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Segunda-feira 5 de Dezembro de 1983 1 Série — Nimero 279 DIARIO DA REPUBLICA PREGO DESTE NUMERO - 16$00 SUMARIO Presidimcle do Consetho do Ministres « Ministé- los das Finances © do Plane » do Camércio © Turlsme: Decrato-Lel ns 423/83: Define utilidade turistica e estabelece os princfpios © ‘equisitos necessdrlos para a sua concessfo. Revogs, tlém de outras disposigoes, as Leis n.” 2073 © 2081, Fespectivemente de 25 de Dezembro de 1954 ¢ 4 de Junho de 1956. Ministicto des Financas « do Plano: Portaria n> 1018/83: ‘Adopta © Agio © 0 cimbio médio de liquidagio de con- tribuigdes, impostos € taxas que tena por base 0 ouro ‘ou moeda estrangeira Ministirio da Educagio: Portaria a 1017/89: Cria 0 gras de mestee em Probabilidades ¢ Estatistca, ‘em Extatistica e Tavestigag#o Operacional ¢ em Com Biagio ne lcoldade dt Citnean dx Univoridade Nota. — Foi publicado um 2° suplemento 40 Didrio da Republica, n° 68, de 23 de Margo de 1985, inserindo o seguint: Ministério das Finangas © do Plone: Avieg ne 2: Revoge 0 avo de 19 de Abril de, 982, pubiade 20 ‘Diario da Repdblica, 1" série, de 20 de’ Abril de 1982. (Fira e taxa bésice de desconto do Banco de fe as taxas de juro a praticar nas operaptes actives © passives pelas instituigdes de crédito.) PRESIDENCIA DO CONSELHO DE MINISTROS E MINISTERIOS DAS FINANGAS £ DO PLANO E DO COMERCIO E TURISMO Docreto-Lel n° 423/83 de 5 de Dezembro instituto de utilidade turistica tem-se revelado, sem dévida, um dos instrumentos mais eficazes para o de- senvolvimento do sector, em particular no que respeita equipamento hoteleiro e similer, a que foi inicial mente dirigido. Contudo, decorridos cerca de 30 anos da sua vigén- cia, nfo surpreende que no corresponda jé as necessi- dades efectivas do mesmo sector, naturalmente diversas das existentes na fase de arranque do turismo em Portugal. E dai 0 Governo se haver proposto & sua revisio, a que procede agora, a0 abrigo de autoriza- ‘edo legislativa oportunamente concedida pela Assem- bleia da Repiblice. ‘Com efeito, face a0 condicionalismo actual, du criticas fundamentais so apontadas ao sistema: 0 bito de splicagdo demasiado restrito — posto abranger determinados empreendimentos ora conside rados de interesse prioritério, tais como conjuntos turis- ficos, equipamento de animacdo, instalagSes termais casas afectas a turismo de habitagio —, por um lado; e, por outro, a extrema rigidez dos prazos de certos beneficios fiscais, de facto menos consentanea com # nova realidade turistica e a propria evolugéo do sistema tributério, De igual modo é agora a ocasifo oportuna de fazer estender os beneficios # investimentos no campo da remodelagao, beneficiacdo, reequipamento ¢ amplia jniciativas muitas vezes mais dteis merecedoras de estimulo que as dirigidas a empreendimentos novos. Estes foram, pois, os principais elementos conside- rados no quadro das alteragdes introduzidas pelo pre sente diploma, aproveitando-se ainda para definir de forma mais precisa os principios ¢ requisites de atribui- gto da utilidade turfstica — instituto que, ndo serd de Tnais repeti-lo, se tem revelado como um dos mais eficazes factores da politica praticada no sector. Assim Usando da autorizagéo conferida pela Lei n° 7/83, de 6 de Agosto: © Governo decreta, nos termos da alinea b) do n° | do artigo 201.° da Constituicio, o seguinte: ‘Artigo 1° A utilidade turfstica consiste na qualifi- casio atribuida aos empreendimentos de carécter turis- tico que satisfagam aos princfpios e requisitos definidos no presente diploma e suas disposigdes regulamentares. 