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SAEP

CICLO 2 – 2014

SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL POLIEDRO

3o ano Ensino Médio e Pré-vestibular

Instruções para a prova

1 Verifique se este caderno de questões contém um total de 90 questões de múltipla escolha, assim distribuídas: 9 Interdisci-
plinares, 16 de Português, 10 de História, 5 de Inglês, 10 de Geografia, 10 de Biologia, 10 de Química, 10 de Matemática
e 10 de Física. Caso o caderno apresente alguma divergência, solicite ao fiscal da sala outro caderno de questões.
Não serão aceitas reclamações posteriores.

2 Para cada questão, existe apenas uma resposta correta.

3 Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a alternativa que corresponda à resposta correta.
Essa alternativa (a, b, c, d ou e) deve ser preenchida completamente no item correspondente na folha de respostas que
você recebeu, segundo o modelo abaixo. Observe:

A A A A
ERRADO ERRADO ERRADO CORRETO

4 Não será permitida nenhuma espécie de CONSULTA nem o uso de máquina calculadora.

5 É proibido pedir ou emprestar qualquer material durante a realização da prova.

6 Você terá 5 horas para responder a todas as questões e preencher a folha de respostas.

7 Não é permitida a saída antes de 2 horas de duração da prova.

Boa prova!
»»Interdisciplinares 2 Dobramentos modernos constituem umas das principais
estruturas geológicas da Terra. A Cordilheira dos Andes e a do
1 Leia o texto a seguir: Himalaia são exemplos de dobramentos modernos resultantes
dos choques entre placas tectônicas. Assinale a alternativa que
Nos bailes maiores, mais públicos, ocorreu uma ruptura funda- apresenta o processo geológico responsável pela formação de
mental. Separou-se a festa da rua, popular e negra, embora de ori- cadeias montanhosas, como as mencionadas, e uma possível
gem portuguesa – o entrudo –, da festa do salão branco e segrega- consequência biológica dessa formação.
do, o Carnaval. Tudo começou em meados dos anos 1840, quando a) Orogênese; uma consequência seria a divisão da população
uma trupe italiana, falida na corte, resolveu se virar e organizou no inicial em duas populações isoladas geograficamente, pro-
Teatro São Januário “um carnaval veneziano de máscaras”. Alguns cesso que pode desencadear um tipo de especiação deno-
anos depois, um editorial do Jornal do Commércio, sob o título “O minado simpátrica.
nosso Carnaval”, saúda o êxito da nova festa: “O Carnaval [...] é mil b) Orogênese; uma consequência seria a separação de populações
vezes preferível ao entrudo de nossos pais, porque é mais próprio que vivem na região (isolamento geográfico), cujo resultado
de um país civilizado e menos perigoso à saúde”. Civilizado porque seria a formação de novas espécies, o que se denomina espe-
europeu. Menos perigoso porque, no entrudo, além dos limões-de- ciação alopátrica.
-cheiro, podia-se receber na cabeça o conteúdo dos penicos dos so- c) Erosão diferencial; uma consequência seria o aumento da
brados e as pauladas dos capoeiristas. dificuldade de obtenção de recursos pelos seres vivos, devi-
Luiz Felipe de Alencastro. “Vida privada e ordem privada no Império”. do ao isolamento geográfico, levando-os, inevitavelmente, a
In: Luiz F. Alencastro (Org.). História da vida privada no Brasil 2.
São Paulo: Cia das Letras, 2011. um processo de extinção.
d) Falhamento; uma consequência seria a ocorrência de muta-
O fragmento apresenta uma particularidade que, nas entrelinhas, ções nos seres vivos devido ao fato de os recursos ficarem di-
se revela um traço geral da sociedade do século XIX. A leitura ferentes após esse processo, induzindo, consequentemente,
desse fragmento, tendo por base uma ideia metonímica (parte à formação de novas espécies.
pelo todo), permite afirmar que a tendência geral da época era: e) Falhamento; uma consequência seria a melhor adaptação
a) priorizar medidas sanitárias, com o intuito de evitar epidemias dos seres vivos ao meio, permitindo a sua livre reprodução
oriundas de festas populares da corte, elegendo o Carnaval no ambiente recém-formado, porém sem o surgimento de
como a manifestação mais higiênica. novas espécies.
b) eleger como modelo de civilização e progresso o que era de
origem europeia, além da negação, pela elite brasileira, da
cultura popular e negra.
c) realizar festas para comemorar a diversidade da população na
corte, segregando as classes de maneira a formar nichos sociais.
d) publicar tudo o que se passava nas esferas pública e privada
nos veículos de informação oficiais, como é o caso do Jornal
do Commércio.
e) valorizar as tradições, primando sempre por manifestações
de origem popular, como o Carnaval, mas tendo por base
novas regras higiênicas.

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3 Leia o texto a seguir: 4 Leia o texto a seguir:

[...] É mandacaru e macambira. Vida sem água, resistente e brava, Todos os tipos de chips – dos mais simples, como o de um relógio
espinhosa e árida. É fato noticiado todo ano. Do Maranhão ao Norte digital, aos mais complexos, [...] – não passam de um aglomerado de
de Minas Gerais. Sebastião Salgado fotografou os tons marrons e os componentes eletrônicos, os transistores. Eles são a estrutura básica
olhos tristes e famintos de homens e animais. A arte imortaliza o so- para que o computador realize todas as suas atividades. O segredo
frimento, a resiliência e a força do povo sertanejo. Artistas de todos os é o material de que os transistores são feitos: o silício, um mineral
tipos choraram e cantaram, pintaram e contaram. Mas, novamente, que muda de comportamento conforme a presença ou ausência
nenhuma solução. de corrente elétrica. A partir dos sinais enviados pelo usuário (vale
É difícil resolver algo a partir de pressupostos equivocados. A prin- lembrar que, dentro do computador, uma ordem como um toque
cipal dificuldade que o país enfrenta está no próprio enunciado, no no teclado é transformada em uma série de impulsos elétricos),
enfoque de combate à seca. Um fenômeno climático sistemático não os transistores em conjunto são capazes de armazenar dados e
é para ser combatido. Alguém imaginaria combater o gelo na Sibéria? realizar operações aritméticas que possibilitam todas as funções do
Deve-se, sim, criar melhores condições de convivência com ele. [...] computador, de um simples digitar de letras às mais multimídia.
Fernando Lyra. “As vozes da seca”. Disponível em: <www.cartacapital. Lorena Verli. Mundo estranho. Tecnologia. 62 ed. Disponível em:
com.br/politica/as-vozes-da-seca>. Acesso em: 7 jan. 2014. <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-funciona-
um-chip-de-computador>. Acesso em: 13 fev. 2014.
No texto, o autor trata da seca no Nordeste, fazendo referência
à transposição do Rio São Francisco como uma solução equivo- O silício (Z = 14 e A = 28) é o segundo elemento mais abundante
cada no combate à seca na região. Para ele, o Estado não deve na crosta terrestre e é encontrado principalmente na areia.
combater a seca, e sim criar condições de convivência com ela e É matéria-prima fundamental para a fabricação de chips, devido
com a aridez do sertão. à sua semicondutividade, que é utilizada para bloquear a eletri-
Nesse sentido, podem-se citar como exemplo de um povo que cidade nesse produto. Com relação às características do silício, é
lutou contra a escassez de água: correto afirmar que ele é:
a) os egípcios, que, aproveitando as cheias regulares do Rio Nilo, a) o único constituinte da areia, por isso é fundamental para a
desenvolveram canais de irrigação no delta do rio. fabricação de chips.
b) os mesopotâmicos, que desenvolveram técnicas pioneiras de b) um elemento metálico, e os seus elétrons da camada de
hidroponia na agricultura. valência se encontram nos orbitais d.
c) os egípcios, que aproveitavam o substrato do solo armaze- c) um elemento representativo com 14 elétrons no seu núcleo.
nando-o para os períodos de seca do Rio Nilo. d) um elemento representativo situado na coluna IV A ou 14 da
d) os mesopotâmicos, que desenvolveram canais de irrigação tabela periódica.
para alimentar o gado durante o período das secas. e) um elemento de transição com 14 nêutrons.
e) os antigos orientais, que organizavam núcleos de armazena-
mento contra a escassez pelo esgotamento do solo.

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5 Leia o texto a seguir: 6 A tabela a seguir apresenta a energia liberada na reação de
combustão de alguns tipos de combustíveis.
A seca já durava dez milhões de anos, e o reinado dos terríveis
lagartos há muito havia terminado. Ali no equador, no continente Combustível Fórmula molecular ∆Hº (kJ/mol)
que um dia seria conhecido como África, a luta pela existência che- Metano (gás natural) CH4 (g) – 802
gara a um novo clímax de ferocidade, e ainda não se sabia quem Octano (componente da
C8H18 (l) – 5.471
seria o vencedor. Naquela terra deserta e árida apenas os pequenos, gasolina)
os velozes e os ferozes conseguiam prosperar, ou sequer esperar para Etanol (álcool) C2H5OHl – 1.368
sobreviver. Disponível em: <www.usp.br/qambiental/combustao_
Arthur Clarke. “O caminho para a extinção”. In: 2001: Uma energia.html>. (Adapt.). Acesso em: 17 dez. 2013.
odisseia no espaço. São Paulo: Aleph, 2013.
Suponha que um veículo funcione com etanol e que toda a
O trecho em questão, do livro 2001: Uma odisseia no espaço, traz energia liberada na reação de combustão do etanol seja trans-
implícita uma teoria, a qual é reforçada com o uso de alguns formada em movimento. Considerando que esse veículo esteja
adjetivos. A teoria implícita e os adjetivos se referem à Teoria: abastecido com 184 g de etanol puro, por quanto tempo ele
a) lamarckista, de acordo com a qual os animais adaptam-se às pode trafegar ininterruptamente a uma velocidade escalar cons-
necessidades do meio; os adjetivos reforçam essa ideia ao tante de 50 km/h?
exemplificar as características adquiridas por eles. Dados: Massa molar (g/mol): H = 1, C = 12, O = 16; gasto energético do veículo
a 50 km/h = 54,72 kJ/km.
b) da Evolução de Darwin, de acordo com a qual a condição
a) 1h
do meio faz a seleção natural dos mais aptos; os adjetivos do
b) 2h
trecho reforçam a ideia de uma região inóspita.
c) 3h
c) geológica das eras, de acordo com a qual os lagartos (alusão
d) 4h
aos dinossauros) morreram para dar lugar a outras espécies; os
e) 5h
adjetivos reforçam a ideia de que o tempo não cessa.
d) darwinista, de acordo com a qual o meio seleciona natural-
mente os mais aptos; os adjetivos reforçam as qualidades ne-
cessárias para a sobrevivência.
e) evolucionista das eras, de acordo com a qual as espécies evo-
luem de maneira contínua ao longo das eras geológicas; os
adjetivos reforçam a ideia de perecimento.

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7 Observe a imagem a seguir: 8 Uma aluna, estudando movimento em queda livre, deseja-
va registrar a distância percorrida por um corpo caindo a partir
do repouso. Utilizando um sistema de fotografia estroboscópica,
ela registrou a distância x(t), em metros, em função do tempo (t),
contado desde o início da queda, a cada 0,1 s. A análise dos
resultados a levou a uma relação entre x e t dada por x(t) = 5t2.
Supondo que essa relação seja válida para todos os valores de t
durante a queda, a distância percorrida pelo corpo entre os ins-
tantes t = 1,0 s e t = 1,2 s foi de:
a) 0,2 m d) 5,2 m
b) 2,2 m e) 7,2 m
c) 4,8 m
Disponível em: <www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/
tvmultimidia/imagens/3ingles/8spell.jpg>. Acesso em: 2 jan. 2014.
A incorporação de palavras estrangeiras ao vocabulário nativo
virou uma tendência em algumas línguas, principalmente no
que se refere à influência do inglês sobre o português. O que
se observa normalmente é que, ao reproduzirem palavras em
outro idioma, é natural que as pessoas tomem como referência
sua língua nativa para compreender melhor a língua estrangeira.
Na imagem apresentada, as placas são exemplos:
a) de estrangeirismos na língua portuguesa, completamente
desnecessários no caso das palavras usadas.
b) do mau ensino de ortografia, pois muitos erram palavras ver-
náculas, mas acertam palavras em outras língua.
c) da adaptação de palavras em inglês à forma como seriam
escritas em português, levando em consideração seus sons.
d) de uma tendência contemporânea de se escrever palavras
portuguesas como se fossem inglesas.
e) da eficiência comunicativa de palavras estrangeiras, pois as
palavras portuguesas não têm sentido sem elas.

