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Direito Aplicado

aos Negócios
Direito do Consumidor

• Direito do Consumidor
• Relação de Consumo
• Ocorrência da Relação de Consumo
• Remuneração
• Oferta e Publicidade
• Práticas Abusivas
• Cobrança de Dívidas
• Garantia
• Contrato de Adesão
• Cláusulas Abusivas

OBJETIVO DE
APRENDIZADO
· Entender o que vem a ser o Direito do Consumidor.
· Identificar as fontes do Direito do Consumidor.
· Entender os conceitos de relação de consumo, consumidor e fornecedor.
· Compreender quais são as garantias e identificar as cláusulas abusivas
de uma relação de consumo.
UNIDADE Direito do Consumidor

Direito do Consumidor
Hoje, o denominado Direito do Consumidor integra dos mais novos ramos do direito
brasileiro.

Buscando fatos históricos do mundo mais recente, você consegue


identificar um momento que merece destaque no avanço das
Explor

relações comerciais e de prestação de serviços que impulsionaram


o denominado “consumo” ou “consumismo”?

Foi a contar dos anos 50 do século passado, ou seja, após a Segunda


Explor

Grande Guerra que este ramo do direito começa a ocupar maior


espaço nos debates junto aos operadores do direito; neste período,
o capitalismo de grande consumo de bens e serviços dos países
desenvolvidos incentiva as atividades comerciais.

Este movimento econômico fez nascer uma necessidade, a de serem estabelecidos


contratos e produtos padronizados; como isto surge grandes fornecedores, grandes
indústrias ou empresas de prestação de serviços, com o objetivo de atender a sociedade de
consumo que se implantava.

Desta necessidade é que se tem origem uma relação jurídica preocupante.

Não há duvida que esta relação jurídica surge em condições de desigualdade entre as
partes que a compõem, pois de um lado há o fornecedor, que por vezes representa uma
grande potência industrial, de outro o consumidor, numa posição não muito favorável.

É na busca do equilíbrio desta relação jurídica que o Direito do


Explor

Consumidor tem um papel fundamental, ou seja, a busca do


equilíbrio, propiciando igualdade na relação jurídica estabelecida
entre consumidor e fornecedor.

Assim, com a salvaguarda do Poder do Estado, procura-se garantir no campo do


direito a inexistência de abusos e práticas desleais entre as partes envolvidas em uma
determinada relação de consumo.

Relação de Consumo
Vários doutrinadores procuram definir o que vem a ser uma “Relação de Consumo”,
mas esta questão está bem definida pelo próprio Código de Defesa do Consumidor - CDC
(Lei nº 8078, de 11 de setembro de 1990), ao fazer referência de quais são os elementos
inerentes a esta relação.

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Havendo um fornecedor, um consumidor e um produto fornecido ou
serviço prestado por esse fornecedor a esse consumidor, haverá
relação de consumo.

Segundo a interpretação da norma, são elementos que compõem esta relação: o


consumidor, o fornecedor e por fim o objeto da relação de consumo (produto ou serviço).

Consumidor
O CDC, no seu artigo 2º, define consumidor como: “[...] toda pessoa física ou jurídica
que adquira ou utilize produto ou serviço como destinatário final”.

Mas ainda existe uma expressão que merece interpretação, que é “destinatário final”,
desta forma, vários estudiosos do tema procuram a melhor maneira de esclarecer o real
alcance desta expressão.

Por destinatário fi nal pode-se conceber que será aquele que


Explor

adquirir a título gratuito ou oneroso, ou aquele que, mesmo não


tendo adquirido, utilizou ou consumiu o produto ou serviço, sendo
este o fi m da cadeia produtiva.

Diante deste entendimento, quando um produto ou serviço for adquirido ou utilizado


dentro de uma cadeia de produção, será aplicada à legislação comum e não o CDC, por
não se enquadrar de modo preciso ao conceito leal de consumidor.

Importante sabermos, em nossos estudos, o que diz o parágrafo único do artigo 2º, que
trata da condição da figura equiparada à condição de consumidor:
Art. 2º [...]

Parágrafo único. Equipara-se ao consumidor a coletividade de pessoas, ainda


que indetermináveis, que aja intervindo nas relações de consumo.

Ao apreciarmos o que trata o CDC, percebemos qual o objetivo da Lei ao proteger os


interesses e os direitos dos consumidores, que podem ser violados sem que,
necessariamente, estes integrem relação de consumo como destinatário final.

O CDC criou a figura do “consumidor por equiparação”, na conformidade do disposto


no parágrafo do artigo mencionado e dos artigos 17 e 29.
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço - Art. 17. Para os
efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do
evento.

Práticas Comerciais: Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte,


equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não,
expostas às práticas nele previstas.