3962 Art, 2°—1—A utilidade turistica ¢ atribulda por despacho do membro do Governo com tutela sobre © sector do turismo, sob proposta do director, do Turismo, instruida com 0 parecer da Comissio de Utilidade Turistica. 2—Os despachos de atribui¢o, confirmagio e revo- gxgio da utilidade turistica serdo obrigatoriamente Publicados no Didrio da Repiblica, s6 produzindo efeitos a partir da data da sua publicagio. Art, 3°—1—A utilidade turfstica 96 poderé ser atribuida -aos seguintes empreendiment @) Estabelecimentos hoteleiros de interesse para © turismo; by Estabelecimentos similares dos hoteleiros clas- sificados como restaurantes; ©) Conjuntos turisticos; @) Parques de campismo; ) Equipamentos de animacio, culturais ¢ des- Portivos, que néo constituam ou integrem conjuntos turisticos; DP) Instalagoes termais; 2) Casas afectas a turismo de habitagéo. 2—Os empreendimentos referidos nas alineas ¢) € f) do nimero anterior poderdo beneficiar da utilidade turfstica, se forem considerados de interesse para o turismo ‘pela Direcgdo-Geral do Turismo, 3— Dos empreendimentos referidos na alinea f) do 1 deste artigo esto excluides as instalagdes dest nadas a explorago comercial das guas minerais ou similares, 4—As casas referidas na alinea g) don? 1 s6 poderio beneficiar da utilidade turistica quando pre- vejam a instalacdo, no méximo, de 3 éspedes. 5—A utilidade turistica abrange a totalidade dos elementos componentes ou integrantes dos empreendi- ‘mentos, sem prejuiizo do estabelecido no n° 3. Art. 4°—1—A utilidade turtstica seré apreciada tendo em conta os seguintes pressupostos: @) A localizagao © 0 tipo do empreendimento; 4) O tipo © o nivel, verificado ou presumido, das instalagdes e servigos do empreendiment ©) O interesse do empreendimento no émbito das infraestruturas turisticas da regidos @) A sua contribuigéo para o desenvol regional; ¢) A capacidade financeira da empresa promotora; 1) A adequagao do empreendimento a politica de turismo definida pelos Grgios estaduais com- imento em conta na apreciagao de utilidade turist Art. 5 — 1 — A utilidade turistica s6 pode ser atri- buida a: a) Empreendimentos novos; “ject de remodelagio, benefiaggo ou de Feequipamento totais ou parciais; ) Empreendimentos jé existentes que aumentem a sua capacidade em, pelo menos, 50%. J SERIE—N.° 279 — 5-12-1983 2— Para efeitos do estabelecido na alinea 6) do aiimero anterior, 86 sero consideradas as obras ou melhoramentos tealizados nos empreendimentos que vvisem valorizar ou aumentar a respectiva categoria © a qualidade dos servigos prestados ¢ tenham sido previs- mente aprovados pela Direcgio-Geral do Turismo. 3—A utilidade turistica pode ser atribuida por mais de uma vez a0 mesmo empreendimento, desde que, de- corrido o respectivo prazo, ele venha a preencher de novo 08 requisites exigidos para a sua atribuigdo. Art. 6.—1—A utilidade turistica atribuida qualquer empreendimento abrangeré, durante 0 seu prazo de validade, todas as suas ampliagées sem neces- sidade de qualquer despacho, desde que os respectivos projectos tenham sido aprovados pela Direcsdo-Geral do Turismo e pelas demais entidades oficiais compe- tentes. 2— As ampliagSes a que se refere o niimero anterior ino alteram os prézos fixados aquando da atribuigéo da utilidade turistica para o inicio e termo dos seus efeitos. 3—A entidade proprietéria ou exploradora do em preendimento é obrigada a comunicar & Comisséo de Utilidade Turistica a aprovacdo do projecto da ampl ‘sdo, bem como a sua entrada em funcionamento. Art, 7.