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9 Leia o texto a seguir: »»PORTUGUÊS
O que a economia e o Estado burguês e capitalista produziram? 10 Leia o texto a seguir:
Produziram uma sociedade na qual os indivíduos são arrancados da Flores no prato
sua comunidade natural e reunidos aos outros em uma forma, de cer- Para receber amigos ou colegas de trabalho em ocasiões for-
ta maneira, horizontal e anônima, que é a da massa. O Capitalismo mais sem dispensar o aconchego, uma solução é contemplar uma
produziu a massa. O Capitalismo, por conseguinte, produziu aquilo sala de almoço rústica com toque primaveril. De algodão, o jogo
que Sombart chama não exatamente de unidimensionalidade, mas
americano com cores vibrantes quebra a sisudez dos móveis de
de que ela dá a definição precisa. madeira, adicionando uma atmosfera leve e acolhedora. Para que
Michel Foucault. Nascimento da biopolítica. Curso dado no Collège de
France (1978-1979). Eduardo Brandão (Trad.). São Paulo: Martins Fontes, 2008. o cardápio fluísse na mesma sintonia, uma rica salada com folhas
coloridas, flores comestíveis, tomates-cereja, feijõezinhos-adzuki e
No fragmento em questão, apresentam-se aspectos da sociedade suculentos camarões foi elaborada pelo Empório Santa Maria. Na
moderna, fazendo referência ao papel do Capitalismo nesse con- companhia de belas taças de vidro metalizado, o champanhe fina-
texto. A característica dessa sociedade que fica mais explícita é: liza a recepção em grande estilo.
a) a produção em massa, característica do fordismo. F. Emmerick; G. Esposito. “Cinco maneiras de receber: a casa é sua”. Revista
b) o consumismo, aprofundado com a obsolescência programada. eletrônica Casa & decoração. Online editora: Ano 6 – nº 73, 2013, p. 31.

c) a crise das identidades comunitárias localizadas. O trecho em questão pertence a um artigo de uma revista de
d) a violência totalitária do Estado moderno. decoração de interiores. O uso constante de substantivos con-
e) o processo de globalização e o fim das fronteiras nacionais. cretos é uma das características dos textos predominantes nessa
revista, a fim de construir uma imagem mais real do ambiente.
Nesse texto, a única expressão que contraria essa afirmação é:
a) algodão.
b) jogo americano.
c) móveis de madeira.
d) Empório Santa Maria.
e) folhas coloridas.

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11 Leia o texto a seguir: 12 Leia o texto a seguir:
Jovem de 15 anos desenvolve teste que detecta
Os primeiros homens foram caçadores ou pastores e não la- câncer de pâncreas em cinco minutos
vradores; os primeiros bens se constituíram de rebanhos e não de
campos. Antes de repartir-se a propriedade da terra, ninguém pen- Com 15 anos, o estadunidense Jack Andraka criou um teste que
detecta câncer de pâncreas em apenas cinco minutos. Além da ra-
sava em cultivá-la. A agricultura é uma arte que exige instrumentos;
pidez, o teste é 26 mil vezes mais barato que o utilizado atualmen-
semear para colher é uma precaução que exige previdência. O ho-
te – o custo é de apenas 3 centavos de dólar –, além de ser mais
mem em sociedade procura espalhar-se, o homem isolado se limita.
simples e mais preciso. Após a morte de um amigo da família em
Jean-Jacques Rousseau. “Ensaio sobre a origem
das línguas”. Editora Unicamp, 2008. decorrência da doença, Jack se debruçou sobre o tema. [...]
Disponível em: <catracalivre.com.br>. Acesso em: 10 dez. 2013.
As ideias do filósofo Jean-Jacques Rousseau, pertencentes à
linha iluminista, influenciaram os rumos da sociedade francesa O título da notícia e o primeiro período do texto são formados
e do mundo sob o propósito de um Estado que proporcionasse por duas orações cujo núcleo do objeto é o mesmo nos dois
igualdade para todos. No texto apresentado, em que versa casos, para dois verbos e dois sujeitos distintos. A(s) palavra(s)
sobre a importância do trato com a terra, o autor revela que é que expressa(m) o objeto, comum ao título e ao texto, é(são):
necessária, ao homem, uma espécie de “consciência temporal” a) cinco minutos.
para se dedicar à agricultura. Tal consciência é evidenciada por b) 15 anos.
uma palavra formada pelo: c) teste.
a) prefixo in-. d) detecta.
b) sufixo -ado. e) câncer de pâncreas.
c) prefixo es-.
d) sufixo -ão.
e) prefixo pre-.

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13 Leia o texto a seguir: 14 Leia o seguinte texto:

O espelho, são muitos, captando-lhe as feições; todos refletem- A noção de semelhança é fundamental na nossa investigação.
-lhe o rosto, e o senhor crê-se com aspecto próprio e praticamente Sem ela não existiria a arqueologia. A arqueologia começou quan-
imudado, do qual lhe dão imagem fiel. Mas – que espelho? Há-os do se descobriram fenômenos que, embora incontestavelmente
“bons” e “maus”, os que favorecem e os que detraem; e os que são humanos, eram nitidamente diferentes do que se conhecia. Como
apenas honestos, pois não. E onde situar o nível e ponto dessa ho- esses fenômenos eram demasiado diferentes e estranhos, percebeu-
nestidade ou fidedignidade? Como é que o senhor, eu, os restantes -se que eles provinham de outra época.
próximos, somos no visível? Carl-Axel Moberg. “O tempo. Contemporaneidade e sequência.
Determinações cronológicas extrínsecas e intrínsecas”. In: Introdução à
João Guimarães Rosa. “O espelho”. In: Primeiras estórias.
arqueologia. Lisboa: Edições 70, 1981. São Paulo: Martins Fontes, p. 107.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

O texto apresenta uma relação parte–todo que constrói os sen- O conceito que o autor do texto quis passar, para ser entendido,
tidos do questionamento proposto no fragmento. Sobre essa depende de um conhecimento de mundo por parte do leitor.
relação, pode-se inferir que: Esse conhecimento se refere:
a) a parte diz respeito ao rosto refletido no espelho, quando, a) à natureza de estudos da arqueologia.
na realidade, seria a pessoa, em sua totalidade, que se julga b) ao conceito preciso de semelhança que é utilizado.
imutável. c) às diferenças arqueológicas encontradas.
b) o todo são os espelhos que refletem, independentemente do d) à noção de tempo utilizada pelo autor.
tipo de rosto que aparece; o julgamento depende dos outros. e) aos fenômenos por ele citados, mas não mencionados.
c) o rosto é apenas uma parte do corpo que é refletida; os espe-
lhos neutros representam a totalidade das reflexões.
d) está presente na sinédoque dos espelhos, pois o autor afirma
que todos mostram imagens, mas poucos as refletem.
e) o todo é o número de pessoas que se olham no espelho, já a
parte é referente ao tipo de espelho para o qual elas se olham.

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15 Leia o texto a seguir: 16 O capítulo XXXIV do romance Dom Casmurro começa após as
personagens Capitu e Bentinho se beijarem às escondidas, ainda
Já se tem escrito que o momento culminante da influência de jovens. Um trecho do início do capítulo está reproduzido a seguir:
Baudelaire no Brasil foi o Simbolismo, no decênio de 1890 e primei-
ros anos do seguinte. Momento fin-de-siècle que viu nele, sobretudo Ouvimos passos no corredor; era D. Fortunata (mãe de Capitu).
o mestre da arte-pela-arte, o visionário sensível ao mistério das cor- Capitu compôs-se depressa, tão depressa que quando a mãe apon-
respondências e o filósofo, o autor de poemas sentenciosos marca- tou à porta, ela abanava a cabeça e ria. Nenhum laivo amarelo,
dos pelo desencanto. Logo a seguir os últimos poetas de cunho sim- nenhuma contração de acanhamento, um riso espontâneo e claro,
bolista, como Eduardo Guimaraens, o aproximaram perigosamente que ela explicou por estas palavras alegres:
das elegâncias decadentes de Wilde e D’Annunzio. – Mamãe, olhe como este senhor cabeleireiro me penteou;
Antonio Candido. “Os primeiros baudelairianos”. In: A educação pela pediu-me para acabar o penteado, e fez isto. Veja que tranças! [...]
noite & outros ensaios. 2 ed. São Paulo: Ática, 1989, p. 23. (Adapt.).
Machado de Assis. Dom Casmurro. 40 ed. São Paulo: Ática, 2009.
O autor do texto faz uso de um elemento de coesão que separa
dois grupos de poetas. Nesse sentido, é correto afirmar que o No trecho em questão, há uma informação implícita decorrente
elemento coesivo usado por ele é: da descrição das atitudes de Capitu e de sua fala para com a sua
a) o decênio, indicando o grupo de 1890 e o grupo após essa data, mãe. Essa informação implícita se refere:
segundo as qualidades descobertas por eles em Baudelaire. a) aos dotes de cabeleireiro de Bentinho.
b) o temporal Logo a seguir, o que separa os primeiros simbolis- b) à condição de pobreza de Capitu e de riqueza de Bentinho.
tas e os últimos, conforme o modo com que viam a obra de c) ao papel do homem e da mulher na sociedade.
Baudelaire. d) à capacidade de Capitu de conversar sobre qualquer assunto.
c) o Já, o que demonstra a possibilidade de ruptura com os es- e) à capacidade de dissimulação da personagem Capitu.
tudos tradicionais de Baudelaire e mostra a postura de dois
grupos simbolistas.
d) o Logo a seguir, o que evidencia a postura de dois grupos com
relação ao modo como encaram o “fin-de-siècle” proposto por
Baudelaire.
e) o temporal Já, indicando que há alguma coisa antes do texto
a que não temos acesso, o que explica a divisão dos grupos
simbolistas.

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17 Leia o texto a seguir: 18 Leia o texto a seguir:

Tífon acha sua música (de Cadmo) admirável. Escuta-a e depois Estatísticas comprovam a eficácia das cadeirinhas,
mas lei tem brechas
cai num sono profundo. Lembra-se das histórias contadas a res-
peito de Zeus, que mandou sequestrar alguns mortais para que o Uma notícia veiculada esta semana comprova o que muitos
enfeitiçassem com a música e a poesia. Quer fazer a mesma coisa especialistas já sabiam e dignifica uma luta de alguns anos: dados
e propõe a Cadmo ser seu chantre [...] ele aceita, com a condição do Ministério da Saúde revelaram que o uso obrigatório das cadei-
de ter um instrumento de música melhor que também lhe permita rinhas levou à redução de 23% no número de mortes de crianças
cantar. “De que necessitas?”, perguntou Tífon. “Necessito de cordas com até 10 anos no primeiro ano de aplicação da Resolução 277
para minha Lira”. do Contran. O número de óbitos passou de 296, entre 2009 e 2010,
Jean-Pierre Vernant. “Guerra dos deuses, reinado de Zeus”. In: O universo, os para 227, entre 2010 e 2011. De acordo com o Ministério da Saúde, é
deuses, os homens. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 46. (Adapt.).
a primeira vez em seis anos que existe queda no número de mortes.
O fragmento relata um pouco da história do titã Tífon; nele, há Mariana Czerwonka. Estatísticas comprovam a eficácia das cadeirinhas,
mas lei tem brechas. Disponível em: <http://portaldotransito.com.br>.
um efeito narrativo curioso, pois observa-se: Acesso em: 6 dez. 2013.
a) um foco narrativo incomum para lendas e mitos.
b) alternância no foco narrativo, focando ora Cadmo ora Tífon. No texto, defende-se o uso de cadeirinhas para crianças em au-
c) o uso do discurso indireto livre. tomóveis. Dentre as estratégias argumentativas para reforçar seu
d) o uso tanto do discurso direto como do indireto. ponto de vista, a autora recorre, principalmente, a(à):
e) elementos que são típicos da crônica. a) comprovações estatísticas.
b) citação de autoridade no assunto.
c) teoria embasada por documentos históricos.
d) enumeração de casos que sustentam o argumento.
e) refutação da contra-argumentação.

