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I

DESABAMENTOS NOS ESTADOS UNJOOS

1
CALCULO DE ESTACAS
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·PROBLEMAS ESPECIAIS 00 CONCRETO ARMAl>O
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FUNC�ES DF. BESSEL
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�:

ESTRtn'URAS METALICAS

CONCRETO PROTENDIDO

SEGUR�ÇA DAS CONSTRUÇOES


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TRANSFORMAÇÃO DE DIAGRAMAS •
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f SPECIAIS
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CASOS DE LAJES RETANGULARES
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.1. •

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OBRAS DE ENGENHARIA
.�ll\t"�t DE L. S. VIVEIROS DE CASTRO
s��!JC'S - t•, �·. �·- .-·. ,. t- (\9 V(\b. Extrl"k Í ls
t de Est.tthtica.
p,,nhl� �ico fst:�thti(a .
.\ rfDROS.\
• HiJ::Ã�:l_..&.,. .a:-1 �aJ.a. M. P. Df t"'.ARVALHO
t�U�t\R.\E$ CJ Jt·r n l tJ. Jt.' CJ mr�).
�l�t.lJ() Pr.Hi(O rar.l. Con!'tru\t'eS dC' Es­
.\.

l.r:::;-..:.,_,, ..:e tcn.a.


tr.lJJs de R\,JJ�cm - Vol. I.
.\
... klll�lL)(;EL
Curso de Est raJJ s J(' RoJ.1.g em - 2 vais.

n�._,-s .!� Úr'L �


�I E LSf�
.\D.Ell.'O� M. ROCHA Geunlc.:t n.t Pia o.t.
C<.lr"$0 Fr.i.t1.:o de Concrrto ArnuJ� -

'. e -. .• • TOlS.
PAl"lO COSTA
l• ::J
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t-L ;:-cré<t.ük:.a Pbn.1 Ge uI


• •

Caderno de Encar!tm•.
1•. 2• - c

;• Y(\IS...
TJ.�.t.s .:!e C.C..o.:-reto :\rmado
P. ]. GRAVI�A
1• e
:• ,·ols.. Teori" e Cikulo J;as Pontes PêosC'ÍS.
T�lLS <ie Hiper�titica Pbna G eral - REGO CHAVES
1• vol
Clkclo du Vigas Ass.entes sôbre B.uc
Terr..trlenagem Mecanizada.

Elhtica.. RICHARD XEUTRA


B. LOESER Arquitetura Social.
Concrrto Ann.J.do. Residências.

C.\.RICCHJO SAMCEL CHAMECKI

Co::I.Stru\iO Ci,·il - 3 vob. As Linh.Is de Jnfluênu<� no� Pórtico� Con.


tíauos.
GEORGA...'\;GER Curso de Estática das Construções br.
Lioh.u de Jnfl uéo cia para Vigas Conti­ Curso de Estática das Construções enc.

SC HRON
nu.:u.

HC�fBERTO KOPCKE Tables de logaritme:i.


Qulmic.1 Geral (Técnica � DesuJhva,.
SMITH-Lü�GEY
H. pJ_:..;To Mecânira Racional. (Prelo).
Polinónios.
Detc:rmiaJ.ntes. T. VAN LA?\"GENOONCK
Trigonometria. Vig as Simples e lsostáticas.

Equ.ações J.íneares. Tensões (Re�ístência dos M.ttcríai)}.


Álgc:bra Superior.
E q u.1 ç ões Trig onom étr ica s.
THJAGO
T�b ua s d e Logaritmos.· H1pcrc�tâtt� .t .An.ÜÍlJt..t.

\,'. A. <.iRANVJLLf
Progressões.

}. ABDfLHAY Elementos de Cálculo Difert-ncial e ln­


Curso de Análi se Matemátu . .a · 1", z• e - regrai.
3' vols.
lbteroática (Para Can dida to:. b'-ula �u­ �'- GERLJ!\;<.i
perior ). • Moderníssimo receituário ind ustrial .

EDITÚJ{A CIENTIFICA
AV. ERASMO BRAGA, 299

s• ANDAR - End. Telcg, SPIKE.K


C. POSTA L :5446

- RIO DE JANEIRO

• UMA REVISTA
VITORIOSA

Com o la1Jft1111enlo do n" 2, exatamente 30 dtaJ


apór a raída do 11" I, ESTRUTURA cumpre, rigorora­
• menle, Jet! programa .

Qu anto à aceitarão dr, primeiro mímem, baJ/tl di�


zer que. embora olímiita em exceJJo� JJfJ! JurprnndeJt
o interêsse que êsle número de1pertou em /()dOJ ()J u­

tores de IJOJJa profissão. ,\luitoJ foram 01 que npontá­


neamente comparaeram à rf:'./a(árj df! ESTRCTCRA
pttra comprar o mímero at t.lso 011 adpúr.:r assinat11ra.

Embora tenha decorrido um espaço de temp"J b.u­


laJJ/e curto, deJde o lançamento do n" 1 até agora.
ESTRUTURA já .re acha erpalhada em todo o Brasil e
a caminho de países eJ/rangeíros. Receheu também 1 á­
rias colaborações excluJiz·as da Argentina l' da Europa.
dando início a 11111 intercâmbio. q11e será cada t·e= mail

amplo e !' ' . ais efetho.

No 119 2, além da continuação dos cursos e .art.=gos


seriados, são apresentados dhersas reportage11s e arti�
gos oz· os. lniciam�se. ainda. neste mímero. o C11rso dt
H

Concreto Protendido e tmJa nol'a secâio, a ser aiud.t -

maiJ desenl'oll'ida uos próximos mímeros - Seleções


Estruturais - q1te lerá por fim apresentar um condeu­
sado dos prillcifiais artigos sôbre ert.-uturas fi&b!icados
em 1'enstas estrangerras.
• •

O 11rfigo sâbre os .!nabamen:os nos Est.zdos Unidos


e o início das reportagens sâbre as mais refetJ/t'S reali�
zarões estrlllmwis no mu 11 /o sã o no âdides iutroduzid.11
. •.

no 1l' 2 qNe_ ,
· artamenle . t.�l(raddrâo dOS nossos leitores.

Além JiJso surge 11este mimero um drt}go de mui­


.•

ld.r pági11as sôbre os problema.r especiais de dimmsioiiJ- •

ESTRUTURA - N• 2 '129
I

•meuto do coucre/o armado, no qual são focalizados a


aplicação dos ti(OS toTcidos, o estudo da riga T� lel'an­
do e111 conta as ten.rões de compressão IM nerl'ura no
ntádi o III e o p ro b lema de tirantes f0111 emprêgo de
aços especiais.

O artigo ''Cá/ado completo da estmtura de um


edifíc.;o·· , por mctiros técnicos, aparece neste mímero
com pouct1r páginas, o que será compensado com a pu­
bliccl(áo 110 n" 3 :/e grande parle do cálculo em questão.

Contimumdo em seu programa de interctmbio in­


temt�cÍOiud, ESTRUTUR_-1. acusa rece/?imenlo de co/a­
brJrações da Argentina q11e, como fêz no mÍf.llf:fO inau­
gural, p!iblicará em castelhano. para melhor faâlidade
de leitura por parte de nossos amigos da América La-
Ima.

Regist ramos neste mímero, a inclusão como reda-


/orei-correspondentes desta rel'Ísta dos eT'tiiJPT?Ies pro-


fessôres e técnicos de renome internacional Artt1ro
Bigno/i d a Argentina e /11lio Ricaldoni do Ut'uguai.
Uma grande honra para nós e mais uma certe;:a de que
esta será U"!A REVISTA VITORIOSA

Aderwn .Moreira da Rochct.

NOSSA CAPA

A fotografin de no�:-R •·apa rl pr(>S<"n ta ' R

maqul.'te t)o uma <:on•�ha a�ústi<>a para a

l'niver.:idadf� do C<"ará .cuja. t>X('(�u�;ão r. uma

iniriath·a 1lo reitor �\ntônio �rartins Fílho.


.
·O eál1•ulo de r·otwre>to a rnu\l]o é do E:·wrító·
riC' Ti-<:uir.o Ad�n;on ::uordra da H<)( 'hll.

ESTR'l 'TL'HA fom•'(·Prá no próximo núml�·


ro mai:o4 inforrw's a n•:-:twito tio projeto em
qu�tfio.

130 ESTRUTUHA- N'· 2

--- - - .. .

.,

NOVEMBRO revista técnica


1957
ANO I • VOl. 1 das construções
REDAÇÃO REDATORF.S,

227
ELASTICIDADE
AV. ERASMO BRAGA,
Sydnty M. G. dos Santos
S/1 310 - Tdefone: 22-nw
•• RIO DE JA:XEIIW - DRMHI •
CONCRETO ARMADO
F<:rnando Lôho Carneiro
- ESTRVTL'RAS METÁLICAS E DE MADEIRA
Antônio Alves de Noronha
MECANICA DOS SOLOS
DIRETOR RESPONSÁVEL'
Icarahy da Silveira
Aderson J\foreira da Rocha
HINDAÇOES
A. J. da Costa Nunes
DIRETOR SECRETARIO' Mário Brandi Pereira
Adolpho Polillo REPORTAGEXS INTERNACIONAIS
Fdippc dos Santos Reis
GERENTE, Osmany Codho e Silva
CONCRETO PROTENDIDO
Arthur Salgado
José Luiz Cardozo

-
HIPERESTATICA
Adolpho Polillo
DISTRIBUIÇÃO NO INTE· ARQUITETURA
RIOR' Darcy Bove de Aztvcdo
REDA TORES-CORRESPONDENTES,
EDITORA CIENTIFICA -
AV. ERASMO BRAGA. 299
SÃO PAULO
Prof. Telemaco van Langendonck
s• and. - Rio de Janeiro, Prof. Pedro 8. J. Gravina
Ct.:RITIBA
l'<úMERO AVULSO' Prof. Samuc:l Cham<::cki
MINAS GERAIS
- Rio de Janeiro: Cr$ 100.00
Prof. Cândido Holanda Ljma
BAHIA
Nos E1.lados e no Exte­ Prof. Carlos Simas
rior: Cr$ 110,00 PERNAMBt:CO
Prof. Meyer Mesel
ASSINATl'RA POR 10 NC­ RIO GRA.('\DE DO SUL
MEROS Prof. Danilo Smith
Prof. Luiz Paulo Fclizardc
Rio de Janeiro: CrS 900,00 ARGENTINA .
Prof. Arturo Bignolí
Nos Estados e n o Exte� VRL'GUAI
rior: Cr$ 1. 000,00 Prof. Julio Rícaldoni
AVISO: Qualquer recibo só terá valor q uan do firmado p<:lo Gerente ou um Joos Dirr-.
tores. Perlimo� fazer pagamentos por tndo de vale postal, ordem de pagamento ou t heque
nominativo, a fav or de �ESTRUTC'RA - Revista Técníc:a das Construções».
.

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NOSSOS COLABORAD(JRES
.\l\l·:l\�\)� �h\ta:lH.\ \l.\ HO� 'll.\:

t'l:\t,,h�t'-"\ .t:-. ''"''"'in\ "l:�tl\hilhh<l•• •ln� \\•n�hu�i\t�t�" < ln 1-:!!t'tlll\ Nn·


d,·�':\l ,t,• l:�t�'t\h� ti:\ ,, N\ "' 'n\t \,.,, ''" '':hkim \\Hu't'\•1 t• • \ nnndu tln 1-'n·
,·ut.b,h• �:\,.,:,1\:\l '"' \ ntu ih turn ,l:, \'niwn:hlmlt' '"' Hm�it. llil't'hH' l't'('·
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:'i-.t.·:\h' •h T\'\'l'tl\ l-:,tn\tnrn. \'hd\• �h1 l:$,•tih\riu tt�·nit•tl tlt• <'tliH'I't'to


:\r:�::\.h• .\. :\t. n....·t::\.

.\\l\)l.l'lhl 1'01.\l.t.O:

l"r-.'f. l�.·�··nt.• ,h\� .li�·i}'lim\:; ,t:, ''t\\h•im ".t:...t:thili,hhh• tln� t'nn�h·u�tit•�..


•�"' t:....._-,\h �:\ · i •n:\ 1 ,!,• l:n;;,•nlnnia, .hsi�h·nh• tla •':hh•htt Conet't•to .:\ ,..
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-i�'ri.• h �·l'i�:� 1-:�tnmtrn. En�··nlwtt'\) <hl t':'('ritúrio t(>l•tlit•o .\. M. Hot"hu•

,

�\�TúXlO .\LYES DE �OHOXHA:

D.•!llt•r hl•'!WTi"' .-l'!.U:-!1 }'•'la t"nin•J':'.itla·h· (h• Zurid t.


Cntt••lditieo o a a
·�·l·'im d,• P.•nh� G rnn �h� F��truturas da E:;.-ola Xadonal de Bnge·
J ' o

lllt!irh ,h r.n.. Pn.,f. ,13 E_...._.ol a Tt-...·nka do Ex�.�rcito e da E.P.U.C.

D.\RCY BOYE DE �\ZE\'EDO:


Li,·r·· ,J,_.,·.--Lt.. •' a,.;;i."t�ntt• da (·a·l•'Írn dt' �omhrn� e pl'r:;pecth·n - <>St<'·
r.-..•tmuia. •h F .X .\. da r .B. \rquit••to tlo �1. da Agrirultura (Supc·
riut.-nd<>nH· d·� Olora� Ja C'omi:-:-ão d•• ('Onstrut;fto C. N'. E. P. A.). Urba·
• . •

n:,.7& dif;L Io(·la F .X \. da t:. B. .•

.JO:":É LriZ C.\IWOZO:

J•rof. ca .t·a·i,·ira E,..táti•·a tla!õ Con..,tru�Õt"!' t)a }o;l'(�ola FJumitwnst• flt• Eu·
_g..n'1:sri&. da fii...,·iplina }:�trutt;ra.c; f'm Conl"rt'to l'rot("mli•lo ...
1!.-g..,nt .. tl:i
E-.·.r..la X:v·Íf•�tal l}t> En��>nl1aria. Engt•nlu•iro t]o �PtYÍ1;0 1l•• E:o�tu•lo!' i•
..

P.r•Jj.-tr .... t]P :--.n.Y.O. •la P.n.F.

t::.Ull�EL CILUIECK I:

; i(•s da E!-lco_la de En·


Prty(;...,...r,r l":tf(·•hátíN, t]» E!-tal,i)i<Ja•]P. t1�ll4 Comdru(i
w·nt.:sria t]a l"DÍ\'1't"í.tad•· dtJ Paranã.. J>rofc·�sor de nc•si�t�neín dos 1\fa·
tt>ri:si.. da l:�·tAa d•! Ofír·iai!'! J:,.p,�:ialisbt!-1 � Infantítrin de Guarda da

At·r(•nfiut Í�'a.

1-'YIJ�Er .:\f. G. HOH HA�TO�:

Prfif•��<()t •·at•:tlríit í•·o de J:•'l'Í!'tí·m·ía r] o,. lfut1•riai!4 1fa EH<�oht Nado·


Jt�l ile En�•·nllnri<t d:. r .B.. I•rflf. tl1• l·:,..tal,ili•la•l•: tl:t };14c�o)1L 'l'émlien
,Jo };xl:reitrJ - }�JII.{NIItt�iw Cl�t!fe rm l'r••f••itut�L t]1> j) F�, 1 • ) ())
U f'frl ICfC
•lo 1-:.T.E.L. Lin•� d•J<·••utt> •la • a•] ,·i r:t ('o
, ncn
· · •tc1 Alor11
• uJo 11a Fucu11< :n1 �
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Xar:ional •ltJ .\ tiJUÍtt•tura.

132 ESTRUTURA _. N,. 2


S UM Á RIO

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . ·�

A ),III'I'IIJ{f'lll •l1• Tigni'M • , , , ••••• . • • • •, , ••• , , ..•••.••• ,• , • • • . . • . , . • J�


.,\ fJOII!I' f!t• (!ulf(j
, , , • • . . • • .

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O "lluifl)inl.( rl'�l'llfc•lt MhifÍII!l" d•• Lumlrn"� •.• , , . , , ..•..•


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1t�:CEN'I'EH • • • • • • • • • • • • • • • • • •

�ELE(õi•:H EM'I'H(J'fFJt.\IH

A ti1rrP d1• tPif•viMiio •li• Htuttgnrt • • • • • • • •• • •• • • • • • • • • • • •• • •• H1


Hinqu" ii�> pn t huu;ii o r)p Hrmlogm•·Billunt·o!Ht , • . •
• • • • • • • • • • • • • •

. . • . • . . • • • • , . . • • .. • . . . . . . . '"

XOVAH UE.\LIZ.AfY}EH XO CA.MPO EHTJ-:t:'Tl'HAL


l'ontf'!i :<bhrl' o� rio!! Han I' Yangtz •• .. , , •...••....• ,• .• .• • . . • •• • . . . . . • • . • 151


Pont(' HMm• o f•annl ::\I ittPJ lan d
• • • •

mL Wt•!�fJJimlia • • • • • • • • • . • . • • . . • • • . . • . . 1.3:!
A h• man ha
• • • • • • •

PontP siJhrP o rio H � uo t•ru �fM'YPr, mt • • • • • . • • • • . • • • . • . ..... • J.jJ


A no\'ll pontt> gi mt{,ri n 110 viaduto d1• Carontt>, na F ranr: a
· • • • • •

• • . . • • . • • . • . • • . • •• 15.1
Pont1• •lt• lfiillu•inwr na Zlllllt ol1• Co lôni a .........
• •

. . . . . • • . • . •• • . • • • • • • . . • • • . • . J.:H

A l�TI(WH Tf:CXICOJ4
O uwdt•ruo t"Oill'f'ito t]f' �wgunuu:n nu� ton�trut;.fw:o� - �amm•l Chamo'f'ki • • • . IJS
Cn:wa� t•ilíntlri,·a� - Atlers(ln lfo rf i ra da Hot·ha
• , • •

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.ApJi,·n�õ··� 1la� fum;I1P:-! •lt• Heí<�wl no l'itl•·ulo �"!''trutural- Hydnf'y lf. H. olo;� :-1-antt:�
• .

Hl
Cáh-ulo �I•• um I'Hil j uuto d1• t•:o�ta,•a:-� - .\ntlinio .\ln"l'' 1lo• Xoronha . • . • • • • • . • I"';'
'i'f•oria •la tran�fonm\1;iio do� diagrama>� auxiliar'� ola Hip··�táti.-a -.\1loJpl!o
• .

Polillo . , , . :.• •• ••
• • . . • . . . . . • . . . . • • . . . • . . . • • • • . . • • • . • . . • • • . • • • • • . . • . . • I!l:t

rPint du ROt·ha , • • . . • • • . • . • • . . • . . . . • . • • • • • • • • • . • . . • . . . . . . . . . .

Cált•ulo dt• lajf'í< r�·tangulart>s para t nst � t'!';pwiais d.- apoios.


• . . • • . . • ,

� .-arl't'ganwntu•• -

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A1l1•rson ).[on•int du R(l(·ha • • . • . . • • • • • . • . • • • . • • • • • • • . • • . • • • • • • • . . • • . . . . . _,w

('urso ���· Estmtura� �lt•hí.lil'filt - .\ntúnio Aln•s tl� Xoronha • • • • . . • • . . . . • • . . . •

Cu1110 dt• Con(•tt•to Prott•mlit lo - .Tost• I.uiz Carolozo • . . • . . • • . . • • • • • • • . • • • . . • . ·•:1"'


-· -

-
Cun;o olt• Pt•rspt•4'tiva lhHt'\' Bw
..•-
- t t• olt• .\zt•\"t"1o ...•.•........••• ••....•... - .

Cált•ulo ,•omplt •to d:l ('i<h·utnrn th• um t>t1ifí•·io • . . . . • . . • • • • . . • . • . • •• • . ......... :!;:iU

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:XOTlClAH 1>1\'EHH.\X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . .

ESTRUTURA - No' 2 133



SUMMARY

JlO/If:R.Y COXCEI'1' OF S.·IFf.'Tl" IS tTLIS/IN/(' ,._IIE/.T.S - .ldu'NOII .lforr·irn


CO.Y.STl,'lT1'10S- Sam11rl C11amt"cJ.·i. d11 J.'ol'ltll.

.\ �tur h· t>f t'Yl iwhk :-�111'11� i� pn'"t'Jitt•fl


Tltt> n ut ln'r U�>al� with t\1t' proUh•m uf • •
in :;o•rial:<, !<lllrting: with tbr• dr'\'l'lopnU'H\ o[
saft>ty in nHI,.,tnwtion work. hnse•l t•n tht •
tht• tlll'on· of mo•mbnllH':> nllll, i'ollowin�;
it,
stati."tic tlH•ory of JWOhnhilitit•:< of huiJ,JiJll!" •

ho• will :-twh- th" h,YJH'I'I\"tatio • t•y1itnhic


failun':>. •
�<ht•ll,;, \m,,;o•d un tht• gt •nt• nd tlll'tlr�· of fll•xion.
n�· tllk'l" nut indlldt• tl u• t'l\l"t'>' thw to iu·
prof t"!'l' i ona l:<
Tl�t• tht'llil' will h<' dt•\'Plnp"rl in a di·
tornpt'tt•n•·.r of in,·oln'll, hnt
stuJit� tho,.,, • in whidl tlu• t•m:-hing is dm• to
Uadie form, with tlll' l ll'o•scntatinn of con·
dus. io ns antl pm<'th·nl cxamplPs,
inc:o n trola\,h• r�·n:<uu;<. �?on"i,lt•rt'tl as orthndox
iu J•n�t:'nt tlay t'li)Óllt>t•rin�.
TlU.SSFORJl.I1'10S TITEORl' OF 1'Ilf..'
J llo' �l1uw:< th,• ;<tn.tis.tic curn• of \·ariating­
.-4 r.HL/.-H:l' IJl.-WILLl/.1� 1.\' lll'f'"ER­
el emt•nts 1 takt•n a:< t.'On,.tant in U!<Uill caleula·
STATIC- .-fdofplw Polilfo
tioiL.;:, :<ut'h n" tho• o)end \n'i ght, nccidC'ntal
lrod..;:, winol :wthm. t•tc. Tlwn al:<o, ht." makt"l' ln this artie h• tlw auth o r dr•al!< nt lo·n�th
a t"ompari:ot•n J,.•two>t•n tlw fro•qU('DC,Y eurvt"l' nhout tht• advnnl:l�t'!< of tht• ahon• thC'ory,
of acting !<ln� anol that of real resistance pJ'('>u •n to'll hy Pntf . \tlr•r,.on �lon•ira dn U,;.

of the Hru�·ture, :<howing the corrdation l'ha to tht• III C'nngn•,;,. of };:xpt•rinll'nt:-1
behn�·n the pnolo:\loilit:: of failurc and thc �tatie, ]Jt'ltl in Ptirto \lt•g rt• in Hl.J:?. 11,, ··nlls
.

fon._�-.··n ruargin �·f sufo•ty for the louillling. ath'ntion tn tht• fa•·t thnt tht• ing:t•uiou,; ••x,
pt"-l io· nt" for t•nlr·ulating: loyper:<lati,• :<trudu·
llt> ruak�� t•om;i•ll·ration,; ahout the fi:xa­
TI'!:' llTI' l'ln'l'l"l'J !Jy t hat tht•OJT, whil']t h1•"'
tion of a f*·tor of ,oafl•ty for eon!:'tructiou!<,
p n•o• ·<"upatio n nh,•t:t
• •

<•onw to l'limiuatl" tlll'


b3'\"ÍDg: Ín \"il'W tlw total CO;;'t of game, in
'ft"hich it j,- indu l•'1.l tlw
o·hou:<ing- tlu• IK":<t funUamo•ntal sy�ti"IH for
lo,.,; due to era·
tlw l'Olution of prohh•mít al•out a dt•tl•nnint •ll
o

shiug, ruu ltiplíN hy tlw proloabilit:· of fai­


)nn• at lopt....l.
;:tructure.

Ju� condll:"ion'!
.-\ftt•r }ITI'>'t'!ltinl{ four rull'l'l of 1'\Ímph·
Fin:JI::, J•T<">'PIIt"' :wrl
appli c at ion, hn:<f'll tlu • ory, tlw
pr:.int!." out t1t.-: manner to follQw in onler to
on sairl au·

fíx the fa•·tur of ;oafet.,· for (•omtruetiQD:!,


thor giw-:-: two ••xamph•ít of <·alf•ulation,;, in
• o rrh•r to <·lm·i•latl' tlw suiJjt•l't.

BTATIC C.fl.fTL.JTlOS OF Pil-ES IX COLRSE IS ltlET.ALJ.lC STRLCTCEES­


UI:OrPS - . l u tôn io .
-
1 /n N J,. .\"f7ron1w António Afrfs de Xoron1w•

ln thi.« arti•·l•• the author Jln"�'lill• a J!TO­ .\ compll'te e<mr.-oe in mt'tallic sh·uctures
;,�!- uf !'lati< • •·akulatiou. with whi•·h •·an 1Jt• witlt ali t] l·tni ll-1 Th1• ll's:<on;;
. 111'1' to lfl' follnw·
•ld•·rmino..-1, n.1 pi•l l.•• an•l with a l'I'TY 1-!•••J<I 1..-1 in !u-rinil-1.
appnoxim:1tion. tlu• l.t •:t ring "'tr.-ngth of ••adt
pil,.. Hf
BERSltl.!S
n gn•up whi•·h �uff••r!< tlu> af•tion of
APPLICATlOXS OF FUSC·
TIOS,'-,' IX 1'/UJJJJ.EJJS OF S1'lrLC T U·
ví'rti,..a l :.. nd lt<JriZIJUtal fon·,.,... anil mfllll�>nh•

.'iyd11t !I M, O. dos Stwfos.


a.etínJ! on thr• J>lan of tlwM• ÍIJT<'I'l'. Thí� J•Tn·
RES -
l"ffl!' i:"! maínly twt up f11r hridg•• t•ngilli'I'T!<,

to
YIIIO }law•, I!IIÍff' fN'fiUI'rJtl)', tu IIOil'l' 1>\UI'h JITO· Tlu� autltor ]lrtllnÍ :·ws, in 1:tmtinuat
ion,
htf'lllS• whíl• • fl, .,.ígning foun<l:llíon� of ••(J]umn� s!Jt)W tlll' ímportftm•t• of BP:<SI')'., Fundion
s
and in �>�trul·tural ••Jd<•ulation..-,
almtmt•nt ... l•'or tl•:Jt pttqm!<t'

!31 ESTII.UTLIRA - N' 2


h•• tlí\'íd"•l 'tlu• work in hHJ pnrt�t. ln tlu· IM'llflll' fnllm' �.


tnldng in f'OIIJOi•l�·mti•m thf'
fir11t lu• t·hmu• four 1'11!«"' in whid1 thO!tf' t•umprPl'I'Íon rm th" ri!� an•l, fin�t.lly, aftpr
fUf•tiou" 11 r•• nppl ÍPfl, tf1w•: trnntiVI'tMllI II(Jf'r•nwhinj.(' tlw pwlol••m"' of J'ln,.ti•• flow antl
lm('klinj.( uf lu•nm11, \'Íhttttion of f'k&I'IIÍI� nu>m· •· u . tlll' f'HI•·ulation• r,{
ont n · tio n, III' pn.,.••nt-4
hriUil'll, Juu-klíng of t•fllumn�t with vnrinl­ tlll' fJir•r••"• mulo•r h•n ÍIHI o; .

ing �tPdinn nwl dn·nlar fnunll'ttitm J•lnh•M,


Pin· l'lll'lt om• o llw"" proh!Pm!l lw formulnt­
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I'RI:.'iPf:l'TH'E /1/UW/.\"(;.''; P:CACTICA.L
l.ERHO.\',� - /hury ]lorr ri�· .1:ri'Cd1J.
••rl nn llJIJ 'I"Ilf'l'iatP PfJIIntion, lt•JtVÍ'lJ.:" for Part
11 11 !llurl,\' nl•oul tiH•Ír flolution.

Jn Jlurt J r lu• fJJ"t'!IPilffil B·���··l'fl difft•ff'll· Tlw ltUflu.r Jlf»,.••nh J•rnl'lirul l<>s!iOD.!II
tia) ('qttntion nnd !'lhows how othcr aJll•nn•u­ nlmut l"'r"J,..,.·tiv•• l(rawing� . with kl'f•lit•atioo
tly dtfft•J·.-nt l.'"fw!l, ran lw t('dut•t•tl to thP in ar•·hit•.,..turnl ,J,.,.ign...
fundnnwntnl form of thnt NJilltfion. Tlm!t1
!1(' Jm'l'll'nls Ht'!lllf'l'l'l funl'tion!', fín<t nnd III' l:.f.'CT.-L\'(;T'I#Il: ,"lL-1/I 0.\" /1/1'1'1-..RKVT

••oml <'atll('go ry, 1111 wcll ft!l n Je••rwwl llolu­ KIXIJ OF tif'PPORT.Ii .1.\'IJ l".VDEB
SPECIAI. J.O.f/JS- .ltl•r11"" .l!ronira dtJ
/:(}('ha.
tion of tlw I'<Jllltfíon wwh Í!l ohfltin•'fl th1•r••
with.
'fhe probh·m� formulntt•1l in tlu• lt�•­ A l"Prif'l4 fJf a rt i• •h-,. ·b, pr•.,..·T>t•"l, uhuut

ginning are again tnkf'n up in tlw final part ral••ulntion (){ rf'f•tan�ular !i�laf�. un•lo•r adioo
ond tlw 8olutwn of �>lu�h appi'Opriah' t•qua­ uf ronl't•ntrah"<l lrmol>� nnd unifMm.h· (}í�,�;tri·
louf1'tl in J•nrt. J-:xampl•'l' uf !'llnl'l'f with 4, 3

tion i� gh·t•n, with tlu� prt•\·inm• tmn!lfornm


tions n•quirt'il h�· t•nt·h OIU'. Tlu-n• ar�> rt•ft•· and 2 J<upport,.. aM tlwy aJ'tM"ar ín ;.trn•·tun..,
rc>nct•s and tahiP:-t to )li' ust•d, antl n :-tlHlrt hi­ uf lmilding.� an•l ltri•ll!''""• nr•· :&unh·-1. •

bliogrnphy a:-t nu introtludíon to tlmt !ltud�. Tlll' autltor promj.., , in l'Outinu:ttiun. tf•
...

!1-tutly hY I'�"rf'l>ltati•· o( :ola! ... n... a rww <Ot"i•·no;-n,


throuj!'h wlli••lt t·untinuou,. !'lalll" _,.ubjt<t·t to

BPf:CIAL l'RO/li..R.IIS OX RELV/.'ORCH/J


COXCRRTR- Ada.�o-n .1/ortira da llodw
•·om·�ntrnh.,f l111ul!', ar�· tn-atof"<'l witbout the
u�· of approximatt• b�"}lotht>!<i....
ln thi:-t urtielt• tlw author approadu� n
f;•w �pt•t•ial probiPm!l ahout ealeulation� fur Clii"USE /.\" PRESTRESSf:/J ("().\".
�tadium III, IU't'onling to Brazilian Xorms f'RJo:TE - JotW [.,Jiz Cardozo
XR-1. 'rht· first on1' iR nhout high tt>mpP r
A t·ornpl•·t.. •·our.ot• t•r'"l'>tn.._ l ..

l•r•.,..·ntt"l to l>t' follmn"l in th••


stN•I, vn•viously suhjt>etPd to hardt•ninj:!, with
a. c-omwqut•nt ilwrt•nst• of �-jp}d sttt'SS, l n thi�
nu mlwn-.
Jmrtil'ular t•nsP tlw uuthor studit•!!. tlw t•lon­
OF CJLl'l'L.-f­
gation of tlw stt>t>l nnd t•mwrt·t�· ltUilt'il ou
COJ/l'LI-.'TE EX.UIPLJ:.'
-

E'OB A
tht• lnw of tPnsion-do•formation aml in IU't'Or­
T/0.\" IWIL/IB'f; -�TEC"CTrRE.
dant·t• with rritt•rion idt•ntit•nl to thnt of tlw
Austrinn rult·�- Aftt•r this studv, talolt'S llrt' To ),.• follow.: t J,�- tlw"'' \\ ito ha\'C ini·
..

Jll'�t·nh'i.l whi1•h makt• Vl'ry simplt• tltt• tli- o u
tinh-.l in •·ul ·u lut i n of l>uiJ.Iing !!'tru,.tun�,
nu•nMioning of thP n't'tanbrulur sPdions subjt>d n •·omplt•h• ,l,.,._ig:u uf a huiMing !itruetnre 1t
to ptu't• flt•xion. 1'lw f'8St' of tlilllt'lllliouin� T l '"""''nto'l.l, with ali o.:ult·ulatiou... nn<l détaih.

I':S,TRUTURA - N' 2 135


... . "''-

- -- .
---- � . - . . . .. - .._ ----- -- ·

REPORTAGENS rrÉCNICAS
J

.. •"f -·r
.

A BARIL\GE:\1 DE TIGXES
. .

E!-it a H<'Yist a t(•tn oportunidade d<'


·'

pnhli<>cn· uma ndiosa do<'Ulll<'tlta<'ão fo-


·

t og-rá fi<'a. torna<la, por assim dizer,


históri<'n, P 1·elatín1 à barragem tk


Ti�rtH'�, <'<lll strnida nos .Al p<'s fran<'l'I:H�s.
fron t t>ira ('om u ltl1lia.
l>nrnnt<' anos os hahitant<•s da ral­
ma C' parata poYoac:ão eh• Tignes, JlC'l'­
dida na (•xh·Pma 8ahilin, à marg<'m do
Hio lser<>, YÍYPram tranqi.iilanwnt<•
p.
:
·'
num pitorC's<·o ndC', ront('mplando as

' •l!il
o • t
.

tll'Y<'S Pternas <los :dtos pi('os alpino� -� ...-,


� :�J�?_.:.
.... . ..
(j\lc> diYid<'m a Ft·anc:a ela ltália.
� .

l·�m 19-1-H, os SN'Yi<:os <1<' El<•trirída­


(lc da · Fran�a. no plano tlt• apron•ita­
lHCnto da Ila nte-lsh<', ini<'iaram a

<'Onstnwão da harrag<'m dc• Tignt's, ••


Rt•ns moradort•s mu<lHl'llJlH.;<'. tNHlo
sitlo ronst r u i da ontt·u poyo;H:ão qtw
precisament<' no nll<' rm qn<' <'xistia
rssa loralidadr.
Sl' <'hamou tamhl'm Tíg-n<'s.

Essa hmTaf.t'PIH, <'mhora niio s<•.ia l't'­


eot·dista, 11]H'PH<'nta <·a J'aC't('rÍstiras de
l'Piho t·nt l't' 11s gTnndt•s t·Nilizac:tws.
Tem dt> nlt nra lHO m c• eommmin
fi;jQ. 000 ll1 :! tlt• ('Oll('f<'ÍO.

,
�· ...

• l . ..
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)-'J(;. 1 Ca<;nm btt Garltro dt• 11 m• do t(•· Fui. \'i:<ta gt•ra I elo loc•al orulc foi c>ons·
]l'f•�rio�o O(' :zo t Caho� •1•• :r· flt> diâmt•tro.
-
:� -

-
tl'uída a hnr·mw•ru.