°—1— A utilidade turistica poderé ser atri- bufda a titulo prévio ou definitivo, 2— Seré a titulo prévio, quando for atribuida antes da entrada em funcionamento dos empreendimentos ‘novos € nos casos previstos nas alineas 8) e c) don. t do artigo 5° 3 —Seré a titulo definitive, quando for atribuida a ‘empreendimentos jé em funcionamento ou quando re- sultar da confirmagéo da utilizagao turistica concedida a titulo prévio, 4—A utilidade turistica atribuida a titulo prévio teré sempre um carécter precério, ficando os seus efeitos subordinados 4 condigéo resolutiva da sua confirmagio. Art. 82 A atribuigio da utilidade turfstica, a titulo prévio ou definitivo, pode ser subordiriada ao cumpri- mento de determinados condicionamentos ou requisitos, a fixar no respectivo despacho, Art, 9°—1—A utilidade turistica s6 pode ser atribufda a empreendimentos cujos projectos tenham sido aprovados pelos servigos oficiais, centrais ¢ locais, competentes. 2—No caso de se tratar de empreendimento cujo projecto nfo esteja sujcito 8 aprovagso inicial da Direcgdo-Geral do Turismo, 0 pedido s6 seré apreciado depois de 0s servigos daquela Direcsio-Geral 0 apro- varem. Art, 1 —A atribuigéo da utilidade turistica a thtulo prévio pode ser requerida com base no ante- projecto aprovado do empreendimento, No caso previsto no niimero anterior, a tilidade turistica atribuida ficard sempre condicionada 4 apro- vagio do respectivo projecto. 3—E aplicdvel neste caso 0 artigo anterior. Art. 11°—1—A utilidade turfstica valeré pelo razo ¢ nos termos fixados no respectivo despacho de: atribuigao. 2—0 prazo de validade da utilidade turistica atri- buido a titulo prévio nao poderd exceder o méximo de 3 anos ¢ deverd ser fixado tendo em conta 0 perfode sposto non! 2 do 1 SERIE —N. 279 — 5-12-1985 considerado normal para a execugiio do empreendi- mento ¢ a sua entrada em funcionamento. 3 — 0 prazo previsto no ntimero anterior poderd ser prorrogado por igual periodo, a requerimento funda- mentado do interessado, apresentado: até 90 dias do termo do prazo inicial. ‘4—Se a utilidade turfstica tiver sido atribuida titulo prévio, com base no anteprojecto do empreendi- mento, 0 prazo fixado s6 terd inicio a partir de data da aprovagao do respectivo projecto. 5 — Para efeitos do estabelecido no nimero anterior, interessado deverd apresentar na Comissio de Util dade Turfstica um exemplar do projecto aprovado, no prazo maximo de 1 més contado da data da sua apro- Vacio, salvo se esta tiver sido realizada pelos servigos da Direcgdo-Geral do Turismo. Art. 12°—1—A confirmagio da utilidade turis- tica atribuida a titulo prévio deve ser requerida no prazo de 6 meses, contado das seguintes datas: 2) Da abertura 20 piblico dos empreendimentos; 5) Da rcabertura ao pablico dos empreendimentos, quando tenham encerrado por motivo de obras ou melhoramentos realizados; €) Do termo das obras, nos restantes casos. 2 — Para efeitos do estabelecido no néimero anterior, ‘a data de aberiura ou reabertura ao piblico € aquela fem que o empreendimento foi autotizado a funcionar pela entidade competente. "— Para efeitos da atribuigéo da utilidade turistica 1 titulo definitivo resultante da confirmagdo requeri fos termos do n? 1 deste artigo, a Comissio de Util dade Turistica verificard se foram cumpridos os prazos f¢ demais condicionamentos fixados legalmente © no despacho de atribuigéo a titulo prévio, bem como & qualidade dos servigos prestados. ‘Art, 135—1—A atribuigdo da utilidade turistica 1 titulo definitivo, fora dos casos previstos no artigo ‘anterior, s6 pode ser validamente requerida dentro do prazo de 6 meses contado da data da abertura 20 pd- blico do empreendimento. 