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Bem, esta história começa em um pequeno orfanato em São Paulo.

Duas
crianças, que estão prestes a entrar na adolescência estão fraternizando algo muito
especial, o namoro. Luis e Renata, ambos de doze anos, são amigos desde muito
pequenos.
Os pais de Renata morreram em um acidente de avião, como os familiares não
podiam (ou não quiseram) ficar com a garota, ela teve que ir para o orfanato aos
quatro anos de idade onde conheceu Luis, o seu único amigo na época. Eles foram
crescendo juntos, foram virando amigos inseparáveis. Fizeram outras amizades, mas
nenhuma tão forte quanto a deles, até que os dois começaram a perceber que sentiam
algo a mais um pelo outro. No aniversário de doze anos de Luis, Renata lhe deu um
beijo de presente e revelou o seu amor juvenil há ele. Sendo correspondida, os dois
começaram a namorar, e então, chegamos ao inicio de nossa história.

(CENA 1 – EM UM CAMPO, PERTO DO ORFANATO)


Renata e Luis estão deitados em uma campina e olham para o céu azul de fim de
tarde, quando os dois começam a conversar.

LUIS (apaixonado)
- Renata, você vai me amar para sempre?

RENATA (com um sorriso sincero)


- Sempre!

LUIS
- Mas... E se você for adotada?

RENATA
- É muito difícil, na nossa idade, nos adotarem, mas, mesmo assim, se me adotarem, eu
irei continuar te amando (ela se vira para ele e ele para ela e os dois dão um selinho meio
envergonhado, depois, se levanta). Melhor irmos, já está ficando tarde e podem descobrir
que a gente saiu do orfanato...

LUIS
- Verdade. Vamos!

Chegando ao orfanato. Eles se despendem, dão um beijo na bochecha e cada um


se dirige para o seu dormitório.

(CENA 2 – UM LUGAR DESCONHECIDO)


Luis esta em uma igreja enorme vestindo um paletó preto. Está muito bonito e
com a aparência nervosa. É um falatório para todo o lado. Há flores brancas em volta.
Ele está em pé a frente de todos que estão sentados e vê muitas pessoas o olhando,
ele parece ser o centro das atenções.
De repente todos se calam. Um padre aparece e fica em pé a frente dele. Luis da
as costas ao padre e olha para a porta da igreja, então, começa a tocar uma música.
Todos que estavam sentados se põem de pé e veem entrando pela porta grande no
começo do corredor uma menina linda, com um vestido branco muito longo e um véu
em sua cabeça que se arrastava pelo chão. Ela foi indo em direção ao Luis que agora
parecia estar surpreendentemente feliz.
LUIS (sorrindo)
- Você está linda Renata.

RENATA
- Obrigada, você também está muito bonito.

PADRE (levantando os braços)


- Todos podem se sentar, vamos começar a cerimônia (Luis e Renata se viram para
olhar o padre).

Depois de muito falatório, que Luis nem sequer ouviu direito pois estava
prestando atenção em Renata, ele é chamado a atenção pela seguinte pergunta:

- Luis, você aceita Renata como sua legitima esposa, para amá-la e respeitá-la, na saúde
e na doença, na alegria e na tristeza, por todos os dias da sua vida, até que a morte os separe?

LUIS (decidido)
- Eu aceito!

PADRE
- E você Renata. Acei... (ele é interrompido)

RENATA
-Sim, claro, aceito.

PADRE (olhando feio para Renata)


- Então eu os declaro, marido e mulher. O noivo pode beijar a noiva (Luis olha para ela,
eles ficam de frente um para o outro. Ele vai chegando de pertinho, todos olhando com
um sorriso no rosto, alguns começam a chorar de alegria pelo o grande momento. Ele
já pode sentir o cheiro suave de rosa exalando de sua amada. De repente, quando ele
está prestes a tocar os lábios rosados de Renata...)