136 ESTRUTURA - N'' 2 •

..

-
�sse volume teYc sua coloea<;ão plu­
. ,
twjada para 3 <>nmpanhas (1950, 1!)5l
c 1952), eom 150 (lias cada uma, por

nno ..

A conerrtagcm efctuou-se com 2 tf'­
]cféricos JIC'ekel rm pnrnlclo.
,

A p ro d u�iío de <·onrrcto miíximo, rra


<ln lRO m"/horn .




No l<><'n I da pm·om:iio f ormou-sc n
I nlhufrira <>om 235.000.000 m� dág-mt.
A potPn<>in da Usina é de ];')0.000
C. V.
O t'XIlln<' da do<'ltnl<.'nta<:ão qtw apr·f>­
scntamos, trazidn <lo JWÓprio l<wHI Jwr·
dsitm1h• <flW Já <·�tew na é>poea <la

<·<mstru<:iio, 110 inn'rno. fn.z rwnsar· nu!i •


prohlrmas sérios <lP g-t>liddad<• c• na
.\:opt•c·to da ubrn ••10 •'x•·•·u•;iíu tlurnntt•
rar.iío dr spr· ele• <·nmpanlws nnttHis <1<• 1-'w. -l - u

inn•rno por ()(•!t:oiiío cla fu1'4iin do J.!i•lu.


(�Oll<'J'c•fHg'<'lll, tão C'lll'fHS (!) UWS('S).
· Outra difiruldnd<• J'Psidi n no trií­
Ú'go ro<lO\·iiírio, <'III I >t'7.<'1ll hi'O <' .Jmwi­ tc•irnmf"ntP ontto, aincla nos JIIII'C't'<'ll
ro, <JUamlo a rwn• iuntdia a:-: ('strttdils oportuno divulg-ai' t'li.�a dcK·llnJC·nhlf·iiu •

tornando rwr·igosa qmtlc(tl<'l' (•Íreulu<:iío. tiio sng•·stint c• tc•stNntmh:• clnl4 l'l'nli-


Hmhora o pmwrama hojc• s<'ja in- za,:õ{'s fr·ane<"sas no aru)s-A'Uf'I'J'll •

'

,,

.Fu:. 5 - j, ponte de CnJó cm �t·rvi<;o, \'t'tt<.lo-:<e vor •l••trft:< n wllm JtOIIIt•


mt•t ál i(•a.

.A PO�TE DE COI>O Trata-s•• d<• uma rslu�lt11 uhc',J,ada


de eon<·r·<•to armatlo, <'alculadn para o
.Já e�tá <'tn tritf('g'O há al�mn t<'mpo, TB-20. wm·<•Jl(lo um rio <·om um c·x­
ponte fc•rroYiária de Co<ló, no )ln­ ('('fWÍorwl l"<'g'ÍilH' í}p C'lH'Í�IS.
Foi <·onstt·n ída pt•la fi rrna L'umplido
a

ranhiio.

ESTRUTURA - N� 2 137


. 4 . .. . ... . . � - ·

m tt.e
( J>rsloNlllH)nto Jah'ral da p .
. . .
'
<·)
' '

fo.gueH'a
m<'fá lira par<� apoia r-st'
I c·m
.
• •

c h• <lornwll tr
s;

c.1) Con<·lnsiio tlo 1aho1l'it·o;


., ) J)psmon ta��:<>m da <>hra ohso1P1a
<lir<'tamrnt<' para yagút•s d<' r a t· ga pa­
rados no lado. sôbt·<· H ponte nonl.
..As foto�t·nfin� HO IH<lo mostram nt­
rias fas<'s do s<•t·Yic�o.
:Xa Fig-. 6 tc·!li-S{' a Ílll}ll'Pssiio dt• rio
<·almo t' haixo. 1 mprc'ssiio ilus 6 ria por­ ,

<mauto nas g·t'alHl<'s <'lwias a ág·ua ft'Jil


t:i<>a<lo potwo <thaixo do f()('ho, fi<'�Hl­
<lo a ohra quasc• <itH' tot almente <>Xpos­
tH à arão rla (•OJ'I'<'ll t<•.

.
! .
. •

I
.

Fw. O EXPI'U<:ilo do :n,·o, \'t'll<lo·:<t•


t•m ('Íilla a pont•• \'Pilta.

� Santiag-o. S1lh H (lit·t•<;iio llo I h. S an­


tiag-o, St>l l <� o o ]ll'O.ÍPto <la ETEL. Nll­
cnlmlo soh a <lit·<•<•iio do Pt·of. �nhwY • • •

8antos.
Bssa l'Nt1ir.a<•iio, (•o!Hlnzit la <'olll h a-
bili<lnd<> no ult o S('J't<io nw t·anlwnst•.

nsando miio th• ohra <' matt>riais lo­


<'HÍS, aptw;<•tltou in tc·t·rssant<•s <lPtnllu•s
de <'XN'tH:ão. J>< •la s (•cmdk:i':lt's �ui �(.>11<'­ Fw. i Exc•rut�fio do ntilno na JlOl'<i<;ão
-

tla pontP noYa, l•nqu:mto :<l' ,.íl ll }lOntl'


ris da s PX ig·êllrias <lo tráft>g·o. nntij.!a t•m l'Wrvi�o.
O ob,j(-tiYo primorcliHl Pra PX<'('. Htar
a pont<• non.t na posi<;iio da wlha 11'<'­ O "HtJILDIXG RESEARCJI
li<:a th• a<:o (Fig. fi). Hsau.-l<J Psta úl­
ST.-\TIOX" de IJondres
tima até o t�1·mino da obra. Isso tinha
por fim mant<·r a passag-Pm. niio t>X<�­ Tt•m grande opo1:tunidn.dt> n a «?pora pn•·

ruttlr um <·�<·oranH•Hto sc'l }Hll'o.l clt•smon­ �. nt<>, dintl gn r a natureza, a finalirladt> c o

tagtlm. <' usm· a ohra noYa para t>str


.

t�halho do "Builfling l�<'$0f'ar(•h Htntion" Pm


último intC'nto. Lond rf'!-:.
.._
Confornw S<' Y� na durum<'nta�iio Trnta-�c· d<• um órgão .subordinado ao DKI ft
an('xa. tudo isso !->{' oht t •n• eom a S('­ ( l>l·pltrtmcnt of S6l'ntific> antl ·
J mlu�tl ial
'

g-uinf(• �l'ria<;úo llo SC'r\·ir:o: }:,•;;(•arr·h), Íllstitui�ão fundada em ] 916, du·


a) Exern<:ilo das fnndac:ôPs do ar­ rantc a prim<'i ra. g-ramll' guPnn portallto,
<:o afastadas dos pe�ÕPS da ponte nw­ eom o f'X•·lush·o ohj••t ÍYO (lt• pt•squizas
tálira, p eg:õ(•s êS-':P
: S qtw fôram usados
.

Es..<�a quP:4fto dn hahitn�ãn 11ão (. }!l'Ópria


110s aeessos da obra no\' a; aol'õ pahws qu<• tPm fawlas, !'lums ou qu(•
ou­
h) Con�trU<:ão do ar eo soh a pont..· tra dt";;igna(;ão !!c• di> a abrigo;; hum a no:.; tal­
,·r1ha, até en<'ostar n as nH.•mbl'm·a� da� ,.<'7.
IDfil!-1 JH'!'('Íll'ÍOs qtw a� I<Íntp}PH tO<'llS
Jllt·
trf>li�as; turais.

'138 ESTRUTURA - N·· 2

'

"

É . u ma qm'!:ttão u n ivc•l'l'n l . Tanto af)ig(' a


--

1mlin, com !.4<'tl p ltUp(•ril'mo, C'Onto a �u(oein


. -

11Up<'N'VOIUÍ!}R,
'

J>arh:, cidnch• 1m�, (. oh jc•to dt• umn clt•no­


c.lnda hun pa nha !](' um padre.> he•róico, o Ahlu:i
Pi erre•, qtu• foi dc•t�t!Ohrir gt'ntc dormindo <•m
hu rt-acnH, •l <•lm ixo du� po ntf>lol, n� ('ffi i�<�árioJoC

•lc· água� pluviai�, Ptt·.


Níio <-, JIOÍJol, cle• tnl m r a c•xi!ltfitwin. el••
••Jo�t n

fttv(•l n�, mulcwn� t• JtHx•nmho� t'ntrH n()!(. };!4.


tranho (o qut' tr·nhamos tão tarcl innlí'nt<' at·or·
dn<lo ymra fi�:w 1\Jo�Jolunto l', o que• (o p io r, qu••
estcjnmo!C ag i nd o tno dc•Jolfl!ltrnelnnwnt<', qu••r
(.'<'onômit·n, qtwr f4'• <'nieaml'ntf'1 nc"l4l4C' J)a rti ·
<'Uhll'.
}'J(I, 9 - E!!tutlo r•m lU011Mn ri•· ihtiiiÍIIIll'iiO
O háJo�i<!01 o fu mln nwntnl é! n Jlf'I'<JIIÍ7.a. As pnrn :tnliio •I•• um hllll'''"·

�ne in11 11iio c•nornu'!l• .ContunHw por t•t•n tc•·


c ar


nas (]e m i l hart •!l n� e•x igton(' ias que t<'me>:c Nu nwnh• um ponto •l1• parti•l11 Jo�ól icl o, !le•nii"

m ut �t·ht ile hnhitnc;i\o. Nf'!I!!R!-1 c�onrli!!Õ('f41 niio (Uttft uma Molu1:ão, ao mt'DO!I pnrn um t>llf'lt·
é pOJoC!IÍ\'<'1 Mntinunr ('OIIf'tru intl o eom ft!l t{'<'­ minhnmf'nto do probl•·mn.
n ic·n� dt> qttt•m edi f i ca e•a!!Rl'l por u n idad••Jo� Como o JJt•pa rtnnaf nto n qtll' ,... Jo�uhor·
ignornr ou clc•flt�onht•t�C'r ll qlll'!l·
>

B.R.�. tlt 'l4tinn i& pt•squ izrt, vl'r·



eliser(•tns, Jl('lll cl i na o !"('

tão eeonôm icn. l4tmdo toil()!( o.oc prot,t..m�Ut r••lnl'ionn•lo" ('0111


Em 1916 ( ! ) j1í ol4 inglf.�o�e•M Jo�(•ntirltm o a c•on11t ru çiio c• i v i I.
l'tohlPma, � o Huil <l ing R('t4f'nrc•h fottation {o �c·uM t�ftmp()!( prin('ipni11 11iío O!' "''J.!uint•>t�:
o "pt· inwiro !�Ínnl dc•!IMI\ pt't'O<'liJllt�iio. 1 . .Mttt••rin.itc ti•• Con11tru�iío
Digtl·IIC clt.• ptt!ll41lj!Nll qu•·, atpc•�o�nr llêsst• 2. ESTRliTUUA�
ot·J.rn.n iflnw, 'n. qut•Nt ii o nilo !Ct' nehn rc>t�olvi1ln. :1. lic-.·iua i••n. •lm• �olo,c.

tm J nglntE'rrn, prin<' ipnl mNltf' c•m Lmultl"lC tl o


.
4. t:fie• ii>ne• in func•ionn.l tln
... hahi ta•;ót'tl
apÓ!I·gm•rrn onde n in da (> tu•mlí�llimo
,

o p ro· 5. Tíoc· n ie·nl'l ti•• t>:<•,.�u(!iio.


hl<•nu\. !la morndia. Pnr-.t !'I'UI' t rabal ho:c o n . u .s. cl it'pÕt• ,,,.
Há 3 an os, lt!l qul'ÍXl\14 c•rtll11 fort� '' co· ótinmJoC inl'ltalnt:Õt"lC f' fart u ra dP t"lCpato. Ae•h�t ·
m entnvn·se tt i nfluimc� in fr••nn.clora dn fa l ht l4l" in:o�tnlmlo numa (lr••n nmpln Ptn Onntom,
do hnhitnçiio ll!l rl•al i zat;ão dos matrimôniO!'. (J(•rto de• Watfortl, )Ot•nl •lado tfll'' clil4tn t•tor·
DH qm�1quer formn, a a t ividnt.lc llo B . U. S. (•a dt• elua:c hora� do t•ora•·iio tl•· l.otulrc·"·
t!•ru sido apr('('ián•l, e é forn dt• dúvida qu•• nwtrêl. A

�ui-� tlu cl'ntro •ln c·i(ln•IP e•m


umn orguniznc;ilo dêMM<' tipo �t'rá. nt'<'<'llsària· c:ompol'Í<;iio l'lllf>Tj.{l' no:c :o�ubúrhiu11. J )e•l4t'('·llt'
t•m Wat forrl •• tt•m·� qm• tomar nineln ôni·
lm:c qu•• JlllS.OCil t'DI nu•·knnii.PI Lanf', e·u m inlm
·.A-. : '""\ •
-· •

r H. U.S.

rurnl onde• l"l-!tá l4Í tu ulu o


r., poiJoC, el istantc• do hulído •l n urll!l, ,. twul4
tl�·ni••os fazem full·tinw, não III! (H'U pn n•lo
t.•m rt(•nhumn outro. ntil·iJndf'•

O:t Ul'l:o!Uilt()!( rl•feridoM nc'Íntlt niio tleixnm


nntf.'vilr a Yarit"lltlle d(' tf'mn.q qut• t{•m IIÍ•lo
t mtadol'.
A t•n um ,•ru<: ão :o�t>gu in tf' d11.rá, porl'\m, UllliL
�O: a<;ão da intt'mpttritl
nwlhor impr�"-
}'m. 8 - Cn�nM t•xpc•rimt•ntttii-1 parn
Aôlm•


«'li!II\ÍO!I d1• isolauwnto tt>rmic·o •
o:« mntf'rÍilÍl4, a gf'livid1ule nol4 tijoloM, nquc·

ESTRUTURA - N9 2 139


foi dado !LIJI'I'I'Íar.
t'imPnto tlom���ticu, p intura sôhre c imen tos e ,1t• \'lf.rL�'< que, ,· :t nos
.

• ,
.
ortmndadc de examt­
.

argamas:-:w ÍJ"t'flt•a:-:, ('OlH'rPtag:em e ext•eu-;ão Tin•moH t:unht'm op


uma Cfi�(·a 6-
tlC' aln•narias n o iun•rno, npli t·ar:õe:- Ua <'h•tro­ nar montagt>m 1Jo l'nsaio de
a.

que devia nr<'dir t•êrett


fl,.;most• a proh h mas pn'ttit�os t•m fundar,:õf's f' Jímlrit·a em eon('l"<'to,
ma ter ia is
·

Obra:-; t1e h'l"l'H, lH,:ÜO ao ÍPllipO t'Ul di' :? m x 4 m.


tle a:<hP:'ÍOf', t·oloeac;ão r]p l inób•o:-: l'lll pbos 'famlu>m t'lll lajt·� t(>m sido fl'itas l'Xpt•·
tlt� t'Olll"rt'to, instal:u;õPs para t'Ulll"l'Ptos pro­ rif-Jwia�'<, itwlu�ivC' t'lll t mnanlr o natural.
l t•n<li,Jos, rt•shti>twia Ut• soalhos tle marl ••i ra O .. ontado eom um:t organiznt;ão tlêssP
HO fog:o, IlO\'OS IJH�tUt]o;; tlt• eoustnH_:flO dt• t':L· gê-nNo faz �<'ntir, qtw o l'il'lllL'JJto funtlanwn·
,;a:<, :u·altanwlltos !],• pisoH para Ptlifít•ios in· tal, u. "fl'l'l'fllllt'nta tlt• ntnqut•'' ''�'�tá à dispo·
olu,.;trinh•, t'Ollt'rt•tu lt•vt•, t'O!TOi-ião, pl'tHlllti\·i­ l-i-ição: (•npal'illJIIlP tlt• l'ni'l:tioi'l t' JIP�quir.\\1! tt�t··
•l:lllt• lla t'Xt•t•nt;ão t]t• t'lli'al'l, lt•vantanwnto !<tl· nkas t' nrah'riaii'l para 11111 progTillllll i ntt•n·
hrl' rni<lo uas t'tll'las ing·lf•...;as, t•xpan:<iio tlormi­ �iro dt> t'OlJst i'tu;õl'i'\,
•·a olo.-. t'OIWTPtos, e.stmlo dt• al •ól mdas, pro­
Evidl'ntt•mPntt• i��o não {> hHl o ; talvt•z niio
kto pt•ouômieo 1lP l'!l i fí, iu� Pnt P�trutura� ll t•
I - .
·

nt:o, eon�trw:;ão mi�ta ( eOIJI' l"Pt o alvPna ria ) ,


sl'ja nwsmo a }Hll'ÍI' ,],•t'Íi'liva. Grantle impor·

f'
ti'uwiu. tt·m 1lP st•r tlatla à qm•stão Pt•onômien,
à IW!<quüm �o,·ial, aos ii'Yantamt•ntos N'nsi·
rt·:u:õt•s ''Htn• agrl'ga1lo� '' l'inwHto�, l'll�aio�

tádos f', la!<l lmt not J pa�t, ao planf'janwJlto


t'm pon!NI ro,lm·i árin�, im;taiUt;l"i!·� tlumil'ilia­
rt•:-, aqul'<· iml•nto Q Yf'ntilat;ão da:� hahita�lu>:<,
do ataqu<' ao prolJ]Pnm hahitadonal t•omo
i1ll'm da."- t'SI'Olas, fumhu;l"iPs dt> easa� l'ill ar­
um todo.
g-ilas, !'OJH]('Jl):(a�fio nas draminl-s donH;:-tieas,

aqut>l· imPnto <l istri t al , Plimina�.;ão da,; trin­ Xt:":<sa hora, pon'm, rahP aol! Tlllltitutos d1•

c-as nas alvl·narias tle hh)('O>; <'OJH'rf'to, tintas inn•stigw;:ão informart;m sôbre o "nwlltor"1

la\·áveis, projeto <k :-oall10s Pnt t·ogunwlo f'


o "mais rarional'' C' o mais ec on óm i c o E o
}Jritwi}ml é pod1•r eoordenar os estudo!!.
.

a i n fluênc i a da d ila tac; ã o, isolaiUl'Uto sonoro

l' mui tos mai" quP, por brev id ad e aqui omi­ hi'IO t•o n!<t'g"Uiu a B R .K. na . partr• t(o.(•·
timo>;. nka.

Ht•m f:wor Iwnhum , uma !las SN'I;õe� ma1s Oxalá, pudé�st•mos sC'guir ·lhe m;
iruportantes e ma is lwm montadas é a de Es­
t rutura s Lú Yimos a maior· llláquina d1• ensaio
. Sydnr·y Jl. G. dos SanfoN

PARA SER ASSINANTE DE ESTRUTURA BASTA QUE V. S. TE·

LEFONE PARA 22-5710 OU ESCREVA PARA AVENIDA ERASMO

BRAGA, 227/S. I 310, ENVIANDO VALE POSTAL OU ORDEM


BANCARIA COM A IMPORTANCIA DE UMA ASSINATURA

A PARTIR DO N" I

140 ESTRUTURA - N'' 2 '



RECENTES DESABAMENTOS OCOR­
RIDOS NOS ESTADOS UNIDOS
AQUI B LA que se• d(ln•r·ia foc·alizar com mais <'ln�
l'P7.8 - a <'8Usa d(' cada desabamento
Q:tlando aqui se di.scntNn as eausas - é c·oloc·ado <'m plano S('Ctmdiírio.
de alguns dt>sahamentos oc·orridos n o .A sí'guir. cla t·Pmus hrcw notic•iu <'Oill
Hio d(' .Janeiro, é intl'I'<'Ss tmte também nJ�tms c·onwntários dr J'('Yist'as nnwri�
conheet-r fatos H<•nwlhant<•s qne por ('81UlS sôht'(' o, 4 <lcsahanwntos <'itadc>S.
acaso se t<•n ham ,·e ri fi<>ado <'ln ontros
país<�S. " J�STl{CTl THA'' J'('\'<•la a s( 't ts O PRIMEIRO DESABAMENTO -
leitorN; o <tne muitos niío conlw('iam SHELBY, OHIO
ainda : nos }�stados ruídos hotn'(', }'('� O JWÍm<'i l'o desabanwnto dos (fllC nos
<'enten1<'nte, ma io r ntí.nw•·o <1<• rh•s:tba� fôram dados a conh l'('Pl' atrn,·és das
mentos <!U<' em nosso país. Xada nw�
, .
l'('n:o:t as te<·mcas amN'I<'anas, o<·<H'l'<' ll
. .

nos <JH<' quatro desahunwutos de• ohras <·m 1 7 de A�ôsto d<• 1 !);)!) PlD um n rma­
importantes Sf'l'iío mosti'Htlos a st·� uir, zém da Bast' Aérea dr Wilkius, <'111
basNmdo-se em puhliea<:ü<•s dt• 1'<'\·istas Sh('l h�·, Ohio.
técnicas americanas. O primeiro S<' r·<'a� .As ('OileJ USf)('S fôram <JU� 8 NLUSa. do
1izou em 1 7 de Agôl'lto de ]!):>5: os tri>s d(lsabanwnto era result ado dí' um a com�
seguintps cm 1 fl!>6. hina<:iio ílP <·i r<.>unstim<·ias, •· nt l'l' as
Também n a Améri<'a do Xorte mui� <tuais dC'ft•ito do pt·o,ic·to e elas llip<)­
to se t-em discutido sôbrt• as <·ausas dos tc·sC's rle eál('ttlo. além dt· uma snpC'n•sti�
desabamentos, c·om a di ft•r<·m:a que o ma(;ão da resistênc>ia tlo eonereto, eou­
assunto lá é d<'hatido mnplanwnte nas fornl(' S<' dt>prC'f'nde dos rt•Jatos Í<'Ítos
reYistas técni<>as de cngt•nhal'ia, <'D­ na "Engine.-ring �f·Ws u('('()f(l'', Nt1-
quan to CJU<' entre nós. clii«>utc�se nos rneros d.l� 12 de .Janeiro <' :!7 d<' Setem­
jornais, armam-s(' ('S<'iindalos, mas o hr·o dt• 19:>6.

]�JG. 1 - D('!'!Rham<'nto tla <'iltrutura (lo t<'to de con<'rt.•to prot<"ndido de umn c•�o�eoln (•m
Orlando, Florida.

ESTRUTURA - N•' 2 141


I

SE GU ND O DESABAl\tENTO: F.. S­ O c-difí('io ('Sta,·a pronto, on véspe­


TRUTURA DE CONCRETO PRO­ ra dl' ser inanp:nrado, quando ruiu.
TENDIDO E.l\t ORLANDO. FLO-
.
RI DA , 1956 TERCEIRO DESABAMENTO -
MACON, GEORGIA
X a madrugada dt> 3 J <1<• ..:\p:ôsto df'
Hl!>(), \lt•sabou a. <•strutura (1<' uma <·o­ Cm 110\"0 edifíc_>io JWl'tCllC('Jl tP à fÔl'<.;R
ht>rl ura do t·tlifi<>io d<> uma c•s<•ol a <'lll Aért>a Anwrieana, da base d(• Hohins
Orlando. Florida. JWl'to tl<> )fa<"on. < : eorgia, d(>sfl bon de
A c>oht'rhwa tinha t·tlrea <lc• 18 nw­ nuuH�il·a semdhant<• à da hast• aérea
tios d(• vuo e era d e <'Oner<'to prot<'n­ dt' Ohio ( 1'' <h>sabanwnto ) . Os t•ugc­
:
<hdo. Tombaram no sólo 8 dg·as T d<> nlwiros <'strnturais fôram os nwsmos.
5 tmwladas c•adn uma, <·onforme mos­
tra. a foto�o-,•Ta fia n ç. 1 q1w aprE>senta
o estado d a obra após o desabamento.
..Atl·ihuiu-se, inieialnwnt<', C'omo ean­
sa dn desaham<'nto, o aeúmnlo de ágm1

no h•lhado dnrantP as C'hm·as, confor­


me- notícia na "Engin<'ering Xews Rt�­
(•ord '' d<> 18 <1<' Outubro d<' 1 !'156.
)fais tarde>, porém, nma Comissão '.. i
(le lnve�tiga(:<io, eonfornw l'Plata a rc·-
• dsta ac·ima, d e 11 d<' .Jnlho de 1957,
apurou a t'Xistêneia d e deft•itos no pro­ - '
}j
jeto <>st rntural, ofE>r<'<><>ndo a E>xpH<·a- FIG. :! Dt·�nhanwuto do prí-dio p:na
a Base Al�l'N\ tl4" Hohin�, l\frwou, Ot>orgia.
-
-

.:,:ao:

1) O colap:m não foi ('ansado }Wl a


ruptura propriament<> dita das {�m int<'rt•ssante eonwntitrio f\•ito por
Jajes; um l<'itor, <'111 <'arta dirip:icla à revista
O projeto da estrutura era dE>­ E . N . H. d(• 1 8 de Outubro de 1957, na­
2)
f('ituoso no que se referia à tE-n­
turalm<>nt(• té<'niro no as.'>unto, revela
a ('Xistênria de vários defeitos que tor­
são existente nos pontos extr<>­
navam previsín:-1 o d<>sabam('nto. Em
mos, que ultrapassa1·am a permi­
(�erto tred10 diz êle: "Há dez meses eu
tida;
havia predsto a possibilidade de desa­
3) O desabamento resultou de ex­
ham<'nto d(•sta naturez a <' o desastre da
c>essh·a d(l.f'ormação, a qual dNl
Base .Aér<'a de Hobins veio pro,·ar que
lugar ao maior acúmulo <l<l
. . minha opinião era coneta".
agua, o que Y<'lO agravar a st-
'

Assim, mais uma n•z, se observa a


tua(:ão;
4) Os pontos de apoio das lajes nas c:oragem em se diseutir o prohlem(\.!lo
paredes de bJoeos de eoncreto, desabamento na base dos possíveis erros
eram ('x<•êntrieos (' o pro,jcoto das de> concep<:ão ou de Pl'<'visiio do� ('Úl­
paredes inadPquado; <>nlos.

5) A rota<:ão da <'.Stl'ntnra nos rx­


• tremos influm'lH�iando os pon­ QUARTO DESABAMENTO : EDI·
tos de apoio, for<:aram a pared<> FICIO El\'\ CONSTRUÇÃO DE 5
a rmr. ANDARES - JACKSON, MICHI-

Como se vê, não se temeu <'lll ren•hn·


GAN

os defeitos qu<', por acaso, fôram l'('s­ .As figuras 3, + P ii mosh·am dPta­
ponsán•is pt-lo desabam<>nto. lhes do d<>sabanwnto mais sério, pois

142 ESTRUTURA - Nv 2


.


·-- - �- - -··-- -�� .. - -

'

cl�l<' resu ltara m \'éh·ias mortc•s e cerca


A

Os c·ouwntários tlas l't!\·istus téenicas


de l l JWSsoas f(•rida!:!. am<'ric·anas Janc:aram JH'l'�nntas dêste
Tl'ata-se de uma �ranclP c•onstrnc:iio J!(nN·o : (�ual foi o fato oc·ulto qn<' eau­
rle, 5 andares, dC'sti na da a. JZU rage de

!o�OH a t·atiíst a·nft•! <�tH• fattn· nirula por

<'shwionam<>nto ('111 .Ja<'kson, lUchígan, clc•t<'l'mÍJJar, <'XÍst P nu-; t·ítlt•nlo�. nos ma­
c•om grand<' parf<• formnda por laj<'s t c•ria is c• nct-; c>on st t·twi'tc>s?
<•ogumelos. A olwa J•uiu quando < sf n­ f>p)o� t·lc·nwntos t·onsultmlos, ninda.

'

va sen do E.>xeentada a -P la ,j t• na oc·a­


, pPrdm·nm dúYidas tftutnto éls eausas
• siiio <'lll quc:> s<> Nwhimu ns fôrma�. cl�st<' clt·salmmt•nto. Foi c•itado, por

FIG. 3 ••difído de 4 andart•s ••m •·onrctru•;üo, nJ)Ól' o dt>t!nbnmf'nto, t•m Jaek:wn,



O
A altl COill<tituidn por t'lolfrutUML'4 a.. vigtU�
-

lliehiga.n. o númt'l'O:C ftlll'linalam: 1


A coluna ainda. d•• pé, t•mbom tenham nrrindo a� Jnj•'1f;
-

vi!'lta. nn. fjgum 4 ; 2 -

:t - Ontrn c:n1nnn nirul1t "'' )n;:a1.


<'Xt•mplo, a falta de relo\ist�rwia da laj(l :? 600 t dt> eoncN•to rain no �lo n

à t t•nsão de pun�ão eausada })('las rea­ maior pa rt<• dos trabulbu<lor<-s.


c:üt•s dos pilart.•s sôbre a la,jt> c>ogumc>lo.
JlOÍs não ha,·ia eapit('is nas rol unas. A CONCLUSÕES
figura fi most ra a posi �ã o de uma co­
lnua d(�sl ig-ada das lajt.�s. notando-s<· a �u exa nw da d(X•lun<'ntac;üo <tnc nos
f�!lta de li g-�H�flo t•om os pilar<•s ( a lajl' foi tlado eompulsnr sõbre � d<'sa ha­
tl<•sc-c•n, t•nquanto tl\l<' p<'J·maneeeram m€'ntos a<tni dt•S<'t·itos, pociC'mos tirar
no IO<'al os pilat·t.•s ) . dnas eonc·ht�s importnntt>s :
Trabalha,·am na <·onstruc:ão sinistra­ 1) Xos Estâdos l'n idos, apPsar da
da nas adjaeêneias <·�rc>a de· 130 ho­
e maior prml?n eia eom que lá são
mens, dos quais muitos se sah·aram por f.-itos os <> áleu los d<> <·onc reto ar­
milagr<', pois ju ntamente eom eêrca d<' mado, tnrnhl'm ocoa·r<'m dcsas-

ESTRUTURA - N� 2 143
'
- ··. - -·- -·-----· -- -- ···-
'-
• • 10 • I . ..._____

t l'<'S dt'. ol.n·as l;tn propol'�iio niio �


.
trutura1, pois qm• JH •n hu m a �·o
-

n<' lli cw
inf<'rior às no�sas; al ar ma nt e se podP tir ar <los p<m
UlS lll­
�) Os dPfl�itos clo proj t t o on dtl �
(!U(' Y<'rific•<H'êl lll rr<'0iÜC'�
<>ál<>n lo, por n<>aso oh�wrYaclos
�lH.'<'S!o\OH SP

m�nt<• rntr<' ncís. Ap<'JHls honn• um


nas ohras sini st ra da s siio ali dis­
ala rm e que Y<'io pôr <'lll <l<'staquc rrr­
t•ntidos au<'rtanH•ntr ; srm rsrfm�
,

tas falhas dr nos�ns f'strnturas, esst'n ­


ria1nwntt> no qnr di7. l'<'s)wito ii <'XP-
los <lr jornais.
J >iant<' elo que aqui most l'Úinos, po­ •

<l<'mos ronfiar rm nossa <'ng-cnharÍé.l rs-


-

<'lH'ilO .

.I
. .

FIG. 4 D<>:-;ahnrn('nto <ln nla lat<>ral flo <>difíC'io C'Olll"· }'w. 5 rrna ��oluna a i n­
1 ituído por laj<>s e viga!<. da c•m
--
-

p�\ t>nquanto qtw


a� lnjP� <]('�<:<•ram nt(• o
�6lo. NotanH�c· nnt?it-� na 1''0·
luna, mnr<·an•lo a po�il:fio
owh• !W liga ''nm r.oru a� la·

DESABAMENTO MAIS
jP� ( n fnl ta d1• f�rro dl' 1 i-
RECENTE gnção é pntc-nt<') .
......

.Já qua11<lo t>sta l'PYista SI' ;�ehaYa C'lll Por �<· 1ratar de dr�ahamt>nto <le
fasr. dt> pagina<:ão, J'CC<.'hl"mos <·omu� nma ponte• <lt' grandrs ptopor�õ(•s <·om
nkac:ão dr n m grande d<·sahamrnto 700 metro;.; d<> Yiio, puhliearemos o�
ocorrido l1á <·�rea de mn mês nas pro� detalhes r a do('UIH('nta<:iio fotogr{t­
ximidadC's d(} Territ(n·io do Ala�ka 110 fi<>a <ll'sta ohra e do n<:'idt>ntC') em nosso
Can�dá . ·
JH'Óximo número.

14 4 ESTRUTURA - N•' 2


SELEÇÚES

ESTRUTUR�AIS
RESrMO f 'OXJJI-:XS. I DO [)OS PH!Xf'IP.l/S Alf1'J(;()FJ
R .li RR r/ST. lS

Sô/Jllf: HSTRr1., . [{Jl •" Pr B/Jf '.l /JO."


'

1- A TORRE DE TELEVISÃO DE
STU'rl'GART Batir - N:· -

69 de julho de 1957.

A tôrr<> dr trh•d!iiio fh• Stu1t�art


<·stií situada pm uma ('Oi ina nos a nt·do�
l'<'S th• Stutt�urt t• f<'m nmn �dtunt to­
t a l tlr 2 1 2 nwt t·os qtw :tt·t·ps(·idos c't al­
t �twlr <l<t (•O)ÍIIH fl<\ JlH I'êl O Sf'll (•Xt J'('JllO
a altit udt' t)p 700 mPt J·os. A figura I
mostTa-nos o asJH'eto t• nm (•ot·te d('sta
t tH' I't • <\(• tf'JP\'Ísiio, 11\lt' por SIIH Psh••lt (•.Z
mais parN'<' uma <'IWI'IlH' palmrira ('11�

..
(·imada pol' uma tnlip�•.

I
.. . . .
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Fw. 1 - Jll'tullll' •ln "tuliva'' <·on1 }'u:. :! - \'i:<ta .la pnrt•• "" l 'r•rior •l:t.
!1<'11!' :> pi�o=- t·n1mz••l4 •h• ahri:,!ar 6t\O tôrr••, notnnr1o·!l•' " plntnforum inf;•rior
fll'l'!IOII:<. 1la "tulipa" ••m lml:11u;o.

ESTRUTURA - N'' 2 145


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É ela. constituída por um mastro có-



nico de concret o com 1 6 1 m de altura
e diftmctros de 1 1 m e 5 m respectiva­
.•
.

m ent e na. base e no tôpo. A espessura


d.c sua pat·ctlc vm i a de 0,30 metros a
·

0,18 m. No seu in t erior, 5 pilares de


concreto suportnm as guias dos ascen­
sores e a ('Scada met. áli<�n. Sun funda­
ção é de con<'rcto e possni 8 mPt ros de
altura e 27 nwtros de dif11nct ro e é

constituída por 2 troncos de eones in­
vertidos, como se vê na figura a. f)c·

mesmo eixo, Jigados pot· duas la.ic•s cia·­


eula.t·cs de considcrávd (·�pc•ssm·a; a. su­
perior ao nível do solo (. fnr;tf1a para
receber o po :o do asc<'nsor, a inferior,
c

.f'IG. 4
no fundo dn. f'sranwão é armada radial- • -AparPiho usado pam po�Csihi­
mente eorn lmrms vrotendiclas. O espa- litar a limpe:t.a d� vi•lr�.