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19 Leia o texto a seguir: 20 Leia o excerto a seguir:
Capítulo IIII
O que, porém, continuava a surpreender-me ao último ponto,
era o casto e ingênuo perfume que respirava em toda a sua pessoa. E porque algũas cantigas i há em que falam eles e elas outrossi,
Uma ocasião, sentados no sofá, como estávamos, a gola de seu por en¹ é bem de entenderdes se som d'amor, se d'amigo: porque
roupão azul abriu-se com um movimento involuntário, deixando sabede que, se eles falam na prim[eir]a cobra² e elas na outra, [é
ver o contorno nascente de um seio branco e puro, que o meu olhar d']amor, ³porque se move a razom dele, como vos ante dissemos;
ávido devorou com ardente voluptuosidade. Acompanhando a e se elas falam na primeira cobra, é outrossi d'amigo; e se ambos
direção desse olhar, ela enrubesceu como uma menina e fechou falam em ũa cobra, outrossi é segundo qual deles fala na cobra
o roupão; mas doce e brandamente, sem nenhuma afetação primeiro.
pretensiosa. [...] “Arte de trovar". Cancioneiro da Biblioteca Nacional. Disponível em:
José de Alencar. Lucíola. Rio de Janeiro: 1862. <http://cantigas.fcsh.unl.pt/artedetrovar.asp>. Acesso em: 6 jan. 2014.
Disponível em: <www.brasiliana.usp.br>.
Glossário
¹Por en: por isso.
O trecho pertence ao romance Lucíola, que trata da relação de ²Cobra: estrofe.
³Porque se move a razom dele: porque é ele (a voz masculina) quem expõe e inicia a
uma prostituta, Lúcia, com um rapaz, Paulo, o narrador. Os adje- razom da cantiga (o seu tema e a proposta de tratamento).
tivos, nessa cena, são de fundamental importância para se com-
preender os sentidos do romance. Considerando os adjetivos Na literatura, são vários os critérios utilizados para se classificar as
presentes no trecho, é possível depreender que: cantigas de amor e de amigo. Um dos principais é identificar a
a) o roupão deixa entrever a nudez de forma provocativa por voz que fala no texto; ou seja, se a voz é masculina, a cantiga é de
parte de Lúcia. amor; se é feminina, é de amigo. No entanto, o texto em questão
b) apesar de sua profissão, as características de Lúcia apontam apresenta uma terceira possibilidade.
para a castidade e a pureza. Assinale a alternativa que indica corretamente essa possibilida-
c) ardência e voluptuosidade são exalações de Lúcia que pro- de e como se classifica a cantiga nesse caso.
vocam Paulo. a) Quando aparecerem as vozes do homem e da mulher, deve-se
d) o azul do roupão indica a inocência, o movimento involun- considerar sempre a da mulher, pois os homens compunham
tário, a afetação. os textos para homenagear as mulheres; nesse caso, a cantiga
e) os adjetivos evitam que a cena tenha uma conotação sexual, é de amor.
pois é um momento puro. b) Se aparecem as duas vozes na mesma estrofe, a cantiga se
classificará conforme a voz que aparece primeiro, ou seja, se
for de um homem, é de amor; se for de mulher, é de amigo.
c) No texto em que se misturarem as vozes feminina e masculi-
na, a cantiga deve ser classificada como de amor, já que, pro-
vavelmente, estará tratando da união dos dois.
d) Se houver ocorrência de duas vozes masculinas na cantiga
(dois homens conversando), deve-se considerar como can-
tiga de amigo, mesmo que nessa tipologia o eu lírico seja
sempre feminino.
e) Caso haja um diálogo entre duas mulheres na cantiga, deve-
-se considerar como cantiga de amor, pois elas estão conver-
sando sobre os homens que amam.

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21 Leia o texto a seguir: 22 Leia o seguinte texto:

A ũa velha quisera trobar Chega o Parvo ao batel do Anjo e díz:


quand'em Toledo fiquei desta vez;
e veo-me Orraca López rogar PARVO: Hou da barca!
e disso-m'assi: – Por Deus que vos fez, ANJO: Que me queres?
nom trobedes a nulha¹ velh'aqui PARVO: Queres-me passar além?
ca² cuidarám³ que trobades a mim. ANJO: Quem és tu?
Afonso Anes do Cotom. Disponível em: <http://cantigas.fcsh.unl.pt/ PARVO: Samica alguém.
cantiga.asp?cdcant=1614&pv=sim>. Acesso em: 6 jan. 2014.
ANJO: Tu passarás, se quiseres;
Glossário
¹Nulha: nenhuma.
porque em todos teus fazeres
²Ca: porque, pois. per malícia nom erraste.
³Cuidarám: pensarão.
Tua simpreza t'abaste
Considerando os elementos presentes no texto, é possível afir- pera gozar dos prazeres.
mar que se trata de uma cantiga:
a) amorosa, à maneira provençal, pois o eu lírico declara seu Espera entanto per i:
amor à Orraca López, uma mulher mais velha. veremos se vem alguém,
b) lírica, na medida em que há exaltação da beleza de uma merecedor de tal bem,
mulher. que deva de entrar aqui.
c) de temática indefinida, por se tratar de um sonho do eu lírico Gil Vicente. Auto da barca do inferno. Disponível em:
<http://stat.correioweb.com.br/arquivos/educacao/arquivos/
sendo representado. GilVicente-AutodaBarcadoInferno0.pdf>. Acesso em: jan. 2014.
d) de amigo, visto que o eu lírico é feminino e declara seu amor
ao amado. A linguagem de Gil Vicente é muito diferente do português atual,
e) satírica, de escárnio ou maldizer, pois é uma ofensa a uma o que, muitas vezes, pode tornar a leitura mais difícil de se enten-
mulher a quem o eu lírico trata como "velha". der. No entanto, nesse trecho, ainda que a linguagem seja diferen-
te, é possível identificar o motivo pelo qual o Anjo reconhece que
a personagem Joane, o Parvo, merece ir com ele na barca que vai
para o céu. Assinale a alternativa que expressa esse motivo.
a) O Parvo era um homem condenado, porém, o Anjo, por ter sofri-
do uma ameaça por parte de Joane, achou que deveria levá-lo.
b) O Anjo considerou que Joane poderia seguir para a barca
do céu, contanto que parasse de cometer pecados dali em
diante.
c) O Anjo reconhece que, se Joane, o Parvo – que significa
"tolo" –, cometeu um erro na vida, não foi deliberadamente,
uma vez que não tinha consciência de seus atos.
d) O Parvo imaginava de antemão que não seria salvo, por isso o
Anjo precisaria insistir para convencê-lo a entrar na barca do céu.
e) A barca do céu ainda estava vazia, e o Anjo, com receio de que
não levasse ninguém para o céu, deixou Joane entrar nela.

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23 Leia os textos a seguir:

O movimento renascentista, iniciado no século XV, na Itália,


recuperou os ideais clássicos e conciliou-os com a tradição cristã.
Desenvolveu-se o espírito crítico e surgiram múltiplas iniciativas e
experiências que deram grande impulso ao panorama cultural.
Estudaram-se, na arte, os modelos clássicos, graças em boa parte
à recuperação do tratado de Vitrúvio, que tinha espírito científico, e
buscou-se uma beleza perfeita, baseada na harmonia, na razão e
na perspectiva, ideias que, esquecidas na Idade Média, encontraram
seu primeiro grande expoente em Leonardo da Vinci. Transformou-
se nos principais centros do Classicismo a Florença do século XV, com
os arquitetos Filippo Brunelleschi e Leone Battista Alberti e o escultor 24 Leia o seguinte trecho:
Donatello, assim como Roma no século XVI, com Michelangelo, o
arquiteto Donato Bramante e o pintor Rafael. Não mais, Musa, não mais, que a Lira tenho
Disponível em: <http://emdiv.com.br/pt/arte/enciclopediadaarte/894-
Destemperada e a voz enrouquecida,
classicismo-renascimento-e-neoclassicismo.html>. Acesso em: 3 jan. 2013.
E não do canto, mas de ver que venho
A época do Classicismo [português] principia em 1527, quando Cantar a gente surda e endurecida.
Sá de Miranda, regressando da Itália, entra a divulgar em Portugal O favor com que mais se acende o engenho
os novos ideais estéticos; e termina em 1580, quando falece Camões Não no dá a pátria, não, que está metida
e Portugal passa para o domínio da Espanha. Constituindo a face- No gosto da cobiça e na rudeza
ta estética da Renascença, o movimento clássico, assim chamado Duma austera, apagada e vil tristeza
porque objetivava a imitação dos antigos gregos e latinos, deu mar- Luís Vaz de Camões. Canto X. Os Lusíadas.

gem ao cultivo da poesia, da historiografia, da literatura de viagens,


da novelística, do teatro clássico e da prosa doutrinária. A grande Camões escreveu o longo poema épico Os Lusíadas, em que faz
figura do tempo é Luís Vaz de Camões. uma exaltação às glórias do povo português durante a expansão
Massaud Moisés. A literatura portuguesa através dos textos. Cultrix, 2004. ultramarina. No entanto, nessa estrofe do último canto de sua
obra, é possível depreender que ele:
Segundo os textos, o Classicismo foi um período de resgate de a) está cansado e decepcionado por tanto falar das glórias dos
valores, com os artistas de todas as modalidades buscando inspi- portugueses e observar, agora, a ambição do povo.
ração nas civilizações grega e romana, de maneira a tentar recu- b) vê com euforia o futuro do país, acreditando que se tornará,
perar seus ideais artísticos. Esse resgate se deu principalmente: enfim, a maior de todas as nações.
a) no uso dos versos decassílabos e no investimento em figuras c) não ouve mais as musas que antes o inspiraram, por isso,
de linguagem paradoxais. falta-lhe criatividade para acabar o poema.
b) no tratamento do texto e da pintura não mais como objetos d) percebe que sua lira está desafinada, o que vai impedi-lo de
artísticos, mas como um meio de protesto contra a decadência cantar os feitos portugueses como antes.
da arte. e) se dá conta de que sua voz sumiu depois de muito contar
c) na percepção de que o homem era muito pequeno perante histórias e precisa parar para descansar.
o mundo e deveria olhar mais para o divino.
d) na questão do equilíbrio estético, eliminando os exageros e
prezando pela representação racional.
e) nos temas mais voltados para o cotidiano da população,
como as Grandes Navegações.

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25 Leia o texto a seguir: »»HISTÓRIA
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, 26 Leia o texto a seguir:
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança, [...] sagrado, o rei conserva de fato, aos olhos de todos, preemi-
Tomando sempre novas qualidades. nência de caráter sobrenatural; todo um conjunto de lendas, que
formaram e propagaram nesta época cinge o ungido do Senhor
Continuamente vemos novidades, de miraculosa auréola: o óleo que se lhe aplica na sagração vem
Diferentes em tudo da esperança; diretamente do céu; o rei pode, pela simples imposição das mãos,
Do mal ficam as mágoas na lembrança, curar certas doenças; em todo caso, sendo em parte sacerdote,
E do bem, se algum houve, as saudades. elevado muito acima dos outros homens, ninguém pode levantar
a mão contra ele, que é a encarnação da ordem divina. Mas se o
O tempo cobre o chão de verde manto, mundo feudal alimenta tão alta ideia da unção real, os soberanos
Que já coberto foi de neve fria, encontram-se de fato despojados de poder efetivo.
Maurice Crouzet. A Idade Média: o período da Europa feudal, do Islã turco
E em mim converte em choro o doce canto.
e da Ásia mongólica (séculos XI-XIII). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

E, afora este mudar-se cada dia, No trecho citado, com relação ao período medieval, o autor atesta:
Outra mudança faz de mor espanto: a) o poder do soberano sobre o sagrado, representado como
Que não se muda já como soía¹. um senhor cujas vontades e destino são colocados acima do
Luís Vaz de Camões. divino.
Glossário
¹Soía: costumava acontecer. b) o poder real representado pela imposição divina, que escolhe
o predestinado ao trono, conferindo-lhe poderes sobre o rei-
O maneirismo pode ser considerado um movimento pré-Bar- no e todos os súditos.
roco, pois não conserva mais todas as características do estilo c) o poder da Igreja, representado pelo papa, o qual, visto como
clássico. Nesse poema de Camões, por exemplo, não há mais instrumento do poder de Deus, materializa a vontade divina
interesse no equilíbrio das coisas no mundo, mas sim: sobre os reis e seus súditos.
a) no desconcerto do mundo, observando as mudanças não d) o enfraquecimento do poder real durante o feudalismo, pe-
naturais que estão acontecendo ao seu redor. ríodo em que o soberano figura simbolicamente no cenário
b) nas poucas oportunidades que se tem para observar o que político, ainda que lhe sejam atribuídos poderes divinos.
estava acontecendo na natureza. e) o esgotamento do poder religioso e, consequentemente,
c) na contestação da necessidade de viajar, porque ficar parado político do senhor feudal, cuja base do sistema econômico
observando a natureza é mais atrativo para sua poesia. estava no campo, em oposição ao renascimento urbano ve-
d) no caráter estático do mundo que o cerca, criticando a falta rificado na época.
de entusiasmo das pessoas.
e) nas mudanças que observa ao seu redor, concluindo que
tudo está em constante processo de transformação.

