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Curso 120668 Aula 04 v1
Curso 120668 Aula 04 v1
Autor:
Wagner Damazio
Aula 04
2 de Março de 2020
649710
Sumário
Introdução ......................................................................................................................................... 3
5. Penalidades .................................................................................................................................. 75
6. Jurisprudência .............................................................................................................................. 79
INTRODUÇÃO
Caríssimo(a)! Vamos dar continuidade, aqui no Estratégia Concursos, ao Curso de Direito Administrativo
com teoria e exercícios resolvidos e comentados para o concurso de ingresso à carreira de Delegado da Polícia Civil de
São Paulo.
Na aula passada, nós estudamos o Terceiro Setor, em especial:
Hoje, nós continuaremos estudando o Terceiro Setor, mas focando em um tema ainda recente no
ordenamento jurídico que é o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil – MROSC,
introduzido pela Lei Federal nº 13.019, de 31 de julho de 2014.
Havendo dificuldade na compreensão da teoria ou na resolução dos exercícios expostos nesta aula ou em
qualquer outra, não deixe de entrar em contato comigo pelo fórum de dúvidas!
Repito que estou sempre atento ao fórum de dúvidas para, de forma célere, buscar uma maneira de
reescrever o conteúdo ou aclarar a explicação anteriormente oferecida para que você alcance a sua
meta de aprendizagem.
Frise-se que o nosso objetivo precípuo é a sua aprovação e para isso me dedicarei ao máximo para atendê-
lo e auxiliá-lo nessa caminhada.
Além disso, para ficar por dentro das notícias do mundo dos concursos públicos, recomendo que você siga
o perfil do Estratégia Carreira Jurídica e do Estratégia Concursos nas mídias sociais! Você também poderá
seguir meu perfil no Instagram. Por meio dele eu busco não só transmitir notícias de eventos do Estratégia
e de fatos relativos aos concursos em geral, mas também compartilhar questões comentadas de
concursos específicos que o ajudará em sua preparação!
3
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2) A Lei nº 13.019, de 2014, entrou em vigor para a União, Estados, Distrito Federal e
Municípios a partir de 1º de janeiro de 2017?
3) As parcerias existentes quando da entrada em vigor da Lei nº 13.019, de 2014, tiveram que
ser substituídas no prazo de 1 ano?
5) A OSC poderá receber doação de empresas até o limite de quantos por cento da receita
bruta destas? E bens apreendidos pela Receita Federal?
12) Após a vigência da Lei nº 13.109, de 2014, quais convênios podem ser celebrados?
13) Quais princípios integram o Regime Jurídico do MROSC? Quais são suas diretrizes e
finalidades?
14) Pode ser celebrada parceria que envolva delegação de atividades exclusivas do Estado, tais
como, regulação, fiscalização ou poder de polícia?
20) Os acordos de cooperação são celebrados, em regra, sem Chamamento Público, exceto em
que casos?
21) O edital do Chamamento Público deve ser divulgado onde e com que antecedência mínima?
22) Qual o prazo mínimo de cadastro ativo da OSC para celebração de parceria com o
Município, com o DF, com os Estados e com a União?
23) Qual o ato a partir do qual o termo de fomento, o termo de colaboração e o acordo de
cooperação produzem efeito?
28) Qual o prazo para: prestação de contas, correção de irregularidade ou omissão, devolução
de saldo financeiro em caso de conclusão, denúncia, rescisão ou extinção da parceria e de
manutenção dos documentos originais?
30) Quais as sanções aplicáveis à OSC? Qual o prazo para defesa e para prescrição da pretensão
punitiva? E para a OSC requerer a reabilitação?
Se você não tem certeza de uma ou algumas das respostas a esses questionamentos, fique atento
que elas estarão ao longo da aula de hoje!
Como dito inicialmente, o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil – MROSC foi
introduzido no ordenamento jurídico por meio da Lei Federal nº 13.019, de 2014.
Esta Lei:
Antes de adentrarmos nas minúcias da Lei nº 13.019, de 2014, do ponto de vista didático, creio
ser importante apresentar a você a estrutura desta lei que foi alcunhada como o Marco Regulatório
das Organizações da Sociedade Civil – MROSC:
ao art. 21)
ao art. 54)
Contas
Responsabilidade e
das Sanções
Mas, em que pese ser de 2014, a produção dos efeitos da Lei nº 13.019 só se deu por completo
em 1º de janeiro de 2017 em função de algumas alterações do texto originário, sempre
postergando a obrigatoriedade de seus dispositivos para os entes da federação. Vejamos esses
aspectos relativos à vigência.
A Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, foi publicada no Diário Oficial da União1em 01 de agosto
de 2014 e em seu artigo 88 previu que ela entraria em vigor após decorridos 90 dias de sua
publicação oficial.
Assim, considerando que a Lei Complementar nº 95, de 1998, estabelece que a contagem de
prazo de leis que estabeleçam vacatio legis se faz incluindo a data da publicação e do último dia
do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral, então a Lei nº 13.019
entraria em vigor, inicialmente, em 30 de outubro de 2014.
Esta previsão de vigência após 90 dias afastou a regra geral constante no art. 1º da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB:
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e
cinco dias depois de oficialmente publicada.
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=1&data=01/08/2014&totalArquivos=12
0
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Além disso, o prazo de 90 dias buscou cumprir a determinação da Lei Complementar nº 95, de
1998, quanto à obrigatoriedade de indicação expressa da vigência da lei contemplando prazo
razoável para que dela se dê amplo conhecimento:
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo
razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em
vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão.
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de
vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo,
entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação integral.
§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei
entra em vigor após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial’
Ocorre que a Medida Provisória - MP nº 658, de 29 de outubro de 2014, ou seja, no último dia do
prazo de 90 dias iniciais, alterou o art. 88 da Lei do MROSC fixando que ela passaria a vigorar
somente após decorridos 360 dias de sua publicação. Isto é, em 27 de julho de 2015.
E a exposição de motivos da aludida MP2 é bastante clara quanto aos fundamentos para a dilatação
do prazo de vacatio legis:
Importante, ainda, colocar que a Lei no 13.019, de 2014 exige adequações estruturantes
também para as organizações da sociedade civil, as quais deverão, além de se apropriar
2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/Mpv/mpv658.htm
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das novas regras, promover alterações em seus estatutos sociais. (grifos não constantes
no original)
Ocorre que, em 21 de julho de 2015, foi editada nova Medida Provisória, a de nº 684. Essa MP nº
684, de 21 de julho de 2015, expedida na última semana do segundo prazo de vacatio legis,
alterou novamente o art. 88 da Lei do MROSC para prever que a entrada em vigor da Lei nº 13.019,
de 2014, seria somente após decorridos 540 dias de sua publicação. Isto é, adicional de mais 180
dias, o que acarretaria a vigência a partir de 23 de janeiro de 2016.
A questão do tempo insuficiente para que as partes envolvidas se adaptassem às novas regras foi
novamente o fundamento para a nova prorrogação, veja um excerto da exposição de motivos da
MP nº 684, de 2015:
No texto legal sancionado, o prazo de vacatio legis previsto, de apenas 90 dias, foi
considerado na prática bastante curto, o que ensejou a mobilização de diversos órgãos
e entidades públicas e representantes da sociedade civil que, por meio de ofícios
encaminhados ao Governo Federal, manifestaram formalmente o pleito pela extensão
do prazo para a entrada em vigor do novo marco regulatório, culminando com a edição
da Medida Provisória nº 658, de 29 de outubro de 2014, convertida na Lei nº 13.102,
de 26 de fevereiro de 2015, que dilatou o prazo para 360 dias a contar da publicação
da Lei 13.019, de 31 de julho de 2014.
Por fim, a MP nº 684, de 2015, foi convertida na Lei nº 13.204, de 14 de dezembro de 2015, que
alterou substancialmente inúmeros pontos da Lei nº 13.019, de 2014, inclusive o art. 88 para
constar que:
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“Art. 88. Esta Lei entra em vigor após decorridos quinhentos e quarenta dias de sua
publicação oficial, observado o disposto nos §§ 1o e 2o deste artigo.
§ 2o Por ato administrativo local, o disposto nesta Lei poderá ser implantado nos
Municípios a partir da data decorrente do disposto no caput.” ((grifos não constantes
no original)
Portanto, em que pese ter mantido a vigência da Lei nº 13.019, de 2014, em 540 dias após sua
publicação, houve uma postergação ainda maior para os Municípios, para os quais o MROSC só
passou a produzir efeitos a partir de 1º de janeiro de 2017.
Frise-se que, entre a data de 23 de janeiro de 2016 e 1º de janeiro de 2017, caso algum Município
julgasse já ter condições para a aplicação do MROSC, poderia, por ato administrativo local,
implantar o seu cumprimento.
Ou seja, em resumo, para os Municípios em geral, a Lei nº 13.019, de 2014, está produzindo efeitos
desde 1º de janeiro de 2017, enquanto que para a União, para os Estados e para o Distrito Federal,
desde 23 de janeiro de 2016.
Isto é, de forma expressa, a Lei do MROSC previu que as parcerias existentes no momento de sua
entrada em vigor permaneceriam regidas pela legislação vigente ao tempo de sua celebração,
sem prejuízo da aplicação subsidiária da Lei do MROSC, naquilo em que for cabível, desde que
em benefício do alcance do objeto da parceria.
Além disso, a Lei nº 13.019, de 2014, autorizou que as parcerias existentes fossem prorrogadas de
ofício no caso de atraso na liberação de recursos por parte da Administração Pública, por período
equivalente ao atraso.
No que tange às parcerias existentes com prazo indeterminado ou prorrogáveis por período
superior ao inicialmente estabelecido, a Lei nº 13.019, de 2014, fixou alternativamente uma das
medidas a seguir a serem adotadas no prazo de 1 ano após a sua entrada em vigor:
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2.2. DEFINIÇÕES
É muito rico em detalhes e, portanto, um “prato cheio” para o examinador explorar, o extenso rol
de definições constantes no art. 2º da Lei nº 13.019, de 2014.
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entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus
sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores
ou terceiros eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais,
brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o
exercício de suas atividades, e que os aplique integralmente na
consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou por
meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva
CAI NA PROVA
O concurso para Promotor de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, aplicado
por banca própria em 2016, apresentou a seguinte assertiva na prova: “De acordo com a
Lei n. 13.019/14 (Terceiro Setor), a entidade privada sem fins lucrativos, que distribua ou
não, entre os seus sócios ou associados, eventuais resultados, sobras, excedentes
operacionais, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício
de suas atividades, e que os aplique integralmente na consecução do respectivo objeto
social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de
reserva, é considerada organização da sociedade civil.”
Comentários: errada. De acordo com o inciso I, alínea “a”, do art. 2º da Lei nº 13.019, de
2014, OSC é: a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios
ou associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais
resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de
qualquer natureza, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o
exercício de suas atividades, e que os aplique integralmente na consecução do respectivo
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Frise-se, desde já, que a OSC, desde que não participe de campanhas de interesse político-
partidário ou eleitoral, fará jus aos seguintes benefícios, independentemente de certificação:
Os aludidos benefícios serão concedidos à OSC que apresente uma das seguintes finalidades
entre os seus objetivos sociais:
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OBJETIVOS SOCIAIS DA OSC PARA FAZER JUS AOS BENEFÍCIOS PREVISTOS NA LEI Nº 13.019, DE 2014:
promoção da assistência social
promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico
promoção da educação
promoção da saúde
promoção da segurança alimentar e nutricional
defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável
promoção do voluntariado
promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza
experimentação, não lucrativa, de novos modelos socioprodutivos e de sistemas alternativos
de produção, comércio, emprego e crédito
promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita
de interesse suplementar
promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros
valores universais
organizações religiosas que se dediquem a atividades de interesse público e de cunho social
distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos
estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de
informações e conhecimentos técnicos e científicos de qualquer das atividades citadas nesta
tabela
Administração Pública: foi definida pela Lei nº 13.019, de 2014, com seu sentido subjetivo, formal
ou orgânico, apenas elencando as pessoas que a ela integram.
Administração Pública
União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias, fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista prestadoras de serviço público, e suas subsidiárias que recebem
recursos para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral
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2º) os tipos de atos jurídicos para a formalização da parceria entre as instituições interessadas:
acordo de cooperação, termo de colaboração e termo de fomento.
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órgão criado pelo poder público para atuar como instância consultiva, na
respectiva área de atuação, na formulação, implementação,
acompanhamento, monitoramento e avaliação de políticas públicas
Conselho de Política
Pública:
Atenção:os conselhos de políticas públicas podem apresentar propostas
à administração pública para celebração de termo de colaboração com
OSC.
