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sauouiaa . we " ani A sy saute me ( NUE: = COG \(@ G « er Wii Ant! scwullld CU . MCG alll? yiiy x (hy \ wt od Wee (Ga (Gu VNUFGOW VID0T0dOHLNY 30 osunge TVIDOS VIDOTOAOULNY ¥ OYSAGOULNI “ww jisvd N svwidOdD 319 upBiy1w ep epopisionun op -SOM'Y oma hore AS poate Prefécio Este livro trata daqueles_ grandes segmentos da espéci hhuma- isnot a tribe pri ag y sas populace, compan dem ca istérica, por: ergou-se sobre as\rufnas da socie- milhées ¢ no sendo pri parte da humanidade, que a sociedade indus dade camponesa. Mas ap: atual, porque habitam a parte ‘subdesenvolvida” do mundo, onde sua longa permanéncia constitui, a0 mesmo tempo, um desafio € uma responsabilidade para os paises que jé se livraram dos gri- Ihées do atraso. Enquanto a revolugio industrial tem avangado 1 passos largos, através do mundo, os aconter seu sucesso defin 10 lugar, trata de uma fase na evolugio da poderd ser itil tanto em cursos de Antropologia fe Sociologia, desde que se ocupem da evolusio da expe- mana. Mas encaro este livro também como um manual sobre a vida camponesa, podendo ser usado em cursos de desenvolvimento econémico, por em cursos comparados de sistemas de Gover lista, em regides geogréficas. que estiverem buscando funda- rmentos sociais para 0 estudo das éreas do mundo em que a ati vidade camponesa ainda constitui a espinha dorsal da ordem so- cial. Insisto nesta fungio do fendmeno do tray s0.ainda é mal compreendido, Muitos escritores falam do mun- do subdesenvolvido como se ele fOsse uma simples espécie de 10 que, uma vez preenchido pelo capital e habilidade indus- / , entraria rapidamente em atividade. Neste trabalho, ten- ) i demonstrar que 0 mundo camponés néo é amorfo, mas or | fenado, possuindo suas formas pa disso, essas formas de organizagio variam de um ambiente cam- ponés para outro. Nenhuma {érmula simplista funcionaré para | ae gel bed ernie 10 SocteDapEs CAMPONESAS todos. A falta de atengio para esse fato tem provocado deci- ses bem intencionadas, tomadas nos nivei dade, que esberram nas barreiras refrat resentadas pelos padres de vida dos camponeses. Invisiveis as cipulas da or dem social, eles, apesar disso, formam uma infra-estrutura da sociedade, que nio pode ser ignorada por mais que se queira Enquanto alguns escritores tratavam as sociedades campo: nesas como agregados amorfos, sem estrutura préj descreviam-nas como populagées “tradici “conservadoras”, em oposicéo as consideradas “moc . Mas tais rétulos limitain-se a descrever um fendmeno — e descre- vern-no mal — sem explicélo. Dizer que uma sociedade € “tra dicional”, ou que sua populacio esté presa a tradigio, nio ex 8 por que a tradigio persiste, nem por que © povo se mantém fiel a ela. A persisténcia, como a mudanca, néo é uma causa, € um efeito, Esforcei-me por apresentar neste livro as causas tanto da persisténcia como da mudanga entre as populagées cam- ponesas do mundo, Enic R. Woe Agradecimentos ‘Ao escrever este livro, contrat intimeras dividas, tanto inte- lectuais como de ordem’ pessoal. Recordo com prazer conversas com Robert Redfield, Barje Hanssen e Daniel Throner, Muitas das idéias apresentadas aqui foram concebidas primeiramente em seminérios; 0 mais proveitoso deles foi o curso sobre Sociedade Camponesa ¢ Cultura, apresentado conjuntamente por William D. Schorger ¢ por mim na Universidade de Michigan. Mervin Meggitt, Sidney W. Mintz e Marshall D. Sahlins i cadeza de su demorados € ‘Ges sobre minhas proposigdes, que ainda nfo estou cap: f responder a todas. Richard N. Adams, Ernestine Fri nald Pitkin, David M. Schneider, Elman R. Service, Sylvia L. Thrupp e Aram Yengoyan leram 0 manuscrito durante uma ou fase de sua longa elaboracio, contribuindo com