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27 Considere os textos a seguir: 28 Leia o texto a seguir:
Texto I
[...] era o desejo das multidões que viam sua salvação na con-
[...] As capitanias, imensos tratos de terras, foram distribuídas centração dos poderes de um homem, encarnação do reino, símbo-
entre fidalgos da pequena nobreza. [...] lo vivo da ordem e da unidade almejadas. Todo mundo queria ver
Francisco Carlos T. da Silva. In: Maria Yedda Linhares (Org.). no rei a imagem de Deus [...].
História geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1990, p. 57.
Maurice Crouzet. Os séculos XVI e XVII: os progressos da
civilização europeia. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.
Texto II
Dilma desapropria terras para reforma agrária O desejo expresso no trecho caracteriza o(a):
em seis estados a) antropocentrismo, segundo o qual o homem é criado à ima-
Disponível em: <www.diariodopoder.com.br/noticias/dilma-desapropria gem e semelhança de Deus, de acordo com o Renascimento.
-terras-em-seis-estados-para-a-reforma-agraria>. Acesso em: 7 jan. 2014.
b) teocentrismo, segundo o qual Deus criou o homem à sua
O trecho e a manchete apresentam uma reflexão acerca da imagem e semelhança, de acordo com uma visão medieval.
questão fundiária no Brasil em dois momentos: no passado colo- c) parlamentarismo, em que a administração do reino está nas
nial e atualmente. A leitura de ambos os textos demonstra que: mãos do ministério, sendo o poder real já bastante limitado
a) as políticas fundiárias do Brasil privilegiaram a produção agrí- na Idade Moderna.
cola embasando-se no latifúndio monocultor destinado ao d) Absolutismo, em que a Monarquia está centralizada na força
mercado interno. de um governante soberano de atribuições divinas.
b) com o passar do tempo, a questão da terra perdeu importân- e) Monarquia, em que o poder real é centralizado no rei, escolhi-
cia, a industrialização diversificou a produção e a exportação do por desígnios divinos do parlamento, de funções religio-
e o PIB cresceram na mesma medida. sas e administrativas.
c) por ainda se privilegiar a estrutura fundiária estabelecida no
passado, o acesso ao campo de forma democratizada tem-se
tornado cada vez mais necessário.
d) a modernização do campo na atualidade e o apoio político e
econômico aos pequenos e grandes proprietários permitem
que eles compitam com igualdade no mercado.
e) a desapropriação de terras era uma forma de o governo fi-
nanciar a reforma agrária iniciada no passado colonial com
uma estrutura diferente, privilegiando o pequeno produtor.

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29 Leia o fragmento a seguir: 30 Leia o texto a seguir:

Era uma exploração rudimentar que não deixou traços apre- As populações neolíticas exerciam melhor controle sobre seu
ciáveis, a não ser na destruição impiedosa e em larga escala das meio ambiente que qualquer de suas predecessoras. Tinha menos
florestas nativas donde se extraía a preciosa madeira. probabilidade de perecer devido a uma mudança nas condições
Caio Prado J. História econômica do Brasil. 31 ed. climáticas ou porque viesse a escassear parte de seus recursos ali-
São Paulo: Brasiliense, 1985.
mentares.
No texto, comentam-se as consequências da intensa exploração Edwar McNall Burns; Robert Lerner; Standish Meacham.
História da civilização oriental. São Paulo: Globo, 1993.
dos recursos das florestas. Considerando a necessidade mer-
cantilista de Portugal e a forma como se dava a exploração de Segundo o texto, as populações que viveram no período conhecido
alguns produtos, pode-se dizer que a extração do pau-brasil em como Neolítico se destacaram das que as precederam quanto
feitorias mercantis refletia: à sobrevivência. O número de mortes causadas por falta de ali-
a) o resultado das negociações com os nativos pelo trabalho mento diminuiu durante o Neolítico, pois:
compulsório na América portuguesa. a) a evolução cultural proporcionou a criação de armas de
b) a necessidade de preparar o litoral contra os ataques de metal, o que permitiu aprimorar a caça.
holandeses e espanhóis. b) o homem deixou de ser coletor para ser, por meio da agricul-
c) a crise política em Portugal devido ao resultado frustrado na tura, produtor de alimentos.
busca por metais preciosos no Brasil. c) a observação da natureza pelo homem permitiu que ele co-
d) a falta de organização financeira de Portugal em empreender nhecesse melhor as estações do ano para coletar alimentos.
uma real ocupação do território. d) o homem aprimorou as relações sociais como forma de pro-
e) a solução encontrada pelos portugueses para obter lucro teção e sobrevivência do grupo.
com a nova terra, sem, no entanto, povoá-la. e) o homem percebeu que a organização social protegia o gru-
po e a comida de ataques de adversários.

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31 Leia o texto a seguir:

As expansões marítimas eram caras e nenhum comerciante rico


era capaz de se embrenhar pelos mares sem recursos do rei. A figura
do monarca era essencial para este empreendimento, pois ele con-
seguia captar recursos públicos de toda a nação para investir em
embarcações mais resistentes. Foram criadas as primeiras bússolas
e astrolábios para que os embarcadores pudessem se orientar. Um
importante avanço foi o surgimento da primeira caravela, que tor-
nava possíveis longas viagens marítimas.
Disponível em: <www.infoescola.com/historia/
expansao-maritima>. Acesso em: 3 jan. 2014.

A expansão marítima trouxe diversos benefícios à sociedade,


principalmente aos comerciantes, que negociavam as mercado-
rias e, assim, obtinham lucro. Nesse sentido, é(são) considerado(s)
fator(es) importante(s) para as expansões marítimas:
a) a pressão da burguesia contra a crise feudal, pois a Monar-
quia pouco apoiava empreendimentos comerciais que esti-
vessem fora do continente, temendo prejuízos e ameaças a
seu poder.
b) a política mercantilista, marcada principalmente pelo comér-
cio de ouro e metais preciosos, mas que, no entanto, não
seria apoiada pela Monarquia sem a prévia negociação dos
lucros com a burguesia mercantil.
c) o prejuízo causado pelas Cruzadas, que usufruíram dos in-
vestimentos da burguesia mercantil e acabaram por levar ao
colapso o comércio com os árabes.
d) a crise econômica decorrente do esgotamento do modo de
produção feudal e a busca por uma rota segura para o for-
necimento permanente de mercadorias e metais preciosos.
e) a necessidade da retomada das rotas de comércio e a busca
por mercados consumidores e mão de obra, devido à peste
negra, que matara cerca de 25 milhões de pessoas em toda
a Europa.

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32 Leia o texto a seguir: 33 O feudalismo foi um período marcado por relações de su-
jeição e obediência entre alguns indivíduos da sociedade. Leia o
Quando o espanhol Rodrigo de Triana, marinheiro a bordo da trecho a seguir:
caravela Pinta, avistou as Bahamas às duas horas da manhã do dia
O primeiro dever do bom vassalo, naturalmente, é saber morrer
12 de outubro de 1492, estava dando início àquela que provavel-
pelo seu chefe, com a espada na mão: sorte digna de inveja entre
mente foi a maior transformação já ocorrida no globo. [...]
todas, pois é a de um mártir e abre as portas do paraíso.
Disponível em: <www.revistadehistoria.com.br/secao/
capa/homem-a-vista>. Acesso em: 7 jan. 2014. Marc Bloch. A sociedade feudal. Lisboa: Edições 70, 2009.

Pioneiros na expansão marítima, portugueses e espanhóis, fi- A respeito dessa relação de vassalagem, que compreende as re-
nanciados, muitas vezes, pela Coroa ou mesmo pela iniciativa pri- lações políticas, jurídicas e sociais da nobreza feudal, é correto
vada, disputaram e dividiram o mundo em esferas de influência afirmar que:
sob a benção da Igreja. Acerca das grandes navegações nessa a) o vassalo mostrava-se submisso e fiel ao senhor que o protegia.
época, é correto afirmar que: b) o laço de vassalagem era aceito com tempo determinado
a) Portugal e Espanha dividiram o monopólio sobre a navega- para seu fim.
ção no Atlântico, encontrando de imediato metais preciosos c) ela implicava fidelidade jurídica ao rei.
em abundância no novo continente. d) a relação senhor e vassalo era etnicamente definida como
b) a incorporação das novas regiões teve não só importância germânica.
política e econômica, mas, principalmente, estratégica, am- e) ela definia o vassalo juridicamente como um escravo do senhor.
pliando a esfera de influência europeia sobre o Novo Mundo.
c) a burguesia ampliou o comércio ao considerar o Atlântico
como rota obrigatória, tendo, no Brasil, um mercado consu-
midor de produtos europeus e especiarias necessárias aos
nativos.
d) a incorporação e a exploração do nativo americano como
mão de obra escrava permitiu ao europeu maior defesa do
território contra a invasão de franceses e holandeses.
e) a busca por metais preciosos revelou outras possibilidades de
comércio que interessavam tanto aos nativos da nova terra
quanto aos europeus exploradores.

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34 Leia o fragmento a seguir: 35 Observe a imagem a seguir:

O senhor deve em todas as coisas pagar na mesma moeda ao


seu fiel e, se não o fizer, será tachado de má-fé. [...]
Maurice Crouzet. História geral das civilizações. Idade Média:
o período da Europa feudal, do Islã e da Ásia mongólica.
Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994. (Adapt.).
Na frase citada por Crouzet, ele observa que a sociedade feudal
era mantida graças a uma relação de reciprocidade, em que as ca-
madas sociais se harmonizavam em funções específicas. A respei-
to dessa organização na sociedade feudal, é correto afirmar que:
a) o clero era dividido em alto e baixo e era protegido pelos no-
bres cavaleiros, que também lutavam nas Cruzadas e repre-
sentavam a santidade do combate.
b) a união e a estabilidade do feudo dependiam do rei, o exérci-
to de cavaleiros era formado pelos nobres, e os trabalhadores A imagem representa a prática esportiva na Antiguidade, muito
eram representados pelos camponeses e artesãos. comum entre os povos gregos. Em Esparta, por exemplo, a educa-
c) os cavaleiros organizavam-se para manter a paz, cuidando de ção de meninas e meninos da aristocracia era diferente em vários
ajustes políticos, e os trabalhadores, base da sociedade, for- pontos, inclusive quanto à educação esportiva. O esporte era es-
neciam alimentos pela proteção. pecialmente importante para os meninos, que eram submetidos
d) os trabalhadores, em períodos de guerra, lutavam como ca- a duros treinamentos desde cedo. Essa ação justificava-se pela:
valeiros para proteger o rei e o senhor feudal; havia o feudo e a) defesa da propriedade familiar, sempre ameaçada pelos hilotas.
a camada religiosa, que era subdividida em alto e baixo clero, b) busca de novos mercados e pela manutenção da ordem
conforme a tradição católica. aristocrática.
e) o clero era os que rezavam, os cavaleiros tinham a função de c) manutenção da ordem aristocrática, baseada na rigidez das
proteger a sociedade, e os trabalhadores, com o fruto do tra- leis e sustentada pelo militarismo da sociedade espartana.
balho, contribuíam para a sobrevivência dos demais. d) intenção de demonstrar aos agricultores a manutenção dos
direitos políticos dos espartíatas e hilotas.
e) liberdade política contra o poder centralizado da aristocracia
ateniense, que pretendia conquistar Esparta.

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»»INGLÊS
Texto para as questões de 36 a 38

37 No texto, a sequência “but the paintings then vanished”


significa que as pinturas:
Nazi stolen art found in Germany a) irão desaparecer. d) serão encontradas.
A collection of 1,500 works of art by famous painters such as b) já desaparecem. e) foram encontradas.
Picasso, Matisse and Chagall has been found in the city of Munich, c) desapareceram.
according to German media. The value of the works is thought to
be $1.35bn.
The collection of works the Nazis stole from Jews was
consigned to a dealer to be sold before the war. But the paintings
then vanished; presumed destroyed. The works consist of what
the Nazis deemed “degenerate art”, that is, modern art. It now
transpires that two years ago the authorities discovered this
amazing and priceless collection in darkened rooms at the home
of a reclusive relative of the pre-war dealer. 38 Ao contrário da mídia alemã, que divulgou textos salientan-
It seems the relative had been selling paintings occasionally when do a importância das obras de arte encontradas, os nazistas, de
he needed money. One work by the German expressionist Max acordo com o texto:
Beckmann was sold two years ago for more than three-quarters of a a) consideravam as obras que haviam sido tomadas dos judeus
million Euros ($1m). The authorities have kept quiet, partly because moralmente inaceitáveis.
ownership would be disputed. A mountain of litigation is no doubt on b) aceitaram as obras como pagamento da dívida contraída pe-
the way. los judeus durante a guerra.
Disponível em: <www.bbc.co.uk/worldservice/learningenglish/language/ c) acabaram por destruir as famosas obras de arte, pois não dis-
wordsinthenews/2013/11/131104_witn_nazi_art.shtml>.
Acesso em: 7 nov. 2013. punham de conhecimentos artísticos.
d) deixaram as obras com negociadores de arte para que as va-
36 De acordo com o texto: lorizassem durante a guerra.
a) a coleção de 1.500 obras de arte encontrada na Europa soma e) consideravam as pinturas importantes para a humanidade,
o valor de um milhão de dólares. doando-as a um museu alemão.
b) os herdeiros dos artistas pretendem iniciar um processo na
justiça para reaver as obras de arte.
c) as autoridades responsabilizam os nazistas pela destruição
das pinturas após a Segunda Guerra.
d) o familiar que vendia as pinturas para sanar problemas finan-
ceiros foi preso na cidade de Munique.
e) a coleção encontrada na Alemanha tem valor inestimável e
pode levar a um processo na justiça.

