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Dinâmica Hidrológica (cap.

11 e 12)

1. Ciclo Hidrológico
→ Ciclo da água: é basicamente a dinâmica da água, nos três estados da
matéria, entre a atmosfera e a litosfera.
→ Os raios solares/calor do sol aquece a água, que irá evaporar,
constituindo a umidade do ar e nuvens. Essa umidade irá precipitar sob
a forma de chuva (granizo/gelo/neve) de acordo com certas condições
naturais de temperatura e pressão. Ao cair, essa água entrará em
contato com a superfície: uma porção será absorvida e a outra escoará
superficialmente (lixiviação da água). A porção que é absorvida
alimentará os lençóis freáticos e aquíferos, podendo gerar nascentes de
rios (ou lagos) ou recarregar rios já existentes. A porção superficial
escoará para o relevo mais rebaixado. Toda essa água será despejada
em ambientes de lagos ou oceano, retomando o ciclo.
Obs.: ao longo desse ciclo, a água absorvida pelas plantas volta à
atmosfera, sob a forma de vapor: a evapotranspiração.
2. Distribuição de água na Terra
→ estima-se que o volume total de água
na superfície terrestre pouquíssimo
alterou desde a formação do planeta, ou
seja, é praticamente o mesmo.
Obs.: a água juvenil é a formação de água
pela combinação de hidrogênio e oxigênio
de maneira natural. Possui origem vulcânica.
→ A maioria da água disponível na superfície terrestre está concentrada
nas calotas polares, sob a forma de gelo ou neve.
→ A água está irregularmente distribuída ao longo da litosfera.

Obs.2: termos associados à qualidade da água


Água potável: própria para o consumo direto humano (beber ou
preparar alimentos)
Água pura: muitas vezes usada como sinônimo de água potável, mas na
verdade significa apenas H2O, ou seja, água destilada.
Água limpa: é aquela que não aparenta impurezas, mas não significa que
não possua. Ela não é, necessariamente, água potável.
Água doce: não é nem salgada, nem salobra. Mas não significa que seja
limpa ou que seja potável.
Água salobra: mistura de água doce com salgada.

Distribuição da água no planeta Terra (aproximada):


- 97% da água disponível no mundo está nos oceanos, ou seja, é água
salgada.
- 3% de água doce está distribuída da seguinte forma:
29,7% aquíferos;
68,9% calotas polares;
0,5% rios e lagos;
0,9% outros reservatórios (nuvens, vapor-d’água, etc.).

3. Bacias Hidrográficas
→ Conceito: é a área ou região de drenagem de um rio principal e seus
afluentes (rios que deságuam em outros rios ou lagos), ou seja, além
dos cursos dos rios, também é levado em consideração todo a superfície
próxima. Uma bacia hidrográfica é composta por linhas coletoras e
linhas divisoras. As linhas coletoras são as porções do relevo que
convergem as águas das chuvas até os rios ou córregos. Já as linhas
divisoras ou interflúvios, são as porções mais elevadas da superfície, ou
seja, o cume (topo) dos diversos tipos de relevo.
→ composição das bacias hidrográficas:
- Montante: área mais elevada,
onde localiza-se a(s) nascente(s)
do(s) rio(s)
- Médio Curso: porção
intermediária da bacia
hidrográfica.
- Jusante: porção final e mais
baixa do curso da bacia
hidrográfica, onde localiza-se a
foz de um rio.
- Foz: local onde um rio deságua. Pode ser foz em estuário (sem barreiras
naturais ou ilhas) ou foz em delta (com barreiras naturais ou ilhas)
- Afluentes ou tributários: rios que deságuam em outros rios ou lagos
- Talvegue: porção mais profunda do curso do rio principal
4. Principais Bacias Hidrográficas Brasileiras
• Bacia Amazônica
→ É uma bacia internacional: o rio Amazonas nasce na Cordilheira dos
Andes, no Peru.
Ainda existe no mundo científico a discussão sobre qual é o rio mais
extenso do mundo, se o Nilo ou o Amazonas. Apesar de haver
demarcações sobre suas extensões, estudos mais aprofundados de
ambas as bacias possuem certas divergências.
→ O Amazonas tem sua origem na nascente do rio Apurímac (alto da
parte ocidental da cordilheira dos Andes), na encosta do Nevado Mismi,
na Cordilheira dos Andes, no Peru, a 5.600 metros acima do nível do
mar.
→ de acordo com os registros mais atuais, o rio Amazonas é o maior rio
do mundo em volume de água e o maior rio do mundo em extensão,
com 6.992,06 km (o rio Nilo possui aproximadamente 6.650km)
→ Recebe vários nomes e diversos afluentes em seu curso no Peru, até
receber o nome de Solimões, na fronteira do Brasil, no município de
Tabatinga, no estado do Amazonas, onde segue seu curso até encontrar
o rio Negro, próximo à cidade de Manaus, onde recebe o nome de Rio
Amazonas. Assim, o Rio Amazonas atravessa os estados do Amazonas e
do Pará até chegar a sua foz, com 300 km de largura no grande Delta do
Amazonas, entre os estados do Amapá e do Pará.
→ Ao se encontrarem, os rios Negro e Solimões não têm suas águas
misturadas homogeneamente, visto as diferenças de densidade entre
ambas: o Rio Negro possui águas escuras pelo húmus da floresta e um
pH levemente mais ácido do que o rio Solimões, que por sua vez possui
águas mais frias e de coloração barrenta devido à enorme carga de
resíduos e sedimentos trazidos desde a Cordilheira dos Andes.
→ Ao entrar no território brasileiro, no município de Tabatinga (AM), o
Rio Amazonas (Solimões) está a apenas 60 m de altitude e percorre
quase 3.000 km numa região de planície, para desaguar no Atlântico. Ao
longo desse trecho ele apresenta uma inexpressiva queda de 20 mm por
quilômetro. O leve desnível proporciona excelentes condições de
navegabilidade, desde sua foz até a cidade de Manaus.
→ O rio Amazonas percorre territórios do Peru, Brasil, Colômbia, Bolívia,
Equador, Guiana e Venezuela. No Brasil o rio se estende por 3.843.402
km² e banha os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima,
Pará e Mato Grosso.
→ O fenômeno da Pororoca é decorrente dos regimes de cheias das
marés (maré viva de sizígia) e do baixo desnível de trechos do rio
Amazonas em território brasileiro.