<�o ent re êstes dois t. ronC'oS de cones é


acessível por· en t rada ('�PN�ia.l e contém admissível no t�rreno foi de 4,4 kg/cm1
diversos maquinismos. no eontôrno da laje . •

O tel'l'cno ele ftmdação é nma m·gi ­ A pnrtt� util i1.á.n�l situada a 136 m
la azul sêc·n que as son<lngPns revela­ ac im a do solo tem 15 m <1<> diiunet ro e
,

ram ser homogênca c c•onst ;mtc cm uma 2!", m de• a lt u ra c é <>onst ituída por
profunrl idadt• ronsillcrá \"f'l. A prf's.�ão uma Pspéeic• •I•• tulira th· alumínio in­
tt·i t·anwntf' fc-<•hada eortntla por s.•i.OJ pi­
sos suec•ssivos, os qtmis si'io O('HJ>lHios, a
part ir do mais in fc•riot·. rwlo� St'I'\"Íços
técnicos da r:í•l i ft•I••\'Ís;i o. c·o1.iuhas, 2
u

andares par�• o :! platafor­


r-.•staurantc•,
mas de pass• •io \s elinu·nsii•·s s.io t a is
fllH' 600 visiflmtt•s pucl(•m S4'f' al n-igad os
. •

simultâtwamt'lltt•. A f'st rutnm da tu­


lipa é a segu inte•. c•o11 fm·m•· a rigura 1.
Xa bast• o pilar St" alnrj!a ••m uma
..... , . . .. . .
hteu .,.,, Oo•....
tlpol. ...
a..-.rc. ...... �-... corôa tlt • (•om·r·c>tu ele• Sl'c•e:üo triaugnlar
f�Ott C0�'4..... ...., ..__....
- · •• .... � c......

I, A 1,(0 WOoftt ..,....,


MWf ,,,._

ôea, em forma tle platat'onua halan­


,

\)

an(•l p t·i fl' 1· ic.·o dot tu lo lt! nrma­


(l('Uda: t · c

E'IG. 3
• •

- D··�C'nlw l'lucitlativo (}o !iti�t('ma clt• tlura JH'Oh.'Wlida t•nvolw (•sta plata­
fundação, mo�t mndo os doi!C t ront·oR · dt! coní·�
forma. Os .t pisos sup<'rÍOJ'(•!'4 repousam
invertido.� qu•· trnnsmit('m
m.1 earJ.,'l\� a umn

lajo inft•rior. sôhre êstt• arwl po 1 · uwio ele• 1 2 pilareR

ESTRUTURA - N'� 2 147


- ·- - . . . ·--- .

de C'(mct·c·to inl'lillatlo� t•nja st•c•(_:iio é de proj<>to das ronst nt<;:ões auxiliares de


JS x :!-t. c-m. Os pi�o.� são <>on�tituído� Brwin Hrinle. A tlerorac;iio intrrior é
por lajes cl(· 6 tm rl'for�ados por 36 de Herta. :\L ·witzt'mann.
nrrYnr<ts ra<lhlis ..:\ última plataforma
2- RINQUE DE PATINAÇÃO ­
.

é uma �imph•s lajp <'m balanc_:o, circun­


Annales de L'lnstitut Technique
dada pot' mna h:tlaustrada. Os 4 anda­
du Batiment et des Travaux Pu·
res ferlwdos sii o eer<'ados em sua p}\rtr blics - Fevereiro de 195í.
baixa por paila;i� de almninio planos
])olhlo!-i <·onl � em de espessura, mu­

nitlos tle jnnta� pliisti<·as que assegu­


ram a f'Stanquriclade e a po��ihilidad0
de tlil:tta('HO�
.

Os Yidros, íp.l<' constittwm painéi�


duplos de 10 mm de esJwssnra� !'iio

fixos em tôda a Yolta e .suportam pres-


-
l'llOl"lll('S.

SO(>S

.
...\cima. da. tulipa está u ma haste me­
tiili<'a <h.\ sr<·tiio <imHlrada pintadH <ll'
Yermrlho e hran('o eom 1 1 m tl<· altura.
l:tn dos prohlc>mns sérios que S(' apre­
sentavam, Pra o da l impf'za d<' 300 m2
de Yidros situados a 1-W m clt� a1tura
do solo r impossínis (lc> s0rem atin­
g·i·los do in t(·riot·.
f�st<' JH'obll'llHI fui r(·�ol \"ido por uma Fw. 5 - Yi�ta lute-m] do� qu:t�lt·o:-�
Jlritwipai� (' tlOl:l pain\oil( dt• matéria pl:\:-;­
';(·C'!'-1 a., metiílic·H suspensa em eahos <le tit·a translú<•idn.
ar:'l tpw per<.·orr<.\ os Yidros cm tôda
a sua. nltura e eontôrno, <'Staudo s-us­ O t·inquP d<' patina <,:iío fplleral de
pensa a nm <'andct<· món·l C'om rodas Boulognc�·BillmH:ourt eontém uma área

de honaeha <!lW dl•slisa <'fll todo o ('011· con�tituida de 6:3 m X GO m e sua es­
tôrno da pl a t a for ma inferior. Êste sin­ trutura é constituída de quadros rígi­
gular mN'HllÍSmo para limpe7.a dos Yi­ dos nl<'tálicos inteiramente soldado�. -
d ros é. Y i sto n a fi g-n ra 4.

.A figura 2 most t·a nm d<•tallw da


\
part<> superior da tôrre. •
1/ll J•tll! otcl:lltt

As. fotogrHfias são rC'produzidas da. vri• '"''''

reyista "Ba til•H e c·omplPt am a d<:'scri­


Fw. 6 r��qllt'llla IIIO!:<tranc1o ali junta:; ae
f·ão feita. -

:f� autor do pro,iC'to desta obra Pt·itz montag••ns. As dua� do e(:ntro fora; n ligada�

tmt··� do 1<>\·antarn�>nto e n lah•ral só foi li·


Leonhardt, sPndo a Direc;ão Geral (' o gn<la no lotai.

148. ESTR.UTURA - N) 2


.

'


FIG. 7 - ElE•rn•:iio do <!mulro prín(• ipnl tlo rin{JII•' •lf' patinao;iin, ''''ll<hl·�··
à esquerda n estrutura. metálica e k din·ita a e:-�trutura (h• ��om·r;•to nr·
mntlo quf' !:uot·á líg:ula à!l nrquih!uu·u•ln....

' Os qmHl l'os m<'tiílicos prinripais têm trawdíu·itla, O qllt' fli'TnJÍtin llllla }U'l'·
a srr<·iío r m formn (]p c·td xiio <' tPm a fc•i t a ilnmÍJWt:iio IJHtnral do int('rior.

forma in<l if'<Hla J H l S fi gu ra s ;) t' 7. Pm;. ('l"ma <l<1s quPstt�t•s impurtnnft'K na

suem o vão de ..J.ll.i>O m P são t spa (: ados


>
t'Xf'(' llt:iío tl Psta t•st rntura rt•..,iclin nu ('S­
de ]:!,60 m. ():-; q mHl ros sP apoiéu n , (]p
tudo da montagt>m 1los qnaclro"'.

tl o outro, s6hrt• uma


PPS<liHlf) ('t-J'('H (1(' a.J. t, os ({Uath·m; fo�
um latlo, no solo
..J partPs,
<'

rutnra dt� eon C' I t>f o armado, como


tmn r()nstruídos n a usina ('nl
C'st
l"olllo mostra a fi gura fi, St·ntlo a"' t rês
most ra a figura 7.
'

juntas sohlatlas no JOf"al.


Entre os quadros foram colorados O transpurtP s.• ft:z t·omo intlirnm as
painéis de Jl)atf riH plástiea ondulada fi gura s �. �) f' 10.

Fws. s, 9 e 1 n - E�qtwma llo ]lrtwt·...�o


. u,• lt•nmtanu•nto da ··�ttu­
tum. Fig. 8 - tran�portl' Ut• um pt'(}aço. Fig. 9 - t>oln•·a-;lio
!<6hre o t'llminhão guintln�tP. Fi�. 1 0 - :-;nhlnJ!"m ,]t> um ttl't•ho
pnra lN·nntanwnto.
'

ESTRUTURA - N' 2 149


'

A figura R mostra o transporte ao Na figura 11, Yrmos o esquema do


local de uma das partf's do quadro: a levantamento do quadro metálico com
figura !), a t•olora�ão sôbre um c>ami­ suas 23 toneladas. Nesta figura, vêem­
nhão guinllash• t' a figura 10 mostra a se dois mastros para levantamento,
coloca<:ão th" duas partrs em sua po­ "Sendo que um dêlcs era de 22 metros
si<:ão para soldagem c posterior levan­ de altura e outro de 18 metros.
tamento.

"
'

',
"
l •

I .
..

'
: �: . ,_____-�
'

Fio. 11 - Esquema de lovantamento dos quadros ml'tálicos de 23 t.


À esquerda nm mastro de 22 m rle altura e à rlireit.a um mastro de 18 m.
Com os números 1, 2, 3 e 4 ('Stão indicadas as posiçõf.'s sucessivas do quadro
durante a operação de montagem.

LEIAM

H I P EREST ÁT I C A P L A N A G E R A L -

3' VOLUME

DO PROF. ADERSON MOREIRA DA ROCHA


ABATIMENTO DE 20'fo PARA ASSINANTE
DE ESTRUTURA - AV. ERASMO BRAGA
227 - Sala I 310

150 ESTRUTURA - N' 2



- . .

. ..

NOVAS REALIZ AÇÕES NO CAMPO


EST RU'T'URAL
«ESTRt..rrURA » a!>resenta, a seguir, o início de uma série de reportagens sôbre as obras
estruturais ma!s interessantes. recentemente projetadas ou con�truidas nn diversos países.
com registros fotográficos c dados elucidativos.

1 - Ponle.r .râbre o.r rio.r Han e Yanglze na China .


. - --
- · • -

f)

1-'H:. 1 - Pont.e !li•lm• o rio Yan�rt7.t•

Bstas pontrs cm constru�ão <'st ão A ponte sôbrc rio Yangtze ( fig.


o

projctadas como um dos ch·nwntos de 1 } é metálica, de duplo est rc1do, o in­


um plano qüitHjÜ('nal da rêde de co­ ferio r para via f�rrf'a e o superio r para
estrada de rodagem. Sua larJrora é de
munica(:ões de C'st radas de ferro e ro­
dagem, na região de \Vu-Ilan, nn Chi­
18 m, com passeios laterais de 2,25 m
cada.
J;la.
A da pont e é em
supcrt'st rutura
Com f-leus nccssos, a ponte sôbre o treliça metálica eontínua, de 3 vãos,
rio Yangt?.c med e 1 . 670 m . com 128 m cada um. As treliçaR são
do ti po \Varr·pn duplo.
A ponte de rodagem sc)brc o rio
Em continua<:ão n esta ponte� há
duas outras sôbrc o rio Han, afluen­ Han está r(•pr('st:'n tada na figura 2.
te do Yanbrtze : uma ferroviária, com Ela é co ntínua sôbrt• 3 apoios, em
300 m de comprimento, e outra rodo­ parte de alma cheia e cm parte em t re­
viária com 322 m. li�a.


.
.
1
-

, •

fI

l
l

1"10. 2 - Ponte sõbro o rio llan

BSTRUTURA - N� 2 151


••

.
#.- .
·•. • �
o '
• •

Tr:m,.porw 1•ara <t ](,..a:tl da l':<trutura ela t'.. ut••


\\'••l't j'lutlia. totalmo>ntt• ron,-uuí•la na ofi•·ina

E:..;t a pnlltt'. mi�·inal ís�ima, foi total­ r passf·ius dnplu� clt' 1,:30 m�t ros t•
Ul�llh" (•nn�tt·nítla t·m ufi<·ina t> trans­ 0.�0 m para <•Ít·l ist as " pc(h•st l't'S.
port�lf1a intt•ira para u lnt·al de S(•ni�o. .\prt'st•nta t •sta }ll)nte uma parti<·n­
Tt"m um (·omJwinH:nto d,, 67 nwtros la ridadt> im port an h· na < Otwr pt:ã o do!
7 nwtnh � <·m forma <.1('· <·aS<· a
'

('Olll tahqJ<>il·o de d� la rgura sua t•st rutu ra :

!-:t·mieilítHl rit·a •lt' :!.7:l m dP raio, fa­

�- · hri<·ada dt• at·o t'lll fôlhas th• r\ a 1� m m

r�

ele ('S}wssura . .As parP<lt•s ela <·as<·a me­


; .

tál i<"a são rt·úm:�Hl as por twrnnas


I.
\ .ót wlinais.
t ran�n'l'"élÍs t' lun: st•JHlo o
t

<·onjunto n'for<:adu Jun· qwul ros rígi­


'

dos fN·hados, solidarizados pot· �ol(la.


.
,
·"


As r·a lw<·t·iras da <"asea foram dot a•la�
th· Jll a<·as pat·a g:a1·antir ri p:i< lt '7. à
.
. .

tor­
•;ão do <·onjnnto.
�\ pontt• in1<·ira, t•m forma de gran­
de nwia <·amt nwtúlit'a, foi t ranspotta­
<la ao ]o('al pur Yia flm·ial, f l u t uando
sôbre o tio. J )<•pu is tle <·olot•atla t•m po­
sic:iio, foi <·onsttnído o ta hol t> i ro dt! -

<·on<.·l'(•to armado no plano <li anwtntl


Sll }H'l'ÍOI' 1la JIH•Ía I'HS<·a <'ÍJí ll(h-Íea .
•\ Jumtt·. al�m do mais é- ohlíqna,
('(JHSrg_1ÜJH]O-SI', )lOI' llli'ÍO clt• jWJi(• iosa
C'oloea.-;ã o (la •·:-<t mtura •la pontO:' \\'t·�t}Jhal ia (·om hiiHH:ii<J d(' <·a rga pt•rtl lmwnt ü e a('i­
no )O(:a) f],�fi n it it·o ('U ra. po:-<tc•rior constru­ ch·nt ai. oht<•t· !lo Yért](·t• do ângulo a�·u­
dí.l'J

diJ ado
t•:-<t r li•• •·otwn•tu a t·marlo .

do u111a n·ac:iio nt·�·ath·a mftxima tle


:!:1 t, absonida 1 HJl' nwio <1<• a n<'orag<'m
a propriacla.

ESTRUTURA - N9 2
J - Ponle .rôbre o rio Reno, em Sp(yrr, na Jllananha.

Pa1·a H <'< m st •·w;iío cl<·l')t a pont<• Ju­ dt-'YÍdo i1s tli fi•·nl(hJdt•s d u 1 J'Hilspur·t . .
ram HJH·eseutadm: l i � pru.i••t os. <·ou t•·H­ ft · JTtJYiár·iu. J-;rrt r•·t<mtu. furn111 monhl­
do I� t i pos cl i ft· t·•·n h ·s ti<· <·st •·ut uras. do..; 110 l<.;(·al s•...·•:i"''"i d� �ruud•· purt"
Em fHc·<• do astwdo da c·id<Hl•· dulliÍ­ ,,1t·ntflt(1dos t n'f·hus tla l"'llt•· •·um J-lO
nado JHH' aut Í:,!a <·H t t dral <' d•·,·ido a o
· torwlacla-.; dtJ J� •· :l:! n1 •1•· c·umpt·i­
fato dt> subsist i l'<'lll os pilarc·s df't au t i­ JJI(•Jit o.
�n po ut <• d(•struída p�Ja :,!llt'l'l'a. foi As npc·ra 1;õ.•s d1· solda l!f·Jn nu lcH·ctl.
dada pr<'fl"rfJwia a um pro.i<·to c m \"Í­ para fYit a r a ín fluf.rwia rla tt·ruJwra.­
gas c-on t ín uas <·om \·iios <1<" 52 m , tura, fora m t (.clas rPalizadas duruntt· H
16�,:) m e 107 111.

nmtt•.
Con fornw �l' ,.(. na fot o :,!ra fi a , o ( :a.staram-s.• llt>sta pontt> 1 6:!j torw­
asp<'<' to d(•sht pontf' c•om m ísn la s cm·­ ladas c lr· a•:o, �ndo RO�;. �1 ;,:! t• :!0�(1
vas é brm a g-rn< litwl , in<>lusÍn"' Jl<'la sna St 37 r· SPndo o c·• msumo por met ro
es�ltrz. qnaclr;u]o fla pont<> i g·u al a :16:l k!!/m2•
Bm bora à JWÍ Hwi t·a \'Íst a <1<� i mpr<">s­
são d<• pontt• d<• c'Otl('l'<'1 o a rruado, t ra­
ta-s(' <1<• nma <•strntura nwt{di<·a, <·om
Sf'<'<•ão t•m fo1·ma <1<"> eaixão <1<• H nwt •·os
de largura, n·s ist <">nt e à t o r<;ii o. I nt < > r­ .J .t1 no"a ponte .'J Íralória do
. �

namrntr, a•; st•<·<;i)<•s t rans\·<·rsais são "iadulo de Caronle, na França.


ref{H '<�adas pm· q nad r·os rí gidos fec-ha­
dos, ('S J><H;atlos <1(' J , 7;) m, qnt· são subs­
tit uídos pot· pa rNlcs t ransn•rsa is, <lc
6 cm 6 q ua d ros.
Como o Yv.o rxtrt·mo ('J'Il h<'IU tlH.'not·
elo qu<� os out ros, surgt•m C'lll uma ch1s
E"Xt r<•m i d ad Ps •la pmltt• r<'ac:tH.•s ll('g-at i­
Yas, o q ue• foi <·om p<">ns�Hlo <'ll<' lwntlo-s��
par<-ia lmenh• de· <·on<:rc•to fH'satlo os (·ai-
XOC'S 110 \'<lO (•Xt l'('l l lO .
- -

A a l t u ra total da S('C·<·;io t nmsY(ll'sal


da <•strnt nra {> <h' 6.-lO n os apoios <'<'H-

trais, 3,-lO JR 110 <·�·ntro dos Yiios <' 3,00


met ros nos a po ws r•xt r<'niOs. ( ) rwn) t tw·lw �-ti r·atór i o flo viaduto

.A� <limensê,t•s dos


h't'<'hos eh• pont<.• · de ( 'a ront (•, <tlle nwtlt" !J-l� m<�t ros <1e
fahri<·ndos na ofieina foram limitadas <'Omp ri mt 'nt o total, foi construído rm

ESTRUTURA - N� 2 153

substituir.no rt'o que haYia s.ido destruí­ A nova concrp<_!ão dos apardhm! me­
do C'tn 19+4. cânicos destinados a movimentar a pon­
Possui êle 1 1-t meh·os de compri­ te Jwrmitiu um automatismo <�omp)eto
ment o c ('strntura metálica em balan­ das manobras, sendo que foi mantida
�os, <'Om Yiios d(' 51,�0 metros c 82,50 uma , carga permanentr no n poio ecn­
metros respt>t•th·am�ntc pa ra . cad a tral de 40 toneladas.
lado.

5 - Ponte de fi/üllzeimer na Zona de Colonia.

[. . ·- - - .
.
· - · · - .....

.
· - �- .
-·- · -·- · - -- - - ·
... · - ��-·---

..
-

i
.

..
�. -.. .. .

-.I
.• . ••

Esta ponte situada na área de :Jlü­


lhcimer, na zona de Colônia, dá aces­
so aos terrenos culth·ados da atual Ex­
posi�iio de Ag-ricultura.
Trata-se de uma ponte de eoncreto
armado euja estrutura é formada de
um arro duplo bi-rotulado <'Om vão de
90 m e flecha de 12 m. A largura na
chaYe é de 3 nwt ros c a espessura é de
0,85 mct ros. As rampas Yão se alar­
gando até atingir a largura de 4 me­
tros. ( ) <'OmJn:imento total da ponte é
de 180 metros. As vigas longitudinais
qtw l'('e<•h('m o estrado. são protendidas
segundo o sistema Prcyssinct - \Veiss
y FrPitag, <'llquanto que o arco prõ­
priamC'nte dito não rN�che prot<.'nsiío .
.A
s fnnda<;t)c•s são eon�t it uídas por 45
esta�as dr dimcnsÕ('S de 34 cm X 34 cm.
Ó a sJwc t o l<.>n> .. agradável desta
·

ponte se constata 1wla simples obser­


va�ão das fotog-rafias aprcs(•ntudas.
A ponte foi entregue ao tráf<.'go no
meado do corrente ano.
( Cont ·i-wua no próx·itmo nú?Mro)

154 ESTRUTU�A - N� 2
• •

C O. N C. E I T O M O D E R N O D E
SEGU R A N.Ç A DAS CONST R U ÇÕES
SAMUEL CHAMF.CKI
(Continuação do n1imrro ant�rior)
O mesmo aplira à compacidadc de
se pelas dctermina�ão ele ent(�S inteli­
multidão nos cdif'írios. Pela noção in­ gentes.
... tuitiva dt� dt>nsidades de multidão, Outros ff•nômmws que, repet indo-se
. �

que se nclquir0. <1� fig. H), pode-se con­ <'m intl•rvnlos d<' t<'mpo tiio grnnd(•s,
cluir que niio (]('\'C �cr desprezável a escapam à nossa ohsPr·va<;ão, não po­
frcqüênc>ia com (tU<' pode o usuário O('ndo se> r clns."i ficados como cídicos
ultrnpns�ar a sobr(•carga usual de on casnaif-1. l>tmt m tl �s(•s, h•mos us C'l1-
200 kg/m2• chcnt.('s, o� fnrlH'Õf's c os si::�mos.
A�sumPm, assim, essas grandü7.as, Es."'a.� �rnnflcza!'4, pr>las razões apou­
uma mltutcza estraté[Jic'a - regidas tadns, são classi fi(:aflas como de na-

FIG. 18 - AspP.cto de um comboio sôbre uml\ pont('.

incerta - R
i

tu.reza
. .
simplesmente posst-
p
-

veis, sem prcYisao no tempo. coeficiente de s = -

5 - Razão do inevitável risco de niío terá um valor fixo porque, como


vemo:.; na fig. 20, 1-s.-.
ru,1na.
a.'\ C'arga:'i t�m pro­

habilidad<> ·oc> as.'iumir larga PSI•ala de


Na fig. 20 podemos agora, compre­


,
valores ('fi tôrno elos arima c>S('o]hidos.
ender bem a razão de haver S(\mpre llá pos..-;ibilicl;lllP d" ruina l'ffi tôda
um risro d<' ruina, qu� não pode s('r a extNJsão de int c·rfer�11eia das duaR
eliminado eom a ado�ão de coeficientes curn\S th� pr·obahil iclatles. A ruina dar­
de segnran�n . se-á .st•mprc qu<' R fôr ll1('11or que P,
Se P é a carga escolhida como a de ou melhor, quando :
solicitação da est rutura e, R a carga
limite prevista de sua resistência, o D = R -P<O -

ESTRUTURA - N� 2 155

.

"



'

:
r ror
- . . ;;
. ••11
� J •

2C:C �eo
.
,..., .t

}'ig. 19 - AsJw<'lo
da mult itl:io em h­
j<>s pnra div<•rsas so-
brr<' arg:u: •

I
I

. .

�faiores coefici<'Jlt(•s de s<'g·uranç:a 6 - Tendência atual.


jmp] i(·Hm em rcfôrc::o dos ('}rmento�
estrntm·ais e .ronst'<!Ü<'nte transla(:ito Kiío há, porém, moth·o de descspê­
pa1·a a d irC'i ta da c lll'l'ft. das reRistên­ ro porque as grandezas .ale a t,)rim: po­
·cias ( fig-. 20). o qn<' diminui a pro­ dem s< r enquadradas dentro <.ln um
'

btthilifl}ulr, de ruína. <la <•sh·utura. esqu<'ma de 1)re1'isf


ÍO e deci.�iio, nti­
Em Yist a, porém. c h�
s<'r pràtira­ lizando-sn as leis do ae<1so que trm,
nH'nte totnl ( ti<• o a oo ) a hltt'rÍel·ên­ ho.jC:', um tratamento tfio rí�ido quan­
c>ia elas eurnts <1(' prohahili<l�1de de P to o relatiYo its <lo eon)w('inwnto eC'rto.
( sul i<·it a<;õr.s) P H ( n•sist�nei<1 ) , niío ..:\ t>stratégia podemos op ô t· outra.,
sn p,),h•rú. <·Oitl um grande eoefieiente fixmtcl<), por e.X('lll plo, ao J'('SJHHls<ÍYel
de sc>guran�a, p)iminnr tota}m ('nt e o pt�la. utiliza<;ão d a <'strutura, o c·m·re­
risr·o tle rnina tlas <'l;tr'utm·as. J!ain('ll t o <1nc serviu de hase para o
Fira, assim, ll<•monstrada a falsi­ <'áleulo <' qtH' n�o <lcn� S<'l' ultrapas­
(lade •le nos.'i<'t crenc; a : "niio pod(,)mos �do. De qnatquer modo, um esquema
eliminar. mas só gratlnar o 1·isco de �1� �Jrel'is_ri� e decisüo, para o estJ:até­
- "
rmna 1 c,� nossas eonst rm;o<•s.

gu:o e o uu:erto, poclc ser (']a horado

156 ESTRUTURA ,...... N�'• 2


n t i lizantlo-�w a trr) ria dos ,iorJo.<; estra­ S(' o coc-uficiutlr tlc uaurmt çrr uiio
tégicos, -. · - fornpc·c· infornuu:ii{'s qunntitatints sô­
Assim, à luz dos modernos <•onheei­ hrt• o l'hwo flllt'. i lw d ti'i n lnwnt !· , p1�r­
mentos, há a tendência atual d(' se �ist1· no eiileHin, o JH'oC·t>dinwnto nwis
ahanclonar o t>mprêgo do obscuro cút­ HC'PI'tnclo {> o cll' S(' <'al('uhn <1 l sl rntnra '

{icil'?tfe de seguranr;Át c•m t ro('a do <•ri­ para um dl'tPrminado nlinr dn sua


t�rio prohahilístieo. }Jrofwhifidod, dr ruÍJtll, Y<ll'ÍÚ\"(• 1 de

p(PJ pW) a)
p
3•-;q
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F1o. 20
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p R 12
j)

Curvas de proba!Ídodes de PeR corrtgtdos

acôrdo c·om as t•oJHlit:iiPs p<·c·uli.arPs a 7 - Previsão da probabilidade de


<·ada en:-�o. ruína das estruturas.
!\a fo;ol n<:iio, qu(> a �wg-u ir a}H'PSI'nta­ Xa figo, :! I . Y.-mos o Jll'tw�>s-;o tl1' .-;e
l'('mos, JHH'a a pr·eyisiío da proful bifi­ tra1::n• uma t'tl iT<l t],. pl·ul mhil id;Hl•·. a ·
dade de ruúw das c•strutm·as, utilizn� p:trtir· tlt.l c·nn·a tll' f rt ·q üf. w· i:J o l •t i t l a ,

rPmos Pl<'mPntos dos mais <·I'Ptlt·Twia� ]H' lo t J·atamt•ntn Pstnt íst it·o 1lt• lllll gTan­
dos mttorC'::> �ôhrP o nsf.ltmto. · c·omplt•� df' tlÚIIIPI'O tll' oh�í'r\"ilt:('I'S tlt • tltll fPIIÍl�
tanclo-os ('Om pPqw•nas c·ontrihnit:õPs HH'lH:,
0sparsas <' rom alg-nma orig-itwlitlntle Ht·.ia ( fig-. :! 1 -a.) 11 o núr:H·!·H tutul

no arrall.JO. 1l f' nh�wn·n��ü:>.-1. 'ltn·aritP um tt·ll!pP I,
'

p' • 1 - { 1 - p'..) r
-
f{P) p (PJ
�-
'

Tempo T
'

- --... o � o (C) o

(o) Curvo de frequêncl(ls

t p
{P) m, S;
p.' ,- • - • S ' '
" s
- � ---
1 '
./T',"
- --- - + -- .,. - - - - - -
- - -

.
-

1 "P'
o-•
' 1
, _

S" 1 '

::p::::_j:_�ol-----�
'
'

p o
(b) Curvo de probabilidades {d) a.rw de PI:Obabiftdades cumulcdos
da COfg<l p
Fm. 21

ESTRUTURA - N• 2 15 7
.

'


'

dn� ('ar�as rn(n:.imas diárias Jl cm mYta Assim: Pa-b = Si = Ba-b


la)e dP etlifit·io. Com interralos t1. P
o que quer diz<'r que a probabilida­
(25 kg/m2, por PXl'mpl o ) , dcxPnhamos
de de P assumir os valores de a a b
os rPtfmgulos com alturas f de modo
é dada pela área limitada pelas verti­
que a árPa dt• um l't't<ingulo qualquer
si seja i gu;d l\0 mímero mi, <1e ocor­ cai� que passam por a e b.
A probabilidade P " " de a carga P
rências de ('<l l'l!as no illtcrndo t1Pi.
-

assumir todos os valores abaixo de a,


A árt>a. total S dos retángulos é igual
por t'XC'mplo, é igual à árC'a da curva à
ao número total n de obserYaçõcs.
es.quC'rda de (t.; a probabilidade p
No limit<•, para os interYalos .l P
a - ...

dos valorC's de P acima de a, é igual


tendendo para Zf'l'O, t1•remos a curt•a de
freqüind.<t das Nirgas máximas diá­
à área da curva à direita de a ou, o
rias (PJ ( fig. 2 1 -a ) . que é o mesmo:
A cu.rra de prolwbilidade (le ocor­ Pa- = 1- P"-a' pois S = 1
rêneia das �arg-as máximas P é obtida,
...

(ver, também, fig. 2\d).


Jiretame>nte, da elnTa de fr<"qüêneia,
pela mn<lan.;a de escala das ordt>nadas Uma vez d<'finida a curva, funçtl.o
f, de modo a tornar a área S, limita­ de probahilidarle, das sobrceargas má­
da pc>la curva, ig·ual a 1. ximas atuante-s em um intervalo de t
Chanwmos agora dr s, ( área anos, é n<'cessário deduzir a lei de
haehurada da fig. 21-h) a árra corres­ probabilidade referida aos T anos que
pondente aos valort's da earga P entre a supõe a vhla de> serd�o da estrutura.
e b ( a < P < b ) . Pela definiçiW de Sabe-se, do eálrulo de probabilida­
de, de que sendo Pa _ «> o valor da pro­
.

probabilidade que é a rela<;ão entre o


núnwro m dP easos fa,·oráveis e o nú­ babilidade de ser supC'rada a carga máM
mero n <lP casos possÍvf'is, trmos : xima a cm t anos, a probabilidade de
que isto se verifica em T anos será
dada pela expressão :
Pa-b = Pi = -

s T

p·--) '
n

porque S = I . p ·-· � 1 - (1 -

' { R) p (y)
' 1 '
1-
1
- M - M - - - - - - - - -

-�
,
- - - - --- - - -
-- - - - - - - - - - -

'

X X
' '
'

'S.P: Rçalc� !fi (<iR)


• I
'

0
'

Probabilidades cumuladas das cargos colcu-


0 :
--,,1---"":::_.;'i': 1,05 ____ '

lodos ,em fuf!ÇÕO dos <rR observados Erros dos teorias s1

p (Z) P IR)
'
'
- - - - - � -- l - - - - - - - - --
1 1 �
- --- - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

X
• -
-

R
::::_.h-
1,20 - -' ° Curvo de probabilidades cumulados
Erros de montogem s2 do cargo de rufuro corrigido

Fm. 22

!58 ESTII.UTUII.A - W 2

que permite o traçq..d o da curva da voca a ruptura (curva da� resistên­


fig. 2lc. cias da fig. 20) . Não é pos.••;ível JH"o­
A cur,�a . de proLabilicladcs cumu­ vocar, dPlilwradamcnte, um grande nú­
lada�, da fig. 21-d, é tt•a(;ada a par­ mero de t·uinas de rstruturus rt>tds, d(•
tir da curva anterior (fig. 21-e ) , pois modo a obter uma curva de ft·eqüên­
cia com peqnPnos intervalos dr C'arga .

contém em eada {)J'(lcnada ( a que


passa por a, por ('X<'m plo) : abaixo Essa dificuldaflc pode ser contorna­
da curva - a prohabilidadc de ocor­ da, porém, da !-IPguinte malncira :
r�neia de todos os vaJor!'s inferiores a ) - oht€-m-s1• a rnrva df' probabili­
ao ponto a que pcrterwe ( P 1 que é
o _a lidade das h·nsÕC's limit('S un
igual à árt>a a esquerda d(� a na figura do material (para t•S�?oamcnto
21-c e, acima da eurva a. dos valor�s ou ruptura ) , o qUt! é l'(>]ntiva­
sup<>riores (P a - "' que é a área à di­ mente fáei1 ;
reita de a na fig. 21-c). b) - com êsse elemento pod(>mos tra­
Se, após um longo período de obser­ r,ar a curva d e probabilidadeR
vações, podemos traçar, como acabamos da carga de ruptura calculada
de vêr a curt'-a de fJrolw.bilid<tdes da R eale que é sempre, uma fun-
ca.rga solicitante P ( curva das solici­ �ao rp <1c un ( f"1g. ?9)
...... ;

ta<:.õcs da fig. 20), o mesmo não pode­ e) - relacionando-se um grande nú­


mos pretender com a de H que pro- mero de valorP.H l' (de dcsl<Wa·

.,

(11) [I)

Fio. 23

.,

{l!J)

( ", )

mcntos; de eargas de ruptura, bilidades dos erros, devidos àR


etc.) observados Ptn modelos (de deficiênC'ias das C'OTIC'rpr:Õf•s tcó-
. ' '
preferência do mesmo material ncas (f"tg. ' ) : --
"

l. modrlos
da estrutura real ) , cuidadosa­
mente (•onstruíd,Ps f'm labora­ 81 =
tório e calculados pelo proce�­ l" calc·ulados
so tradicionais de cálculo, po­ d ) - de forma análoga, rc>laeionan�
demos tra<,:nr a curva de proba- do-se valol"('s ohservaflos nas cg..