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39 A matéria publicada na revista digital The Economist trata da
Brazilian Portuguese is the best language busca pelo aprendizado de uma língua estrangeira. Acerca do
aprendizado do português brasileiro por falantes da língua in-
If you want a decent return on your investment, says Helen
Joyce, the best language to learn is Brazilian Portuguese... glesa, o texto afirma que:
a) apostar no português é a única escolha racional, já que ele
apresenta alfabeto e gramática similares ao inglês; as atuais
perspectivas econômicas do Brasil são favoráveis, sendo uma
oportunidade de o aprendiz se destacar.
b) investir no aprendizado do português é uma atitude insana,
pois a gramática portuguesa é diferente da inglesa; além dis-
so, o país apresenta um ambiente hostil e está passando por
problemas graves no seu sistema bancário.
c) apostar no português apresenta desvantagens em relação ao
francês, ao italiano e ao espanhol, pois estas apresentam facili-
dade na utilização das declinações, além de serem faladas por
metade da população do mundo.
d) investir no português pode ser um alto risco, já que a popu-
Some lunatics learn languages for fun. The rest of us are looking lação do país tende a mentir desavergonhadamente; o clima
for a decent return on our investment. That means choosing a é desfavorável, e a pronúncia só pode ser compreendida em
language with plenty of native speakers. One spoken by people algumas partes da África e de Portugal.
worth talking to, in a place worth visiting. One with close relatives, so e) aprender português pode ser um investimento prazeroso, já
you have a head start with your third language. One not so distant que o país é abundante em belezas naturais; o sistema ban-
from English that you give up. cário do país é muito forte, e 190 milhões de brasileiros falam
There really is only one rational choice: Brazilian Portuguese. o inglês fluentemente.
Brazil is big (190m residents; half a continent). Its economic
prospects are bright. São Paulo is Latin America’s business capital.
No other country has flora and fauna more varied and beautiful.
It is home to the world’s largest standing forest, the Amazon. The
weather is great and so are the beaches. The people are friendly, and
shameless white liars¹. You’ll be told “Your Portuguese is wonderful!”
many times before it is true.
You won’t need a new alphabet or much new grammar, though
you may find the language addicted to declensions and unduly
fond of the subjunctive. You’ll learn hundreds of words without effort
(azul means blue, verde means green) and be able to guess entire
sentences (O sistema bancário é muito forte: the banking system is
very strong). With new pronunciation and a few new words you’ll
get around in Portugal and parts of Africa. If you speak Spanish,
French or Italian, you’ll find half the work is already done – and if
not, why not try? With Portuguese under your belt you’ll fly along.
Best of all, you’ll stand out. Only about 10m Brazilians have
reasonable English, and far more Anglophones speak French
or Spanish than Portuguese, of any flavor. I did not choose this
language; it was thrust on me by the offer of a job in São Paulo. But
when I think of my sons, now ten and five, one day being able to
write “fluent Brazilian Portuguese” on their CVs, I feel a little smug.
Disponível em: <www.economist.com>. Acesso em: 7 nov. 2013.

Vocabulary:
¹White lie: a lie with good intentions.

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40 No texto, a autora discorre sobre a necessidade de aprender »»GEOGRAFIA
uma nova língua, utilizando humor para descrever o desafio
que isso pode representar, como no trecho: “Some lunatics learn 41 Observe o mapa a seguir:
languages for fun. The rest of us are looking for a decent return on
our investment”. Com base nessa sentença, pode-se inferir que:
RR
a) a maioria da população aprende línguas por diversão, en- AP
quanto alguns usam isso como um meio de reaver seus in- Fernando de
Noronha
vestimentos financeiros. AM PA MA CE RN
b) algumas pessoas aprendem línguas apenas por diversão, en- PI PB
AC PE
quanto a maioria vê o aprendizado de uma nova língua como RO TO AL
SE
MT BA
forma de investimento.
DF
c) as pessoas excêntricas se divertem ao aprender línguas estran- Brasília
GO MG
geiras, pois, ao mesmo tempo, obtêm retorno de seus inves- ES
MS
timentos financeiros. SP
RJ
d) boa parte da população enlouquece ao se deparar com o PR

aprendizado de uma língua estrangeira, enquanto a maioria SC N

RS O L
se diverte com isso.
S

e) a maioria dos que têm facilidade para aprender uma nova


língua são lunáticos e se valem disso para obter retorno de
seus investimentos financeiros. Considerando os limites territoriais dos estados brasileiros, é
correto afirmar que o mapa em questão apresenta:
a) as áreas do território nacional que adotam ou não o horário
de verão, o que varia de acordo com a longitude.
b) o atual arranjo dos fusos horários do Brasil, que somam uma
hora a cada 15º de longitude, no sentido oeste, em relação ao
horário do meridiano de Greenwich.
c) o antigo arranjo dos fusos horários do Brasil, quando o Acre
e todo o território do Amazonas pertenciam ao mesmo fuso.
d) os fusos horários do Brasil, construídos com base nos meri-
dianos múltiplos de 15º e adaptados às divisões políticas do
país.
e) o sistema teórico de fusos horários adotados no Brasil, que é
apenas uma sugestão do Governo Federal para os estados.

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42 Analise o fragmento de carta topográfica a seguir: 43 Considere o mapa a seguir, que apresenta o território brasileiro:

Fonte: <http://dreamstime.com>. (Adapt.). Fonte: <www.brcactaceae.org/geologia.html>.


Acesso em: 20 jan. 2014. (Adapt.).

A análise das curvas de nível do mapa permite concluir que o As áreas escuras, em destaque no mapa, representam:
ponto B está localizado: a) formações geologicamente recentes, resultantes do acúmulo
a) em uma área mais baixa que o ponto A. de sedimentos durante o quaternário.
b) em um terreno ideal para a agricultura. b) formações geologicamente antigas, resultantes de solidifica-
c) em um terreno mais íngreme que o ponto A. ções de magma e processos de orogenia.
d) mais ao norte do que o ponto A. c) áreas de planaltos formados, na era quaternária, por atividade
e) em um terreno ideal para urbanização. vulcânica e posteriormente aplainados.
d) bacias sedimentares formadas durante o processo de separa-
ção entre a África e a América do Sul.
e) áreas de planícies formadas pela sedimentação recente, pro-
veniente da epirogênese da placa Sul-americana.

Ciclo 2 – 3º EM e PV 2014 Página 23 de 49


44 A sequência de imagens a seguir representa um problema 45 Observe o gráfico a seguir, que apresenta dados acerca do
comum em regiões periféricas do Sudeste brasileiro, especial- setor mineral no Brasil.
mente durante o verão.
BALANÇA COMERCIAL MINERAL
SALDO DA BALANÇA MINERAL BRASILEIRA 2012 = US$ 29.550

50.000

49,710

38.418
45.000

38,689
35.360
40.000

29.550
35.000

27.603
30.000

US$ milhões

22.841
25.000

18.096
15.196
20.000

13.112

12.599

11.292
11.030

10.011
Assinale a alternativa que aponta as causas desse problema e a 15.000

9.729

9.139
7.757
6.540
10.000

5.185

5.497
4.490
maneira como ele ocorre.
5.000
a) O desmatamento altera a composição do solo, tornando-o 0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
mais arenoso e frágil, o que leva ao deslizamento.
Exportações Importações Saldo
b) As árvores tornam o solo muito fragmentado, devido a suas
Fonte: Ibram, 2012. (Adapt.).
raízes profundas, o que prejudica a construção de casas e
provoca o deslizamento. Considerando os dados expostos no gráfico e os conhecimentos
c) A construção em áreas muito inclinadas diminui a velocidade sobre o setor mineral no Brasil, analise as afirmativas a seguir:
de escoamento da água, o que leva ao deslizamento de terra. I. O cobre é um dos principais minérios que contribuem para
d) A retirada da cobertura vegetal altera a relação entre escoa- as importações brasileiras.
mento e infiltração da água, o que leva ao deslizamento. II. O minério de ferro, o ouro e o nióbio estão entre os principais
e) O desmatamento diminui a porosidade do solo, o que impe- produtos minerais brasileiros de exportação.
de a infiltração da água das chuvas e permite seu acúmulo, III. O intenso aumento das exportações, verificado entre 2006
provocando o deslizamento. e 2011, está diretamente ligado à retomada econômica dos
Estados Unidos e da União Europeia no período.
IV. A condição de superávit da balança comercial de minérios se
deve à grande disponibilidade natural desse tipo de matéria-
-prima e à sua subutilização no Brasil, fato frequentemente
criticado pelos defensores da indústria nacional.

Estão corretas apenas:


a) I e III. d) I, II e III.
b) II e III. e) I, II e IV.
c) III e IV.

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Texto para as questões 46 e 47

São Paulo perdeu participação no PIB industrial em 2011

A indústria continua bastante concentrada no país, segundo


dados do PIB dos municípios. Em 2011, apenas 12 municípios con-
centravam cerca de 25% do valor adicionado bruto da indústria
brasileira. Naquele mesmo ano, metade da renda do setor industrial
foi gerada por somente 68 dos 5.565 municípios existentes no país.
Em 2011, a indústria perdeu participação no PIB brasileiro,
puxada pelos maus resultados da indústria de transformação. No
entanto, a indústria extrativa teve crescimento. Como resultado, os
municípios que tinham suas economias vinculadas às commodities
minerais tiveram um ganho de participação maior que o de regiões 47 No texto apresentado, destaca-se uma tendência atual da
com indústria diversificada. estrutura industrial brasileira. Nesse sentido, assinale a alternati-
São Paulo manteve-se como principal polo industrial do país, va que identifica e explica corretamente essa tendência.
com participação de 7,9% no valor adicionado bruto da indústria. a) Crescente concentração espacial da indústria devido ao es-
Entretanto, o município vinha de uma fatia de 8,2% em 2010, o tímulo governamental advindo das obras do PAC, que tam-
equivalente a uma perda de 0,3 ponto porcentual. Também perderam bém se concentram nas áreas mais desenvolvidas.
participação os municípios de Manaus, de 2,2% em 2010 para 2,0%; b) Desindustrialização quase total das áreas industriais tradicio-
Betim, de 1,4% para 1,2%, e Duque de Caxias, de 0,9% para 0,8%, entre nais, que trocaram a produção fabril por atividades turísticas
outros. [...] e comerciais.
O Estado de S. Paulo, 17 dez. 2013. Disponível em: <http://economia. c) Ganho de importância das indústrias de mineração em rela-
estadao.com.br/noticias/economia-geral,sao-paulo-perdeu-participacao-
no-pib-industrial-em-2011,173178,0.htm>. Acesso em: 20 jan. 2014. ção às de transformação, devido à forma como vem ocorren-
do o comércio com a China e outros emergentes.
46 Considere as seguintes afirmativas acerca da distribuição d) Desenvolvimento da indústria de commodities, devido ao
espacial da indústria no território brasileiro. apoio governamental à agricultura camponesa como produ-
I. A concentração espacial da indústria se deu até a década tora de matéria-prima para a indústria.
de 1970, antes dos planos federais de desconcentração. Tais e) Perda de importância da indústria de transformação graças
planos, no entanto, levaram à intensa desindustrialização dos ao apoio governamental às indústrias de bens de consumo
centros industriais tradicionais, que não estão mais entre os duráveis por meio da isenção de impostos.
principais do país.
II. Apesar de São Paulo continuar sendo o mais importante cen-
tro industrial do país, a cidade sofreu, nas últimas duas déca-
das, um processo de desindustrialização, diretamente ligado
aos altos custos da atividade fabril.
III. A guerra fiscal é um dos processos que têm contribuído para
o surgimento e desenvolvimento de novos centros industriais,
pois consiste na criação de infraestruturas de transporte e
energia para o recebimento de novas plantas industriais.
IV. O crescimento da indústria extrativista em relação à de trans-
formação também altera a distribuição espacial da produção
da riqueza industrial, principalmente pelo fato de que a in-
dústria extrativista tem de se localizar próximo às jazidas.

Estão corretas apenas:


a) I e II. d) II e IV.
b) I e III. e) III e IV.
c) II e III.

