membros dessa equação, temos:

𝑑
∫ [𝑓(𝑥)𝑔(𝑥)]𝑑𝑥 = ∫[𝑓(𝑥)𝑔′ (𝑥) + 𝑔(𝑥)𝑓′(𝑥)]𝑑𝑥
𝑑𝑥
𝑓(𝑥)𝑔(𝑥) = ∫ 𝑓(𝑥)𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑔(𝑥)𝑓′(𝑥)𝑑𝑥

∫ 𝑓(𝑥)𝑔′ (𝑥)𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥)𝑔(𝑥) − ∫ 𝑔(𝑥)𝑓′(𝑥)𝑑𝑥


19

Se 𝑢 = 𝑓(𝑥) e 𝑑𝑣 = 𝑔′(𝑥)𝑑𝑥 temos 𝑑𝑢 = 𝑓 ′ (𝑥)𝑑𝑥 e 𝑣 = 𝑔(𝑥). Portanto

∫ 𝑢𝑑𝑣 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢

Exemplo

∫ ln 𝑥𝑑𝑥

Solução

Seja 𝑢 = ln 𝑥 e 𝑑𝑣 = 𝑑𝑥. Então

1
𝑑𝑢 = 𝑥 𝑑𝑥 e 𝑣=𝑥

Assim

1
∫ ln 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 ln 𝑥 − ∫ 𝑥 ∙ 𝑑𝑥
𝑥
= 𝑥𝑙𝑛 𝑥 − ∫ 𝑑𝑥
= 𝑥 ln 𝑥 − 𝑥 + 𝑐

Exemplo

∫ 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑥 𝑑𝑥

Solução

Seja 𝑢 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑥 e 𝑑𝑣 = 𝑑𝑥. Então

1
𝑑𝑢 = 𝑥 2 +1 𝑑𝑥 e 𝑣=𝑥

Assim
20

𝑥𝑑𝑥
∫ 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑥𝑑𝑥 = 𝑥𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑥 − ∫
𝑥2 + 1

𝑥𝑑𝑥
Para resolver essa integral, precisamos calcular ∫ 𝑥 2 +1

que é resolvida usando o método da substituição.

𝑑𝑡
Faça 𝑡 = 𝑥 2 + 1 ⇒ 𝑑𝑡 = 2𝑥 𝑑𝑥 ⇒ 𝑥𝑑𝑥 = 2

Logo

𝑥𝑑𝑥 1 𝑑𝑡
∫ = ∫ 1
𝑥2 + 1 2 𝑡 = ln 𝑡
1 2
= ln(𝑥 2 + 1) + 𝑐
2

Portanto

𝑥𝑑𝑥
∫ 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑥𝑑𝑥 = 𝑥𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑥 − ∫
𝑥2 + 1
1
= 𝑥 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔𝑥 − ln(𝑥 2 + 1) + 𝑐
2

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