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Direito Sistemico - o Despertar para Uma Nova Consciência Jurídica.
Direito Sistemico - o Despertar para Uma Nova Consciência Jurídica.
www.lumenjuris.com.br
Editor
João Luiz da Silva Almeida
Conselho Editorial
Conselheiros Beneméritos
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Produção Editorial
Livraria e Editora Lumen Juris Ltda.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
AG282d
Aguiar, Ana Cecilia Bezerra de.
Direito sistêmico : o despertar para uma nova consciência
jurídica / Ana Cecilia Bezerra de Aguiar ... [et al.]. – Rio de Janeiro
: Lumen Juris, 2018.
232 p. : il. ; 21 cm.
Bibliografia : p. 195-222.
ISBN 978-85-519-0955-3
CDD 340
Lorrayni de Bortoli
Filha de Maria Aparecida e José Albano. Advogada Sistêmica
atuante na área do Direito de Família. Especialista em Direito e
Processo do Trabalho e em Processo Civil. Proprietária do escritó-
rio Bortoli & Bortoli – Consultoria e Advocacia Sistêmica. Cons-
teladora Familiar. Terapeuta Integrativa.
Agradecimentos......................................................................... V
Introdução...................................................................................1
1. Influências Teóricas para o Entendimento da
Constelação Sistêmica................................................................5
1.1 Fenomenologia.....................................................................6
1.2 Psicodrama........................................................................ 11
1.3 Esculturas Familiares......................................................... 14
1.4 Lealdades Invisíveis........................................................... 18
1.5 Inconsciente Coletivo........................................................ 21
1.6 Pensamento Sistêmico....................................................... 25
1.7 Campos Mórficos............................................................... 29
2. Bert Hellinger e as Constelações Sistêmicas...................... 37
2.1 História e Vida de Bert Hellinger ..................................... 37
2.2 Conceito e Constelação em Grupo....................................40
2.3 Constelação Individual......................................................44
2.4 Leis Sistêmicas................................................................... 52
2.5 As Consciências Sistêmicas............................................... 59
2.5.1 Consciência pessoal..................................................... 59
2.5.2 Consciência coletiva, sistêmica ou familiar................. 61
2.5.3 Consciência espiritual................................................. 63
3. Direito Sistêmico: Uma experiência na justiça brasileira.......67
3.1 Biografia de Sami Storch............................................................. 67
3.2 Direito Sistêmico e Constelação Familiar................................... 70
3.3 Resolução 125 do Conselho Nacional
de Justiça e Código de Processo Civil de 2015........................ 73
3.4 Experiência pioneira na Justiça brasileira.......................... 75
3.4.1 Nordeste....................................................................... 76
3.4.2 Sudeste.........................................................................84
3.4.3 Centro Oeste............................................................... 89
3.4.4 Norte............................................................................ 95
3.4.5 Sul.............................................................................. 101
4. Aplicação das Constelações Sistêmicas no Direito.......... 107
4.1 Direito de Família............................................................ 107
4.1.1 Sistema Familiar......................................................... 109
4.1.2 Visão sistêmica para processos de separação ............. 110
4.1.3 Solução sistêmica em situações de alienação parental.... 117
4.1.4 Situações envolvendo adoção..................................... 120
4.2 Aplicação das Constelações Familiares no Direito
das Sucessões......................................................................... 124
4.3 Direito Penal................................................................... 131
4.3.1 Crime......................................................................... 132
4.3.2 Sujeitos do crime....................................................... 134
4.3.3 Agressor versus Vítima.............................................. 135
4.3.4 Função Social da Pena versus Função Sistêmica
da pena............................................................................... 139
4.3.5 Sistema Penal Processual e o Direito de Pertencer.....141
4.3.6 Juizados Especiais e Leis Sistêmicas........................... 146
4.4 No Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA .......... 147