2—E aplicével neste e280 0 disposto no n° 2 do artigo anterior. ‘Art. 14°—1— A utilidade turistica pode ser revo- gada nos seguintes casos: 4@) Se no forem cumpridos 0s requisitos ou con- dicionamentos fixados no despacho de atri- buigio; b) Se forem realizadas alteragSes no empreendi- ‘mento que néo tenham sido submetidas ® apreciagéo prévia da Comissio da Utilidade ‘Turistica, independentemente de terem sido ou nio ‘aprovadas pelas entidades com- petentes; ©) Se 0 empreendimento for explorado em termos diferentes daqueles que foram apresentados & Comissio da Utilidade Turistica, salvo parecer favorével desta aos novos moides da exploragio; d) Se o empreendimento for desclassificado; ©) Se as instalages do empreendimento apresen- tarem um deficiente estado de conservacio; ) Se forem constatadas reiteradas deficiéncias dos servigos prestados no empreendimento. 3963 2.—No caso da utilidade turistica atribulda # titulo prévio, esta poderd ser revogada também nos seguintes cas0s: 4a) Se o empreendimento for realizado em termos diferentes do projecto que serviu de base 2 atribuigao; 6) Se 0 interessado deixar caducar a aprovagio do anteprojecto do empreendimento ou no ‘conseguir obter a aprovagdo do respectivo projecto; ©) Se no comunicar a aprovacio do projecto do empreendimento, quando for caso disso; 4) Se no prazo de validade fixado, ou no da sua prorrogagao, 0 empreendimento nio for aberto ao piblico ou nao forem realizadas fas obras ou melhoramentos que determina- ram a. atribuigao: ©) Se nio for requerida a sua confirmagio no prazo legalmente estabelecido. 3—A revogado da utilidade turistica poderé ser proposta pelo directorgeral do Turismo, acompanhada de parecer fundamentado da Comissio da Utilidade Turistica. ‘Art. 15.—1—Os efeitos da atribuigéo da utili- dade turistica cessam a partir da data da publicacdo do respective despacho de revogagio, o qual deverd sex comunicado a repartigio de finangas competente € aos demais servigos interessados. 2—A revogagio, que 86 produ efeitos para o fu- turo, determina, no entanto, a caducidade das expro- priagdes ¢ a extingao das serviddes, efectuadas ou Constituidas a0 abrigo do regime da utilidade turistica, bem como 3 liquidagao c cobranga da sisa ¢ do imposto de mais-valias que, porventura, scjam devidos pelos actos praticados, devendo, para’o efeito, ser 0 contri buinte notificado pelo chefe da reparticao de finangas para efectuar o pagamento da sisa o¥ apresentar 2 Aeclaragao modelo n.° 3 do imposto de mais-valias, eonforme o caso, no prazo de 30 dias, sob pena de evantamento de auto de noticia “Art. 16°—1—-As empresas proprietérias © ou axploradoras dos empreendimentos, aos quais tenha sido atribuida a utilidade turistica, gozario, relativa- mente & propriedade c exploragao dos mesmos, dos benefieios fiseais a seguir indicados, mos termos esta- belecidos no presente diploma: @) Isengo ou redugio das taxas de contribuigso: predial, de contribuicao industrial e do im- posto complementer — secgies A c B— relativamente aos rendimentos provenientes dos mesmos empreendimentos; b) Isengio ou redugao das taxas devidas, por licen- ‘gas, a0s governos civis € 2 Direcgao-Geral dos Especticulos; io para metade dos prazos estabele- cidos para as reintegragdes © amortizagées. 2—0 prazo de duragio das isengdes previstas no 1 deste artigo nio podera ultrapassar 7 anos, con- tados da data da abertura ou reabertura ao pal do empreendimento, sem prejuizo do estabelecido no artigo seguinte. 3—As redugSes previstas non.’ 1 deste a poderio ir até 50 % das respectivas taxas e 0 prazo da 3964 1 SERIE—N~* 279 — 5-12-1983 sua duragio seré no méximo de 7 anos, salvo o dis- posto no artigo seguinte. 4—0O despacho de atribuigéo da utilidade turfstica definiré 08 beneficios atribufdos em cada caso ¢ os respectivos prazos, mediante despecho conjunto dos Ministros da tutela e das Finangas ¢ do Plano, com base parecer fundamentado da Direcso-Geral das Con- tribuigdes © Impostos, ouvida a Direcgio-Geral do Turismo. 