AMIGO DE LUIS
- Luis, Luis, acorda!

LUIS (meio sonolento)


- Oi, oi, o que foi Pablo?!

PABLO
- É a Renata, Luis!

LUIS
- O que tem ela?

PABLO
- Ela está indo embora!

LUIS
- Como assim, por quê? Não estou entendendo.
PABLO
- Ela foi adotada, Luis, hoje de manhãzinha e já estão levando ela.

LUIS
- O que? Não pode ser! Eles não conseguiriam adotar uma menina assim... tão rápido.

PABLO
- Mas ela nunca te contou? Já está fazendo quase um ano que estão querendo adotá-la,
só agora que conseguiram.

LUIS (desolado)
- NÃAAAAAAO! Não pode ser! É mentira! Aonde ela está?! (Luis dá um salto da cama,
segurando com todas as suas forças às lágrimas em seus olhos. Era oito e meia da
manhã e a maioria já estava acordada há algum tempo).

PABLO
- A ultima vez que eu a vi ela estava levando a bagagem dela para o carro (Luis sai como
um foguete de dentro do quarto).

Ele sai perguntando a todos se viram Renata, até que ele vai até à entrada do
orfanato e a vê de longe muito feliz entrando em um carro. Ela fecha a porta. Luis
tenta correr em direção ao carro, mas ele liga. Sabendo que não vai chegar a tempo,
Luis grita pelo nome dela. Já dentro do carro, Renata se vira e olha pelo vidro traseiro
do carro um Luis muito triste, mas já era tarde, o carro já estava andando. Ela acena
para ele, porém não estava mais sorrindo, seu rosto havia ficado triste. Luis devolve o
aceno, cai de joelhos no chão e se desespera em choro.
Depois que o carro já partirá, ele volta para o seu dormitório, deita a cabeça no
travesseiro de sua cama e começa a chorar em silêncio até pegar outra vez sono...

Quatro anos depois...

(CENA 3 – NO QUARTO DE LUIS)


MÃE ADOTIVA DE LUIS
- Anda Luis, hoje tem aula.

LUIS (esfregando os olhos)


- Eu sei mãe, já estou indo...

MÃE ADOTIVA DE LUIS


- Vê se não demora, eu já estou indo trabalhar.

LUIS
- OK. Pode deixar que dessa vez eu não vou chegar atrasado na escola (até porque se
ele chegar mais uma vez atrasado, ganhará uma advertência).

MÃE ADOTIVA DE LUIS (na cozinha)


- Beijo meu filho, boa aula.

LUIS
- Valeu mãe, bom serviço (ela sai para o trabalho).
- Ai, ai, agora eu preciso levantar (ele fica olhando para o teto por uns minutos até
se levantar).

Depois de sair do banho, Luis come um lanche antes de ir, então o seu amigo,
Yuri, o chama para os dois irem juntos para a escola.

LUIS (tomando as pressas um copo de Nescau)


- Já estou indo, espera um segundo.

Luis pega a sua mochila que está no seu lado, toma um último gole de Nescau, e
sai porta afora.

YURI/AMIGO DE LUIS
- Pronto para a prova de hoje? (Os dois caminhando pela calçada em direção a
escola).

LUIS (apavorado)
- Hoje tem prova?!

YURI (rindo)
- Não tem, estou brincando.

LUIS (mais aliviado)


- Filho da mãe, você quase me mata do coração.

YURI
- Você é muito tanso – disse Yuri aos risos.

LUIS (agora rindo)


- Ah, cala a boca! (Luis dá uma rápida olhada para os lados e olha para dentro de
uma casa que com a janela baixa e então aparece uma menina muito parecida com a
Renata. Seu coração acelerou, ele nem percebeu que estava no meio da rua).

YURI (rindo da calçada)


- Ei! Seu maluco! Está indo aonde?

LUIS
- Ahm? Que? (Luis percebe que está no meio da pista de carro, a menina já não
estava mais lá).