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UNIDADE Direito do Consumidor

Há casos em que se aplicam as disposições do CDC para aquelas pessoas que


efetivamente não adquiriram produto ou serviço, mas os utilizaram ou simplesmente
estão expostos a estes.

Você consegue imaginar um exemplo em que poderíamos aplicar estes dispositivos do


CDC, onde existem consumidores por equiparação?

Um exemplo seria a explosão de um Shopping Center; no caso


nem todas as pessoas são consumidores, podiam estar lá
apenas passeando, mas estão expostas as atividades de
consumo.

Fornecedor
O conceito de fornecedor pode ser retirado do artigo 3º do CDC, assim, pode ser
definido:

Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,


Explor

nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que


desenvolvem atividade de produção, montagem, criação,
construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços

Diante da análise do conceito fica evidente que fornecedor se trata de gênero do qual
são espécies: fabricante, produtor, construtor, importador, exportador, distribuidor e
comerciante, podendo ser qualquer pessoa física ou jurídica.

Ao mencionar que a pessoa jurídica pode se encontrar na condição de fornecedor, cabe


esclarecer que esta poderá ser nacional ou estrangeira, pública ou privada, podendo ainda
ser uma associação mercantil ou civil e de forma habitual.

O fornecedor pode ser classificado como:

1. Real – como sendo aquele responsável pelo processo de


fabricação e produção, que são fabricante, construtor e
produtor.
2. Aparente – que são aqueles que não participam do processo
de produção, mas se apresentam nesta condição, pois
inserem seu nome na marca do produto.
3. Presumido – trata-se do importador do produto.

Produto e Serviço
O artigo 3º do CDC em seus dois parágrafos define explicitamente o que vem a ser
produto ou serviço.

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Produto – o § 1º do CDC dispõe da seguinte forma:
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

Assim, segundo o dispositivo legal, o produto pode ser classificado: Bem


Móvel
Mas o que é um bem móvel?

Preliminarmente para compreender a classificação, mas precisamente com relação ao


que é um bem móvel, é preciso recorrer ao Código Civil Brasileiro, mais precisamente
em seus artigos 82, 83 e 84, que trata do que vem a ser bens móveis:
Art.82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção
por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-
social.

Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:

I - as energias que tenham valor econômico;

II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;III - os

direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.

Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem


empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade
os provenientes da demolição de algum prédio.

Imóvel
Para elucidação do conceito, novamente busca-se subsídio no Código Civil que diz:
Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente.

Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I - os

direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II - o

direito à sucessão aberta.

Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:

I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade,


forem removidas para outro local;

II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se


reempregarem

Materiais
Podem ser considerados bens materiais as coisas corpóreas, constituídas de matéria
física, existentes no mundo físico, podendo objeto de domínio, como por exemplo, uma
motocicleta, um rádio, um apartamento, etc.

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UNIDADE Direito do Consumidor

Imateriais
Os bens imateriais são de modo contrário aqueles não constituídos de matéria física,
deste modo não ocupando lugar no mundo físico; são exemplo os denominados direitos
autorais, marcas, patentes, entre outros.

Serviços
Como já tratado o § 2º do artigo do artigo 3° do CDC, dispõe sobre o que vem a ser
serviço:
Art. 3°[..]

§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante


remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

Podemos, agora, entender que serviço é uma atividade fornecida por uma pessoa física
ou jurídica, havendo um consumidor final deste serviço.

O dispositivo do CDC que estamos estudando apresenta um rol exemplificativo do que


é serviço; você pode imaginar outros exemplos:

São mais exemplos de serviços: assessoria contábil, consulta em um


dentista, etc.

Um fato importante é que o dispositivo legal diz que o serviço é prestado “mediante
remuneração”, o que nos leva a concluir que para que o serviço esteja integrado à relação
de consumo, não poderá ser prestado sem onerosidade, ou seja, sem remuneração.

Ressalva importante esta descrita no final do parágrafo citado ao mencionar “salvo as


decorrentes das relações de caráter trabalhista”, pois o trabalhador vende sua mão de obra
ao empregador, não se consubstanciando em uma relação de consumo.

Ocorrência da Relação de
Consumo
Você, diante de todas as informações que vimos até agora, pode determinar quando se
inicia a Relação de Consumo?

Existirá a denominada Relação de Consumo sempre que


estiverem presentes todos os elementos desta relação
jurídica, ou seja: o consumidor, o outro, o fornecedor, ambos
transacionando produtos ou serviços.

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Remuneração
É reconhecido doutrinariamente que para a existência da “Relação de Consumo”
necessariamente deva existir a aquisição do produto ou do serviço mediante remuneração,
ou seja, existe uma relação comercial.

Assim, podemos considerar quando alguém adquire um presente para dar a alguém sua
relação de consumo está formada com o fornecedor deste bem, não se estendendo ao
beneficiário pelo presente recebido.