ESTRUTURA - N• 2 !59
'

t rut nras r�·ais r \'lll m01lrlos, oh­ Xo quadrantf' I. <la figura. 2:J, '� lo­
(

camos nnHI llas <'lllTas de prolntlnlHla­


.
t e !'Íamos <'lll'Ya •h• pl'obahili­
u

dadPs dos PITos s:: <lPYidos nos th•s enm nlai!.Hs. por <'XPmplo, a dl' 81 t',
Pi't·itos tl �� ('Xt>t•tu:iio ( monta �n·m l no qnatlrant(' I I I a 1l(' s�, que querP­
(figo. :!:!) : mos múltipli('ar.
Xo quarlrantl' I I ti<H;amos a hip ér­
l� et-:trntura� holP s1 . s2 = ('11 isto é, p<lra um Ynlor
T� modelos parti{'ular do produto.
'
Para um yalor s . , arhitrtn·io tl(' s � ,
l eonsi1h•rando o::. YnlorPs l� sufi­ C'Ol'l'PSJlotHlC' o ponto a da. <'nn·a S t s2

t.' -

= Ch qnp dC'tNlllÍilél O Yalor s 2 <lP S2 .


rientenwnt(• bons para nos anto­ '


rizarPm a tirar (•mwl n3íl<>s <"0111 Os rorrPSIHmdt•Jltps Yalon•s das proha­
nla<:?i.o i\. rnina, p odemos tra­ hilidad('s p 1 P ]>2 dt•h•rminam, no qWl­
t;ar a CIU'!'fl dr: prolMbilidadts drantP I\'", o ponto a'.
corrigidff do carqa resi.�tenff
( fi�. ·>:! ) . l lll suhstituit;ào ii nu·­
Hil. assim, uma <'Orl'('spon<lêneia },iu­
llÍY<wa ('Htl'C' NHla. n m dos pontos da
'

l'tt das resistências da fi�. :!0.


r una (\ do qtwdranh• I I P U' 1 d (J

quadrante IV.
R corri..:ido = R = . R l"alc
A eurnt C' 1
81 8:! .
' .
e, assim,
O probkma qnC' ag-ora st> ap rC'S Pll ta pontos.
é u do tn11:ado da t:t11Ta de prohabili­ l'"m ponto 7J no int<•rior tla ('lll YU (lt
tlo quadrantP l I , qm• <·orrpspm1Cle à
'

dmlPs do produto:
um Yalor d<' s1 s2 < C 1, tPm u m pon­
.

to rt-dproeo, úni('o, Z/ no ÜltPrior da


eur\·a (' 1 do quatlrant<' I \7•
'

muuHlo eada um tlos fatôrrs flutua SL·- l>�ss(' mo(lo. a ilrt•a ha('hnratla tlo
7-!ll!ldo as }('is ('OI'I'PS}lOJHlent('s. quadrante H7 l'l'JH'('St'llta a prohahili­
Torroja C' PaPz th·ram uma solm;iío fladP dt> o produto S1 s2 as�nmir to­
ao prohiPma. tttH' aqui �t·gouü·emo�. . tlos os nllort>S abaixo d<' (\.

s : -
R
c

�- ·---- --- ---


'
'
'
: �.o I D J (!)

"'------

R ''
'
i
''
"
'

10 )Curvos de protiOb•f,d:.JdeS de P e R comg;-:los


''
p (0)
Rwno R- P 5O

''
s. (IV)
(l!l)
D

-p
o
(":11 C.:r'IO
1
de probc::olidaOOs de O·• R

{C) Obtençôo de s. , grOticGmente


1 p (rulna) s s. l
Fro. :!4

160 ESTRUTURA - N' 2


Traçando-se uma família de curvas bons (para os quais a porcentagem de


C no quadrante II, obteremos uma fa. minas é muito pequena : s = 1,5 a 3,0),
- mília de curvas recíprocas O' no qua� mas também que, além de um certo va..
drante IV, que permitirá o traçado da lor de s, a redução da probabilidade de
curva de probabilidades cumuladas ruina é pouco sensínl, tendendo, a.ssin-.
do produto s1 . s2. tõticamente, para zero.
Com nova operação, obtém-se o pro­
duto s1 s2 R calo qne permite o tra­
• •
••

çado da cu1·va de probabilidades cu­ 1 p(�vlm:t)


muwdas da carga resistente R.
Poderíamos, ngora, tra.-,:ar as curva.�
de probabilidades de P (solicitações)
e R (resistências) da fig. 20 e que se
vêm repetidas na fig. 24-a.
Traçando-se a curva de probabilida­
4 ccet"'"9tH\ "
2

des das difcrcnf!RS D


J
ll-P, a área
=

So, à esquerda da origem (flrra hachu­ Relação entt>e p(RI.Iina) e 8


rada da fig. 24-b) fornece a probabi­ FIO. 25
lidade de ruim, pois essa área é igual
à probabilidade de D as.'!Umir todos os 8 - Critérios de decisão.
valores abaixo de zero. Conscientes, agora, de que não po-.
Assim : p (Ruína) s. = demos eliminar totalmente, mas s6

Aproveitando a idéia de Torroja e graduar o risco de ruína de nOMes


Paez, para efetuar produtos de variá­ construções, devemos fixar crit�rios
veis estocásticas, vamos extender o pro­ para os valores das probabilidades a
cesso para a subtração e evitar, com adotar para cada caso, mormente na­
isso, o traçado das curvas das figuras queles em que se envolve o risco de
24-a e 24-b. vidas humanas.
Fica a decisão do engenheiro estrn­
Colocando-se, nos quadrantes I e
III, as curvas de probabilidades de R
turista condicionada a dois critérios
antagônicos : maior segurança - me-
� �J::::� !��: ����:�� �
p 8 8
o <Íu p �:
• • •

,c r nor economia; ma10r economta - me--


tos recíprocos dos correspondentes a nor segurança.
R :$; P do quadrante II (situados
A solução se obtém buscando um
abaixo da semi-reta bissetriz R = P) meio têrmo adequado entre as possi­
e representará a probabilidade da rui­ bilidades econômicas dos usuários e o
na procurada: risco de ruina com que, subjetivamen­
- te, se eonfonna a eoleth�idade interes­
s. = p (Ruína) sada. Trata-se de assumir um risco

adicional a qne normalmente se expõe


A título de ilustração mostramos, a incêndio, a acidentes de trânsito, a
na figura 25, a relação entre coefi­ viagens aére88, etc.
cientes de segurança s e probabilida­ A) Em um esquema aleatório, o
des de ruina p (Rnina) obtida pela
-

problema pode ser resolvido fixando­


aplicação do estudo a um caso real. se a probiJbilidad• d• ruiM, de modo
Conclui-se dai que, não só é anti­ a tornar mfnimo o custo generalizado
econômico o uso de coeficientes de se­ O, sendo:
gmança superiores aos comnmente
usado e que a experiência atesta como C = c. + p . C'

ESTRUTURA - N' 2 161



.

'



--- - --
- - - - - - -

onde c é o custo tl a ohra c c· o pr<'­


o
desastre isolado em que pen'ceram dez
juízo tleYido à rnina cuja prohnhílida­ pf'ssoas.
dc é p. Assim. o s:p:nificado do prejuízo m P
Aumcntamlo a SC'guran<:a, aumenta poderia s<'r obtido pda sl'gnin tc ex-
o custo inirial r: t� tliminui a proba­
-

o pres.._"ao.
bilidach_� d l' nlina p. IlaYcrá, para fortuna + prejuízo
emla <.>aso. nm rPrto yalor de p qu<.' 1llp = k ln
torna o custo g;Pneralizado C um mí-
fortuna

ondt• 1 é o logarítmo Neperiano c l;


nímo.
Se se tratass0, sOmente, do Yalor é um coeficiente de proporcionalidade
da eonstrnc,:iio, per(lido na rninn, po­ que exprime a sensibilidade, <-10 pre­
drr-sC'-ia snb.'it itnir p . C' pela soma juízo, da parte prcjut.licada.
Difícil se torna a ava liac:úo de C'
das taxas de srguro a pagnr durante
o tC'mpo d<' Yida preYisto da constru-
quando, na ruína s0 den' a 1wrda de
<;-<10.
-

vidas humanas.
O easo, por�m,f. mais c·omplrxo. IHt
eonsiderar o JH'dnízo pron�nicntc
Enquanto alguns autor<'s prcC'om­
a
zam a sna ;walia�ão através das taxas
da intrrrnpc:iio da utilizcH:i'io eomo, por
vigentf's d<' sc�11.1ros de vida, outros se
cxrmplo, a diferenc:a entre uma pon­
negam a siquer estimar valores, limi­
te ruída que ohri�a a um simples des­
tados por barreiras de ordc>m moral
vio ou outra Q.UC interrompe, por lon­
e religiosa.
go tempo, uma ferrQvia de grande im­
portância. De um modo geral, a 1)robnbilidade
de ruina das rstruturas, decrescentes
Outro ponto que deve ser <>onsidera­ com o cr<'scimcnto das conseqüências
do é o do, significado do prejuízo para do prejuíw, pode situar-se C'ntrc os
o proprietário. Terá pequeno signifi­ seguintf's Jimites :
eado se o prejuízo representar peque­
na parcela de sna fortuna e grande, 10-• < p (Huina) < J 0 - 3•
em easo eontrário.
:g�se ponto pode ser r<'solvido por B)
Em um esquf'ma estratégico
-

meio de uma expressão análoga à que ou incerto a decisão pode ser feita com
tnt<luz a lei fí�ieo-psíquica de "estímu­ base na "teoria dos jogos estrat�gicos".
lo e sensa.;:ão" que dt:'monstra s0r, a O problema mais típico c mais sim­
W
! nsac:iio, proponional ao ]og-nrítmo
·
ples é o jôgo de duas pessoas, ..:1 c B,
Jo estímulo. diante, de uma matriz de valores que
De fato, a sensação de dor provoca­ B deverá pagar a A, após eada par
da pela pieada simultânC'a de eem al­ tlc escolhas. Se ..:1 tem dirrito a esco­
finetes não seria dez vêzC's maior do lher, de cada vez, uma linha da ma­
fJ.lle pro,·oeada por dez. A scmmc:ão triz, proenrará a que obrigue o joga­
rausada pela notícia df' um dC'sastrc dor B a pagar-lhe o máximo. Por
. "l.'m que perC'cf'ram mil pessoas não é outro lado, B procurará escolher a co­
cem vêze·� maior do ·que a que <'ansa­ lnna d a matriz de mo(lo a interceptar
ria um outro com dez vítimas. Se, fi­ a linha, escolhida por _!, cm um va­ ..

nalmente, a primPi:m notí<'ia fôsse cor­ lor que lhe obrigue a pagar um mí-

rigida, iml i<':J.ndo mil C' d('z ao invés mmo.


d� mil, a nont scn-.:ação causada pelo

Visto qnc ambos os jogadores CO·
acréscimo (lc d!'z YÍtimas cm nada se nhecrm a matriz e desconhecem a cs­
compararia com a provocada por um tratcgia que Yai ser adotada pelo ad-

162 ESTR.UTUR.A - N• 2
Yt'rSáfio, podem basC"ar as suas <leei­ ear, isto é, d<' maneira a nos da1· um
RÕ<.>s na hipótt•sc de que o aflvC'rsário lucros mínimo. Se <'Srolhc rmos a 1'
proeura minimizar os seus prf:'juízos ou linha, êlf' poder:í ('seolhl'r a l"'- eolumt.
maximizar os sem; lucros. As regras ( I uno l..J.O ) ; st' t•st•ulhrrmos a 2,') l inha,
de drc isiío, nessa ( st rat égia, são as
' êle }lO(l('rá opt a r 1wla �'' eohma ( I urro
denominadas dC' "maxmin" ou "min i­ - GOO ou Jll"f'jnb:o tle 600 ) .
Dos dois minimos preferimos ·lucrar
mnx".
Vejamos, para eselarC'ccr, u m cxcm ­ o maior dê1cs e assim, pela régra do
plo de J Fcrry Borges. "'rnaxmin", opt amos pelo de l-tO que
}�m uma rt'gii'io sísmiea dc,·crá ser co rrC'sponde à 1" linha, isto lo, à op �iio
. .

construída uma série de easas qur, pelas e asas de <'onert'to.


no d rcurso de sua vida Ítt il, deverão
Intcrt�s...ante, porém, seria torna r n.
dar uma ren da de Cr$ 560. 000,00 por
nos"ia dN·isiío ind(•pcrtrl<'nte do lance
un idatlc.
ílo nd n·r�ii rio, i:ito é, prever um ln ..

.As ensas de a l n'na ria que niío su­


. ,
<·ro igual para as hipót�s<'S de verifi.
portariam os sismos, enstam, por un i­ <'ar;iio ott niío de sismo.
dade, C1·$ 360. 000,00 c dariam um
prejuízo total tlc Cr$ 800. 000,00 no
Isto pode Sf'r r�olvido da seguint e
ma nei ra : se a é a fra�ão de �asa U:o
easo de Yerifirac:íi.o de abalo.
t>onc� ret o armado e 1 a a de alvena­
-

ria, igualamos as soma!i dos prod utos


..:\s casas de c>onert�1'o armado cus­
tam, p or nnidadr, Cr$ 420. 000,00 e,
no caso de verifica<:fí o de abalo sís­
dos lucros pelas rcspeet ivaCJ frn«;ÕCS,
t1as tluas eolunas, e extraimos o vnlm·
de a que resolve o problema.
mi('o, resistiriam perfeitamente, au­
mentando, então, SC'll valor de Cr$ . .
Cr$ HO. 000,00.
Se, como primeira aprox ima�iio, de­
Fazemos: a + 200 (I - a) =
140
seja mos basear urna dccisã.o em crité­ = 280 a 600 (1 - a) ;
-

rio eeonôrnico, construímos a matriz a = 0,8.-j e 1 - a = O, I�.


• •

dos lucros, como segue :


..A&.'i im, se fizermos 859(, das easa.'l
f'"m eonereto armado e 15$"-b em ah·e­
Não

Sismo na ria o lnl:'ro SPrá o rnrsmo.
81/ólffiO

9 Condusões.
140 280
-

Concreto armado (a)

_\Jvenaria (1 a)
Está, indiscutivelnwntt>, bem orien·
- 200 -600
tada a engenharia estrutural, no seu
<lesrjo de substituir o ob&-uro coefi·
htel"OR,
ciente ile segura nça pC'Io objct h·o e sig­
(Os númt>ros mdu�am em milhares
• • •

os
de cruzeiros).
n i fi('ath o valor Ua probahiUdafle tle
·

Nós t emos a faculdade de escolher ruína das {'Struturas.


uma das linhas da !llatriz, após o que, Para atingi r êsse objt>th·o, porém,
o nosso adYersá ri o, que é a nat ureza. será nt'eessário rt>solver o p roblema
irá esrolher mna das eolunas. do eoitheeimt>nto, rm tôdas as eurva.�J,
Como o nosso lance tem de ser feito d as zonas de p_rqul'nas probabilidades,
em pri meiro lugar, deYcmos esperar poi s é nrlas qui:' se loc·ali1.am llR ca n .

que o nosso adn•rsúrio fa�a. post erior­ sas mais eomuns das ruinns (fig. 20).
mentt>, o seu, de modo n nos prejndi � Isto exigirá u m longo períoclo de ob-


ESTRUTURA - N' 2 ]63

·


l"'l.'h'""" , �lh·nhl lt\' 1\\•).,�h·n n l1t'11t'""' ·
,

,t$_,,.., ,h, ri�''' n:\ fi"'•:11l:1':11�i\ll t'\t't'UI.:R•l


(\ "'''1\11\!o!''l\t 1':\� ,,hrn.,,

l:thl\l�l\hl tl :ls.�Ht\ hl 1l;\ }'tiS."'\hlti.


,lJI,l,• ,{,• l'"'' h:oitl }'1"\lhnH�t it'l\ tln rninn
,b� ('�trntnr:\� n:i.•l ��� l'\'!';tlh·t' lotn1nwn.
k, �\ht�)..·� qml.ti-qn:mtnt inls ,iA R:io
r"-\.;;sh,+� � • ) .
ll:• qu:\1qtwr \llt".hl. n:in tlt'Yrtno� dt•s­
l'T\'7..:\r a f,,rma dt• l"onlwl"inwnto que
a..ln�m ,L\ t'XP•'ri�n<'ill, numtrlldtHlOI�

d.•ntT\l d.:t OT\km th• �rand('za dos vn·


l ,.:�� qtll' a pdtirn dn rngrnhnrin M­
tru1nral atl'sta l"omo bons.

Estacas Fra n ki Ltda.

O E S P E C I A L ISTA PARA AS S U A S
F U ND A Ç Õ E S

Bra nco, 311 • lO.• andar -


Rio de Janeiro
Tel.: 22-76ZO -
Caixa Postal 1789

ESTRUTURA - N• 2

'

CASCAS CILINDRICAS

Subetituindo z por - Q, - a na 2.• eqoar,A<> d"" npr- 8,


temos:
N.,. - FQ, - Fa + C,

Para Q, = O devemoe ter N.,. - O ('), portanto:

- Fa + C, - O

Teremos, portanto:

N.,. = FQ,

� por 111 - • 3.• dM



Do mesmo modo, subetituindo - aa

equações 8, temos:

r r 1 ac,
- - M, � b-- + c.
r il<p
12)
r r
.:....
z •

Para Jf 1 = O den.•mos ter l•i. = O, portanto:

- r b- ..!.. ac , z + c, - o
T T Ô<p

Assim, conc1uimos:

- F' Jl,
r

-
como queríamos Ueruonstrar:

Em conclusão, para reeoh·er qualquer ca..'<'a (') pela trolÚ d.:


membrana, basta determinar as fõrçns cort&ntt'!S e IDt.)lf'l
ll ltOO fN...
ton� Q, e \1 1 de ncõrtlo C(.)m o sktema de aJ.X'U.o na din-.;!o
.. .r ta �

nhcccr us funções F e f' · quo sJ d�P"Il<lt'tll da diM!'triJ.

(I) �!lita comliçao ni\o flll \'UlnlW par& M.._.. muito clll't;y: �tu. rdaçill M .Jb a
llÕt'll d1' úiretri1, a.l'Ontt'l.'t•mlo o ID\"'Ulh) QU(' .., � � vi& • � o
tbtut\íil omlu !UI h.•ll8Õt'tl d,, riaalhal'llt'nb.> nulas 11112 kx-a.liMm a.u Jlm'-imj.h.ft
E

tio C('lllro.
(2) Cont «'Xtlt'tAo Ut�.�� M.�JCIU!i m.t1ito rurw •tu-la·b• nv.il adiote�

ESTRUTURA - N' 2 165


Como o d.leulo de c J/1 é bastante conhecido na teoria. de
Q1
Yiga� isostátit:as ou hiperestáticns, resta o estudo de F c F" para
osYários tipos de diretrizes usuais c para os diYcrsos: tipos de carre­
gamento.

Tais funções F e F' são dadas pelas expressões :

F�
13)

onde X� -,- - Zr

Para a determinuç3.o de F e F' b as ta conhecer as expressões das


componentes da carga Y e Z Pm função de <r c a expressão do rnio
d e · cm·yatura r também cm função de '{1.
Para as cargas usuais, podemos deduzir as SC'gnintes expressões
de. suas componentes cm função de cp.
.' . "

Fêso prÓprio
' •

g.coslf'

(O)
\

(b)

Fig. 1 1 -

• • •
a) l'êHo próprio (fig. lln).

H) X�O Y� g sen I" z� g cos I"

b) Sobrecarga constante vertical por m2 de projeção horizontal


(fig. llb).
Neste caso, temos por metro linear de arco da diretriz: p0 =
= p cos cp, como mostra a figura llh.

166 ESTRUTURA - N· 2

. •"

Teremos então:

Li)
Z = Po eos cp = p l'os� cp o

A n�·ão preponderante é, cm geral, a do pêr!o próprio, podendo


ser eonsiderado como sobrecarga um pei!ttc"no valor de p entre 30
e '>0 k(T/m 2
<
01
'

Quanto à R\âo c.lo vento, dando lugar a eomponente normal à


supel'fícic da easen diferente de Z(.�ro, não pode 8er estudada por
meio de cálculo segundo a teoria de membrana.
Como exemplo das funçõc:-� F c F·, tomemos o caso 1la {'ascn
dC' diretriz formada por u m scmi-eírculo sob a ação do pêso pr1íprio.

Temos para raio de curvatura:

r = a= c >nstantt:'

As componentes da carga são:


r = (I sen qJ
Z = g C08 \"

Temos çnião (fórmula 13):

N� = - g a c os rp
I
F = g SC!l cp + a o a sen cp =- 2 g Sl'll c;

F" I 2g
-'-- = -- 2 g ros ,o = CO:i cp
r a a

Portanto:

N:r.p = 2 g sen cp X Q1
Hl)
2g
N, = - "--"-- cos <P X JI,
a

Teremos assim as exprc�ões de N z, N<P� e 1Y '{J t'm função t}<:>


cp c dos esforços Q1 c .\f 1 que dependem do tipo d(" np1)io d:1
easNr e da abseissa x.

Na figura 12, Yemos a Yariação dos esforços ao longo dns gern·


xtremos

trizes e da dirctriz pnra o l'asó d(' C'USl'as apoindux tldS (

com diretriz em forma de scmi-l·ín·ulo.

ESTRUTURA - N• 2 167
Fig. 12

Os valores máximos serão:

N� = - g a (ao longo da cumieira)


'

l'v·�· = gl (nos 4 cantos)

" - - g l' . )
(no centro da cumeeua
4a
..
, �

4- Fôrça de tração nos bordos laterais.


K os bordos laterais, os Ynlores de N��'� não se anulam, tornan-

do-se necessário, para eliminar êssPs esforços, projetar reforços ca­


pazes de resistirem às fôrças N.,z ao longo dos bordos laterais.
Para não perturbar o funcionamento da casca como membrana,
projeta-se u m pequeno aumento de espessura nos bordos e absor­
ve-se tod � s os esforços NfPz por intermédio de armaduras, ramo
mostra a figura 13.

!ol (b) lo)

Fig. 13

168 ESTRUTURA - N' 2



'

Este refôrço costuma ter espessura aproximadamente igual ao


. .

dôbro da espessura constante da casca, nunca menor que 15 cm,


abrangendo um comprimento de 70 cm a 100 cm.
A armadura deve resistir por trac;ão a todos os esforços N.,�
desde o Umpano até à secção de abcissa x (fig. 13c).
Assim, na secção de abrissa x, a fôrça de tração T na arma·
dura ou tirante será:

17)

Substituindo ..V'f'z por sua expressão geral, vem:

T = (F)�_,., X 1: Q, dx
2

OU Sí"J &

T = (F)�-,.. X !>f,

onde .llf 1 é .o momento na secção de abcissa x par a carga unitária.


X o caso de diretriz circular, F = 2 g e, portanto:

18) T = 2 g }.[,

5 - Cascas Elipticas.

5.1 - nso próprio.


Para o cálculo das funções F e F' das diretrizes eUpticas, par­
timos da fórmula do raio de curvatura:

a' b'
19) r = -;--;-..--....,- -":-:-
-:;- -:;-<p)"'
--.:;­
(a' sen' <p + b' cos'

'
h •

/ '\ b I ·�- 'I b



-+
� ....
,

I· ·I I
-

�\JJ'
• • •

Fig. 14
\)
ESTRUTURA - N• 2 169


TABEL.\ I

ESFORÇOS D E �!DI BRA:\.\ N \S CASCAS E�!PTICAS P.\Jt.\ l'I�SO PRÚPRIO


:.Yf.Ç K1 ga (' L · ·
�cnu-e1xo� <i a er11 •!'!e k��
a
=
a

Qo e �Uo: fôrça cortante e ·momento flctor p:tra cnrgfL g no longo d:t geratriz.
Y!!lares de /(1, 1\2 e I\a

;z[ O. I 0,:! 0,3


I 0,4 0,5 o,o 0,7
I 0,8
I 0,9 1,0
y;
I I
'
I
-10.000 '' ·• .,

-.\,O<JO -3..'t:l:l ·oo -2,000 - l Ü'17 -1 ,-1:!8 ·>-o


-l ·-·' -1,1 1 1 -1 .000
'
___ ,

"' + O,O[lí: +o.ooo +0.000 ' + 0,0(}1) +0.000 + 0,00:1 +0,000 +O.uon +n.ooo +0,00()
>
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- .

'
'

I I
-

I
-
- - -
- -

I ·• ·r ,

I

- 4,301 -3,S72 -2,9flfl '

+o.:t:w
-l,9�r. -l ,li:i:7 -1,-l()fl -l , -1.10·1 -Q.WIIJ
+ 0,:!.\.j
--. .) t I�
'

I
.
..

-:!,>i33
+5,440 + t flll
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I
+O. H!
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'
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I
- - - - -
-- -

- I,2W -:uos -2,201 -1,971) -1,7:!0 - 1 ,5 18 -1,8-t:J -l,:WO -1 ,08:! -o.m�:;


+ 12,910 +7.30-1
I
'
'"' -!- -!, !W :J +2.1i38 + 1,7:38 + 1 ,:!00 +0.8J7 +0,1\:!7 +O.�r;.; + 0.847 I O•
, ·n.-,
+ J,O:H -O,iiH - 1.1\!i-J, -:!, 1 17 -:!,290 -:!.�:3!.1 -·· -
__

-:!,.t:\1 -�. I HJ -l .IHO


' '
'
.

----·
I
- _,
-

I
- - -

1 - 0,:!10
- -
-

. '
'

-!- 2,fJ!Hi + I ,.;:!-t I'


-0,632 ' -0.971 -1,1:10 -1.mn
'
-1.1�-"i -l,l\17 -1,179 I '0"- ' O r:m

-
_.,

I
'
I
.!

+ 8.8''''
-

"" + 7,81.; +ü.:m11 -!-.\,881 + 3.6::1 I + 2,017 + l,lri:! + u.s:n + O,liiS4 20>
'

I'
-- +:!,88-1 + O fi22. -0,.'5;)0 - 1 .:.!0-l -1 ,.}8-l -1,7 \l:.! ' , . J &SS ' - 1 .'11'' '
. -1 ,8�!1
'
-

' I
,

I
---
- -� -
- - ---
-

I '
'

+ 5,:l3:! -!-4.2:!-1 � ' I,.J.J_.


'
- O,Ofl7 -0,234 -o.-n:; ----{),!i fl
- -I -� -0.7-17 -o.s·n -Q,87.i -0.887 I ---o.SS:l -0.�-ili
-!- .'l _.,.-,. T
-!-13,119
"" + 4 ,8.31i + :!,298 +:!,JS� + l,H28 . .
'

' + 1 .:!\H + l.UUU

I
c · ··•
+ i) .,,_
I I
-!- 2,/i:!G -!- 1 . 0 1 8 +0,008 +o.n,;u -l,tll -1. 120 -I ,tll-1 -I ,73:! :J(}>
'
, -

I
- - - -

- -
- - - - -
-

..--.-{1,358
+ ::1, H�ti
- 0,0::!0 -o.o;;; -o,l.i8 -0,251; --Q,-t.H "'N
--{)•iJ- -O.:iJO -0,(;(\;j -0707

,,. + 3,4!}::1 ' -
+ .'{,.r·• +�.950 + 2,G87 + 2,-tn +:.! ,l-t O + 1,880 + !.!i-tO + 1 ,414 4.-,.,

I
+ 10,f!93 +7.78:! +4,-t:!J + :!,5fJI + 1,:no +0,491 --o. 17!i -O,t;!)Q -1,0% - 1 , - H -t

I
--- -
� - --- -

- O,OOB -0,030 -O,Om; -0, I i.-t -0,170 -O.:!'H -0,300 -0 ..'if''l


\. -O,Hii -o,JOO
+ ·> -t•-··
>" ., '1':1"' + 1,81i1 + J ,73:!
""" + 2.588 + 2,552 + :.l,-t97 -· + -· ·. - + :!,:!.!7 + :! . l l l + 1.989 (iQ>
+ ] ."J,853 + i ,[;88 +-t,;)Q:I +2,81i0 +0.970 -O,ti:!l \ 000
-
+ 1 ,772 +0,:1 3 1 --ü.I 8.3 - ,

i
� \
'

'
- - -- - - - - - - ·
·

'

'
-0,:!59
I I
- 0.003 -0,0 1 1 -0,02fl -0.0-t.-. -0.070 -0,100 - o. J :H -0, 1 7'2 -0,'21 -1-
+2.1:!0 +:ttO.í + t,os.; + t ,97tl I + 1,!.::12 7,j"
+U>OG
ijo + 2,138 +2.131 +2.0•il + :!,O:H + :!.Oil:i
• + 9,550 +2.81:! + l.!H2 + 1 . 1 !)!1
'
+0.718 + O.:I:H
I
+ O.O H
I
-0,:!1>7
I
+o.;::;t 8
I --
I
- - -
I
- -·

' '
• -

I
'
I '

I
I

I
- 0.000 -0.000 -0,000 -0,000 -0,000 --o.ooo -0,000 -O.UOO -o.ono -0,000
'

i
+ :!,000 + 2.000 + 2,000 +2,000 ' +2.000 +2.000 + :!,000 + :!,000 !JO>

I
'"' + 2.000 +2,000

I
' '
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 ' 0,000 0,000 0,000 0,000

- 0.000
'

'

'

I
XI 0.1 0,2
I 0,3 0,4 o,.i
I
o.r. 0,7 0,8
I 0,0
I 1.0
. ';Z
I '

170 ESTRUTURA - N• 2

Entra..sc também com n expressão do rnio conjugado:

q'
20)
q + b' sen ' <p)"

= • • r =
(a' •cn' <p ab

Substituindo r, Y cZ por seus va l ores e cfctuando U!'! opPraçc1cs


d e dcrivru::io das fórmula� l:l, ehegan•mnH à� t·xpressõcs de N .,., F
c F" <·om os nsp<·rt.os HPgliin tes:

N, = g a K,

21) F = g K,

F.
- - jl_ I\,
r /,
..:___

onde os eoefirirntcs K1, K2 c K3 são funçõ(>S de tp e da rrlaçii o


b
k = - d!Hlos pdns fórmulas:
a
·

k ('OH 'P
c•
K1 = -

3 •• '
22) [(,- = '(2 +
kZ
·c <·os <p) scn l"

K, = - k
[ 2 k
. +
3 E�
.::...::.. (eos' I" -
2 c-:
seu'! tp)] rns tp
c3 k c k'!

onde:

• = 1 - k'
a

A tabela 1 , dá o� valores de K 1, K! c Ka em funç-ão de k c t;.


As fórmulas dos esforços serão:

NIP = Kt g a

N., = K, g Q1
'

Üti valort•s de gQ1 e gl\f 1 são as fôrças cortantes e momentos


flctores para a carga g atuando em uma viga l'Om sistema de upoio
c vãos íguaiR ao da cnsrn n a direção x.

EST/IUTU/IA - · N' 2 171




ESFORÇOS DE MEMBRANA NAS CASCAS EL!PTICAS PARA SOBRECARGA

"lo..
1 ' :z =
Ks'
b
i\!
J. o

Valores de K1', Ks' e Ka'

�I 0,1 0,2
I 0,3 0,4
I 0,5 0,6 0,7 0,8 o.u 1,0
lx
+5,000 + 1,428 + 1,200 +1,111
+ o.ooo
+3,333 + 2.500 +2.000 + 1,667

-3,000
+0.000 +0,000 +0,000 +0,000 +0,000 +0,000 +0.000 ..
'
..
-3,000 -3,000 -3,000 -3,000 -3,000 -3,000 -3,000

.
-

..
+ 4,284
+ 14,878
+3,858
+5,506
+ 2,9.')7
+2,688
+ 2,342
+ 1 ,566
+ 1,918
+ 1 .018
+ 1,621
+0,714
+ 1.-100
+0.528
1 + 1,2:13
+0,4Q,j
+ 1,100
+0.321
+0,902
+0,261 ..
- 7,272 -4,210 -3. 5'><>
-
- -3,244 -3,122 -3,055 -3,013 -2,986 -2.967 -2,954 -

-- -


100
mu
+ 1.221 +2.135 +2,168 + 1 ,704 + 1,495 + 1,323 +t,182 + 1,066
10o + 12,886 + 7 ,423 +4.369 + 1,882 + 1,353 + 1,015 +0,787 +0.628
-13,939 -6,764 -4,88! -3,425 -3,187 -3,034 -2,9a7 -2,868

+ 0,198 + 1,125 +0,88-'i


+ 7,665
+ 0,593 +0,912 + 1.076 + 1.108 + 1,061 + 1,003 +0.9.t2
... + 6,330 + 4,908 +3,733 + 2,85-1. +2,217 + 1 ,753 + 1,413 + 1,160 +0,964 ""
-25,446 -12,106 -7,638 -S,·iBO -4.271 -3,S28 -3,046 -2,710 -2,472 -2,298

- -
- -

+ 0,058 + 0,202 +0,376 +0,533 +0,647 +0.720 +0,7,'j8 +0.';'1)8 +0,7(;[, +0.750
"" + 5,041 + 4,636 + 4 .090 +3,510 +2,970 +2,497 +2.10J + 1.779 + 1 ,515 + 1 ,299 ...
-29,718 -14,172 -8,877 --6,164 -4,536 -3,407 -2,727 -:!,197 -1.800 -1,500

+ 0,014 + 0,053 + 0, 1 1 2 +0,181 +0,253 +0.321 +0.381 +0,431 +0,476 +0,500


... + 2.970 + 2.8S4 +2,752 +2,586 +2,400 +2,206 +2.01::1 + 1.&10 + l ,fl57 + 1 .500 ...
-20,894 - 9,986 -6,168 -4,136 -2,846 -1,940 -1,260 -0,740 -Q,333 -o.ooo

+ 0,004 +0,015 +0,033 +0.057 +0,085 +0.117 +o.uo +0,18-l +0.218 +0,250
... - 1,726 + 1,710 + 1,081 + 1 ,644 + 1 ,600 + 1 .546 +1 ,488 + 1.428 + 1,303 + 1 ,299 ...
� 0,386 +0,334 +0,507 +0.678 +0,833 +0.1:182 +1.123 + 1,257 + 1,384 + 1,500

+ 0,000 + 0,003 +0.007 +0,012 +0,018 +0,026 +0,035 +0.044 +0,055 +0.067
+0,789 +0,750 7&>
+3 038
7"' + 0,80-l + 0,801 +0,798' +0,7\JS +0,783 +0,777 +0,708 +0.759
+21,434 + 1 0 .752 + 7.209 +5.500 +4.488 +3,826 +3,372 . +2.789 +2,598

[ U:�
+ 0,000 + 0,000 ' +0.000 +0,000 +0.000 +0,000 +o.ooo +0.000 +0,000 •

,..
I
... + 0,000 + 0,000 +0,000 +o,ooo +0,000 +o,ooo +o.ooo +0,000 +0,000
+ 15,000 + 10,000 +7.500 +6,000 +5,000 + 4,285 +a. no +a,a3:i +3,000

I
'

7.1 0,1 0,2 0,3


I 0,4
I
0,5 O,G
I 0,7
I 0,8 0,9
I 1,0
I';Z

172 ESTRUTURA - N• 2

Podemos fazer:
'

obteremos:
N� = K1 g a

23)

N�, = K, Qo
K,
N:z = b .1.\:lo

Com estas fórmulas, calculamos os esforços em cada ponto


da casca elíptica para a ação do pêso próprio.
A fôrça de tração no bordo lateral segundo as fórmulas do item
4 (atendendo ao valor de K, para <P = 90' da tabela 2) será:

T = 2 Mo

No centro da casca em dois apoips nos extremos, a traçilo má­


xima será:

T = !!..
g :...
l' .
4
5.2 - Sobrecarga.
Partindo das fórmulas 15 das componentes Y e Z e da ex­
pressão que dá o raio de curvatura da elipse, chegamos às seguintes
fórmulas práticas que dão os esforços para a ação de uma sobre-
carga p:
N� = K1' p a
-
24) N�· = K,' Q0

K,'
N. = Mo
b

onde Qo e Mo são a fôrça cortante e momento fletor para a carga


constante p atuando numa viga com os mesmos vãos e apoios que
os da casca.
Os coeficientes K1' e K,' e Ka' são dados na tabela 2 cm
função de k e de <P e são expressos pelas fórmulas:

BSTRUTURA - N' 2 173




}., 1 =
3
ror-;� tp

r

\. k

-�-) •- c-
• •

"
,., � = 1 " ( 1 +
I\. a 1
/,:, 2 ('OH ' r.p) SC'Jl 2 C{)

'" '
.1\. 3 =

X os bordos latrrnis temos ( <p = f) :


N� = O N<;:z = O

X ota-se que, neste caso, N3; não se anula nos bordos laterais e
rrpre�cnta um C'sfôrço de tração constante nestes bordos.
�\s armaduras de bordo, que formam o tirante, resistirão ao
esfôrço de trnção .J.y

. \�sim:

3
:!ti) T = b2 Jfo
a

6 - Outros tipos de diretrizes •

.Além dos tipos de diretriz elfptica e circular estudados nos itens


anteriores, potlem ser empregados as diretrizes cicloidal, catenária c
parabólica, cujas fórmulas para a ação do pôso próprio passaremos
a àpresentar cm resumo.