UM DOS MOTORISTA
- Seu maluco, sai da frente! (vários carros começaram a buzinar e a falar mal).

LUIS (voltando para a calçada)


- Ah, desculpa, foi mal.

YURI
- O que foi aquilo?
LUIS (um constrangido)
- Nada, só pensei ter visto uma pessoa conhecida.

YURI
- Tô te falando! Tais ficando doido...

LUIS
- Já falei pra calar a boca, não falei?!

(CENA 4 – NA ESCOLA)
Eles chegam à escola. O sinal já havia tocado há uns dois minutos, mas só agora a
sala de aula foi aberta. Luis ainda estava pensando naquilo que viu: será que era
mesmo a Renata, ou apenas uma pessoa parecida com ela?! Uma coisa ele tinha
certeza, ele não estava delirando, tinha sim uma menina de cabelos ruivos, lisos e
longos naquela sala de estar parecida com a Renata.

Depois de uns dois minutos, a sala já estava cheia de alunos e com muita
bagunça. O professor de biologia entra, Vanderson, entra.

PROFESSOR VANDERSON
- Silêncio, por favor! Já estou em sala de aula e por tanto eu quero ordem e respeito (a
sala inteira fez silencio pela chegada da diretora Suzana).

- Hoje vamos ap... (ele mesmo se interrompe). Olá senhora diretora, como vai?

DIRETORA SUZANA (parecendo simpática)


- Eu já lhe disse que pode me chamar de Suzana, Vanderson. Vim trazer a nova aluna e
apresentar a todos da sala.

PROFESSOR VANDERSON
- Nova aluna? Quase no fim do ano letivo?

DIRETORA SUZANA (no tom mais rude)


- Faltam ainda mais dois bimestres para fechar o ano letivo, e mesmo que faltasse
apenas duas semanas eu iria admitir alunos em nossa escola, professor (Suzana se vira para
a turma, que muito raramente estava quieta).

- Eu vim aqui apresentar a vocês uma nova aluna, veio de São Antonio para Barretos e
vai cursar em nossa escola (ela fez um aceno com a cabeça para a porta a onde a pessoa
estava, então a pessoa entra e Luis arregala os olhos).

- Essa aqui é a Renata, pessoal, tem quinze anos (Renata olha para a turma, menos
para onde Luis estava sentado. Ele começa a ficar nervoso, era a mesma menina que
ele tinha visto hoje na ida a escola, ela era mesmo, Renata. Sem pensar, Luis se
levanta).

- O que foi Luis? (Nesse exato momento Renata olha para ele. Os olhos dos dois se
encaram. Ele não sabia o que estava sentindo naquele momento, era uma mistura de
emoções. Renata também estava na mesma situação, parecia nervosa, mas agora,
surpresa e angustiada).

- Luis, eu lhe fiz uma pergunta.

LUIS
- Ah, e-e-eu posso ir ao banheiro?

DIRETORA SUZANA
- É importante?

LUIS
- Muito!

DIRETORA SUZANA
- Então vai. Depois você pode mostrar a escola a Renata? Já que você está saindo assim
em plena apresentação da aluna, vocês poderiam se conhecer dessa maneira (Renata e Luis
não param de olhar um para o outro, os olhos deles pareciam estar atraídos por algo).

- Então menino?! Você não precisa ir ao banheiro urgente? Então me responda!

LUIS
- Sim, cla-claro. Com licença (ele sai da sala rapidamente. Renata e Luis ainda se
olham até ele sair da sala).

