You are on page 1of 27

Resumo – Saúde coletiva e atenção primária

I- Vigilancia em saúde
HISTÓRIA
Antigo Testamento
• referências à adoção de medidas de isolamento para separar os portadores de doenças,
considerados impuros.

Idade Média
• práticas de isolamento das pessoas doentes, utilizadas principalmente contra os “leprosos” e os
acometidos pela peste.

Epidemias na Europa Ocidental


• adoção de medidas de monitoramento sobre as doenças transmissíveis e a aplicação de normas
sobre cemitérios e mercados, áreas consideradas de alto risco para o surgimento e a propagação das
doenças contagiosas - notificação obrigatória de doenças e medidas de isolamento.

1685
• primeiro registro de ações de prevenção e controle de doenças para conter uma epidemia de febre
amarela, no século XVII, no porto de Recife.

1808
• a partir da transferência da Coroa Portuguesa, estrutura-se, em uma política sanitária que adota,
entre outras medidas, a quarentena.

1889
• primeira Regulamentação dos Serviços de Saúde dos Portos, para tentar, de maneira semelhante aos
seus predecessores europeus, prevenir a chegada de epidemias e possibilitar um intercâmbio seguro
de mercadorias.

1903
• Oswaldo Cruz coordena as ações de prevenção e controle das doenças transmissíveis; cria o primeiro
programa vertical, o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela; e institui a obrigatoriedade de vacina
antivariólica.

1975
• V Conferência Nacional de Saúde (CNS) - propõe a criação de um sistema de vigilância epidemiológica
no país.

1976
• Instituído o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) (Lei no 6.259) e a notificação
compulsória de casos e/ou óbitos de algumas doenças para todo o território nacional.

1988

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
• Constituição Federal - A saúde como direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação...
• Art. 200. Ao Sistema Único De Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar
da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como
bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias
e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Lei 8.080 – 1990:


• Vigilância Epidemiológica: Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças
ou agravos.
• Vigilância Sanitária: Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de
intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens
e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo
que, direta ou indiretamente, se relacionam com a saúde, compreendendo todas as etapas e
processos da produção ao consumo; e II - o controle da prestação de serviços que se relacionam
direta ou indiretamente com a saúde.

POLÍTICA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE


História
• 2018 – Resolução no 588, de 12 de julho de 2018 - Criação da Política Nacional de Vigilância em Saúde
(PNVS).

Definição
• PNVS é uma política pública de Estado e função essencial do SUS, tendo caráter universal, transversal
e orientador do modelo de atenção nos territórios, sendo a sua gestão de responsabilidade exclusiva
do poder público.
• O documento prevê a garantia do financiamento das ações da vigilância em saúde, de forma
tripartite, com recursos e tecnologias necessários ao cumprimento do papel institucional das três
esferas.
• A PNVS está centrada no direito à proteção da saúde e alicerçada no SUS público e de qualidade.

Conceito de vigilância em saúde


• Processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de
informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de
medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e
RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES
TURMA XXVI
determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle
de riscos, agravos e doenças.

Objetivos
• Compreende a articulação dos saberes, processos e práticas relacionados à vigilância epidemiológica,
vigilância em saúde ambiental, vigilância em saúde do trabalhador e vigilância sanitária e alinha-se
com o conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a transversalidade das ações
de vigilância em saúde sobre a determinação do processo saúde-doença.
• Deverá contemplar toda a população em território nacional.
• Deverá priorizar territórios, pessoas e grupos em situação de maior risco e vulnerabilidade, na
perspectiva de superar desigualdades sociais e de saúde e de buscar a equidade na atenção, incluindo
intervenções intersetoriais.
• Os riscos e as vulnerabilidades devem ser identificadas e definidas a partir da análise da situação de
saúde local e regional e do diálogo com a comunidade, trabalhadores e trabalhadoras e outros atores
sociais, considerando-se as especificidades e singularidades culturais e sociais de seus respectivos
territórios.