órgão colegiado destinado a processar e julgar chamamentos públicos,
constituído por ato publicado em meio oficial de comunicação,
Comissão de
assegurada a participação de pelo menos um servidor ocupante de cargo
Seleção:
efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal da administração
pública
órgão colegiado destinado a monitorar e avaliar as parcerias celebradas
com OSC mediante termo de colaboração ou termo de fomento,
constituído por ato publicado em meio oficial de comunicação,
assegurada a participação de pelo menos um servidor ocupante de cargo
Comissão de efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal da administração
Monitoramento e pública
Avaliação:
4º) elementos afetos à parceria: chamamento público, atividade, parceria, projeto, bens
remanescentes e prestação de contas.
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Assim, não tenha dúvidas de que ele poderá ser explorado em sua prova!
20
A Lei nº 13.019, de 2014, prevê expressamente que suas disposições não se aplicam aos seguintes
temas:
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CAI NA PROVA
O concurso para Juiz de Direito do Tribunal de Justiça de São Paulo, aplicado pela banca
VUNESP em 2016, apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “essa lei
se aplica também aos convênios celebrados com entidades filantrópicas e sem fins
lucrativos, que podem participar de forma complementar do sistema único de saúde,
segundo diretrizes deste.”
CAI NA PROVA
O concurso para Promotor de Justiça do Ministério Público do Paraná, aplicado pela banca
própria em 2016, apresentou a seguinte questão na prova:
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b) Aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, desde que cumpridos os
requisitos previstos na lei específica das organizações sociais;
Comentários: alternativa “d”. O art. 3º da Lei nº 13.019, de 2014, prevê os casos em que
as disposições da aludida lei não são aplicáveis. Incorreta apenas a alternativa “d” por sua
parte final ter incluído pessoa jurídica de direito privado interno. A excludente de aplicação
da Lei do MROSC se dá aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições
ou taxas associativas em favor de organismos internacionais ou entidades que sejam
obrigatoriamente constituídas por: a) membros de Poder ou do Ministério Público; b)
dirigentes de órgão ou de entidade da administração pública; c) pessoas jurídicas de
direito público interno; d) pessoas jurídicas integrantes da administração pública. Correta
a alternativa “a” que apresenta caso constante no inciso I do aludido artigo. A “b”, no
inciso III. A “c”, no inciso IX, alínea “a”. E a “e”, no inciso X.
Dessa forma, fique atento quanto à não aplicação da Lei do MROSC, por exemplo, aos contratos
de gestão com OS, termos de parceria com OSCIP e parcerias com os Serviços Sociais Autônomos.
Lembre-se que, como externado na aula anterior, no texto originário da Lei nº 13.019, de 2014,
especificamente em seu art. 4º, havia a fixação expressa de que ela se aplicava às relações entre
a Administração Pública e as entidades qualificadas como OSCIP, nos termos da Lei nº 9.790, de
1999.
Porém, a Lei nº 13.204, de 2015, revogou o citado artigo 4º e incluiu as OSCIP no rol de entidades
sobre as quais a Lei nº 13.019, de 2014, não se aplica.
Outro ponto importante a ressaltar é que exceto quanto aos casos constantes na tabela anterior
e aos convênios a seguir indicados, que são regulados pelo art. 116 da Lei nº 8.666, de 1993,
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todas as demais parcerias entre a Administração Pública e as OSC devem ser realizadas com base
na Lei nº 13.019, de 2014.
Parcerias entre a
Administração Pública e nos convênios entre entes da federação ou pessoas jurídicas a
OSC que não seguem a eles vinculados que segue o art. 116 da Lei nº 8.666, de 1993
Lei nº 13.019, de 2014:
#ficadica
CAI NA PROVA
O concurso para Juiz de Direito do Tribunal de Justiça de São Paulo, aplicado pela banca
VUNESP em 2016, apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “a partir
da sua vigência, somente serão celebrados convênios entre entes federados ou pessoas
jurídicas a eles vinculadas, não se aplicando a essas parcerias o disposto na Lei no
8.666/93.”
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Comentários: alternativa incorreta. Incorreta a alternativa porque, de acordo com o art. 84-
A da Lei nº 13.019, de 2014, a partir de sua vigência, somente serão celebrados convênios
entre entes federados (ou pessoas jurídicas a eles vinculados) ou decorrentes de
participação no SUS (Sistema Único de Saúde), nos termos do art. 199 da Constituição.
Gestão
Pública
Democrática
eficácia participação
social
fortalecimento
eficiência da sociedade
civil
transparência
Regime Jurídico na aplicação
economicidade
do MROSC dos recursos
públicos
legalidad
publicidade e
moralidade legitimidade
impessoalidade
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participação social;
e imaterial.
A Lei nº 13.019, de 2014, ainda elenca um rol de diretrizes fundamentais do regime jurídico afeto
às parcerias entre a Administração Pública e as OSC, são elas:
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27
Como visto na apresentação das definições, termo de colaboração e termo de fomento são
instrumentos por meio dos quais são formalizadas as parcerias estabelecidas pela Administração
Pública com organizações da sociedade civil - OSC para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco, que envolvam a transferência de recursos financeiros ($$$).
A diferença entre esses dois instrumentos, contudo, é que no termo de colaboração a proposta
de parceria é realizada pela Administração Pública e no termo de fomento a proposta de parceria
é realizada pela OSC.
Por oportuno, cabe dizer também que a diferença entre esses dois citados instrumentos e o acordo
de cooperação é que neste não há envolvimento de recursos financeiros ($$$)!!!
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O concurso para Juiz de Direito do Tribunal de Justiça de São Paulo, aplicado pela banca
VUNESP em 2016, apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “o termo de
colaboração deve ser adotado pela Administração Pública para consecução de planos de
trabalho de sua iniciativa, para celebração de parcerias com organizações da sociedade civil
que envolvam a transferência de recursos financeiros.”
Comentários: alternativa correta. Correta a alternativa já que, de acordo com o inciso VII do
art. 2º da Lei do MROSC, termo de colaboração é o instrumento por meio do qual são
formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas
pela administração pública que envolvam a transferência de recursos financeiros.
Portanto, as parcerias entre a Administração Pública e as OSC são celebradas por meio de Acordo
de Cooperação, Termo de Colaboração ou Termo de Fomento.
Frise-se que no termo de colaboração a proposta de parceria com a OSC para a consecução de
planos de trabalho é da iniciativa da Administração Pública e envolve transferência de recursos,
enquanto no termo de fomento a proposta de parceria para consecução de planos de trabalho
com a Administração Pública é realizada pela OSC, também envolvendo transferência de recursos
financeiros.
#ficadica
29
CAI NA PROVA
O concurso para Promotor de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina, aplicado
por banca própria em 2016, apresentou a seguinte assertiva em uma de suas questões:
“De acordo com a Lei n. 13.019/14, que estabelece o regime jurídico das parcerias entre
a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua
cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, é vedada
a celebração de parcerias previstas nesta Lei que tenham por objeto, envolvam ou incluam,
direta ou indiretamente, delegação das funções de regulação, de fiscalização, de exercício
do poder de polícia ou de outras atividades exclusivas de Estado.”
Comentários: assertiva correta. Correta a alternativa já que, de acordo com o art. 40 da Lei
nº 13.019, de 2014, é vedada a celebração de parcerias previstas nesta Lei que tenham por
objeto, envolvam ou incluam, direta ou indiretamente, delegação das funções de
regulação, de fiscalização, de exercício do poder de polícia ou de outras atividades
exclusivas de Estado.
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Antes de avaliarmos todo o fluxo de seleção de OSC e celebração de parceria, vamos identificar
quais Organizações da Sociedade Civil estão impedidas de celebrar parceria.
De forma expressa a Lei nº 13.019, de 2014, fixa que as seguintes OSC estão vedadas de celebrar
qualquer parceria tratada pela aludida lei:
não esteja regularmente constituída ou, se estrangeira, não esteja autorizada a funcionar no
território nacional
companheiros, bem como parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 2º grau
de políticas públicas.
Atenção2:não se aplica à celebração de parcerias com entidades que, pela sua própria natureza,
sejam constituídas pelas autoridades citadas sendo vedado que a mesma pessoa figure no termo
32
tenha tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de
enquanto não houver o ressarcimento do dano ao erário, pelo qual seja responsável a OSC ou
seu dirigente
Atenção:não serão considerados débitos que decorram de atrasos na liberação de repasses pela
com a administração
33
de 2 de junho de 1992.
#ficadica
Atenção:excetuam-se os casos de serviços essenciais que não podem ser adiados sob pena
de prejuízo ao erário ou à população, desde que precedida de expressa e fundamentada
autorização do dirigente máximo do órgão ou entidade da administração pública, sob pena
de responsabilidade solidária.
Assim, perceba que há um extenso rol de vedações a impedir a celebração de parceria entre a
Administração Pública e a OSC, bem como o repasse de novos recursos quando a parceria estiver
em execução e ocorra algum dos fatos impeditivos.
34
Caso seja conveniente e oportuno, instaurará o Procedimento para oitiva da sociedade sobre o
tema, seguindo procedimento e prazo que devem ser previstos em regulamento próprio de cada
ente federado.
Além disso, fixe que é vedado condicionar a realização de chamamento público ou a celebração
de parceria à prévia realização de Procedimento de Manifestação de Interesse Social.
#ficadica
Chamamento Público:é o procedimento destinado a selecionar OSC para firmar parceria por meio
de termo de colaboração ou de fomento, no qual se garanta a observância dos princípios da
isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhes são correlatos.
CAI NA PROVA
O concurso para Procurador do Estado do Maranhão, aplicado pela banca FCC em 2016,
apresentou a seguinte questão: Conhecida como “Marco Regulatório do Terceiro Setor”,
a Lei Federal no 13.019/2014, estabelece normas gerais para as parcerias entre a
Administração pública e organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação,
para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução
de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos
em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação.
Ressalvadas as exceções previstas na mencionada legislação, é obrigatória a adoção do
seguinte procedimento prévio para a celebração dos instrumentos de parceria nela
disciplinados.
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a) Registro de preços.
b) Chamamento público.
Comentários: alternativa “b”. De acordo com o inciso XII do art. 2º da Lei nº 13.019, de
2014, chamamento público é o procedimento destinado a selecionar organização da
sociedade civil para firmar parceria por meio de termo de colaboração ou de fomento, no
qual se garanta a observância dos princípios da isonomia, da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos
que lhes são correlatos. Além disso, de acordo com os arts. 29, 30 e 31 da Lei do MROSC,
há casos de dispensa, inexigibilidade e celebração de parceria sem chamamento público.
#ficadica
37
Além dos casos de dispensa de realização de chamamento público indicado no diagrama anterior,
há também a previsão de inexigibilidade de realização deste procedimento.
E os conceitos de “dispensa” e “inexigibilidade” aqui na Lei nº 13.019, de 2014, são análogos aos
que vimos da Lei nº 13.303, de 2016, e também constantes na Lei nº 8.666, de 1993.
Na dispensa, é sim possível haver mais de um interessado capaz de atender ao objeto da parceria
a que se pretende, entretanto, a lei autoriza que seja realizada sem a realização do Chamamento
Público, dispensando-o.
Na inexigibilidade, por seu turno, ainda que se pretendesse realizar o Chamamento Público, não
haveria competidores, em função de não existir para o objeto a que se pretende mais de um
interessado hábil ou capaz, consequência das peculiaridades do objeto.
38
Uma outra diferença importante entre dispensa e inexigibilidade é que a listagem de dispensa é
numerus clausus (lista taxativa vista acima), enquanto a da inexigibilidade é numerus apertus (lista
exemplificativa abaixo indicada).
a parceria decorrer de transferência para OSC que esteja autorizada em lei na qual seja
identificada expressamente a entidade beneficiária, inclusive quando se tratar da subvenção
social (inciso I do § 3º do art. 12 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964), observadas as
regras de destinação de recursos públicos ao setor privado (art. 26 da LRF)
Importante ressaltar que o administrador público deve justificar tanto a dispensa quanto a
inexigibilidade de realização do Chamamento Público.
39
#ficadica
O último caso previsto na Lei nº 13.019, de 2014, em que se autoriza a celebração de termo de
colaboração ou de fomento sem a realização do Chamamento Público é quando estes decorram
de emendas parlamentares às leis orçamentárias anuais – LOA.
Provavelmente você já deve ter estudado com seu professor de Administração Financeira e
Orçamentária ou Finanças Públicas as figuras do PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) e LOA (Lei Orçamentária Anual) tratadas nos artigos 165 e seguintes da
Constituição.
No que tange à LOA, houve inclusive alterações recentes no plano constitucional, em especial pela
Emenda Constitucional nº 86, de 2015, para tratar das emendas individuais.