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48 Leia o trecho a seguir: 49 A organização da indústria capitalista, desde o seu surgi-
mento, no século XVIII, tem passado por mudanças e aprimo-
Com a emergência de gigantescas redes sociais virtuais, como o ramentos. Nos últimos cem anos, particularmente, viu-se o
Facebook, a internet configura a sua utopia máxima: todos somos desenvolvimento da indústria de massa e sua passagem para a
iguais. E, se somos todos iguais, não precisamos mais de eleições, produção enxuta, chamada também de produção flexível. Com
pois não precisamos ser representados. Todos nos representamos no relação a esses processos de mudança organizacional, pode-se
espaço democrático da internet. afirmar que:
O raciocínio é tentador, mas, para o filósofo espanhol Jesús a) o fordismo, que visava produzir e vender em massa, consoli-
Martín-Barbero, é mentiroso e temerário. “Nunca fomos nem seremos dou a linha de montagem.
iguais”, ele diz, e na vida cotidiana continuaremos dependendo de b) o taylorismo, com foco na produção enxuta, implementou o
mediações para dar conta da complexidade do mundo, seja a me- padrão just-in-time.
diação de partidos políticos ou a de associações de cidadãos. […] c) o keynesianismo, objetivando a conquista de amplos merca-
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ dos, aderiu à padronização.
ult124u613875.shtml>. Acesso em: 21 jan. 2014.
d) o toyotismo, organizador da divisão do trabalho, especializou
Considerando a estrutura do meio técnico-científico-informa- as ações dos operários.
cional, que é a base do processo de globalização, pode-se inferir e) a flexibilização, com foco na criação de estoques, implemen-
que a opinião do autor: tou a terceirização.
a) não condiz com a realidade desse meio, visto que, nele, real-
mente somos iguais, pois todos são usuários em um sistema
horizontal de relações informacionais.
b) reflete a realidade atual, visto que, nesse meio, o poder está
hierarquizado segundo o desigual domínio sobre a tecnolo-
gia e a informação.
c) não se relaciona com esse novo meio, uma vez que este se
refere apenas a questões técnicas, não estabelecendo ne-
nhuma relação com a política e o poder.
d) contradiz a visão desse novo meio, porque não dá importân-
cia às tecnologias como ferramentas de libertação dos cida-
dãos.
e) está de acordo com a visão desse novo meio, porque apoia a
ideia de que é por meio dele que o ser humano se libertará
de todas as hierarquias e estruturas sociais.

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50 A industrialização brasileira costuma ser entendida como »»BIOLOGIA
uma forma de desenvolvimento econômico tardio, próprio dos
países semiperiféricos em meados do século XX. Essa condição 51 A história do desenvolvimento da biologia celular teve a
é marcada por características que diferenciam nosso processo participação de pesquisadores de diferentes nacionalidades
de industrialização daquele ocorrido nos países centrais. Nesse e pertencentes a diferentes correntes filosóficas. Um deles foi
contexto, destaca-se a: Robert Brown, botânico escocês que, na primeira metade do
a) maior presença do capital privado nacional como motor do século XIX, estabeleceu que todas as células tinham núcleo.
processo de industrialização. Com relação à descoberta de Brown, ele estava:
b) ausência do Estado como agente organizador e promotor do a) correto, pois o núcleo controla as atividades em todas as cé-
desenvolvimento industrial. lulas que existem.
c) ausência da iniciativa privada internacional no setor de bens b) correto, uma vez que as proteínas nucleares comandam o
de consumo duráveis. metabolismo celular.
d) produção voltada ao mercado interno, em um sistema de c) enganado, pois o núcleo está presente somente em células
substituição de importações. animais e vegetais.
e) ausência de indústrias de base, o que levou à necessidade de d) enganado, pois o núcleo é uma estrutura presente apenas
importar aço e outras matérias-primas. em células eucariontes.
e) enganado, uma vez que o núcleo é encontrado apenas em
células procariontes.

Ciclo 2 – 3º EM e PV 2014 Página 27 de 49


52 Observe a figura a seguir, que representa uma etapa da 53 Sabe-se que a duração das fases do ciclo celular varia em
divisão celular mitótica de uma célula diploide. função do tipo de tecido analisado. A figura a seguir representa
a duração dessas fases em células do tecido ósseo em formação.

8 horas

Prófase
G2 (+
– 1 hora)
2,5 – 3 horas +
Interfase Mitose M Metáfase
(< 1 hora)

Anáfase
25 horas (< 1/2 hora)

G1 Telófase
(minutos)

Com relação à figura representada, pode-se afirmar que:


J. Carneiro; L.C. Junqueira. Histologia básica.
a) se trata de uma célula 2n = 12, pois observa-se a presença de Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
12 cromátides.
b) a célula está em metáfase, sendo a fase seguinte da divisão Com relação às principais ocorrências em cada umas dessas fa-
a telófase. ses, incluindo a divisão celular, não se pode afirmar que:
c) cada célula formada por essa divisão terá três cromossomos a) a célula apresenta alta atividade metabólica no período G1.
duplicados. b) ao final da divisão, ocorre a citocinese, que, no caso da figura,
d) a célula-mãe é 2n = 6, sendo que as células-filhas apresenta- é centrípeta.
rão essa mesma ploidia. c) ocorre fragmentação da carioteca e duplicação do DNA no
e) as células geradas por essa divisão terão o dobro da quanti- período S.
dade de DNA da célula-mãe. d) os cromossomos estão em sua forma duplicada na metáfase.
e) formação das fibras do fuso ao longo da prófase.

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54 Leia o seguinte texto acerca da organização interior de uma 55 Cerca de 78% do ar atmosférico é constituído por nitrogê-
colmeia e da relação entre seus indivíduos. nio em forma gasosa, N2; apesar disso, a maioria dos seres vivos
não consegue aproveitá-lo. Por esse motivo, a fixação do nitro-
As colmeias normalmente estão divididas em castas, ou seja, gênio é fundamental para que os seres vivos possam utilizá-lo
em categorias, onde cada ser está devidamente adaptado para em seu metabolismo.
exercer sua função. Genericamente, as colmeias estão divididas em Analise as seguintes afirmativas sobre a fixação biológica do
três castas: a casta fêmea da Rainha; a casta fêmea das Operárias nitrogênio:
e a casta dos machos – os Zangões. As castas da Rainha e dos Zan- I. Microrganismos fixadores de nitrogênio são encontrados
gões têm funções restritas praticamente ao processo de reprodução, exclusivamente associados às raízes de plantas leguminosas.
enquanto a casta das operárias tem várias funções, como proteção II. A decomposição realizada por fungos e bactérias libera amô-
da colmeia, coleta de pólen e néctar, produção de mel e cera, entre nia, que faz parte do ciclo do nitrogênio.
outras. [...] III. As bactérias desnitrificantes são fundamentais ao ciclo do
Disponível em: <www.algosobre.com.br/biologia/relacoes- nitrogênio, pois convertem amônia presente no solo em N2
harmonicas-intraespecificas.html>. Acesso em: 20 dez. 2013.
atmosférico.
As abelhas são conhecidas por sua força de trabalho em con- IV. As bactérias nitrificantes que participam do ciclo do nitrogê-
junto. A relação ecológica descrita no texto é classificada como: nio são exemplos de microrganismos quimiossintetizantes.
a) colônia.
b) sociedade. Estão corretas apenas:
c) competição intraespecífica. a) I e II.
d) mutualismo. b) I e III.
e) protocooperação. c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

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56 A ecologia é o ramo das ciências biológicas que estuda, 57 Leia o texto a seguir:
dentre outros assuntos, a dinâmica de ecossistemas, ou seja, as
relações existentes entre os seres vivos e o ambiente que habi- Em dezembro de 1979, no interior do Estado do Pará, um va-
tam. Nesse sentido, em um ecossistema, os fluxos de matéria e queiro de uma fazenda encontrou a primeira pepita de ouro. Como
energia são: a cidade era pequena, a notícia logo se espalhou. O impacto dessa
a) unidirecional e cíclico, respectivamente, sendo que os de- descoberta provocou uma verdadeira revolução na região e ocor-
compositores participam apenas do fluxo de matéria. reu uma nova corrida pelo ouro, que gerou no Brasil o que foi con-
b) cíclico e unidirecional, respectivamente, sendo que os de- siderado o maior garimpo a céu aberto do mundo. Entre fevereiro e
compositores podem participar de ambos os fluxos. março de 1980, mais de 60 mil homens chegaram ao local, conhe-
c) cíclicos, e os produtores, juntamente com os decomposito- cido como Serra Pelada, região localizada na Floresta Amazônica,
res, estão ligados a ambos os fluxos. no Estado do Pará, atual município de Curionópolis, e deu-se início
d) unidirecionais, e os produtores estão relacionados exclusiva- à corrida pelo ouro, sem qualquer organização e preocupação com
mente ao fluxo de energia devido à realização da fotossíntese. os riscos à saúde e ao ambiente, movidos apenas pela busca da
e) unicamente cíclicos e têm participação de todos os níveis riqueza.
tróficos das cadeias e teias alimentares. Disponível em: <http://web.ccead.puc-rio.br/condigital/mvsl/
linha%20tempo/Ouro_Serra_Pelada/corrida_ouro.html>. (Adapt.).

Considerando a situação descrita no texto, entre os riscos à


saúde enfrentados pelos homens que chegaram a Serra Pelada
está uma doença endêmica dessa região, caracterizada princi-
palmente por picos periódicos de febre. A doença em questão
denomina-se:
a) mal de Chagas.
b) malária.
c) amebíase.
d) dengue.
e) toxoplasmose.

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58 Ao contrário do que muitos imaginam, os fungos não estão 59 Muitas doenças infecciosas que acometem as populações
ligados apenas a infecções que acometem outros seres vivos; de diversas partes do mundo têm medidas de prevenção de
na realidade, os fungos apresentam também importância eco- fácil aplicação; as doenças parasitárias, como a esquistossomose
nômica, como na fabricação de pães e na farmacologia. Além e a doença de Chagas, são exemplos de parasitoses que causam
disso, têm imensa importância na ecologia, pois estão ligados à infecção. A lista a seguir apresenta uma série de medidas profilá-
decomposição da matéria orgânica nos ecossistemas. As células ticas adotadas na prevenção de doenças parasitárias.
encontradas nos fungos: I. Tratamento de água e esgoto.
a) são dotadas de envoltório nuclear, mitocôndrias e cloroplastos, II. Combate ao mosquito transmissor.
assim como as células vegetais. III. Melhorias nas condições de moradia.
b) não apresentam núcleo nem mitocôndrias, pois são procarióticas, IV. Análise do sangue usado em transfusões.
como a célula bacteriana. V. Higiene pessoal.
c) são dotadas de parede celular, como as células vegetais, mas
com constituição química distinta. Podem ser aplicadas à prevenção da doença de Chagas as me-
d) são dotadas de parede celular basicamente celulósica, assim didas profiláticas:
como a célula vegetal e a célula bacteriana. a) I e III. d) III e IV.
e) não apresentam parede celular, membrana plasmática e b) II e III. e) III e V.
núcleo, sendo semelhantes às bactérias. c) II e IV.

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60 Alguns animais apresentam características que permitem »»QUÍMICA
diferenciá-los dos demais, mesmo que sejam semelhantes a eles
em outros aspectos. Considere as características listadas a seguir, 61 A braquiterapia é uma radioterapia interna utilizada no
referentes a um animal enterozoário. tratamento contra alguns tipos de câncer. Nesse processo, uma
I. Simetria bilateral no adulto. cápsula contendo material radioativo, chamada de “semente”,
II. Tubo digestório completo. é implantada, por meio de um cateter, na área do tumor
III. Segmentação corporal. cancerígeno. Nesses procedimentos, normalmente, usa-se o
IV. Presença de sistema circulatório. isótopo iodo-125; porém, estudos recentes mostraram que o
V. Ausência de notocorda no embrião. uso do isótopo paládio-103 pode diminuir os efeitos colaterais
provocados por esses intensos tratamentos.
O animal em questão pode ser um: Sabendo que o número atômico do paládio é 46 e o do iodo é
a) cnidário ou um anelídeo. 53, o número de nêutrons que os isótopos de paládio e iodo,
b) molusco ou um anelídeo. citados no texto, apresentam são, respectivamente:
c) anelídeo ou um artrópode. a) 103 e 125. d) 82 e 50.
d) artrópode ou um equinodermo. b) 72 e 57. e) 57 e 72.
e) artrópode ou um cordado. c) 50 e 82.

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62 A água destinada ao consumo humano requer alguns 63 A fenilcetonúria é uma enfermidade causada pela ausência
tratamentos e filtrações antes de ser consumida. Para algumas da enzima fenilalanina hidroxilase, que converte a fenilalanina
de suas aplicações, é necessário realizar a retirada de íons em tirosina. O acúmulo da fenilalanina no sangue e em outros te-
contaminantes encontrados na água; para esse tipo de cidos pode ocasionar sérios danos às pessoas, como problemas
tratamento, utilizam-se as resinas de troca iônica. A maioria dos mentais e psicomotores, convulsões, dentre outros. Por essa ra-
filtros de água, por exemplo, contém resinas de troca iônica, isto zão, recomenda-se severamente que os pacientes portadores des-
é, materiais que têm em sua estrutura molecular íons que podem sa enfermidade reduzam ao máximo a ingestão de fenilalanina.
ser trocados por outros íons que estão em solução. Os íons A figura a seguir representa a estrutura dessa substância.
H
positivos ou negativos fixos nessas estruturas são substituídos O H
por íons de mesma carga, contaminantes em solução. A troca C C N
é mais eficiente quando os íons são substituídos por outros de HO H
CH2
carga numericamente igual. Dessa forma, pode-se afirmar que,
se íons do alumínio (13Al) e do cálcio (20Ca) estiverem presentes
em uma determinada resina, serão trocados, respectivamente,
com maior eficiência, pelos íons em solução:
a) Pb2+ e Ni2+. d) Ni2+ e Cr3+.
b) Pb2+ e Cr3+. e) Cr3+ e Pb4+.
c) Cr e Ni .
3+ 2+
Analise as seguintes afirmações sobre a fenilalanina:
I. Apresenta apenas ligações covalentes.
II. Apresenta 14 ligações sigma.
III. Apresenta 4 ligações pi.
IV. Possui apenas carbonos com hibridação sp3.

