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Caroline Dos Santos Chongola

Dinércia Jacob Machie


Jerson Liquito

Licenciatura em Ensino de Química


2˚ Ano
Pós-Laboral

Laboratório de química II

Calcogénios: Obtenção do Oxigénio e Verificação das suas propriedades

(Comburência, Densidade, Solubilidade)

Docente: M.Sc Josefa Chiau

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo, maio de 2023
Índice
1 Introdução..................................................................................................................3

2 Objectivo Geral..........................................................................................................4

2.1 Objectivos especificos........................................................................................4

3 Parte Experimental.....................................................................................................5

3.1 Materiais e Reagentes.........................................................................................5

3.2 Procedimentos.....................................................................................................5

4 Análise e discussão de resultados..............................................................................5

5 Conclusão...................................................................................................................8

6 Referências Bibliográficas.........................................................................................9

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1 Introdução
O oxigénio é um elemento químico encontrado na tabela periódica, com o símbolo "O"
e número atómico 8. É um dos elementos mais abundantes na crosta terrestre e
desempenha um papel essencial na química da vida e nos processos biológicos.

Características do Oxigénio:

 Estado físico: À temperatura ambiente, o oxigénio é um gás incolor, inodoro e


insípido.

 Reactividade: O oxigénio é altamente reactivo e forma compostos com muitos


outros elementos. É conhecido por sustentar a combustão e é essencial para a
respiração e a oxidação de substâncias.

Importância do Oxigénio:

 Respiração: O oxigénio é fundamental para a respiração aeróbica em seres vivos.


Durante a respiração, as células usam o oxigénio para quebrar moléculas de
alimentos e obter energia.

 Combustão: O oxigénio é necessário para a combustão de materiais inflamáveis.


É a presença de oxigénio que permite que os materiais queimem e libertem
energia.

 Oxidação: O oxigénio está envolvido em muitos processos de oxidação, como a


oxidação de metais e substâncias orgânicas.

 Indústria e Medicina: O oxigénio é amplamente utilizado na indústria e na


medicina. É utilizado em processos industriais, como a produção de aço e no
fornecimento de oxigénio suplementar para pessoas com dificuldades
respiratórias.

Além de sua presença na atmosfera terrestre, o oxigénio também está presente em


compostos, como a água (H2O) e os óxidos. O oxigénio desempenha um papel
fundamental em muitos ciclos biogeoquímicos, incluindo o ciclo do carbono e o ciclo
do nitrogénio.

O oxigénio pode ser obtido em laboratório de diferentes maneiras. Aqui estão algumas
formas comuns de obtenção de oxigénio em um ambiente de laboratório:

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1. A reacção entre peróxido de hidrogénio (H2O2) e óxido de manganês IV
(MnO2) é uma reacção redox que produz água e oxigénio gasoso. A equação
química balanceada para essa reação é a seguinte:

2 H2O2 + 2 MnO2 → 2 H2O + 2O2 + 2 MnO

2. Electrólise da água: A água pode ser electricamente decomposta por meio de


electrólise, resultando na liberação de oxigénio e hidrogénio. Isso envolve o uso
de uma fonte de corrente contínua e eléctrodos adequados imersos em água.

2 H2O → 2 H2 + O2

3. Reacção química: Algumas reacções químicas podem gerar oxigénio como


producto. Um exemplo é a decomposição térmica de clorato de potássio
(KClO3), que produz oxigénio gasoso e cloreto de potássio:

2 KClO3 → 2 KCl + 3 O2

2 Objectivo Geral

 Obter o Oxigénio em laboratério e verificar as suas propriedades, nomeadamente


comburência, densidade e solubilidade.

2.1 Objectivos especificos

 Construir aparelho para a obtenção de gases;


 Obter oxigénio a partir de materiais convencionais e não convencional;
 Verificar as propriedades do oxigénio (densidade, solubilidade, comburência);

 Aplicar as normas de higiene e segurança no laboratório ao manipular o


Peróxido de hidrogénio.

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3 Parte Experimental
3.1 Materiais e Reagentes
Materiais Reagentes
 1 Tubo de ensaio com abertura lateral 45o;
 1 funil de separação;
 Adaptadores (20/13; 20/20) e Anilhas de  Água oxigenada
borracha;  Óxido de manganês (IV), em pó;
 1 Filtro PTEF, 1 Suporte para filtro;
 1 Mangueira de Borracha

3.2 Procedimentos

1. Num tubo de ensaio com abertura lateral de 45 o, colocou-se 2 a 3 espátulas


de Óxido de manganês (IV);
2. Através de adaptador 20/13 adaptou-se ao topo do tubo de ensaio 45º o funil
de separação e introduziu-se 5 mL de Peróxido de hidrogénio;
3. Na abertura lateral 45º do tubo de ensaio, adaptou-se uma mangueira de
borracha para recolha de gás que deveria desembocar num tubo de ensaio
cheio de água imerso numa bacia com água;
4. Abriu-se a torneira do funil e deixou-se gotejar o Peróxido de hidrogénio
sobre o Óxido de manganês (IV);
5. Fez-se a recolha do gás em tubos de ensaio sempre que verificou-se o
surgimento de bolhas dentro dos tubos de ensaio.
6. Fez-se o teste de comburência aproximando-se ao tubo de ensaio contendo o
gás uma lasca acesa.