As emendas individuais são aquelas propostas de alterações do Projeto de Lei Orçamentária Anual
enviado à casa legislativa pelo Poder Executivo. É muito comum, inclusive, que o Projeto de LOA
encaminhado pelo Executivo ao Legislativo seja bastante emendado (alterado) por propostas
individuais dos parlamentares ou de órgãos da casa, como algumas comissões, que também
possuem prerrogativa para tal.
40
Nessa linha, a Lei nº 13.019, de 2014, com a alteração da Lei nº 13.204, de 2015, previu que os
termos de colaboração ou de fomento que envolvam recursos decorrentes de emendas
parlamentares às leis orçamentárias anuais serão celebrados sem Chamamento Público.
#ficadica
CAI NA PROVA
O concurso para Juiz de Direito do Tribunal de Justiça de São Paulo, aplicado pela banca
VUNESP em 2016, apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “a
celebração de termo de colaboração ou de fomento deverá ser sempre precedida de
chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade civil que tornem mais
eficaz a execução do objeto.”
Portanto, exceto nos casos de não realização de chamamento público previstos em lei, para a
seleção de OSC com o intuito de celebração de parceria a Administração Pública deve adotar
procedimentos claros, objetivos e simplificados, de forma a orientar os interessados e facilitar o
acesso direto aos órgãos públicos e suas instâncias decisórias, independentemente da modalidade
de parceria adotada.
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Assim, o edital do Chamamento Público, que deve ser amplamente divulgado na página eletrônica
do site oficial da Administração Pública na internet, com antecedência mínima de 30 dias, precisa
especificar, no mínimo:
o objeto da parceria;
for o caso;
isonomia
legalidade
impessoalidade
moralidade
Princípios a serem
observados pelo igualdade
Chamemento Público:
publicidade
probidade administrativa
julgamento objetivo
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Ou seja, sendo possível, a Administração Pública deve fixar critérios objetivos acerca do objeto,
metas, custos e indicadores de avaliação de resultados, quantitativos e qualitativos, de modo que
a seleção por meio do Chamamento Público seja transparente e afaste valorações subjetivas.
Inclusive, é proibido que se admita, preveja, inclua ou tolere, nos atos de convocação, cláusulas
ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo em decorrência
de qualquer circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto da parceria.
Isto é, admite-se a priorização de parceiros sediados ou que atuem no território do ente público,
bem como que se limite espacialmente a área de atuação.
No que tange ao julgamento das propostas, a Lei do MROSC fixa que o grau de adequação da
proposta aos objetivos específicos do programa ou da ação em que se insere o objeto da parceria
e, quando for o caso, ao valor de referência constante do chamamento constitui critério
obrigatório de julgamento.
Fixa-se também que deve ser obrigatoriamente justificada a seleção de proposta que não seja a
mais adequada ao valor de referência constante do chamamento público.
Frise-se que as propostas são julgadas pela Comissão de Seleção que é previamente designada
ou constituída pelo respectivo conselho gestor, em caso de o projeto ser financiado com recursos
de fundos específicos.
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Atenção: é impedida de participar de comissão de seleção pessoa que, nos últimos 5 anos, tenha
mantido relação jurídica com, ao menos, uma das entidades participantes do chamamento público,
situação em que deve ser designado membro substituto com qualificação técnica equivalente.
Ressalte-se que a administração pública deve proceder à verificação dos documentos que
comprovem o atendimento dos requisitos pela OSC somente depois de encerrada a etapa
competitiva e ordenadas as propostas selecionadas.
São os seguintes os documentos necessários a serem apresentados pela OSC para celebração de
parcerias:
certidão de existência jurídica expedida pelo cartório de registro civil ou cópia do estatuto
relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com endereço, número e órgão
comprovação de que a organização da sociedade civil funciona no endereço por ela declarado
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Além dos documentos anteriormente indicados, a OSC deve ser regida por normas de
organização interna(regimento interno, estatuto social, ...) que prevejam expressamente:
#ficadica
outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos do MROSC e cujo objeto
#ficadica
As previsões dos itens “a” e “b” são dispensadas para as Organizações Religiosas e para as
Cooperativas.
Brasileiras de Contabilidade;
d) possuir:
d.1) cadastro ativo comprovado por meio de documentação emitida pela Receita Federal, com
base no CNPJ:
Distrito Federal;
Atenção: é admitida a redução do prazo por ato específico de cada ente na hipótese de nenhuma
OSC o atingir.
semelhante;
estabelecidas.
No caso de a OSC selecionada não apresentar todos os documentos necessários ou não atender
aos requisitos exigidos para sua norma de organização interna (regimento, estatuto, ...), a
Comissão de Seleção poderá convidar aquela imediatamente mais bem classificada a aceitar a
celebração da parceria.
Sendo aceito o convite pela segunda colocada ou assim sucessivamente, a Comissão de Seleção
deve proceder à verificação do cumprimento dos requisitos necessários e a checagem dos
documentos.
#ficadica
46
Superada a fase do Chamamento Público, quando a lei o exige, há ainda um ciclo a ser cumprido
até a celebração formal da parceria.
Deve haver ainda a indicação de prévia dotação orçamentária para os casos de transferências de
recursos, a aprovação do plano de trabalho e a emissão de pareceres jurídico e técnico quanto à
viabilidade de celebração.
No que tange à prévia dotação orçamentária, deve-se seguir as diretrizes dos normativos
específicos acerca do tema, tais como a Lei nº 4.320, de 1964 (Lei do Orçamento Público), e a Lei
Complementar nº 101, de 2001 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
O plano de trabalho para celebração de termo de colaboração ou termo de fomento deve conter:
a descrição da realidade que será objeto da parceria, devendo ser demonstrado o nexo
forma de execução das atividades ou dos projetos e de cumprimento das metas a eles
atreladas; e
definição dos parâmetros a serem utilizados para a aferição do cumprimento das metas.
No que tange aos pareceres técnico e jurídico, a Lei nº 13.019, de 2014, fixa que se eles concluírem
pela possibilidade de celebração da parceria, mas com ressalva, o administrador público deve:
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Mas frise-se que o termo de fomento, o termo de colaboração e o acordo de cooperação somente
produzem efeitos jurídicos após a publicação dos respectivos extratos no meio oficial de
publicidade da administração pública.
São as seguintes as cláusulas essenciais das parcerias entre Administração Pública e as OSC:
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DE TERMO DE FOMENTO:
Atenção:não será exigida contrapartida financeira como requisito para celebração de parceria,
Atenção 1:a vigência da parceria poderá ser alterada mediante solicitação da OSC,
ser feita pela Administração Pública quando ela der causa a atraso na liberação de recursos
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que serão empregados na atividade ou, se for o caso, a indicação da participação de apoio
técnico de terceiros
cumprimento do objeto da parceria, podendo, para atingir essa finalidade, valer-se do apoio
técnico de terceiros, delegar competência ou firmar parcerias com órgãos ou entidades que se
conclusão ou extinção da parceria e que, em razão de sua execução, tenham sido adquiridos,
parceria, sendo que aqueles adquiridos com recursos transferidos podem, a critério do
administrador público, ser doados quando, após a consecução do objeto, não forem necessários
e na legislação vigente.
quando for o caso, a obrigação de a OSC manter e movimentar os recursos em conta bancária
específica
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corrente específica isenta de tarifa bancária na instituição financeira pública determinada pela
administração pública, sendo que os rendimentos deverão ser aplicados no objeto da parceria
transferidos
o livre acesso dos agentes da administração pública, do controle interno e do Tribunal de Contas
colaboração ou a termos defomento, bem como aos locais de execução do respectivo objeto
mínimo de antecedência para a publicidade dessa intenção, que não poderá ser inferior a 60dias
pessoal
51
#ficadica
Atenção:o plano de trabalho da parceria poderá ser revisto para alteração de valores ou de metas,
mediante termo aditivo ou por apostila ao plano de trabalho original.
A Lei do MROSC permite a atuação em rede, por duas ou mais OSC, desde que:
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manutenção da
integral
responsabilidade
para a OSC que
celebrou o termo
de fomento ou de
colaboração com a
Administração
Pública
Condições para possua mais de 5 anos
atuação em de inscrição no CNPJ
Rede:
possua capacidade
que a OSC técnica e operacional a verificar, nos termos
signatária da para supervisionar e do regulamento, a
parceria com a orientar diretamente a regularidade jurídica e
Administração atuação da organização fiscal da organização
Pública: que com ela estiver executante e não
atuando em rede celebrante do termo de
colaboração ou do
termo de fomento,
celebre termo de devendo comprovar tal
atuação em rede para verificação na prestação
repasse de recursos às de contas
não celebrantes,
obrigando-se: a comunicar à
Administração Pública
em até 60 dias a
assinatura do termo de
atuação em rede
Portanto, a Lei nº 13.019, de 2014, autoriza que a OSC parceira da Administração Pública celebre
termo de atuação em rede com outra organização não celebrante da parceria para que esta
execute o objeto.
Para isso, exige-se que a OSC que tenha celebrado o termo com a Administração Pública, além
de se manter responsável integralmente pelo cumprimento do objeto, tenha existência jurídica há
mais de 5 anos, tenha capacidade técnica e operacional para supervisionar a OSC executora e
celebre com esta termo de atuação em rede.
O aludido termo de atuação em rede celebrado entre as OSC deve ser comunicado à
Administração Pública no prazo máximo de 60 dias.
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Frise-se que a OSC parceira formal da Administração Pública, ao firmar termo de atuação em rede
com outra OSC, deve verificar se esta está regular do ponto de vista jurídico e fiscal, comprovando
a verificação quando da apresentação da prestação de contas.
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Veremos neste título alguns regramentos e disposições de suma importância para a consecução
do objetivo da parceria, que é o adimplemento do seu objeto com fruição para a coletividade em
serviços públicos diversos.
gestor da parceria;
monitoramento e avaliação da parceria;
capacitação das partes interessadas;
transparência e controle;
participação social;
compras e contratações pela OSC;
fluxo financeiro; e
prestação de contas.
Ou seja, como governança estudaremos um conjunto de práticas cujo objetivo visa a uma
execução saudável e sustentável da parceria entre as OSC e o Poder Público.
Gestor:é o agente público responsável pela gestão de parceria celebrada por meio de termo de
colaboração ou termo de fomento, designado por ato publicado em meio oficial de comunicação,
com poderes de controle e fiscalização.
Fazendo um paralelo com a Lei nº 8.666, de 1993, a figura do gestor da parceria assemelha-se à
do fiscal do contrato constante no art. 67 daquele diploma.
55
#ficadica
É impedido de participar como gestor da parceria pessoa que, nos últimos 5 anos, tenha
mantido relação jurídica com, ao menos, uma das OSC partícipes.
Atenção: em caso de impedimento, deve ser designado gestor substituto que possua
qualificação técnica equivalente à do substituído.
dos recursos, bem como as providências adotadas ou que serão adotadas para sanar os
problemas detectados
monitoramento e avaliação
Atenção: no caso de inexecução por culpa exclusiva da OSC, a Administração Pública pode,
56
a) retomar os bens públicos em poder da OSC parceira, qualquer que tenha sido a modalidade
considerado na prestação de contas o que foi executado pela OSC até o momento em que a
Frise-se que, na hipótese de o gestor da parceria deixar de ser agente público ou passar a ser
lotado em outro órgão ou entidade, o administrador público deverá designar novo gestor,
assumindo ele próprio, o administrador público, todas as obrigações do gestor, com as respectivas
responsabilidades, enquanto não designado o substituto.
Lembre-se que:
Portanto, a autoridade pública que possui competência para assinar o termo de parceria é a
mesma que tem a alçada para designar o gestor da parceria, podendo ainda delegar essa
atividade.
57
#ficadica
Além disso, fixa a Lei do MROSC que nas parcerias com vigência superior a 1 ano, a Administração
Pública deve realizar, sempre que possível, pesquisa de satisfação com os beneficiários do plano
de trabalho e utilizar os resultados como subsídio na avaliação da parceria celebrada e do
cumprimento dos objetivos pactuados, bem como na reorientação e no ajuste das metas e
atividades definidas.
58
#ficadica
Atenção: em caso de impedimento, deve ser designado membro substituto que possua
qualificação técnica equivalente à do substituído.
Importante ressaltar que o relatório técnico de monitoramento e avaliação a ser produzido pela
Administração Pública, que não se confunde com a prestação de contas da OSC, deve conter os
elementos a seguir indicados, sem prejuízo quanto a outros julgados pertinentes:
análise das atividades realizadas, do cumprimento das metas e do impacto do benefício social
obtido em razão da execução do objeto até o período, com base nos indicadores
análise dos documentos comprobatórios das despesas apresentados pela OSC na prestação
de contas, quando não for comprovado o alcance das metas e resultados estabelecidos no
fiscalização preventiva, bem como de suas conclusões e das medidas que tomaram em
59
Ademais, cabe dizer que, sem prejuízo quanto à fiscalização pela Administração Pública, a parceria
também deve acompanhada e fiscalizada:
pelos Conselhos de
Políticas Públicas das
pelos órgãos de
áreas correspondentes
controle interno e pelo controle social
de atuação existentes
externo
em cada esfera de
governo
Lembre-se que:
Conselho de Política Pública:é o órgão criado pelo poder público para atuar como instância
consultiva, na respectiva área de atuação, na formulação, implementação, acompanhamento,
monitoramento e avaliação de políticas públicas.