Está(ão) correta(s) apenas:


a) I. d) I e III.
b) III. e) I, III e IV.
c) I e II.

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64 Leia o texto a seguir: 65 Antigamente, os bouilleurs (fabricantes de bebidas na França
Em um forno micro-ondas de uso doméstico, a ação de cozi- antiga) se instalavam nos arredores das cidades, com sua carroça
mento advém da interação entre o componente de campo elétrico e seus alambiques de cobre, para transformar a cidra, o vinho e o
da radiação e as moléculas polares, porém a radiação produzida suco fermentado de diversas frutas, como peras, maçãs, ameixas
pelo forno não é absorvida pelas moléculas apolares. Por isso que, etc. O princípio da transformação é simples: como o álcool etílico
ao cozinhar um alimento rico em água em um recipiente de vidro, o ferve a 78 °C e a água a 100 °C, é possível separar primeiramente
alimento cozinha, a água polar é aquecida de modo que cozinhe o o álcool da água aquecendo-se a mistura; o álcool é retirado
alimento; já o vidro, que possui moléculas apolares, não apresenta em uma serpentina, enquanto a água permanece na cuba.
elevação de temperatura considerável (o pouco que aquece é por Sabe-se hoje que, dependendo da porcentagem dos dois na
condução, ou seja, o alimento é aquecido e o vidro, por estar em mistura, eles não poderiam ser separados por esse processo, por
contato com o alimento, aquece também). se tratar de uma solução.
Chang, R. e Goldsby, K.A. Química. 11 ed. Porto Alegre: Considerando o exposto, as palavras em destaque no texto po-
Mc Grw Hill, Education, 2013, p. 429. (Adapt.).
dem ser substituídas corretamente por, respectivamente:
O texto descreve o funcionamento de um forno micro-ondas de a) levigação, vaporizado e mistura homogênea.
uso doméstico, mas aparelhos com funcionamento semelhante b) filtração, condensado e mistura eutética.
também são utilizados em laboratórios. A utilização de fornos c) destilação, condensado e mistura eutética.
micro-ondas em química analítica, por exemplo, já é conhecida d) destilação, condensado e mistura azeotrópica.
desde a década de 1970. Na indústria, micro-ondas são ampla- e) filtração, liquefeito e mistura homogênea.
mente usados em escala comercial na preparação e secagem de
produtos alimentícios.
Considere um laboratorista que dispõe de um forno micro-ondas
para aquecer três materiais, A, B e C, usando como solvente, para
cada material, as seguintes substâncias: tetraclorometano (CCℓ4),
metanol (CH3OH) e clorofórmio (CHCℓ3), respectivamente. Ao
utilizar o forno micro-ondas, o laboratorista constatará que
alguns solventes serão aquecidos pela radiação do forno, e
outros não; nesse caso, será(ão) aquecido(s)
a) o tetraclorometano e o metanol, mas o clorofórmio não.
b) o metanol, mas o clorofórmio e o tetraclorometano não.
c) o metanol e o clorofórmio, mas o tetraclorometano não.
d) o tetraclorometano e o clorofórmio, mas o metanol não.
e) o tetraclorometano, mas o clorofórmio e o metanol não.

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66 A busca por ouro com o garimpo tem um preço alto
para a natureza e, consequentemente, para o ser humano. Para
separar o ouro da terra molhada, nas bateias dos garimpos, usa-se
o mercúrio, que, nesse tipo de atividade ilegal, acaba indo parar
nos rios, poluindo a natureza e prejudicando seres vivos. Esse
metal tem a capacidade de atrair o ouro pulverizado na lama,
formando, assim, uma liga facilmente visível. Depois, para se-
parar o ouro, usa-se um processo de aquecimento dessa liga
com um maçarico, com temperaturas em torno de 300 °C.
Nos garimpos, muitas vezes improvisados, os trabalhadores se
expõem, por longos períodos, aos vapores de mercúrio, que po-
dem causar problemas no sistema nervoso, nos rins e nas vias
respiratórias. Outra forma de contaminação é pelo consumo hu-
mano de peixes e outros animais que foram contaminados com
mercúrio. A figura a seguir indica parte das transformações que
ocorrem com o mercúrio no ambiente.

Oxidação
Hg2+ Hg0 (vapor 55-60%)

Volatilização

DRAGA

Hg2+ Hg(CH3)+
Metilação
Peixes Hg0 (metálico)

Acumulação em sedimentos

Considere as seguintes afirmações:


I. A transformação que ocorre com o mercúrio para separá-lo
da liga é denominada evaporação e se trata de um fenômeno
químico.
II. O mercúrio metálico se acumula no organismo dos peixes.
III. Os símbolos dos elementos mercúrio e ouro são, respectiva-
mente, Hg e Au.
IV. A maior parte do mercúrio metálico não é lançada na atmosfera.
V. O mercúrio é separado da amálgama por aquecimento por
ser mais volátil que o ouro.

Estão corretas:
a) apenas II e III.
b) apenas I, II e IV.
c) apenas III e V.
d) apenas II, III e V.
e) todas.

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67 O problema da determinação de massa atômica dos ele- Ao analisar cuidadosamente a carta, é correto afirmar que:
mentos remonta a épocas bastante distantes e só foi solucio- a) os nuclídeos dispostos em uma mesma horizontal são cha-
nado com a invenção do espectrógrafo e, depois, do espectrô- mados isótopos, porque, tendo o mesmo número atômico,
metro de massa. Partindo de valores bem conhecidos de carga ocupam apenas um lugar na classificação periódica dos
elétrica, campo magnético e velocidade das partículas e deter- elementos.
minando uma distância (raio de curvatura de deflexão dessas b) aqueles que ficam em uma mesma vertical são chamados isó-
partículas), pode-se calcular, com extrema precisão, a massa dos tonos por apresentarem números de nêutrons consecutivos.
diversos átomos. Se, em um gráfico nêutron-próton, forem colo- c) a massa atômica do elemento magnésio, considerando os
cados todos os nuclídeos (estáveis e instáveis) com as suas prin- isótopos estáveis, vale exatamente 24,000 unidades de massa
cipais constantes físicas especificadas, teremos o que se chama atômica (u).
carta de nuclídeos. A figura a seguir mostra parte dessa carta. d) a massa atômica dos elementos sódio, alumínio e fósforo
deve apresentar valores muito próximos ao número de massa
Isótopo P
de seus isótopos mais estáveis.
19 estável
15
e) se, dentre os isótopos do neônio, o 20Ne é o mais abundante,
18 14
Si 15
P com, aproximadamente, 90% de ocorrência na natureza,
seguido do 22Ne, com 9%, e do 21Ne, que é o menos abun-
17 A 14
Si 15
P dante, é possível concluir que a massa atômica do elemento
13

fique próxima de 21,500 u.


16 Mg Si P
12
13
A 14 15

15 Na Mg A 14
Si 15
P
11 12 13

14 Ne Na Mg A Si P
Número de nêutrons

10 11 12 14 15
13

13 10
Ne 11
Na 12
Mg A 14
Si 15
P
13

12 10
Ne 11
Na 12
Mg A 14
Si
13

11 10
Ne 11
Na 12
Mg A 14
Si
13

10 10
Ne 11
Na 12
Mg

9 10
Ne 11
Na 12
Mg

8 10
Ne

7 10
Ne

10 11 12 13 14 15
Número de prótons

Disponível em: <http://apostilas.cena.usp.br/Virgilio/


graduação/CAP2.DOC> Acesso em: 13 fev. 2014. (Adapt.).

Página 36 de 49 Ciclo 2 – 3º EM e PV 2014


68 Com o desenvolvimento da nanotecnologia nas últimas Assinale a alternativa que apresenta o nome da propriedade en-
décadas, a ciência tem buscado, cada vez mais, novas formas de volvida e a sequência de imagens que corresponde às estruturas
desenvolver materiais que sejam sustentáveis e que, ao mesmo grafite, grafeno, diamante e fulereno, respectivamente.
tempo, garantam maior eficiência e velocidade na transferência a) Alotropia; II, III, I, IV.
de informações. Foi assim com o silício, e, agora, o chamado b) Isotopia; I, III, II, IV.
grafeno é a nova promessa de revolução para os meios de c) Isomeria; I, III, IV, II.
comunicação. O grafeno nada mais é do que uma folha plana d) Alotropia; I, III, II, IV.
de anéis hexagonais de carbono fabricada a partir da grafite – é e) Alotropia; II, III, IV, I.
como se fatiássemos horizontalmente a grafite. A revolução já
havia começado na década de 1960, com a criação dos fulerenos
sintéticos (futebolenos), e, agora, com o desenvolvimento do
grafeno, parece que toma novos rumos.
As imagens a seguir ilustram as variedades do carbono, inclusive
as citadas no texto; observe-as.
I.

II.

III.

IV.

Ciclo 2 – 3º EM e PV 2014 Página 37 de 49


69 “A panela de pressão é uma ‘antimontanha’”. Essa frase foi 70 Uma empresa distribuidora de cilindros de gases para
dita pelo físico-químico francês Hervé This, em seu livro Um as mais diversas aplicações tem, em seu estoque, um total de
cientista na cozinha, para fazer referência ao fenômeno de que, 55 cilindros. Sabe-se que os cilindros indeformáveis e lacrados
em altitude, o ar fica rarefeito e a pressão é inferior à pressão ao estão armazenados no mesmo galpão e têm sua temperatura
nível do mar. Assim, as moléculas de água abandonam mais fa- controlada em um valor constante. A tabela a seguir apresenta a
cilmente a massa do líquido em que se achavam; por essa razão, relação de cilindros estocados.
a água evapora a uma temperatura inferior a 100 °C. Em uma
panela de pressão, ao contrário, a água que evapora no início do Pressão no Volume do Número de
Gás
cozimento aumenta progressivamente a pressão na panela, de cilindro (bar) cilindro (L) cilindros
maneira que fica mais difícil para as moléculas de água saírem O3 100 6 10
do líquido, ou seja, a temperatura de ebulição da água aumenta. H2 100 6 10
Na prática, as panelas de pressão atuais são feitas para que a He 100 8 20
água ferva a, aproximadamente, 130 °C. CO2 150 8 5
Considerando o vapor de água como um gás ideal e admitindo O2 150 8 10
que, inicialmente, a água se encontrava sob pressão atmosférica
local (1 atm) e à temperatura ambiente (27 °C), a pressão atin- Considerando os dados da tabela, o gás com o maior número de
gida dentro da panela no momento em que a temperatura da átomos em estoque é:
água atinge o limite estabelecido pelo fabricante foi de: a) O3
Dados: Considere até o momento em que não houve perda de massa de b) H2
água e admita a panela como um recipiente indeformável. c) He
a) 0,21 atm d) CO2
b) 0,74 atm e) O2
c) 1,00 atm
d) 1,34 atm
e) 4,81 atm

P1 P2
=
T1 T2
T1 = 27 + 273 = 300 K e T2 = 130 + 273 = 403 K
Tem-se, portantto:
1 atm P
= 2 ⇒ P2 = 134 , atm
300 K 403 K

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»»MATEMÁTICA 73 Se a, b e c são os coeficientes da função do segundo grau,
y = ax2 + bx + c e a parábola que representa y = f(x), no plano xy,
71 Em um grupo de 40 alunos, verificou-se que todos leem, passa pelos pontos P = (2, 3) e Q = (3, 4), sendo Q o vértice, então
pelo menos, uma das revistas A, B ou C. Sabe-se que quem lê a a + b + c é igual a:
revista A não lê a B, e quem lê a B não lê a C; além disso, 15 alunos a) 0
leem a revista A, 15 alunos leem a C, e 5 alunos leem A e C. b) 1
Portanto, o número de alunos que leem: c) 2
a) apenas B é 10. d) 3
b) apenas B é 15. e) 4
c) apenas C é 20.
d) apenas B ou apenas C é 20.
e) apenas A ou apenas B é 20.

