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A reforma gerencial brasileira instaurou outras formas de contratação, as

quais possibilitaram o Estado retirar parte de sua responsabilidade exclusiva,


eximindo-se de ter que prestar todos os serviços diretamente. Neste contexto,
surgem as chamadas Parceriass Público-Privadas (PPP).

Essa parceria possibilita a prestação de serviços não-exclusivos do Estado,


fornecendo bens e serviços, que eram providos pelo setor público
tradicionalmente, como por exemplo a área de infra-estrutura que possui
condições mais ideais para instaurar uma PPP, já que envolvem prazo de
longa duração, riscos e elevados investimento financeiro. Com isso, busca-se
maior eficiência econômica e social.

Entretanto, há limitações para esse tipo de contratação: não poderá ser feita
PPP para valores considerados baixos, atualmente, inferior a 10.000.000,00
(dez milhões de reais); o período não pode ser inferior a 5 (cinco) anos e seu
prazo final não podendo ser superior a 35 anos; fornecimento único de mão de
obra, instalação de equipamento ou execução de obra pública. Além disso, vale
destacar que a União não poderá conceder garantia ou realizar transferência
voluntária aos Estados, Distrito Federal e Municípios se estes ultrapassarem a
soma de despesas de carácter continuado derivados das parcerias já
contratadas, trazendo os percentuais limites que deverão ser observados pelos
entes no artigo 28 da Lei nº 11.079/2004 (Lei da PPP).

Em relação à Administração Indireta, destaca-se a Autarquia criada por lei


como pessoa jurídica de direito público, a qual dispõe de autonomia
econômica, técnica e administrativa. Esse tipo de entidade também possui
capacidade de autogestão, possibilitando mais eficiência para os serviços
públicos que serão prestados, inclusive não se sujeitam às decisões políticas
do executivo.

Em questão de atuação, as Autarquias limitam-se a prestar serviços públicos


típicos do Estado, não visam o lucro e se submetem ao poder finalístico do
ente político que a criou, ademais, precisam realizar concurso público, licitação,
assim como as entidades da administração direta. Por fim, um exemplo de
Autarquia são as agências reguladoras, as quais fiscalizam, regulam áreas
técnicas da atividade de um determinado setor da economia.
Referências Bibliográficas

PAIVA, Silvia M. Caldeira; ROCHA, C Alexandre. Parceria público privada: o


papel do Senado Federal na discussão e aprovação da lei nº 11.079, de 2004.
Brasília: Coordenação de Estudos da Consultoria Legislativa do Senado
Federal, 2005.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 32º edição. Rio de


Janeiro: Forense, 2019.

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