É certo que, com a qualificação técnica, teórica e prática daqueles que atuam no acompanhamento
das atividades de cada uma das partes interessadas na parceria, seja por acordo de cooperação,
termo de colaboração ou termo de fomento, a coletividade só tem a ganhar.A ganhar com a
melhor prestação do serviço público em concreto e quanto à eficiência e à adequação dos
eventuais custos financeiros empregados.
60
Assim, fixou a Lei do MROSC que a União, em coordenação com os Estados, o DF, os Municípios
e as OSC, pode instituir programas de capacitação voltados a:
Capacitação:
membros de comissões de seleção
Mas frise-se que a participação nos programas de capacitação não é condição para o exercício da
função envolvida na materialização da parceria, ou seja, não cabe ao particular ou ao agene público
se escusar de exercer a atividade sob a alegação de que não foi capacitado.
Tal justificativa, se aceita, abriria margem para que o agente apenas se negasse a se capacitar e,
deste modo, eximir-se-ia de assumir responsabilidades e comprometimento com a coisa pública.
Como já externado, sem prejuízo quanto à fiscalização pela Administração Pública e dos órgãos
de controle, a parceria também deve acompanhada e fiscalizada pelos Conselhos de Políticas
Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes em cada esfera de governo e pelo
controle social.
Nesse sentido, a Lei do MROSC dispôs sobre algumas medidas de transparência e para a atuação
do controle interno, externo e social.
61
Deste modo, foi fixado que a Administração Pública deve manter, em seu sítio oficial na internet,
a relação das parcerias celebradas e dos respectivos planos de trabalho, até 180 dias após o
respectivo encerramento.
Além disso, a Administração também deve divulgar na internet os meios de representação sobre
a aplicação irregular dos recursos envolvidos na parceria, ou seja, o e-mail, o telefone, o endereço,
a identificação da autoridade ou do órgão responsável por recepcionar qualquer notícia, denúncia
ou comunicação de irregularidade ou ilegalidade, para que as medidas cabíveis sejam
providenciadas de forma célere e pelos meios adequados.
Por outro lado, a OSC também deve divulgar na internet e em locais visíveis de suas sedes sociais
e dos estabelecimentos em que exerça suas ações todas as parcerias celebradas com a
administração pública.
Assim, tanto a Administração Pública quanto a OSC devem dar amplo conhecimento acerca da
parceria, sendo que as informações divulgadas devem contemplar, no mínimo:
pública responsável;
situação da prestação de contas da parceria, que deverá informar a data prevista para a sua
apresentação, a data em que foi apresentada, o prazo para a sua análise e o resultado
conclusivo; e
quando vinculados à execução do objeto e pagos com recursos da parceria, o valor total
62
#ficadica
Frise-se que compete à Administração Pública adotar as medidas necessárias ao provimento dos
recursos materiais e tecnológicos necessários, para assegurar a capacidade técnica e operacional
das parcerias.
Nessa linha, inclusive, a Lei nº 13.019, de 2014, previu que, mediante autorização da União, os
Estados, os Municípios e o Distrito Federal podem aderir ao Sistema de Gestão de Convênios e
Contratos de Repasse - SICONV3 para utilizar suas funcionalidades no cumprimento e suas
disposições.
De todo modo, enquanto não viabilizada a adaptação do SICONV para a utilização dos demais
entes da federação ou a adaptação de sistemas próprios dos Estados, DF e Município para a
gestão das parcerias com a OSC:
1) devem ser utilizadas as rotinas então existentes para repasse de recursos a OSC; e
2) os Municípios de até 100 mil habitantes estão autorizados a efetivar a prestação de contas e os
atos dela decorrentes sem utilização da plataforma eletrônica.
3
http://portal.convenios.gov.br/
63
Ademais, com a finalidade de divulgar boas práticas e de propor e apoiar políticas e ações voltadas
ao fortalecimento das relações de fomento e de colaboração, a Lei nº 13.019, de 2014, autorizou
a criação:
De acordo com a Lei nº 13.019, de 2014, o processamento das compras e contratações que
envolvam recursos financeiros provenientes de parceria pode ser efetuado por meio de sistema
eletrônico disponibilizado pela Administração Pública às OSC, aberto ao público via internet, que
permita aos interessados formular propostas.
Perceba que não se está aqui falando que as entidades parceiras precisam realizar licitação, não é
o caso! As OSC não se submetem ao regime licitatório.
64
#ficadica
Não se aplica as disposições da lei geral de licitações e contrato (Lei nº 8.666, de 1993) às
parcerias tratadas na Lei do MROSC.
Atenção: como vimos anteriormente, são regidos pelo art. 116 da Lei nº 8.666, de 1993, os
convênios entre entes federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas, bem como os
celebrados no âmbito do SUS com entidades filantrópicas (art. 199 da Constituição).
Apenas a lei autorizou que a OSC utilize o sistema eletrônico de compras e contratações de que
a Administração Pública faz uso para as compras e contratações dela.
De acordo com a Lei do MROSC, as parcelas dos recursos transferidos no âmbito da parceria
devem ser liberadas em estrita conformidade com o respectivo cronograma de desembolso,
devendo a Administração Pública viabilizar o acompanhamento pela internet dos processos de
liberação de recursos.
4
https://www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/sicaf
65
Frise-se que a lei autoriza a retenção nos casos a seguir indicados até o saneamento das
impropriedades:
Portanto, sendo caracterizado um dos 3 casos indicados, quais sejam evidência de irregularidade,
desvio de finalidade ou inércia para adoção de correção apontada, a Administração Pública
poderá reter os recursos a serem transferidos, até que haja a solução da irregularidade.
Além disso, eventuais rendimentos financeiros oriundos dos aludidos depósitos devem ser
aplicados no objeto da parceria e estão sujeitos à prestação de contas nos mesmos moldes que o
recurso principal.
Fixe também que a eventual inadimplência da Administração Pública não transfere à OSCIP a
responsabilidade pelo pagamento de obrigações vinculadas à parceria com recursos próprios.
#ficadica
utilizar recursos transferidos pelo ente público para finalidade alheia ao objeto da parceria;
pagar, a qualquer título, servidor ou empregado público com recursos vinculados à parceria,
salvo nas hipóteses previstas em lei específica e na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO.
Por outro lado, podem ser pagas com recursos vinculados à parceria, entre outras, as seguintes
despesas:
Atenção: o pagamento de remuneração da equipe contratada pela OSC com recursos da parceria
NÃO gera vínculo trabalhista com o Poder Público.
67
c) custos indiretos necessários à execução do objeto, seja qual for a proporção em relação ao valor
total da parceria;
#ficadica
Cabe dizer que as regras, condições e prazo para a prestação de contas devem constar no próprio
instrumento de parceria e no plano de trabalho, sem prejuízo quanto às disposições diretamente
fixadas pela própria Lei nº 13.019, de 2014.
Nessa linha, a Lei do MROSC fixou a obrigatoriedade de que a Administração Pública forneça,
quando da celebração de parcerias, manuais específicos às OSC tendo como premissas a
simplificação e a racionalização dos procedimentos para a prestação de contas, devendo informar
à OSC previamente a eventuais alterações nos manuais e publicá-las nos meios oficiais de
comunicação.
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A Lei nº 13.019, de 2014, também autorizou haver previsão de regras específicas de acordo com
o montante de recursos públicos envolvidose que o regulamento (Decreto do Poder Executivo)
estabeleça procedimento simplificado para prestação de contas.
Frise-se que compete à OSC realizar a sua prestação de contas, devendo esta conter os elementos
que permitam ao gestor da parceria avaliar o andamento ou concluir que o seu objeto foi
executado conforme pactuado, com a descrição pormenorizada das atividades realizadas e a
comprovação do alcance das metas e dos resultados esperados, até o período de que trata a
prestação de contas.
#ficadica
A OSC deve prestar contas da boa e regular aplicação dos recursos recebidos no prazo de
até 90 dias a partir do término da vigência da parceria ou no final de cada exercício, se a
duração da parceria exceder 1 ano, podendo ser prorrogado por até 30 dias, desde que
devidamente justificado.
Atenção 1: o prazo para a prestação final de contas deve ser estabelecido em função da
complexidade do objeto da parceria.
Lembre-se que o gestor da parceria deve emitir parecer técnico de análise de prestação de contas
da parceria celebrada, sendo este parecer conclusivo no caso de a prestação de contas ser única.
O aludido parecer técnico a ser expedido pelo gestor da parceria deve mencionar,
obrigatoriamente:
69
Importante ressaltar que a Lei do MROSC determinou que a prestação de contas e todos os atos
que dela decorrerem devem ser realizados em plataforma eletrônica, permitindo a visualização
por qualquer interessado. Inclusive, os documentos incluídos pela entidade na plataforma
eletrônica, desde que possuam garantia da origem e de seu signatário por certificação digital,
serão considerados originais para os efeitos de prestação de contas.
#ficadica
Frise-se que a análise da prestação de contas deve levar em consideração a verdade real e os
resultados alcançados, devendo ser glosados (descontados) valores relacionados a metas e
resultados descumpridos sem justificativa suficiente.
70
Ademais, os dados financeiros devem ser avaliados com o objetivo de estabelecer o nexo de
causalidade entre a receita e a despesa realizada, a sua conformidade e o cumprimento das
normas pertinentes.
d) relatório de visita técnica in loco eventualmente realizada pela Administração Pública durante
a execução da parceria;
5
No acórdão 722/2018 do TCU, de relatoria do Ministro Benjamin Zymler, ainda que a título obter dictum (dito
durante o julgamento, mas sem referência ao caso concreto), foi externada a posição de que o relatório de execução
financeira do termo de colaboração ou do termo de fomento, com a descrição das despesas e receitas efetivamente
realizadas e sua vinculação com a execução do objeto, deve ser apresentado independentemente da hipótese de
descumprimentode metas e resultados estabelecidos no plano de trabalho.
71
#ficadica
aprovada quando for regular e expressar de forma clara e objetiva o cumprimento dos
objetivos e metas estabelecidos no plano de trabalho;
72
No caso de rejeição da prestação de contas, tal registro deve ser realizado em plataforma
eletrônica de acesso ao público, devendo ser considerado em eventual assinatura de futura
parceria, conforme definido em regulamento.
Além disso, exaurida a fase recursal com a manutenção da decisão quanto à rejeição ou
irregularidade, a OSC pode solicitar autorização para que o ressarcimento ao erário seja
promovido por meio de ações compensatórias de interesse público, mediante a apresentação de
novo plano de trabalho, conforme o objeto descrito no termo de colaboração ou de fomento e a
área de atuação da organização, cuja mensuração econômica será feita a partir do plano de
trabalho original, desde que não tenha havido dolo ou fraude e não seja o caso de restituição
integral dos recursos.
#ficadica
A Administração Pública tem prazo de até 150 dias, contado da data de seu recebimento ou
do cumprimento de diligência por ela determinada, prorrogável justificadamente por até
150 dias, para apreciação da prestação final de constas.
73
a)não significa impossibilidade de apreciação em data posterior ou vedação a que se adotem medidas
saneadoras, punitivas ou destinadas a ressarcir danos eventualmente causados aos cofres públicos; e
b) impede a incidência de juros de mora sobre débitos eventualmente apurados, no período entre o final
do prazo e a data em que for ultimada a apreciação pela Administração Pública, desde que não configurado
dolo e sem prejuízo da atualização monetária.
Por fim, cabe ainda dizer que o administrador público, que pode delegar à autoridade diretamente
a ele subordinada, vedada a subdelegação, responde pela decisão acerca da aprovação da
prestação de contas ou pela omissão em relação à sua análise.
74
5. PENALIDADES
advertência
CAI NA PROVA
O concurso para Juiz de Direito do Tribunal de Justiça de São Paulo, aplicado pela banca
VUNESP em 2016, apresentou a seguinte alternativa em uma de suas questões: “descabe
a aplicação de sanções aos parceiros, pois os interesses envolvidos nos planos de trabalho
são comuns, não contrapostos.”
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Frise-se que a autoridade com competência exclusiva para aplicar sanções que acarretem a
declaração de inidoneidade e a suspensão temporária da participação em chamamento público e
impedimento de celebrar parceria ou contrato é o Ministro de Estado ou o Secretário Estadual,
Distrital ou Municipal, dentro de suas respectivas esferas de governo.