Luis para em um bebedouro e começa a beber muita água. Ele senta em um


banco que havia ao lado. A porta do banheiro masculino à sua direita. Seus
pensamentos começam a borbulhar. Será que ele ainda gosta dela? E ela, o que será
que sente por ele? Como ele foi tolo, ao invés de cumprimentar a garota e mostrar
felicidade pelo reencontro, não. Fugiu. Ficou paralisado, sem saber o que fazer... e
agora?! Será que ele chega nela? Será que ele espera ela chegar nele? Será que ele
finge que não se lembra dela? Ele realmente não sabe o que fazer... Será que ele deve
abraçá-la e dizer que sentia saudades e nunca a esqueceu? Bem, apenas uma coisa era
certa, ele ainda sentia algo por ela... talvez por esse motivo que nunca ficou com
ninguém...

Luis volta a sala de aula com um pouco de vergonha. Todos estavam


conversando enquanto o professor passava alguma tarefa no quadro negro. Renata
estava sentada em uma mesa encostada na parede no fundo da sala. Não demorando
muito, o sinal da escola toca. Ele rapidamente guarda as suas coisas na mochila,
quando Renata se aproxima dele.

RENATA
- Posso te acompanhar? A diretora Suzana disse que você iria me mostrar a escola.

LUIS
- Sim, claro. Vamos sim!

(CENA 5 – NO CORREDOR DA ESCOLA)


Os dois saem da sala de aula um do lado do outro, com um pouco de distância
um do outro. Eles ficam sem se falar por um tempo. Luis vai até o gramado da escola e
Renata o acompanha. Ambos param e então Renata se joga em cima dele fazendo com
que os dois caem e saem rolando pelo gramado. Assim que param, ela fica em cima
dele e os dois se olham...

RENATA
- Eu não acredito que é você! (ela sai de cima dele).

LUIS
- Eu também não acredito que é você! Chegasse aqui quando?

RENATA
- Faz um mês já, mas como a escola estava de férias, eu não saia de casa! Meu Deus,
você está tão diferente!

LUIS
- Você também, parece outra pessoa.

RENATA
- Sim. Mudei em muitas coisas. Mas então, você está com uma nova família?

LUIS
- Estou sim, já faz uns dois anos, depois que você... Você foi embora (fica um silêncio
um pouco constrangedor).

- Por que não me contou?

RENATA
- O que?

LUIS
- Por que não me contou que você ia ser adotada?

RENATA
- Não era certo. Talvez desse errado e eu não fosse ser adotada.

LUIS
- Para! Alguma hora ia dar certo. O problema de tudo é pedir permissão pro juiz, e
papelada atrás de papelada que demora, mas mesmo assim, quando dizem “tem uma família
querendo te adotar”, significa que você já é deles.

RENATA
- Não Luis, você está enganado! Estava demorando muito! Eu já tinha até perdido as
esperanças. Foi quando eles chegaram dizendo que haviam conseguido.

LUIS
- O problema foi esse, Renata. Você não me contou! A gente contava tudo um pro outro,
mas você me deixou ficar se iludindo...

RENATA
- Desculpa ta?! Eu era uma criança, não sabia direito o que eu tava fazendo. Também
não queria machucar você, não queria que você ficasse triste, sendo que eu estava feliz.
LUIS
- Claro, lhe entendo...

UMA GAROTA DESCONHECIDA (um pouco longe)


- Renata!

Aparece uma menina de cabelos castanhos claros, um pouco curto, porém,


passados dos ombros, escorridos para trás, seu nome era Lilian. Luis mal a conhecia, só
a via de longe já que estudavam na mesma sala de aula.

- Vamos, quero te apresentar para as minhas amigas.

LUIS (ele olha a garota se aproximando aos poucos)


- Você é amiga da Lilian?

RENATA
- Ela é minha vizinha. Minha única amiga... (ela se levanta). Bom, foi muito bom poder
te ver novamente... Até mais.

LUIS
- Tchau (diz ele baixo, mesmo ela já estando um longe demais para ouvir). Primeira
vez que a gente se reencontra e já quase começamos a discutir, nossa!

YURI
- Conhecesse a nova aluna?

LUIS
- Pois é. Me ajuda a levantar aí.

