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Apostila ProfaJordana ModuloHTP
Apostila ProfaJordana ModuloHTP
Docente ministrante
jordanacellipsi@gmail.com
Natal (RN)
2018
CURSO - TESTE DO DESENHO DA CASA-ÁRVORE-PESSOA – HTP
Material de Apoio
As técnicas projetivas constituem uma forma de linguagem e, por isso mesmo, viabilizam
um meio de conhecimento do ser humano (personalidade). Além disso, abordam as
representações construídas pela pessoa a respeito de si mesma, de seu mundo circundante e
do acervo de experiências formadoras de sua história de vida.
CONCEITO:
CARACTERÍSTICAS:
O HTP é considerado uma técnica projetiva gráfica (de desenho) que visa a penetrar na
personalidade do indivíduo. Hammer (1991) ampliou o conceito de projeção de Freud, no qual o
projetado é sempre recalcado, e a define como a “colocação de uma experiência interna ou de uma
imagem interna, no mundo exterior. (...) a projeção é o processo psicológico de se atribuir
qualidades, sentimentos, atitudes e anseios próprios, aos objetivos do ambiente (pessoas, outros
organismos ou coisas). O conteúdo da projeção pode ou não ser conhecido pelo sujeito como parte
de si próprio”.
Trabalhando com as técnicas projetivas, o psicólogo deve cuidar de alguns aspectos que
envolvem desde a própria competência técnica até a ambientação correta para a aplicação do teste,
o bom estado do material, a sua disponibilidade interna e a disponibilidade objetiva. Sobre esta
última referimo-nos ao tempo que se reserva para fazer o bom atendimento. Observar as condições
do cliente também é fundamental. Dentre essas condições, o cliente deve estar bem alimentado, ter
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dormido um período satisfatório e, salvo algumas exceções, livre dos efeitos de medicamentos que
interferem e modificam o comportamento, porque atuam sobre o Sistema Nervoso Central – SNC.
o Antes da aplicação
1-Estudar bem o teste e familiarizar-se com o manual de instruções.
4-Providenciar para que a sala não contenha elementos de distração. Por exemplo: cartazes,
quadros, enfeites e outros, assim como não esteja sujeita a muito ruído e outros fatores de
perturbação exterior. Enfim, procurar trabalhar em sala isolada, silenciosa e arrumada com
simplicidade e discrição.
5-Providenciar para que a aplicação não seja interrompida por avisos, visitas, chamadas etc.
6-Preparar previamente todo o material a ser utilizado: folhas de protocolo, folhas avulsas de papel
em branco, lápis, manual de instruções e o manual dos testes propriamente dito.
7-Escolher hora conveniente, de acordo com a idade do sujeito e outros aspectos práticos.
o Durante a aplicação
1-Acolher o sujeito com afabilidade e naturalidade.
2-Ficar a sós com o sujeito, a não ser que se trate de criança muito pequena. Neste caso, a mãe ou
quem cuida da criança pode estar presente.
3-No caso anterior, o responsável deverá receber algumas instruções: que não se espera da criança
a solução de todas as tarefas apresentadas e que ele (responsável) não deve interferir no exame,
encorajando ou auxiliando o filho, a não ser quando especialmente solicitado.
4-A atitude do examinador, em geral, deve ser: atenciosa, afável; não seco e impessoal, mas
também, não muito demonstrativo ou “esparramado” afetivamente.
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5-A ordem em que os desenhos devem ser administrados, em geral, é especificada no manual.
6-A anotação das respostas deve ser feita cuidadosamente na folha de protocolo.
o Depois da aplicação:
Anotar tudo que parece interessante quanto ao comportamento do sujeito, completar as anotações
das respostas colhidas e dos dados informativos do sujeito; enfim, deixar em ordem o protocolo da
aplicação feita.
o São mais facilmente aceitos como objetos a serem desenhados por sujeitos de todas as idades;
CASA: a casa, como local de moradia, provoca no sujeito associações referentes à vida doméstica e a
relações intrafamiliares (tanto na época atual, como na infância).
Há uma tendência para as crianças expressarem suas relações com pais e irmãos, enquanto as pessoas
adultas comumente vão além, podendo projetar no desenho suas relações com cônjuge, filhos, etc. Quanto mais
comprometido estiver o sujeito, maior a probabilidade de projeção de relações mais regressivas.
De uma maneira geral, o desenho da casa reflete a percepção da família, seja numa ótica atual, passada,
ou ainda, num futuro idealizado.