−2 −1
 2  4
  + 
74 Calculando-se a expressão:  3   3 obtém-se o valor:
−1
 2
2⋅ 
 3
a) 7
3
b) 7
72 Assinale a alternativa que contenha uma função ímpar cujo 2
domínio seja os números reais. c) 9
a) f (x) = (x – 1)2 8
d) 1
b) f (x) = |x + 1| + 1
e) 2
c) f (x) = 3x2 + 5x + 7
d) f (x) = x cos(x)
e) f (x) = x3 sen(x)

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75 Se N é a quantidade de números naturais n, tal que 2.014 76 Um número natural ímpar de três algarismos distintos e não
dividido por n deixa resto igual a 5, então: nulos é tal que o último algarismo é igual à soma dos dois pri-
a) N = 1. meiros. Invertendo-se os dois primeiros algarismos e mantendo-
b) N = 3. -se o terceiro, o número obtido será igual ao quadrado do nú-
c) N = 4. mero formado pelos dois primeiros algarismos desse número.
d) N = 5. Com essas informações, é correto afirmar que:
e) N = 6. a) os três algarismos do número são primos.
b) dois algarismos do número são menores do que 5.
c) a soma dos três algarismos é um número ímpar.
d) apenas um dos algarismos não é primo.
e) nenhum dos algarismos é primo.

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77 Se a bissetriz de um ângulo a o divide em dois ângulos 78 Na figura a seguir, os triângulos ABD, ABC e BCD são isósce-
complementares, é correto afirmar que o: les de bases AB, BC e CD, respectivamente.
a) suplemento de a é 45º. A

b) suplemento de a é 0º.
c) complemento de a é 45º.
d) complemento de a é 135º.
e) suplemento de a é 90º.

B C

A razão CD entre as medidas dos segmentos CD e DA é igual a:


DA
a) 2 d) 5 −1
3 2
b) 3 e) 1
5 2
c) 1+ 5
2

Ciclo 2 – 3º EM e PV 2014 Página 41 de 49


79 Um triângulo ABC tem perímetro igual a 24 m e área igual a 80 No triângulo isósceles ABC, em que AB = AC, M e N são
24 m². Se um segundo triângulo DEF é semelhante ao triângulo pontos dos lados BC e AC, respectivamente, sendo AM a altura
ABC e um de seus lados é duas vezes maior que o do seu ho- relativa ao lado BC, BN a altura relativa ao lado AC, e BÂC = 20º.
mólogo no triângulo ABC, o perímetro e a área do triângulo DEF Traçando o segmento MN, obtém-se o triângulo CMN; dessa for-
medem, respectivamente: ma, nesse triângulo, a medida do ângulo CNM  é igual a:
a) 48 m e 48 m². a) 45º
b) 48 m e 96 m². b) 60º
c) 48 m e 24 m². c) 70º
d) 48 m e 144 m². d) 75º
e) 96 m e 96 m². e) 80º

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»»físICA 82 Luciana está pesquisando na internet receitas para fazer um
pernil assado. Ela acessa diversos sites e encontra uma receita
81 Em um longo trecho retilíneo de uma estrada horizontal, em uma página originalmente em inglês, mas que foi traduzida
um carro trafega a uma velocidade constante de 72 km/h. automaticamente por seu provedor; no entanto, a temperatura
Em determinado instante, o motorista vê, 36 m à sua frente, um indicada não foi convertida. A instrução dada no site é de que o
animal com seus filhotes atravessando a pista. O animal, que pernil deve ser assado por 2 horas a uma temperatura de 428 ºF. A
percebe a aproximação do carro, não sai correndo da pista escala de temperatura utilizada em seu fogão é a Celsius; porém,
por causa dos filhotes, e o motorista demora 0,8 s para acionar como ele é antigo, algumas de suas marcações estão apagadas.
os freios; após acioná-los, a velocidade do carro diminui a uma Por causa dessas marcações apagadas, ela também utiliza como
desaceleração constante. auxílio um termômetro graduado na escala Kelvin, que foi dado
O valor mínimo do módulo dessa desaceleração para que o car- de presente por seu tio.
ro não atropele os animais deve ser de: Se Luciana quiser seguir exatamente o que está na receita, utili-
a) 4 m/s2 zando a graduação do fogão ou o termômetro dado por seu tio,
b) 6 m/s2 ela deverá cozinhar o pernil por 2 horas a uma temperatura de:
c) 8 m/s2 a) 50 K
d) 10 m/s2 b) 180 ºC
e) 12 m/s2 c) 220 ºC
d) 300 K
e) 350 K

v 20 202
v 2==0v⇒
2 2
0 −v2
0=a∆
2 sa ∆s ⇒ a = ⇒a= = 10 m/s2
2∆s 2 ⋅ (36 − 16)

Ciclo 2 – 3º EM e PV 2014 Página 43 de 49


83 Uma das inovações apresentadas no filme De volta para o
futuro foi a utilização de uma prancha flutuante pela persona-
gem principal, interpretada por Michael J. Fox. No filme, não há
indicação do princípio de funcionamento desse dispositivo, no
entanto pode-se imaginar algo similar, que possa ser realizado
fora da ficção. Na física, uma ideia simples que torna possível fa-
zer algo “flutuar” é a utilização de cargas eletrostáticas.

Disponível em: <http://i0.statig.com.br/bancodeimagens/9a/


eg/0s/9aeg0sfs5cft78f2t7to2xgwz.jpg>. Acesso em: 2 jan. 2014.

Suponha que uma pessoa de 60 kg esteja sobre uma pequena


plataforma, de massa desprezível, que contém certa carga QA.
Próximo a essa plataforma, há 2 cargas puntiformes e fixas,
ambas com valor de 10 C. A plataforma está a 10 cm da linha
que une essas duas cargas. Considere as cargas de 10 C e a
carga QA como puntiformes e que o sistema esteja em repouso
e em equilíbrio, conforme mostra a figura a seguir:
g

QA
Plataforma

10 cm

60º 60º

10 C 10 C

Dessa forma, o valor da carga QA é de:


Dados: Aceleração da gravidade no local: g = 10 m/s2; constante
1
eletrostática no local: K = 9 ∙109 N ∙ m2 ∙ C–2; sen 30º = cos 60º = ;
2
3
sen 60º = cos 30º = .
2
−6
a) 3 3 ⋅ 10 C
8
−10
b) 8 3 ⋅ 10 C
27
8
c) 4 2 ⋅ 10 C
19
d) 5 3 C
27
−3
e) 2 ⋅ 10 C
7
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84 Na ficção, especialmente em histórias em quadrinhos,
é muito comum vermos heróis com superpoderes salvando
moças que caíram do alto de um prédio segundos antes de
elas atingirem o chão. Apesar de ser um ato nobre, quando
salvas subitamente pelo herói, as mocinhas ficam sujeitas a uma
grande desaceleração, o que pode provocar danos físicos ao seu
corpo. Suponha que uma moça esteja no topo do 7º andar de
um edifício, ou seja, a 21 m de altura, sendo que cada andar
tem 3 m de altura, e que ela caia a partir do repouso. A moça cai
em queda livre, com seu corpo na horizontal, e o herói vai ao
encontro dela para salvá-la; quando ela está a 1 m de atingir o solo,
o super-herói consegue alcançá-la, pegando-a em seus braços e
desacelerando-a até chegar ao chão com velocidade nula.

3m

1m

Despreze as dimensões dos braços do super-herói e considere


que a desaceleração sofrida pela moça, desde o momento em
que o herói a alcança, a 1 m do chão, até ela chegar ao solo, é
constante. Dessa forma, o módulo da desaceleração sofrida pela
garota após o herói salvá-la é de:
Dados: g = 10 m/s2; despreze os efeitos da resistência do ar; para simplificar,
considere a garota um objeto pontual.
a) 25 m/s2 d) 200 m/s2
b) 60 m/s2 e) 280 m/s2
c) 120 m/s2

CiCLO 2 – 3º eM e PV 2014 Página 45 de 49


85 Um cientista, buscando estudar a massa de duas partículas,
A e B, submeteu-as a um campo elétrico vertical, uniforme e

homogêneo, paralelo ao campo gravitacional terrestre g no
local, mas em sentido contrário, conforme representa a figura a
seguir. O campo elétrico é produzido por meio do acúmulo de
cargas entre duas chapas metálicas separadas por uma distância
L. As duas partículas são soltas simultaneamente a partir do
repouso de um mesmo ponto na chapa superior.

L E
g

Nessas condições, sabendo que os módulos das cargas das duas


partículas são iguais, que a massa da partícula A é mA e que a de
B é mB, a diferença entre o tempo que as duas partículas demo-
ram para percorrer a distância L entre as placas é de:
Dados: mA > mB; a carga das duas partículas é negativa; módulo da carga
das duas partículas = Q; módulo do campo gravitacional no local =
g; módulo do campo elétrico = E; despreze as interações entre as
partículas e outras interações que não sejam entre as partículas com
o campo elétrico e com o campo gravitacional.

a) 2LmA
(
g mA − mB )
b) 2LmA
( )
g mA − mB + QE

c) 2LmA 2LmB

gmA + QE gmB + QE

d) LmA 2LmB

(
g mB − mA + QE) gmA + QE

e) 0

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86 Um trem parte de uma estação A para chegar até uma esta-
ção B. Partindo do repouso em A, no instante de tempo t = 0, ele
acelera em um movimento retilíneo uniformemente variado du-
rante um tempo t1. Entre os instantes t1 e t2, o trem mantém sua
velocidade constante, em um movimento retilíneo uniforme;
depois, desacelera, em um movimento retilíneo uniformemente
retardado, até chegar à estação B, no instante t3.
O gráfico da sua velocidade em função do tempo, com unidades
medidas no SI, é dado a seguir:
v(m/s)

va

0 t1 t2 t3 t(s)

A velocidade média do trem entre as estações A e B foi de:

a) v a ( t3 + t2 − t1) d) v a (t3 − t1)


2t3 2(t3 + t1)

b) v a t3 e) 2v a t2
t3 + t2 − t1 3(t3 + t1)

c) va
3

Ciclo 2 – 3º EM e PV 2014 Página 47 de 49


87 Em muitos casos na indústria, é necessária a fabricação de 88 Sabe-se que o planeta Terra não apresenta carga total nula,
peças que se encaixem precisamente umas às outras, sem que mas sim uma carga líquida resultante negativa de módulo Q.
haja folga entre elas. As peças, geralmente feitas de metais, são Nesse sentido, suponha que a Terra se comporte como um
modeladas em altas temperaturas, mas deve-se levar em conta condutor esférico perfeito, de raio R, em equilíbrio eletrostático
os efeitos da dilatação térmica. e que um pequeno objeto carregado com carga positiva de
Considere uma chapa metálica com um furo de área A a 1.225 ºC, módulo q esteja a uma distância r do centro da Terra, sendo r > R.
conforme a Figura 1. Considerando essas condições e sendo FG a força de atração
gravitacional entre esse objeto e a Terra, quando ele está a uma
distância r do centro dela, a força resultante no objeto, nessa
situação, é de:
A A
Dados: Constante eletrostática no vácuo: K; despreze outras interações além
da interação eletrostática e gravitacional.

a) F − KqQ d) F − KqQ
Figura 1 Figura 2 G G
R2 r2
O metal de que é feita a chapa tem coeficiente de dilatação su- b) F + KqQ e) FG + KqQ
G
perficial β = 2∙10-5 ºC-1. Supondo que a peça seja usada posterior- R2 (r − R)2
mente, a uma temperatura de 25 ºC, a área de base máxima que c) F + KqQ
G
uma segunda peça, de formato cilíndrico, pode ter para ainda r2
poder ser encaixada na chapa metálica, conforme a Figura 2, é:
a) 0,750A d) 1,023A
b) 0,847A e) 2,172A
c) 0,976A

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89 O gráfico a seguir representa a energia potencial eletros- 90 Em um dia quente de verão, Joana decidiu tomar um copo
tática U em função da distância r entre duas partículas puntifor- de 200 mL de suco. A temperatura ambiente era de 27 ºC, e o
mes carregadas, no vácuo. suco estava em equilíbrio térmico com o ambiente. Para tentar
refrescar o suco, ela adicionou duas pedras de gelo, de 50 g cada
e com temperatura inicial de –10 ºC. Supondo que não haja troca
10 de calor com o ambiente ou entre o suco e o gelo com o copo,
8
o sistema suco + gelo tem sua temperatura de equilíbrio igual a:
U (10-16 J)

Dados: 1 mL de suco = 1 g de suco; calor específico sensível do suco: 1 cal/g ºC;


6 calor específico sensível do gelo: 0,5 cal/g ºC; módulo do calor latente de
fusão do gelo: 80 cal/g.
4
a) –5 ºC d) 10 ºC
2 b) 0 ºC e) 15 ºC
0
c) 4 ºC
0 2 4 6 8 10 12
r (10-9 m)

Em uma situação na qual as partículas estão fixas a uma distância


de 4 ∙ 10–9 metros uma da outra, ambas no vácuo, o módulo da
força eletrostática entre elas será de:
a) 6,4 ∙ 10–4 N d) 3,8 ∙ 10–11 N
b) 1,0 ∙ 10 N
–7
e) 2,25 ∙ 10–10 N
c) 4,0 ∙ 10–1 N

Ciclo 2 – 3º EM e PV 2014 Página 49 de 49

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