Portanto, exceto quanto à advertência, cuja autoridade poderá ser fixada pelo Regimento Interno
do órgão, as sanções mais gravosas precisam ser aplicadas exclusivamente por um Ministro ou
Secretário.
#ficadica
Atenção: interrompe-se o prazo prescricional com a edição de ato administrativo voltado à apuração da
infração.
76
Além das sanções indicadas, a Lei nº 13.019, de 2014, ainda alterou a Lei de Improbidade
Administrativa - LIA, Lei nº 8.429, de 1992, para:
a) incluir no rol do art. 10 da LIA, que trata de atos de improbidade administrativa que causam
prejuízo ao erário, as seguintes ações ou omissões:
frustrar a licitude do processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins
lucrativos, ou dispensá-los indevidamente;
permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas
ou valores públicos transferidos pela Administração Pública a entidade privada mediante
celebração de parcerias, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares
aplicáveis à espécie;
celebrar parcerias da Administração Pública com entidades privadas sem a observância das
formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
liberar recursos de parcerias firmadas pela Administração Pública com entidades privadas
sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular.
77
b) incluir no rol do art. 11 da LIA, que trata de atos de improbidade administrativa que atentam
contra princípios da Administração Pública, a seguinte ação:
c) incluir no rol do art. 23 da LIA, que trata da fixação do prazo prescricional da pretensão punitiva,
o seguinte prazo:
78
6. JURISPRUDÊNCIA
Como a vigência da Lei nº 13.019 é de 2014, é bem recente. São raras as jurisprudências nos
tribunais superiores. De todo modo, selecionei algumas correlatas, bem como jurisprudência do
TCU já sobre o tema objeto do nosso estudo.
termos do inciso IX do art. 22, além dos seguintes relatórios: (...) II - relatório de execução
financeira do termo de colaboração ou do termo de fomento, com a descrição das despesas e
receitas efetivamente realizadas e sua vinculação com a execução do objeto, na hipótese de
descumprimento de metas e resultados estabelecidos no plano de trabalho”. Em síntese, o
Parquet manifestou-se no sentido de que a novel legislação não se aplica ao convênio ora em
apreciação. Isso porque os prazos de execução e de prestação de contas expiraram há mais de
seis anos antes da entrada em vigor da Lei 13.019/2014. No tocante ao segundo
questionamento, ao fazer uma interpretação sistemática do novo marco regulatório, de modo a
compatibilizá-lo com a disciplina constitucional, entendeu que a Lei 13.019/2014 exige da
administração pública o exame do relatório de execução financeira da parceria também na
hipótese de descumprimento de metas e resultados estabelecidos, mas não apenas nessa
hipótese. (...) Quanto ao segundo questionamento feito ao Ministério Público junto ao TCU
(possibilidade de dispensa da análise da execução financeira das parcerias firmadas com
fundamento na Lei 13.019/2014, nas hipóteses de aprovação das metas e dos resultados
previstos no plano de trabalho) , o exame da questão não se faz necessária no deslinde deste
processo. Todavia, gostaria de fazer algumas reflexões a título de obter dictum, até porque o
Tribunal em breve terá de decidir sobre o tema.Manifesto-me de acordo com as conclusões do
MPTCU, cujos fundamentos incorporo como razões de decidir, sem prejuízo das considerações
adicionais que passo a fazer. (Acórdão 722/2018, Relator Benjamin Zymler). (Vide também
Acórdão 1957/2017 – Relator Benjamin Zymler)
Na consecução de finalidades de interesse público e recíproco, a partir de
1/1/2017, a Administração Pública deve celebrar Termos de Parceria com
as organizações da sociedade civil. Ademais, é vedado a celebração de
convênios com essas entidades. Esse marco regulatório foi introduzido
pela Lei 13.019/2014. O art. 88, § 1º, da Lei 13.019/2014, dispõe que, para os Municípios, a
referida lei entrará em vigor a partir de 1/1/2017. Por sua vez, as parcerias existentes no momento
da entrada em vigor da Lei 13.019/2014 permanecerão regidas pela legislação vigente ao tempo
de sua celebração, sem prejuízo da aplicação subsidiária desta Lei, naquilo em que for cabível,
desde que em benefício do alcance do objeto da parceria (art. 83, da Lei 13.019/2014). Ademais,
as parcerias firmadas por prazo indeterminado antes da data de entrada em vigor da Lei
13.019/2014, ou prorrogáveis por período superior ao inicialmente estabelecido, no prazo de
até um ano após a data da entrada em vigor da Lei 13.019/2014, serão, alternativamente,
substituídas por Termos de Colaboração ou Termos de Fomento, conforme o caso (art. 83, § 2º)
. Ainda, somente serão celebrados convênios entre entes federados ou pessoas jurídicas a eles
vinculadas ou quando se tratarem de entidades filantrópicas e sem fins lucrativos que participam
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de forma complementar do sistema único de saúde (arts. 84, 84-A e 3º, inciso IV). (...) determinar
à Prefeitura de João Pessoa e à Prefeitura de Goiânia que na consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, a partir de 1º de janeiro de 2017, deve celebrar obrigatoriamente
Termos de Parceria (colaboração, parceria ou cooperação) com as organizações da sociedade
civil, nos termos da Lei 13.019/2014(...)Também foi constatado que as prefeituras de João Pessoa
e de Goiânia não aderiram ao novo marco regulatório estabelecido pela Lei 13.019/2014.
Segundo o art. 88, § 1º, da Lei 13.019/2014, a partir de 1/1/2017, a cooperação entre os entes
públicos e as organizações da sociedade civil deve ser feita mediante termos de colaboração,
termos de fomento ou por termos de colaboração. Contrariando esse dispositivo legal, aquelas
prefeituras continuam celebrando convênios com as entidades parceiras. (Acórdão 428/2018 –
Relator André Carvalho)
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d) deve ser feito mediante contrato de gestão, apenas com entidades pré-qualificadas.
e) deve ser precedido de chamamento público, obrigando-se o poder público a celebrar termo de
parceria com a entidade melhor classificada.
a) qualquer organização da sociedade civil pode celebrar parceria com a Administração pública,
podendo se materializar mediante convênio ou contrato.
b)as entidades da sociedade civil devem ser qualificadas como organizações sociais para
celebrarem parcerias regidas por esse diploma legal com os entes públicos quando envolverem o
repasse de recursos financeiros.
c) as parcerias firmadas entre poder público e entidades da sociedade civil regidas por esse
diploma legal dependem da previsão de repasse de recursos financeiros para realização das
atividades.
d) os instrumentos de parceria previstos nesse diploma legal se destinam a disciplinar a realização
de atividades de interesse público e recíproco, nem todos envolvendo o repasse de recursos
financeiros em favor da organização da sociedade civil.
e) a celebração de acordos ou termos de cooperação com entidades da sociedade civil configura
hipótese expressa de dispensa de licitação, diferentemente do termo de fomento, que exige a
realização de um chamamento para escolha da organização que melhor desempenhará as
atividades de interesse público.
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c) A organização da sociedade civil prestará contas da boa e regular aplicação dos recursos
recebidos no prazo de até noventa dias a partir do término da vigência da parceria ou no final de
cada exercício, se a duração da parceria exceder um ano.
d) A organização da sociedade civil prestará contas da boa e regular aplicação dos recursos
recebidos no prazo de até cento e vinte dias a partir do término da vigência da parceria ou no final
de cada exercício, se a duração da parceria exceder um ano.
a) termo de colaboração.
b) termo de parceria.
c) termo de fomento.
d) contrato de gestão.
e) acordo de cooperação.
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b) Agente público responsável pela gestão de parceria celebrada por meio de termo de
colaboração ou termo de fomento, designado por ato publicado em meio oficial de comunicação,
com poderes de controle e fiscalização.
c) Órgão colegiado destinado a processar e julgar chamamentos públicos, constituído por ato
publicado em meio oficial de comunicação, assegurada a participação de pelo menos um servidor
ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal da administração
pública.
d) Órgão criado pelo poder público para atuar como instância consultiva, na respectiva área de
atuação, na formulação, implementação, acompanhamento, monitoramento e avaliação de
políticas públicas.
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( ) Certo ( ) Errado
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91
( ) Certo ( ) Errado
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93
1. VERDADEIRO 9. B 17. D
2. C 10. D 18. B
3. A 11. C 19. D
4. D 12. A 20. A
5. B 13. A 21. ERRADO
6. B 14. B 22. B
7. B 15. CERTO 23. ERRADO
8. B 16. D
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Comentários:
De acordo com o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil – MROSC (Lei nº 13.019,
de 2014), em especial seu art. 1º, tem-se que:
Art. 1º. Esta Lei institui normas gerais para as parcerias entre a administração pública e
organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou
de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de
colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação.
Gabarito: Verdadeiro.
Comentários
Incorreta a alternativa “a”. Conforme art. 1º, § 1º, inciso I, do Decreto nº 6.170/07, o convênio é:
Por outro lado, é importante ressaltar que a Lei Federal nº 13.019/14 não prevê a celebração de
convênios junto às entidades do terceiro setor, conforme os artigos abaixo transcritos:
Art. 84. Não se aplica às parcerias regidas por esta Lei o disposto na Lei nº 8.666, de 21
de junho de 1993.
Parágrafo único. São regidos pelo art. 116 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
convênios:
I - entre entes federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas;
II - decorrentes da aplicação do disposto no inciso IV do art. 3º.
Art. 84-A. A partir da vigência desta Lei, somente serão celebrados convênios nas
hipóteses do parágrafo único do art. 84.
Incorreta a alternativa “b”. Conforme art. 2º, inciso VIII-A da Lei Federal nº 13.019/14, acordo de
cooperação é o “instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela
administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros”.
Correta a alternativa “c”. De acordo com o art. 2º, inciso VIII, da Lei Federal nº 13.019/14, termo
de fomento é o “instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela
administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a
transferência de recursos financeiros”.
Incorreta a alternativa “d”. De acordo com o art. 2º, inciso VII, da Lei Federal nº 13.019/14, termo
de colaboração é o “instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
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pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades
de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a
transferência de recursos financeiros”.
Incorreta a alternativa “e”. Conforme dispõe o art. 2º, § 1º, da lei nº 11.079/04, o contrato
administrativo de concessão se firma quando há parceria público-privada, podendo ser na
modalidade patrocinada ou administrativa. A concessão patrocinada é a concessão de serviços
públicos ou de obras públicas quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Não é o caso aventado pelo
enunciado, pois busca-se celebrar parceria com entidade do terceiro setor, o que afasta a
incidência da Lei das PPPs.
Comentários
Correta a alternativa “a”. Conforme previsão no art. 2º, VIII, da Lei Federal nº 13.019/14: “termo
de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela
administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a
transferência de recursos financeiros”.
Incorreta a alternativa “b”. Pode haver transferência de recursos, conforme previsão no art. 2º,
VIII da Lei Federal nº 13.019/14: “termo de fomento: instrumento por meio do qual são
formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas
organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros”.
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Incorreta a alternativa “c”. Conforme Lei Federal nº 13.019/14, art. 2º, XII, as entidades são
selecionadas por chamamento público, sempre observando os princípios da isonomia, da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório. No art. 30 da mesma lei, possibilita-se
à Administração Pública a dispensa do chamamento público no caso de atividades voltadas ou
vinculadas a serviços de educação, saúde e assistência social, desde que executadas por
organizações da sociedade civil previamente credenciadas pelo órgão gestor da respectiva
política.
Incorreta a alternativa “d”. O contrato de gestão é instrumento previsto na Lei Federal nº 9.637/98.
A questão usa como parâmetro a Lei Federal nº 13.019/14, que expressamente prevê, em seu art.
3º, inciso III, sua inaplicabilidade aos contratos de gestão.
Incorreta a alternativa “e”. Conforme art. 26, §6º, da Lei Federal nº 13.019/14, a homologação não
gera direito para a organização da sociedade civil à celebração da parceria.
a) qualquer organização da sociedade civil pode celebrar parceria com a Administração pública,
podendo se materializar mediante convênio ou contrato.
b)as entidades da sociedade civil devem ser qualificadas como organizações sociais para
celebrarem parcerias regidas por esse diploma legal com os entes públicos quando envolverem o
repasse de recursos financeiros.
c) as parcerias firmadas entre poder público e entidades da sociedade civil regidas por esse
diploma legal dependem da previsão de repasse de recursos financeiros para realização das
atividades.
d) os instrumentos de parceria previstos nesse diploma legal se destinam a disciplinar a realização
de atividades de interesse público e recíproco, nem todos envolvendo o repasse de recursos
financeiros em favor da organização da sociedade civil.
e) a celebração de acordos ou termos de cooperação com entidades da sociedade civil configura
hipótese expressa de dispensa de licitação, diferentemente do termo de fomento, que exige a
realização de um chamamento para escolha da organização que melhor desempenhará as
atividades de interesse público.