YURI
-Ela é linda né?! Meu Deus! Mas vem cá, o que foi aquilo? Vi vocês rolarem o gramado
todo. Vocês já se conheciam?

LUIS
- Pior que sim. Era uma amiga minha do orfanato.

YURI
- Uhm, legal.

LUIS
- Eu tinha há visto hoje quando estávamos vindo para a escola.

YURI
-Uhm, e ficou bobo, não foi?

LUIS
-Nada haver, como ela mesmo disse, éramos apenas CRIANÇAS.

YURI
- Então tá. Faltam cinco minutos para bater o sinal, vamos ir para a sala?
LUIS
- Vamos! Vamos sim.

YURI (correndo disparado na frente)


- Tá, vamos ver quem chega primeiro.

LUIS
- Cara, que menino babaca.

(CENA 6 – SALA DE AULA)


O sinal toca. É um tumulto. Muitas pessoas passando para lá e para cá, na troca
de salas.

LUIS
- Graças a Deus essa é a última aula!

YURI
- Pois é. Ah, falei com a sua amiga, Renata. Ela é legal de mais (eles entram na sala de
aula e se senta no fundo. No caminho, eles passam por Renata que está sentada nas
carteiras da frente com Lilian e suas amigas).

- Gostei bastante dela (Yuri não para de olhar para Renata. Eles se sentam).

LUIS
- Tá cara! Não vim sentar aqui com você para te ouvir falar da Renata.

YURI
- Tá bom, foi mal... (Yuri olha para um garoto que está sentado ao seu lado).

- Ei, Augusto! Empresta o seu caderno aí, eu acho que não tenho essa matéria...

Luis começa a pensar: Cara, será que ele não entende que eu estou diferente?! Será
que ninguém entende que eu não estou bem? Meus pensamentos estão apenas na Renata, e
meu Deus, ninguém se liga pelo que eu estou sentindo?!Nem aquele que achava que era meu
melhor amigo iria notar que eu não estou bem, ainda pra piorar, fica falando nela o tempo
todo, será que ele gostou dela?

Luis viaja em seus pensamentos, quando é interrompido por Renata.

RENATA
- Ei. Vamos embora juntos hoje? Queria saber onde é a sua casa.

LUIS
- Claro. Vamos sim. Então... Suas novas amigas são legais?

RENATA
- Bem legais. Mais do que parecem ser... Se chamam Lilian, Amanda e Carla.

LUIS
- Legal... É... então.... é melhor voltar para o seu lugar, se não o professor pode reclamar
RENATA
- Ah, sim, claro! Até a saída, então.

(CENA 7 – EM OUTRO ESTADO, NO QUARTO DE ALGUÉM)

EMPREGADA
- Ei! Garoto! Acorda! (ela começa a mexer em uma pessoa que está debaixo das
cobertas, seu rosto não pode ser visível).

GAROTO (debaixo das cobertas)


- Ahm, que?

EMPREGADA
- Eu não acredito que você não foi para a aula! De novo!

GAROTO
- Ah, não grita.

EMPREGADA
- Anda, levanta já dessa cama!

GAROTO
- Não quero!

EMPREGADA
- Você vai me obrigar a chamar o seu pai! Anda, levanta!

GAROTO
- Chamar meu pai? Ele nem está em casa.

EMPREGADA
- Menino, me obedeça! Levanta!

GAROTO
- Não quero! Deixa-me dormir!

EMPREGADA (gritando)
- LEANDRO!

GAROTO (também gritando)


- O QUE FOI?! (Leandro retira o cobertor de cima dele e releva seu rosto).

É uma pessoa idêntica ao Luis. Completamente igual! Como? Não se sabe, mas
que é muito estranho é. Será uma sósia do Luis? Ou poderá ser seu irmão gêmeo? E
como ele veio parar ali? Sua cama era grande, seu quarto enorme e tudo tinha uma
aparência de puro luxo.

FIM DO PRIMEIRO CAPITULO!

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