conselhos, no entanto, vem de longa data, E para que me acompanhou & todos os lugares por onde rse onde estive alojado, fosse entre camponeses ou gm gualquer outro ambiente, Portant, este lvro € deicado acl 1. O Campesinato e seus Problemas Este ivro estuda os camponeses com uma abordagem an- twopolégica. Apesar de ter a Antropologia iniciado suas pes. guisas entre os chamados povos primitives do mundo, ultima. mente 05 antrop6logos tém-se mosteado cada vex mais iateressa. dos nas populagées rurais, que fazem es € mais complexas. Onde se via a examinando os meios de vida de u res do deserto ou de cultivadores ovoasio em alguma floresta tropi freqincia, o mesmo pesquisador interessado em ‘uma pequena cidade da Irlanda, India ou China, ou seja, reas do globo que tempo uma variada e rica tradigdo cultu- tal, abrigada por uma grande diversidade de tipos humanos. En- tte estes, os cultivadores rurais constituem apenas um segmen- to — ainda que muito importante. Assim, os tipos humanos te colocados sob exame antropolégico permanecem em interacio © comunicag#o com outros grupos soc 4 acomtecenclo em Gopalpur, na India, ou em de o pode set explicado nos termos de damente; a explicacio implica tam- bém consideragées que incluem tanto forsas externas que atuam sobre essas vilas como as reagdes de seus componentes.aquelas forgas. if Gomponeses ¢ Primitivas ' (() Nossa primeira preocupasio seré, portanto, responder 0 quie distingue os camponeses dos primitivos mais fregi dos pelos antropdlog camponeses como culti- vadores rurais; ou sej im ¢ criam gado no campo e s construidas no centro da cidade ou em canteitos de.litios em peitoris de janelas, Mas ao mesmo terapo nio po: Py a Soctepapes CAMPONESAS As principsis regides camponesar do mundo. detemos chamé-los de fazendeiros ou emp: lo menos no ¢m que sio conhecidos A fazenda norteamericana € fundamental empresa de produsio comprados ‘no mer- (J negéci vantajosamente no mercado liza um empreen- familia e ndo im afestados de qualquer 8 para o resto do mun- wnatnte 1carnd © Campesivaro & seus PRopLeMas seus membros ou guerreiam entre si, pois forma de relacionamento. Devemos a an- integrante da historia los avancos na fronteira e aca- i_o5_ produtores controlam_os. ve seu préprio trabalho, e trocam-no, 16 SoctepapEs CAMPONESAS junto com seus produtos, por bens e servigos definidos cultural- ‘mente como equivalentes a outros. No entanto, durante 0 pro- cess0 da evolugio cultural, sistemas téo simples como estes vio dando lugar a outros, nos quais o controle dos meios de produ: sao, inclusive a distribuigdo do trabalho humano, transfere-se das’ mios dos produtores primérios para as de grupos que nio ‘stdo encarregados do processo de produsio, mas que assumiram fungées executivas ¢ administrativas, baseados no uso da force. A constituigio de uma sociedade desse tipo nfo estard mais ba: seada nas troces diretas de bens ¢ servigos equivalentes entre um ‘grupo € outro; mas tanto bens como servigos serio fornecidos primeiramente a um centro e s6 depois suldos, Nas 60- ciedades primitiv: ‘05 excedentes sf0 trocados diretainente pe- 49s grupos ou por seus membros; os camponeses, no entanto, sfo_cultivadores rur s excedentes sio transferidos para as ‘maos de um grupo dominante, constituido pelos que governam, lizam para assegurer seu préprio_nivel de vida, © festante entre grupos da sociedade que nio cultiva- Terra, mas devem ser alimentados, dando em troca bens especificos e servigos. Civilizagao O desenvolvimento de uma ordem social cos ca, basea- da na divisio entre os que governam e os que cultivam zindo alimentos, é geralmente apontado como o ¢ complicada; os registros arqu versidade nos proctssos que permitiram ao homem, nas diversas partes do