Comentários
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Correta a alternativa “d” porque, de fato, nem todos os instrumentos de formalização de parceria
entre o Poder Público e a OSC, previstos na Lei nº 13.019, de 2014, exigem transferência de
recursos. É o caso do acordo de cooperação que é: instrumento por meio do qual são formalizadas
as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de
recursos financeiros.
Incorreta a alternativa “a” porque em desacordo com a Lei nº 13.019, em especial com os artigos
33 a 38, que fixam requisitos para a celebração, por exemplo, de termo de colaboração e termo
de fomento. O art. 33, por exemplo, exige que a OSC seja regida por normas de organizações
internas que prevejam, expressamente, entre outros: objetivos voltados à promoção de atividades
e finalidades de relevância pública e social; que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo
patrimônio líquido seja transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os
requisitos desta Lei e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta;
escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e com as Normas
Brasileiras de Contabilidade; possuir no mínimo, um, dois ou três anos de existência, com cadastro
ativo, comprovados por meio de documentação emitida pela Secretaria da Receita Federal do
Brasil, com base no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, conforme, respectivamente, a
parceria seja celebrada no âmbito dos Municípios, do Distrito Federal ou dos Estados e da União,
admitida a redução desses prazos por ato específico de cada ente na hipótese de nenhuma
organização atingi-los; possuir experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da
parceria ou de natureza semelhante; e possuir instalações, condições materiais e capacidade
técnica e operacional para o desenvolvimento das atividades ou projetos previstos na parceria e
o cumprimento das metas estabelecidas.
Incorreta a alternativa “b” porque não se pode confundir OSC com OS. Organizações Sociais –
OS são as pessoas jurídicas privadas, sem fins lucrativos, qualificadas nos termos da Lei nº 9.637,
de 1998. Já as Organizações da Sociedade Civil – OSC estão definidas no inciso I, do art. 3º da Lei
nº 13.019, de 2014: a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios
ou associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados,
sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e
que os aplique integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou
por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva; b) as sociedades cooperativas
previstas na Lei no 9.867, de 10 de novembro de 1999; as integradas por pessoas em situação de
risco ou vulnerabilidade pessoal ou social; as alcançadas por programas e ações de combate à
pobreza e de geração de trabalho e renda; as voltadas para fomento, educação e capacitação de
trabalhadores rurais ou capacitação de agentes de assistência técnica e extensão rural; e as
capacitadas para execução de atividades ou de projetos de interesse público e de cunho social; e
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Incorreta a alternativa “c” porque nem todos os instrumentos de formalização de parceria entre o
Poder Público e a OSC exige transferência de recursos. É o caso do acordo de cooperação que é:
instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração
pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público
e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros.
Incorreta a alternativa “e” porque não há na Lei nº 8.666, de 1993, dispensa expressa de licitação
para formalização de parceria. O que a Lei nº 13.019, de 2014, introduziu no ordenamento,
afastando a aplicação da Lei nº 8.666, de 1993, foi a figura do chamamento público que é
procedimento destinado a selecionar organização da sociedade civil para firmar parceria por meio
de termo de colaboração ou de fomento, no qual se garanta a observância dos princípios da
isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhes são correlatos. Além disso, também há previsão de casos de dispensa e
inexigibilidade de realização do aludido chamamento, nos termos dos artigos 29, 30 e 31 da lei.
Por fim, frise-se que é exigida a realização de chamamento público para acordo de cooperação
quando o objeto envolver a celebração de comodato, doação de bens ou outra forma de
compartilhamento de recurso patrimonial.
Comentários
Resposta: alternativa “b”. De acordo com o art. 2º, inciso VIII-A, da Lei nº 13.019, de 2014, acordo
de cooperação é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela
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administração pública com organizações da sociedade civil - OSC para a consecução de finalidades
de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros.
Incorretas as alternativas “a” e “c” porque termo de fomento e termo de colaboração envolvem
transferência de recurso financeiro, sendo o termo de colaboração proposto pela Administração
e o termo de fomento pela OSC.
Incorreta a alternativa “d” porque, de acordo com o art. 84 da Lei nº 13.019, de 2014, é vedada a
celebração de convênio a partir de sua vigência, exceto entre entes da federação ou de atividades
do SUS nos termos do art. 199 da CRFB.
Incorreta a alternativa “e” porque não há o instrumento jurídico denominado termo de gestão. A
Lei nº 13.019, de 2014, prevê acordo de cooperação, termo de colaboração e termo de fomento.
A Lei nº 9.637, de 1998, que trata das OS prevê a figura do contrato de gestão, que também não
é o caso da questão.
Comentários
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Resposta: alternativa “b”. De acordo com o art. 84-A da Lei nº 13.019, de 2014 (Lei do MROSC –
Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil), a partir de sua vigência, somente serão
celebrados convênios entre entes federados (ou pessoas jurídicas e eles vinculados) ou decorrente
de participação no SUS (Sistema Único de Saúde). Assim, o Estado Ômega, ao celebrar convênio
com a entidade filantrópica Delta quanto à gestão compartilhada de Saúde, ainda que haja repasse
de valores, enquadra-se na autorização do aludido artigo e, portanto, é legal. Por outro lado, o
Estado Ômega ao celebrar convênio com a Delta, por proposta desta, para estabelecer parceria
na consecução de finalidade de interesse público e recíproco, consistente no oferecimento de
programas de atletismo a adolescentes carentes com repasses de recursos comete ilegalidade já
que o instrumento adequado para tal, a partir da Lei do MROSC é o termo de fomento.
Incorreta a “d” porque o 2º convênio deveria ser termo de fomento e não termo de parceria, que
é instrumento formalizado com OSCIP nos termos da Lei nº 9.790, de 1999.
Incorreta a “e” porque o 1º convênio é legal e o segundo deveria ser termo de fomento. Lembre-
se: acordo de cooperação não envolve recurso financeiro. Termo de colaboração e termo de
fomento envolvem recurso financeiro, sendo o primeiro proposto pela Administração e o segundo
pela OSC.
Comentários
Correta a alternativa “b” porque veda-se a celebração de parceria com OSC que tenha como
dirigente membro de Poder ou do Ministério Público, ou dirigente de órgão ou entidade da
administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado o termo de
102
Incorreta a alternativa “a” porque o impedimento neste caso depende de o próprio dirigente ter
praticado e ter sido condenado por ato de improbidade.
Incorreta a “c” porque, desde que autorizada a funcionar no Brasil, a organização estrangeira
poderá celebrar parceria.
Incorreta a alternativa “d” porque, havendo recurso com efeito suspensivo não se aplica a
vedação.
Por fim, incorreta a alternativa “e” porque a vedação ocorre se as contas forem julgadas irregulares
ou rejeitadas, ou, ainda, se a OSC estiver omissa no dever de prestar contas de parcerias
anteriores.
103
Comentários
Correta a alternativa “b” porque, de acordo com o §1º do art. 88 da Lei do MROSC, para os
Municípios, esta Lei entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2017.
Incorretas as alternativas “a” e “e” porque, de acordo com o art. 81 da Lei do MROSC, mediante
autorização da União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal poderão aderir ao Sistema de
Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV para utilizar suas funcionalidades.
Incorreta a alternativa “c” porque, de acordo com o §1º do art. 46, a inadimplência da
administração pública não transfere à organização da sociedade civil a responsabilidade pelo
pagamento de obrigações vinculadas à parceria com recursos próprios.
Incorreta a alternativa “d” porque, de acordo com o §3º do art. 46, o pagamento de remuneração
da equipe contratada pela organização da sociedade civil com recursos da parceria não gera
vínculo trabalhista com o poder público.
104
plano de trabalho, durante a vigência da parceria, seria paga com recursos públicos
vinculados à parceria. O Tribunal de Contas da União solicitou esclarecimentos ao Poder
Público sob a alegação de que os recursos públicos não poderiam ser empregados na
remuneração de pessoal próprio da Organização da Sociedade Civil parceira. O
apontamento do TCU
Comentários
Resposta: alternativa “b”. De acordo com o art. 46 da Lei nº 13.019, de 2014, poderão ser pagas,
entre outras despesas, com recursos vinculados à parceria a remuneração da equipe encarregada
da execução do plano de trabalho, inclusive de pessoal próprio da organização da sociedade civil,
durante a vigência da parceria, compreendendo as despesas com pagamentos de impostos,
contribuições sociais, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, férias, décimo terceiro
salário, salários proporcionais, verbas rescisórias e demais encargos sociais e trabalhistas.
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parcerias estabelecido pela Lei n° 13.019 de 2014, o futuro ajuste será instrumentalizado
por
a) termo de colaboração, que é o instrumento legalmente previsto para formalização de parcerias
propostas pela Administração, que envolvam transferência de recursos financeiros, desde que não
haja previsão de contrapartida.
b) termo de fomento, que é o instrumento legalmente previsto para formalização de parcerias
propostas pela Administração, que envolvam transferência de recursos financeiros, estabeleçam
ou não contrapartida.
c) acordo de cooperação, que é o instrumento legalmente previsto para formalização de parcerias
propostas pela Administração, que envolvam transferência de recursos financeiros e previsão de
contrapartida, que se constitui requisito para celebração da avença.
d) termo de colaboração, que é o instrumento legalmente previsto para formalização de parcerias
propostas pela Administração, que envolvam transferência de recursos financeiros, com ou sem
previsão de contrapartida.
e) termo de fomento ou termo de colaboração, que são instrumentos hábeis, nos termos da lei,
para formalização de parcerias que envolvam transferência de recursos, independentemente da
origem da proposta.
Comentários
Resposta: alternativa “d”. De acordo com o inciso VII do art. 2º da Lei nº 13.019, de 2014, termo
de colaboração é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela
administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência
de recursos financeiros. Portanto, não é fixada a necessidade de contrapartida, podendo ela
ocorrer ou não. Lembre-se que, conforme inciso VIII do aludido artigo, termo de fomento é o
instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração
pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público
e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de
recursos financeiros. Por fim, conforme inciso VIII-A do aludido artigo, acordo de cooperação é o
instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração
pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público
e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros.
Comentários
Resposta: alternativa “c”. De acordo com o art. 69 da Lei nº 13.019, de 2014, a organização da
sociedade civil prestará contas da boa e regular aplicação dos recursos recebidos no prazo de até
noventa dias a partir do término da vigência da parceria ou no final de cada exercício, se a duração
da parceria exceder um ano.
a) termo de colaboração.
b) termo de parceria.
c) termo de fomento.
d) contrato de gestão.
e) acordo de cooperação.
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Comentários
Resposta: alternativa “a”. De acordo com o inciso VII do art. 2º da Lei nº 13.019, de 2014, termo
de colaboração é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela
administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência
de recursos financeiros. Lembre-se que, conforme inciso VIII do aludido artigo, termo de fomento
é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração
pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público
e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de
recursos financeiros. Por fim, conforme inciso VIII-A do aludido artigo, acordo de cooperação é o
instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração
pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público
e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros.
Comentários
Resposta: alternativa “a”. De acordo com o inciso V do art. 2º da Lei nº 13.019, de 2014,
administrador público é o agente público revestido de competência para assinar termo de
colaboração, termo de fomento ou acordo de cooperação com organização da sociedade civil
para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, ainda que delegue essa
competência a terceiros.
A alternativa “c” apresenta a definição da Comissão de Seleção, constante no inciso X do art. 2º.
Por fim, a alternativa “d” apresenta a definição do Conselho de Política Pública, constante no
inciso IX do citado artigo.
Comentários
109
Correta a alternativa “b” já que, de acordo com o inciso VII do art. 2º da Lei do MROSC, termo de
colaboração é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela
administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência
de recursos financeiros.
Incorreta a alternativa “a” porque, em que pese, de fato os interesses envolvidos nos planos de
trabalho serem comuns e não contrapostos, o art. 73 da Lei do MROSC prevê que pela execução
da parceria em desacordo com o plano de trabalho e com as normas da Lei e da legislação
específica, a administração pública poderá, garantida a prévia defesa, aplicar à organização da
sociedade civil sanções nela previstas (advertência; suspensão temporária da participação em
chamamento público e impedimento de celebrar parceria ou contrato com órgãos e entidades da
esfera de governo da administração pública sancionadora, por prazo não superior a dois anos; e
declaração de inidoneidade para participar de chamamento público ou celebrar parceria ou
contrato com órgãos e entidades de todas as esferas de governo, enquanto perdurarem os
motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a organização da sociedade
civil ressarcir a administração pública pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da
sanção aplicada pela suspensão).