Componentes da secretaria de vigilância em saúde (SVS)

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
Fluxograma

Articulacao dos saberes, processos e práticas

Vigilância de saúde ambiental


• Conjunto de ações e serviços que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores
determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a
finalidade de recomendar e adotar medidas de promoção à saúde, prevenção e monitoramento dos
fatores de riscos relacionados às doenças ou agravos à saúde.
• A OMS estima que 30% dos danos a saúde estão relacionados aos fatores ambientais
o decorrentes de inadequação do saneamento básico (água, lixo, esgoto), poluição
atmosférica, exposição a substâncias químicas e físicas, desastres naturais, fatores biológicos
(vetores, hospedeiros e reservatórios) dentre outros.
• A Vigilância Ambiental em Saúde tem como universo de atuação todos os fatores ambientais de
riscos que interferem na saúde humana; as interrelações entre o homem e o ambiente e vice-versa.

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
• A necessidade de integração é imprescindível também, com a vigilância epidemiológica, com o
sistema nacional de laboratórios de saúde pública, com o sistema de informação em saúde, com a
engenharia de saúde pública e saneamento, com a assistência integral à saúde indígena e com a
vigilância sanitária, e vigilância de saúde do trabalhador, entre outros.

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
Viigilancia em saúde do trabalhador e da trabalhadora
• Conjunto de ações que visam promoção da saúde, prevenção da morbimortalidade e redução de
riscos e vulnerabilidades na população trabalhadora, por meio da integração de ações que
intervenham nas doenças e agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de
desenvolvimento, de processos produtivos e de trabalho.
• Objetivos

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
o Identificar o perfil de saúde da população trabalhadora, considerando a analise da situação
de saúde:
§ a) A caracterização do território, perfil social, econômico e ambiental da população
trabalhadora.
§ b) Intervir nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde da população
trabalhadora, visando eliminá-los ou, na sua impossibilidade, atenuá-los e controla
los.
§ c) Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, controle e atenuação
dos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde, para subsidiar a tomada de
decisões das instancias do SUS e dos órgãos competentes, nas três esferas de
governo.
§ d) Utilizar os diversos sistemas de informação para a VISAT.
• Atribuições da rede assistencial em cooperação com a vigilância em saúde
o Atenção Primária
§ a) Identificar o perfil de saúde dos trabalhadores e dos processos produtivos no
território de abrangência.
§ b) Identificar e notificar situações de risco e os agravos relacionadas ao trabalho
§ c) Estabelecer articulação com as instâncias de referencia específicas de VISAT para
a promoção da saúde do trabalhador.
§ d) Desenvolver ações de educação em saúde, particularmente nas situações onde
forem identificados riscos relacionados ao trabalho.
o Média e alta complexidade - Urgências e Emergências, Serviços Hospitalares e de
Especialidades:
§ a) notificar agravos relacionados ao trabalho
§ b) estabelecer articulação com as instâncias de referencia e contrarreferência.

Vigilância sanitária
• Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes do ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de
serviços do interesse da saúde.
• Abrange a prestação de serviços e o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente se
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo e
descarte.
• Objetivos
o As ações de Vigilância Sanitária devem promover e proteger a saúde da população e serem
capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, da produção, da circulação de bens e da prestação de
serviços de interesse da saúde.
• Abrange
o O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas de processo, da produção ao consumo;
o O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
• Estratégias de ação
o Regulamentação dos procedimentos de serviços e produtos de interesse da saúde
o Comunicação e Educação em Saúde
o Articulação e Integração
RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES
TURMA XXVI
o Inspeção/ fiscalização

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
Funcionamento
• As atividades de inspeção, exercidas pelas autoridades sanitárias, são priorizadas considerando o
risco à saúde, geradas também a partir de denúncias ou solicitações de outros órgãos e organizadas
conforme o Plano de Ação de Vigilância Sanitária do município;
• Autoridade Sanitária é a Autoridade competente para o exercício das atribuições de saúde pública,
com a prerrogativa de aplicar a legislação sanitária.
• Poder de polícia sanitário: Caracteriza-se pela natureza do objetivo pretendido , que é o de evitar o
fato danoso à saúde da população é precedido de ações educativas, de informações amplas sobre as
restrições que a lei sanitária impõe às atividades pública e privada, e da notificação no sentido de
alertar para a irregularidade constatada.