6.1 - Diretriz cicloidal. •

r = a cos cp o
-

N'f' g a c os!! cp

-r
= -
• •

2 7) Nr.pz = 3 sen cp Qo I •

"
'
I •
"
,I
2
• - ·O - ·O

, 3 Mo
2

N
-
=
n
Fig. 15

Como particularidade importante, temos a tangente vertical


nos bordos laterais c o fato notável da fôrça normal na direç.ão x

(N,) ser independente de .p.

N' 2
174
ESTRUTURA -

Há, no entanto, ttm inconveniente na ap licação da t eori a de


membrana a , l>sse tipo de casca. :(.; a pas�ngcm brnsrn da com­
prt•ssão N z pnrn a tração T n o borc.Jo.
Co�tuma-se n a cieloide adotor:

l < 3 1ra

n.2 - Dirrfriz catendria


X r1<te rnsf1, trmos:
a

a o
:\f
-
ros cp
-
·"' <P -

.v'{.r. = o
"
�\I z - o
- T=O
onrlr a é o raio eh· c u rvat u ra no vértir(>.
Xão há. fôrças normais na direç ito das geratri zcs (N� = Oj, n
qtH' rra dr, prcvC'r porque a catenária é a rnrva de pressões do pêso
próprio.

Em <'Onscqu �nC'ia NlfJ não se anula nos bordos laterais dando


lugar a pertnrhaçõf's que cxi gt•m correções do.� resul tados da teoria
mcmbrannl. Em g:<'rn1, êsse tipo de casca possui apõio nos bordos
· laterais não fnn<"ionando como rasea auto-- portante.

6.3 - Dirctriz parabólica.

T<·rcmos, para di rctriz parabólira:

. a
r =
eos t,p
ga
N� = -
cos'! �
29) N., . = sen rp C'o

N = cos' '" - '-"


\.[ ' •
.

• T a

é o raio de <'111'\·atura no vértice.


onde a

Esta diretriz tamb�m não é recomendável como casca auto­


portante, sendo necessário rorri gi r os rC'Sultados da teoria membra�
nal prla troria da flex:'lo.

ESTRUTURA - N• 2 175


7- Conclusões quanto ao cálculo pela teoria membrana! ,

.A teoria membrannl, como cálculo definitivo, s6 se aplica às


<.'ascas auto-portantes para as quais ns tangentes nos bordos são
verticais. O tipo mais aconselhável neste caso é a casca elíptica.
Contudo,_ a teoria de membrana pode ser usada como c:llcula
atL-ciliar corrigindo-se seus resultados pela teoria exnta da flexão
de cascas, estudada mais adiante.
No entanto, a teoria da flexão só apresenta resultados práticos
no caso de diretriz circular em forma de semi�ctrculo ou de arco
de circulo de qualquer grau .
A teoria de membrana pode então ser necessária para o cálculo
de diretrizes cm arco de circulo, mesmo quando a tangente no bordo
deixa de ser vertical usando as fórmulas 16 e corrigindo-se os resul­
tadas pela teoria da flexão.

Neste caso, projeta-se a viga de bordo para resistir aos esforços


Nrp, NlP= e N além dos provenientes da teoria da flexão.
=

A perturbação provocada pela viga de bordo, que tem influ­


ênda essencial nas proximidades dos bordes laterais, é levada em
conta n o cálculo pela teoria da flexão.
Para cascas de forma diferente da circular e da elíptica, apre­
sentaremos mais tarde um processo aproximado de cálculo levan­
do-se em conta somente os esforços de membrana e outro cálculo
aproximado levando-se em conta a flexão da casca.

s·- Projeto de Cascas Elípticas auto-portantes.

O projeto de cascas elipticas deve ser feito do seguinte modo,


dados o comprimento l e a largura 2 a.
Adota-se para b um valor em funç[o das exigências arquite­ -

tônicas, obedecendo porém os limites:


a'
20
2a
b ?:
5
40)

l
10

176 ESTRUTURA - N• 2

NAo deve haver viga de bordo, sendo que, para a espessura


mínima de• G cm, podemos adotar as disposições construtivas da
fig. 16.

I, "I .

iocr{

corte
tronsvenot
corte
longlludinol
H
�15cm

Fig. 16 •

Para o cálculo dos esforços, divide-se o aemi-vão em 4 partes


( +, �, V e f)
"' =: e a diretriz em 7 partes, correspondendo

os pontos de divisão nos valores de tp = 0°, 5°, 15•, 300, 45•, 6()o,
75• e 90' (fig. 17).

o· •
r

5'

15°

45"

60• -+
75"

95• j_
I· r
"
I • •
I • ·I· "
I
r r r
8 8 ã ã
- -

Fig. 17

Nos 40 pontos de divisão representados na figura 18, silo cal­


culados os valores de Nrp, N.,� e N sendo q�e, na direção :x: calcu­

lam-se Qo e Mo nos 5 pontos de divisão e, na direção <p, calculam-ae


os valores dos coeficientes Kh K, e Ka nos 8 pontos de divisão.
Ai; comLinações de cada Q0 e Mo com cada grupo de coefici-

entes K atendendo às fórmulas 23, permitem a determinação dos

BSTRUTURA

- N- 2 177


esforços na quarta parte da casca elíptica sendo na parte restante
os esforços são obtidos por simetria.
Fazendo o mesmo para a sobrecarga p usando os coeficientes
K' e as fórmulas 24, teremos resolvido o problema da determinação
dos esforços N"'' Nf'ltJ e N na casca elíptica.
!(;

Na figura 18, vemos os detalhes do projeto para ca.<:Jcas �lípticas


múltiplas.
6em

Fig. 1 8

9 - Verifica'ção das tensões e cálculo das axmaduras nas cascas


auto-portantes.

Os esforços N"'' N'P% e N são obtidos por unidade de área de


:e

superfície. Se quizennos obter as tensões correspondentes, devemos


empregar as fórmulas:

N,
31) (f'P = T�p% = d

Trata-se de um estado duplo de tensões, havendo necessidade


de conhecer os esforços principais assim como as direções dos eixos
principais. De acôrdo com êsse estudo feito na Teoria da Elasti­
cidade, temos para os esforços principais N1 e N2, para inclinação
dos ·eixos principais e para esforço de cisalhamento máximo N12:
-

1
N., = 2 y(N, - N•)' + 4 N'••

N, + N•
_
N1 - + N12
2
32)
, N, + N• - u
N = N
2
2 N"!(;
tg 2 q:>o =

N, - N•

178 ESTRUTURA - N• 2

'

�--�-- - � , � ------

- .

'
'

O valor de N1 será o esfôrço máximo de tração e N, o esfôr�o


máximo de compressão.
Para o cálculo no estádio II, interessa apenas o valor da tensão
máxima de compressão:

33) u, = �' :S; 50 kg/cm'

Em casos especiais, pode·se adotar tensão admissível maior


que 50 kg/cm'.
Quanto ao cizalhamento, seu valor máximo será:

Nu �I
34) Tma. = d :S; 1 6k..,cm2

onde Nu é o esfôrço de cizalhamento má'Jimo dado pela primeira


das fórmulas 32.
Em face do esfôrço de tração N, ó preciso dotar a casca da
armadura capaz de resistir a êssc esfõrço que tem a direção do eixo
principal.
Tais armadura.• podem seguir as linhas isostáticas em cada
ponto, sendo a secção de ferres calculada pela fórmula:

]�;"'J
'

'-'
�,, =

35)
<Tf '

'

Pode-se adotar para ,., os seguintes valores:

Aço 37 CA o-1 = 1 500 kg/cm'


Aço 50 CA o-1 = 1 800 kg/em'

Mais prático será dispô r as . armaduras de traçilo na direçilo


da diretriz, calculando-se nCilte caso 81 pela fórmula:

36)

send9 <po o ângulo de inclinação do eixo principal de tração.


Sendo N1 um esfôrço de tração, será preciso usar para <Tf u�
valor que não dê lugar a fissuras pronunciadas no concreto para o

BSTRUTURA - N• 2
que se deve verificar' a · sec-ção de concreto pela fórmUla abaixo em
que se supôs o emprêgo da cura do concreto (1):
N,
para aço 37 CA
39
-N1 para aço 50 CA
S, = 36

No casa da secção existente, igual a 100 X d (em cm') ser in­


ferior a êste valor, devemos usar para tft um valor inferior ao má.
ximo, .ou seja empregar para 81 a fórmula:

N,
28 S,
s,
·

--="'---
15 cos <po
-

Devé-se preferir usar armadura de dilirrietro fino com pequenos


espaçamentos entre si (4 a 10 cm).
:É indispensável colocar armadura na direção da dirctriz. Esta
armadura, porém, não é calculada, podendo ser usados ferros de
3/16" ou 1/4" cada 20 cm.
Na fig. 19a, vemos um detalhe das armaduras de uma casca
auto-portante em planta e, na fig. 19b, um detalhe da armadura
segundo a diretriz. Esta armadura é aproveitada para fixar a
armadura de tração nos bordos laterais.

(a) (b)


Fig. 19

Para o detalhe completo das armaduras, será necessário conhecer


a posição exata .dos 40 pontos indicados na fig. 18, para os quais se

conhecem apenas as abscissas x e os ângulos tp.


(1) Veja-se o estudo do dimenaionamento de tirantes feito no capitulo
x11r 4' volume do Curao de Concreto Armado do autor e o estudo da
pã.gina. 215 desta. revista.
-

180 ESTRUTURA .__ N• 2


.. . APL ICAÇÕES DAS F UNÇÕES DE


BESSEL NO CALCULO ESTRUTURAL
(Cc>ftt� onterlo<)

d4 n<lmero

SYDNEY M. G. DOS SANTOS

Grupo (a) -jlambagem de vigas.


P•
Tomemos a equação (4). Pondo , = k' teremos:
R, B •

27)

Essa equaç4o é do tipo (22), bastando fazer m = O e n = 2. Estes va•


!ores fornecem a = !, com o que a transformada (24) de (22), passa ni)Bte caso
a assumir o aspecto seguinte:
'
k'
27')
"
,., +
'" <P• + <P =O
2t 4

em que: z' = tl, tp/1 e q;/ são as derivadas de tp em relação a t.


Esta equaçio é do tipo (21), em que

1 1
a=- v = -
2 ' 4

Ponto
<P
= ti z, a equa ção (27) se transforma em:

27") •" + f ( �· - 4� ) • = o
+

que é do tipo (20) •

Fazendo nesta última


k
�= -t
2
e realizando as transíormaçlles que conduzem (20) a (20'), teremos:

27"') ' +
U'
rt•
ç
+ ( 1 - 4 ·

1
) z = 0

• = i, fracionário. Usandó a integral


Equação de Bessel, tipo (19), com


(26)', téremos:

28)
ESTRUTURA - N• 2 181
porém: �= � � = � x''
2 2

• = l"t-1 = l"x-l
resulta:

29)

que é a solução geral d o primeiro problema.


Introduzindo nesta última expressão a função (24a), e simplificando, virá:

x''
k'l. k4 x's ke x't2 .
( )
.

30) \<' = A I - + -
+ · · · +
3 . 4 3 .4 . 7 . 8 3 . 4 . 7 . 8 . 11 . 12

k2x16 k4x'g k6 x' ta


+B
( x' -
4 . 5
+
4 . 5 . 8 . 9
-
4 . 5 . 8 . 9 . 12 . 13
+ · . .
)
em que A e B são duas novas constantes que iremos determinar.
Temos para condições de extremi dade (v. fig. 1) :

1" = 0 para x' = l


I"' = o para x' = O
Da segunda, resulta B = O, de modo que (30), passará a:

30')

fara a 1.8 condição virá:

k' l'
31)
3 . 4
+ ...
) = o
-

·Abstraindo da solução trivial A = O, que exprime a não ocorr�ncia da


flambagem, deveremos ter como solu�ão que caracteriza a carga critica:

1 -
k'. l' +
/c' l' ... - 0
32) -

3 . 4 . 7 . 8
-

3 . 4

Numa tabela de funções de Bcssel de .ordem v = í acharemos o primeiro


zero para
kl'
2 = 2,0063

182 ESTRUTURA - N• 2
k v'R."B.
- donde:
p. =
e, rmalmente:

33) p� = 4'013 -vB.if. •

zs

valor da carga critica de fiambagem, para o consolo carregado na extre­


midade.

Grupo (b) -flambagem de colunas c�nicas.


Tomemos a equação (6). Verifica-se que ela é do tipo (22), bastando
fazer: n = - 4, m= O, de que resulta a = 1. -

Podemos substituir (6) pela seguinte equação:

•34) w,''
2
+ t wl +
- k2to == O

em que fizemos: " = t-1 e w,'' e wi as derivadas de w em relação a t.


A equação (34) é do tipo (21).
Pondo a=2 e b = k', virá v = - !; fazendo também:

w == t• z
chegaremos a:

.
'
z" + • +
t
(k• - tt ) z •.
=o

que é do tipo (20).


Fazendo: ç = kt virá:

35) z(' + • [ ( �}+ 1 -


'
=o

Podemos escrever:

ou, no caso de P fracionário:

sendo, porém:

e, como P == - i, teremos:

36) ( em que k' =


Pb•
J.E )
'
BSTRUTURA ..:. N• 2 183
No estudo das fun�ões de Desse! demonstra-se que:

J (
' )
=

cos y ( )
1 � =
scn t
-.2
--! ç v' � v' �
N e.ESaS condic;OC'S:

Determinaremos as constantC's A e B pelas condições:

W=O para x=a


w' = O para x = b donde:

) A cos -a +
k k
B sen -
a = O

{ A (
k k k
cos - + - sen -
b b b
) +B( k
b
k
b
sen - - - cos
l-
-f ) = O
déste "sistema resulta:

37) ou:

aa kl
37') tg a = -
l
em que
ab =a

A equação ·(37)' tem um número infinito de soluções. Chamando de a,


o mais bai."to d�sses valores, podemos escrever:

-- ' (�)' EJ,


p•
a
b l'
donde
,

que é a expressão da carga crítica.

t tende para I, e a carga crítica tenderá para a


Para secção cilíndrica
-

carga de Euler, por isso que a1 ; ; U.e fato: -+ -

.
valor que se toma infinito para b = to ; nessas condições a equaçã.o (37') trans·
formarse em

37"') tg a = w

cujo menor va]or de a será a1 = f·


!lM ESTRUTURA - N• 2
Grupo (c) : - vibração de membrana• eldstka$.
C misidcremos a. equação (11). Comparand<>-a com (20) vemos que ela
é do mesmo tipo com v = O. Tra.ta..•e pois de uma equação de Bessel de ordem
zero.
Fazendo z = kx e realizando aR mesmas trnnf'formaÇOP,.e feitas com a equa--­
ção (20), a equação (11) transforma-Re em:


38) �." + : + � = o
z
cuja solução será. e8crita:

� = c, J, (z) + c, Yo (z)
Chamando de �' o mlor da flecha no centro da membrana, teremos para
r = x = 0: � = �0, donde:

isso porque para z = O as funções J, (z) e Yo (z) são respectivamente Igu&JS a


• •

um e a infinito. R(':sulta ní'C'Ps.�riamente

l'2 = o

donde a expressíio da flecha:

39) t = �, J, (kr)

A frequência própria da membrana se obtém exprimindo que no eontl>mo


� = O ou seja:
Jo (kr) = O

primeiro zero dessa equação, que se obtém em qualquer tabela de fun


O
çlíea de Bessel é 2,405, portanto:
p w• r
kr = 2,405 =
.,..

donde se tira a frequência w.

Grupo (d): teoria das placas circulares.


Comparando as equações (1 8) e (18') com (20) vemos que ambas são equa­
ções de Bessel de ordem zero (v = O), nas quais

k' =
1 para {IS)
k' = -I para (IS')

ll'STRUTW?A - N' 2 185



A primeira terá pois como solução

w, = c1 Jo (x) + c, Yo (x)

e a segundn:

w, = c,' J, (ix) + c,' Yo (ix)

Portanto:

w = w, + w, = c, J, (x) + c,' Jo (ixl + c, Yo Cxl + c,' Yo Cixl

Daqui por diante, calcular�se-fam os momentos fletores, volventes e cor�


tantes, pelas fórmulas da teoria das placas, determinando-se pr�viamente as
constantes pelas condições de bordo, cm cada caso particular.
Esta parte não cabe mais nesta exposi�ão.
De qualquer modo, julgamos ter sido mostrada a importância das funções
de Bessel em problemas de cálculo e�trutural e por conseguinte a oportuni-
dade de se dedicar estudo a êsse assunto.
·

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

I) A. FoRSYTH - Dijjerential equatiom - Mac Millan & Co. - Londres - 1948.


2) N. W. Me LACHLAN - Bessel Junctions for engineers - Oxford University Press - 1941.
3) G. N. WATSON - A treal:ise 011 lhe theory oj Bessel Functions - Cambridge University
Prcss - 1952.

4) 1 KA.RMAN & BtOT - Mathem.atical }.fethods in Enginecring - Me Graw-Hill - Nova-York


- 1040.
REDDICK & MILLER - Advanced MathemaUcs for Enginecrs - John Wiley - Nova York -
1:38.
6) F. ScHLEICHER - Kreisplallen auj elastisch� Untcrlage - Ju!ius Springer - 192:6.

7) B. G. TEUBNER - Table oj Junctions, 3.• edição - Jahnke & Emde - Berlim, 1938.
8) SYDNEY 8ANTo.s - Kippe ou jlambagem transversal - Rio - 1950'.

186 ' ESTRUTURA - N' 2 .


.


CALCU L O A P ROXI MADO DE UM


CONJUNTO DE ESTACAS •

ANTÓNIO ALVES DE NORONHA

As reações que se despertam nas bases dos pilares das pontes consistem,
em geral, de uma fôrça vertical variando entre doi• valores extremos quase
sempre do mesmo sinal; de duas fôrças horizontais dirigidas segundo os eixos
longitudinal e transversal da base variando, também, entre 2 valores extremos
de sinais contrários; e de dois momentos contidos ncs planos verticais que
passam pelos eixos longitudinal e transversal da base variando entre dois va­
lores extremos de sinais contrários.
Normalmente, a fôrça horizontal dirigida da esquerda para a direita é
acompanhada de um momento dirigido no sentido do movimento dos ponteiros
de um relógio, mudando êste, o sentido quando aquela, também, muda.
Quando a fundação dêste pilar é formada por um conjunto de estacas, a
determinação dn. solicitação de cada estaca é, extremamente trnbalhOf'l& düi­
cultando, sobremaneira, seu dimensionamento. Com êste trabalho, estamos
apresentando um processo de cálculo bastante simples para aquela determi..
nação, o qual, apesar de carecer de um rigor absoluto, satisfaz plenamente aos
objetivos da vida prática. A falta de rigor está cm supormos que tOdas as
eStacas sofram componentes verticais de deslocamentos proporcionais às com­
ponentes verticais das [ôrças que atuam sôbre elas, o que equivale a admitirmos
que as caracteristicas mecânicas e elásticas do terreno de funda�;ão sejam iguais
em todos os planos horizontais e que a base do pilar seja infinitamente rija.
Esta hipótese simplificadorá é satisfeita, plenamente, na maioria dos casos
de funds.ções de pilarCB de pontes constituídas de conjunto de estacas.
As estacas deverão ser dispostas simetricamente em re1atlo aos eixos
longitudinal e transversal da base do pilar, os quais designaremos, respectiva­
mente, por eixo dos x e eixo dos y, Ao eixo vertical que passa pelo centro de
gravidade da base chamaremos de eixo dos z. As estacas cujos eixos estilo con­
tidos nos diversos planos verticais paralelos aos eixos dos r e dos y deverão ter
três direções diferentes, simdtricas, porém, em relação ao eixo vertical dêstes
planos. Isto obriga a têrmos estacas verticais e estacas inclinadas para a di­
reita e para a esquerda de um mesmo ângulo a, como podemos vêr na figura 1.
Chamemos de V a ação vertical sôbre as estacas que corresponde à reaçllo
vertical da base; de H� e II11 as duas açõcs horizontais que passam prlos eixos

ESTRUTURA - N• 2 187


z

• •
:>f , •
""' - - - X
o
• •

L/L /..J ,

... .... '-' "'

Yi
y •

I

5
v
- -
-

I

�:::::J i I, ) • o ' (', '1 (:


" ' n '

o o o
I

o o o

o o o
I
' o o o

I [l • ll ' )
I c '. • {j '


p l

-t-o
.

+
'

X :---
'

X Z
- - -
- • • • •
-

' !) ' ) i ) •
o • (! • () 9 '
i

-
-_

o o o
I
'
o o o
'

o o o
I

o o o --

I

• I ;) i !) I rJ•

o ' () ! () '

-
I

-

I


y
Fia. 1

188
ESTRUTURA - N• 2



dos z e dos y e de Mz e My os momentos em tôrno dos eixos dos z e dos y cor­


-. · respondentes todos êstes esforços às reàções respectivas.
Sendo 2 n, o número de estacas verticais, 2 b o número de estacas incli-

nadas de :1: a� contidas ]}OS planos verticais paralelos ao eixo doa :z:: e 2 n, o
número de estacas inclin!Ídas de :l:•
au contidas nos planos verticais paralelos
ao eixo dos y, teremos que o número total de estacas 2 n será:

2 n = 2 n, + 2 n, + 2 n• (1)

A fórça vertical V será equilibrada por 3 componentes verticaU.; a primeira,


a reaçito despertada nas estacas verticais e que será. 2 n. p,; e as outras duas,
as reações verticais despertn.das nos pares de estacas inclinadas, simétricas,
contidas nos planos verticais paralelos aos eixos dos :z:: e dos '11 e que serão, respec­
tivamente, 2 n:r p, e 2 n, p.. Teremos, pois:

V = (2 n, + 2 n. + 2 n,) p, = 2 n p, (2)

As fõrças que atuarão nas estacas inclinadas, devidas à fôrça vertical V,


sertto, respectivamente:

p,
p,z - (3)
cosa.

p,
p,, =- coa a,
(4)

Para a determinação da solicitação devida às fõrças horizont•io e aoe mo­


mentos, faremos uma mudança das linhas de ação daquelas fõrças. Acha­
remos a intersecção das linhas de ação das resultantes doa 2 conjuntos de """

tacaa de uma mesma dircção contidas nos planos verticais. Esta intersecçAo
por causa da simetria, estará no eixo vertical dos2 conjuntos de estacas de
mesma direçi!o. Transportaremos para l!ste ponto a fôrça H, ficando os res­
pectivos momentos com os seguintes valores (Fig. 2 a):

M,' = M11 - ll11 mv (6)


M,' == M., - H, mz (ll)

As fôrças horizontaU. II poderão agora, ser decompostas segundo ao 2


direções inclinadas simétricas que concorrem em sua linha de ação. Teremos,
pois, devido às fôrças horizontais H, e II,:

2 na ha = H, (7)
2 n, h, == . 11, (8)

BSTRUTUIM - N' 2 189


a) F

m '

'
I \ •
F

H
H

Vx • 6
Y c' b'
y y
Vy 6
I =

I •

I

•- ) -

I
b) •

X --

e'
:r

' - e --
I
d :X:

c' (i) e e -
X
'

'b'
X

a'
:X:

+--- b ---+
y
+--- Oy --
---

FIG. 2

190 ESTRUTURA - N• 2

.


I

i -
donde, portanto:

h •
- H. (9)

- 2 n•

h = H, (10)
' 2 n•

As fôrças que atuam nas estacas inclinadas devidas às íôrças horizontais


I serão. então: .

h,

P = (11)
i �iz sen a�

I h,
P, = (12)
h sena,
I

i
as quais poderão ser po•iti\·a.• ou negativas segundo o sinal do Angulo a.

Resta-nos, agora, estudar a influência dos momentos. Sabemos que só


poderão resistir a esta solicitação as resultantes das componentea das estacas
dos diversos planos que não interceptam o eixo do momento. Se chamarmos,
portanto, de V. e V, o número de estacas contidas em cada plano paralelo ao
eixo dos x e ao eixo dos y, que podem resistir aos momentos M.' e M,', respec­
tivamente, teremos (fig. 2 b):

Mi = v.b, p,.,, + v. c. p,.,, + v. a. PM4. + v. •.P-. (13)


Jlfv' = V, a , p,."ll + V• b, p,.,, + V, c, p.,,

(14)

Sendo os deslocamentos proporcionais às fõrças, temos:

' d. ••
Pmd:r = Pm&� p••• = p� b (15)
bs ,

••
Pme11 = Pma, (16)

a,

'
expressões que levadas em (13) e (14) nos darão:

p,.
MJl' = V;ti bil._ (b•' + c:' + d•''+ e ') (17)
... s

!


M,' = V �..
" a•
(a, ' + b'' + c..') (18)

Donde, tiramos:

(19)

(20)

EISTRUTURA N• 2 191
I
-

I
I

que são as componentes verticais máximas devidas aos momentos e que Sa
manifestarão nos planos mais afastados que continham estacas que possam
resistir a momentos. Se as estacas dêstes planos forem inclinadas, a sua
solicitação será:
1 Pmb�
P mb (2I)
z
coa aa:
=

(22)

Obtidas as fôrças que atuam nas estacas devidas àB fôrças vertical e hori­
zontais e aos momentos, teremos a solicitação de cada uma delas fazendo a
superposição daquelas fôrças. No caso da figura 2 b, por exemplo, a estaca
•� a, sofrerá a seguinte ação:

u + Pma11
p, + h
Pa 0 = (23)
"' 11 cos a11 sen a11 cos a11

Podemos, assim, achar, com grande facilidade o -esfôrço em qualquer ea­


taca de um conjunto, desde que elas sejam simétricas em tôrno de 2 eixos orto­
gonais e que sejam solicitados por uma fôrça vertical, fôrças horizontais e mo­
mentos que estejam contidos nos planos verticais que passam por aqueles eixos.

SEJA SÓCIO DA

ASSOCIAÇÃO B RASILEIRA DE
PONTES E ESTRUTU RAS
· -

· EM FASE DE REORGANIZAÇÃO PARA GRANDES


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NAL DE ENGENHARIA, LARGO DE S. FRANCISCO,
RIO DE JANEIRO OU PARA A REDAÇÃO DESTA
.
REVISTA

192 ESTRUTURA - N' J.


TEO R I A D A T R A NS F O R M A Ç Ã O
DOS DIAG RAMAS AUXIL IA RES
'

D A H I P E RE S T A T I C A

' ADOLPHO POLILLO

• a) Generalidades •

Constituía fatôr importante, na resolução das estruturas pelo método dos


esforços, a escolha de um sistema principal que permitisse um cálculo mais rá..
pido dos coeficientes li das equações, tendo em vista não só a obtenção de ma­
trizes mais simples como também a facilidade do traçado dos diagramas auxi­
' liares. Principalmente porque, mais simples são os diagramas auxiliares, mais
fácil se torna a combinação dêstes diagramas quando se determinam os coefi­
cientes O. Com isto, diminuímos também, apreciàvelmente, uma fonte de en­
'
'
ganos e êrros numéricos.
Outra tarefa a que se entregavam os estudiosos era a de crear artifícios
todos com o mesmo objet-ivo principal de simplificar e tornar menos penoso
o cálculo dos esforços nas estruturas.

I Com o advento da tema da transformação de diagramas auxiliares (1) não


existe mais a preocupação de escolher o melhor sistema principal para esta ou
. aquela estrutura, uma vez que, como veremos, podemos transformar os dia­
gramas auxiliares a nosso bel prazer desde que satisfaçamos a certas e determi­
nadas condições. Por outro lado, todos os artifícios usados, e outros que por
ventura qualquer pesqwsador que se dedique ao cálculo estrutural pOBSa des­
cobrir, estão contidos na teoria de transformação de diagramas. Podemos
mesmo afirmar que, ao resolver uma determinada estrutura, se se nos deparar
um determinado obstáculo, ao impormos a condição da inexistência desta
dificuldade estamos lançando mão de um novo artificio de cálculo que pode
inclusive nunca ter sido usado e que, se descoberto tempos atrás, teria valor
inestimável.

b) Regras para transfotmação de diagtamas.

1) Pode-se substituir um diagrama de X• = 1 por outro diagrama obtido


somando ou subtraindo ao diagrama de Xk = 1, multiplicado por uma constante,
os diagramas X. = 1 multiplicados cada um por uma constante.
(1) De autoria do professor Aderson Moreira da Rocha, exposta pela primeira vez nas 3u.
Jornadas de Engenharia Estrutural, em POrto Alegre em 1952 e desenvolvida em Hiperestática
Plana Geral - 1.0 volume.

ESTRUTURA - N' 2 193


Assim1 para um sistema n vêzes hiperestático, por exemplo, podemos subs­
tituir o diagrama de esforços .i\J1 devidos a X1 = 1 no sistema principal por
um outro M1* obtido obedecendo a seguinte lei de transformação:

Nesta expressão as constantes k podem tomar qualquer valor do campo


real.
2) Pode-se substituir o diagrama ltfo por outro diagrama }.[o* obtido somando
ou subtraindo ao diagrama Afo primitivo os diagramas de Xk = 1 multiplicados
por diferentes constantes.
Os diagramas transformados da maneira indicada nas regras enunciadas
equh·alem, respectivamente, ao diagrama de um esfôrço Xi em outro sistema
principal diferente e a um diagrama de cargas em outro sistema principal.
.Assim sendo podemos enunciar mais as seguintes leis:
3) Pode-se determinar um coeficiente Õki da matriz combinando '!tm dia­
grama devido a Xk = 1 de 1tm certo sistema principal com um devido a X, = 1
em outro sistema principal.
4) · Pode-se determinar um coeficiente Ôko combinando um diagrama devido
a Xk = 1 num sistema principal com o diagrama del'ido ds cargas em outro sis­
tema principal.
Aplicando estas 4 regras que acabamos de enunciar obteremos os novos
diagramas transformados }.!1*, Mz* . . . . . . ..i\fn* e .11-fo*.
Com auxilio dêstes diagramas calculamos os coeficientes da matriz, que
uma vez resolvida, fornece os valores dos esforços X1*, X2* . . . . . . . Xn *.
Não necessitamos indagar que tipos de esforços representam estas novas
incógnitas, uma vez que podemos calcular os momentos finais aplicando o prin­
cipio da superposição dos efeitos, utilizando a fórmula:

M = u,• + M,• x,• + u,• x,• + • • •

Em certos casos os esforços Xk * correspondem a um determinado sistema


principal que poderia ser escolhido inicialmente. Se isto ocorrer, não há moti- -
vos para lamentações, uma vez que, nn. pior das hipóteses, estaremos utilizando
os mesmos diagramas do melhor sistema principal e se o ignorávamos passamos

a conhêce-lo. Portanto êste seria, se fôsse o caso, um roteiro metódico de pes­


quisar o sistema principal mais adequ ado para uma determinada estrutura.
Na realidade, para a maioria das estruturas, os diagramas mais simples
correspondem a esforços Xk * traçados em sistemas principais diferentes.
A seguir apresentamos alguns exemplos de resolução de estruturas utili..
zando a teoria de transformação de diagramas auxiliares.

194 ESTRUTURA - N' 2





EXEMPLO N.0 1

Seja resolver o quadro poligonal da figura I , dotado de um tirante rlgido


com o carregamento indicado na figura citada.

'
' Fig. 1
I

Os valores dos comprimentos elásticos são: pilares 6,00 m e haetes in­


I
clinadas 12,00 m (J,= 100). Como •• trata de uma estrutura oimétrica vamos
dividir o carregamento dado num carregamento simétrico e noutro antimétrico.
Neste caso, teremos para simetria e antimetria, os carregamentos indi­
cados nas figuras 2a e 2b respectivamente.

I a t ,.. 1

11 tt •

••• ,..

Fig. 2

Vamos apresentar em primeiro lugar a solução para o carregamento sim&.


trico.
A estrutura é 2 vêzes hiperestática, se escolhermos dois esforços quaisquer
para hiperestáticos; quando anulamos êstes esforços, recafmos num sistema par­
ticular que é o sistema prinripal. Se os esforços escolhidos são a rraçilo hori­
zontal no pé de um dos pilares e a fôrça no tirante, o sistema principal será
o da fig. 3a.
Para estabelecer os estados elásticos, vamos carregar o sistema principal,
sucessivamente, com X1 = 1, X2 = 1 e com as cargas do sistema dado. Deste
modo, foram obtidos os diagramas auxiliares representados na figura 3.
Para maior comodidade traçamos os diagramas devidos à.s cargas, parcela,..
damente. Assim, na figura 3d, está representado o diagrama para a carga uni­
formemente distribu!da e na figura 3e o diagrama para a carga horizontal.

ESTRUTURA - N• 2 •
195

'
Para simplificar êstes diagramas vamos aplicar as regras já enunciadas da
teoria da transformação de diagramas.
Notamos que o diagrama M1 que é composto de triângulos nos pilares e
trapézios nas hastes inclinadas, poderá ser simplificado.

6 '
x,•l l

•• ••
S , P•

{O) {b) {O)


XI•\ l l

"
-

••

•••

"' { ., "'

Fig. 3

Os trapézios poderão ser transformados em triângulos desde que anulemos


uma de suas ordenadas, para isto utilizaremos o diagrama J.fz. Observa-se
que se subtrairmos do diagrama Mt o diagrama M, multiplicado por 2,5 êste
fim será alcançado, uma vez que o diagrama M1 será substituído por outro
composto de triângulos como mostra a figura 3f.
Por outro lado, observamos que o diagrama da· figura 3f pode se tornar
ainda mais singelo se fôr dividido por G e se transformar n o diagrama A!1 * da
figura 4a.

I 1
5 •

5 I M2 •
• I
M,
12 12 4 4
- - -- - -

M 5 M2
c�
6
--
12
M2 • 4
(O) . (b )

e e -1 -I
M.•*�- M;* =

= M� + 8 M 2 • Mo'" - Mz
(C) (d)

Fig. 4

196 ESTRUTURA - N• 2

Este diagrama M,• foi obtido, portanto, utilizando a seguinte lei de trans­
formação:
1 M, 5
M1* ' = -· [M1 - 2 '5 M,] = - M,
6 6 12

Nota-se que o diagrama M1 primitivo que não tinha fôrça no tirante, com
5
esta transformação passou a ter uma fôrça normal N = -
12 .
Podemos ainda efetuar as seguintes transformaçOes:
O diagrama llf, quando dividido por 4 se transforma no diagrama M,• da
figura 4b.
.