4.5 No Direito Empresarial e Direito do Trabalho................ 150
5. Advocacia Sistêmica........................................................... 161
5.1 Definição de advocacia sistêmica.................................... 161
5.2 Capacitação para atendimento sistêmico......................... 162
5.2.1 Autoconhecimento.................................................... 163
5.2.2 Qualidade de Presença.............................................. 165
5.2.3 Empatia..................................................................... 167
5.2.4 Ausência de julgamentos........................................... 170
5.3 Capacitação para aplicar o método da Constelação..................171
5.4 Aplicabilidade............................................................................173
5.4.1 Aplicação Extrajudicial e Judicial...............................174
5.4.2 Aplicação pela Ordem dos Advogados do Brasil....... 180
5.5 Postura sistêmica............................................................. 182
5.6 Honorários Advocatícios................................................. 186
Conclusão................................................................................ 191
Referências.............................................................................. 195
XI
Material de Apoio e Download
XII
Introdução
1
Ana Cecilia Bezerra de Aguiar, Ana Siomara de Oliveira Ferreira
Ana Tarna dos Santos Mendes, Gabriela Nascimento Lima
Karolina Evangelista Pereira, Lorrayni de Bortoli,
Mara Livia Moreira Damasceno, Rachel de Mesquita Rodrigues
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1. Influências Teóricas
para o Entendimento da
Constelação Sistêmica
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1.1 Fenomenologia
O termo fenomenologia tem origem grega (phainesthai + logos),
em que phainesthai significa "aquilo que se mostra ou se apresen-
ta" e o sufixo logos representa "reflexão, estudo ou explicação". O
conceito da fenomenologia foi desenvolvido pelo matemático e fi-
lósofo Edmund Husserl, que nasceu em 1859 e faleceu em 1938,
aos 79 anos, na Alemanha (HUSSERL, 2009). Apreende-se que
fenômeno é aquilo que se mostra pelos sentidos e fenomenologia é
a metodologia que estuda a essência das coisas e a forma como elas
são percebidas no universo.
Dutra (2000, p.48) esclarece que Husserl criticou o conheci-
mento tradicional e inaugurou uma diferença básica entre atitude
natural do senso comum e atitude do pensamento filosófico, ques-
tionando as diversas possibilidades do conhecimento. A atitude
dita natural, inerente tanto ao cientista quanto ao leigo, aceita o
mundo como algo existente por si só, independente de uma cons-
ciência, ou seja, o mundo e tudo o que nele se encontra (animais,
objetos, ideias) existem, e deles criam-se enunciados, elaboram-
-se avaliações e editam-se leis. Essa atitude natural relaciona-se
à experiência direta vivida empiricamente, de modo que assim as
ciências são desenvolvidas.
Para as ciências, a possibilidade do conhecimento é sempre ra-
cional e óbvia, composta de argumentos compreensíveis e prova-
dos por uma verdade objetiva. Segundo Dutra (2000, p.48), para
Husserl, essa certeza científica não se sustenta após uma reflexão
mais rigorosa própria do pensamento filosófico, em que é necessá-
rio abandonar a atitude natural, do senso comum, que considera
tudo óbvio e esgotado, para assumir um comportamento crítico
diante do mundo. Deve-se, portanto, prescindir a crença racio-
nalizante da “tese do mundo”, sem duvidar de sua existência, ou
seja, a percepção do mundo continua sendo uma vivência racio-
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1.2 Psicodrama
Para melhor compreender como se deu o desenvolvimento do Psi-
codrama, faz-se necessário conhecer a biografia de seu criador, Jacob
Levy Moreno. Sua vida pessoal explica, em grande parte, a elabora-
ção de seu pensamento científico e de sua técnica terapêutica.
Moreno nasceu em 1889, na cidade de Bucareste, na Romênia.
Seus pais eram de descendência judaico-sefardita, vieram da Pe-
nínsula Ibérica e se radicaram na Romênia, na época da Inquisi-
ção (GONÇALVES, 1988).
Aos quatro anos de idade, migrou com sua família para Viena,
onde afirma ter vivido sua primeira experiência psicodramática,
ao brincar de ser Deus. Junto com seus amigos, que representa-
vam os anjos, empilhou cadeiras sobre uma mesa até alcançar o
teto, representando o céu e seus vários planos. Sentou na cadeira
mais alta, a qual simbolizava o trono de Deus, e, do chão, seus
amigos o incentivaram a voar, fato que resultou numa queda e na
fratura do seu braço direito. Posteriormente, Moreno intitula essa
experiência como precursora da criação do psicodrama, pois, ao
mesmo tempo em que dirigia a cena, era também o protagonista
(MORENO, 2014).