5—Na definigfo dos beneficios atenderse-4, para além dos pressupostos previstos no artigo 4.*, aos ‘montantes de investimento ¢ de capital proprio © rentabilidade do empreendimento. Art. 172 As empresas proprietérias ¢ ou explora- doras dos’ empreendimentos a quem tenha sido atri- bufda a utilidade turistica a titulo prévio beneficiario também das isengdes ou redugées previstas no n° 1 do artigo anterior desde a data da atribuiclo, ve for observado o prazo fixado para a abertura ou reabertura a0 piblico do empreendimento ou para o termo das obras. Art, 18° As empresas a que se referem os arti g0s 16° ¢ 17. deste diploma ficam ainda isentas do imposto de maisvalias ¢ do imposto do selo devidos pelos aumentos de capital realizados por incorporacdo de reservas € ou por emissiio de aopbes. Art. 19° So isentos de imposto complementar —secgo A— os juros de suprimentos feitos pelos sécios As empresas ou de empréstimos titulados por obrigagSes, desde que uns ¢ outros sejam destinados | construgo, instalagéo ¢ ou funcionamento de em- preendimentos a quem tenha sido atribuida utilidade turistica, a titulo prévio ou definitive. ‘Art. 20.°— 1—Sfio isentas de sisa e do imposto sobre sucessSes ¢ doagies, sendo o imposto do sclo reduzido a um quinto, as aquisigdes de prédios ou de fracgdes auténomas com destino & instalacio de em- preendimentos qualiicados de wtlidade eritica,einds que tal qualificagéo seja atributda a Prévio, esse que esia se mantenha vida e seja observedo 0 prazo fixedo para a abertura ao pdblico do empreen- dimento. 2—A isengdo e a redugSo estabelecidas no ntimero anieror weiter seo tania oa ania fever da empresa exploradora, no caso de a proprietéria ser tina sociedade’ de locasio fnanceira € 2 tanamiseio se operar a0 abrigo ¢ nos termos do contrato de locagio financeira que determinou a aquisiglo do empreendi- mento pela sociedade transmitente. Art. 212 Os beneficios fiscais resultantes da atribuigdo da utilidade turistica cessam automat mente, independentemente da sua revogacio, relative: mente a todo € qualquer elemento componente ou inte- grante do empreendimento, incluindo os prédios € fraccdes auténomes a que se refere 0 n° 1 do ar tigo 20, que sejam subtrafdos & sua exploragio wnt 2—Sempre que se verifique algum dos casos pre- vistos no nimero anterior, a empresa exploradora do empreendimento € obrigada a participé-lo & Direogic- -Geral do Turismo € & repartigéo de financas compe- tente, no prazo de 8 dias, contado da data em que © mesmo Ihe foi comunicado, sob pena de ser soli- dariamente responsdvel pelo pegamento dos impostos devidos pelo proprietétio. 3. — No caso de 0 proprietério do elemento subtratdo {4 exploracio unitéria do empreendimento ter gozado dos beneficios previstos no n° 1 do artigo 20. esse facto implicar4 a liquidacto da sisa ¢ do imposto do selo que seriam devidos pela aquisicio, observando-se © disposto na parte final do n.° 2 do artigo 152 Art. 22°— 1 — As empresas proprietdrias ¢ a5 ex: loragbes dos empreendimentos novos, referidos nas ness a) © c) do n.* 1 do artigo 3. gozario das isengées revistas na alinea a) do n° 1' do artigo 16° pelo prazo de 7 anos, contado da sua abertura a0 péblico, e da reduglo @ 50 % das taxas dos mesmos impostos taxas nos 7 anos seguintes 2—No caso de ter sido atribufde Aqueles empreen- dimentos a utilidade turfstica a titulo prévio, as em- Presas gozario também das isenoées previstas nas alineas a) ¢ 6) do n.° 1 do artigo 16.*, nos termos fixados no artigo 17.