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Os anciães abaixo-assinados ao amado irmão e conservo 

       São Paulo, abril de


2007.
 
 
ASSUNTO:  PRESERVAÇÃO DA SÃ DOUTRINA E DA FÉ QUE UMA VEZ FOI
DADA AOS SANTOS
 
 
Caro irmão, a Paz de Deus.
 
Segundo as Escrituras Sagradas somos ensinados a batalhar pela fé que uma vez
foi por Deus, dada aos santos, ou seja, em defesa da fé, preservando a pureza da
doutrina que Jesus transmitiu aos seus apóstolos.
 
Se estivermos pondo boa atenção ao que sucede no mundo, nos tempos atuais, a
respeito do Evangelho, poderemos perceber claramente que, por muitos, foi
deturpada a sua finalidade, que é a de crer no filho de Deus, ser batizado conforme
o ensinamento e se santificar para a aquisição da vida eterna. Dizemos deturpada
porque os cultos e pregações são direcionados mais a curas dos males físicos, a
milagres para o bem-estar material, à prosperidade nos negócios e solução para os
problemas familiares. Pouco ou nada é ensinado ao povo sobre as coisas
reprovadas por Deus, como adultérios, prostituições, roubos, rancores, vinganças,
mentiras, hipocrisias e tantas outras corrupções do corpo e do espírito. Essa
expectativa de alivio dos problemas da vida presente ocasiona um grande
ajuntamento de pessoas e os cultos tornam-se barulhentos, em virtude da ânsia de
alcançar os milagres, mas o entendimento fica sem fruto espiritual para salvação,
pois é pelo fruto do conselho divino que o homem interior se transforma e a pessoa
torna-se agradável a Deus, salvando-se da ira vindoura.
 
Cultos com excessivo barulho são reprovados pelo ministério da Congregação.
Portanto não incentivemos, do púlpito, a irmandade aos exageros, haja ou não
microfones.
 
Há, portanto, uma dormência espiritual que induz as pessoas a não pensarem em se
santificar para o dia de Deus. Preocupados em agradar os ouvintes, prometendo-
lhes alívio para seus males físicos, deixaram de lado o remédio da sã doutrina para
cura da alma e estão adormecidos a respeito da limpeza que a Palavra divina opera
nos homens para leva-los a Deus. Desse modo as pessoas trabalham pela comida
que perece e não por aquela que permanece para a vida eterna e que nos é dada
por Cristo Jesus.
 
Prezado irmão e conservo, se os irmãos do ministério não permanecerem na
unidade do Espírito Santo, se não tiverem um só e o mesmo pensamento e uma só
intenção, perseverando em orações e súplicas a Deus, essa influência nociva se
infiltrará na Igreja. Não entremos por esse caminho. É necessário que o clamor
nosso chegue a Deus, para que revista os pregadores do espírito de revelação e
sabedoria para crescimento e benefício das almas que devem se salvar. Roguemos
ao Pai das misericórdias que ponha em todos nós a mente de Cristo, para bem dos
que nos ouvem.
 
Paulo aconselhava a Tito a mostrar à irmandade incorrupção na doutrina e uma
línguagem sã e irrepreensível em sua exortação.
 
Repetimos aqui os ensinamentos de diversas reuniões anuais, lembrando a
linguagem que nos convém quando nos dirigimos à nossa irmandade, pois alguns
de nós, ou por imitação ou por terem-se habituado a essa maneira de falar, usam a
palavra “eu” com demasiada freqüência.
 
Por mais que o pregador esteja sentindo a presença de Deus, deve evitar dizer: “eu
te digo”, “eu te perdôo”, “eu vou te curar’, “eu te abrirei uma porta”, “eu vou mandar
um anjo”, mas deve dizer: “este é o conselho do Senhor para ti”, “terás perdão, em
nome do Senhor”, “se obedeceres, poderoso é Deus para te curar, se este for o Seu
plano”; sempre lembrando-se de que é homem falando para homens, guiado pelo
Espírito de Deus. Não deve falar como se Deus ou Jesus estivessem personificados
no pregador.  Isto está comprovado pelo que Paulo disse aos tessalonicenses (I,
cap. 2, v 13): “havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a
recebestes, não como palavra de homem mas (segundo é, na verdade), como
palavra de Deus, a qual opera em vós, os que crestes”.  Em tudo é necessário haver
a certeza de que é o Senhor que está falando.
 