Ações
• Inspeção de Rotina
• Inspeção Programada
• Inspeção de Emergência (Surtos de Infecções Hospitalares, Intoxicações, Apreensões de Produtos)
• Inspeção Especial – demandas externas (Denúncias e Reclamações: Ministério Público, Juizados,
Delegacias, Conselhos de Classe, Controle Social - Conselhos Locais, Distritais e Municipal de Saúde)

Vigilância epidemiológica
• Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores
determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças, transmissíveis e não-transmissíveis, e
agravos à saúde.

• Fonte de dados
o Dados demográficos;
o Dados socioeconômicos;
o Dados ambientais;
o Dados de morbidade;
o Dados de mortalidade;
o Notificação de emergências de saúde pública, surtos e epidemias;
o Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (RSI/2005).

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
Vigilância em saúde no município de São Paulo
• Além da estrutura interna da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA), há unidades
descentralizadas que desenvolvem ações de vigilância no território, em cada coordenadoria de saúde
do Município de São Paulo: Unidades de Vigilância em Saúde – UVIS e Centros de Referência em
Saúde do Trabalhador.

Onde devem ser desenvolvidas as acoes da vigilância em saúde?

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
II- Emergências em saúde pública
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Relembrando sobre a vigilância em saúde
• Informações de vigilância permitem ao profissional de saúde conhecer onde o problema existe, quem
é o afetado e como as atividades de prevenção e controle podem ser direcionadas.

Sobre a vigilância epidemiológica


• Realiza um conjunto de acoes que proporcionam o conhecimento, a detecção ou a prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com
a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de doenças ou agravos
o Doenças transmissíveis agudas e crônicas
o Doenças imunopreviniveis (alinhado ao PNI – descentralizado nos municípios)
o Investigações e respostas a casos, surtos e epidemias
o Doenças emergentes e reemergentes, agravos inusitados
o Mais recentemente, incluiu também as doenças crônicas não transmissíveis (doenças
cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias crônicas, DM), além de monitoramento
e controle de seus fatores de risco em seu conjunto de acoes
• Principais objetivos do sistema de vigilância epidemiológica
o Estimar a magnitude da morbidade e mortalidade de doenças em agravos em saúde
o Identificar os fatores de risco que determinam a ocorrência das doenças e agravos
o Recomendar, com bases objetivas e cientificas, as medidas necessárias para prevenir ou
controlar a ocorrência de doenças e agravos específicos à saúde
o Avaliar o impacto de medidas de intervenção por meio da coleta e analise sistemática de
informações relativas à doença ou ao agravo especifico – objetivo dessas medidas

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
o Revisar práticas antigas e atuais de sistemas de vigilância, com o objetivo de discutir
prioridades em saúde publica e propor novos instrumentos metodológicos
o Detectar epidemias e documentar a disseminação de doenças
o Identificar novos problemas de saúde publica – doenças emergentes ou em processo de
reemergencia

EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA


Emergências em saúde pública
• Diversas transformações ocorridas em todo o mundo nas últimas 3 decadas
• Impacto na saúde publica dos países
• Reflexo na vida das populações e na economia mundial
o Poliomielite erradicada das américas
o Importante redução da ocorrência e mortalidade da maioria das doenças imunopreviniveis
o Retorno de doenças antigas: dengue, cólera, febre amarela, tuberculose, sarampo
o Introdução de novas doenças: HIV/AIDS, hantavirose, ebola, SARS, influenza aviaria,
coronavirus
• As doenças atingem as populações com grande potencial de disseminação
• O intenso fluxo de pessoas, mercadorias e comercio entre os países favorece a ocorrência de
epidemias

Eventos de importância nacional (possíveis emergências de saúde publica)


• Cada caso suspeito ou confirmado de doença de notificação imediata;
• Agregado de casos de doenças que apresentem padrão epidemiológico diferente do habitual (para
doenças conhecidas);
• Agregado de casos de doenças novas;
• Epizootias e/ou mortes de animais que podem estar associadas à ocorrência de doenças em
humanos (por exemplo, epizootia por febre amarela);
• Outros eventos incomuns ou inesperados;
• Desastres de origem natural: inundações, terremotos, furacões;
• Desastres de origem antropogênica: acidentes químicos e radionucleares.