Durante a adolescência, já demonstrava interesse por teatro e
por atividades grupais. Durante seus passeios pelos jardins públi-
cos de Viena, costumava reunir crianças e formar grupos para re-
presentações improvisadas propondo-lhes “encenações históricas,
espontâneas e criativas” (ALMEIDA, 1998, p.22).
Em 1909, Moreno entrou para a universidade de Viena, onde
cursou Filosofia e Medicina. Durante os seus estudos, reunia gru-
pos de prostitutas para conscientizá-las de sua situação e de seus
direitos como cidadãs. Desenvolveu também um trabalho jun-
to aos refugiados, ajudando a se recuperarem psicologicamente
(MARINEAU, 1942).
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6 A teia da vida consiste em redes dentro de redes. Em cada escala, sob estreito e
minucioso exame, os nodos da rede se revelam como redes menores. Tendemos
a arranjar esses sistemas, todos eles aninhados dentro de sistemas maiores, num
sistema hierárquico colocando os maiores acima dos menores, à maneira de uma
pirâmide. Mas isso é uma projeção humana. Na natureza, não há “acima” ou
“abaixo”, e não há hierarquias. Há somente redes aninhadas dentro de outras redes
(CAPRA, 2006, 45).
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7 “Na ciência, somos informados de que as coisas precisam ser medidas e pesadas. Mas
relações não podem ser medidas e pesadas; relações precisam ser mapeadas. Desse
modo, a mudança perceptiva de objetos para relações caminha de mãos dadas com
uma mudança de metodologia de medir para mapear. Quando mapeamos relações
descobrimos certas configurações que ocorrem repetidamente. É os que chamamos
de padrão” (CAPRA, 2014, p. 114).
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2. Bert Hellinger e as
Constelações Sistêmicas
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luz. Esse é o lado externo. Isso é fácil. Agora, se eu compreendo o que diz a imagem e
o que indica, isso é uma outra coisa” (2005, p. 198).
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15 Hellinger define o movimento da alma como aquele que ocorre quando o sujeito se
liberta da pressão exercida pela consciência individual e pela consciência coletiva.
Segundo o terapeuta, “O movimento que nos possibilita escapar da pressão das duas
consciências é um movimento da alma. Isto é, quando nos libertamos da pressão
dessas duas consciências, sem desrespeitá-las, mas respeitando-as de maneira mais
elevada que antes, algo em nós se põe em movimento, um movimento que conduz
a soluções que ultrapassam, em muito, o que nossas consciências nos possibilitam e
exigem” (2005, p. 247).
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16 Para maior aprofundamento sobre o estudo das constelações individuais, ler o livro
Quando fecho os olhos vejo você, de Úrsula Franke (2006).
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17 Ursula Franke (2006, p.18), ao utilizar essa expressão, faz referência a Dilts (vide
MADELUNG, 1996) e explana que “para marcar os lugares dos membros familiares
na sala usamos as denominadas 'âncoras de solo”. Esses são instrumentos de ajuda
que ficam no chão, e o cliente pode se posicionar sobre eles durante o processo. A
experiência corporal de estar em seu sistema e contexto, encontrando um bom lugar
para si através de mudanças na constelação, será “ancorada” em sua organização
corporal como uma nova estrutura.
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18 Essa informação foi consolidada por meio das vivências em constelação realizadas
por diversos terapeutas.
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uma ordem, ou leis, para que tudo possa fluir adequadamente den-
tro do sistema familiar, sendo o amor uma parte importante dessa
ordem. Assim, Hellinger descobriu que existem princípios que re-
gem os relacionamentos e que agem mesmo sem o conhecimento
ou a vontade dos envolvidos, denominando-os “Ordens do Amor
ou Leis Sistêmicas” (HELLINGER, 2009).
Ao respeitar essas leis sistêmicas, os membros de um núcleo
familiar estão garantindo que o amor possa fluir e florescer, evi-
tando circunstâncias que possam ocasionar desequilíbrios e ema-
ranhamentos no campo familiar (HELLINGER, 2010).