° Art. 23°—1—O regime estabelecido no artigo anterior € aplicdvel as empresas proprietéries ¢ as exploradoras dos parques de campismo novos, sendo 6 razo das lsenges reduzido a 3 anos eo da redugdo 82 anos. 2—E igualmente aplicével, neste caso, 0 disposto no n° 2 do artigo anterior. Art. 24°—1— As empresas proprietérias © as exploradoras dos estabelecimentos novos, referdos na alinea 6) do n 1 do artigo 3.°, gozario das isengées Previstas nas alineas a) 6) do n° 1 do artigo 16° pelo prazo de 3 anos, contado da sua sbertura 20 iblico, © do beneficio previsto na alinea c) do mesmo nimero nos 3 anos seguintes, 2—E aplicével, neste caso, o disposto no n° 2 do artigo 22° Art, 25.°— 1— As empresas proprietérias © as ex- Ploradoras dos empreendimentos novos, referidos na alinea ¢) do n.° 1 do artigo 3°, gozario das isengbes revistas nas alfness a) € 6) do n° 1 do artigo 16° Belo prazo de 3 anos, contado da sua abertura 20 pablico, e da redugo a 50% das taxas dos mesmos impostos ¢ taxas do beneficio previsto na alinea ¢) do mesmo nimero nos 2 anos seguintes. Art. 26.° Os proprietérios das cases afectas 20 tu- rismo de habitagio gozardo das iseng6es previstas nas alineas a) € b) do n2 1 do artigo 16° pelo prazo de 3 anos, contado do termo das respectivas obras. Art. 27.2 Nos casos previstos nas aliness 5) e c) do nS 1 do artigo 5, os beneficios a atribuir as respec- tivas empresas proprietérias ¢ as exploradoras ‘nunca poderio ser superiores a0s fixados no caso dos em- Preendimentos novos. Art, 28°— 1— E admitida a expropriaglo por ut dade péblica nos termos da legislaclo aplictvel, dos bens iméveis ¢ direitos a eles relativos necessérios & construgio, ampliagéo ou beneficiaclo de empreendi- mentos a que tenha sido atribuida a utilidade turfstica a titulo prévio ou a ampliacdo, adaptagio ou renovaglo de empreendimentos existentes com a utilidade turfstica atribulda a titulo definitivo, 2—O requerimento para declaraggo de utilidade Piblica deverd: ser instru(do, para além dos demais documentos legalmente exigidos, com 0 parecer favo- rével dos servigos de turismo. Art. 29°— 1 —Poderé ser declarada de utilidade ica, nos termos da legislacdo aplicfvel, a consti- tuigdo de servidées sobre prédios vizinhos daqueles 1 SERIE — N° 279 — 5-12-1983 onde esté ou serd implantado o empreendimento, desde que tais servidées se mostrem estritamente indispensé- veis & adequada exploragdo de empreendimentos a que tenha sido atribuida, prévia ou definitivamente, a utili dade turfstic 2—O requerimento para declaraglo de ul piiblica deverd ser instruido, para além dos demais documentos legalmente exigidos, com os seguintes ele- ‘mentos: 4a) Documento comprovativo de que o respective ‘empreendimento beneficia de utilidade tu- tistics; b) Meméria justificativa da necessidade das ser vvid6es pretendidas, acompanhada, se neces- strio, das representagées grificas ou foto- grificas adequadas; ©) Parecer da Direcgo-Geral do Turismo relati- ‘vamente & indispensabilidade de tais servi- jequada exploragao do respectivo ) Documento passado pela Direcsio-Geral do ‘Turismo, no caso de haver obras a executar relacionadas com a servidio pretendida, de que 0 projecto ou anteprojecto dessas obras se encontra legalmente aprovado e de que tais obras interessam 20 empreendimento. Art. 30 A declaragéo de utilidade péblica para efeitos de expropriagdo ou de constituigo de servi- dées, fundamentada na utilidade turistica atribuida a titulo prévio, caduea no caso de no se verificar a respective confirmacio. Ast. 31.°— 1 —No caso de se verificar a substitui- do da empresa proprietéria ou exploradora do em- preendimento a quem tenha sido atribuida a utilidade turfstica, deve a mesma ser comunicada & Direcgfo- Geral do Turismo, no prazo de 2 meses, a contar da verificagio de tal facto, sob pena de 0 novo titular nfo poder prevalecer-se dos efeitos da atribuigio da utili- dade turistica 2—A comunicagio deve ser acompanhada dos do- cumentos comprovativos da_alteracao verificada. 