mundo, fazer a transicio de primitives para campone- tes. E bem verdade que grandes parcelas dess capam. No Velho Mundo, por exemplo, o cultivo agrétio ¢ a domesticagio de animais parecem ter existido no Sudoeste da Asia por volta de 9000 a.C., sendo provivel que vilas agricolas sedentérias se tenham estabelecido em 6000 a.C. De modo se- melhante, descobertas no Nordeste do México indicam que se iniciaram por volta de 7000 experiéncias na produgio de alimentos, tornando-se um cultivo pleno e firmemente estabeleci- do 2m torno de C. A partir desses cent in alguns outros semelhantes, 0 cultivo da terra expat © Campesinaro & SEUS PROBLEMAS 7 locidade varidvel, tomando diferentes ditegSes, sendo adapta do as exigéncias dos novos climas e novas situagGes sociais. Mas nem todas as éreas do mundo foram alcangadas de maneira se- melhante por ésse processo. Os habitantes de certas regides nun- ca chegaram 4 aceitar o cultivo da terra ou o fizeram com relu- Hincia, enquanto outros tomavam a dianteira para alcangar né vos niveis de produtividade ¢ organizacio social, que am ¢ detém o poder, 9 que definimos como marco da ci- aso, Minimo Calérico e Excedentes Jé se disse algumas vezes que a sustentagio de uma divisio funcional alimentares exi homem des da populagio mundial tem, de menos de 2.250 calo- m 1.750 calorias), a Chi- ). Deis décimos da populagio mundial incluem-se na categoria que rece- be, em méi a tagdo entre 2,250 e 2.750 calorias per capita; esse gruy a Europa mediterranea e os pafses balcinicos. Somente imos da populagéo mundial — os Estados Uni- 0s, a Europa ocidental e a Uniéo So- viética — conseguem ficar acima de 2.750 calorias.? Mas até mesmo essa conquista deve ser examinada dentro de uma pers: pectiva histérica, No século XVII, por exemplo, a Franga — que forma agora entre os privilegiados dos txés décimos — al- 2 Jean Fourasté, The Causes of Wealth (Glencoe: The Free Press, 1960), pp. 102-103. itissem (CY) a Preparando-se para lan- gar sementer ‘de. cen cangou a marca de 3.000 calotias por pessoa (representada por meio pio por dia) em apenas um em cada cinco anos. No século XVIIL, essa proeza tomou-se possivel em um para cada quatro anos. Em anos mais distantes, a ragio média didria ficava cla ramente abaixo das exigéncias minimas. * —1Os cultivadores nio precisem apenas consumir um minimo de" Facio deverio também pr conseguir um nimero sufi que po: Jo uma boa safra no ano como de alimentos adequados para o gado zenda de 40 acres em Mei por exemplo, produzia, du los de sementes para plantagées, dos quai de ser colocados de lado para serem novamente semeados 1.400 quilos para a alimentacio de qua Mais da me- tade do total produzido era entio recolhida adiantadamente para semear ¢ alimentar.* Esse montante no pode ser considerado 8 Ibid, p. 41. 4 Wilhelm Abel, Geschicbre der deutschen Landwirtrchalt vom iben Mittelalter bis zum 19. Jabrbundert, Deutsche Agratgeschichte I wart: Eugen Ulmer, 1962), p. 95. © Campesivato & seus PRopLEMAs 19 como excedente, uma vez que se destinava 4 manutengdo dos instrumentos de produgio, O cultivador tinka que economizar tempo e esforgos para serem despendidos no reparo de suas fer- ramentas, para afiar suas facas, vedar seu depésito de armaze- pagem, pera cercar seu cutral, para colocar ferraduras em seus animais de trabalho ¢ talvez até mesmo para construir um es, antalho que manteria os péssaros mais atrevidos fora de seus campos. Além disso, ele devia consertar vétias coisas, tais como um telhado defeituoso, um vaso quebrado ou suas proprias rou pas quando elas se rasgavam. tos necessérios para a res: tauragio, dese equipamento mfnimo, tanto para_a_producio co- mo para o consumo, eram o seu fundo de manutencao, E importante que pensemos