Outros ensinamentos que desejamos repetir são os seguintes: Não estabeleçamos,
em nossas pregações, datas para libertações, pois se foi o Senhor que deu a
Palavra, Ele operará no tempo estabelecido pela Sua vontade, seja ele curto ou
longo. Alguns estabeleceram datas e falharam, pondo em confusão almas novas na
graça e eles mesmos se expuseram ao descrédito.  Não apontemos para um irmão
ou irmã, dirigindo-lhe do púlpito pessoalmente a Palavra. Alguém fez isso e foi
duramente criticado e censurado por não se cumprir o que falou, e seu ministério
sofreu detrimento e descrédito. Não nos envolvamos em casamentos, de modo a
dizer na pregação que o Senhor “preparou para ti este irmão” ou “preparou para ti
esta irmã”. Um pregador, em sua precipitação, até mencionou o nome da jovem,
dizendo-lhe que determinado irmão era preparado por Deus para ela. Ela não amava
o rapaz, mas casou-se por temor a pregação. Arruinou-se o casamento e o pregador
caiu em descrédito. Casamento é obra de Deus nos corações dos interessados que,
sem dúvida alguma, devem sentir amor recíproco para se unirem em matrimônio. É
assunto entre os dois e Deus. O que o apóstolo ensinou a respeito da oração
dizendo “orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei
com o espírito, mas também cantarei com o entendimento”; devemos aplicar
também à nossa pregação; pregaremos com o espírito mas também com o
entendimento. Não preguemos que a virtude está nos cabelos ou na ponta dos
cabelos das irmãs, pois isto não está escrito na doutrina, mas preguemos que é
honroso para a mulher ter cabelo crescido, pois isso encontra base na Escritura.
 
Todos faltamos em muitas coisas, porém, com o passar dos anos devemos corrigir
as falhas e aperfeiçoar o nosso ministério. De Deus nos virá toda a boa dádiva e
todo o dom perfeito. Os remidos são a luz do mundo, conforme disse Jesus, o Qual
aconselhou-nos também dizendo: “Resplandeça a vossa luz diante dos homens”. A
Igreja de Cristo é a coluna e a firmeza da verdade.
 
                                Os irmãos em Cristo,
 
                                     Os anciães
 
 
(Assinado):
 

 
Jorge Couri – SP   
 
Abel Rolim Pinheiro - SP
-  Luiz Galzignato Junior - SP
 
- Natanael Agrello – SP
 
Pedro Resina Fernandes - SP
 
João Santin – SP
 
Eurípedes Felix Fraga – MG
 
Elias Rabelo de Almeida – MG
 
Lazaro Teixeira – PR
 
Adolfo Antunes Ferreira – BA
 
Pedro Martins de Souza – MS
 
Sebastião Pereira de Lucena – GO
 
Gedeão da Costa Carvalho – PA
 
Thiago Lungareze – AM                                        
 
José Manoel da Silva – AL
 
Mario Felipe – DF
 
Carlito Gonçalves dos Santos – MA
 
Francisco José da Silva – PB
 
João Batista da Silva Paula – RJ
 
Sebastião da Silva – RS
 
Daniel Rosa – SC
 
Antonio Joviniano de Carvalho – TO
 
- Geraldo Custódio da Silveira – SP
 
- Nilton Apparecido Cardoso - SP
 
- Elizeu Gomes de Andrade – MG
 
- Josias Alves Soares – PR
 
- Ari Ferreira dos Reis – PR
 
- Ozias Ferreira dos Santos – BA
 
- Antonio Manoel Teotônio – PE
 
- Ginez Garcia Ruiz – RO
 
- Gabriel Fialho – CE
 
- Arnaldo Rodrigues Vilela – AC
 
- Gervasio Viega Gomes – AP
 
- José Navarro – ES
 
- Espedito Facundo de Matos – MT
 
- Salvador Alves de Brito – PI
 
- José Marques – RR
 
-  Sebastião Medeiros da Silva – RN
 
- José Alves dos Santos – SE

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