O diagrama Mo' é transformado no da figura 4c quando somado ao dia­


grama M, multiplicado por 8.
Finalmente, o diagrama Mo" poderá ser totalmente anulado, se dêle sub­
trairmos o diagrama llf,, aparecendo apenas a fôrça no tirante (- 1) (fig. 4d}.
Para evidenciar a facilidade extrema do cálculo dos coeficientes da matriz
basta acompanhar o cálculo que apresentamos a seguir, considerando, em vir..
tude da simetria, apenas a metade dos diagramas da figura 4.
Assim o coeficiente IJ 1 1 obtido combinando o diagrama M1 com êle mesmo
será ('}.
1 1
/Jn = 3 6,00 + 3 12,00 = 6,00
Quanto aos demais coeficientes teremos:
1
õ, = 3 12,00 = 4,00

1
/Ju = 6 12,00 = 2,00

1
ô, = - 3 X 8 X 12 = - 32,00

1
/J, = - - X 8 X 12 = - 32'00
3
-

A matriz será:
- Ô•o

x,• x,•

1) 6,00 2,00 + 32,00

2) 2,00 4,00 + 32,00

(1) Para o cálculo dêetes coeficientes estamos utilizando u tabeJaa de Integrais / M M tk


-

de Kurt-Beyer transcritas em vt\riae obras lncluaive na do prof. Ader&OD M. Rocha - Hipe­


restática PiaM Geral (Tabela 4).

ESTRUTURA - N• 2 197

\
.
Resolvendo êste sistema de equações obtemos:

x,• = 3,20 e x,•


.
= (),40.

Os momentos finais serão obtidos aplicando o princípio da supcrposição


dos efeitos através da fórmula:

M = Mo* + M1* X1* + Jlf,* X,*


e serão:

no nó lateral: M(l) = ( - l) X1* = - 3,20 tm


no nó central: l\f(2) = ( I) X,* = -
6,40 tm -
. Para o carregamento antimétrico o cálculo é isostático, pois para. êstc
tipo de carregamento o tirante não trabalha e. cm virtude da antimetria o mo­
mento no nó central 6 zero. Além disso, cm virtude desta mesma antimetria re­
sultam determinadas, imediatamente, as reações horizontais nos pés dos pilares.
Na figura 5 é apresentado o diagrama final para as cargas antimétricas .

11 11

ll lt

Fig. 5 Fig. 6

Para o carregamento total, obteremos a linha de fechamento do diagrama


final, somando os vãlores dos momentos nos nós para um e outro carrega-

mentos, teremos ass1m:


no -n6 a esquerda: M1 = - 3,20 + 6,00 = 2,80

- 3,20 - 6,00 - 9,20


no n6 central: M, = - 6,40
no nó.da direita: llfà = =

A fôrça rio tirante será obtida pela expressão:

N = N,* + N,* X,* + N,* X,*


isto é:
N = 8 - I + (- :2 ) X 3,20 + 1- X 6,10 = 7,27 t

Na figura 6 está traçado o diagrama final.

198 ESTRUTURA - N• J.

ExEMPW N.• 2
Seja resolver o mesmo exercfcio anterior supondo o tirante elástico e com
uma secção S, =4 cm2•

Neste caso, no cálculo dos coeficientes da matriz, devemos levar em conta


a parcela referente ao trabalho das fôrças normais no tirante, dados pela ex­
pressão:
E
a., = E,

onde: E é o módulo de elasticidade do concreto

E, é o módulo de elasticidade do material de que é feito o tirante (aço).


Jb o momento de inércia básico
St a secção do tirante
l o comprimento do tirante

Como no nosso problema adotamos J, IOO


= e nos cálculos hiperestá­
E I, sendo S, = 4 cm1 e l = 16,00 teremoe para uma parcela
táticos
E,
=

10
qualquer referente ao tirante:

i
'�ki = 1 X IOO x to-•
... N. N, X 16 = 40 N.N,
IO 4 X 10
Como calculamos os coeficientes das equac;ões considerando apenas a me.
tade da estrutura, dividiremos êste valor por 2.
Assim, as parcelas referentes ao tirante considerando as fôrças no tirante
assinaladas na figura 4, serão:

I ., 1 5
2 U!2 20
= - X 4 X I2 = - 2,083

1- ,1 = -1 X -I X 20 = I '2a
2 • 4 4
""2

�\o = 7 X ( 5 ) x 20 = 58 333
I2 - - ,

'' = 7 X 4I
o,. X 20 = + 35,0
ESTRUTURA - N• 2 199



Adicionando estas parcelas aos coeficientes calculados no exercício an­
terior (carregamento simétrico) chegaremos à matriz abaixo:

x, x, - ••.

1) . 9,472 -0,083 90,333

2) -0,083 5'25
'
-3,000

A qual resolvida nos dá

X1 = 9,533 e X, = - 0,42

Os momentos finais serão: (carreg. simétrico)

.M (1) = Jl[(3) = (- 1) 9,533 = - 9,533


1112 = ( - 0,42) X (- 1) = 0,42

Os quais somados aos diagramas antimétricos da figura 5, dão os mo­


mentos finais (carreg. total).

M1 = - 9,533 + 6 = - 3,53 tm
.�r. = 0,42 tm

·

1111 = - 9,533 - 6 = - 15,53 tm

Na figura 7, vê-se o diagrama final para o tirante elástico:

Fig, 7

A fôrça no tirante será:

N = 7+ ( -
5
12
) X 9,533 + t<- 0,42) = 2,93 t.
200 ESTRUTURA - N• 2

PROBLEMAS ESPECIAIS DE DIMEN­


SIONAMENTO DO CONCRETO
ARMAD0 111
AnEnsoN MoREIRA. DA RocHA
Emprlgo IÜ 1Jf0 IÜ alia r..Uttncía
1 - Flexão normal simples

1.1 - Generalidades.
Entre os problemas especiais de dimensionamento à flexão simples norme.l
acham-se os que empregam aços especiais ou concreto de alta reoistência.

1.2 - Aços pr�viamente submetidos a tratamento a frio.


Os aços tratados a frio, como os vergalhões torcidos, s!o hoje em dia bas­
tante empregados entre nós.
:!i:ste tipo de tratamento dá lugar a um aumento do limite de escoamento
sem modificações senslveis no valor do módulo de elasticidade. Na realidade,
((j)

- - - -------

c
li
/I
I I <r
- I
0
I
I .
I
I I
(l)
1- 2mm/m �1- E-i I
Fíg. 1

nos aços tratados à frio não se costuma apresentar um limite 'de escoamento
definido tal como nos aços doces em que o escoamento corresponde ao ponto
em que a deformação começa a se processar com tens!o constante.

(1) Este trabalho fará parte do 5.• volume· de nor::ta obra Cureo Prttieo do Concreto
Armado.
'

ESTRUTURA - N• 2 . 201
As curvas tensão/deformação dos aços torcidos têm o aspecto indicado na
figura l .
Neste caso, define-se como limite de escoamento a tensão correspondente
ao ponto P do diagrama Para o qual se apresenta uma deformação permanente
de 2 mm/m.
O alongamento correspondente à tensão de escoamento é composto da
deformação permanente de 2 mmfm e da deformação elástica cujo valor desig­
'
namos por E I·
O módulo de elasticidade E1 pode ser tomado igual a 2.100.000 kg/cm'.
As características de um aço torcido ficam definidas pelo seu limite de escoa�
mento u, pois que se tem:

' u,
EJ =

E,

Ensaios realizados no INT dão para o aço torcido 50 CA (Ilelitraço) o valor


u, = 4.000 kg/cm'.
Ensaios realizados no IPT dão para outro tipo de aço torcido (Torsthal) o
valor de u, = · 5.000 kg/cm'.
Para os dois tipos de aço citados, os valores de E/ são respectivamente
1,90 mm/m e 2,38 mm/m.

1.3 - Encurtamento de ruptura convencional do concreto.


A norma NB-1 adota no método de ruptura o diagrama retangular de
tensões de compressão e fixa para o concreto comprimido o encurtamento de
ruptura igual a 1,5 mm/m. Este valor não representa o encurtamento real do
concreto por ocasião da ruptura por flexão. Ele é um valor convencional,
adotado com o fim de fazer com que o diagrama retangular de tensões de com­
pressão tenha área igual a do diagrama real.

I ••
-

I
2 •
I •

•• I
I
'



-

(o) (b) (c)


Fig. 2

O diagrama real de tensões de compressão é uma curva e o encurtamento


máximo por ocasião da ruptura atinge valores bem maiores que 1,5 mm/m. O

202 ESTRUTURA - N• 2


engenheiro Fernando Lobo Carneiro em ensaios realizados no I.N. T. encontrou


para encurtamento de ruptura real do concreto o valor ER = 3,8 mm/m.
Consideremos' na figura 2 o diagrama de tensões (diagrama real) e estu­
demos a substituição dêste diagrama pelo da NB-1 de tal forma que coincidam
suas áreas e seus valores máximos (fR·
Substituamos o diagrama real da figura (2a) pelo diagrama aproximado
da figura (2b), para o qual teinos um trecho retangular de altura z'/2 e outro
I triangular de mesma altura. A comparação dêate diagrama com um retan­
gular de igual área dá:

x' 1 x'
un + - un - = un X x
2 2 2

De onde se conclui:

1) x' = I,33 x

�ste mesmo resultado foi obtido pelo engenhniro Lobo Carneiro, baseian..
do-se no diagrama de ensaio. Na figura 3a, vemos como é obtida gràfica­
mente o valor de x' em funç�o dos alongamentos de ruptura ER e e/ para a
curva real e, na figura 3b, como se obtém o valor de x em função de E' e E/ t

quando se emprega o diagrama retangular (NB-1) .

e'

é. é '' j:e�.i
I

X I
x' I
I
I
I
I
I
I

f e'
(a)
• é
'
• e,
-
(b) (c)
Fig. 3

A figura 3c indica como obter grMicamente o valor de •.' em função de


ER, EJ e X.

Podemos também determinar Ec' analiticamente. Teremos, pelas figuras


3a e 3b:
E/ h -=.
-X
::,
-- = -
E/ h-x'
=
E/ ER

·'
X �

. ESTRUTURA - N• 2 203

<


i

Portanto:
</ E
:t = -; �-e h x' = n h
E/ + E/ ER + E/

Fazendo x' = /<$ vem: •

Donde se tira:
'
.,
-
'
-
.
' - k </ + (k 1) <R

Adotando k = 1,33 e ER = 3,8 temos para E/ o valor:

I
EJ'
2) E --
, 1,33 </ + 1,27

Teremos para os aços comuns e especiais, os seguintes valores para e/ e


E,/ em mm/m. •

u, (kgfcm2) </ <o'



2 .400 1,14 1,5

3 .000 1,42 1,7

4.000 1,91 1,9

5.000 2,38 2,0

Como se vê o alongamento adotado pela NB-1 coincide com o alongamento


convencional para o caso do emprêgo de aço CA 37.

1.4 - Dimensionamento de secções retangulares.

O dimensionamento das secções sujeitas a flexão simples normal pelo mé·


todo de ruptura com emprêgo de aços especiais se faz pelas fórmulas usuais,
desde que se entre com os valores de u,, e/ e e/ correspondente ao aço empre­
. gado.
Se fôr desprezada a deformação permanente de 2 mm/m, o valor de </ po­
derá ser tomado como sendo o alongamento elástico do ferro no irúcio do escoa­
mento. Este não corresponde à tensão constante como se vê na figura 1. tias,
estaremos dentro da segurança se fizermos a substituição do diagrama curvo
pela linha A PC tracejada na figura 1.

204 ESTRUTURA - N' 2


As fórmulas para o cálculo da altura e das armaduras para seções retangu·

lares_com armadura simples serão (1), com h em cm, 81 em cm2, M em kgm,


b em· m:

"' = sh

8
3) \<) = 1 - - a = I(Hif
2 100

h=r �� St =
ah
M

onde u, e u1 são as tensões admissfveis no concreto e no aço, obtidas dividindo


uR e u. pelo coeficiente de segurança.
Conhecidos os valores de E/ e E/ para o aço a empregar, calculam-se B
e rp e, com êstes valores, achaMse r, com o qual determina--se h.
Se fôr usado um valor de h maior que o fornecido pelas fórmulas ac1ma,

procede-se da seguinte maneira:


Calcula-se r pela fórmula:
h
r=
-:�
...;M'T.'
/b
Com êste valor determina-se s partindo da fórmula:

1
r' =
u, 8 tp
ou seja

Portanto:
2
4) •' - 2 • + =0
r' u,

Esta equação fornece o valor de s.


Com • determina-se I" e com êste o valor de a.
A secção de ferro será:

s, =
M
ah
-=.­

(1) Veja-se Curso Prático de Concreto Armado do autor - 1.• volume - 6.• ediçlo ­
ptlginBB 143 e 144.

ESTRUTURA - N• 2 205


.


Se fôr adotado para h um valor menor que o da armadura simples, cal­
cula-se 11f1 e M, pelas fórmulas:

b h'
.lii1 = M, = M - .M, •

As armaduras serão (!):

.M, 11[,
S/ = --='"'-- + S/
"' ah •

X c
100

EXERc!CIO

Seja dimensionar uma secção retangular com b = 30 cm usando concreto


com "' = 110 kg/cm' e aço torcido com "• = 5.000 kg/cm', sendo o coefici­
ente de segurança 1,65 e o momento atuante de 30 tm.

Temos: </ = 2,38 mm/m </ = 2,04 mm/m


2,04 0,462
- 2 04 + 2 38 -
- o'46� '"
T = 1
- = o > 769
8
'. ' - � 2

r
=
� �
110 X 0,4 2 X 0,769
= 0• 160

/30 000
h = 0,160 ." = 50,6 cm
0,30

Adotaremos:
d = 54 cm

A tensão admissivel no ferro será:

5 000
"' = = 3 000 kg/cm'
1 ' 65
Portanto:
3 000
a = X 0,769 = 23,1
lOO
e
30 000
- -
- 25,7 cm2

s, - 23,1 X 50,5

Se fôr adotada altura d = 80 cm, h = 77 cm, temos:

2 0,30 X 77'
r = = O' 0593
30 000

e) Ver Curso Prático de Concreto Armado - J.o volume.

206 ESTRUTURA - N• 2

Portanto:
2
r' <T, = 0,0593 X 110 = 6,523 ' =
r
0,306

<T,

Teremos, então, a equação:

•'
- 2 8 + 0,306 =o
Resolvendo, encontramos:

8 = 0,167
Portanto:
0 167 3 000 .
I(' = 1 - • = 0,917 a = X 0,917 = 27,5
2 100
30 000 -
SI - - '
- 14,2 cm
27,5 X 77

Para a altura de d = 90 cm, encontrarfamos:


r = 0,275 8 = 0,13 I(' = 0,935 a = 28

- 30 000 - � •
n<
(10 "' 1")
S - - 1 -,3 cm •
1 28 X 87

Calculemos as armaduras para o mesmo momento de 30 tm pelo processo


clássico com concreto e aço comum, isto é, com fT'c = 60 kg/cm' e ifJ = 1500
kg/cm' adotando d = 60 cm (h = 55 cm).
Teremos:
55
r=- = O 180
v3o ooo1o,3o •

Precisarfamos de armadura dupla, e teriamos (1):

30 X 5."i'
JII, = = 8 897 kgm Ms = 21 103 kgm
10'2
c 50
h = = 0,91
55

- 8 897 21 103 - •

81 - 13 ,1 2 X 55 + 1 5 X 50 40•3 cm

21 103 -
S '
-
- 6 1 7 cmt
1 6,84 X 50 •

81 S/
A sec�ão total seria: + = 102 cm'.
(I) Tabela n.o 14 - Curso Prático de Concreto Armado - 1.• volume, do autor. '

EST/IUTU/IA - N• 2 207
. ---- -·--·--·---- -----�--

Por êste resultado, vemos a grande redução de armadura que se consegue


'

'

'

com o emprêgo do método de ruptura e o uso de concreto e aços especiais,


'
'
'

com os quais haviamos obtido para secção de ferros total, com d = 54 cm,
o valor de 25,7 cm'.
i
'
'
TABELAS
I
'

Para facilitar o cálculo de seções retangulares, podemos usar as tabelas


'

que dão r em função de s para cada valor de rr,. Estas tabelas são as de nú­

meros 1 6 e 17 do Curso Prático de Concreto Armado ('). Como nestas tabelas


tJ'c não ultrapassa 90 kg!cm1, acrescentamos aqui a parte referente a u0 = 100
kg/cm' e rr, = 110 kg/cm' com <.' de 1,5 a 2,0 mm/m.
Para o cálculo de h, usaremos a tab. 16.

onde r é obtido na tabela 16 em função de rr, e rr,.

Para o cálculo de St, dada a altura, usaremos a tabela 17 que dá s e <P em


função do valor de r calculado pela fórmula:

h
r
= y
-2
M�
jb
Para a armadura dupla, empregaremos as fórmulas:

bh' M,
M, = k (tabela 16) SI' =
O'f X
. lOO c
M
S - , + SI
, _ah

ExERCÍCIO

Seja resolver os mesmos problemas do exercício anterior usando as ta­


belas 1 6 e 17.
») Cálculo da altura mlnima.
Com rr, = 5 000 kg/cm' e rr, = 110 kg/cm', encontra-s.e na tabela 1 6 o
valor de r:

r = 0,160 h = 0,160 'l


. /30 000
0,30
= 50,6 cm

que coincide com o obtido pelo processo direto.

(I) Curso Prático de Concreto Armado, em 4 volumes, do autor.

208 ESTRUTURA - N' 2


b) Cálculo da armadura para d = 80 cm, h = 77 cm.
Com o valor de

r:
77
r = = 0 243

y30 000/0,30 '

entra-se na tabela 17 e encontra-se aproximadamente:

8 = 0,17 "' = 0,92


3 000
a = X 0,92 = 27,6
100
30 000
81 - - 14 ' 1 cm'
27,6 X 77
-

1.5 - Secções em T levando-se em conta as tensões de compressão na mrvura.


O dimensionamento da viga T pelo método de ruptura levando-se em
conta as tensões de compressão na nervura se faz do seguinte modo:
Adota-se previamente a altura e calcula--se o momento máximo que a
secção pode resistir com armadura simples.

o'

X o•

I· bo ·I
Fig. 4

Para isto, calcula-se o valor de 8 em função dos alongamentos •.' e E/


conhecidos.

Determina-se a distância da linha neutra e, portanto, o valor da altura


da parte comprimida da nervura (fig. 4):
X1 = X - d

ESTRUTURA - N• 2 209
Os valores das resultantes das tensões de compressão admissíveis serão:

D' = b d ã',
D" = b xx Üc ·

Os momentos dêstes esforços em relação ao centro de gravidade da arma­


dura de tração serão:

M' = D' (h - f)
(h - �� )
5)
M" = D" d-

O momento admissível será �lf1 = M' + },f". Se o momento dado fôr


menor que o valor de M 1, poderemos empregar armadura simples e, neste caso,
determina·se a posição da linha neutra do seguinte modo:
Calcula·se }.f' e, com êste valor, determina·se },f":

M" = M - AI'

Conhecido M", temos a equação:


6)

Esta equação fornece o valor de x1. Com x1, calcula·se a resultante D" e o
valor da resultante das tensões de tração:

Z = D' + D"

A armadura é calculada pela fórmula:

Se o momento dado M fôr maior que o admissível M1 com armadura


simples, será necessário usar armadura dupla, empregando-se as fórmulas:

M, = M - M,

-
�,.:. .:..._
..:: _
M,
S/ =
cr,
X c
100
M,
+ Sl
ah

210 ESTRUTURA - N• 2

ExEnclcro

Seja dimensionar a viga da figura 5 empregand�se concreto com O"c28 =


= 213 kg/cm' e aço com "• = 4 200 kg/cm' sendo o coeficiente de segurança
2, tendo-se b = 2,50 m d = 1,5 cm bo = 70 cm e do = 2,60 mo
Neste caso, teremos:
o

- 4 200
"' = = 2 100 kg/cm'
2
3
"R = - X 213 = 160 kg/cm'
4
, 4 200 - 160
EJ = = 2 mmIm <T, = = 80 kg/cm'
2 100 2

Suponhamos que seja adotado, para alongamento convencional do concreto,


o valor aconselhado pela NB-1: <.' = 1,5 mm/mo

250
,I �5mm/m
15 -
:;:i r-
'
' '
' '
7.,5 •
'' ''
,

92 /' 1 -.- I 07
' '
' '
' '
'
.
'

242,5 L - !+-- -- N o
li)
235 C\1

189

(i) III El>


G> e e
- -----

2 mm/m
I
70 I -

Fig. 5

Teremos:

X =
I'
/: 2O
X 2,50
'
= 107 em

D' = 250 X 15 X 80 = 300 000 kg


D" = 92 X 70 X 80 = 515 200 kg z = 815 200 kg

ESTRUTURA - N• 2 211


o
..

Os momentos em rt>la�ão ao centro de gravidade da armadura de traçllo


serão (fig. 5):
JI' = 300 X 2,425 = 727,5 tm
.\!" = 515,2 x 1,89 = 973,7.tm

O momento admissivel será:

-'1!1 = 727,5 + 973,7 = 1 701 tm

(Se adotássemos õ', = 1 1 0 kgfcm' tedamos JIJ, = 2 340 tm)


A secção de ferros será:

815 200
s, = = 388 cm'
2 100

Suponhamos agora que o momento dado seja de 1 000 tm


Tedamos: .lf' = 727,5 tm, portanto:

M" = 1 000 - 727,5 tm = 272,5 tm

Dai, vem· (fórmula 6 - ver fig. 5):

272 500 = 70 x, X 80 (235 - �1 )


ou:
x,• - 470 x, + 9 732 = O

Resolvendo, encontramos:

x1 = 22 cm
Portanto:
D" = 22 X 70 X 80 = 123 000 kg

JII" = 123 ( 2,35 - �)


2
= 272,5 tm

O valor de Z será: •

Z = D' + D" = 300 + 123 = 423 tm


Logo:
r 423 000
S = = 201 cm'

2 100

2 - Esforços devidos à retraçoão e à deformação lenta .

Suponhamos uma peça ensaiada a compressão e consignemos os encurta­


mentos especificas para a ação da carga constante e em função do tempo.

212 ESTRUTURA - N• 2
Antea da aplicaçllo da carga e durante o endurecimento d o concreto há
o fenômeno da retraçi!o que dá lugar a aumento de encurtamento em funçi!o
d o tempo de acôrdo com a curva A.

(6)

!Bl
e:,
-
-1 - - - -
,..... - (A') E;

&L
IA)
E,
(A)
1/
(t)
I. t, ·I
Fig. 6

No instante t1 em que se aplica a carga, há. uma deformação imediata fi.


Dêste momento em diante, o concreto continua a se deformar em função
do tempo em virtude da deformação lenta. Se não houvesse a deforma.çi!o
lenta, a curva de encurtamento seria a linha A ' paralela à linha A. Devido,.
porém, à deformação lenta, a curva dos encurtamentos será a linha B. '11
A deformação final depois que cessam os efeitos da retração e deformação­
lenta será E = E, + Ei + Er. Passemos agora ao estudo dos esforços em peças
de concreto armado em virtude da retração e da formação lenta do concreto.

2.1 - RetraçiúJ.
Em virtude da existência de armadura, a deformação devida a retraçA:o
do concreto simp1es Er não se realiza integralmente, assumindo apenas o valor E,.
Neste caso, o concreto estará tracionado pois foi impedido de realizar o
encurtamento •/, (fig. 7). Adotando sinal negativo para E/ por ser de sen­
tido contrário a E,, vem:
-
Er = Er - Er'
Escrevendo que a fôrça total que complime a armadura é igual à fôrça
que traciona o concreto, temos:

O'J SI = - (10 Se

ESTRUTURA - N• 2 213


..'
'
'

ou seja, admitindo a lei de Hooke:

f,. Et St = - E/ Ee Se
Fazendo E1 = n E, e S1 = p. S, temos:
n JL E,. = - e/
Sendo E,. - E/ = Er conclui-se as fórmulas de E,. e E/:
- n JJ.
E/ = Er
l + n JL

O valor de <, adotado na prática é de 0,3 mm/m a 0,4 mm/m. As tensões


no ferro e no concreto são:

dEr
'
'
-

e,

'

'

Fig. 7 Fig. 8

2.2 - Deformação lenta.

Suponhamos que no intervalo de tempo dt seja del a deformação lenta do


'
concreto simples e que devido à presença de armadura a deformação lenta
1
seja apenas ái;.
'
'

'
• Neste caso, o concreto deixou de realizar uma deformação lenta dez' no
intervalo de tempo dt.
'

!
!
'
Chamando de
l
' k =
n p. -

'
l + n p.
'

Podemos deduzir para del' fórmula idêntica ao caso da retração:


'

Chamando de d� a deformação lenta por unidade de tensão no concreto,


no intervalo de tempo dt, teremos:

a., = a� x rr,
''
'

214 ESTRUTURA - N• 2

'
'

'


. onde u, é a tensão no instante t {variável).


Portanto:
d<( = - k u, X dlJ
'

c.omo ffc = Ec Et', temos:

d Ez'
= k E, X dll
•i
-

Integrando desde t = O até t = "' encontramos:

onde lJ, é a deformação lenta por unidade de tensão desde o inicio até o mo­
mento em que cessa a deformação lenta.

2.3 - A retraçá<> e a deformação lenta no concreto !racionado.


O efeito da retração é sempre uma tração no concreto quando êste é armado.
A deformação lenta porém nas peças tracionadas realiza uma compressão no
concreto quando êste é armado.
Vemos assim que nas peças tracionadas, a retração é prejudicial ao con­
creto por facilitar o fissuramento, enquanto que a deformação lenta é benéfica.

l - Dimensionamento à tração

- Tirantes.

O dimensionamento dos tirantes pode ser feito pela fórmula:

s,
N
8) = ..:..:...

"'

onde se despreza a contribuição do concreto à tração.


Devemos, no entanto, estudar qual a tensão u1 a empregar para que não
surjam no concreto fissuras prejudiciais, principalmente tendo em vista os
fenómenos de retração e deformação lenta.
Para que não haja fissuras prejudiciais, o alongamento final do concreto
não deve ultrapassar o valor fixado pelos laboratórios que chamaremos de Ead•
Este valor é aquêle em que se inicia a fissura no concreto. .
Muita controvérsia há, quanto à fixação do valor de <.-. Alguns admitem
para êste aLongamento apenas 0,1 mm/m que é o alongamento do inicio de rup­
tura do concreto simples. Ou_tros admitem que o concreto a tração se apre­
senta plástico na hora da ruptura, plasticidade esta que se torna pronunciada
quando o concreto é dotado de armadura.

ESTRUTURA - N• 2 215
-
' .


'

1\:luitas diverg�ncais entre os ensaios para fixação de Ead provém das dife­

j rentes interpretações dadas aos fenômenos da deformação lenta e da retração.


'
I Na realidade, é preciso fixar Ead, eliminando a influência da retração e da defor­
I
'

mação lenta que em cada ensaio podem se apresentar com valores difere;ntes,
I
'
devido às condições particulares em que se efetua o ensaio. O pesquizador
francês Considere encontrou para alongamento de ruptura do concreto, quando
i
-

I
dotado de armadura, o valor 1 mm/m isto é, cêrca de 10 vêzes aquêle adotado

I
para o concreto simples. Este fato proveio, em grande parte da influência da
expansão do concreto, porque os corpos de prova eram_ conservados dentro
!

dágua.
I
A velocidade de carregamento durante o ensaio também influi na determi­
nação do alongamento medido, por causa da deformação lenta. Parece fora
i de dúvida que o alongame.nto admissivel do concreto simples gira em tôrno dos
I valores 0,1 a 0,2 mm/m.
I Nem sempre podemos contar com precisão com os benefrcios da defor­
'

'
'
mação lenta pois que ela depende de fat6res extremamente variáveis, entre êles
' o tempo em que a peça fica escorada.

Não levando em conta no cálculo, a deformação lenta, podemos admitir


para o concreto armado um valor de Ead maior que aquêle obtido nos ensaios
com carga imediata.
Na falta de valor mais preciso obtido por meio de ensaios, aconselhamos o
valor •·• entre 0,2 mm/m e 0,3 mm/m onde já está incluldo o beneficio da defor­
mação lenta e a deformação plástica do concreto.

Teremos para a deformação total, desprezando-se a deformação lenta:

9) Ead = Ei + E/

ou seJa
10)

Assim, a deformação imediata do concreto não deve ultrapassar a defor­


mação Ead subtraída do alongamento E/ que o concreto já sofreu por efeito
-

da retração.
. A fôrça total de tração, levando-se em conta a resistência do concreto, será:
11)

onde u1 é a tensão real no ferro antes do fissuramento.


Teremos:

Portanto:
12)

216 ESTRUTURA - N• 2
.

'

Fazendo:

temos:
13) N = .,E, S1 1 +(
1
n 1' ) ou: •

N 1 + nl'
s, == E, E�, np

N
Fazendo s = l1J (tensão no ferro com desprezo do concreto a traçl!o) temos:
,

No caso de se empregar a cura, Et = Ead• Se houver retraçito e1 - Eo4 E.,..


Nest8 último caso, tendo em vista a fórmula de e,', teremos:
-

cr 1 == E1 ( Ea<J
1 + nl'
np.
-

)
E.,.

Adotando Ead = 0,2 mm/m e E, = 0,4 mm/m, encontraremos o resultado


abaixo que dá l1f em função de I'·

Valores de l1t em kg/cm'

1' - 1% 2% 3%

Com cura. 2742 1820 1353

Sem cura 2002 980 513

Adotando um valor para a taxa de ferro 1', fácil será obter l1f e dimensionar
o tirante com as fórmulas:


14)

Para aproveitar ao máximo o material da armadura, é preciso calcular o valor


da percentagem de ferro I'< que corresponde ao valor:

Neste caso, usa-se a fórmula:


Ead
15)

ESTRUTURA - N' 2 217


Adotando Ead = 0,2 mm/m e � = 0,4 mm/m e J.l. = 15, encontraremos os va­
lores de f.ii da tabela abaixo para divçrsos tipos de aço, no caso de se adotar
ou não a cura do concreto:

Valores de Jl• em função de rr1

Va.lorcs de Pi em função de ÜJ

Uj - 1200 1500 1800 2400 3000

Com cura 3,59 2,59 2,03 1,41 1,08

Sem cura. 1,73 1,46 1,26 1,17 0,82

Assim, o dimensionamento do tirante pode ser feito pelas fórmulas:

N
16) S, =
O)mu


A fórmula de S, pode ser escrita também com o aspecto:

17)

chamando de CT; o valor CTf Jl.i, temos:

A tabela abaixo dá os valores de CTi para diversos tipos de aço:

/•J = 1200 kg/cm2 1500 1800 2400 3000

Com cura 43,1 38,9 36,5 33,8 32,4

Sem cura 20,8 21,9 22,7 28,1 24;&

Em conclusão, apresentamos a seguinte marcha para resolver o problema


de dimensionamento dos tirantes:
Calcula-se a secção do concreto e da armadura pelas fórmulas:

N
s, =
u;
18) ..:.;__

em que se usa para CTi o valor de tabela acima e para CTfmax a tensão máxima
admissível do aço empregado.

218 ESTRUTURA - N• 2 •
'


Se fõr aumentado o valor de 8, calculado, não se pode alterar o valor de

S1 calculado pela fórmula anterior.
Se fôr diminuindo o valor de S" deve ser calculado novo 81 pela seguinte
fórmula geral tirada da expressão de u1:

onde

Para n = 15, ••• = 0,2 mm/m, E, = 2.100.000 kg/cm', temos, no caso de ser
empregado a cura:
N

28 - 8•
15

No caso de não ser empregada a cura, encontrariam os a fórmula:



N
8· - 28
8, = -= =
15

Esta fórmula não pode ser usada porque qualquer diminuição no valor
de 8, daria, com o emprêgo da fórmula, uma redução de 81 cujo valor mlnimo
foi já obtido pela f6rmula 18.
Aliás deve ser evitado o emprêgo de concreto sem cura no caso de tirantes,
pois isto redunda em maior gasto de concreto.

ExEnc!cio

Seja dimensionar um tirante com N = 20 t, com emprêgo de aço especial


torcido com iij = 3 000 kg/cm'.
Suponhamos que foi empregada a cura:
Temos:
_ 20 000 _
- 32'4 - 615 cm

8,
20000
8, = 3 = 6,67 cm'
000

Se fôr reduzida a secção para 8, = 20 X 30, teremos:

20 000 600
-
28
81 = = 7,67 cm'
15

ESTRUTURA - N• 2 219
Suponhamos agora que o concreto não recebeu o tratamento da cura:
Temos:
= 20 000 815
S' =
2
cm
24'6
_ 20 000 _
81 - 3 000 - 6,67 cm
2

Como se vê, sem o emprêgo da cura, a quantidade de armadura é a mesma,


porém será. exigida maior área de concreto afim de evitar fissuras pronunciadas.
A área de concreto, neste caso, não poderá ser reduzida.
Nota-se que, no estudo que acabamos de fazer, chegamos a usar uma tensão
3
no ferro de 000 kg/cm' o que não era corrente nos cálculos comuns.
Como medida de prudência, deve-se realizar um bom trabalho de cura e
evitar deixar o tirante escorado por prazo maior que o necessário, a fim de apro­
veitar os efeitos benéficos da deformação lenta .

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220 ESTRUTURA - N• Z


TABELA N.• 16 {')

CÁLCULO DA ALTURA MlNIMA DE SECÇ()ES RETANGULARES SIMPLESMENTE


ARMADAS NA FLEXÃO SIMPLES PELO llffiTODO DE RUTURA

- •11
a - �p VJ
-

-
-
��, - ­
100
•.
..
v v

., - coef. de segurança.

(� • ValOI'fll de ' o AI
'
•• •i
. ; " ao • 40 [ '"
I '" 70 80
I uo
I 100
I 110

1,00 0,.�67 0,248 0,222 0,202 0,187 0,175 O,tM O,Ui7 o,uo
0,717 6, I o5 4,93 .f.,08 3,50 3,16 2,72 . ..
. 2,26
24<>0 1,143
1,56 0,577 0,247 0,221 0,201 0,186 0,174 O,IM 0,166 0,149
0,712 6, 10 4,88 .... 3,46 3,03 . ..
. .... 11.22

1,00 0,612 0,256 0,229 0,209 0,194 0,181 0,171 0,1112 O.IM
0,744 6,55 6,24 4,37 3,76 3,28 2,12 2,62 ·�7
3000 1,428
1,74 0,549 0,251 0,224 0,205 0,189 0,171 O,tf\7 O.IM 0,151
0,725 6,30 5,02 4,20 3,57 3,13 2,79 "'" 2,28

-;-
0,263 0,2115 3,109
3,{16
1,00 0,474 0,235 0,186 0,175 0,16& 0,1.59
0,763 6,92 5,52 4,62 3,46 3.00 2,76 . ..
3500
.

1,607
1,82 0,622 0,255 0,227 0,208 0,192 0,180 0,170 0,161 0,163
0,739 6,50 .5,15 4,33 . ..
. 3,24 . ..
. . ..
. . ..
.