Unidade nacional de alerta

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Definição
• Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à
autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas
de intervenção pertinentes
• Características:
o Contínuo
o Sistema passivo
§ Universal
§ Imediata / Tardia
o Sigilosa
o Casos suspeitos

Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública (Portaria no 264
de 17/02/2020 e Portaria de Consolidação no 4, de 28/09/2017) – periodicamente revisada, considerando:
• Magnitude;
• Potencial de disseminação;
• Transcendência;
• Vulnerabilidade;
• Compromissos internacionais;
• Ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos.

Critérios para a seleção de doenças e agravos alvo da vigilância para notificação


• Magnitude: aplicável a doenças de elevada frequência que afetam grandes contingentes
populacionais. Se traduz por altas taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos potenciais de
vida perdidos.

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
• Potencial de Disseminação: elevado poder de transmissão da doença por meio de vetores ou outras
fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva. Se expressa pela transmissibilidade da
doença.
• Transcendência: conjunto de características subsidiárias que conferem relevância especial à doença
ou agravo, de acordo com sua especificidade clínica e epidemiológica, destacando-se: severidade,
relevância social e relevância econômica.
• Vulnerabilidade: medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e
controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde sobre os indivíduos e a
coletividade.
• Epidemias, Surtos, Emergências em Saúde Pública: situações emergenciais que impõem a notificação
imediata de todos os casos suspeitos, com o objetivo de delimitar a área de ocorrência, elucidar o
diagnóstico e deflagrar medidas de controle aplicáveis, além de metas de controle e eliminação.
• Compromissos Internacionais: em geral, listam-se os agravos, eventos e doenças especificados no
Regulamento Sanitário Internacional.

PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO No 4, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017


• Consolidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de Saúde.

PORTARIA No 264, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2020


• Altera a Portaria de Consolidação no 4/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir a doença de
Chagas crônica, na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de
saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional.

1a LNC
• elaborada em 1.377 - Veneza

No Brasil
• 1961.

Portaria no 4 – 28 set. 2017


• Art. 1o Este Anexo define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos
de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional (...)
• Art. 3o A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou
responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde que prestam assistência ao paciente (...)
§ 1o A notificação compulsória será realizada diante da suspeita ou confirmação de doença ou
agravo, de acordo com o estabelecido no Anexo 1 (...) observando-se, também, as normas técnicas
estabelecidas pela SVS/MS.
§ 2o A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória à
autoridade de saúde competente também será realizada pelos responsáveis por estabelecimentos
públicos ou privados educacionais, de cuidado coletivo, além de serviços de hemoterapia, unidades
laboratoriais e instituições de pesquisa.
§ 3o A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória pode
ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento.

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
• Art. 4o A notificação compulsória imediata deve ser realizada pelo profissional de saúde ou
responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até 24
(vinte e quatro) horas desse atendimento, pelo meio mais rápido disponível.
Parágrafo único. A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória imediata deverá
informá-la, em até 24 (vinte e quatro) horas desse recebimento, às demais esferas de gestão do SUS,
o conhecimento de qualquer uma das doenças ou agravos constantes no Anexo 1 do Anexo V.
• Art. 5o A notificação compulsória semanal será feita à Secretaria de Saúde do Município do local de
atendimento do paciente com suspeita ou confirmação de doença ou agravo de notificação
compulsória.
• Art. 7o As autoridades de saúde garantirão o sigilo das informações pessoais integrantes da
notificação compulsória que estejam sob sua responsabilidade.
• Art. 8o As autoridades de saúde garantirão a divulgação atualizada dos dados públicos da notificação
compulsória para profissionais de saúde, órgãos de controle social e população em geral.
• Art. 9o A SVS/MS e as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
divulgarão, em endereço eletrônico oficial, o número de telefone, fax, endereço de e-mail
institucional ou formulário para notificação compulsória.
• Art. 10. A relação das doenças e agravos monitorados por meio da estratégia de vigilância em
unidades sentinelas e suas diretrizes constarão em ato específico do Ministro de Estado da Saúde.
• Art. 12. A relação das epizootias e suas diretrizes de notificação constarão em ato específico do
Ministro de Estado da Saúde. Notificação compulsória imediata: Deve ser realizada pelo profissional
de saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente,
em até 24 horas desse atendimento, pelo meio mais rápido disponível (telefone, email, fax, etc.)
• Notificação compulsória semanal: Deve ser realizada com periodicidade semanal à Secretaria de
Saúde do Município do local de atendimento do paciente.

Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES
TURMA XXVI
SINAN – Sistema de informação de agravos de notificação

Realização da notificação
• Quem deve notificar?
RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES
TURMA XXVI
o Art. 3o do Anexo 5 da Portaria de Consolidação no 4, de 28/09/2017:
A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou
responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao
paciente, em conformidade com o art. 8o da Lei no 6.259, de 30 de outubro de 1975.
(Origem: PRT MS/GM 204/2016, Art. 3o)
• Quem pode notificar?
o Entretanto, qualquer cidadão pode notificar casos suspeitos ou confirmados de agravos de
notificação compulsória (exemplo: professores, familiares, cuidadores, etc.)

Portaria nº 205 – 17 fev.2016


• Define a lista nacional de doenças e agravos, na forma do anexo, a serem monitorados por meio da
estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes:
o O objetivo da estratégia de vigilância sentinela é monitorar indicadores chaves em unidades
de saúde selecionadas, “unidades sentinelas”, que sirvam como alerta precoce para o
sistema de vigilância; (...)
o Art. 1o Esta Portaria define a lista nacional de doenças e agravos, na forma do anexo, a serem
monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes.
o Art. 2o Para efeito desta Portaria considera-se vigilância sentinela o modelo de vigilância
realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade,
mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação
facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em
Saúde (SVS/MS).

Lista Nacional de Doenças e Agravos a serem monitorados por meio da Estratégia de Vigilância Sentinela

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
Ficha de investigação epidemiológica (FII)
• https://portalsinan.saude.gov.br/doencas-e-agravos
• https://portalsinan.saude.gov.br/doencas-e-agravos
• https://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Exantematicas/Exantematica_v5.pd
f
• https://portalsinan.saude.gov.br/doencas-e-agravos
• https://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Agravos/Exantematicas/DIC_DADOS_Exante
maticav5.pdf

Guia de vigilância epidemiológica


• definições de casos suspeitos e casos confirmados e outras informações
• https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_4ed.pdf

REGULAMENTO SANITÁRIO INTERNACIONAL (RSI)

Trânsito internacional de pessoas


• vem aumentando cada vez mais
• estimativas
o 5 bilhoes de pessoas anualmente utilizam transporte aéreo no mundo
o 10 milhoes de brasileiros fazem viagens internacionais por ano
o Os aeroportos de SP recebem, mensalmente, em torno de 6 mil voos internacionais
• Novos paradigmas
o As doenças infecciosas não respeitam as fronteiras geográficas
o A intensificação do fluxo de pessoas e mercadorias aumenta a possibilidade de disseminação
de doenças
RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES
TURMA XXVI
Definição de RSI
• Instrumento jurídico internacional elaborado para ajudar a proteger os países contra a propagação
internacional de doenças

Proposito e abrangência do RSI


• prevenir, proteger, controlar e dar uma resposta de saúde pública contra a propagação internacional
de doenças, de maneiras proporcionais e restritas aos riscos para a saúde pública, e que evitem
interferências desnecessárias com o tráfego e o comércio internacionais.

Emergencia de saúde publica de importância internacional


• RSI (2005)
o ESPII – é um evento extraordinário que
§ (i): constitui um risco para a saúde publica de outros países, devido à propagação
internacional de uma doença ou agravo; e
§ (ii): pode necessitar de uma resposta internacional coordenada
o Evento (RSI): é a manifestação de uma doença ou uma ocorrência que cria um potencial para
doença
• São emergências de saúde publica de importância internacional (após a implementação do novo RSI
– 2005)
o COVID 19
o Ebola
o Zika/microcefalia
o Ebola – oeste africa
o Poliomielite
o Influenza A/H1N1

De acordo com o RSI


• Notificação:
o Emergências de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII);
o Uso de outras fontes de informação, além das notificações oficiais dos países.
• Ponto Focal:
o Centro Nacional para a comunicação com a OMS
o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde – CIEVS
o Permanentemente acessível.
• Capacidades mínimas em vigilância epidemiológica e em serviços de controle sanitário de portos,
aeroportos e fronteiras:
o Medidas de Saúde Pública para resposta às Emergências de Importância Internacional.