O desenho da casa pode representar ainda, a projeção de um auto-retrato, expressando as fantasias, o
ego, a realidade, os contatos, a acessibilidade, etc.
ÁRVORE: parece refletir os sentimentos relativamente mais profundos e inconscientes que o sujeito tem
a respeito de si mesmo. Abrange sentimentos mais básicos e duradouros.
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Os sentimentos mais profundos ou mais proibidos podem ser projetados mais prontamente na árvore do
que na pessoa, com menos medo de se auto-revelarem e menos necessidade de manobras de defesa do Ego.
O desenho da árvore é o menos suscetível a ser alterado na retestagem, sendo também o último a
modificar-se em função de processo terapêutico.
Há ainda uma hipótese de que o desenho da árvore seria uma projeção da relação com a figura paterna.
Objetivo do teste: como técnica projetiva, o HTP tem por objetivo a avaliação da personalidade e de suas
interações com o ambiente, sendo considerado, no entanto, um instrumento coadjuvante no psicodiagnóstico.
Materiais para aplicação: folhas de papel ofício ou A4; lápis grafite n° 2; borracha macia; relógio ou
cronômetro; protocolo de interpretação para cada conjunto de desenhos; mesa e cadeira confortáveis para o
examinando; caixa de lápis de cor com 8 cores (vermelho, verde, amarelo, azul, marrom, preto, violeta e laranja),
caso os desenhos coloridos sejam pedidos.
Condições de aplicação:
Ambiente
-Sala com boa iluminação e onde não haja barulhos e interrupções.
-Evitar que o examinando fique em frente a quadros, figuras ou imagens que lhe oportunizem copiar o
desenho a ser feito.
Atitudes do psicólogo
-Colocar o examinando em situação “ótima”;
-Estabelecer o rapport ;
-O psicólogo se absterá de fazer, durante a realização do teste, qualquer crítica ou sugestão, coletiva ou
individual, por mais grosseiros que sejam os traçados produzidos nos desenhos.
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INSTRUÇÕES
“Eu quero que você desenhe uma CASA. Você pode desenhar o tipo de casa que quiser. Faça o
melhor que puder. Você pode apagar o quanto quiser e pode levar o tempo que precisar. Apenas
faça o melhor possível”.
Não há limite de tempo, mas o psicólogo deve observar e anotar a ordem dos detalhes
desenhados, comentários feitos pelo indivíduo, suas atitudes bem como eventos incomuns na
sequência dos desenhos na primeira página do “protocolo de interpretação”.
A ordem de solicitação dos desenhos deve ser sempre a mesma: primeiro a CASA, depois a ÁRVORE,
depois a PESSOA, e, por fim, a PESSOA DO SEXO OPOSTO a que desenhou (opcional). Esta ordem de
apresentação de estímulos permite uma introdução bem gradual na tarefa gráfica. Uma vez que ela leva a
entidades que são psicologicamente mais difíceis de ser desenhadas.
OBSERVAÇÃO 2: no desenho da CASA, a folha deve ser apresentada ao examinando com o eixo na
HORIZONTAL; nos demais desenhos (ÁRVORE e PESSOA), com o eixo na VERTICAL.
4. Cronometrar assim que ver que a pessoa compreendeu bem a tarefa. Enquanto o desenho
estiver sendo feito, anotar no espaço “Observações gerais” na primeira página do protocolo:
a) latência;
b) ordem dos detalhes dos desenhos;
c) duração das pausas;
d) qualquer verbalização espontânea que surgir ou demonstração de emoção;
e) o tempo total gasto para completar o desenho.
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OBSERVAÇÃO 3:
2a FASE: INQUÉRITO
Costumeiramente, a fase gráfica é seguida por uma fase verbal. Nesta, o psicólogo dá ao
examinado a oportunidade de definir e descrever cada desenho, expresssando seus pensamentos, ideias,
sentimentos ou memórias associados aos mesmos. (procedimento estruturado) – “Inquérito posterior ao
desenho” (VER MANUAL DO TESTE HTP - Buck, 2003).
"Para responder ao questionário que se segue, basta você deixar a sua imaginação o mais
livre que puder. Olhando para cada um dos desenhos que você fez, responda sucintamente”.
DESENHOS COLORIDOS
Na fase cromática do HTP, solicita-se ao examinando que realize mais uma série de desenhos.
Considera-se que os desenhos coloridos feitos após os acromáticos e o Inquérito posterior ao desenho
evoquem um nível mais profundo de experiência do que os desenhos sem cor. Se eles forem ser feitos,
pedir primeiro para o examinando nomear as cores dos crayons disponíveis, para averiguar
possibilidade (e a devida anotação) de daltonismo.