nesse fundo de manutencio em apenas técnicos, mas também ao cultural que vem do passado. Existem tecnologias sem cerimica, depési- tos para armazenagem ou animais de trabalho. No entanto, des. de que uma d i cles passam a ralmente neces sofo grego Didgenes, um ho- mio de sua iltima taga desde que ele no sinta sede por causa disso — poderd fechar suas prOprias mios em concha, fazendo uma taga com que poderé beber gua ‘Mas uma vez que os copos de barro jé estio completamente in. tegrados nas solicitagées culturais de um homem, eles passim a (CM) gieiticar mas, melo de se beber gua — tans formamese em iménto, diante do qual o homem deveré desdobrar-se para obter. Em conseqiitnela, uma seca, uma invasio de gafanhotos ou qualquer outra desventura. que indo de manutengio, ameacam no somente a minima, mas também a capacidade de n casos em que um producio desde que es mo de calorias ¢ o seu fundo de jadot pode paralisar seus assegurados 0 seu mini- para manutenca por dia, sem nunca razBes trabalhando somente trés horas e rapassar esse perfodo, Nao exi icas ou sociais que justifiquem um esforco adicional | | 20 Soctepapes CAMPONESAS ém dominio de fundo de manutencéo ocorre somente quando existem regras ou incentivos sociais nesse ~sentide, “Esté em jogo 0 maior ponto de controvérsia da Antro- ppologia econémice. Alguns argumentam que o aparecimento de excedentes promoveu 9 desenvolvimento; outros sustentem que excedentes_em_potencial. sio uma presenga universal eo. que conta si0.05 meios.instituldos para mobilizé-los. Excedentes Sociai Fundo Cerimonial Hi dois conjuntos de imperativos sociais. O primeiro ocor- re em qualquer sociedade. Mesmo em lugares onde o homem ite para conseguir seus bens e alimentos, ele deve manter relagoes sociais com seus companheiros, Eles deverio, por exemplo, casar fora da familia em que nasceram, e essa exi- séncia significa que eles serio obrigados a ter contatos sociais com aqueles que sio seus pirentes atuais i | bém preciserio unir-se a seus companheiros para manter a or dem, assegurando @ aceitagio rudim s repras de con- duta para manter a vida possivel ¢ Além disso, terio de recorret uns aos outros durante algumas fases da luta pela alimentacdo. Mas as relagées sociais, de qualquer espéc na passagem de um cOnjuge ibém a aceitacio de boa von- ida um ato piblico, no qual os participa um, de maneira que todos possam ver, que 08 céni wm a idade tanto para omen dor foe de Fil, “Goxace, Mises, thors de Joseph Seckendor}.) B Tepresentam para as pessoas e como as pessoas devem se um se casaram, Todas as relagées. soc or um cerimonial semelhante; este deve ser pago sbalho, bens ou dinheiro, Portanto, se os homens a patticipar das relagGes sogiais, deverdo traba- Ihar para a criagdo de um fundo visando as despesas pot tais ati- vidades. Podemos denominé-lo fundo ceria. vee © fundo cerimonial de uma sociedade > & consdgiiente- mente 0 fundo cerimonial de seus membros — pode ser grande 94 Pequeno, mas o tamanho seré uma questio relativa. Nes las {ndias do México ¢ Peru, por exemplo, os fundos cerimo- isis so muito grandes em comparacio aos seus indices cal6. ricos ¢ seus. fundos de menutencio, jé que naquela regifo um ma grande quantidade de esforco e bens para Promover ceriménias que dio énfase e ilustram « solidariedade da comunidade a que pertencem.