O momento do nascimento de uma pessoa afirma seu perten-
cimento a um núcleo familiar, sendo o seu lugar estabelecido em
função da ordem ou da posição que ela ocupa, surgindo daí as
trocas decorrentes dos relacionamentos que se formam dentro e
fora do núcleo familiar.
Tem-se, portanto, que a primeira Lei Sistêmica, que é a Lei do
Pertencimento, trata que nenhum membro familiar deverá ser ex-
cluído. Cada um tem sua real importância dentro do sistema, seja
esse membro vivo, falecido, doente, criança, mulher, homem, idoso,
etc. Todos os que pertencem à família têm o direito de pertencer
ao sistema familiar e deverão ser reconhecidos e aceitos (HELLIN-
GER, 2010). Acerca disso, Hellinger (2006) defende que:
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19 Inocência para Hellinger é uma das experiências da consciência pessoal, assim como
a culpa. A inocência não está vinculada às noções de bem ou mal, estando ligada
ao condicionamento social. O ser humano se sente inocente quando se comporta de
modo a assegurar que pertence a um grupo.
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3. Direito Sistêmico:
Uma experiência na justiça brasileira
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3.4.1 Nordeste
Nesta região, 8 (oito) Tribunais de Justiça (Bahia, Alagoas,
Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Maranhão e
Paraíba) têm utilizado o Direito Sistêmico.
Inicialmente, no Tribunal de Justiça baiano, em 2006, o juiz
Sami Storch começou a ministrar workshops, para magistrados e
servidores, sobre constelações familiares, apresentando a possibi-
lidade da utilização dos princípios e das técnicas das constelações
sistêmicas para a resolução de conflitos na Justiça (TJBA, 2015a).
Nos anos de 2012 e 2013, a técnica da constelação foi aplica-
da nas ações que tramitavam na Vara de Família do município
de Castro Alves (BA), por iniciativa do juiz SamiStorch. Nesta
experiência, a maior parte das ações selecionadas para participar
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3.4.2 Sudeste
Em São Paulo, desde o ano de 2016, a Comarca de São Vicente
utiliza a técnica da constelação na Casa da Família, onde funcio-
nam as duas varas, um Centro de Conciliação e Mediação e o Ser-
viço Psicossocial. Em agosto de 2017, a magistrada Vanessa Aufie-
ro da Rocha, da 2ª Vara da Família e das Sucessões da Comarca
apoiou dois projetos, um para realizar um curso para servidores e
outro para ministrar palestras vivenciais à comunidade jurídica e
aos demais usuários do sistema de justiça (TJSP, 2017b).
O curso “Percepções sistêmicas: o despertar de uma nova
consciência jurídica” foi composto por sete módulos, direcionado
aos advogados, conciliadores e mediadores, assistentes sociais,
defensores, conselheiros tutelares, juízes, psicólogos e promoto-
res. Destaca-se o relato da servidora LizianeTaconi Migues, par-
ticipante do curso:
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3.4.4 Norte
Segundo o Relatório de Gestão do Tribunal de Justiça do Pará,
ano base 2015-2017, esse Tribunal foi o primeiro no Brasil a insti-
tuir formalmente a técnica da Constelação Sistêmica como ferra-
menta de apoio para orientação das decisões dos juízes e solução
consensual dos conflitos (TJPA, 2018).
Em abril de 2015, o NUPEMEC/TJPA promoveu palestra com
a oficiala de Justiça Carmem Sisnando, especialista na técnica
da Constelação Familiar, com o intuito de expor a metodologia
e viabilizar sua aplicação como método de resolução de conflitos,
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3.4.5 Sul
Em maio de 2017, o Centro Judiciário de Solução de Confli-
tos e Cidadania (CEJUSC) de União da Vitória, no Paraná, deu
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4. Aplicação das Constelações
Sistêmicas no Direito
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23 Para melhor explicação desse item, Hellinger exemplifica: “Um homem abandonou
a antiga família para assumir o atual relacionamento. A segunda esposa, muito
enciumada, quis abandoná-lo também. Na constelação familiar, percebeu
claramente que se sentia obrigada para com a primeira família do marido, solidária
com ela”HELLINGER, 2008, p.56).