Na aplicação da bateria de desenhos cromáticos, retira-se o lápis grafite no 2 para evitar que o
examinando faça o contorno com este e depois colorir.
As instruções são : “Eu quero que você desenhe uma CASA COLORIDA. Você pode desenhar
o tipo de casa que quiser. Faça o melhor que puder. Você pode apagar o quanto quiser e pode levar o
tempo que precisar. Apenas faça o melhor possível”; depois pede-se ÁRVORE COLORIDA e a PESSOA
COLORIDA.
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Azul:
•Se mais escuro concentra o significado de introversão, controle e adaptação;
•Ainda que utilizado na média deve haver predominância dos tons escuros para que os mecanismos
de controle e adaptação se sobressaiam sobre os aspectos mais impulsivos;
•Se aumentado indica possível constrição dos afetos ou ainda sentimentos de inferioridade;
•Elevado, ainda, pode apontar para formalismo excessivo;
•Contudo se só houver tons claros junto de muitas outras cores quentes, pode sugerir descontrole.
Verde:
•Cor mais comumente empregada;
•Relacionada à esfera dos contatos afetivos e sociais;
•Tende a compreender as situações integrando aspectos intelectuais e emocionais;
•Tons mais escuros tendem a características mais repressoras;
•Tons claros apontam para labilidade.
•Seu índice aumentado pode indicar sobrecarga de estimulação;
•Se rebaixado pode sugerir retraimento social, dificuldades em relacionar-se e instabilidade
emocional;
•Costuma aparecer rebaixado em adolescentes.
Vermelho:
•Relacionado à extroversão, irritabilidade, impulsividade e a agressividade;
•Raramente esta cor aparece rebaixada;
•Baixos índices de vermelho podem indicar, labilidade estrutural, fuga do mundo exterior,
dificuldades em se colocar ou em trabalhar os sentimentos.
•Quando usada com muita ênfase por adultos sugere alta excitabilidade, infantilidade ou falta de
autocrítica.
Amarelo:
•Estimulação melhor adaptada;
•Extroversão comedida e bem canalizada ao ambiente;
•Aumentada pode indicar necessidade de exteriorizar o afeto, ainda que de forma estilizada ou
superficial;
•Se diminuído ou ausente pode apontar para dificuldades de expressar as emoções de forma
adaptada.
Laranja:
•Ambição e produtividade;
•Aumentado pode indicar excitabilidade ou desejo de domínio e até mesmo a onipotência;
•Se baixo, aponta para inibição, submissão ou passividade.
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Marrom:
•Extroversão mais primitiva;
•Relacionado à analidade e suas patologias inerentes tais como as obsessões e compulsões;
•Dificuldade de adaptação, apego excessivo a padrões e normas ou costumes, estão presente nos
índices elevados;
•Se dentro do esperado, pode traduzir perseverança, tenacidade e a determinação da
produtividade.
Violeta ou roxo:
•Cor relacionada à tensão e à ansiedade;
•Tem significado diferente quanto à tonalidade, sendo a mais clara ligada as ansiedades difusas,
tais como sentir-se indefeso;
•Já a tonalidade mais escura reflete ansiedades ligadas a conflitos específicos e pode até levar a
criatividade;
Preto:
•De uso pouco frequente;
•Não pode ser diretamente ligado a depressão, tratando-se mais de repressões;
•Esta ligado ao medo do impulso ou medo ao desequilíbrio emocional;
•Estando na média representa tentativa de estabilização e adaptação.
Cinza:
•Carência afetiva e sentimentos de vazio, além de ansiedade e insegurança ou repressão dos
afetos;
•Se elevado sugere possível timidez, cautela e restrição aos contatos emocionais;
•Insatisfação constante em decorrente dos pobres contatos afetivos e com prevalência de
comportamentos de dissimulação e pouco conhecimento sobre os próprios sentimentos.
3a FASE: nessa etapa realiza-se a interpretação dos desenhos que, por sua vez, examinará a
localização, o tamanho, a orientação e a qualidade geral dos mesmos, bem como, os
desvios nas áreas gerais apresentadas na lista de características dos desenhos. O tempo e
a latência também são considerados
Impressão Geral:
Na análise do desenho, em primeiro lugar, é essencial identificar a impressão geral que causa.