Oferta e Publicidade
Entende-se por oferta o meio pelo qual o fornecedor expõe seus produtos e serviços no
mercado de consumo, objetivando atrair o consumidor para aquisição destes produtos ou
serviços.

No tocante à publicidade, esta é uma das formas mais comuns de se disponibilizar uma
oferta, utilizando-se de anúncios nos meios de comunicação escritos, televisão, rádio,
folhetos, rótulos, embalagens.

Veja, a existência da oferta não está intimamente ligada à publicidade, pois pode ser
restringir à oferta como uma informação prestada por um gerente de banco ao cliente
disponibilizando algum serviço; o mesmo exemplo serve para o atendente de uma central
de uma determinada empresa telefônica, que durante seu atendimento oferece um serviço
ainda não contemplado em seu contrato.

Práticas Abusivas
O CDC, diferentemente do que fez ao definir os elementos de uma relação de
consumo, não conceituou o que vem a ser uma prática abusiva, apenas enumerou de
forma exemplificativa as possibilidades.

Entretanto, podemos defini-la como “abusiva, caracterizada pela ação contrária do


fornecedor de produtos ou serviços aos direitos do consumidor o prejudicando de forma
real”.

Dessa forma, toda informação suficientemente precisa integra o contrato, vinculando,


obrigando o seu cumprimento ao fornecedor, conforme determina o artigo 30 do Código
de Defesa do Consumidor, sob pena do seu cumprimento forçado de acordo com as
alternativas do artigo 35.

O artigo 31 do Código é exemplificativo, mas determina os elementos obrigatórios


mínimos para apresentação e oferta de produtos e serviços, sendo crime punível nos
termos do artigo 63.

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UNIDADE Direito do Consumidor

Também é prática abusiva o contido no artigo 40 do CDC, onde o orçamento é dever


do fornecedor de entregar, vez que irá gerar uma vinculação entre as partes e
determinando prazo de validade de tal orçamento.

Cobrança de Dívidas
Artigo. 42 - Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será
ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou exposto a
ameaça.

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à


repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano
justificável.

Pode-se observar que o artigo do CDC tem por objetivo manter a integridade do
consumidor, posto que uma vez estabelecida uma relação de consumo entre o fornecedor
e o consumidor, a cobrança do débito não pode alcançar outras pessoas que não seja o
próprio consumidor.

Importante destacar que algumas proibições são consideradas absolutas, tais como a
ameaça, a coação, o constrangimento físico ou moral e o emprego de afirmações falsas,
incorretas ou enganosas.

Existem também proibições relativas, ou seja, uma vez que podem ser admissíveis
quando presentes alguns requisitos, uma vez que qualquer cobrança de certa forma expõe
o consumidor, mas para tanto deve ser injustificável, e ainda não é proibida a cobrança
desde que não interfira no trabalho, descanso ou lazer do consumidor, pois o fornecedor
pode valer-se de seus direitos assegurados no ordenamento jurídico.

Garantia
O CDC tem previsão de uma garantia contratual, estabelecida em contrato escrito pelo
fornecedor (que não é obrigado a ofertar, mas, em ofertando, tem o dever de cumprir),
com preenchimento de termo escrito.

No caso da garantia legal artigo 24 do CDC, esta existe independente de termo escrito,
por decorrer da lei; sendo assim, uma garantia total, obrigatória, incondicional.
Irrestringível, irrenunciável e inegociável.

A previsão do exercício de direito de garantia é de 30 (trinta) dias para produtos e


serviços não duráveis e é de 90 (noventa) dias para produtos e serviços duráveis, a contar
da efetiva entrega do produto ou término da execução do serviço, sendo que, em caso de
vício oculto, o prazo inicia do momento em que se evidenciar o mesmo.

Cabe destacar que os mencionados prazos são em relação ao vício, posto que no caso
de indenização dos danos sofridos, estes estão sujeitos ao prazo prescricional de 05
(cinco) anos.

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Vejamos, a questão do vício é inerente ao produto ou serviço ofertado e não um dano
que ocorra em razão de ação ou omissão de culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro,
caso fortuito ou força maior, ou seja, o defeito apresentado surge do uso regular e
razoável do produto ou serviço fornecido tal qual entregue pelo fornecedor.

Contrato de Adesão
O Contrato de Adesão é aquele previamente escrito, preparado pelo fornecedor.

Assim, para se caracterizar este contrato exige-se uma aceitação em bloco, por parte
do consumidor aderente, de uma série de cláusulas pré-elaboradas unilateralmente.
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas
pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor
de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar
substancialmente seu conteúdo.

§ 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a natureza de adesão


do contrato.

§ 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória, desde que a


alternativa, cabendo a escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto no §
2° do artigo anterior.