Incorreta a alternativa “c” já que, de acordo com o inciso IV do art. 3º da Lei do MROSC, as suas
disposições não se aplicam aos convênios e contratos celebrados com entidades filantrópicas e
sem fins lucrativos nos termos do § 1º do art. 199 da Constituição Federal, que trata do SUS –
Sistema Único de Saúde.
Incorreta a alternativa “d” porque, de acordo com os arts. 29, 30 e 31 da Lei do MROSC, há casos
de dispensa, inexigibilidade e celebração de parceria sem chamamento público.
Incorreta a alternativa “e” porque, de acordo com o art. 84-A da Lei nº 13.019, de 2014, a partir
de sua vigência, somente serão celebrados convênios entre entes federados (ou pessoas jurídicas
e eles vinculados) ou decorrentes de participação no SUS (Sistema Único de Saúde), nos termos
do art. 199 da Constituição.
( ) Certo ( ) Errado
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Resposta: certo. De acordo com o art. 40 da Lei nº 13.019, de 2014, é vedada a celebração de
parcerias previstas nesta Lei que tenham por objeto, envolvam ou incluam, direta ou
indiretamente, delegação das funções de regulação, de fiscalização, de exercício do poder de
polícia ou de outras atividades exclusivas de Estado.
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Resposta: alternativa “d”. O art. 3º da Lei nº 13.019, de 2014, prevê os casos em que as disposições
da aludida lei não são aplicáveis.
Incorreta apenas a alternativa “d” por sua parte final ter incluído pessoa jurídica de direito privado
interno. A excludente de aplicação da Lei do MROSC se dá aos pagamentos realizados a título de
anuidades, contribuições ou taxas associativas em favor de organismos internacionais ou entidades
que sejam obrigatoriamente constituídas por: a) membros de Poder ou do Ministério Público; b)
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Correta a alternativa “a”, que apresenta caso constante no inciso I do aludido artigo. A “b”, no
inciso III. A “c”, no inciso IX, alínea “a”. E a “e”, no inciso X.
112
Comentários
Resposta: alternativa “d”. De acordo com o §1º do art. 24 da Lei nº 13.109, de 2014, o edital do
chamamento público especificará, no mínimo: I - a programação orçamentária que autoriza e
viabiliza a celebração da parceria; II – revogado; III - o objeto da parceria; IV - as datas, os prazos,
as condições, o local e a forma de apresentação das propostas; V - as datas e os critérios de
seleção e julgamento das propostas, inclusive no que se refere à metodologia de pontuação e ao
peso atribuído a cada um dos critérios estabelecidos, se for o caso; VI - o valor previsto para a
realização do objeto; VII – Revogado; VIII - as condições para interposição de recurso
administrativo; IX - a minuta do instrumento por meio do qual será celebrada a parceria; X - de
acordo com as características do objeto da parceria, medidas de acessibilidade para pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida e idosos. Na literalidade, nenhuma alternativa responde à
questão já que o inciso II que previa o tipo de parceria a ser celebrado foi revogado. Contudo,
analisando sistematicamente, o tipo seria obtido na minuta do instrumento por meio do qual será
celebrada a parceria.
113
b) Chamamento público.
c) Licitação, na modalidade pregão.
d) Licitação, na modalidade concurso.
e) Pré-qualificação das entidades.
Comentários
Resposta: alternativa “b”. De acordo com o inciso XII do art. 2º da Lei nº 13.019, de 2014,
chamamento público é o procedimento destinado a selecionar organização da sociedade civil para
firmar parceria por meio de termo de colaboração ou de fomento, no qual se garanta a observância
dos princípios da isonomia, da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. Além disso, de acordo com os arts. 29, 30 e 31
da Lei do MROSC, há casos de dispensa, inexigibilidade e celebração de parceria sem
chamamento público.
Comentários
114
Resposta: alternativa “d”. De acordo o art. 24 da Lei nº 13.019, de 2014, exceto nas hipóteses
previstas, a celebração de termo de colaboração ou de fomento será precedida de chamamento
público voltado a selecionar organizações da sociedade civil que tornem mais eficaz a execução
do objeto. Frise-se que os arts. 29, 30 e 31 da Lei do MROSC, estabelecem casos de dispensa,
inexigibilidade e celebração de parceria sem chamamento público.
Incorreta a alternativa “a” porque, de acordo com o inciso VII do art. 2º da Lei nº 13.019, de 2014,
termo de colaboração é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública que
envolvam a transferência de recursos financeiros. Lembre-se que, conforme inciso VIII do aludido
artigo, termo de fomento é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil,
que envolvam a transferência de recursos financeiros. Por fim, conforme inciso VIII-A do aludido
artigo, acordo de cooperação é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias
estabelecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução
de finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos
financeiros.
Incorreta a alternativa “b” porque foi revogada a previsão do art. 37 da Lei nº 13.019, de 2014,
que previa que a organização da sociedade civil indicaria ao menos 1 (um) dirigente para se
responsabilizar, de forma solidária, pela execução das atividades e cumprimento das metas
pactuadas na parceria, devendo essa indicação constar do instrumento da parceria.
Incorreta a alternativa “c” porque, de acordo com o inciso XX do art. 42, a responsabilidade
exclusiva da organização da sociedade civil pelo pagamento dos encargos trabalhistas,
previdenciários, fiscais e comerciais relacionados à execução do objeto previsto no termo de
colaboração ou de fomento, não implicando responsabilidade solidária ou subsidiária da
administração pública a inadimplência da organização da sociedade civil em relação ao referido
pagamento, os ônus incidentes sobre o objeto da parceria ou os danos decorrentes de restrição
à sua execução.
Incorreta a alternativa “e” porque a OSC não está sujeita à Lei nº 8.666, de 1993. Inclusive, o art.
84 da Lei nº 13.019, de 2014, estabelece que não se aplica às parcerias o disposto na Lei nº 8.666,
de 21 de junho de 1993.
Comentários
Resposta: alternativa “a”. De acordo com o inciso VIII do artigo 2º da Lei nº 13.019, de 2014, termo
de fomento é o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela
administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a
transferência de recursos financeiros.
Incorreta a alternativa “b” porque, conforme inciso VII do mesmo art. 2º, termo de colaboração é
o instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela administração
pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público
e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência de recursos
financeiros.
Incorreta a alternativa “c” porque, de acordo com o inciso III do aludido artigo, parceria é o
conjunto de direitos, responsabilidades e obrigações decorrentes de relação jurídica estabelecida
formalmente entre a administração pública e organizações da sociedade civil, em regime de mútua
cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a
execução de atividade ou de projeto expressos em termos de colaboração, em termos de fomento
ou em acordos de cooperação.
Incorreta a “d” porque, conforme inciso XII, Chamamento Público é o procedimento destinado a
selecionar organização da sociedade civil para firmar parceria por meio de termo de colaboração
ou de fomento, no qual se garanta a observância dos princípios da isonomia, da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
116
Por fim, incorreta a “e”, porque a Lei do MROSC define a figura do gestor da parceria e não
genericamente “gestão”, que é um conjunto amplo de instrumentos, fluxos e procedimentos da
concepção à conclusão da parceria.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
Resposta: errado. De acordo com o inciso I, alínea “a”, do art. 2º da Lei nº 13.019, de 2014, OSC
é: a) entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios ou associados,
conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais resultados, sobras,
excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza,
participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e
que os aplique integralmente na consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou
por meio da constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva; b) as sociedades cooperativas
previstas na Lei no 9.867, de 10 de novembro de 1999; as integradas por pessoas em situação de
risco ou vulnerabilidade pessoal ou social; as alcançadas por programas e ações de combate à
pobreza e de geração de trabalho e renda; as voltadas para fomento, educação e capacitação de
trabalhadores rurais ou capacitação de agentes de assistência técnica e extensão rural; e as
capacitadas para execução de atividades ou de projetos de interesse público e de cunho social; c)
as organizações religiosas que se dediquem a atividades ou a projetos de interesse público e de
cunho social distintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos.
Comentários
Resposta: alternativa “b”. De acordo com o art. 84-A da Lei nº 13.109, de 2014, após sua vigência
somente serão celebrados convênios regidos pelo art. 116 da Lei nº 8.666, de 1993, entre entes
federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas ou, ainda, decorrente de parceria para atividade
do Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do art. 199 da CRFB. Portanto, o instrumento hábil
a que o Município mato-grossense celebre com o Estado do Mato Grosso, sem criação de pessoa
jurídica, é o convênio de cooperação entre os entes. Se fosse com criação de pessoa jurídica,
poderia ser utilizado o consórcio público de que trata a Lei nº 11.107, de 2005. Também poderá
ser lançado mão do contrato de programa de que trata o art. 13 da Lei nº 11.107, de 2005.
Incorreta a alternativa “a” porque termos de fomento e de colaboração são firmados entre o Poder
Público e OSC.
Incorreta a “c” porque consórcio público é uma pessoa jurídica, condição afastada pelo enunciado.
Lembre-se que o consórcio público pode ser constituído como associação pública (pessoa jurídica
de direito público) ou como pessoa jurídica de direito privado.
Incorreta a alternativa “d” porque o contrato de repasse de que trata o Decreto nº 6.170, de 2007,
é celebrado entre entidades da administração pública federal com órgãos ou entidades públicas
ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de programas, projetos e atividades que envolvam
a transferência de recursos ou a descentralização de créditos oriundos dos Orçamentos Fiscal e
da Seguridade Social da União.
Por fim, incorreta a alternativa “e” porque, o que se busca entre o Município mato-grossense e o
Estado do Mato Grosso, não se trata de contratação comum regida pela Lei nº 8.666, de 1993.
Comentários
Resposta: errado. De acordo com o art. 31 da Lei nº 13.109, de 2014, será considerado inexigível
o chamamento público na hipótese de inviabilidade de competição entre as organizações da
sociedade civil, em razão da natureza singular do objeto da parceria ou se as metas somente
puderem ser atingidas por uma entidade específica, especialmente quando: I - o objeto da
parceria constituir incumbência prevista em acordo, ato ou compromisso internacional, no qual
sejam indicadas as instituições que utilizarão os recursos; II - a parceria decorrer de transferência
para organização da sociedade civil que esteja autorizada em lei na qual seja identificada
expressamente a entidade beneficiária, inclusive quando se tratar da subvenção prevista no inciso
I do § 3o do art. 12 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, observado o disposto no art. 26 da
Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.
119
8. RESUMO
2. Após duas prorrogações, a Lei nº 13.019, de 2014, passou a produzir efeitos para os Municípios
em geral, a partir de 1º de janeiro de 2017, enquanto que para a União, para os Estados e para
o Distrito Federal, desde 23 de janeiro de 2016.
3. Definições:
120
entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus
sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou
terceiros eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos
ou líquidos, dividendos, isenções de qualquer natureza, participações ou
parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas
atividades, e que os aplique integralmente na consecução do respectivo
objeto social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo
patrimonial ou fundo de reserva
121
122
às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou autorizadas pelo Senado Federal
naquilo em que as disposições específicas dos tratados, acordos e convenções internacionais conflitarem
com a Lei nº 13.019, de 2014
aos contratos de gestão celebrados com Organizações Sociais - OS, desde que cumpridos os requisitos
previstos na Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998
aos termos de parceria celebrados com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP,
desde que cumpridos os requisitos previstos na Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999
às parcerias entre a Administração Pública e os serviços sociais autônomos
aos convênios e contratos celebrados pelo Sistema Único de Saúde - SUS com entidades filantrópicas e
sem fins lucrativos nos termos do § 1º do art. 199 da Constituição Federal
123
aos termos de compromisso cultural de que trata a Política Nacional de Cultura Viva referidos no § 1º do
art. 9º da Lei nº 13.018, de 22 de julho de 2014
às transferências do Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas
Portadoras de Deficiência – PAED, do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE e do Programa
Dinheiro Direto na Escola - PDDE, no âmbito do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE,
referidas no art. 2º da Lei nº 10.845, de 5 de março de 2004, e nos arts. 5º e 22 da Lei nº 11.947, de 16 de
junho de 2009
aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas associativas em favor de
organismos internacionais ou entidades que sejam obrigatoriamente constituídas por:
Parcerias entre a
Administração Pública e nos convênios entre entes da federação ou pessoas jurídicas a
OSC que não seguem a eles vinculados que segue o art. 116 da Lei nº 8.666, de 1993
Lei nº 13.019, de 2014:
6. A partir da vigência da Lei nº 13.019, de 2014, somente serão celebrados convênios entre entes
federados ou pessoas jurídicas a eles vinculadas, bem como os celebrados no âmbito do SUS
com entidades filantrópicas (art. 199 da Constituição).