Pressupondo-se que a CASA, a ÁRVORE e a PESSOA tenham sido selecionadas por terem uma significação
simbólica para o sujeito, como temas importantes de sua vida passada, ou por se associarem com aspectos
mais profundos de sua personalidade, algo de muito pessoal se comunica pela impressão geral transmitida
pelos conteúdos projetados.
Alguns desenhos transmitem uma impressão global de vazio, outros se caracterizam por harmonia, outros
por inquietude...
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Interpretação:
Reações corporais enquanto desenha: faz careta; permanece em silêncio; balança partes do
corpo; fica escondendo do aplicador o que está fazendo; levanta da cadeira; sai da mesa de
aplicação; outros.
A atitude do examinando para com o HTP fornece uma idéia grosseira sobre sua
disposição global para rejeitar uma tarefa nova e, talvez, difícil aos seus olhos. A atitude
comum é a de uma aceitação razoável. Raramente os sentimentos de impotência da pessoa que
se depara com uma tarefa que exige criatividade levarão a mesma a rejeitar completamente o
HTP. Do mesmo modo, dificilmente um indivíduo hostil irá recusar de maneira direta a
realização dos desenhos, ainda que possa refugar outras tentativas de exame psicológico
formal. Normalmente a figura mais rejeitada é a da pessoa, pois (a) muitas pessoas
“desajustadas” têm suas maiores dificuldades nas relações interpessoais, (b) o desenho da
figura humana parece despertar mais associações ao nível consciente, ou próximo da
consciência, do que os desenhos da casa ou da arvore, e (c) a consciência corporal acentuada
torna os indivíduos “desajustados” pouco à vontade.
1.1.4 - Rejeita, negando-se a desenhar, necessitando de incentivo por parte do aplicador: indica
autocrítica.
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1.1.6 - Fica indiferente, fazendo sem motivação, normalmente muito rápido para ficar livre do
trabalho.
1.2.1- Abandono de um objeto não completado, recomeçando o desenho em outro lugar da página,
sem apagar o primeiro.
1.2.2- Apagar sem tentar redesenhar (ex.: fazer um detalhe uma só vez).
Se forem escritos durante a fase do desenho (como por exemplo, nomes de pessoas ou
ruas, números, rabiscos ou figuras geométricas), parecem representar uma necessidade
compulsiva para estruturar a situação o mais completamente possível, indicando insegurança.
Pode também configurar uma necessidade compulsiva para compensar uma ideia ou
sentimento obsessivo ativado por alguma coisa no desenho. Sobre comentários verbais, a partir
da bizarrice, da frequência ou superficíalídade/írrelevância dos mesmos, deverá o examinador
ir atualizando suas informações acerca das suas avaliações clínicas. É relativamente comum a
pessoa ficar ansiosa ou emocionar-se enquanto estão desenhando ou sendo questionados sobre
os desenhos, presumivelmente por causa da sua expressão do material reprimido até então. No
entanto, expressões emocionais persistentes de menor ou maior intensidade ou repressão da
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1.4.1- Faz comentários escritos durante a fase do desenho (nomes de pessoas, ruas,
árvores etc.)
Ex: Faz comentários depreciativos sobre seu próprio desenho de forma geral.
Tempo Total Longo: maior que 30 minutos nos três primeiros desenhos. Pode indicar a relutância
em produzir algo por causa do significado emocional do símbolo envolvido, que é intenso.
Tempo Total Curto: menor que 2 minutos, para os três primeiros desenhos. o indivíduo quer
realizara tarefa para ficar livre. pode ocorrer em função da má estimulação que teve para o teste ou
para reduzir sua ansiedade.
Tempo de Latência Longo: o potencial para psicopatologia está presente se demorar mais que 30
segundos para começar a desenhar. Sugere conflito que já pode ser observado desde o inquérito.
Pausa: se o indivíduo fizer uma pausa maior que 5 segundos em cada desenho, é fortemente
sugerido um conflito.
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2.1.1- Muito grande, ocupando todo ou quase todo o espaço disponível ou ultrapassando o limite da
folha.
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2.2.9 – Centro ou área média ( área em torno da intersecção das retas que demarcam os
quadrantes)
2.3) MOVIMENTOS
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2.4) DETALHES
2.5) TRANSPARÊNCIA: simboliza o juízo crítico. Em adultos implica numa falha da percepção
e da crítica frente à realidade, indicando presença de desorganização da personalidade ou
uma ruptura com o meio.
Síntese interpretativa:
Integração dinâmica dos dados mais significativos (os que mais incidência apresentaram ou se
manifestam de forma mais marcante em todo o teste). Os dados levantados deverão ser compreendidos com base
nas informações obtidas nas entrevistas.