§ 3º Os contratos de adesão escritos serão redigidos em termos claros e com


caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao
corpo doze, de modo a facilitar sua compreensão pelo consumidor. § 4° As
cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser
redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão de
pagamento.

Cláusulas Abusivas
O CDC, diferentemente do que fez ao definir os elementos de uma relação de
consumo, não conceituou o que vem a ser uma prática abusiva, apenas enumerou de
forma exemplificativa as possibilidades.

Entretanto, podemos defini-la como: “abusiva caracteriza-se pela ação contrária do


fornecedor de produtos ou serviços aos direitos do consumidor, o prejudicando de forma
real”.

O que é uma Cláusula abusiva?


De acordo com o doutrinador João Bosco Leopoldino da Fonseca 1 , por sua vez, diz:
[...] uma cláusula contratual poderá ser tida como abusiva quando se constitui
um abuso de direito (o predisponente das cláusulas contratuais, num contrato

1 . FONSECA, João Bosco Leopoldino. Cláusulas abusivas nos contratos. Rio de Janeiro: Forense, 1993. p, 156.

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UNIDADE Direito do Consumidor

de adesão, tem o direito de redigi-las previamente; mas comete abuso se, ao


redigi-las, o faz de forma a causar dano ao aderente). Também será
considerada abusiva se fere a boa-fé objetiva, pois, segundo a expectativa
geral, de todas e quaisquer pessoas, há que haver equivalência em todas as
trocas. Presumir-se-á também abusiva a cláusula contratual quando ocorrer
afronta aos bons costumes, ou quando ela se desviar do fim social ou
econômico que lhe fixa o direito. A aferição dessas condições não se faz,
contudo, através da indagação da real intenção das partes intervenientes no
contrato.

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras


práticas abusivas:

I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de


outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites
quantitativos;

II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de


suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e
costumes;

III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia,


qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;

IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em


vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingirlhe
seus produtos ou serviços;

V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;

VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e


autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas
anteriores entre as partes;

VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo


consumidor no exercício de seus direitos;

VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em


desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou,
se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);

IX - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou


deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério;

IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a


quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os
casos de intermediação regulados em leis especiais;

X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços.

XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999,


transformado em inciso XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, de
23.11.1999

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XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou
deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério.

XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou


contratualmente estabelecido.

Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues


ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras
grátis, inexistindo obrigação de pagamento.

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
O Cenário atual de Efetividade do Direito do Consumidor no
Brasil https://goo.gl/hBBRpI
Veja 10 Direitos do Consumidor que Todos Deveriam
Saber https://goo.gl/9hl1Pb

Vídeos
Tecnologia Rastreia Localização e Impulsiona o Interesse do
Consumidor https://goo.gl/Oj0NUe
Conheça Alguns Direitos que o Consumidor acha que
Tem https://goo.gl/JGb3iF

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Referências
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 out. 1988. Senado
Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br.

________. Código Civil Brasileiro, de 10 jan. 2002. Senado Federal. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br.

________. Lei n° 8078 de 11 dez.1990. Senado Federal. Disponível em: http://


www.planalto.gov.br.

ANDRADE, Ronaldo Alves de. Cursos de direito do consumidor. Barueri, SP: Manole,
2006.

BENJAMIN, Antonio Herman V., MARQUES, Claudia Lima e BESSA, Leonardo


Roscoe. Manual de Direito do Consumidor. Revista dos Tribunais. São Paulo: 2010.

FILOMENO, José Geraldo Brito. Curso Fundamental de Direito do Consumidor, São


Paulo: 3ª Ed. Atlas, 2014.

FONSECA, João Bosco Leopoldino. Cláusulas abusivas nos contratos. Rio de Janeiro:
Forense, 1993.

GRINOVER, Ada Pellegrini. Código de Defesa do Consumidor comentada pelos


autores do anteprojeto. 7ª Ed., Forense Universitária, Rio de Janeiro: 2001.

MARINELA, Fernanda, BOLZAN, Fabrício (orgs.). Leituras Complementares de


Direito Administrativo: Advocacia Pública, 3ª edição, revista e atualizada, Salvador:
Ed. Juspodium, 2012.

MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor. 8ª edição,


revista, atualizada e ampliada, São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2016.

MEDEIROS, Fábio Mauro de. As relações do Poder Público com o Código de Defesa do
Consumidor. In: SPARAPANI, Priscilia; ADRI, Renata Porto (coord.). Intervenção do
Estado no Domínio Econômico e no Domínio Social: em Homenagem a Celso Antônio
Bandeira de Mello. Belo Horizonte: Ed. Fórum, 2010.

MORATO, Antonio Carlos. Pessoa Jurídica Consumidora. São Paulo: Revista dos
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NUNES, Luis Antônio Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor. 7ª edição, revista,


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