3— A Direcgio-Geral do Turismo deverd comunicar tais alteragées & repartico de finangas competente € demais servigos interessados. Art, 52°—1—A atribuigéo da utilidade turistica poderé ser requerida pela empresa proprictéria do empreendimento e ou pela empresa exploradora. 2—0 requerimento seré apresentado na Dirccglo- Geral do Turismo ¢ serd instrufdo com os elementos ‘que forem fixados por despacho do membro do Go- ‘verno com tutela sobre o turismo. 3—A Comissio da Utilidade Turistica poderé sem- pre solicitar aos interessados quaisquer outros elemen- tos que considere necessérios para a correcta apreciaglo do pedido e fundamentagao do seu parecer. ‘Art, 35°— 1—E eriada na Direcgdo-Geral do Tu- rismo a Comissio da Utilidade Turistica, constituida por 3 elementos designados pelo membro do Governo com tutela sobre 0 turismo. 2—A Comissio funcionaré na dependéncia directa do director-geral ¢ seré apoiada pelos servigos da Direcgio-Geral. 3965 Art. 34° —1—Compete & Comissfo da Utilidade ‘Turistica: 4) Organizar 0s processos relatives & utilidade turistica e apresenté-los a0 director-geral do Turismo para despacho; b) Dar parecer sobre as questdes suscitadas nos processos relatives & utilidade turistica; ©) Propor a instrugdo de pressupostos espectficos 4 ter em conta na apreciacao da atribuigo da utilidade turistica aos diversos empreen- dimentos; 4) Propor o estabelecimento de condicionamentos ‘ou requisitos genéricos a observar nos em- reendimentos a quem for atribuida a utili dade turlstica, designadamente quanto 20 seu funcionemento; @) Propor os elementos que devem instruir os pe- didos de atribuigdo da utilidade turistica; f) Verificar e fazer verificar o cumprimento dos pprazos e, bem assim, dos condicionamento: ‘ou requisites fixados nos despachos de atri ‘buigdo da utilidade euristic #) Fazer publicar, @ expensas dos interessados, ‘98 despachos relativos a utilidade turfstica bem como realizar as comunicagdes a ela respeitantes, nos termos estabelecidos no presente diploma; 1h) Enviar a0s servigos de registo competentes 08 elementos respeitantes & atribuigao ou revo- 2) Notificar a empresa proprietéria e ou explora- dora do empreendimento das obras a reali- var para colmatar as faltas verificadas, 2— No exerc(cio da compettncia que lhe é atribuida ‘nos termos do niimero anterior, a Comisséo da Utilidade Turfstica poderd solicitar aos servigos de inspec¢ao da Direcgdo-Geral do Turismo a realizaglo de inspecsSes ou vistorias aos empreendimentos que julgue neces- srias. ‘Art, 352 O disposto no presente diploma sobre os beneficios fscais emergentes da atribuicio da utilidade turfsticn néo € aplicavel aos empreendimentos decla- rados de utilidade turistica definitiva a0 abrigo da legislagao anterior, que continuardo a regular-se por ela. ‘Art. 36° Sio revogados a Lei n° 2073, de 23 de Dezembro de 1954, 2 Lei n.* 2081, de 4 de Junho de 1956, 0 artigo 24. do Decreto-Lei n° 588/70, de 27 de Novembro, 0 artigo 16.° do Decreto Regulamentar 1? 38/80, de 19 de Agosto, €0 artigo 38.° do Decreto- Lei m? 74/71, de 17 de Margo, sem prejuizo do dis- Posto no artigo anterior. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 13 de Setembro de 1983.— Mério Soares — Carlos Alberto da Mota Pinto —Erndni Rodrigues Lopes — Alvaro Roque de Pinko Bissaia Barreto Promulgado em 18 de Novembro de 1983, Publiquese. © Presidente da Reptiblica, ANrés10 RaMALHo EANES, Referendado em 21 de Novembro de 1983. O Primeiro-Ministro, Mario Soares.

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