1,50 0,440 0,270 0,241 0.220 0,204 0,191 0,180 0,171 0,183
0,780 7,29 Ut 4,84 4,16 3... .... U2 ....
4000 1,DOó
1,90 0,4{19 0,258 0,231 0,111 0,195 0,183 0.172 0,153 0,158
0,750 6,66 . ..
. 4,45 3,80 u• . ..
. . ..
. 2,43

1,50 0,412 0,276 0,247 0,226 0,209 0,175 0,187


2,7!1
0,195 O,lSI
7,62 6,10 . ..
4500
0,794 6,11 ·�7 3,80 ·�· .

2,143
1,98 0,480 0,261 0,234 0,214 0,198 0,185 0,174 0.168 0,158
0,700 6,81 5,47 .. .. 3,92 3,42 3,03 2,76 "'"

1 ,50 0,386 0,283 0,263 0,231 0,214 0,200 0,180 0,179 0.171
0,807 8,01 6,40 .... . ... 4,00 3,67 3,20 ....
5000 2,381
2,04 0,461 0,265 0,237 0,217 0,201 0,188 0,177 0,186 O,lfJO
0,770 7,02 5,62 4,71 4,04 3,53 3,13 .... ....
_,_

:t e h em cm; b em m; M em kgmj s1 em cm'

!! bh'
- (b e h em cm; M em kgm)
k

(1) Esta tabela amplia. a que faz parte do 1.0 volume do Curso Prático de Concreto Armado
do autor.
(2) A tabela. utiiisa. o �� • 1,5 mm,fm da. NS..l e o valor mais exato (2 .. . linha) obtido em
função de ct, (alongamento convencional).

ESTRUTURA - N• 2 221
TABELA N.• 17

CALCULO DAS SECÇ0ES DE FERROS NAS SECÇOES RETANGULARES, NA


FLEXÃO SIMPLES PELO METODO DE RUTURA

a= ,-
-

sh ·
M . .

ah
x - -
,, -
100

(PI'.l"u, UJ.,.
-
• 50 60 70 80 100 110
- 1500 )

O,tiOs·
0,02 0,119 14,85 0,711
0,04 0,98 14,70
0,06 0,97 14,55 0,411
o.cs 0,96 14,40 0,361
0,10 0,95 14,25 0,324
0,12 0,94 14,10 0,2!18
0,14 0,93 13,95 0,277
0,16 0,92 13,RO 0,261
0,18 0,91 13,65 0,247
0,20 0,90 13,50 0,236
0,22 0,89 1�.35 0,226
0,24 0,88 13,20 0,218
0,26 0,87 13,05 0,210
0,28 0,86 12,90 0,204
0,30 0,85 12,75 0,198
0,32 0,84 12,60 0,193
0,34 0,83 12,45 0,188
0,36 0,32 12,30 0,184
0,38 0,81 12,15 0,180
0,40 0,80 12,00 0,177 '

0,42 0,79 11,85 0,174


0,44 0,78 11,70 '
0,171
0,46 0,77 11,55 '
0,108
0,48 0,76 11,40 0,166
0,50 0,75 11,25 0,16.3
0,52 0,74 11,10 0,161
0.64 0,73 10,95 0,159
0,56 0,72 10,80 0,157
.... 0,71 10,65 0,156
0,60 0,70 10,50 '
0,154

x e h em cm; b em m; M em kgm Üc e ÜJ em kgfcm2


-

e> Esta tabela amplia a tabela 17 do Curso Prático de Concreto Armado - 1.0 volume -

do autor.
f) A tabela pode Ber aplicada pnra quaisquer uR e u, e qualquer coeficiente de segurança.

222 ESTRUTURA - N' 2


.

'

CURSO DE ESTRUTURAS
METÁLICAS
ANTONIO ALVES DE NORONBA

(Continuação tro número a'1f.tt'1'iMJ

1.1.2 - Segurança das estruturas metdlicas e tensõea admísatveil

Até agora o processo usado para se verificar uma estrutura


metálica ou fazer-se seu dimensionamento consiste em se determinar
os estados de tensão que possam ocorrer em qualquer um de seus
pontos e fazer com que êles não provoquem solicitação superior a
uma determinada solicitação de comparação que chamamos de
tensão admissivel. Como os carregam,entos que encontramos nas
·construções metálicas são variáveis tanto em posição como em
intensidade, a escolha da tensão admissível tem de ser feita levan­
do-se em conta a possibilidade do aparecimento de fadiga. Deve­
mos, pois, fixá-la em função da tensão de ruptura por fadiga, to­
mando, porém, como máximo o limite de escoamento e, isso, com
a finalidade também, de evitar deformações exageradas. Em outras
palavras, a tensão admissivel é baseada no limite de escoamento
ou na tensão de ruptura por fadiga quando esta fôr inferior aquele
limite. Todavia, como êste valor inferior ao limite de escoamento
só ocorre quando temos solicitações alternadas, o que raramente
acontece nas construções (caso de algumas pontes ferroviárias) pre­
fere-se adotar sempre como tensão de referência para fixação da
tensão admissível o limite de escoamento, levando-se em conta a
queda do valor da tensão de ruptura por fadiga mediante a intro­
dução de um coeficiente v de redução da tensão admissivel ou de
majoração da solicitação, o que facilita, extraordinAriamente o cál..
culo estático. Assim sendo, a tensão de referência será, em qualquer
caso, o limite de escoamento u. do aço.

Si fôsse possível avaliarem-se, com precisão, os carregamentos


reais das estntturas e suas solicitações e si fôssem uniformes seus

ESTRUTURA - N• 2 223
• • -
-�
, - --
- - - --
- -- --

característicos elásticos, as tensões admissíveis poderiam ficar bem


próximas do limite de escoamento. Infelizmente, porém, impre­
cisões na fixação das cargas permanentes e suas distribuições; au­
mentos imprevisíveis das cargas vivas; variações das dimensões dos
elementos estruturais em relação aos adotados no cálculo estático;
o desprêzo de pequenas influências com o fim de facilitar o trabalho
de cálculo, etc.; obrigam-nos a nos afastar um pouco mais do -limite
de escoamento. Os alemães a.dotam para tensões admissíveis as
que estão dadas nos quadros I e II, as quais se apresentam com um
coeficiente de segurança compreendido entre 1,5 e� 2,0. Estes
quadros fazem parte da norma alemã para cálculo das estruturas
públicas DIN 1050 -
3.• edição de outubro de 1946. Convém
notar que nestes quadros das tensões admissíveis não estão figuradas
as tensões admissíveis à compressão, fato êste que só ocorre com a
Norma alemã DIN 1050. Isto é devido ao fato de existir uma
norma especial para verificação da estabilidade das peças compri­
midas (Flambagem) DIN - 4.114. Nesta Norma é que se acham

especificados os valores a que podem atingir as tensões de com­
pressão nas estruturas metálicas. Nós as daremos quando estudar­
mos flambagem.
A ABNT j á nos forneceu uma Norma recomendada para
estruturas metálicas a NB/4 R. As tensões admissíveis nesta norma
são as que estão dadas no quadro III. O coeficiente de segurança
por esta norma está, também, compreendido entre 1,5 e 2,0.
Devemos assinalar que a fixação das tensões admissíveis para
os elementos das estruturas metálicas é necessária, mas não é sufi­
ciente para garantir a estabilidade de uma tonstrução. Si consi­

derarmos, por exemplo, as peças comprimidas de uma estrutura
metálica, as suas tensões podem estar abaixo das tensões admissi- ·

veis e , no entanto, seu equilíbrio pode ser instável, o que, de certo


-
conduzirá à rotura. Devemos, pois, nestes casos, verificar sempre
as condições do equilibrio, isto é, saber se êle é ou não estável.
· Mais ainda, pode acontecer, também, que as tensões máximas
sejam menores que as tensões admissíveis e, no entanto, serem exces­
sivas as deformações (caso, por exemplo, de vigas com pequenas
alturas e grandes momentos fletores). Estes elementos não aten­
derão, por certo, aos objetos da construção, não só por apresentarem
grandes definições elasticas como, também, por oferecerem peque­
na resistência às vibrações.

221 ESTRUTURA - N• 2
Como vemos, o critério atual das diversas normas de constru­
•ções de estruturas metálicas medindo a segurança pela relaçit� 11
entre o limite de escoamento e as tensões máximas locais não é sufi­
ciente e não está de acôrdo com os últimos conhecimentos obtidoa
neste campo da engenharia civil. Assinalámos, quando estudamos
os efeitos de Wochlcr nas solicitações repetidas e alternadas, que
quando tínhamos deformações impedidas, as tensões locais podiam
ultrapassar o limite de escoamento sem provocar nunca a ruptura �a
peça. Este fato revela logo, por si só, que o ponto de vista atual &
medida da segurança pela relação entre o limite de escoamento
as tensões máximas locais não está certo. A natureza do equill·
brio, estável ou instável, é outro fator que condena o ponto de vista
atual de medida de segurança.
Se ai a tend�ncia moderna de medir a segurança na estrutura
pela relação entre sua capacidade de resistência como um todo e
o carregamento real que ela. vai suportar. Assim sendo, pode acon­
tecer que em alguns de seus pontos haja tensões provocadas pelo
carregamento real que ultrapassem o limite de escoamento sem que
isso importe na ruptura da estrutura. A capacidade de trabalho
plástico do aço permite nas estruturas hiperestáticas, uma redis­
tribuição de tensões, tôda a vez que haja uma solicitação local
excesSiva. :Mais ainda, esta plasticidade do aço conOuz, nos sis­
temas hipcrcstáticos, a uma adaptação do estado de tensão a uma
dada distribuição do material. Esta distribuiç�o do material deve,
porém, satisfazer a condição de que no caso de se utilizar tôda. a
segurança v seja poss!vcl um estado de cquil!brio eJtático entre as
fôrças solicitantes e as fôrças resistentes. Esta condi>ão simples,
todavia, só é suficiente naqueles casos em que haja, np<'nas, um
caiTegnmento, o qual poderá ser variá\�cl um número infinito de
vêzC'..a entre O e seu valor máximo. No caso de haver mais de um
rarregamcnto, variáveis de intensidade ou não, a estrutura deverá.
satisfazer não só a esta condição simples de cquil!brio como, f.am­
bém, a condições de deformação.
O cálculo dos sistema• hiperestáticos feito de acôrdo com esta
nova orientação torna-se extremamente mais simples e eonduz a
uma economia muito maior, pois a consideração, no c!i.lculo, so­
mente das propriedades elásticas do material nos leva a uma segu­
rança exagerada.
Um exemplo simples do que estamos afirmando é o que va­
mos dar agora. Considéremos a estrutura da figura 11. Sejam

ESTRUTURA - N• 2 225
l., 1,, 1,, S., S,, S, os comprimentos e áreas das barras (1), (2) e (3)
que estão articuladas em A , B, C, D e que vão suportar a fôr�a P
aplicada cm D. Chamemos de T1, T, e T, e t.l,, t.l,, t.l, as compo­
nentes P e os alongamentos elásticos que sofrem as barras (1), (2) e
(3) de,ido aquelas componentes. Teremos pela figura 11.

I, = I, = I, v2 (1)
e suponhamos que

s, = s, = s, = s (2)

Para que haja equillbrio é preciso evidentemente que

2 T, cos 45° + T2 = P (3)

e como as 3 barras concorrerão sempre na articulação D, teremos a


equação de compatibilidade

a1, v2 = a1, = a1, V2 (4)


Notando que

T,
t.l,
T,
1t = =
ES
t.l,
ES 1'
t.l, = (5)

temos
. r;; T,
ES
1' = T,
-;, S l,
(6)
v � E,;,

ou seJa
- I,
v2 T1 11 = T, -
(7)
y2
donde
-

7. - T,
1 - (8)
2

valor que levado em (3), nos dá


T, cos 45° + T, = P (9)


ou

r, ( 1 + J2 ) = p (lO)

226 ESTRUTURA - N' 2



donde • •
'
'

T, =
2
-='--:=�
P
(11)
2 + v'2
e, portanto
p
T, = To = (12)
2 + V'2
'

Pelo conceito atual de segurança, a solicitação máxima que


poderia se manifestar na estrutura seria , '

'

2P
tT, s = r, = (13)
2 + v2
ou, seja a carga máxima que poderia atuar na estrutura seria '

P"'@ = P, =
2 + y'2 S fi,
(14)
2
isto é,
P,._ = 1,707 S t11 (15)
.

. De acôrdo com as tend�nciae modernas, a segurança eerá me­


dida da seguinte forma: imaginemos que em tódas as barras atue a
mesma fôrça T, dada por

T, = S . v, (16)

e eliminemos a barra (2) da fignra 1 1 , substituindo-a pela fôrça T,


que irá atuar nela, como mostra a figura 12. O sistema, é isostátiro
e teremos para equação de equilíbrio •

tT, s
P"'" = u, S = 2 v'2 (17)

p ..

Fig. 11 Fig. 12

ESTRUTURA - N• 2 227

'

donde, portanto
P�.. = u, 8 {1 + v2"> {18)
ou seja
Pm .. = 2,414 u, 8 (19)

Como vemos, pela tendência moderna a carga máxima que a

estrutura pode su� ortar é �:��� vêzes maior que a carga que ela

pode suportar de acôrdo com o conceito vigente. A segurança real,


pois, das estruturas hiperestáticas é bem maior que a que se con­
sidera normalmente.
A medida de segurança pelo conceito de plasticidade deve,
pois, ser fomentada. · ·

QUADROS DAS TENSÕES ADMISSIVEIS

Nas paginas que se seguem, apresentamos os quadros da..CJ ten..


sões admissíveis nos elementos estruturais e suas ligações, e nos
aparelhos de apoio e articulações.
. . . .
.
Devemos esclarecer que os ca�os de carregamento 1 e 2 da DIN
'
' '

1050 são definidos do seguinte mo.do i


Caso de carregamento 1 {fôrças principais) é a ação simultanea

maia desfavorável da carga permanente e da carga yiva inclusive ·


neve sem vento� A carga viva compreende a carga vertical de
p onte rol�nte.
.

Caso de carregamento 2 (fôrças principais e fôrças adicionais)


é a ação simultâena mais desfavorável das cargas do caso d o carre­
gamento 1 jul!tamente coin a ação do vento, variações de tempe­
ratura, fôrças de drenagem e fôrças horizontais laterais proveni-
entes de uma ou mn.is pontes rolantes. . -

· Para
os elementos estruturais que, abstraido d e seu pêso pró­
prio, não são solicitadas Por nenhuma fôrça prinripal, nlas somente
por uma das fôrças enumeradas no caso do carregamento 2, as ten­
sões admissivcis a. serem adotadas são as d o caso do carregamento 1.
'

'

'

228 ESTRUTURA - N• 2


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ESTRUTURA - N• �
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'
'

'

'
' DIN 1050 - QUADRO II

TENSÕ� ADMISSIVEIS NOS APARELHOS DE APÓIO E ARTICULAÇÕES EM kg/cm'


Aço de fundição Aço tratado


c. 35
.
a.,.
• ' GG-14 - GS-52.1
- •

Caso de Caso de Caao de


.
carregamento carregamento carregamenU:> . .
-

I I
-

'

1 1
"
. 2 2 1 2
.

I I I
'


1
I 5
I 6 7 8

Fied01 ,.,..,.. O'"adm - ... 550

:
1.800 2 .000 2 .000 2.200
Compru��o 900 1 . 000

'

Comproodo (I'Qd m ""' 1 .000 1.100 1 ,800 2.000 2 .000 2.200


. •

.
6.000 8,550 10.000 9.550

COlDPl''FEiio de con- 6.000 12,000


tacto de acôrdo oom vwlm =
a .fórmula de Hel:'tz
Noa apoiO! m6veia que tenham mais de dois rolos &tee valores
para 01:1 roloa devem ser diminuídoa de 1000 kg/cm�
'

N'oe. pinos dM articulações a oompron!io do bordo pode ser igual a 1,3 vêzes a tensão admissh·el
A traçiio e flexão do9 elemento! a 11erem ligadoa.
00-14 - É um gWia com uma tenelo do futura à tracllo mínima de 14 kgJmm•, uma ten.silo
de rutura á fie:dio mínima de 28 kg/mm2 e uma flecha mínima de 7mm medida
numa barra fletida de 600 mm de vão.
O.S.-6i.l t um aço de fundição com uma nsist�ncia à traçlio mínima de 52 kgfmm�, um.Ji­
2õ kg/mm2 e um alongamento mínimo de rutura
-

mite do escoamento minimo do


de 18%.
C.35 - t um a.co tratado com um limito de escoamento m{nimo do 42 kg/mm2, uma tenello
de rutura t\ traçAo de 65 a 80 kg/mm1 e um alongamento de rutura mínimo de 16%
para corpoa do prova de diametro ató 16 mm. DC\-·8 ter uma perCentagem do car­
bono de o�rca do 35%, uma peroen�m roth.ima de manl{anés de 0,7% 8 de sil(oio
de 0,35%.

'


'


- .

N• 2·-.
.
BSTII.UTUII.A -
'

'

NB 14 R
QUADRO III
TENSOES ADMISS!VEIS

Solicitn�iio Tenaão
.
Ob.erv!';ãO
kg/cm!

I
Compressão ou trtw
)io 1500
Elementos Aço-42 PA
'
estruturais Cisalhnmcnto !lOO

l

Cisalhnmcnt1) 1200

Rebitefl Trn.ção 500

Comprossão diametral 3000


(compressão nos ht:lrdos) Aços queaa�
- façam àa espe
Cisa.lhamento 1050 cificaçõeto bra-
aileiras
Paraíu� ajustados Traçfio n!l. flexão 1000

Compressão diametral 2250


Tírant.es de anco- Traçiio 1000


ragem
-


-
Tra.ção ou compressão
1,6

Aparell1os de apoio
Compressão do contncto 3,2 0',
(fórmula de ll<'rb.:)

Apoio c{ mais de 2 rolos


.
3,2 0",-1000

'

ESTRUTURA ,.... N' 2 231'.



CU RSO DE CONCRETO
PROTENDIDO
JosÉ Luiz C,\Roozo

(Continuação do ntlmt"''"o Mtterior )

GENERALIDADES:

A idéia fundamental do concreto protendido é bastante antiga.


Ela reside na eliminação de todo esfôrço de tração no concreto, crian­
d<>-se artificialmente fôrças de compressão de tal modo que o estado
final de tensões nos conduza, em cada seção, à tensões limites com­
patíveis para o material concreto.
Foi no ano de 1888 que Doehring expôs, pela 1� vez, êstc con­
ceito de precompressão das peças de concreto. Entretanto, sobreveio
um fracasso inicial. E êste fracasso inicial do protcndido deve-se,
integralmente, ao emprêgo do aço comum como armadura de pro­
tensão, e ao desconhecimento de certas propriedades, principalme'n­
te, do concreto, tais como a retração e a deformação lenta. Desco-­
nhecidas estas propriedades e, dando-se à armadura uma protcnsão,
que no máxirn,o atingia a 1 400 kg/cm2, acontecia o seguinte : no iní­
cio a peça trabalhava compatível para o que fôra projetada. Decor­
ridos alguns meses, devido, principahnente, aos fenômenos de retra­
<;:ão c deformac;ão lenta do concreto, desaparecia completamente a
protensão e, então, sobrevinha a ruptura da peça.
·

Depois dêstes fracassos, a idéia do protendido sOmente veio a


ressurgir em 1928 com Freyssinet.
Freyssinet, expondo a sua teoria termodinâmica do concreto,
explicavtL os fenômenos, ora conhecidos, da retração e da deforma­
ção lenta do mesmo, e mostrava como condição necessária à utili­
zação do protendido o \UlO de materiais, ferro e concreto, de alta qua­
lidade.
Depois de Freyssinet, numerosos engenheiros como Hoycr, :Mag­
nel, Leonhardt, etc. dedicaram-se a êste tipo de construção, estabe­
lecendo-se, então, patentes diversas.

232 ESTRUTURA - N' 2

'


A idéia básica, conformo já vimos, do concreto protcndido eon·
sisto em produzir artificialmente tensões suplementares, que com·
binadas com as tensões provenientes das cargas a suportar nos con·
duza, em cada secção, a tensões limites que o material poSSII supor·
tnr in<lcfinitivamente com tôda seguranr;a. Devemos assim criar no
concreto compressões artificiais cm oposição às traçõcs eorrcspon·
dentes às cargas, compressões estas que sejam estáveis no tempo.
Desta forma, aproveitamos tôda secção de concreto já que teremos
a mesma trabalhando somente a compressão.
Convém ressaltar aqui a diferença essencial do papel que de­
sempenha a armadura no concreto armado c no concreto protendido.
No concreto armado o aço suporta os esforços de tração, gra­
ças à aderência ferro-concreto. Desempenha, portanto, um papel pllll­
sivo. Já no concreto pretendido teremos o aço desempenhando um
papel ativo, isto é, transmitindo ao concreto, devido à sua protcn·
são, esforços de compressão; o aço ntua aqui, portanto, eomo suporte
d,a protensão.
• •

', Vejamos um exemplo para elucidar o conceito de


Admitamos uma viga simplesmente apoiada, suportando uma certa
esrga permanente (g) e uma certa carga m6vel (p).
Antes da colocação do concreto, exerçamos uma tração n•• ar­
maduras da mesma. Elas experimentarão, então, um alongamento.
Ap6s o endurecimento do concreto, eliminemos esta tração, que vf.
nbamos exercendo na armadura. Nestas condições a armadnxa tcn·

+

+ - -

Fio� l·a FIO. l·b Fio. 2

derá a voltar ao seu comprimento primitivo, no que ê iml)<'dida de­


vido à aderência do concreto ao ferro, passanc.lo, então, n transmitir
ao concreto, desta forma, um esfôrço de compressão.
Se esta compressão se exerce dentro do núcleo central da peça,
teremos devido a esta pretensão um diagrama todo de compressão
fig. 1-a).

ESTRUTURA - N• 2 233
'
••

Se a compressão se exerce foi-a .do núcleo, teremos cOmpressão


em certas fibras, e tração em outras, segundo o diagrama da figu- .
ra 1-b.

Um dos problemas do concreto pretendido consiste, justamente,


em calcular o esfôrço de protensão e a sua excentricidade, de tal for­
ma que a adição algébrica das tensões da pretensão com as tensões
das cargas e das sobrecargas nos dêm, em tôdas as see(!Ões da peça,
tensões admissíveis no material concreto.
Assim para uma secção S da nossa viga simplesmente apoiada ·
teremos para a carga permanente (g) e para a carga móvel (p), os
diagramas da figura 2,
Associando, inicialmente, a pretensão com a carga p�rman�nte
iremos obter os diagramas da figura 3.
.

Associando, agora, protensão + carga permanente + carga


4.

móvel, teremos os diagramas da figura

+ +
+
+ +
- -
- -

+ +

+
- -

FIG. 3
.

Teríamos assim, por êste meio simples1 realizado uma protensão.


Vantagens da concreto protendido;
Entre as principais vantagens do concreto protendido podemos ·

citar:
-

a) comportamento mais favorável às solicitações dinâmicas e .


maior durabilidade da construção, tendo em vista a eliminação das :
fissuras, já que tôda secção trabalha a compressão. \
'
b) :Maior economia dos materiais concreto e ferro em r('la.;:ão
ao concreto armado.

c) Esforços cortantes com efeitos reduzidos, graças, não só, à


componente vertical de protensão que podemos obter, bem como, às
tensões de compressão, que solicitam as secções da nossa peça.

. .

234
'

'

CALCULO DE LAJES RETAN-


GULARES PARA CASOS ESPE­
C I AS DE APO IOS E CAR RE-
GAMENTOS
An1:nsox �{ORElHA DA RoeRA

Antes de prosseguir com êste nosso artigo seriado, vamos apre­


sentar, atendendo a pedidos, o programa d&!te trabalho, na ordem
em que os a.qsuntos serão tratados. Será Ne o seguinte:

I. Introdução
2. Cálculo dos momentos para carregamentos vários em laj.,.
• •

isoladas.
2.1 - Lajes Aôbre 4 apoios
2.1.1. - Cargas verticais
2.1.2. - Momento aplicado nM arestas
2.2 - Lajes sôbre 3 apoios
2.3 - Lajes sôbrc 2 apoios : •

2.4 - Lajes cm balanço •

3. Os fatôres de 1.• espécie dM laje>�


3.1 - Fatôres de forma
3.2 - Fatôres de carga
4. Cálculo das lajes com engastes e canegamentos especiais.
5. Cálculo de lajes continuas no caso mais geral, pelo método
dos esforços.
5.1 - Método geral dos esforços
5.2 - Process<>• de iteração e Croos
5.3 - Processo dos pontos fixos
6. Os fatôres de 2.• espécie das lajes. • •

6.1 - Fatôres de forma


6.2 - Fatôres de rarga

'BSTRUTURA - N• 2 235
7. Cálculo das lajes continuas no caso mais geral, pelo m�todo
dos deslocamentos.
7.1 Método geral dos deslocamentos.
-

7.2 - Processos de iteração e Cross


'

7.3 - Processo dos pontos fixos. •

. 8. Aplicações várias.
8.1 - Aplicações às lajes de edif!cios.
8.2 - Aplicações às lajes de pontes.
Visto isto, continuemos a nossa exposição com o item 2.1.2.

2.1.2 -' Momentos ·aplicados nos lados.


Estudaremos, neste item, o cálculo dos momentos fletores pro..
vetiientes de momentos aplicados nos lados de lajes retangulares
'
' t

simplesmente apoiadas ·em 4 lados.


.
De acôrdo com o estudo das placas pela Teoria dà Elasticidade,
quando um lado de uma laje retangular está engastado, surgem no
engaste momentos que se distribuem ao longo do lado engastado
·fiegundo lei' senoidàl.
r, I I I

>DO
• • •
4•00 •

I· I

' •

. •

I
X• I
r,
I
12, I
o

I :;'·
r, I
r,,

I

X•I
2

I '·
·I (o) (b} -
Fig. 9
'
. '


Supondo aplicado, em um lado de uma laje apoiada nos 4 lados, '

um momento distribuído segundo uma lei senoidal, teremos a si- )


tuaçáo da figura 9, onde o momento no centro da aresta é desiguado
por X. Para simplificação de linguagem, dizemos que foi aplicado
na aresta um momento X senoidal.
Sob a ação do momento senoidal X = 1 no lado, aparecem no
centro da laje momentos que designaremos por 'Y J:�: e ')'111•
Da mesma maneira, os momentos no centro para um momento
X = 1 n o lado 2 da laje (Fig. 9a) serão . designados por -y,.. e -y,,.

236 ESTRUTURA - N• 2 .
' •

'

A tabela 3 dá os momentos no centro das lajes para momento


·

unitário scnoidal aplicado cm um dos lados, para vários tipos de


lajes retangularcs, entrando-se com a relação 1,/l,.
No caso de momento aplicado de valor constante, a tabela 3
pode ser usada, supondo-se que o momento catá desenvolvido em
série de Fourrier em que se utiliza apenas o 1.• térmo da série.
A fim de transformar um momento constante ao longo de uma
aresta em momento senoidal que Reja. o primeiro t�rmo da série de
Fourrier, basta usar como ordenada do momento scnoidal no meio
4
- do valor do momento constante.
'Ir
Assim, sendo X o momento constante, proveniente de um ba.
lanço, por exemplo, entra-se na tabela 3 com o momento eenoidal
.
.:!_ X X.
.

'Ir • • •

' . . Cóm a· tabela 3, podemos, portanto; resolver o problema de


uma laje sôbre 4 apoios, contendo um balanço como o da figura Ob.

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Seja resolver a laje da figura 9b sob ação de uma carga uni­


forme de 600 kg/m' e de um parapeito no extremo do balanço de
300 kg/m.
O cálculo da laje simplesmente apoiada sem balanto, fornece
os seguintes momentos no centro (Tabela 1 do Curso Prático do
·

Concreto Armado, do autor):


1,/l, = 1 ,00 I, = 4,00 g = 600 k&'m'
600 X 4,00'
M� -
_

M, = = 350 kgm.
27,4

Vejamos agora a influência do balanço.


.. Para um momento unitário senoidal aplicado na aresta, oa
momentos no centro, pela tabela 3, serão:

� = 1 'YlZ = 0,056 'Y•· = 0,144


l,

O momento no balanço é:

600 X 3,00'
X = 300 X 3,00 = 3 600 km
-
-
-

ESTRUTURA - N' 2 237


-� -- · -- .

. . 4
Este 'momento constante deve ser multiplicado por - para
'Ir

fier transformado em senoidal, obtendo-se o valor

4
- - X 3 600 = - 4 580 kgm
'Ir

Os momentos no centro para �ste balanço, serão:

M, = - 4 580 X 0,056 = - 256 km


M, = - 4 580 X 0,134 = 660 km-

Os momentos finais no centr01 serão:

M, = 350 - 256 =
9·! kgm
M, = 350 - 660 = - 310 kgm

Como se vê, o momento no centro para a direção x do balanço


'

é positivo, enqu anto que, na direção normal, o momento é negativo.

168

Fig. 10

.A figura 10 dá uma idéia aproximada de como variam os mo­


mentos fletores nas direções x e y da laje em questão para as cargas

previstas (').
Se sôbrc a laje atuassc, além da carga uniformemente distri­
buída, uma parede no centro paralela à direção y (normal à direção
do balanço) os momentos no centro seriam calculados pela tabela
N.• 1 da página 103 do número anterior.
('-) Há. considerar a necessidade de se estudar a situação mais desf:v
voráveJ da sobrecarga e a- aplicação do artigo 13 item a da NB-1.
a

'
238 ESTRUTURA - N• Z



'

Neste caso, a carga total para uma parede com 400 k g por
metro será:

P = 400 X 4,00 = 1 600 kg

Distribuindo esta carga por tôda a área da laje, teriamoa

q
=
4o' � � oo '
= 100 kg/m'

Os momentos no centro para esta carga suposta unifonn�


mente distribulda serão:

- 100 X 4,00'
-

M. = Jfr = - 58 kgm
27,4 •

Entrando na tabela 1, encontramos para T.


"'
- 0,5 e 1,11. - I,
os coeficientes:

k, = 2,82 k, = 1,61
Portanto:

M, = 2,82 X 58 = 164 kgm


M, = 1,61 X 58 = 93 kgm

Atendendo aos momento• do balanço e da carga uniforme, 011


momentos centrais finais serão:

M, =
94 + 164 = 258 kgm
M, = - 310 + 93 = - 217 kgm

2.2 - Lajes aobre 3 ap&ios


As tabelas N.• 4 resolvem o problema de cálculo doa momentos
fletores nas lajes sôbre 3 apoios com o 4.• bordo livre.
A tabela 4A serve para o cálculo dos momentos nas lajes sôbre
3 apoios simples sob açAo de carga concentrada ou de carga distri­
buida segundo uma faixa na direçAo x paralela à aresta livre (caso
de parede).
Como em geral as lajes sôbrc 3 apoios simples, sob açllo de
cargas concentradas ou distribufdas, qusndo armadas em cruz, tem
o comprimento do balanço menor que o vão na outra direçAo, aó
é tratado o caso em que 1,/1, é menor que um, sendo 1, o compri­
mento do balanço.

239
'
ESTRUTURA - N• 2


A fórmula para o cálculo do momento fletor no centro da aresta
livre (ponto r da fig. 11) na direção :>: é:

onde P é a carga total concentrada ou distribulda em faixa. O


coeficiente k1 é dado na tabela 4A.

� · ·r----

p ,m
{ q
=
•m .m .m r,

----- -----

1· •
r,
r •I P• Q.fx P•X

. .
Fig. 11 . .

No caso de carga concentrada atuando no ponto r, o momento


neste ponto será infinito� mas, considerando qUe a carga atua numa
área de largura I, a tabela 4A dá o coeficiente k, para dois valores
diferentes de relação •

t
>- = ­

t.

.
Na penúltima coluna da tabela 4A, estão dado� os valores de
>. adotados.
·· '
· ·
·

A tabela 4B é utilizada para o cálculo dos momentos no centro


J.fzm e M11m e do momento
.
no ,ponto r para os.3 casos: carga unifor-
.

memente distribuída em tôda a laje; carga uniforme aplicada na ·

aresta livre da laje; . momento uniforme aplicado na aresta livre.


As fórmulas a empregar são: . ..· -
, :

.. .
p
lff,m = •
ka • •

. . '. .

onde P é a carga total uniformemente distribulda em tôda a laje


ou a carga total aplicada na aresta livre. No caso de momento
aplicado no bordo livre, as fórmulas serão as mesmas, desde que
chamemos de P o momento uniforme ao longo da aresta livre (por
metro de aresta).
A tabela 4C d á os momentos nas lajes com 3 apoios e um bordo
livre, cm alguns casos de exisWncia de engasta�ento nas arestas.

210 ESTRUTURA .,.. N• 2


Os momentos silo obtidos pelas fórmulas:

p p p
M., - M- = M... -
k, k, k,
p p
Xa == - x, - -

k, k, '

onde:

M., é o momento na direção x (normal A direção do balanço)


no meio da aresta livre (ponto r):
!ti�,. é o momento na direção x no centro da laje;
J.fl/fll é o momento na direção y no centro da laje;
X. é o momento negativo no engaste no centro da aresta eng...-
tada:
X6 é o momento negativo no canto b de encontro da aresta
engnatada com a aresta livre.

A tabela 40 prevê os seguintes casos de carga:

I - Carga uniformemente distribu!da sôbre tôda a laje.


2 - Carga uniforme aplicada na aresta livre.
3 - Momento uniforme aplicado na aresta livre.

O valor de P a considerar será a carga total nos dois primeiroa


casos, c o valor do momento por metro linear do 3.• caso.

'

Fig. 12

A figura 12 mostra o aspecto dos diagramas de momentos fie­


tores nas duas direçOcs, em dois casos diferentes (1).
(1) O problema dn cAlculo das reaçõea daa lajee aôbre u vigas do eont6rno
ao� tratado mais tarde nNte trabalho.

ESTRUTURA - N' 2 211


, ExERCÍCIO

Seja calcular os momentos na laje da figura 13a que tem as


mesmas dimensões ,e_ .cargas ,da laje .da figura 9,b, calculada no
item 2.1.2.

�----
�� !O�

q •SOO kgtm2
o �o -+-
:f:
o
.. g� (o)
'
��
8N ��
-�
(b)
' iil -t-
(C)
"'�
"'L.. ____

• •

• .. �
.-

J· 3,00 ,
, . 4,00
.. .
·I
1 Fig.r 13

As cargas devidas ao balanço são:


.ta) ,, cpl\Centrada., na aresta .livre:

q = 600 X 3,00 + 300 = 2 100 kg/m


b) momento na aresta livre:

600 X•3,00'
X = +.JlOO X 3,00 . = ,3 600 kgm
. 2

As figuras 13b e 13c mostram a situação das cargas na aresta


livre.

De acôrdo com a tabela 4, a direção y deve ser a direção do


balanço.