4 Análise e discussão de resultados


A reacção entre peróxido de hidrogénio (H2O2) e óxido de manganês IV (MnO2) é
uma reacção redox que produz água e oxigénio gasoso. A equação química
balanceada para essa reação é a seguinte:

2 H2O2 + 2 MnO2 → 2 H2O + 2O2 + 2 MnO

Nessa reacção, o óxido de manganês (MnO2) actua como um catalisador,


acelerando a decomposição do peróxido de hidrogénio (H2O2) em água (H2O) e

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oxigénio (O2). O óxido de manganês não é consumido durante a reacção e pode ser
recuperado e reutilizado.

É importante notar que o peróxido de hidrogénio é um agente oxidante, enquanto o


dióxido de manganês é um catalisador que não é consumido na reacção. A reacção
entre H2O2 e MnO2 é frequentemente utilizada em laboratórios e em outras
aplicações para liberar oxigénio gasoso de forma controlada.

 Teste de Comburência

Ao aproximar-se a lasca acesa, o oxigénio que estava presente no tubo apoiou a


intensificar a combustão da lasca. O oxigénio é um gás altamente reactivo e suporta
a combustão de materiais inflamáveis de forma mais eficiente do que o ar
atmosférico comum. Quando uma lasca acesa é colocada em contacto com oxigénio
puro, o oxigénio fornece um ambiente altamente favorável para a combustão. O
calor da lasca acesa reage com o oxigénio, liberando energia na forma de luz e
calor. Isso resulta em uma reacção exotérmica mais intensa do que se a lasca fosse
queimada em ar normal.

 Densidade

O oxigénio é, na verdade, ligeiramente mais denso que o ar. Portanto, quando o tubo
de ensaio contendo oxigénio produzido foi virado para baixo, a lasca acesa não se
apagou imediatamente. A presença do oxigénio, sendo mais denso que o ar,
permitiu que a combustão da lasca continuasse por algum tempo.

No entanto, foi importante notar que, em um tubo de ensaio virado para baixo, a
convecção natural do ar foi interrompida, o que normalmente ajudou a alimentar a
chama da lasca com oxigénio fresco. Com o tempo, o oxigénio dentro do tubo de
ensaio foi consumido pela combustão da lasca e não foi substituído por uma
quantidade suficiente de oxigénio fresco.

 Solubilidade

Em condições normais de temperatura e pressão, a água pode dissolver uma certa


quantidade de oxigénio. A solubilidade do oxigénio na água diminui à medida que a

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temperatura aumenta. Isso significa que a água fria tem uma maior capacidade de
dissolver oxigénio do que a água quente.

A pressão também afecta a solubilidade do oxigénio na água. Aumentar a pressão


geralmente aumenta a solubilidade do oxigénio.

Durante essa decomposição do peróxido de hidrogénio foi possível ver a formação


de algumas bolhas nos tubos de ensaio que continham uma pequena quantidade de
água, isso significa que o oxigénio estava a solvatar em água.

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5 Conclusão
Na reacção entre peróxido de hidrogénio (H2O2) e óxido de manganês IV (MnO2),
ocorre uma mudança no estado de oxidação do manganês. O estado de oxidação do
manganês no óxido de manganês IV é +4 (MnO2), enquanto no producto óxido de
manganês II (MnO), o estado de oxidação é +2.

Essa mudança ocorre porque o peróxido de hidrogénio actua como um agente redutor,
enquanto o óxido de manganês actua como um agente oxidante. Durante a reacção, o
peróxido de hidrogénio doa electrões para o manganês, reduzindo seu estado de
oxidação de +4 para +2.

A equação química balanceada que representa essa mudança de estado de oxidação é a


seguinte:

2 H2O2 + 2 MnO2 -> 2 H2O + 2O2 + 2 MnO

A reacção entre H2O2 e MnO2 tem várias aplicações práticas. Por exemplo, é usada em
foguetes e fogos de artifício para gerar oxigénio para a combustão. Também é usada em
laboratórios e indústrias como uma fonte de oxigénio gasoso.

Quando o tubo de ensaio está virado para baixo, o oxigénio produzido pode se acumular
no topo do tubo, enquanto o ar atmosférico comum, que contém oxigénio, estará ausente
na parte inferior do tubo. A lasca acesa consome o oxigénio disponível em sua
proximidade para sustentar a combustão. Sem acesso contínuo a uma fonte de oxigénio,
a lasca acabará por se apagar devido à falta desse elemento essencial para a combustão.
O ar é composto principalmente de nitrogénio (cerca de 78%) e oxigénio (cerca de 21%)
em termos de volume, juntamente com outros gases como argónio, dióxido de carbono,
entre outros. Em relação à densidade, o ar é um pouco menos denso do que o oxigénio
puro. Isso ocorre porque o nitrogénio, que é o componente em maior quantidade no ar,
tem uma massa molar menor que o oxigénio. A densidade do ar é cerca de 1,2 kg/m³ a
25°C, enquanto a densidade do oxigénio é cerca de 1,43 kg/m³ nas mesmas condições.

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6 Referências Bibliográficas

 Shriver, D. F., Atkins, P. W., Overton, T. L., Rourke, J. P., Weller, M. T., &
Armstrong, F. A. (2016). Química Inorgânica. Bookman Editora.
 Cotton, F. A., Wilkinson, G., Gaus, P. L., Murillo, C. A., & Bochmann, M.
(2008). Química Inorgânica. LTC Editora.
 Lee, J. D., & Concilio, M. G. (2014). Química Inorgânica. LTC Editora.
 Miessler, G. L., Fischer, P. J., & Tarr, D. A. (2010). Química Inorgânica.
Pearson Education do Brasil.

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