RSI
• Vigilância em portos, aeroportos e fronteiras

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES
TURMA XXVI
Algoritmo de decisão para avaliação

São doenças de notificação obrigatória de acordo com o RSI


• Varíola
• Poliomielite por poliovirus selvagem
• Influenza humana por novo subtipo
• SARS

Nenhum país ou órgão governamental está preparado, de forma isolada, para o enfrentamento de
emergências em saúde publica de relevância nacional ou internacional.
O RSI constitui um instrumento que reforca os esforços multilaterais (países, estados e municípios) e
institucionais para esse enfrentamento.

Principais diferenças entre o antigo RSI e o novo RSI

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
Comunicacao nacional e internacional

Notificacao: fluxo de rotina

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
Centro de informações estratégicas em vigilância em saúde

Anexo II – RSI – Algoritmo de decisão para avaliação

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
DOENÇAS EMERGENTES
Definição
• CDC (1992)
o Doenças de origem infecciosa cuja incidência em humanos tem aumentado dentro das
ultimas duas décadas, ou ameacam aumentar em um futuro próximo
• Institute of medicine (2003)
o Uma doença infecciosa clinicamente distinta, que tenha sido recentemente reconhecida, ou
uma doença infecciosa conhecida cuja incidência esteja aumentando em um dado lugar ou
entre uma população especifica
• Definidas como doenças novas, ate então desconhecidas da população, causadas por agentes
desconhecidos ou mutação de agente já existente, ou por agentes que so atingiam animais e que
passam a infectar e causar doença em humanos, ou doenças que atingem uma região indene, onde
ate então nunca havia sido detectado nenhum caso

Doencas emergentes na antiguidade


• Praga de atenas – Guerra Peloponesia (430 a 426 ac)
• Febre negra – peste bubônica/pneumônica (1347 a 1350)
• Sífilis – Italia (1494)
• Varíola – astecas do mexico (1520)
• Febre amarela – peste americana (1793 a 1798)
• Cólera – paris (1832)

Doencas emergentes – exemplos


• Gripe espanhola – influenza H1N1: pandemia em 1918 a 1919
• HIV/AIDS: EUA e Africa, no inicio da década de 80 (antes era desconhecida no mundo) à pandemia
RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES
TURMA XXVI
• SARS CoV: China em 2002 à pandemia em 2003
• Chikungunya no Brasil: 2 casos no ESP em 2010 (importados), introdução em 2014, a partir da
entrada do vírus nas américas
• Zika vírus: entrada no nordeste do Brasil em 2015 a 2016
• COVID 19: inicio na china em 2019; Brasil em 2020; em franca expansão

DOENÇAS REEMERGENTES
Definição
• Doenças já conhecidas, que estavam controladas, mas que voltaram a representar ameaça para a
saúde humana, devido a um aumento em sua incidência em um dado local ou uma população
especifica
• Causadas por microrganismos bem conhecidos e que estavam sob controle, mas se tornaram
resistentes aos agentes antimicrobianos comuns ou estão se expandindo rapidamente em incidência
ou área geográfica
• Tais infecções também incluem também aquelas decorrentes de bioterrorismo

Exemplos
• Tuberculose: com o advento da AIDS, na década de 80 e resistência antimicrobiana – EUA e Europa
– 1986 a 1992
• Cólera: Haiti, 2010 à Americas Central e Caribe
• Ebola: sudao, 1989; Zaire 1995
• Dengue: Roraima em 1982, Rio de Janeiro 1986
• Febre amarela: goias e MG em 2000; SP em 2008 e 2018
• Sarampo: município de São Paulo, 2019

RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES


TURMA XXVI
RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES
TURMA XXVI

You might also like