→ ao longo da bacia amazônica são formados diversos igarapés: curso


d’água de pouca profundidade e que se estende por dentro da mata
→ A abundância de rios e córregos ao longo da Amazônia proporcionou
o surgimento da população ribeirinha, que é aquela que sobrevive ao
longo dos rios, muitas vezes em casas de palafitas.

• Bacia Tocantins-Araguaia
→ Formada por dois rios principais: O rio Tocantins e o rio Araguaia
→ Antigamente, os geógrafos brasileiros consideravam essa bacia como
parte integrante da bacia do Amazonas, pois ambas compartilham “a
mesma foz” (a foz do Tocantins-Araguaia fica muito próxima das
ramificações do delta do Amazonas)
→ Com trechos navegáveis, pode ser usada como hidrovia para o
escoamento da produção, sobretudo do agronegócio brasileiro do
Centro-Oeste e da Amazônia (em especial, a soja)
→ Além disso, uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo situa-se
no rio Tocantins: a Usina de Tucuruí
→ Também se localiza a ilha de Bananal, a maior ilha fluvial do mundo
(cerca de 25 mil km²).

• Bacia do São Francisco


→ É a maior bacia hidrográfica totalmente brasileira, nascendo em MG
e desaguando no litoral nordestino.
→ O rio São Francisco não é o único rio perene do sertão nordestino,
mas é o único que atravessa todo o sertão
→ O São Francisco já foi considerado como o rio da integração nacional,
devido à navegação entre sudeste e nordeste (trechos)
→ Essa bacia permite a fruticultura irrigada no nordeste, próximo do
curso.
→ O projeto de transposição do São Francisco iniciou-se ainda por volta
de 2007, mas só foi concluída recentemente. Trata-se do desvio de cerca
de 1 a 3% de água do S. Francisco que é despejada em rios temporários
ou intermitentes das outras bacias presentes no Sertão, com o objetivo
de levar água às cidades que mais são afetadas pelo problema das secas
prolongadas.
• Bacia do Paraná (Platina)
→ Economicamente, é a bacia mais importante do país, pois está
próxima das principais áreas industrializadas do país.
→ Na verdade, é uma bacia internacional, que faz parte da bacia Platina
ou do Paraguai
→ A hidrelétrica do Itaipu está situada nessa bacia, no estado do Paraná
e é uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo!!
→ A usina de Itaipu é binacional: Brasil e Paraguai

5. Aquíferos
→ Aquíferos são reservatórios subterrâneos de água, situados em rocha
porosa.
→ O aquífero do Guarani é um dos mais volumosos do planeta,
localizado entre Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. No Brasil, ocupa
as áreas dos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São
Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

→ Seu uso requer políticas de sustentabilidade e relações entre as


quatro nações
→ O aquífero Alter do Chão localiza-se na Amazônia e é totalmente
brasileiro. Possui aproximadamente 86 mil km³ de água, frente aos 46
mil do Guarani, ocupando menor área, mas sendo mais profundo.

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