Calculemos _os momentos na aresta e no centro da laje, empre-


. gando a tabela 4B: •

1) Carga · uniforme total

P = 3,00 X 4,00 X 600 = 7 200 kg


Entrando na tabela 4B com l.ll, = 1, obteremos os coeficientes


k1, k2 e ka para o cálculo dos momentos, cujos resultados serão:

7 200 7 200
= 750 kgm =
<m
!.[., = M - 514 k
, gm
9 ,6 14
7 200
Mum = . = 223 kgm
32,3

,ESTRUT),l!?A .- .N•,2
- -- " - · · -

2) Carga concentrada na aresta livre

P = 4,00 X 2 100 = 8 400 kg


'

Entrando na tabela 4B, encontramos:

8 400 8 400
Mn = = 2 049 kgm M- = = 771 kgm
4,1 10'9
8 400
M.,. = = - 336 kgm
- 25

3) Momento aplicado na aresta livre:

P = X = 3 600 kgm

·Entrando na tabela 4C, encontramos:

3 600 3 600
M� .- = 1 241 kgm M.,. = = - 116 kgm
2'9 - 31
·

3 600
M,m = = - 450 kgm

I
'

_
8

Os momentos totais serAo:


Momentos no centro da aresta livre

Na direçllo do balanço: - 3 600 kgm


Na direçl!o normal: + 4 040 kgm

Momentos no centro da laje:

Na direçllo do balanço: M.,. = - 563 kgm


Na direçllo normal : M.., = + I 169 kgm

Como vemos, na direção do balanço, os momentos siLo nega·


tivos, maior no bordo livre ( - 3 600 kgm) diminuindo para o centro
-

( - 563 kgm). Na direçllo normal, surgem grandes momentoa pooi-


tivos na aresta livre (+ 4 040 kgm) diminuindo para o centro
(+ 1 169.kgm).

ESTR.UTUR.A - N• 2 ,243



�·

TABE!.� 3

MOMENTOS FLETORES >• e >u NO CENTRO DAS LAJES PARA MOMENTO UNI·

TARIO APLICADO NAS ARESTAS

Momento unitário aplicado na. aresta 1 normal à l:r; nos seguintes casos

1 ® r,

I L
. 2
r.
'I
'

VALORES DE 1'1z E 1'ty PARA l�,�!l� � 1


lflfl:t!

'
(I) (2)
I (3)
I (4)
I (5)
I (6)

0,045 0,009 -o,021 0,009


O,Ul
1,0 0,056 -{),022
0,144 0,110 0,12ü 0,112 0,113

1,1 0,083 0,064 0,034 -0,001 0,031 -o,oo5


0,144 0,112 0,132 0,124 0,116 0,118

1,2 0,109 0,082 0,059 OMt 0,050 0,014


0,142 0,106 0,130 0,132 0,113 0,120

1,3 0,13fJ 0,098 0,087 0,048 0,069 0,03:l


0,139 0,100 0,138 0,138 0,105 0,120

1,4 0,161 0,113 0,115 0,075 0,088 0,/}52


0,133 0,093 o, 1.36 0,138 0,100 0,116
.

1.5 0,185 0,126 O,J 41 0,103 0.106 0,072


0,128 C,087 (1,134 0,139 0,092 0,112

VALORE.3 DE ha; E 1'Jfl PARA lflflx � I

lzllfl


(I)
I (2) (3)
I (4)
I (5)
I (O)

-
1,0 0,050 0,045 0,010 -Q,022 0,009 -o,022
0,143 0,116 0,(25 O,ll2 0,113 0,111

O,IOO
!,! 0,033 0,028 -0,010 -o,037 -o,009 -o.oas
0,140 0,118 0,115 0,109 0,099

1,2 0,015 0.013 -o.024 -o.046 --o,021 -o,oso /


0,134 0.117 0,105 0,087

0,103 0,080

!,3 0,002 0,002 -{),032 -{),051 -o,o3t --O,íJ.S.S


0,126 0,113 0,093 0,074 0,092 0,075

••• -o,007 -o,006 -0,036


O,OüO
-o,052 ---(),036 -o,056
0,116 0,106 0,081 0,081 0,065

1,5 -o,Ol 5 -o,Ol3 -0,041 -{),053 -o,o.u -o,Ofi7


.
0,109 0,102 0,072 0,053 0,072 0,056
.

Oba.: Toma--.se como l31 o vr.o nonnal A aresta onde .se aplica o momP.nto.

214 •
ESTRUTURA - N• 2
MOMENTOS NAS LAJES SOBRE 3 APOIOS SIMPLES

• �

- --- -

1· .

r,
' ·I
·
'[�r - -
p p p
Af�,. - A/11m - -
kt
.a
k2 ka

TABELA 4-A- VAJ.ORES DE k1 PARA CAI!GA CONCENTitADA E CARGA DE FAIXA

pal'a earaa C!Onc:entn.da ro.m :��!J, lrual a: .. .....


lv ; lz ., : ly A d•
k1
aaqa
I I I o.so lú••
0,12& 0,25 0,375

0,25

o.so
I ....
HMl
22.8

10, 1
17,4
I 18,0 ....

....
I 7A
I_ 6,7

<.0 ••• ...


1
0,76 12,8 6,2

' ·" 0,16


1,00 1 1 .8 ••• ••• 0,86 o.ou ...

0,25 41 ,7 19,2 12.6 1 1.0 1UJ

.... 23,8 10,4 ••• ••• ...

o,s 0,75 1 8,2 ••• ... ••• 6,7

16.7
1.71 O.HS
1,00 7,2 ••• 1.00 0.03 •••

0,25 207 67,1 18.0 10,4 ••


0,50 140 30.2 0,1 4,7 ....

0,25 0,75 80 22,9 7.0 2.8 JD,a

.., 8.1
1.83 0,08
. ....
1,0 61 1 8,4
0.015

TABELA 4-B - VALORES DE k�o k, e k1 ..


.

PARA CARGA UNIFORME TOTAJ, E PARÁ


CARGA UNIFORME E MOMENTO NA ARu;:
TA LIVRE P•X

ly!l� 2 1.8 1.0 •••


I 1.2
I 1.0 0.8 0.6 I o.•
�I 0.3 o.u o.ua
1 11,0
I
J.U ••• ••• ••• 10,0 10.6 13,3 ..
••
earga 16,3 13,1 11,5 10,2
total 18,2 21 ... 2.\.S
2J •.5
2�.5
2 1 ,5 23.1 ..
14,0 14,4 16.2
..
16,2 15,1 14.3
...
19,2 17,6
73 •• 40 12,3 25.8 :.'(),0 2G.4

.... '·' •••



, 4.05 4,05 4.06 4.06 4,05 4.1 4,9 ••• ••• 8.1 18
.. ••• •••
-:w.• -200
10 5 13,Uc
-40,1 -600
- - - - - 10,9 ••• , III, 1 31
-:!'5.0 --
- - -5.U -9 1
'
- - -

I 2.3.\1I
.�..

uo 2,201 •

momlnto
..
3.0 3.0 8,0 3,0 3.0 2,9
-31
2.8 2,05
.o f,tl(ll 2.08

I
100 7 5,7
-· -5.1
u.s 4,2 •
-3,1 -2.2.5 -2.01
are��ta -2.6
1
-2,0ó -·

ESTRUTURA - N• 2 215
Ir
i'
"

TABELA 4-C

MOMENTOS EM LAJES SOBRE 3 APOIOS E UM BORDO LIVRE

CASOS

(!) (2) (3)


.m • m• .m

r
- - - - ­•

Cargas: 1 uniforme; 2 carga na aresta; 3 momento na aresta

p p
M�m = - x, - - -

k,


c� ic·,.+ - I 2 1,8 1,6
I 1,4 1,2 1 0,8
I 0,6 0,5 0,4 0,25

I
' 1 1 .. 13,4 1 1 .9 I 11,0 IO,S 2o.o I 60,0 • • •

I 12,0 9,8 &5 8,2 7,5 8,0


'

•• 9,0 12,0 16,0

'
..
'
28,4 25,2 22,3 20,0 17.5 15,3 13,2 12,1 12,2 13,1 17,6
24,8 22,8 20,9 19,4

'
b 29,4 27,0 18,6 18,7 19,7 22,0 35,0
'
'

1 k, 117 104 89 75 62 48 40 31 27 25 23
k, 17,0 15,6 14,3 13,2 12,1 11,2 10,7 10,8 11.4 12,7 HI,O
k, 16,4 14,6 12,9 11,5 10,1 8,8 7,6 7,0 7,0 7,5 9,8

•• 5,4 5,4 5,4 5,4 5,4 5,4 5,5 5,60 5,85 6,30 8,35
10,7 10,7
G,O
10,7 10,8 13,1
G,O
2 •• 10,7 10,7 10,7 •
11,5 12,4 16,7
•• 6,0 6,0 6,0 6,0 6,1 6,3 6,6 7,1 9,5
k, 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,1 3,1 5 3,3 3,55 4,75

1-
3 .. 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 2,05 2,85 2,7 2,5 2.2
•• 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,65 1,6 1,5 1,35 1,25
.

•• 48,1 43,3 38,5 33,8 29,0 24,6 20,3 I 6,2 15,4 16,0 20,0 -

.. 49.0 44,6 40,2 36,4 32,5 29,0 25,4 22,7 22,3 23,5 33,1
1 k, 170 152 130 !11 91 72 58 45 39 36 34
k, 24,5 22,3 20,1 18,2 16,2 14,5 12,7 11.4 11,1 11,7 16,5
• k, 24,1 21,6 19,2 16,9 14,4 12,3 10,1 8,1 7,7 8,0 10


2 .. 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,1 7,2 7,6 8,6
k, 3,5 3, 5 3,5 3,5 3,5 3,5 ::1,5 3,55 3,6 3,8 4,3

3 h 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 2,9 2,76 2,46
k, 1,5 1,5 1,5 1, 5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,45 1,38 1,23
I

Para os carregamentos 1 e 2: P é a.· carga totalj para o carregamento 3: Pé o momento


por metro na aresta.

21ó ESTRUTURA - N• 2

'
CU RSO'; DE PERSPECTIVA

5 - Metodo geral.

Seja um ponto A, situado no geometral e dado por sua projeção horizontal


A,; o traço do quadro q e o ponto de vista V dado por sua projeção horizontal y,·
(Fig. 5). Vimos no item 3 que a perspectiva do ponto A,- é obtida traçando-SI!'
a visual V1A1, sendo A o traço, dessa visual com o quadro.

•••

:!..
q - - ----'· p

F/G.S

f/O.Sa

' "
llfdly 'stJf ·

Na figura 5-a, temos a representação da exposição acima, em perspectiva


cavaleira.
O método geral para determinar a perspectiva de nm ponto, consiste em
passar duas retas por êssc ponto. Obtendo-se a perspectiva dessas duas retas,
temos em seu ponto de concurso a persp�tiva do ponto.
Seja na fig. 6, o ponto no geometral, dado por sua projeção ,1,. Traçando as
horizontais a c b, concorrentes em A, e formando ângulos quaisquer com o traço
do quadro q e determinando os pontós de fuga Fa e Fb dessas duas retas, po­
demos determinar o ponto A em perspectiva como o indicado na fig. 6-a.

EST!IUTU!IA - N• 2 2-17
Para isso, traçamos as horizontais que reprcsemtnm o traço do quadro e a
linha do horizonte, tomnndo.se como distância entre elas a altura do horizonte
(sempre um dado doproblcma ) . Tomando.se a seguir como ponto de refe­
rência, o ponto principal P, marcamos os pontos de fuga Fa e Fb na linha do
horizonte e os pontos 1 e 2 no traço do quadro. Ligando.se 1 a Fa e 2 a Fb,
temes as duas retas em perspectiva e, em seu ponta de :batersecçãe, o J.ilOnto A
em perspeatiTa.

'16.6
• •

q Fb p Fo
2 -

FJG.7

I
I •

v,
FIG.6o FIG. 7a
• Fb p Fo • p

Q.fturo •
do boriZ

' P,

5 . 1 Emprêgo de retas especiais_


Se tornarmos como retas concorrentes no ponto que desejamos determinar
em perspectiva, retas cujos pontos de fuga já conhecemos, o problema se sim·
plifica.
Como exemplo, vejamos as figs. 7 e 7�a em que tomamos uma reta a 459 com
o traço do quadro e nma outra perpendicular ao quadro. Os pontos de fuga
dessas retas são respectivamente o ponto de distância (no caso,-.d.a direita, Dd)

e o ponto principal, P. ·

Ligando.se 1 e 2 respectivamente a P e Dd, temos o ponto A em perspectiva,


'

como o indicado na fig. 7-a. j

5. 2 Perspectiva de uma figura plana. .

Vejamos o .exemplo de um retângulo situado no geometral e formando as


suas dircções dominantes, ângulo de 309 e 6{)9 com 0 quadro.
Colocado o problema em épura (Fig. 8), determinamos os pontos de fuga
das direções dadas e com o auxílio de perpendiculares ao quadro, traçadas pelos
Yértiees de figura, podemos determinar os vértices em perspectiva.
.

218 EST�UTURA - N• 2
A figura 8-a, mostra o problema em perspeetiva. Note-se que o vértice O,

po e ter a sua perspeetiva determinada pela intersec�iio de BF30'> com DF60',
P?'"os lados AB e CD são paralelos e retas paralelas convergem para o mes­
ma ponto de fuga.
Easa propriedade das retaa paralelas é gran<iemente aplicada, pois muito
facilita a execuçãg da perspectiva e serve de elem.ent.Q de verificação da cxatidão
do traçailo.

À distâmcia dos vértices da figura ao quadro, lladas pelos SCilTilentoa tra­


çadas perpendicularmente aa qnndra, come B,!, 0,2, D,3 aa fig. 8, denemina­
mos de profundidade do ponto.

fi(J. 8

FIG. 8a

I A 2 J

ra, a• retas a 45• qne


Na prática não há neeessidade de se indicar na êpn
am pelo pon to, pois os pon tos em que es sas retas cortam o quadro ( exem­
pass
Fig . 7), pod em ser obtido s pelo rebatiment o da profundidade do ponto.
plo : 2,
Basta verificarmos que o triângulo .1,
1 2 (Fig. 7) é retãngulo isósceles e por.
tanto os seus catetos sao 1gums
.
• • •

N• 2 249
ESTRUTURA -

CALCULO' COMPEETO' D'A'


ESTRUTURA DE UM •

EDIFICIO
(Continuação do número tl11.terior)

6 - Detàlhes· construtivos, das no projeto de arquitetura paredes


externas de 25 cm e internas· de 15 cm
Para cotar os vãos da estrutUra e
escolher prêviamente algumas das di­ de espessura. Usando as vigas com 10 ·
mensões das secções transversais das cm de espessura, a figura 3 apresen­
vigas e pilares, é preciso atender às ta a demonstração do processo de ca­
disposições construtivas usuais nos edi­ iar a estrutura, o qual consiste em
fícios, cujos detalhes são apresentados acrescentar às dimensões internas do
nas figuras 3, 4 e 5. projeto de arquitetura 15 cm para os

Em primeiro lugar, temos na figu­ vãos externos e 5 cm para os vãos inter­
ra 3 a posição das vigas no interior nos. Para espessura do revestimento
das paredes, no caso de serem adota- foi adotado o valor de 2,5 cm.

+15 +5

25 .I � 15
t, t, ·I
-

FIG. 3

Na figura 4, vemos o detalhe do ca­ plantas de alvenaria e 2 cm aos vãos


so de paredes de alvenaria com 25 cm internos.
(externa) e 10 cm (interna) de espes­ Para outros casos de di'ferentes es­
sura, em que foram adotadas vigas pessuras de alvenaria e vigas, basta
com 8 em de espessura e suposto o re­ efetuar um croquis do gênero dos da.'3 ·
vestimento com 2 cm (para simplifi­ figuras 3 e 4 · e estabelecer a regra 1
car a operação de cotar, uma vez que para cotar os vãos da estrutura.
é muito variável a espessura do reves­ Outros detalhes construtivos impor · ..

timento usado na prática) . tantes estão indicados na figura 5.


Para o caso da figura 4, o processo Na figura 5-a, vemos o detalhe das
de cotar a estrutura consiste em acres­ fachadas em que se nota a viga ex­
centar 16 cm aos vãos externos das terna aproveitada como verga das jane..

o

250 ESTRUTURA - N' 2


.., ,. +2

Fro. 4
las, com 50 cm de altura abaixo da la­ gas externas. As janelas externas terão, ·
je. Vê-se o aproveitamento do eapaço portanto, 1,50 m de altura e as por­
adjacente à viga para colocar a corti­ tas externas 2,50 m de altura, inclusive
na de enrolar. as portas que dão para B!J varandas (1)
No nosso projeto, vamos usar o de. Para as esquadrias internas, &dotare­
talhe da figura 5-a para tôdas as vi- mos 2,10 m de altura.

lbl

..
,,,

(O)
(d)

Fra. 5
Na figura 5-b vemos uma varanda re- (tacos), se consegue uma diferen�a de
baixada de 5 em, tal como a de serviço nivel capaz de impedir a entrada do
do nosso projeto, onde a laje da va- ágna da varanda para os aalões.
randa se apoia em viga invertida e, Na figura 5-d, vemos o detalhe de
por isso, deixa de ser em balanço. rebaixo de laje de banheiros.
Na figura 5-c, vemos uma varanda
em balanço sem rebaixo, notando-se (I) Nafigura 1 pubHeadn no nómero an·
que, usando-se uma espessu,:a .de pavi· terior, dovem0111 adotar 2,50 m para M por..
roentação na ,·arnnda (ccrum1ca) me. tas da.s varandaa e n!lo 2,10 eomo J&fu no
nor que a espessura usada nos salões desenho por engano.

ESTRUTURA - N• 2 251
-

NOTICIAS DIVERSAS

O PALACIO RESIDENCIAL DO mlidade, aquela adequação piWfu,da


PRESIDENTE DA REPUBLICA EM entre a forma, mecânicamente falan­
BRASILIA do, a função prãtica e a destinação es­

ESTRUTURA ao ;reproduzir as fo­


tética? O que se nota hoje em dia é
wma en.orme liherdade, uma quase 4!J.Ue
tografialil da rnaq_uete e Ela facliada da
indeJõ)endência entre a ArqQitetura e
projeto dtY futuro palácio residencial
Estática.
do Presidente da República em Bra­
snia, lançou no seu núJ.lõJ.ero anterior A interdependência entre a Arqui­
duas perguntas, a fim de debater o tetura e a Estática das construções
problema da cstl·utura dêste palácio, tem que ser encarada como uma reali­
considerada com0 nma das mais arro­ dade essencial a qualquer prejete;
jadas da Arquitetura Moderna. sempre existiu e é inerente à coRcre­

O professor Sydney U. G. dos San­


tização arquitetural.

tos foi o primeiro a atender ao apêlo A maneira de se conseguir isto, hoje


desta revista respondendo as pergun­ em dia, parece existir na melhor for­
tas do seguinte modo : mação técnica do Arquiteto, não para
transformá-lo em calculista, mas apri­
morando-lhe a cultura cm C'álculo es­
A interdependência entre a Arqui­ trutural, para éJ.Ue êle seja um coor­
tetura Moderna e a Estatica das denador de várias especializa<;ões.
Construções
A melhoria que apregoamos na for­
Como interpreta o interdependência mação do Arquiteto não deve, no en­
entre a Arquitetura l\Ioderna e a Es­ tanto, ser entendida nem c0nfur.J.dida
tática das CenstruçÕC's foi a primeira com um empanzinamento do currículo,
pergunta de ESTRUTURA? Assim se com cadeiras só de caráter técnico, em
manifestou o professor Sydney Santos. detrimento daquelas que constituem o
"A interdependência entre Arquite­ cerne da profissão. Clamamos por um
tura e Estática sempre existiu, em­ melhor apuro na formação estática,
bora tenha sido maior outrora do que precisamente para uma maior valori­
hoje. zação e perfeição do ' rcsultado final".

De fato, antigamente um arquiteto


O Palácio Residencial da Presi·
projetava uma catedral sem consultar -
dência em Brasilia
o calc11Hsta, solucionando êle mesmo os
problemas de Estática. Assim as ques­ Que acha do projeto do palácio re­
tões arquitetônicas e estáticas nasciam sidencial do Presidente da República
e solucionavam-se simultâneamente. em Bras!liaf foi a segunda pergunta de
Hoj"e existem as duas especialida­ ESTRUTURA.
des : a do Arquitcto e a do Projetista O professor Sydney declarou :
de estrutura. A Arquitetura. outorgou­ Há dois aspectos a considerar na es�
se uma liberdade tal que certos arqui­ trutura em questão : um plástico e ou�
tetos projetam o que bem desejam e tro funcionaL Mas para dizer qualquer
como bem entendem e jogam, é o têr­ coisa de exato, deveríamos conhecer o
mo, sua produ�ão, como sai da pran­ projeto em detalhe. Ora, tudo quanto
cheta, para o calculista. Onde aquela dêle vimos ou sabemos resume-se ao
harmonia íntima, aquela virtude de que saiu nas revistas, onde nenhum

252
-

ESTRUTURA - N• 2
�etalhe �s�rutural foi publicado ; ncs­ do entre uma série do folhetos reme-­
as condiçoes qualqu
er comentário te.. tidos pelo redator correspondente des­
r á u m valor muito rela
tivo. ta revista em Buenos Aires, Arturo
De início direm08 que 0
projeto co-­ Bignoli da firma Toschl.
m o forma, agrada�nos. � es '
tranho, ba.s­
ta�t? f�ra do comum, mas
com uma msniTUTO DE ARQ� S DO
o :1gmahdade que nos satisfa
.. z. � tran- BRASIL - DEPARTAMENTO DO
9mlo, dá nobr(lza à obra, parece bem RIO DE JANEIRO
mtegrado na concepção, isto é,
. não foi ASSEMnLt lA GEUAL f:XTUAOIIDI·
metido a martelo, não parece forçado. NAIUA - l''oi rrnli7.n•IB rrn 14-10 para
ap rovar a. modifir'a<;iin dQI!. F..tatutoe do De­
Quanto ao sentido estrutural, ou ao
partamento, f!m �umprimrnto � df'llibera.çflo
partido estático que o calculista pre­ do Comu•lho tmp�·ríor, cm rf'uniAo rt!allzada
tendeu tirar e tirou, muito pouco po. cm 23 de !Wtl'm Lro p . p. cm 8. Paulo.
dcrcmos vis! umbrar sem os detalhes. Foi ainda. elei to o df'lrgado t'leitor jun·
E bem possível que a solução tenha to ao C.n.r;.A., a.rquitdo FlAvio Leo da
Si.lveira e indicada. a li11t& trlpliee para ro­
sido croquisada pelo arquiteto sem
• •
prNu.•ntn.n te do I . A . D. na nova eompoelçllo
qumsqucr preocupações de adequação do C.R.E.A. d a 5• &gin.o.
estática e que, por feliz intuit;i'w haja Foi rl'jl'ítnrlo o ped ido de anmento de
conduzido a um bom partido para o me!lllalidadell, t·l�i teado p�la Díretori&.

calculista, que dêle tcr-sc-á aproveita­ Em de lO.jR., """'' r� izado f!m P6r•
ab r il
to All'�rn, o I Con�r�o Bruil t"i-ro dB Am,
como parte dM eom,.morn>;Õt"!t do Cinquent&o
do com vantagem . �sscs detalhes tüo
interessantes carecem de uma exposi� n6.rio de funtlw;tto do I n11títuto de Belu Ar•
ção dos autores. De qualquer modo tra.� tetl do Ri o Grnndr. do Hul.
ta�sc de uma solução no nosso entender Encerro.m-Me no próximo din. 22 de no.em·
feliz1 ao menos na parte estética, visto bro, u inM•�rit;õl'!'l parn o Conf!uno Inh!na·
ei on al parn a !Jf•tle da Municipalidade e uma
que na estática não podemos julgar novo. Prn.ça cm Toronto,CIUlndá.
com segurança. Chf'gou IUl Rio, M 1li11 1 4-10, o arquiteto
Aqui encerramos estas considerações, austrn.lian o Gordon Finn, euja rilita ao B,.,..
1il foi progrllfllnda P"la IA>pçl.o da Auatf4..
lia, em com binlll;llo com a Dirislo Cultural e
louvando ess·a mentalidade de salutar
debate que a dircção da revista quis o órgll.o central do t.A.D.
imprimir a tema realmente sempre
oportuno. AS SOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
PONTES E ESI'RUTtJRA S
A ESTRUTURA DE CONCRETO
ARMADO PREMOLDADO PUBLI­ Aeha·se vitoriosa a idéia desta revis­
CADA NA CAPA DO N.• 1 DE ta tornar-se o órgão oíieial da .Assoeia­
�ão Brasileira de Pontl·s e EstruturaA,
ESTRUTURA
pois que o. maioria dos sôcios consul­
Por ter despertado grande interês­ tados tem manifestado o mais vivo e:n·
se1 informamos, a pedido, os dados da tusia&mo pela contribui�ão que ES­
estrutura do armazém prerooldado, pu� TRUTURA ofert'Cc para maior in­
blicado no n' 1 de ESTRUTUitA. cremento da referida entidade.
Trata-se de um armazém construí� Já neste número será tornada cícti­
do no Rio de Janeiro, na rua Jaboatão, va a coopera�ão de ESTHUTilltA à
esquina de Monsenhor Brito, para Pi� ABPE com a publioa�ão do ternário
relli S/A Cia. Ind. Brasileira. Projo­ do 6• Congresso da As.o;oc iaçiio Inter­
to e construção de Edibrns - Cons­ nacional de Pontes e Estruturas à qual
truções Ltda. Dados tirados da sepa­ está filiada a nossa .ASiOCiac;ão.
rata da revista Acrópole, de um artigo O 6• Con gresso da AIPE se realiza.,
do Arquiteto José V. Vicari, destaca- rá no ano de 1960 em Estocolmo.

ESTRUTURA - N' 2 253


Sôbre êste Congresso, os membros sure de présenter en temps utile un projet


définitif.
brasileiros sócios da Associação Inter�
En vous remereiant à l'avance de votre pré­
nacional receberam a seguinte carta, cieuse co1laboration, nous vous prions
que publicamos na íntegra, na pró-­ d'agréer, Messieurs, l'expression de nos . sen­
pria língua original, acompanhada do timcnts los mcillcurs.
· ternário, que scr,á, .a .segtlir, ,pul::,lieado Les Sccrétaires Généraux
� em pqrtuguês.
"' ' .
,_a.emario
Groupes Nationaux
de !'AIPO. Questões gerais:

Concerne : Thêmes du . 6e congrês. I ...,.... Bases de dimensionamento


a) As propriedades dos materiais
lJeasieurs,
b) Desenvolvimento dos métodos
No.us. avons l'honneur de vous remettre, en de cálculo •

.annexe, sous forme en partie modifiée, les


propositions formulées lors de l'assemblée du
Comité Permanent le 17 septembre 195i à Construções metálicas:
Baden-Bnden et vous prions 9-e bien vou­

loir les Mumettre à votre groupement. La


II ...,.... Novo -desenvolvimento dos proces­
sos ile ligações nas construções
modification apportée a pour but de mieux
metálicas.
délimiter et de rendre plus concreta les pro­
ble.mes propos� pour les séances . sur le bé­ a) Solda
. ton. b) Parafusos protendidos de alta
qualidade.
Pour les séanees de travai!, nous vous
proposons de procéder ainsi:
III - Ossatura metálica
Séance I: Questiona _générales. a) Cálculo e execução
b) Lajes e paredes
Séances II e III: Constructions métalli­
e) ·Processos de montagem.
ques.

Séa.nces IV e V : Constructions en béton


Concreto armado e concreto pro­
armé et béton précontraint,
-tendido:
Séances VI: Themes libres (ProgrCs re­
marquables), IV - Desenvolvimento novos nas cons-

Naus estimans que la séance VI devra


truções do pontes.
.
être exclusivement réservée à des .sujets ,trai-
a) Progressos na construção
. b) A segurança.
tant Q_e progrCs naiment remarquables de
l'art de l'ingénieur. · 1V - -Estrnt)lras COIPp91\l� -prefabrica·
·
das.
Vu l'impossibilité de traiter l'ensemble du

p.)
domaine des constructions pendant les séan­
ces de travail lors d'un eongres, nous nous .Processos P,e ligações
sommes cfforcés de proposer quelques eujets b) Redistribuição dos esforços
clairement délimités. devido .à plasticidade.
-
Nous vaus prions de vouloir bien nous fai­
re eonnaitre, jusqu'au 31 décembre 1957, vo­ Contribuições livres sôbre desen ..

tre opinion: au sujet de ees propositions et, · volvirnentos novos bnportantes:


le ea.s êehéant, nons soumettre vos propres
suggestion.s, afin que nous soyons en me- VI - Progressos na. arte da Engenharia. )

251 .ES.TII.UTUII.A � N' )



·2 . 0 S X M:P G> S I:UM U E
ES T R'U T U R A S
Do dia 28 de Outubro ao dia 1 de Novembro teve lugar, , na
cidade do Salvador, o 29 Symposium de Estrutura.!�, por iniciativa
conjunta da Associaf!ão Brasileira de Normas Técnicas e da Esco­
la Politécnica da Universidade da Bahia, com o apoio da CAPES.
AJJ reuni�s a que compareceu elevado número de engenheiros
e professôres, inclusive de representantes de várias Escolas de En�
genharia e de Entidades públicas c de classe, fôram presididas al­
ternadamente pelo Dr. Paulo Sií, secretário geral da AB:-IT e o
Dr. Carlos Simas, dirctor da Escola Politécnica da Bahia e secre­

tariadas pelos professôres Ernani Sobral e Fernando Ven&neio


Filho.
Fôram realizadas sete exposições a cargo dos professôres : An­
tônio Alves de Noronha, sôbrc 4'Cálculo de um conjunto de ata­
cas"; Ferry Borges, de Portugal, Rôhre unimcnsionamento de es-­
trutura.�J"; Aderson Moreira da IWeha sôhre '1lase para a eonceitua­
ção de uma hipcnstiitica de plaeas e cascas''; Fernando L. Car­
neiro sôbre 11As modificações da NB�l"; Carlos Simas S(">hre ,.Elasti·
cidade e p]nstieidade"; Ivo 'VoiCf st)bre "Sapatas excêntricas";
Júlio Souza sôbre "Extf'nsômetros elétricos".
Após cada palestra foi o assunto submetido a debates, eom 30
minutos para os debatcdorcs e 30 minutos destinados à resposta do
conferencista.
Na s.Cssão inaugural, usaram da palavra os profeSRÔres Paulo
Sá c Carlos Simas, em brilhantes e aplaudidas orações, e na sessão
de encerramento, o prof. Ivo 'Volrf proferiu excelente discurso que
foi o coroamento de tão proveitoso conclave.
No programa de visitas, fôram inelu(das, uma à fábrica de ei·
mento de Aratú, a qual ofereceu um jantar aos membros do Sympo-.
sium no Iate Club da Bahia, c outra aos pa<;os e refinaria de }lata­
ripe com almô<;o em Candeias.
A Escola Politécnica da Bahia ofereceu um coquetel. abrilhan­
tado com a presença das senhoras dos professôrcs participantes do
Symposium.
Quanto à matéria técnica debatida e as contribui� trazidas
ao Symposium, "ESTRUTURA" irá publicar tôdas . as conferên­
cias realizadas, começando -neste número com a do prof . •
Antônio
Alves de Noronha e no pró:timo, com as dos profcssôres Ivo Wolff e
Aderson Moreira da Rocha.

.ESTRUTURA ->N' .2
• •
255

'
. ·---- - -
. --- - ,
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.--- - �· '• .
' "' , .

-�-
'
--
. -�-\'�!!!

TURMA DE 1 957 DA ESCOLA NACIONAL


DE ENGE NHARIA

Os engenheira.ndos da turma de 195i da EngeMeiros Mec4nio08 : Prof. Archibald


Escola. Nacional de Engenharia acabam de Joseph Mo.cintyre.
escolher o seu paranin[o e seus l•omenagea­ Eletricista,ç: Prof. Julival Moraes.
àos. Parani.nfo foi eleito cm 1' escrutinio
Economia: Prof. Carlos Nilo Gondim Pam­
o professor A.DERSON MoREIRA DA RocHA, ca­
plona.
tedrático da cadeira Estabilidade das Cons·
truções. Foi distinguido com a Grande Ho· 4• ano: Prof. Antônio Montcfusco de Assis

Menagem O professor ARTHUR EuGf:NlO JER­ da cadeira de Construção Civil.

HANN assistente da mesma cadeira citada. 3• ano: Prof. Ilidio Martins de Freitas da
Os outros professôres homenageados to- cadeira de Materiais de Construção.

2' ano: Prof. Jaurés Paulo Feghali da. ca­


ram:

H0Me71agem especial: Prof. Sydney M. G. deira. mecã.nica Racional.


dos Santos, catedrático de R-esistência dos
Materiais.
1• ano: Prof. Francisco Capist.ano do
Amaral da cadeira de Física. •

Construção Civil: Prof. Jurandyr Pires


Ferreira, catedrático de Construção Ci­ Foram ainda homenageados os seguintes
viL funcionários:

Estradaa : Prof. Eduardo Ortega.l Barbosa. José Antônio Proença, Chefe da Secçlo do
E.ttroturas: Prof. José Luis' Cardozo. Currículo Escolar.

Obras Hidrdulica8 : Prof. Theophilo Bene- Maria de Lourdes Lins Gomes da Silva
d\cto Ottoni Neto. e Benedito F. Maia.

I
ERRATA

Apesar do cuidado e do rigor de nossas revisões sã.o inevitáveis alguns erros tipográficos.
Assim sendo, reservaremos êste espaço para publicar neste local, sempre que necessár.io,
a errata do número anterior.
-

ERRATA DO N• 1 •

'

'

Pág&. Onde se lê Corrij�VBe para

I 35 legenda da fig. 4 pungonado pun.zonado

37 legenda da fig. 6 Lineas de rotura. Palio de


esquina anelado.

62

1
óltima linha f"2 - - 1 71 ,, - - 1'172
0,053 + 0,093 J 1 - (0,0 + 0,093)

64 fig. 11 + 1,40 I X 1,127 - I + 1,40 X 1,172 -

256 BSTRUTURA N'· .2


'
-

'
"

I I

ESCRITORIO TECNICO

do Prof.

ADERSON MOREIRA DA ROCHA

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que V. S. deve satisfazer para encontrar


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Mandando "helitraçar" as armaduras _para


. concreto armado, V. S. obte m :
.

L MAIOR ADERENCIA DO QUE O AÇO LISO COMUl'vl (aumento


de 30% a lOO;>'o ) ;
2. (aumento de SS7o a 755-'o ) ;
MAIOR RESISTENCIA
3 . MAIORES GARANTIAS DE FABRICAÇÃO ·(eliminação das barras
• defeituosas) ;
4 . MENOR CONSUMO DE ARMADURAS (redução de 33% a SO;>'o ) ;
5 . MENOR CONSUMO DE CONCRETO (redução possível de 10'/Q..
·aproximadamente) ;
6. MENOR MÃO DE OBRA NO PREPARO E COLOCAÇÃO DAS AR­
MADURAS;


7. MENOR TEMPO DE EXECUÇÃO (conseqüência das vantagens 4,
S e 6) ;
8. MENOR CUSTO FINAL DO METRO ClJBICO DE CONCRETO AR­
MADO.


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