* Despesas com cetiménias, evidtncia de que um homem pode gaster ysl et ate at, os de dues & vine povetio. exist em comunidades Beals, Chern, a Sierra Tarascon Vil ‘of Social Anthropology, Publication SoctepaEes CAMPONESAS 8 ituais, dependem da tradicao cultural, variendo de cultw- mp ura. Além disso, em todos os lugares onde houver 4 necessidade de se estabelecer ¢ manter um fundo cerimonial, ste resultard na produsio de excedentes acima do fundo de ma nutengio discutido. Asta de um_camponés. nfo. sio. regulados exclusivamente por exigén- cias relacionadas a0 seu modo de vida. O campesinato sempre fe_um sistema maior, Em conseqléncia, « quan- ide de esforco que deverd ser despendido para sustentar seus 8 de producéo oui para cobrir as despesas cerimoniais estaré condicionada & maneira pela qual o trabalho esté dividido na so- ciedade a que 0 camponés pertence, bem como as regtas que orientam-a divisio do trabalho, Sendo assim, em algumas s0- iedades @ quantidade de esforco requerido para alcangar suas 3 necessidades pode ser bastante pequens © a80, por exem- de uma sociedade onde um homem alimenta-se do que plan- ta ¢ faz seu prdprio equipamento bésico, Para ele o excedente requetido para obter artigos de fora é reduzido; na verdade, idéntico a0 fundo de ma . Isso € verdade também em sociedades onde difere: & a Le Febrreclod oe eee | Wa Cada, lenges AOan| Yoru erpropd (ere cadete] ° Se um planta sementes, mas nfo fez cobertores, pode trocar certo mimero de sementes por uma * quantidade correspondente de cobertores. Assim, o fabricante de cobertores obteré alimentos em troca do seu trabalho. Em situagées como essas, os homens conseguem os bens \trocas, mas — e isso muito importante — a quant ‘alimentos que eles precisam extrair da tores ou vasos necessérios ainda fundo de manutengio, muito embs ta a maneira pela qual éles repdem os bens nio-produ: préprios. Mas é possivel — ¢ cada vez mais 0 é, & medida que a sociedade se (Washington, D._C.: United States Government Printing Office the Soul: The World Office, 1953), pp. 1 ara : Life in the Highlonds of Peru p. 52, 236, 259. J. ara, € importante recoidar que os exforgos na vida [CQ] © Camprsinato E seus PropLemas 23 torna mais complexa — que os ni alimentos e unidades de bens no traduzidos em equiva- determinadas por negociages de produtor consumidor, feitas frente a frente, mas por niveis assimétricos de troca, de- terminados por condicdes externas. Onde as redes de troca sio restritas ¢ localizadas, os participantes devem ajustar os presos de seus bens ao poder equisitivo de seus fregueses potendais. ‘Mas onde as redes de troca sio mais abrangentes ¢ of Presses que néo levam em consideraio o poder aquisitivo da populagio local, um cultivador teré que aumentar de muito a sua produsio para obter a quantia necesséria para a manutencio. Sob tais condigées, uma porgo considerdvel do fundo de ma. nutengéo do camponés poderd tornar-se 0 “fundo de lucro” de outrem, Fundo de Aluguel j—, Ab oh aimee bye Existe ainda um conjunto de imperativos.sociais que pode produzir excedentes além do minimo calérico e do nivel de ma- A relacio do cultivador com profissionais de outras especidlidades pode ser simétrica, como vimos acima, Eles po- dem tocar dif ainda que em niveis tradicio- nais ¢ estabele is de troca das unidades de gue no sio simé- sendo baseadas de certa forma no exercicio do poder. No a fazenda de Mecklenburg, mencionado acima, os, 2,000 guilos de sementes postos a parte, depois que o cultivador de- duziu o fundo de manuten¢i0.recelhido. para! no eram consumidos somente p € trezentos qq quido, destinavam-se ao resgate das di que mantinha a jurisdigéo eu 0 domir 700 ules restavam para aliment ss para com um senhor sobre a terra, Somente minimo, portanto, o culti- vador era obrigado a buscar fontes adicionais de calotias, tais mo as que derivavam de sua horta ou do gado de sua propri de, Assim, esse camponés estava 10 a relagées assi Abel, Geschichte der deutschen Landwirtschaft, p. 95. 