24 “Nossos antepassados, compreendidos aí os pais, certamente têm direito a
homenagens. Diante deles somos apenas crianças e devemos nos comportar como
crianças respeitosas. Isso significa que devemos confiar neles para encarregar-
se de seus problemas de adultos. Não devemos nos mostrar arrogantes e pensar
que podemos assumir seu lugar. Por exemplo, quando um casamento vai mal, um
filho carregará o peso de precisar fazer feliz um de seus pais. Muitas vezes, numa
constelação, fazemos com que um filho diga a seus pais: "Vocês são os adultos e eu
sou a criança. Eu sou pequeno e vocês são grandes” (MANNÉ, 2008, p.18).
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Não há uma exclusão dos pais biológicos, mas sim uma inclu-
são dos pais adotivos no sistema familiar, em que todos, pela lei
do pertencimento, fazem parte do sistema familiar e devem ser
honrados e respeitados, valendo lembrar que a lei da hierarquia
prioriza quem chegou primeiro; assim, os pais biológicos são mais
importantes porque deram a vida à criança ou ao adolescente.
(HELLINGER, 2010)
Atualmente, no ordenamento jurídico brasileiro, sob o princí-
pio do melhor interesse da criança e do adolescente, passou-se a
preocupar-se mais em prestigiar os interesses superiores da crian-
ça e do adolescente. O marco inicial dessa nova postura jurídica
se deu quando o Brasil ratificou a Declaração dos Direitos da
Criança, em 1990.
No Brasil, a adoção é uma medida de caráter excepcional, prio-
rizando o crescimento e o desenvolvimento da criança com sua
família natural, formada pelos pais ou qualquer um deles e seus
descendentes. É o teor do art.39 da Lei 8.069/90:
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26 Nas palavras de Bert Hellinger, “Uma herança é um presente dos pais para os
filhos e, como qualquer presente, deve ser dado conforme o gosto do doador. Ainda
que um filho herde tudo e o outro nada, o ressentimento não traz consequências
benéficas. Toda herança é imerecida” (HELLINGER, 2008, p. 71).
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27 “Se na herança repousar um fardo, nós nos livramos dele por meio de uma renúncia.
Se nela repousar uma bênção, nós a tomamos como uma bênção. Provemos benção
com ela: uma rica bênção para muitos” (HELLINGER, 2014, p. 88).
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28 Princípio da reserva legal (não existe crime sem lei que o defina, art. 5º XXXIX),
princípio da insignificância ou da criminalidade de bagatela (quando ocorrer a
mínima ofensividade da conduta, ausência de periculosidade, o reduzido grau de
reprovabilidade no comportamento e inexpressividade da lesão jurídica), princípio
da adequação social (não poder ser considerado crime uma conduta que afronte o
sentimento social de justiça), da intervenção mínima (a atuação estatal deve ocorrer
na tutela dos bens jurídicos mais relevantes e em case de maior gravidade), princípio
da proporcionalidade (a sanção aplicada não deve ser excessiva), humanidade
(apregoa a incostitucionalidade da criação de tipos penais ou sanções que violem
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4.3.1 Crime
De forma sucinta, o crime possui três aspectos importantes
para a sua constituição: o material, o formal ou analítico e o le-
gal29. O Código Penal Brasileiro adotou um conceito bipartido do
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punição, por fim, no contexto legal o conceito de crime é o definido pelo legislador
(MASSON, 2014, p.157-162).
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31 Destino é aquilo que sem saber o motivo uma pessoa segue. Quando se olha com
exatidão, percebe-se que o destino é determinado por uma consciência coletiva
inconsciente que atua nas famílias (HELLINGER, 2016, p.66).
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5. Advocacia Sistêmica
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5.2.1 Autoconhecimento
O advogado deve ser capaz de observar a si mesmo. A maioria
dos profissionais se preocupa exclusivamente em como lidar com
seu cliente e esquece da arte da auto-observação, que se realiza
“olhando para o próprio processo interno, momento a momen-
to, que pode ser chamada de centramento” (LIEBERMEISTER,
2013, p.200). Autoconhecer-se amplia a possibilidade de o profis-
sional se observar e explicar suas características pessoais, como se
fosse fazer uma autodescrição.