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informa sobre o estado das funções de percepção e juízo de realidade e sobre a capacidade, ou
fracasso, para integrar pensamento, sentimento e ação.
o Outro aspecto importante é que a avaliação de um transtorno deve ser baseada em outras
fontes tantas quantas forem possíveis: além do HTP, o psicólogo deve analisar as
entrevistas que, por sua vez, podem ser realizadas, inclusive, com os familiares do
paciente.
o Na avaliação de crianças, o mais correto é o psicólogo buscar com muita cautela, perceber
as “tendências” infantis daquele momento de vida. Alguns traços que têm sido identificados
na infância podem estar associados com transtornos de personalidade na vida adulta.
o Ao terminar esta seção, considero apropriado também fazer um alerta: nem sempre é
possível ter-se certeza, a partir exclusivamente do desenho, qual dos possíveis significados
é o correto na identificação de psicopatologias para caso em particular. Alguns significados
são sempre corretos em uma formulação geral; outros devem ser provisoriamente
encarados como indicações, sendo seu significado mais preciso descoberto em um
psicodiagnóstico mais completo. Não basta “rotular” as defesas, mas sim, “compreender o
processo dinâmico de que fazem parte, o que envolve identificar a modalidade defensiva,
por que o ego optou por ela, com que finalidade optou por ela a que nível evolutivo
corresponde a modalidade defensiva e que características tem essa configuração
defensiva (plasticidade, rigidez etc.). A partir dos indicadores levantados, Grassano
caracteriza as produções neuróticas, psicóticas e psicopáticas” (Silva, 2011, p.252).
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1. Caráter geral do gráfico. Tratamento da folha em branco (= como o sujeito usa esse espaço);
2. Localização (= representante da localização do ego com relação ao mundo externo em
termos de segurança, insegurança, megalomania).
3. Tamanho (idem item 2);
4. Movimento expresso (expansivo ou impedido);
5. Tipo de traços;
6. Distorções, omissões, adições, ênfases.
CASA
ÁRVORE
PESSOA
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a) Ausência de partes essenciais (olhos, mãos, braços, tórax, cabeça etc.), sugerindo falta de
percepção do corpo como totalidade ou “incapacidade para lidar com os problemas da
vida”.
b) Representação ilógica, com transparências, observando-se órgãos internos através do
vestuário;
c) Ambivalência no perfil, com corpo e cabeça em direções opostas;
d) Omissão da roupa ou ênfase nos órgãos sexuais, como desconsideração de normas
sociais ou, ainda, sugerindo aspectos agressivos;
e) Super acentuação de olhos ou orelhas, denunciando hipervigilância paranoide ou
subentendendo componentes alucinatórios;
f) Perfil típico esquizofrênico: “sem cabelo, um rosto parecido com máscara e um físico
magro, rígido, desvirilizado”.
Nas produções com qualidade neurótica estão mantidas de forma adequada a percepção e
o juízo de realidade, e a atribuição de sentido à realidade percebida. Desse modo, caracterizem-se
pela preservação da Gestalt e das qualidades centrais que caracterizam os objetos na realidade.
Os elementos patológicos se manifestam em pequenas áreas e se expressam por ênfase
exagerada, omissão ou zonas confusas que não comprometem a organização da totalidade.
Neurose Obsessiva
a) Casa super detalhada, preocupação pelos detalhes do teto, cercas etc., Estereotipias;
b) Árvore com remendos, estereotipada e com formas nítidas e angulosas;
c) Figura humana super elaborada; figuras rígidas, vestidas, formais; não conseguem dar por
terminado o trabalho; uso de borracha.
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Buck, J. N. (2003). H-T-P: casa-árvore-pessoa, técnica projetiva de desenho: manual e guia de interpretação. São
Paulo: Vetor.
Grassano, E. (2012). Indicadores psicopatológicos nas técnicas projetivas. São Paulo: Martins Fontes.
Hammer, E. F. (1981). Aplicações clínicas dos desenhos projetivos. Rio de Janeiro: Interamericana.
Ocampo, M.L.S, Arzeno, M.E.G., Picolo, E.C. et ali. (2009). O processo psicodiagnóstico e as técnicas
projetivas. São Paulo: Martins Fontes.
Villemor-Amaral, A. E., Werlang, B.S.G. (2011). Atualizações em métodos projetivos para avaliação
psicológica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
PARA NAVEGAR...
www.cfp.org.br
www.vetoreditora.com.br
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