24 SocteDaDES CAMPONESAS © Campesinato E SEUS PROBLEMAS 25 i de poder, o que lhe acarretava um Snus permanente em sua pro- sesinato bal le z ‘Be Acie Sn ugo mediante eines gue alo wean sn eel ee ee ae reel de seu trabalho na terra, chamaremgs aluguel cele resgate dric ides is custas doe ptterios campone. de’seu tr na in see cle reser tudrios, que foram construidos as custas dos préprios cam €@tabaho, bet ou dink, Em todos o° lagare cade bos G se. No ain Bo, 0 Fare eal sus cepital tempor. | xercendo poder superic eee ria perto da pirimide que estava sendo construida em sua honra; robre um cultivador, ste deveré produzic um fundo de alugue! o pepel des cidades permanecia insigificnee, Entre on Deeea | Essa produgio de um fundo de aluguel é 0 que distingue, Maya, a integragio politica efetivou-se sem o surgimento de z0- criticamerite, 0 camponés do cultivador primitivo._ Essa produ- nas urbanas densamente povoadas.* A crescente complexidade ‘outro lado, é impulsionada pela existéncia de uma or- de uma sociedade poderé provocar o st rento da cidade, mas Q dem social que possibilita a formagio de um grupo de omens nenisempre inevitavel. Eu gostaria de pe * que, através do poder, exigem pagamentos de outros, resultan de como umn loc habitado no qual se exerce ume combina fa tranaferénca da tiqueza de uma parcela da populagfo para (CY) ‘orando-se util, porque como tempo se moines outra. © que é perda para.o camponés.é ganho para os deten- tores do poder, pois o fundo de aluguel levantado pelo camponés undo de poder” através do qual os dominadores se ‘Ainda hoje, existem diferentes tipos de cidades. Recente- nna India foram encontradas povoagdes onde se viam ain- lar, porém, que existem diversas manei- 0 fundo de aluguel € produzido e d 9s, funcionaram prime’ faindo devotos em peregrinagées perié- ras eram pontos de especia- na elaboragio de algum aspecto da is.? Somente onde uma ou outra des- pela qual se organiza o campesinato, hi virios tipos de campe ato € no somente uma forma de vida camponesa. Indo m além, vé-se que o termo * ‘nada mais nada me- \ hos que uma relacio est excédentes € 0 grupo dominante; ainda que formular algumas quest®es acerca das diferentes séries Sonnevendo at Fungee de condigdes que manterio esse relacionamento estrutural sas na zona rural. © Pais de Gales, por exemplo, ¢ « Noruega centros de domi O Papel da Cidade izago tem sido comumente iden- tificado com 0 desenvolvimento das cidades, Em conseqiién« tem-se definido 0 camponés como um cultivador que tem wm lacionamento duradouro com a cidade: E inegével que durante Egypt (Chicago: Us Sébre os Maya ver \ 0 curso da evolugio cultural os governantes | rdon (Chicago: Aldi. . © Michael Coe, “Social Typo estabelecidos emp centros especiais que se convertiam freqiiente- | * “Coiparative aan boc mente em cidades. inda, em algumas sociedades, os \ governantes que “acampam” simplesmente entre os camponeses, , ‘como & 0 caso dos Watusi, até ha bem pouco tempo entre o cam- aera my Cohn, “Networks and Centers in "Journal of Social Research (Ran 26 Socizpapes CAMPONESAS oon AMULSINATO 1 SUS PROBLEMAS 2 osetia dee. "h 26 itcen es em ua aon ceeceeees slo regides em que mi campo, sendo bastante dé ~ Caawunga ou ausencia de cidades certamente afetaré 0 padrio de ; las em que seu papel foi revenge Glade; mas o local onde o poder e sua influéncia s© co- ainds grinder retets do globe ae ce tapenade plano, | Exitem se do seu estabelecimento ¢ ‘nao constitui vam a terra com suas ferramentas tradicionsis te 26’ pon culti- 4 veo € um instrumento usado para compor 1 a eamagad: ramentas tradicionais no s6 constituer Me 5 | sgadora maioria da populagio com: = F ica pol possvel compor misica plifonica sem | dos de sloguel e lucro que; a ae ae aes i Manse,” Igualmente, a cidade é apenas uma forma — bastante a ja estrutura social, Ema

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