Sem dúvida, esse centramento não é tarefa fácil, por isso, mui-
tas pessoas evitam ter esse encontro consigo mesmas. “Os homens
estão sempre fugindo. Fogem de si mesmos, estando sempre fora.
Fora do outro, fora da compaixão, fora do amor. Estando fora de
si mesmos, estarão sempre em conflito. A questão é como poder
reverter isso, pois seu maior conflito é o retorno ao seu interior”
(WARAT, 2001, p.58).
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5.2.3 Empatia
Daniel Goleman (2014) denomina de Tríade da Empatia as
três principais formas da capacidade humana de perceber o que
as outras pessoas estão vivenciando, que são a empatia cognitiva,
emocional e preocupação empática.
A empatia cognitiva dá a possibilidade de compreender a pers-
pectiva da outra pessoa, entender seu estado emocional e, simulta-
neamente, gerir as próprias emoções, enquanto avalia as da outra
pessoa, ou seja, torna-o capaz de analisar a forma de pensar do
outro e seguir uma linha de pensamento que o ajuda a eleger uma
comunicação que se encaixe no modelo de compreensão alheio
(GOLEMAN, 2014).
A empatia emocional, por um outro viés, o une à outra pessoa
e o faz sentir junto a ela. Os corpos ressoam quaisquer sentimen-
tos, seja alegria seja tristeza, que a pessoa possa estar sentindo.
Embora essas duas formas auxiliem o advogado a reconhecer o
que o cliente pensa e sente o que está sentindo, isso não necessa-
riamente o conduz a se preocupar com seu bem-estar. A preocu-
pação empática transcende essas duas formas. Ela estimula que o
indivíduo se preocupe com o outro e o mobiliza para auxiliá-lo no
que for necessário (GOLEMAN, 2014).
O atendimento empático exige do profissional um trabalho
de autoconhecimento. Consoante entendimento de Daniel Gole-
man, “a empatia exige um ato de autoconsciência: lemos os outros
ao nos conectarmos com nós mesmos” (GOLEMAN, 2014, p.105).
Com efeito, o atendimento sistêmico, e mais humanizado, ne-
cessita da aliança dos pressupostos acima descritos: autoconheci-
mento, presença e empatia. “Quando um profissional do Direito
também está presente, o cliente sente-se visto e recebido. A pre-
sença estabelece uma base de respeito e confiança entre o profis-
sional e o cliente” (CARVALHO, 2018, p.77).
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que a pessoa realmente quis dizer. “Se não temos certeza de que
compreendemos a mensagem com exatidão, podemos usar uma
paráfrase para provocar uma correção do nosso palpite” (RO-
SENBERG, 2006, p.141). Pode haver um questionamento errôneo
de que repetir a mensagem do cliente, por meio de paráfrases, é
perda de tempo, no entanto o autor expõe o contrário:
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5.4 Aplicabilidade
Ao advogado cabe o papel de postular, ou seja, pedir ou exigir
do Estado a aplicação da sua função jurisdicional. Para que o ci-
dadão tenha o seu direito tutelado, necessita da assistência de um
advogado, termos presentes no art. 133 da Constituição Federal
de 1988: “O advogado é indispensável à administração da justiça,
sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da pro-
fissão, nos limites da lei”.
Por seu turno, o art. 2º do Estatuto da Advocacia, Lei n.º 8.906,
de 04 de julho de 1994, ressalta as características primordiais da
Advocacia, que são a indispensabilidade; inviolabilidade; a função
social e a independência.
Dentro do contexto social, na concepção de Paulo Lôbo, a
função da advocacia, quando exercida no viés privado, ganha
status de função social intrínseca, porque o interesse particular
do cliente e os honorários do advogado não podem prejudicar os
interesses sociais e coletivos. Portanto, na edificação de uma jus-
tiça social, o causídico precisa sedimentar a aplicação do Direito
e não apenas da lei (LÔBO, 2017).
Na atualidade, a advocacia, estimulada pelo Código Processo Civil,
art. 3º, o qual “estabelece que a conciliação, a mediação e outros méto-
dos de solução consensual de conflitos devem ser estimulados pelos ad-
vogados e demais operadores do direito, inclusive no curso do processo
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