7. Regime Jurídico: tem como fundamentos a gestão pública democrática, a participação social,
o fortalecimento da sociedade civil, a transparência na aplicação dos recursos públicos, os
princípios da legalidade, da legitimidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade,
da economicidade, da eficiência e da eficácia.
124
8. Parcerias:
9. É vedada a celebração de parcerias que tenham por objeto, envolvam ou incluam, direta ou
indiretamente, delegação: a) das funções de regulação; b) das funções de fiscalização; c) do
exercício do poder de polícia; ou d) de outras atividades exclusivas de Estado.
125
da designação da comissão
de monitoramento e
avaliação da parceria
11. OSC impedidas de celebrar parceria ou de receber novos recursos em parcerias em execução
(para estas últimas, exceto em casos de serviços essenciais que não podem ser adiados sob
126
não esteja regularmente constituída ou, se estrangeira, não esteja autorizada a funcionar no
território nacional
esteja omissa no dever de prestar contas de parceria anteriormente celebrada
tenha como dirigente membro de Poder ou do Ministério Público, ou dirigente de órgão ou
entidade da administração pública da mesma esfera governamental na qual será celebrado o
termo de colaboração ou de fomento, estendendo-se a vedação aos respectivos cônjuges ou
companheiros, bem como parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 2º grau
Atenção 2: não se aplica à celebração de parcerias com entidades que, pela sua própria
natureza, sejam constituídas pelas autoridades citadas sendo vedado que a mesma pessoa figure
no termo de colaboração, no termo de fomento ou no acordo de cooperação simultaneamente
como dirigente e administrador público.
tenha tido contas de parceria julgadas irregulares ou rejeitadas por Tribunal ou Conselho de
Contas de qualquer esfera da Federação, em decisão irrecorrível, nos últimos 8 anos
enquanto não houver o ressarcimento do dano ao erário, pelo qual seja responsável a OSC ou
seu dirigente
Atenção: não serão considerados débitos que decorram de atrasos na liberação de repasses
pela administração pública ou que tenham sido objeto de parcelamento, se a OSC estiver em
situação regular no parcelamento
tenha tido as contas for sanada a irregularidade que motivou a rejeição e quitados os
rejeitadas pela débitos eventualmente imputados
administração pública
nos últimos 5 anos, Atenção: não serão considerados débitos que decorram de atrasos na
exceto se: liberação de repasses pela administração pública ou que tenham sido
objeto de parcelamento, se a OSC estiver em situação regular no
parcelamento
for reconsiderada ou revista a decisão pela rejeição
a apreciação das contas estiver pendente de decisão sobre recurso
com efeito suspensivo
tenha sido punida com suspensão de participação em licitação e impedimento de contratar
uma das seguintes com a administração
sanções, pelo período declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
administração pública
127
12. Requisitos para encaminhamento de proposta para realização de chamamento público com
objetivo de celebrar parceria:
128
a parceria decorrer de transferência para OSC que esteja autorizada em lei na qual seja
identificada expressamente a entidade beneficiária, inclusive quando se tratar da subvenção social
(inciso I do § 3º do art. 12 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964), observadas as regras de
destinação de recursos públicos ao setor privado (art. 26 da LRF)
129
17. A justificativa para a dispensa ou inexigibilidade pode ser impugnação no prazo de 5 dias a
contar de sua publicação e o administrador público responsável deve analisá-lo também em
até 5 dias da data do respectivo protocolo. Se deferida a impugnação, o ato que declarou a
dispensa ou considerou inexigível o Chamamento Público deve ser revogado e imediatamente
iniciado o procedimento para a realização do chamamento público, conforme o caso.
19. Os acordos de cooperação são celebrados, em regra, sem Chamamento Público, exceto
quando o objeto envolver a celebração de comodato, doação de bens ou outra forma de
compartilhamento de recurso patrimonial, hipóteses em que o respectivo Chamamento
Público deve ser realizado e observar a disciplina legal.
20. O edital do Chamamento Público deve ser amplamente divulgado na página eletrônica do site
oficial da Administração Pública na internet, com antecedência mínima de 30 dias.
isonomia
legalidade
impessoalidade
moralidade
Princípios a serem observados
igualdade
pelo Chamemento Público:
publicidade
probidade administrativa
julgamento objetivo
130
22. É impedida de participar de comissão de seleção pessoa que, nos últimos 5 anos, tenha
mantido relação jurídica com, ao menos, uma das entidades participantes do chamamento
público, situação em que deve ser designado membro substituto com qualificação técnica
equivalente.
23. A OSC deve ser regida por normas de organização interna (regimento interno, estatuto social,
...) que prevejam expressamente:
d) possuir:
d.1) cadastro ativo comprovado por meio de documentação emitida pela Receita Federal,
com base no CNPJ:
24. A homologação do chamamento público não gera direito para a OSC à celebração da parceria.
131
Atenção: não será exigida contrapartida financeira como requisito para celebração de parceria,
facultada a exigência de contrapartida em bens e serviços cuja expressão monetária será
obrigatoriamente identificada no termo de colaboração ou de fomento
a vigência e as hipóteses de prorrogação
132
28. O plano de trabalho deve constar como anexo do termo de colaboração, do termo de fomento
ou do acordo de cooperação, que deles será parte integrante e indissociável.
29. É impedido de participar como gestor da parceria pessoa que, nos últimos 5 anos, tenha
mantido relação jurídica com, ao menos, uma das OSC partícipes.
30. Na hipótese de o gestor da parceria deixar de ser agente público ou passar a ser lotado em
outro órgão ou entidade, o administrador público deverá designar novo gestor, assumindo ele
próprio, o administrador público, todas as obrigações do gestor, com as respectivas
responsabilidades, enquanto não designador o substituto.
Atenção: no caso de inexecução por culpa exclusiva da OSC, a Administração Pública pode,
exclusivamente para assegurar o atendimento de serviços essenciais à população, por ato
134
a) retomar os bens públicos em poder da OSC parceira, qualquer que tenha sido a modalidade
ou título que concedeu direitos de uso de tais bens; e
manutenção da
integral
responsabilidade
para a OSC que
celebrou o termo
de fomento ou
de colaboração
com a
Condições Administração possua mais de 5 anos
para atuação Pública de inscrição no CNPJ
em Rede:
a verificar, nos termos
possua capacidade
do regulamento, a
técnica e operacional
que a OSC regularidade jurídica e
para supervisionar e
signatária da fiscal da organização
orientar diretamente a
parceria com a executante e não
atuação da
Administração celebrante do termo
organização que com
Pública: de colaboração ou do
ela estiver atuando em
termo de fomento,
rede
devendo comprovar
celebre termo de tal verificação na
atuação em rede para prestação de contas
repasse de recursos às
não celebrantes,
a comunicar à
obrigando-se:
Administração Pública
em até 60 dias a
assinatura do termo
de atuação em rede
135
33. Nas parcerias com vigência superior a 1 ano, a Administração Pública deve realizar, sempre
que possível, pesquisa de satisfação com os beneficiários do plano de trabalho e utilizar os
resultados como subsídio na avaliação da parceria celebrada e do cumprimento dos objetivos
pactuados, bem como na reorientação e no ajuste das metas e atividades definidas.
36. A Administração Pública deve manter, em seu sítio oficial na internet, a relação das parcerias
celebradas e dos respectivos planos de trabalho, até 180 dias após o respectivo encerramento.
37. As medidas de transparência e publicidade em todas as etapas que envolvam a parceria, desde
a fase preparatória até o fim da prestação de contas, devem ser excepcionadas, naquilo que
for necessário, quando se tratar de programa de proteção a pessoas ameaçadas ou em
situação que possa comprometer a sua segurança, na forma do regulamento.
38. Não se aplica as disposições da lei geral de licitações e contrato (Lei nº 8.666, de 1993) às
parcerias tratadas na Lei do MROSC.
40. A lei autoriza a retenção nos casos a seguir indicados até o saneamento das impropriedades:
136
43. É vedado à OSC: utilizar recursos transferidos pelo ente público para finalidade alheia ao
objeto da parceria; ou pagar, a qualquer título, servidor ou empregado público com recursos
vinculados à parceria, salvo nas hipóteses previstas em lei específica e na Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO.
44. Podem ser pagas com recursos vinculados à parceria, entre outras, as seguintes despesas: a)
remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho, inclusive de pessoal
próprio da OSC, durante a vigência da parceria, compreendendo as despesas com
pagamentos de impostos, contribuições sociais, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço -
FGTS, férias, décimo terceiro salário, salários proporcionais, verbas rescisórias e demais
encargos sociais e trabalhistas;b) diárias referentes a deslocamento, hospedagem e
alimentação nos casos em que a execução do objeto da parceria assim o exija;c) custos
indiretos necessários à execução do objeto, seja qual for a proporção em relação ao valor total
da parceria;d) aquisição de equipamentos e materiais permanentes essenciais à consecução
do objeto e serviços de adequação de espaço físico, desde que necessários à instalação dos
referidos equipamentos e materiais.
137
46. A OSC deve prestar contas da boa e regular aplicação dos recursos recebidos no prazo de até
90 dias a partir do término da vigência da parceria ou no final de cada exercício, se a duração
da parceria exceder 1 ano, podendo ser prorrogado por até 30 dias, desde que devidamente
justificado.
48. A prestação de contas e todos os atos que dela decorrerem devem ser realizados em
plataforma eletrônica, permitindo a visualização por qualquer interessado.
49. A análise da prestação de contas deve levar em consideração a verdade real e os resultados
alcançados, devendo ser glosados (descontados) valores relacionados a metas e resultados
descumpridos sem justificativa suficiente.
50. A entidade deve manter em seu arquivo durante o prazo de 10 anos os documentos originais
que compuseram a prestação de contas, contado do dia útil subsequente ao da prestação de
contas.
51. Vindo a ser constada irregularidade ou omissão na prestação de contas, será concedido à OSC
prazo de 45 dias por notificação, prorrogável, no máximo, por mais 45 dias, para saneamento
da irregularidade ou cumprimento da obrigação, desde que dentro do prazo que a
Administração Pública possui para analisar e decidir sobre a prestação de contas e
comprovação de resultados.
52. A Administração Pública tem prazo de até 150 dias, contado da data de seu recebimento ou
do cumprimento de diligência por ela determinada, prorrogável justificadamente por até 150
dias,para apreciação da prestação final de contas.
138
✓ aprovada quando for regular e expressar de forma clara e objetiva o cumprimento dos
objetivos e metas estabelecidos no plano de trabalho;
✓ aprovada com ressalvas quando evidenciarem impropriedade ou qualquer outra falta
de natureza formal que não resulte em dano ao erário;
✓ rejeitada ou considerada irregular quando comprovada qualquer das seguintes
circunstâncias:omissão no dever de prestar contas;descumprimento injustificado dos
objetivos e metas estabelecidos no plano de trabalho;dano ao erário decorrente de ato
de gestão ilegítimo ou antieconômico; desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores
públicos.
54. O administrador público, que pode delegar à autoridade diretamente a ele subordinada,
vedada a subdelegação, responde pela decisão acerca da aprovação da prestação de contas
ou pela omissão em relação à sua análise.
55. A OSC pode solicitar autorização para que o ressarcimento ao erário seja promovido por meio
de ações compensatórias de interesse público, mediante a apresentação de novo plano de
trabalho, conforme o objeto descrito no termo de colaboração ou de fomento e a área de
atuação da organização, cuja mensuração econômica será feita a partir do plano de trabalho
original, desde que não tenha havido dolo ou fraude e não seja o caso de restituição integral
dos recursos.
advertência
139
57. A autoridade com competência exclusiva para aplicar sanções que acarretem a declaração de
inidoneidade e a suspensão temporária da participação em chamamento público e
impedimento de celebrar parceria ou contrato é o Ministro de Estado ou o Secretário Estadual,
Distrital ou Municipal, dentro de suas respectivas esferas de governo.
140
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sei que é um tema denso e que apresenta muitos detalhes a serem explorados pelo examinador,
Ademais, por ser um tema novo, as bancas sempre gostam e estão começando a explorar.
Ou seja, tenha atenção no estudo desta aula porque você pode garantir alguns pontos que farão
Qualquer dúvida, seja na teoria ou na resolução dos exercícios entre em contato por meio do
Fórum de Dúvidas.
Estou à sua disposição para aclarar ou aprofundar qualquer tema.
Deixe lá também suas sugestões, críticas e comentários.
Conte comigo como um parceiro em sua caminhada.
Além disso, para ficar por dentro das notícias do mundo dos concursos públicos, recomendo que
você siga o perfil do Estratégia Carreira Jurídica e do Estratégia Concursos nas mídias sociais!
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compartilhar questões comentadas de concursos específicos que o ajudará em sua preparação!
Cordial abraço
Wagner Damazio
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