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Resumo SCAPS Módulo III
Resumo SCAPS Módulo III
I- Vigilancia em saúde
HISTÓRIA
Antigo Testamento
• referências à adoção de medidas de isolamento para separar os portadores de doenças,
considerados impuros.
Idade Média
• práticas de isolamento das pessoas doentes, utilizadas principalmente contra os “leprosos” e os
acometidos pela peste.
1685
• primeiro registro de ações de prevenção e controle de doenças para conter uma epidemia de febre
amarela, no século XVII, no porto de Recife.
1808
• a partir da transferência da Coroa Portuguesa, estrutura-se, em uma política sanitária que adota,
entre outras medidas, a quarentena.
1889
• primeira Regulamentação dos Serviços de Saúde dos Portos, para tentar, de maneira semelhante aos
seus predecessores europeus, prevenir a chegada de epidemias e possibilitar um intercâmbio seguro
de mercadorias.
1903
• Oswaldo Cruz coordena as ações de prevenção e controle das doenças transmissíveis; cria o primeiro
programa vertical, o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela; e institui a obrigatoriedade de vacina
antivariólica.
1975
• V Conferência Nacional de Saúde (CNS) - propõe a criação de um sistema de vigilância epidemiológica
no país.
1976
• Instituído o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) (Lei no 6.259) e a notificação
compulsória de casos e/ou óbitos de algumas doenças para todo o território nacional.
1988
Definição
• PNVS é uma política pública de Estado e função essencial do SUS, tendo caráter universal, transversal
e orientador do modelo de atenção nos territórios, sendo a sua gestão de responsabilidade exclusiva
do poder público.
• O documento prevê a garantia do financiamento das ações da vigilância em saúde, de forma
tripartite, com recursos e tecnologias necessários ao cumprimento do papel institucional das três
esferas.
• A PNVS está centrada no direito à proteção da saúde e alicerçada no SUS público e de qualidade.
Objetivos
• Compreende a articulação dos saberes, processos e práticas relacionados à vigilância epidemiológica,
vigilância em saúde ambiental, vigilância em saúde do trabalhador e vigilância sanitária e alinha-se
com o conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a transversalidade das ações
de vigilância em saúde sobre a determinação do processo saúde-doença.
• Deverá contemplar toda a população em território nacional.
• Deverá priorizar territórios, pessoas e grupos em situação de maior risco e vulnerabilidade, na
perspectiva de superar desigualdades sociais e de saúde e de buscar a equidade na atenção, incluindo
intervenções intersetoriais.
• Os riscos e as vulnerabilidades devem ser identificadas e definidas a partir da análise da situação de
saúde local e regional e do diálogo com a comunidade, trabalhadores e trabalhadoras e outros atores
sociais, considerando-se as especificidades e singularidades culturais e sociais de seus respectivos
territórios.
Vigilância sanitária
• Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes do ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de
serviços do interesse da saúde.
• Abrange a prestação de serviços e o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente se
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo e
descarte.
• Objetivos
o As ações de Vigilância Sanitária devem promover e proteger a saúde da população e serem
capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, da produção, da circulação de bens e da prestação de
serviços de interesse da saúde.
• Abrange
o O controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas de processo, da produção ao consumo;
o O controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
• Estratégias de ação
o Regulamentação dos procedimentos de serviços e produtos de interesse da saúde
o Comunicação e Educação em Saúde
o Articulação e Integração
RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES
TURMA XXVI
o Inspeção/ fiscalização
Ações
• Inspeção de Rotina
• Inspeção Programada
• Inspeção de Emergência (Surtos de Infecções Hospitalares, Intoxicações, Apreensões de Produtos)
• Inspeção Especial – demandas externas (Denúncias e Reclamações: Ministério Público, Juizados,
Delegacias, Conselhos de Classe, Controle Social - Conselhos Locais, Distritais e Municipal de Saúde)
Vigilância epidemiológica
• Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores
determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças, transmissíveis e não-transmissíveis, e
agravos à saúde.
• Fonte de dados
o Dados demográficos;
o Dados socioeconômicos;
o Dados ambientais;
o Dados de morbidade;
o Dados de mortalidade;
o Notificação de emergências de saúde pública, surtos e epidemias;
o Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (RSI/2005).
Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública (Portaria no 264
de 17/02/2020 e Portaria de Consolidação no 4, de 28/09/2017) – periodicamente revisada, considerando:
• Magnitude;
• Potencial de disseminação;
• Transcendência;
• Vulnerabilidade;
• Compromissos internacionais;
• Ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos.
1a LNC
• elaborada em 1.377 - Veneza
No Brasil
• 1961.
Realização da notificação
• Quem deve notificar?
RAYSSA MOURA SEGAMARCHI CHAVES
TURMA XXVI
o Art. 3o do Anexo 5 da Portaria de Consolidação no 4, de 28/09/2017:
A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou
responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao
paciente, em conformidade com o art. 8o da Lei no 6.259, de 30 de outubro de 1975.
(Origem: PRT MS/GM 204/2016, Art. 3o)
• Quem pode notificar?
o Entretanto, qualquer cidadão pode notificar casos suspeitos ou confirmados de agravos de
notificação compulsória (exemplo: professores, familiares, cuidadores, etc.)
Lista Nacional de Doenças e Agravos a serem monitorados por meio da Estratégia de Vigilância Sentinela
RSI
• Vigilância em portos, aeroportos e fronteiras
Nenhum país ou órgão governamental está preparado, de forma isolada, para o enfrentamento de
emergências em saúde publica de relevância nacional ou internacional.
O RSI constitui um instrumento que reforca os esforços multilaterais (países, estados e municípios) e
institucionais para esse enfrentamento.
DOENÇAS REEMERGENTES
Definição
• Doenças já conhecidas, que estavam controladas, mas que voltaram a representar ameaça para a
saúde humana, devido a um aumento em sua incidência em um dado local ou uma população
especifica
• Causadas por microrganismos bem conhecidos e que estavam sob controle, mas se tornaram
resistentes aos agentes antimicrobianos comuns ou estão se expandindo rapidamente em incidência
ou área geográfica
• Tais infecções também incluem também aquelas decorrentes de bioterrorismo
Exemplos
• Tuberculose: com o advento da AIDS, na década de 80 e resistência antimicrobiana – EUA e Europa
– 1986 a 1992
• Cólera: Haiti, 2010 à Americas Central e Caribe
• Ebola: sudao, 1989; Zaire 1995
• Dengue: Roraima em 1982, Rio de Janeiro 1986
• Febre amarela: goias e MG em 2000; SP em 2008 e 2018
• Sarampo: município de São Paulo, 2019